quinta-feira, 24 de setembro de 2015

DOLAR ALTO: QUEM GANHA ??




Quem ganha e quem perde
com o dólar recorde?  
 
 
 
 
<p>Alta provoca dor de cabeça em empresas e pessoas.</p>© Fornecido por Deutsche WelleAlta provoca dor de cabeça em empresas e pessoas.


A disparada do dólar no Brasil nas últimas semanas vem superando até mesmo as previsões mais ousadas. Nesta terça-feira (22), a moeda fechou a 4,05 reais, a maior cotação da história do real. A alta provoca dor de cabeça em muitos, mas também é vista como oportunidade para alguns setores da economia brasileira.
"A alta é péssima para fábricas que dependem muito de insumos importados, varejistas que importam sua mercadoria e empresas e pessoas que têm dívidas em dólar. Isso afeta desde quem viajou para fora e usou o cartão de crédito até a Petrobras, que tem o grosso das dívidas em dólar", afirma Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho & Associados.
 
Por outro lado, o dólar alto beneficia empresas voltadas à exportação. "Setores como o de celulose e de mineração já estão ganhando muito. E investidores estrangeiros podem achar interessante fazer aquisições de empresas brasileiras por causa da perda do valor delas frente ao dólar", afirma Hegedus.
 
Com a alta da moeda, alguns setores da indústria também recebem um pouco de alívio no sufoco provocado pela desaceleração econômica do mercado interno. O volume de exportações ainda não reflete a vantagem do novo câmbio, mas o índice de rentabilidade das vendas externas de vários setores já apresentou uma melhora sensível. Graças à alta do dólar, as empresas podem baixar seus preços e vender mais para fora.
 
"O efeito no volume exportado é mais demorado, porque muitas empresas precisam se preparar e reorganizar a produção para o mercado externo. É mais fácil sentir o impacto na rentabilidade. As exportações industriais ainda continuam baixas, mas os ganhos estão maiores", afirma a economista Daiane dos Santos, da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
 
Dos 29 setores produtivos voltados à exportação analisados pela Funcex, 23 registraram aumento na rentabilidade entre janeiro e agosto deste ano. No setor de semifaturados (ferro fundido, celulose, ligas de alumínio, couros etc.), por exemplo, o índice teve um aumento de rentabilidade de 7,3%.
"A alta do dólar traz um ganho de competitividade para diversos setores brasileiros. O câmbio permite que os produtores e fabricantes negociem valores melhores e traz algum alívio", afirma Santos.
 
 
 
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