terça-feira, 28 de maio de 2013

EDUARDO PAES


Eduardo Paes, o prefeito karatê kid


Na madrugada deste domingo, 26 de maio, em um badalado restaurante japonês na Zona Sul carioca, houve um princípio de quebra pau. Poderiam ser pitboys lutando pelo derradeiro sashimi ou um global docemente chateado com o assédio dos paparazzi, mas um dos protagonistas do quiproquó era ninguém menos que Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro. Do outro lado do tatame, o músico e escritor Bernardo Botkay, o Botika.
Paes estava com sua mulher e outras pessoas à mesa quando Botika e sua namorada, Ana Maria Bonjour, começaram a agredi-lo verbalmente. Foram ditas coisas maduras e politicamente críticas como “merdinha”, “bosta” e “vagabundo”, mas não necessariamente nessa ordem. Daí que Paes não aguentou o orgulho ferido, partiu para cima de Botika e lhe deu dois socos na cara. Os seguranças chegaram apartando daquele jeitinho delicado e cada um foi para o seu lado (o casal xingador para a 14ª. DP, na Gávea, e o prefeito para alguma reunião de gerenciamento de crise).
Durante o dia de ontem Botika e sua mulher, bem como o casal Francisco Bosco e Antônia Pellegrino (que estavam na mesa de Paes) se apressaram em colocar suas versões no Facebook, enquanto o prefeito soltava uma nota oficial de esclarecimentos e desculpas. “Apesar da agressividade do casal, eu não poderia ter reagido como fiz. Peço desculpas à população da minha cidade pela maneira como agi. Não sei se faria de novo como fiz no restaurante, mas não me arrependo”, afirmou em certo momento da nota. Um pedido de desculpas era o mínimo que se esperava dele, afinal por mais vítima que tenha sido, ele é um político que se diz democrático e deveria estar acostumado com certas antipatias populares (e ainda por cima possui seguranças para resolver esses probleminhas). Não vou nem falar que políticos deveriam ser exemplos de retidão porque seria pedir demais... enfim, responder palavras ou xingamentos com socos não é “coisa de homem”, como alguns podem achar, e sim coisa de moleque.

Moleque como Botika que não só se comportou como um nervosinho de cabeça oca em plena hora do recreio como seguiu pagando de machão no Facebook: “Eu queria ter levado porrada de um playboy de merda. A maior humilhação do mundo é levar soco na cara do homem menos homem que já ouvi falar. E ele não dá direito de retorno. Eu tornaria sua face em farelos. (..) Pra isso, gostaria que você [Eduardo Paes] viesse sozinho, por conta própria, aqui na minha casinha”. É muita vergonha alheia, minha gente.
Bem, tudo parecia esclarecido, por mais absurdo que tenha sido, quando o delegado responsável deu hoje declarações ao jornal O Globo afirmando que existem alguns caroços nesse angu. O músico disse que levou dois socos do prefeito, mas no registro de ocorrência ele está como testemunha e não vítima, e foi sua mulher que fez exame de corpo de delito no IML (por ter machucado o joelho quando os seguranças chegaram). Mas isso muda alguma coisa? Não, nada. Tudo continua sendo idiota e condenável de ambas as partes.
Fico então com o DJ Sany Pitbull que melhor resumiu isso tudo: “No Vale Encantado onde ninguém tem mais o que fazer dois playboyzinhos brigaram. (...) Não satisfeitos os dois playboys correm pra contar a seus amigos virtuais o ocorrido. Um dos playbas pede desculpas dizendo que foi xingado e que mesmo assim não deveria ter feito o que fez, bater no playboyzinho insultor... Já o playba que começou toda a confusão, provavelmente sob efeito de muito saquê nos cornos, entrou na porrada e também foi chorar com seus amigos virtuais falando que foi sim agressivos nas palavras e não mediu as consequências e agora grita, protegido atrás do seu teclado de computador chamando o outro playba para se encontrar na saída da escola, e sozinhos, pra resolver a peleja... que coisa feia hein crianças? Que vergonha. Não vão ganhar presente no Natal. Falei.”

Por Dafne Sampaio | Mexidão – 16 horas atrás


FONTE: YAHOO

Nenhum comentário: