No período, bolsa foi única opção de investimento que registrou perdas, com queda de 4,23%
Pedro Carvalho- iG São Paulo | - Atualizada às
O ouro foi a melhor aplicação do primeiro semestre, com valorização de 8,79% no período.
O metal também havia fechado 2011 como investimento mais rentável ao longo do ano, quando teve alta de 15,8%. "Quando existe turbulência nos mercados, o ouro costuma ser um lugar onde os investidores se refugiam", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.
O ouro é uma opção de investimento com pouca liquidez no mercado interno, por isso as cotações podem ser um pouco imprecisas. O preço do metal, no Brasil, é composto por duas variáveis: o preço do dólar e a cotação do ouro no exterior. Assim, a alta do dólar nos últimos meses também colabora para a valorização do ouro.
O dólar, que liderava o ranking até ontem, fechou em forte queda nesta sexta-feira, mas encerrou o semestre com forte valorização, de 7,54%. Foi a segunda melhor opção de investimento.
Já as ações, que tiveram um bom momento no primeiro trimestre, reverteram a tendência e fecham o semestre com perdas entre os papéis mais negociados. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerra o período com queda de 4,23%. Assim, a bolsa é a única opção de investimento que fecha o semestre com rentabilidade negativa (veja o gráfico).
"As principais bolsas do mundo tiveram perdas no semestre, devido à crise na Europa. No Brasil, parte desse resultado se deveu ao péssimo desempenho da ação da Petrobras, após o reajuste dos combustíveis ficar aquém das expectativas", diz Colombo.
Melhores aplicações de 2012
Veja o desempenho das principais opções de investimento no primeiro semestre
A poupança rendeu 0,48% em junho, afetada pela mudança na rentabilidade da caderneta – antes, ela rendia pelo menos 0,5% ao mês. "A alteração é pequena e, na verdade, a poupança está bem competitiva. Se o aplicador não conseguir uma boa taxa de administração num fundo de renda fixa, ela compensa mais", diz Colombo.
No semestre, a poupança acumula rentabilidade líquida de 3,29%.
"Nos próximos meses, os principais fatores que irão influenciar os mercados serão a aceitação das medidas de ajuste na Europa e os dados de crescimento dos EUA e da China", diz o administrador.
Acostumados a lidar com diferentes culturas, empreendedores europeus são mais bem preparados para lidar com emergentes do que os bem financiados do Vale do Silício
The New York Times- Mark Scott, de Londres |
Em 2007, quando Alex Ljung, um empresário poliglota, fundou o serviço de compartilhamento de músicas online chamado SoundCloud, em Estocolmo, ele sabia que a empresa precisava de uma estratégia de expansão internacional desde o princípio. A empresa não possuía um grande mercado nacional, nem acesso a uma grande quantidade de desenvolvedores de alto nível.
Alguns meses depois que a empresa foi aberta, Ljung e seu sócio, Eric Wahlforss, se mudaram para Berlim, para ficar mais perto de muitos dos maiores mercados da região e para aproveitar a grande comunidade de startups da cidade. Neste ano, ele começou a entrar no mercado dos Estados Unidos, arrecadando US$ 50 milhões em investimentos feitos pela Kleiner Perkins Caufield & Byers, a gigante do capital de risco do Vale do Silício, e por outras empresas.
Ljung, que nasceu em Londres e foi criado na Suécia, divide seu tempo entre a Alemanha e os Estados Unidos. "Era óbvio que nossa empresa precisava ser global desde o princípio", afirmou. "Nós somos mais cidadãos da internet que cidadãos de um determinado país."
Com o mercado europeu espalhado por mais de 50 países e com a economia do continente lutando sob o peso de sua crise, as startups são forçadas a se tornarem globais desde sua fundação. À medida que os mercados internacionais, em especial as economias emergentes que crescem rapidamente, se tornam mais importantes para o crescimento das startups, os empresários europeus esperam que sua experiência em mercados estrangeiros os ajude a competir contra seus rivais dos Estados Unidos, que estão mais bem estabelecidos e têm maior acesso a financiamentos.
"O DNA dos europeus contém uma mentalidade global" afirmou Saul Klein, um dos sócios da Index Ventures, empresa de capital de risco com sede em Genebra, que deu apoio a algumas das mais famosas startups europeias, incluindo o Skype e a rádio virtual Last.fm. "Grandes empresários podem vir de qualquer lugar. Até mesmo startups de pequenos países podem competir no cenário global."
Enquanto o Vale do Silício continua a dominar o setor do capital de risco, cidades como Londres, Paris e Berlim estão atraindo grande quantidade de investidores e startups na área de tecnologia e em outros setores como os serviços financeiros e a moda. O bairro do East End, em Londres, que abriga os jovens empresários da cidade, registrou aumento de 40% no número de startups no ano passado, de acordo com as estatísticas do governo britânico.
As empresas jovens nas grandes capitais europeias têm acesso a mão de obra global e poliglota, acostumada a se movimentar entre diferentes idiomas e culturas. Universitários bem educados estão mais dispostos a trabalhar para novas empresas, uma vez que as grandes companhias não estão contratando com a mesma intensidade durante a atual crise econômica. Desde 2008, a Criteo, empresa com sede na França que ajuda as empresas a venderem para clientes online, passou de uma equipe de 20 pessoas para 500 funcionários de mais de 15 nacionalidades, em seus 15 escritórios ao redor do planeta.
"Nós nos tornamos uma empresa global", afirmou Jean-Baptiste Rudelle, um dos fundadores da Criteo, que se mudou para a Costa Oeste para gerenciar as atividades da empresa nos Estados Unidos. "Ainda somos uma empresa europeia, mas com uma presença internacional."
A nova geração de startups europeias ainda precisa trabalhar duro, em função da atual situação econômica da região. Os volúveis mercados de capital fazem com que seja mais difícil para que as empresas abram seu capital, e muitas grandes empresas evitam gastar suas reservas com a compra de startups.
Os investidores de risco também diminuíram seus investimentos. Startups com sede na Europa captaram ao todo 762 milhões de euros em recursos no primeiro trimestre deste ano, queda de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Dow Jones VentureSource, que analisa o setor de capital de risco. A captação de recursos para startups nos Estados Unidos caiu 18% durante o mesmo período.
A despeito da fraqueza econômica, Kristjan Hiiemaa, fundador da empresa de softwares para e-commerce, Erply, continua a progredir. Iniciada em Tallinn, na Estônia, em 2009, a empresa tem hoje com escritórios em Londres e Nova York e espera dobrar sua base de clientes para 100 mil até o fim do ano. A Erply conta com uma grande quantidade de empresas da Fortune 500 entre seus clientes, incluindo o PayPal, do eBay, e a empresa de cosméticos Elizabeth Arden.
"Em Nova York ou Chicago, ninguém se importa com o fato de sermos da Estônia", afirmou Hiiemaa. "Temos uma equipe internacional e nossos clientes são do mundo todo."
A capacidade de conquistar novos clientes em lugares distantes pode se tornar mais importante à medida que as startups concentram seu crescimento nos mercados emergentes. Os países ocidentais ainda são os que mais atraem a atenção dos empresários. Mas os analistas afirmam que o crescimento da classe média em países como a China e o Brasil está forçando as empresas a desenvolver estratégias antes de seus concorrentes nacionais, que frequentemente copiam as ideias comerciais das startups ocidentais.
Para competir nessas economias em desenvolvimento, as startups precisam estar dispostas a mudar rapidamente seus negócios, alinhando-os às culturas e línguas nacionais. Depois de se expandir com sucesso para esses novos mercados e superar as dificuldades de conquistar os clientes estrangeiros, startups europeias como a SoundCloud e a Erply acreditam que estão em um lugar vantajoso.
"Agora, os produtos são internacionalmente atraentes desde o princípio", afirmou Danny Rimer, sócio da Index Ventures no Vale do Silício, que investiu em ambas as empresas. "A vantagem da Europa é que as empresas já sabem como se adaptar a novos países."
Como o ministro-revisor Ricardo Lewandowski não liberou voto na segunda-feira, processo sofrerá atraso de um dia, confirma o presidente do STF, Carlos Ayres Britto
Wilson Lima- iG Brasília | - Atualizada às
O julgamento da ação penal 470, o mensalão, será iniciado no dia 2 de agosto. A confirmação ocorreu no final da tarde desta terça-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto. Apesar do ministro-revisor Ricardo Lewandowski ter entregue a revisão nesta terça-feira, não houve tempo para publicação da pauta do Diário da Justiça (Dj) do Supremo de forma que o julgamento fosse realizado no dia de retorno do recesso do Poder Judiciário.
Pelo art. 83 do regimento interno do Supremo, a pauta de julgamento do Supremo deve ser publicada com uma antecedência de 48 horas. No entanto, esse prazo somente conta 24 horas após a publicação da pauta no Diário da Justiça Eletrônico. Para que o mensalão fosse julgado a partir do dia 1º de agosto, seria necessário que o voto do ministro-revisor fosse liberado nesta segunda-feira, o que não ocorreu. Outra possibilidade para manter o cronograma original de julgamento era que pauta fosse publicada ainda nesta terça-feira, por meio de Diário da Justiça extraordinário.
O voto de Lewandowski foi liberado apenas no início da tarde desta terça-feira, por volta das 14h30. Entretanto, questões burocráticas atrasaram em aproximadamente três horas a disponibilização da pauta de julgamento. Lewandowski encaminhou o processo para a secretaria da presidência, que acabou não liberando o caso para a pauta de julgamentos. Informações de bastidores dão conta de que Lewandowski pediu ajuda ao setor de informática do STF para conseguir disponibilizar o caso para julgamento.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto conversou com outros ministros e descartou a ideia de publicar a pauta do mensalão em uma edição extraordinária do Dj. A medida abriria brechas para os advogados dos 38 réus pedirem a anulação do processo. Eles poderia alegar que o STF criou situação de excepcionalidade na Ação Penal 470.
“Com essa liberação, finalmente está definido o cronograma de julgamento da AP 470, embora com um dia de atraso”, disse Ayres Britto por meio da secretaria de Comunicação do Supremo.
“Consultados vários ministros a partir do relator, avaliaram que a edição extra do DJ não seria conveniente para não ensejar alegações de casuísmo e por consequência dê nulidade processual em matéria penal”, complementou. Durante esse ano, já foram publicados quatro diários da Justiça extra, mas nenhum deles com matéria penal, como é o caso do mensalão.
Na quinta-feira da semana passada, o presidente do STF, Ayres Britto, encaminhou ofício a Lewandowski cobrando a entrega do processo até segunda-feira para evitar atrasos. A medida causou mal estar entre Britto e Lewandowski nos bastidores do Supremo. Também por meio de ofício, o ministro-revisor afirmou que em 22 anos de magistratura tinha como princípio fundamental “não retardar nem precipitar o julgamento de nenhum processo, sob pena de instaura odioso procedimento de exceção”.
Após terminar o processo de revisão, Lewandowski afirmou que o seu voto revisor era “o mais curto da história do Supremo Tribunal Federal”. “A média para um réu é seis meses. Fiz das tripas coração para respeitar o estabelecido pela Suprema Corte”.
Dessa forma, o julgamento do mensalão começará dia 2 de agosto, com a apresentação de um resumo de três páginas sobre o caso pelo ministro-relator, Joaquim Barbosa e com as argumentações da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com esse novo calendário, aumentam as chances do ministro Cezar Peluso deixar a corte sem proferir voto. Ele terá apenas três sessões antes de sua aposentadoria para antecipar o seu voto e teria que votar antes do ministro-revisor.
Pacote de estímulo ao crescimento inclui margem de preferência a medicamentos produzidos no Brasil, compra de ônibus escolares e a construção de novas unidades de ensino
Reuters |
O governo anuncia nesta quarta-feira mais um pacote de medidas de estímulo ao crescimento. Entre elas, está a que determina que medicamentos fabricados no Brasil poderão ser adquiridos pelo governo ainda que os preços sejam superiores ao ofertado pelos concorrentes internacionais, informou fonte da área econômica do governo à Reuters.
Essa ação, destinada a fomentar a indústria farmacêutica instalada no país e ser mais um impulso para o crescimento da economia, será adotada nas próximas semanas também para máquinas e equipamentos, itens de alta tecnologia e máquinas e material de uso hospitalar.
"Este é um ano importante no qual precisamos reaquecer a economia e acelerar o crescimento", afirmou a fonte.
O governo está definindo qual será essa margem de preferência para os produtos nacionais nas licitações públicas, que pode chegar a 20%.
Segundo informou a fonte, esse procedimento foi adotado para produtos têxteis com essa margem. Com isso, o governo tem feito encomendas à indústria têxtil de uniformes escolares e para as Forças Armadas, como forma de oferecer demanda à indústria têxtil. Objetivo é adotar esse procedimento para mais setores.
Essa e outras medidas devem ser anunciadas nesta quarta-feira durante evento da presidente Dilma Rousseff com prefeitos de várias partes do país, disse uma fonte do Palácio do Planalto à Reuters.
Nesse encontro, serão assinados diversos convênios para construção de escolas, quadras, creches e para compra governamentais de ônibus escolares, mobília e material escolar. Será um evento do Ministério da Educação, mas com caráter interministerial. Estão previstas as participações dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, além do titular da Educação, Aloizio Mercadante.
O governo está preocupado com o desempenho da economia neste ano, abalada sobretudo pela crise internacional, e já anunciou uma série de medidas de estímulos. Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá apenas 2,18% neste ano, abaixo até mesmo do desempenho ruim de 2011, quando houve expansão de apenas 2,7%.
Na manhã desta terça-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, segundo sua própria assessoria de imprensa, informou que o governo anunciará estímulos nesta quarta-feira e que a apresentação das medidas seria feita pela própria presidente Dilma.
Pimentel falou nesta manhã em São Paulo que o foco das medidas deverá ser o investimento, e não o setor industrial, sem dar mais detalhes sobre o teor do anúncio. Ele, no entanto, não descartou que possa haver algum estímulo para a indústria.
O anúncio da compra de medicamentos com margem de preferência faz parte das ações para ampliar as compras governamentais. Em 2011, elas atingiram R$ 51,8 bilhões e o governo avalia que essas encomendas podem ser bem maiores em 2012 como forma de estimular a produção e o investimento. Entre janeiro e maio, elas somaram R$ 14,3 bilhões.
No portfólio das medidas que o governo terá que decidir nesta semana está a possível prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca, móveis e alguns artigos de decoração como luminárias e papel de parede, que vence no final deste mês.
Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda vem conversando com os fabricantes de eletroeletrônicos e móveis para avaliar o alcance e efeito da redução tributária. Não está descartado que o governo mantenha a redução em um contexto de estímulo ao consumo e à produção.
Para os próximos dias, o governo também pode anunciar as novas condições do Plano Safra 2012/2013.
TJLP
O Conselho Monetário Nacional (CMN) decide nesta quinta-feira se irá manter ou reduzir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
Fixada em 6% desde junho de 2009, a TJLP corrige os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A indicação é que o governo deve manter a TJLP em 6% segundo fontes próximas à equipe econômica.
Há dois argumentos: primeiro, o governo tem feito reduções sucessivas nas taxas de juros dos financiamentos dos BNDES em geral e das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Segundo, reduzir a taxa da TJLP criaria risco de o Tesouro ter de fazer mais aportes ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cuja parte dos recursos são direcionados ao banco de fomento.
O FAT repassa parte de seus recursos ao BNDES para fazer empréstimos que, posteriormente, são recursos devolvidos ao fundo remunerados pela TJLP. Reduzir a taxa implicaria diminuir a rentabilidade do BNDES e dos valores a serem pagos ao FAT.
O FAT já está enfrentando problemas para cobrir integralmente as despesas com os benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego, que estão sendo bancadas em parte pelo Tesouro.
Muitos executivos que trabalham no Brasil compartilham a mesma opinião de que a sociedade brasileira é acolhedora e criativa, com um alto grau de profissionalismo.
Entretanto, alguns deles admitem que a experiência de viver no Brasil pode ser atrapalhada por práticas de gestão ruins ou inadequadas. 0
Muitos executivos que trabalham no Brasil compartilham a mesma opinião de que a sociedade brasileira é acolhedora e criativa, com um alto grau de profissionalismo. Entretanto, alguns deles admitem que a experiência de viver no Brasil pode ser atrapalhada por práticas de gestão ruins ou inadequadas. A excessiva burocracia e a falta de familiaridade dos estrangeiros com o idioma e a cultura são fatores que contribuem para atrapalhar o processo de adaptação.
Entretanto, caso seja bem gerenciada, essa experiência pode ser extremamente enriquecedora para os executivos e suas empresas.
Um relatório feito por José Ramón Pin, Pilar García Lombarda e Ângela Gallifa, do Centro de Pesquisa Empresarial Internacional do Instituto de Estudios Superiores de la Empresa, da Universidade de Navarra, na Espanha, apresenta um percurso que deve ser seguido para que se faça uma mudança bem sucedida para o Brasil, refletindo a opinião de um grande número de executivos espanhóis que já trabalharam no país.
Fazendo fronteira com praticamente todos os países da América do Sul, o Brasil é a porta de entrada para os mercados latino-americanos. É o quinto maior país do mundo e o maior da América Latina. Sua diversidade geográfica o torna um dos principais exportadores de commodities da região. Com seu gigantesco mercado interno, as perspectivas de desenvolvimento econômico são extremamente promissoras. Na verdade, o Brasil está passando por um período de grande prosperidade desde os anos 1960.
Entretanto, como resultado desse crescimento, o Brasil precisa de mais executivos do que é capaz de produzir. A falta de talentos nacionais pode colocar em risco as empresas que se aventuram nesse mercado e, ao mesmo tempo, aumenta as chances de que os executivos estrangeiros fiquem no país e sejam contratados por empresas brasileiras.
O Brasil precisa melhorar sua infraestrutura, que é ao mesmo tempo limitada e pouco competitiva. O fato de que o país sediará a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 deve ajudar a alavancar essas melhorias. Em um momento no qual a recessão tem levado as empresas e executivos a procurar novos mercados e a se internacionalizar, o Brasil se tornou um importante destino.
Já dizia a velha frase, “buscar trabalho é um trabalho”. E nos dias de hoje essa busca deve ser ainda mais cuidadosa, no entanto, as possibilidades foram ampliadas e até mesmo facilitadas com a chegada da Internet. Se tempos atrás o profissional precisava imprimir centenas de currículos e bater de porta em porta oferecendo seu serviço, com a era digital bastam alguns minutos para que seu perfil seja avaliado por diversos selecionadores.
No entanto, o fato do processo ter se tornado mais ágil, não exige menos dedicação dos candidatos. Quem deseja uma boa recolocação precisa estar atento e vender uma boa imagem na web. Se por um lado ficou mais simples para o profissional, por outro, os recrutadores também recebem rapidamente um número grande de currículos, sendo assim, é necessário tomar alguns cuidados e se destacar entre os demais.
Conheça algumas dicas de como utilizar a Internet e sua infinidade de ferramentas, de maneira assertiva na busca de empregos, para conseguir a tão sonhada vaga no mercado de trabalho:
CURRÍCULO ATUALIZADO: De acordo com Fábio Berklian, Coordenador da RS Press, agência de Comunicação, o profissional deve se preocupar em elaborar um bom currículo digital, com todas as informações necessárias, como dados pessoais, cargo de interesse, experiência profissional e cursos relacionados à área, além de mantê-lo sempre atualizado. “Perfis completos e currículos bem elaborados facilitam a apreciação dos responsáveis por recrutamento, aumentando a visibilidade do profissional”, afirma.
IMAGEM NA WEB: A internet oferece um mundo de opções para que as pessoas incluam seus perfis e mostrem mais suas experiências, conhecimentos e habilidades. Para Edson Félix, consultor de carreiras, “vender o peixe” é fundamental. "Todo comportamento e conhecimento estão sendo observados cada vez mais pelas empresas, principalmente por aquelas que oferecem as grandes oportunidades”, explica. Sendo assim, todo cuidado é importante para não perder boas chances por conta de pequenos detalhes. Fique atento!
DEDICAÇÃO: De acordo com Adália Assis, consultora da Catho Online, o profissional deve ter uma postura ativa e fazer buscas de vagas todos os dias. “É indicado que ele invista, no mínimo, 4 horas por dia na procura pelo novo emprego. Investir na busca pela recolocação exige dedicação e empenho, sendo esses fatores determinantes para o sucesso profissional”, destaca.
SITES DE EMPREGO: “Escolha sites de empregos que tenham atuação reconhecida e utilizada por empresas idôneas”, indica Berklian. É importante que o profissional pesquise sobre o trabalho deste classificado online para que não caia em golpes e seja prejudicado. De acordo com a mais recente Pesquisa dos Executivos, realizada pela Catho Online, 11% dos empregados foram contratados por sites de classificados para o emprego atual, sendo o segundo meio mais efetivo de contratação.
CONTATOS: Por meio da Internet as pessoas conseguem manter e aumentar sua base de contatos profissionais, facilitando a troca de ideias e ampliando as chances de ser lembrado e indicado a uma oportunidade. Para Félix “o mundo virtual facilita muito o contato e aproxima o profissional das oportunidades de bons empregos”. O importante é sempre manter essa relação de forma saudável, e utilizando o bom senso.
Veja como será o último dia de Abílio Diniz no comando do Pão de Açúcar
Nesta sexta-feira, empresário participará de três reuniões protocolares, nas quais deverá ser formalizada e efetivada a troca de comando
iG São Paulo | - Atualizada às
O último dia de Abílio Diniz no comando efetivo do Grupo Pão de Açúcar (GPA) será marcado por três reuniões, na sede da empresa, na Av. Brigadeiro Luís Antônio, nº.3142, mesmo endereço no qual o pai do empresário fundou a confeitaria que deu origem à companhia.
A primeira reunião está marcada para às 9h. Será uma assembleia restrita, na qual será decidido o novo presidente da Wilkes Participações, holding criada em 2005, através da qual Diniz e o Casino controlam a GPA. O presidente atual da holding é Abilio Diniz. O novo, pelo acordo de acionistas, deverá ser Jean-Charles Naouri, CEO e presidente do Casino.
Poderão participar desta primeira reunião basicamente os membros do conselho da Wilkes – ou representantes indicados – e assessores (normalmente advogados), um secretário e um presidente. Em muitos casos, o presidente de reuniões do gênero é um dos membros do conselho, hoje integrado por Diniz e sua filha Ana Maria, Naouri e Arnaud Strasse, diretor executivo de desenvolvimento e participações do Casino.
Em seguida, às 11h, começa a reunião de instrução de votos da Wilkes para a assembleia geral extraordinária do GPA, marcada para as 14h. Ela terá os mesmos participantes da reunião anterior e servirá, basicamente, para que os acionistas referendem os nomes indicados pelo Casino como novos membros do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar.
A reunião que deverá de fato tirar Abilio do poder no GPA começa às 14h. É a assembleia geral extraordinária na qual serão “eleitos” os três novos membros do conselho de administração, indicados pelo Casino – Roberto de Oliveira Lima, Eleazar de Carvalho Filho e Luiz Augusto de Castro Neves.
Hoje, o conselho de administração do GPA é formado por 14 pessoas. Abilio tem direito de indicar cinco e o Casino cinco. Outros quatro são conselheiros independentes, eleitos pelos demais acionistas.
Como duas das vagas que pertencem à cota de Abilio trocarão de mãos amanhã, e uma nova será criada e adicionada à cota do Casino, a reunião garantirá maioria absoluta ao grupo francês, mesmo que Abílio tenha a seu lado todos os conselheiros independentes.
A reunião das 14h é a única aberta aos acionistas do GPA, pessoas físicas ou jurídicas. O número de conselheiros, como dito acima, também é maior. Mas isso pouco deverá influenciar o rumo dos acontecimentos.
Como controladora, quem decide efetivamente quem serão os novos conselheiros é a Wilkes, em seu conselho. A assembleia geral extraordinária da GPA servirá praticamente para referendar e apresentar os novos conselheiros. Segundo um advogado ouvido pela reportagem, o processo é pura formalidade e as reuniões tendem a ser rápidas.
Para Roberto Civita, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, a melhor forma de decidir qual carreira seguir é descobrindo o que você poderia passar a vida toda fazendo. A declaração abriu a primeira palestra do Fórum 2012: Virtual e Humano, realizado pelo Instituto Via de Acesso em São Paulo.
Para tomar essa importante decisão, basta encontrar aquilo de que você realmente gosta, sem focar no salário ou no plano de aposentadoria. Segundo Civita, o profissional deve acordar de manhã e ficar satisfeito por estar indo para o trabalho. “Se você passa a semana inteira esperando pelo final de semana, mude de emprego”, recomenda em tom de brincadeira.
Características fundamentais
- Segundo Civita, um bom profissional precisa ser sério, ético, honesto e competente. Ele acredita que a ética é fundamental nos negócios, pois competição não significa ter sucesso a qualquer custo. Trabalhar em equipe é outra habilidade que o executivo considera fundamental para ser bem-sucedido. Afinal, não se faz nada sozinho.
Idealizador da revista Veja e de outras 40 publicações, Roberto tem uma enorme experiência no mundo empresarial e diz que quanto mais sênior é o cargo, maior é a demanda por comprometimento e tempo dedicado ao trabalho. “Lamento muito, mas essa história de desligar o celular na sexta de tarde e só religar na segunda de manha não leva a lugar nenhum. Para ter sucesso, vocês vão ter que trabalhar muito mais do que imaginam”, afirma.
Confira abaixo os conselhos do presidente do grupo de comunicação a jovens profissionais:
Estude – “Tem que estudar muito. Não no sentido da academia, mas a vida como um todo. Os jovens devem saber o que está acontecendo na sua área no Brasil e no mundo e isso é muito fácil com a internet."
Questione – “Seja curioso e pergunte o tempo todo: Por quê? Como poderia ser diferente? Qual são as alternativas?”
Leia – “Leia muito, principalmente, os clássicos. Leia livros, jornais, bulas, receitas, embalagens e tudo mais que puder absorver. Isso é muito melhor do que perder tempo no Facebook.”
Maioria dos links e aplicativos maliciosos tentam forçar usuários a “curtir” páginas na rede social para roubar dados pessoais ou vender produtos falsos
Claudia Tozetto, enviada a San Francisco | - Atualizada às
Com quase 1 bilhão de usuários conectados, o Facebook se tornou um dos alvos prediletos dos cibercriminosos para disseminar links e aplicativos maliciosos. Apesar do alcance menor, o Twitter também figura entre as redes sociais mais usadas para golpes virtuais. Novos dados da Symantec, apresentados durante evento da empresa em San Francisco, mostram que mais de 10,4 milhões de golpes virtuais por meio de redes sociais foram detectados entre maio de 2011 e maio de 2012 em todo o mundo.
Os ataques por meio de redes sociais aumentaram, de acordo com Gerry Egan, diretor de gestão de produtos da Symantec, porque a disseminação é mais rápida por meio destes sites. “Os usuários clicam porque confiam no amigo que publicou o link automaticamente após cair no golpe”, diz Egan. Por conta do nível de confiança entre os usuários, a maioria dos ataques “viraliza” em poucos dias. Confira os ataques mais populares na galeria de fotos abaixo.
Um exemplo é um golpe brasileiro no Facebook que oferece links como “Mude a cor do seu perfil” para roubar dados de acesso e se disseminou na rede social em poucos dias. Detectado pela empresa e antivírus Kaspersky, este golpe é utilizado por cibercriminosos brasileiros para controlar o perfil dos usuários e vender pacotes de “likes” para empresas por até R$ 3,6 mil.
Links maliciosos
No ranking de golpes virtuais por meio de sites de relacionamento, o primeiro lugar fica com os ataques compartilhados manualmente. Os cibercriminosos criam perfis falsos em redes sociais e adicionam centenas de usuários como amigos. Depois de aceitos por boa parte das pessoas, eles começam a publicar mensagens com links para promoções ou para assistir vídeos exclusivos. No período analisado pela Symantec foram registrados 5,4 milhões de ataques deste tipo em redes sociais.
“Ao acessar a página maliciosa, o usuário é orientado a clicar no botão ‘Curtir’ para ver o vídeo e compartilha o golpe com os amigos”, diz Nishant Doshi, arquiteto de tecnologia de segurança da Symantec.
Falso captcha
Em segundo lugar aparece um novo tipo de golpe, usado para obrigar o usuário a “curtir” uma página, sem saber. Ao clicar em um link que indica um vídeo exclusivo, por exemplo, o internauta é levado a uma página com um código do tipo “captcha”, geralmente usado para confirmar se uma pessoa ou um robô está acessando o site. Neste ponto, o usuário pode se arrepender de ter acessado o link, mas ao clicar em qualquer local, terá curtido a página.
“Trata-se de uma camada de software desenvolvida com base na API do Facebook que interpreta o clique em qualquer local como um ‘curtir’”, explica Doshi. Em alguns golpes, os cibercriminosos coletam “likes” até mesmo se o usuário tentar fechar o navegador após entrar na página maliciosa.
Outro tipo de ataque similar, segundo a Symantec, usa o captcha para induzir o usuário a publicar um comentário em sua página junto com o link falso. Na página, o internauta digita as letras da imagem mostrada na tela e forma adjetivos como “Impressionante” ou “Legal”. Depois, uma mensagem automática é publicada no perfil. “Neste caso, eles também usam uma camada de software, mas em vez do botão ‘Curtir’ usam a caixa de comentários”, diz Doshi.
Problemas da web
Entre os outros golpes mais populares durante o último ano, a Symantec também aponta os links para páginas que pedem que o internauta copie e cole um trecho de código javascript na barra de pesquisa do navegador. Ao executar este código, o cibercriminoso pode disparar mensagens por meio do perfil do usuário, sem o seu consentimento. A instalação de plug-ins (complementos) no navegador continua em alta, assim como a venda falsa de produtos.
A culpa pelo crescimento do número de ataques, segundo a Symantec, não é do Facebook, apesar de os cibercriminosos usarem, em alguns golpes, as interfaces de programação de aplicativos (APIs) fornecidas pela rede social. “É um problema genérico da web. Essas APIs podem ser colocadas em qualquer lugar e, por isso, é fácil criar aplicações ilegítimas”, diz
Vive pulando entre os vários aplicativos da internet, de jogos a download de arquivos e salas de bate-papo?
Nós acreditamos que seu padrão de uso de internet diz algo a seu respeito. Especificamente, nossa pesquisa sugere que ele dá dicas do seu bem-estar mental.
Num estudo a ser publicado numa edição futura da revista "IEEE Technology and Society Magazine", nós e nossos colegas descobrimos que estudantes com sinais de depressão costumam a usar a internet de forma diferente de quem não apresenta tais sintomas.
Em fevereiro de 2011, recrutamos 216 universitários voluntários da Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri. Primeiro, fizemos os participantes preencherem uma versão de um questionário chamado Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos, amplamente empregado para medir níveis de depressão na população em geral. A pesquisa revelou que 30 por cento dos participantes atendiam aos critérios dos sintomas depressivos. (O número estava alinhado às estimativas nacionais segundo as quais de dez a 40 por cento dos estudantes universitários vivenciam tais sintomas em algum momento.)
A seguir, o departamento de tecnologia de informação da universidade nos deu os dados de uso da internet do campus dos participantes, para o mês de fevereiro. A intenção não era xeretar o que os estudantes procuravam ou para quem enviavam e-mails; meramente serviu para monitorar "como" estavam usando a internet, com dados sobre o fluxo do tráfego que a universidade costuma coletar, por exemplo, para consertar conexões de redes problemáticas
Por fim, realizamos uma análise estatística das pontuações de depressão e dos dados de uso da internet.
Houve dois grandes achados. Primeiro, identificamos várias características de emprego da internet ligadas à depressão. Trocando em miúdos, encontramos uma tendência. Em geral, quanto mais a pontuação do participante indicava depressão, mais sua utilização da internet trazia tais características. Por exemplo, "pacotes p2p", indicando níveis elevados de troca de arquivos (como filmes e músicas).
Nossa segunda grande descoberta foi a existência de padrões de uso da internet estatisticamente elevados entre os participantes com sistemas depressivos, em comparação àqueles sem os sintomas. Isto é, encontramos indicadores: estilos de comportamento na internet que eram sinais de pessoas depressivas. Por exemplo, participantes com sintomas depressivos tendiam a um emprego bastante alto do e-mail. Talvez isso pudesse ser esperado. Uma pesquisa dos psicólogos Janet Morahan-Martin e Phyllis Schumacher demonstrou que conferir o e-mail com frequência pode estar ligado a níveis elevados de ansiedade, a qual em si tem a ver com os sintomas de depressão.
Outro exemplo: o uso da internet por deprimidos tendia a exibir alta "entropia da duração do fluxo", o qual costuma ocorrer quando existe uma troca contínua entre aplicativos da internet, como e-mail, salas de bate-papo e jogos, podendo indicar dificuldade de concentração. Tal achado também é coerente com a literatura psicológica. De acordo com o Instituto Nacional da Saúde Mental, a dificuldade de concentração também é um sinal de sintomas depressivos entre os alunos.
Outros traços característicos de comportamento "depressivo" na internet incluem quantidades maiores de tempo assistindo a vídeos, jogando e batendo papo.
Estudos anteriores examinaram a relação entre o uso da internet e a depressão, mas cogitamos que o nosso seja o primeiro a usar dados da própria internet, coletados anônima e discretamente, em vez de recorrer a pesquisas preenchidas pelos alunos acerca do emprego da internet, as quais são menos confiáveis.
Quais as aplicações práticas dessa pesquisa? Esperamos utilizar nossas descobertas para desenvolver um aplicativo que poderia ser instalado em computadores domésticos e aparelhos móveis. Ele monitoraria o uso da internet e alertaria quando seus padrões de uso pudessem sinalizar sintomas de depressão. O programa não substituiria a função de profissionais da saúde mental, mas seria uma forma mais econômica de levar as pessoas a buscar ajuda médica de forma prematura. Ele também pode ser uma ferramenta para os pais monitorarem os padrões de uso da internet ligados ao humor dos filhos.
Tal programa poderia ser utilizado em universidades, talvez instalado em redes do campus, para notificar orientadores psicológicos de estudantes cujos padrões de uso da internet indicarem comportamento depressivo. (Esta proposta, é claro, levanta questões ligadas à privacidade as quais ainda precisariam ser discutidas.)
Grupos de saúde mental recomendaram o exame em diversos cenários como um componente crítico para prevenir problemas de saúde mental entre os jovens. Nós acreditamos que monitorar o uso da internet possa fazer parte da solução.
(Sriram Chellappan é professor assistente de ciências da computação da Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri. Raghavendra Kotikalapudi é engenheiro desenvolvedor de software.)
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Entre os 12 países com maiores populações de indivíduos com US$ 1 milhão para investir, Brasil teve o maior crescimento no ano passado, segundo Relatório Sobre a Riqueza Mundial
Olivia Alonso- iG São Paulo | - Atualizada às
A população de milionários no Brasil cresceu 6,2% e somou 165 mil em 2011, muito acima do crescimento médio mundial, que foi de 0,8%. No total, 11 milhões de pessoas têm mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões) disponível para investimentos em todo o mundo. Os dados são do Relatório Sobre a Riqueza Mundial 2012, elaborado pela consultoria Capgemini e pela RBC Wealth Management e não incluem o valor de ativos e propriedades pessoais.
Entre as 12 nações com maiores populações de milionários, o Brasil foi o que apresentou o maior aumento do número de indivíduos com mais de US$ 1 milhão, seguido pela China (+5,2%). O relatório destaca que no Brasil houve aumento da renda nacional bruta e que indicadores de poupança nacional e imóveis são positivos.
Veja abaixo quais são os 12 países com maiores populações de milionários:
1º Estados Unidos tem 3,068 milhões de milionários, 1,2% menos do que em 2010.
Japão, Estados Unidos e Alemanha, juntos, responderam por 53,3% da poupulação mundial de indivíduos com patrimônio pessoal elevado (HNWIs, na sigla em inglês), segundo o relatório. No entanto, a parcela detida por estes países vem declinando nos últimos anos, já que em 2006 era de 54,7%.
Segundo os pesquisadores, a incerteza atual em relação à crise da dívida da zona do euro foi claramente um fator primordial para a desaceleração do número de milionários no mundo. O aumento de apenas 0,8% acontece após o robusto crescimento de 17,1% em 2009 e o crescimento de 8,3% em 2010.
"Embora os investidores previssem que a recuperação econômica global teria um caminho acidentado pela frente, a crise da Zona do Euro confundiu os investidores, aumentando a volatilidade do mercado e colaborando para a desaceleração do crescimento econômico mundial," diz o relatório.
O chamado networking continua sendo uma das principais ferramentas para alavancar a carreira profissional. Criar, desenvolver e explorar a rede de contatos e relacionamentos empresarial auxilia bastante na busca de uma nova posição no mercado de trabalho, além de ser uma fonte rica de informações e sugestões sobre a área de atuação do profissional.
Para se ter uma ideia, segundo pesquisa realizada pela Catho Online – Pesquisa dos Executivos 2011– o networking é a maior fonte para conquistar um emprego. Dos46.067 profissionais respondentes, 59,4% afirmam que a indicação de amigos foi a maneira para estarem em seus empregos atuais.
Conheça algumas dicas para desenvolver um networking eficaz e aumentar as chances de ser indicado para uma oportunidade de emprego:
1. Fontes:
Procurar ex-empregadores, ex-colegas de trabalho, ex-formandos de turma, clientes, fornecedores, concorrentes, membros de associações de classe, amigos e parentes é o caminho para formar a rede de relacionamentos.
2. Referências:
Pedir um feedback aos seus contatos mais próximos sobre a qualidade de seu currículo e sobre o modo como o está divulgando ajuda a identificar possíveis falhas e tornar a abordagem ainda mais assertiva.
3. Ampliação:
Para cada pessoa que contatar, peça o nome de alguém que possa oferecer sugestões de como encontrar um novo emprego. É indicado dizer que possui interesse em marcar uma reunião para conversar melhor e ouvir suas sugestões.
4. E-mail:
Ao abordar seus contatos por e-mail, tenha atenção especial na elaboração do texto. Procure enviar e-mails individuais e seja direto, destacando seu interesse em retornar ao mercado de trabalho ou conseguir uma nova colocação.
5. Abordagem:
É importante não exagerar na agressividade e “sair pedindo” um emprego, mas sim um conselho, deixando claro sua disponibilidade para novas oportunidades. Dessa forma, as pessoas se esforçarão para ajudar.
Um networking bem feito sempre traz bons resultados, independente do cargo ou área desejados. Manter uma imagem positiva perante ex-colegas de trabalho, de faculdade e até mesmo amigos e parentes pode fazer com que indicações de oportunidades apareçam de onde menos se espera.
Já dizia a velha frase, “buscar trabalho é um trabalho”. E nos dias de hoje essa busca deve ser ainda mais cuidadosa, no entanto, as possibilidades foram ampliadas e até mesmo facilitadas com a chegada da Internet. Se tempos atrás o profissional precisava imprimir centenas de currículos e bater de porta em porta oferecendo seu serviço, com a era digital bastam alguns minutos para que seu perfil seja avaliado por diversos selecionadores.
No entanto, o fato do processo ter se tornado mais ágil, não exige menos dedicação dos candidatos. Quem deseja uma boa recolocação precisa estar atento e vender uma boa imagem na web. Se por um lado ficou mais simples para o profissional, por outro, os recrutadores também recebem rapidamente um número grande de currículos, sendo assim, é necessário tomar alguns cuidados e se destacar entre os demais.
Conheça algumas dicas de como utilizar a Internet e sua infinidade de ferramentas, de maneira assertiva na busca de empregos, para conseguir a tão sonhada vaga no mercado de trabalho:
CURRÍCULO ATUALIZADO: De acordo com Fábio Berklian, Coordenador da RS Press, agência de Comunicação, o profissional deve se preocupar em elaborar um bom currículo digital, com todas as informações necessárias, como dados pessoais, cargo de interesse, experiência profissional e cursos relacionados à área, além de mantê-lo sempre atualizado. “Perfis completos e currículos bem elaborados facilitam a apreciação dos responsáveis por recrutamento, aumentando a visibilidade do profissional”, afirma.
IMAGEM NA WEB: A internet oferece um mundo de opções para que as pessoas incluam seus perfis e mostrem mais suas experiências, conhecimentos e habilidades. Para Edson Félix, consultor de carreiras, “vender o peixe” é fundamental. "Todo comportamento e conhecimento estão sendo observados cada vez mais pelas empresas, principalmente por aquelas que oferecem as grandes oportunidades”, explica. Sendo assim, todo cuidado é importante para não perder boas chances por conta de pequenos detalhes. Fique atento!
DEDICAÇÃO: De acordo com Adália Assis, consultora da Catho Online, o profissional deve ter uma postura ativa e fazer buscas de vagas todos os dias. “É indicado que ele invista, no mínimo, 4 horas por dia na procura pelo novo emprego. Investir na busca pela recolocação exige dedicação e empenho, sendo esses fatores determinantes para o sucesso profissional”, destaca.
SITES DE EMPREGO: “Escolha sites de empregos que tenham atuação reconhecida e utilizada por empresas idôneas”, indica Berklian. É importante que o profissional pesquise sobre o trabalho deste classificado online para que não caia em golpes e seja prejudicado. De acordo com a mais recente Pesquisa dos Executivos, realizada pela Catho Online, 11% dos empregados foram contratados por sites de classificados para o emprego atual, sendo o segundo meio mais efetivo de contratação.
CONTATOS: Por meio da Internet as pessoas conseguem manter e aumentar sua base de contatos profissionais, facilitando a troca de ideias e ampliando as chances de ser lembrado e indicado a uma oportunidade. Para Félix “o mundo virtual facilita muito o contato e aproxima o profissional das oportunidades de bons empregos”. O importante é sempre manter essa relação de forma saudável, e utilizando o bom senso.
O otimismo dos brasileiros é um ponto bastante positivo no mercado de trabalho, mas além deste traço cultural, de acordo com a pesquisa da Regus – empresa que disponibiliza espaços de escritórios para locação – os profissionais estão muito mais satisfeitos hoje, do que há dois anos atrás. Nesta matéria, vamos destacar os motivos que fazem 81% dos trabalhadores gostarem e se sentirem realizados com suas atividades.
A pesquisa revelou que a satisfação está principalmente no ponto de equilíbrio encontrado pelas pessoas, em que mesmo trabalhando mais horas durante a semana, conseguem dedicar o tempo necessário para sua vida pessoal, incluindo relacionamentos e família. Isso só está sendo alcançado, pois, as empresas também perceberam na prática que o funcionário feliz é mais produtivo e o risco de rotatividade é menor.
Segundo Guilherme Ribeiro, diretor geral da Regus no Brasil, “a cultura da empresa tem influências sobre como as pessoas se sentem, no que diz respeito as suas atividades profissionais. Por isso, o compartilhamento de experiências e habilidades, respeito e reconhecimento, podem fazer maravilhas pela autoestima no ambiente de trabalho. Na realidade, estas são medidas simples e sem custos, que geram retornos importantes”.
Atitudes como permitir que o funcionário gerencie seu próprio horário, reduzir o tempo de deslocamento e possibilitar ao empregado trabalhar de outros locais, ajudam a diminuir os níveis de estresse e, consequentemente, aumentam a produtividade. Estas atitudes representam uma mudança de mentalidade, que surgiu em sintonia com a realidade do mercado.
De acordo com Benedito Borghi, sócio-diretor da Lopes & Borghi Consultores Associados, “além da valorização dos recursos humanos que tem sua disposição no dia a dia, empresas inteligentes adotam ações motivacionais, levando-os ao sentimento de realização e felicidade não apenas no ambiente corporativo, mas, também, fora dele”.
Ações motivacionais fora da empresa, como plano de incentivo para educação continuada, ações comunitárias e programas de qualidade de vida que englobam ginásticas laborais, salas de recreação e descanso, representam um cuidado com o colaborador e fazem com que 83 % dos brasileiros - mesmo assumindo tarefas adicionais em seus cargos-, acreditem que aumentaram suas conquistas no ambiente corporativo.
Lourenço Bustani, apontado o brasileiro mais inovador do mundo dos negócios, fala sobre soluções criativas de empresas lá fora – e o que as nacionais deveriam aprender
Pedro Carvalho- iG São Paulo |
Lourenço Bustani, 32, vende ideias. Quem compra? Petrobras, Nike, GM, Bayer, Pepsico, Natura, HSBC e outras multinacionais. A Mandalah, empresa que criou, não inventa campanhas ou executa projetos para os clientes. Apenas bola a "visão", a estratégia da marca. "Quando a gente aponta as oportunidades, elas são necessariamente boas para a empresa e para a sociedade", afirma.
Além de contratos, as ideias de Bustani renderam um prêmio importante. Ele foi apontado o brasileiro mais inovador do mundo dos negócios, pela revista americana Fast Company, referência no assunto. No começo do mês, viajou a Nova York, onde a Mandalah tem escritório, para algumas reuniões. Depois, foi ao Canadá, receber a premiação da revista, numa cerimônia com nomes como Francis Ford Coppola e Arianna Huffington. Havia acabado de voltar ao Brasil quando recebeu o iG.
iG: O que você viu nessas viagens, em termos de inovação?Bustani: Eu me impressionei com o nível de consolidação do fenômeno dos apps [aplicativos]. É uma coisa sem volta. Daqui uns anos, vamos olhar pra trás e ver que foi a era dos apps.
iG: Algum app em particular? Bustani: Nada específico, vi muita coisa. O que me impressionou é o mercado. Tem agências com equipes de 30 desenvolvedores de apps.
iG: As grandes empresas clientes de vocês já estão nessa ‘era’? Bustani: Fora do Brasil, sim. Nos nossos outros escritórios, sim. Aqui, ainda não. Tem a ver com nossa limitação de banda larga e smartphones. Mas a projeção de crescimento de smartphones no Brasil é assustadora. Em pouco tempo, vai deixar de ser nicho. Está claro que vai haver uma revolução. E vocês viram o que aconteceu com o Facebook, né? A desvalorização das ações, por não terem divulgado informações confiáveis de que está tudo migrando para o mobile [internet móvel]. E eles não têm estratégia de mobile. Não têm geração de receita através de mobile. i G: Então o impacto no Facebook pode ser maior do que conseguimos ver? Bustani: Tendo a achar que se alguém vai se mexer para resolver isso é o Facebook. Talvez percam dinheiro, percam um pouco de tempo, mas vão se adaptar.
iG:As empresas estão preparadas para essa revolução dos smartphones? Bustani: As grandes já estão focadas nisso. As Nikes, Best Buys, Dells... Ontem tomei café com o CEO de um grupo de mídia chamado Radical Media, dos EUA [Jon Kamen]. Os caras ganharam Oscar, Grammy, tudo. Ele, usando o iPad, me contou a história da agência através dos apps que criaram. E falou um termo que eu nunca tinha ouvido: appmentary [ou appmentário], que é um documentário via app. É fantástico. Fiquei impressionado, o cara tinha seus 50 anos e só falou de apps.
iG: A maior parte das empresas, inclusive clientes de vocês, faz ações sociais pontuais, mas são parte de grandes problemas. É uma contradição? Bustani: Claro, é uma grande contradição. Não é um modelo sustentável. Você não pode ilhar a discussão em torno da sustentabilidade num departamento periférico. E geralmente é uma área que carece de recursos, que não tem importância estratégica... i G: A GM, cliente de vocês, é parte do problema do trânsito. A Petrobras, é parte da poluição. Se os problemas forem mesmo resolvidos, elas ficam sem ter um negócio? Bustani: Tal como a gente conhece essas empresas hoje. Esse é o ponto. Quando a gente fala que uma empresa precisa se mexer, é justamente isso. Como gerar outras receitas, outros valores dentro de um negócio, sem ser em detrimento de alguém.
iG: No caso dessas corporações, seriam mudanças monumentais. É possível? Bustani: Sem dúvida. Alguém pode discordar da necessidade disso? A gente está em desequilíbrio, o amanhã não está assegurado com a mesma qualidade de hoje. i G: A crise econômica adia a preocupação das empresas com a sustentabilidade? Bustani: Acelera. Não concordo que um aumento do foco na sustentabilidade implique em diminuição de lucro no curto prazo. E o que aconteceu foi mais que uma crise econômica, foi uma crise existencial. Pela primeira vez as empresas pararam e falaram: ‘por onde vamos, qual o caminho?’ Isso deu margem a discussões que nunca tinham acontecido num ambiente corporativo.
iG: Mas, na hora de por a mão no bolso para reduzir impactos, elas não vão segurar? Bustani: Não dá para segurar mais. A necessidade de se enquadrar é tão urgente que as empresas não têm tempo a perder – e sabem disso. Algumas não sabem como começar, esse é o problema. Você vê muitas começando 'pela ponta', pela comunicação. Outras discretamente investem bilhões para reestruturar o negócio e um dia falar sobre isso. A [marca de roupas e equipamentos] Patagonia é um exemplo inacreditável. Você vai num ponto de venda da Patagonia em Nova York e na vitrine está escrito: ‘compre menos’.
iG: Mas é um negócio que nasceu de um montanhista, com uma cabeça diferente... Bustani: Tudo bem. Todas essas mudanças nascem a partir de uma liderança pessoal comprometida. Sempre vai começar com alguém. A Patagonia é uma multinacional gigante, fatura bilhões. E não é só a frase ‘compre menos’, os caras têm programas sobre roupa reutilizável, têm um comportamento coerente. Não é uma ação promocional, o negócio está preparado para o ‘compre menos’.
Tem muita coisa rolando. As grandes empresas estão todas envolvidas, em menor ou maior grau. Pode ser um laboratório, um projeto piloto. Beleza, mas já é algo. E têm algumas como a Wal-Mart que simplesmente transformam sustentabilidade na principal diretriz da empresa, fazem transformações de negócios profundas.
iG: Na prática, o que faz a Mandalah? Quais projetos importantes fizeram? Bustani: Um trabalho grande foi o que fizemos para a Nike. A gente fez um trabalho para identificar como a marca conseguiria se tornar relevante e ganhar legitimidade com os cariocas até a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016. A Nike não tinha nenhuma presença no Rio, não tinha atuação na cidade. Queriam fazer parte da cultura carioca, para que durante os grandes eventos pudesse ter uma presença relevante. A gente interagiu com personagens de todos os mundos e submundos da cidade, lideres comunitários, artistas, DJs, atletas, produtores culturais, ONGs, para entender o momento que a cidade está vivendo. Com base nisso, desenvolveu uma visão para a marca. Uma visão integradora, que junta as tribos. A gente propôs uma visão na qual a Nike serve de propulsora de transformação social através do esporte. É uma estratégia que vem das bases. i G: O que eles estão fazendo? Bustani: O que eles estão fazendo parte dessa visão [criada pela Mandalah], mas é criado por eles.
iG: Vocês só fizeram a ‘visão’? Bustani: Só a visão. Não uso palavras concretas porque é sigiloso – o nome da visão, o conceito da visão. Mas a pretensão da visão é a transformação social através do esporte. O que eles estão fazendo? Patrocinando campeonatos de futebol entre favelas, reformando pistas de skate, promovendo corridas. Criaram a Favela Surf Clube, no Morro do Cantagalo, uma escola de surfe gerenciada pela comunidade. Mas as ações não fomos nós que criamos, só fizemos a visão estratégica para a marca.
iG: O que qualquer empresa, de qualquer tamanho, poderia fazer para ‘se mexer’? Bustani: Ontem fui convidado pelo Itaú para conversar com 120 colaboradores deles. E era o 42º encontro que faziam no ano. Já trouxeram 42 pessoas para bater papo. Isso é muito bom, você traz estímulo, referencia, conhecimento. É muito interessante criar momentos que estimulam o refresco intelectual.
iG: Você nasceu e morou muito tempo fora. Que crítica faz às empresas brasileiras? Bustani: Ainda lamento a falta de seriedade. Acho que informalidade e falta de profissionalismo prejudica a todos. É bom ter certo grau de flexibilidade, jogo de cintura... O jeitinho brasileiro, na dose certa, é ótimo. Se passar dessa dose, é prejudicial. Aqui é tudo muito incerto, muito volátil, os acordos não são honrados. Basta mudar um diretor que o projeto pode dançar. Já recebi emails dizendo: ‘parabéns, vocês ganharam o projeto’. Depois de dez dias, chega outro: ‘pois é, a gente foi buscar aprovação com o diretor e ele mudou de ideia’. E estou falando de multinacionais. Se eu somar todas as ocasiões, foram R$ 3 milhões [em projetos aprovados e desaprovados]. Falta processo, seriedade, cultura corporativa.
iG: Muitos estrangeiros estão vindo trabalhar no Brasil. Esse choque cultural corporativo acontece muito? Bustani: Toda semana recebo email de algum amigo ou conhecido: ou é um investidor que ganhou dinheiro em Wall Street e quer investir no Brasil, ou um cara que não aguenta mais trabalhar lá e está fazendo cursinho de português... O choque cultural acontece muito. Agora, com os grandes eventos esportivos, a gente tem que olhar para nós mesmos e pensar qual imagem vamos querer transmitir. O Brasil precisa amadurecer um pouco, as empresas precisam amadurecer.
A guerra das empresas pelos profissionais do mercado chegou também aos estagiários. Bom para eles, claro, que nos últimos três anos vêm ganhando cada vez mais. Segundo levantamento das principais consultorias do Brasil, o valor da bolsa-auxílio aumentou entre 20% e 30% no período.
Fernanda Bottoni
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Como afirma Manoela Costa, gerente da Page Talent:, os salários de forma geral estão inflacionados... No entanto, essa “inflação” não necessariamente está acompanhando a entrega dos profissionais – tanto dos mais experientes quanto dos iniciantes. “Tem bastante gente ganhando muito bem e sem entregar tudo o que a empresa espera”, diz ela. Sem muita alternativa, as empresas acabam aceitando a situação para não perder o profissional para a concorrência. “Entre os estagiários, principalmente, as empresas pagam mais porque querem jovens já com alguma experiência, conhecimento de idiomas e, de preferência, que já tenham morado fora do país.”
Disputa acirrada – Para ganhar conquistar uma boa vaga, no entanto, a concorrência é intensa. Para você ter uma ideia, em 2011, a Cia de Talentos trabalhou 2,3 mil vagas de estágio. Sabe quantas pessoas participaram da seleção para essas vagas? Nada menos do que 162 mil. Uma continha simples demonstra que a relação de candidato por vaga chegou a 70,4. Em 2012, já foram 891 vagas no primeiro semestre, que historicamente é bem mais fraco que o segundo. O número de inscritos? Quase 66 mil! Relação de 74 candidatos por vaga. Quer saber mais? No ano passado, o curso de Medicina da USP – famoso por ser disputadíssimo – teve relação de candidato por vaga de 51,18. Parece brincadeira, mas não é. E nem estamos falando das vagas de trainee, famosas por alavancar uma infinidades de candidatos para uma pequena quantidade de vagas.
Quem paga mais– Entre os segmentos que oferecem melhor remuneração aos estagiários estão os Bancos de Investimento de grande porte, em que um estudante que faz 6 horas diárias de estágio pode ganhar R$ 2,2 mil, e o Automobilístico, em que a remuneração para a mesma carga horária alcança os R$ 2 mil. Já os Bancos de Varejo não costumam ser tão bacanas com seus pupilos. Um estagiário que dedica 6 horas diárias a uma agência leva entre R$ 900 e R$ 1,2 mil por mês. Uma diferença e tanto. Já nas áreas corporativos dos bancos, a remuneração fica entre R$ 1 mil e R$ 1,4 mil.
Há ainda os segmentos campeões na variação da bolsa-auxílio. Um estagiário do setor Farmacêutico, por exemplo, pode ganhar de R$ 843 a R$ 1,7 mil reais por seis horas diárias de trabalho. Na Indústria Brasileira, o valor máximo tamnbém chega a ser o dobro do valor mínimo. O universitário ganha de R$ 800 a R$ 1,6 mil. As informações são da Page Talent.
Quer saber mais? Confira a tabela detalhada com os dados fornecidos pela Page Talent. Depois, claro, pode se jogar no calendário dos maiores programas de estágio do Sudeste e das outras regiões do país. Boa sorte!
Tabela de Remuneração de estagiários
Segmento
Porte*
Escopo
Carga Horária
Salário
Banco de Investimentos
P
1.000 - 1.300
M
Áreas Corporativas
6h
1.250 - 1.500
G
1.800 - 2.200
Banco de Varejo
1.000 - 1.300
G
Áreas Corporativas
6h
1.250 - 1.500
1.800 - 2.200
Alimentício
P/M
Área Corporativa
4h
700
6h
1.200 - 1.500
Construção Civil
P/M
Obras e Corporativo
4h
950
6h
1.250 - 1.650
Automobilístico
M/G
Geral
4h
1.000
6h
1.500 - 2.000
Farmacêutico
M/G
Comercial e Corporativo
6h
843 - 1.600
Indústria Nacional
M/G
Geral
6h
900 - 1.250
Indústria Internacional
M/G
Geral
6h
900 - 1.600
* P (pequeno porte - faturamento anual inferior a R$ 100 milhões) M (médio porte - faturamento anual entre R$ 100 e R$ 500 milhões) G (grande porte - faturamento anual superior a R$ 500 milhões)