domingo, 29 de março de 2015

RASIL: FAMILIAS MAIS ENDIVIDADAS



Cresce o número de famílias com dívidas em atraso no país; cartão de crédito é o principal compromisso

 
 
Foto: Thinkstock
 
 





 

SÃO PAULO - A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou passando de 17,5% em fevereiro para 17,9% em março, mas ainda abaixo dos 20,8% registrados no mesmo do ano passado.
 
O endividamento das famílias também aumentou em março e chegou a 59,6% ante os 57,8% de fevereiro.
 
O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 73,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (18,2%) e, em terceiro, por financiamento de carro (14,4%).
 
 
Os números fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O endividamento das famílias subiu pelo segundo mês consecutivo, mas em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o índice alcançou 61%, ainda é menor.

O levantamento engloba modalidades de crédito como cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.


Já o número de famílias que se declararam muito endividadas passou de 9,7% em fevereiro, o menor patamar desde o início da série, em 2010, para 10,6%.

Entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu na comparação anual, passando de 30,9% para 29,7%.


Entre os principais indicadores da pesquisa, o único que registrou queda nas comparações mensal e anual foi o de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas.

O percentual de famílias nesta situação recuou para 6,2% ante 6,4% em fevereiro e 7,1% em março de 2014.


"Porém, 20,7% afirmaram ter mais da metade de sua renda comprometida com pagamentos de dívidas", afirmou a economista da CNC Marianne Hanson.


Segundo a Confederação, a moderação do crescimento do crédito para as famílias e o perfil mais favorável de endividamento, concentrando-se em modalidades de risco mais baixo e prazos mais longos, melhoraram a percepção das famílias em relação ao seu endividamento.

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