domingo, 5 de dezembro de 2010

FAÇA VOCE MESMO: PRESENTES GOURMET.

Confira oito receitas de mimos artesanais para presentear no Natal. Lista inclui sal de alcaparras e compota de damasco com jasmim



Marcela Besson, IG São Paulo 04/12/2010 09:00



Tweet Facebook Só alguém muito querido merece ganhar os presentinhos sugeridos abaixo. Eles não possuem etiqueta de grife nem vão custar o seu 13º. Mas são produtos artesanais, feitos de forma caseira e, por isso, carregam uma dose extra de carinho. Sim, eles vão demandar trabalho, paciência e tempo -- e é justamente aí que está o valor. Além disso, regalos gourmet são sempre boa pedida para quem gosta dos assuntos de cozinha. Diverte quem faz e dá um gostinho diferente à rotina de quem recebe. Para os que não têm muita afinidade com as panelas, pode ser um desafio recompensador. Abaixo, chefs de cozinha oferecem oito receitinhas de mimos bem gastronômicos. Mãos à obra.



Azeite de ervas e alho
Compota de damasco e jasmim
Conserva de pimentas


Geleia de morango
Limoncelo
Madeleines
Pan de figo
Sal de alcaparras




Bom para temperar saladas, peixes e massas

Azeite de ervas e alho

Receita do chef William Ribeiro,

do restaurante O Pote do Rei, em São Paulo

Tempo de preparo: 10 minutos

Rendimento: 500ml



Ingredientes

1 dente de alho inteiro

1 ramo de alecrim lavado e seco

1 ramo de tomilho lavado e seco

2 folhas de louro lavadas e secas

1 pimenta dedo-de-moça lavada e seca

500ml de azeite extravirgem de boa qualidade



Modo de fazer

Esterilize uma garrafa com capacidade para 500ml com água quente. Deixe secar completamente. Aqueça levemente, a 40º C, o azeite com as ervas, o alho e a pimenta. Com uma pinça, arrume os ingredientes na garrafa e despeje o azeite. Mantenha em lugar fresco, arejado e protegido da luz. Sirva após uma semana para temperar saladas, peixes e massas.




Para adoçar ainda mais o clima natalino

Compota de damasco com chá de jasmim

Receita do chef Flavio Federico,

da doceria Sódoces, em São Paulo

Tempo de preparo: 30 minutos

Rendimento: 600g



Ingredientes

2 xícaras (chá) de água mineral

2 saquinhos de chá de jasmim

250g de damascos turcos frescos picados

½ xícara (chá) de açúcar refinado



Modo de fazer

Ferva a água com o chá, adicione os damascos e cozinhe tampado até ficarem macios. Adicione o açúcar e cozinhe em fogo baixo até encorpar.



Retire os saquinhos de chá sem espremê-los. Coloque tudo em um vidro esterilizado e tampe imediatamente.





Curtida: use-a após uma semana do preparo

Conserva de pimentas

Receita do chef Zé Lima,

do restaurante Tordesilhas, em São Paulo

Tempo de preparo: 30 minutos

Rendimento: 200ml



Ingredientes

½ xícara (chá) de vinagre de álcool

1 colher rasa (café) de sal

1 colher rasa (chá) de açúcar

3 pimentas peito-de-moça (ou pimentas dedo-de-moça)

6 pimentas malaguetas (verdes)

10 pimentas bodes (amarelas)

1 vidro de aproximadamente 180ml



Modo de fazer

Lave o vidro com sabão, jogue água fervente e borrife álcool. Deixe secar. Em uma vasilha, misture o vinagre, o sal e o açúcar. Leve ao fogo e ferva por 1 minuto. Retire e deixe esfriar. Lave as pimentas em água corrente e tire os cabinhos. Cozinhe-as em água fervente por 1 minuto. Tire-as da água e jogue imediatamente no gelo, dando um choque térmico. Escorra e seque com um pano. Corte as pimentas peito-de-moça em quatro partes e a pimenta bode ao meio, em dois pedaços. Retire o excesso de sementes e deixe as malaguetas inteiras. Com uma pinça, vá colocando as pimentas no vidro seco alternadamente, formando uma composição colorida. Depois, acrescente a calda até cobrir as pimentas. Comece a usar a conserva depois de uma semana do seu preparo.




Geleia caseira dura até um mês na geladeira

Geleia de morango

Receita da chef Heloisa Bacellar,

do empório gourmet Lá da Venda, em São Paulo

Tempo de preparo: 1h30

Rendimento: 250g



Ingredientes

1kg de morango maduro e limpo, cortado ao meio

1/4 de xícara (chá) de suco de limão

3 xícaras (chá) de açúcar



Modo de fazer

Aqueça o morango e o suco de limão em uma panela, em fogo baixo. Depois de 15 minutos, ou quando o morango estiver bem macio e com bastante líquido, junte o açúcar e mexa até dissolver. Cozinhe por mais 30 minutos, misturando de vez em quando com uma colher de pau, até obter uma geleia avermelhada, escura e bem brilhante, mas que dará a impressão de estar mole até esfriar. Para testar, coloque um pratinho no freezer quando começar a trabalhar, retire a panela do fogo passados uns 20 minutos da adição do açúcar, coloque uma colher de chá de geleia no pratinho, espere 1 minuto, ou até criar uma película, e empurre uma das extremidades com a ponta do dedo para ver se enruga. Se a geleia ainda estiver mole, volte ao fogo por mais alguns minutos e repita o teste. Despeje a geleia em um pote de vidro limpo e seco, deixe esfriar, tampe e guarde na geladeira por até um mês.




Para servir com café ou usar em doces flambados

Limoncello

Receita de Luigi De Simone,

da Cantina Arancini, em São Paulo

Tempo de preparo: 30 minutos

Rendimento: 1 litro



Ingredientes

1 litro de álcool de cereal

5 limões sicilianos médios bem maduros de boa qualidade



Modo de fazer

Descasque os limões sem ferir a parte branca. Coloque o álcool em um frasco que possa ser muito bem fechado para não haver troca de ar com o ambiente. Coloque as cascas do limão dentro e deixe por quinze dias em local escuro e fresco. Depois esse período, coe para separar os resíduos do limão e está pronto para uso. Para quem não aprecia o limoncello puro, a dica é fazer uma calda com açúcar e água e juntar ao licor quando estiver fria. Os italianos costumam servi-lo com café expresso ou usá-lo em sobremesas flambadas.




Madeleines: um mimo encantador e delicado

Madeleines

Receita da chef Mara Mello,

da Pâtisserie Mara Mello, em São Paulo

Tempo de preparo: 40 minutos

Rendimento: 30 madeleines grandes



Ingredientes

8 ovos

4 gemas

275g de açúcar

250g de farinha de trigo

100g de fermento em pó

300g de manteiga

1 pitada de sal



Modo de fazer

Misture as gemas com os ovos e o açúcar e

bata até clarear e dobrar de volume. Peneire a farinha, o fermento e o sal. Reserve. Derreta a manteiga e misture, alternando-a com os ingredientes secos. Deixe repousar por 12 horas. Em seguida, leve ao forno a 210º C, por 10 minutos, e depois reduza a temperatura para 190º C, por mais 15 minutos.





Pan de figo com toque de cravo e canela

Pan de figo

Receita da chef Adriana Cymes,

do Buffet Arroz de Festa, em São Paulo

Tempo de preparo: 30 minutos

Rendimento: 2 pans



Ingredientes

150g de figo seco

150g de chocolate meio amargo de boa qualidade (cacau 50%)

100g de açúcar de confeiteiro

30g de amêndoas torradas

30g de avelã torrada

30g de pistache torrado

10g de casquinha de laranja cristalizada

1 colher (sopa) de vinho do Porto

1 pitada de gengibre em pó

1 pitada de canela em pó

1 pitada de cravo em pó



Modo de fazer

Processe o figo seco até obter uma pasta. Derreta o chocolate em banho-maria, adicione as especiarias, o vinho do Porto e as castanhas. Vá acrescentando o figo seco até obter uma pasta densa. Por último, junte o açúcar de confeiteiro. Abra um bom pedaço de papel filme, coloque a pasta de figo e enrole. Você pode usar também uma fôrma de baguete: abra o papel filme sobre ela e coloque a massa. Feche e leve à geladeira. Espere 3 dias para servir, desenforme e corte em fatias.




Para aromatizar saladas, peixes e carpaccios

Sal de alcaparras

Receita do chef William Ribeiro,

do restaurante O Pote do Rei, em São Paulo

Tempo de preparo: 10 minutos

Rendimento: 100g



Ingredientes

100g de alcaparras em conserva



Modo de preparo

Escorra as alcaparras e leve ao forno baixo, 100º C por 2 horas ou até desidratar. Triture num pilão ou num processador. Guarde em um pote fechado hermeticamente em lugar fresco, arejado. Use o sal para aromatizar saladas, peixes e carpaccios.



FONTE: IG NATAL

CURSO: 10 idéias para Ganhar dinheiro com Fotografia.=> IDÉIA 8.

8. Retratos (Portraits)




Não é difícil montar um estúdio para retrato na sua casa para fotos formais, mas você também pode fazer boas fotos externas com luz suave ou no fim do dia quando o sol estiver baixo no céu. Comece tirando fotos de amigos, e peça a eles para falar com os amigos deles, e cedo, você terá um pequeno negócio. Você pode também colocar anúncios nos classificados dos jornais locais. Faça todos os testes com amigos e familiares antes de se tornar “Pro”, e ir atrás de clientes.

sábado, 4 de dezembro de 2010

CURSO: 10 idéias para Ganhar dinheiro com Fotografia.=> IDÉIA 7.

7. Fotos de Animais




Semelhante a fazer retratos de gente é fazer de animais. A principal diferença é que você tem que gostar de trabalhar com animais. A mesma câmera, lente e luz usadas para fotos de pessoas irá funcionar bem com animais. Algumas dicas: Tire fotos no mesmo nível dos olhos dos animais, evite fotos com lente grande angular muito próxima a menos que você queira uma foto distorcida, se usar flash redirecione o mesmo pra evitar olhos vermelhos, evite o sol do meio dia, tenha o dono por perto para ajudar, e tire algumas fotos do animal com o dono.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Profissional com deficiência qualificado é disputado pelo mercado

Ministério do Trabalho afirma que empresas devem investir em capacitação para alcançar cota exigida por lei




iG São Paulo 03/12/2010 05:44



“O Brasil não se pode dar ao luxo de desprezar a capacidade produtiva de 14,5% de sua população”, diz o médico e auditor fiscal da Superintendência do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo, José Carlos do Carmo. Este é o percentual da população radiografado pelo Censo 2000 do IBGE como tendo algum tipo de deficiência e mobilidade reduzida. Este número será atualizado em breve, quando for divulgado o dado referente a este segmento no Censo 2010.

José Carlos do Carmo, médico e auditor fiscal da Superintendência do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo

Kal, como é chamado, afirma que somente quando a sociedade assimilar esta percepção será possível atingir a inclusão profissional plena. “As contratações pelo mercado de trabalho fazem parte de um projeto maior, que é a inclusão social desta parte da população brasileira que sempre esteve excluída do acesso a direitos fundamentais, como o direito ao atendimento de saúde, à educação, ao lazer e ao trabalho”, diz ele.



Segundo ele, o Ministério do Trabalho não pode esperar de braços cruzados que isso aconteça. “Apoiamos esta causa de duas maneiras: exigindo o cumprimento da legislação vigente por parte das empresas através da fiscalização e promovendo pactos setoriais que comprometam, além do empresariado, também os sindicatos – patronais e de trabalhadores – com este objetivo.”



A lei 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, determina que as empresas com mais de 100 empregados reservem vagas para contratação de profissionais com deficiência. Este percentual varia conforme o tamanho da companhia: de 100 a 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1.000, 4%; e acima de 1000, 5%. A Superintendência Regional do MTE vem firmando pactos setoriais com o objetivo de impulsionar a inclusão.



Nesta sexta (3), em que celebra mundialmente o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o iG Carreiras ouviu o especialista sobre o assunto.



Qual é o estágio atual da inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho?

Estamos longe do objetivo, que é atingir a cota em 100%. Em São Paulo, por exemplo, chegamos um pouco além da metade do caminho. Mas a estratégia dos pactos setoriais tem proporcionado avanços importantes. O envolvimento dos sindicatos nesta ação tem significado um comprometimento maior com a causa, pois a responsabilidade de tornar o mercado de trabalho receptivo aos profissionais com deficiência é de toda a sociedade, não só das empresas.



É possível traduzir isso em números?

Em dezembro de 2009 chegamos a 100 mil contratações de PCD no Estado de São Paulo. Em 2001, não chegavam a 700. Como o projeto de inserção envolvendo a estratégia de pactos foi iniciado em 2004, há uma clara relação entre o aumento da fiscalização e os pactos setoriais com o crescimento das contratações.



Existe algum tipo de medição em empresas com menos de 100 empregados, que não estão obrigadas por lei a contratar pcds?

Sim e este é um dado animador. Cerca de 33% dos contratos aconteceram em empresas deste porte. A inclusão social mobiliza a sociedade por outros caminhos além do cumprimento da obrigação legal. As empresas que contratam PCDs estão descobrindo que elas trabalham tão bem quanto os outros profissionais – quando não melhor.



Muitas empresas se queixam da qualidade da formação deste profissional, entendendo que a baixa capacitação impede que a cota seja cumprida.

Não é um argumento que se sustente. O que se espera das empresas é que vejam o profissional e não a deficiência que ele possui. Que procurem perceber seu potencial de crescimento e deem a ele as mesmas oportunidades que oferecem aos demais. Boa parte delas possui programas de capacitação ou estimula o desenvolvimento profissional de suas equipes. O profissional com deficiência também tem direito a esse tipo de investimento. As que estão fazendo isso dizem que o retorno obtido é alto. Além disso, é preciso mudar a forma como se busca este profissional. A empresa deve descrever o que a função a ser preenchida exige em vez de procurar por deficiência x, y ou z. Olhar só para a cota tem levado muitas empresas a buscar profissionais com deficiência leves, o que não necessariamente significa encontrar o profissional com deficiência mais capacitado.



O MTE possui algum serviço que facilite a PCDs desempregadas encontrar trabalho?

Sim. Criamos um site, que é patrocinado e mantido pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana, que nasceu como uma das contrapartidas do pacto setorial. O endereço é www.selursocial.org.br. Neste site, qualquer PCD pode colocar o seu currículo e empresas de todo o país e de qualquer setor podem anunciar suas vagas. É preciso incentivar este profissional a continuar estudando, por conta própria e discutindo com as empresas incentivos à capacitação. Hoje, o PCD qualificado é muito disputado pelo mercado.



FONTE: IG ECONOMIA

CURSO: 10 idéias para Ganhar dinheiro com Fotografia.=> IDÉIA 6.

6. Produtos de Papel




Existem centenas de empresas que utilizam fotos para calendários, cartões e pôsteres. As três maiores (American Greetings, Gibson Greetings e Hallmark Cards) são difíceis de entrar, mas pequenas empresas trabalham com fotógrafos e artistas free-lance. Faça uma pesquisa para saber as coisas que são populares, e qual empresa estaria interessada no tipo de foto que você faz, então envie amostras do que você tem em stock. Você pode fazer muito dinheiro neste mercado se tiver às fotos certas no momento certo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aluguel consome o dobro da renda destinada à prestação de imóvel

Despesa com prestação de casa própria consome 6,7% da renda; aluguel representa 12,3% do orçamento



Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro 01/12/2010 14:31


Financiar um imóvel para realizar o sonho da casa própria pesa mais no orçamento do que pagar aluguel, certo? Errado. Apesar dos juros e amortizações, alugar pesa em média o dobro que as prestações de imóveis nos gastos das famílias brasileiras, de acordo estudo que está sendo divulgado nesta quarta-feira (1) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).


Com base nos microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o Ipea apurou que a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,7% da sua renda, enquanto o gasto com aluguel representa 12,3% do orçamento de quem tem esta despesa. Os dados foram calculados a partir da POF de realizada de 2008/2009, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


"Sai mais barato financiar do que alugar porque os preços dos aluguéis têm subido sem proteção. São contratos renovados a cada 30 meses, conforme acordo com o mercado e refletem, portanto, a valorização dos imóveis e dos preços das terras", explica o pesquisador do Ipea Pedro Humberto Carvalho, um dos autores do estudo. "Os valores de financiamento são menos expostos a estas variações", acrescentou.


Na pesquisa anterior, de 2002/2003, a despesa das famílias com aluguel foi praticamente a mesma. Já entre as mutuárias, a despesa equivaleu a 8,3% - houve uma queda, com redução nas taxas de juros.



“Esse fato é curioso, pois o aluguel não exige a amortização do valor do imóvel, como ocorre com os financiamentos, muito embora o valor da prestação dependa também do valor da entrada. Além disso, o crescimento exponencial do valor dos imóveis urbanos verificado nos últimos anos, devido ao crescimento econômico, não impacta o valor das prestações de imóveis contratados no passado”, assinala o estudo “Evolução das despesas com habitação e transporte público nas Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF): análise preliminar 2002-2009.



Segundo o Ipea, a aparente distorção entre gasto com aluguel versus despesa com financiamento pode ser explicada também por elevados valores pagos na entrada da compra do imóvel. Outra explicação possível está nas diferenças entre indexadores: “o crescimento do preço dos imóveis, intensificado a partir de 2008, foi muito maior que o da TR, que indexa a maioria dos contratos de financiamento imobiliário. Com isso os mutuários do SFH estão protegidos contra choques e bolhas nos preços dos imóveis que os arrendatários não estão”, acrescenta.



Os domicílios que pagam aluguel passaram de 12,9% para 17,0% no período de realização das duas POFs . Já no universo das famílias que financiam imóveis, houve um pequeno aumento de 4,6% para 5,2%. “Houve um incremento do número de famílias que passaram a financiar a aquisição, passando de 42% para 59%”, ressalta o Ipea. O instituto reitera que a posse de imóveis no Brasil já atinge cerca de 70% dos domicílios.



A parcela de brasileiros que adquiriram imóveis pouco avançou, admite o Ipea. Uma das razões é a limitação da renda e acesso a financiamento dos mais pobres. "Esta pesquisa foi realizada com base em dados até 2009 e não pegou ainda os efeitos do Minha Casa Minha Vida, que foi pensado justamente para mudar esse processo e incluir mais famílias no sistema de financiamento", acrescentou o pesquisador.



Segundo ele, é a primeira vez que uma pesquisa delimita o universo de pagantes no orçamento das famílias a partir dos dados do IBGE. Normalmente, a parcela na renda de determinado item é feita a partir do universo de todas as famílias brasileiras, e não no grupo dos que pagam pela respectiva despesa.



Em compensação, a parcela dos gastos das famílias que adquiriram um imóvel à vista subiu de 38,7% para 58,9% em sete anos. O processo de compra de imóvel fazia parte do universo de 2,1% das famílias investigadas pelo IBGE. “Ressalte-se que os imóveis novos adquiridos a prazo obtiveram um indicador bem mais alto, subindo de 88% para 132% da renda familiar anual dessas famílias”, destaca o instituto.




Leia também:


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FONTE: IG ECONOMIA - FINANÇAS

45 ANOS: No auge da carreira, esforço redobrado para poupar

Tesouro e produtos garantidos são opções para quem ronda os 45 anos, não tem tempo para planejar, mas tem pressa para acumular



Olívia Alonso, iG São Paulo


Enfim, o auge da carreira. Muitos profissionais atingem a melhor posição no trabalho por volta dos 45 anos. Já não faltam muitos anos para a aposentadoria, o que é um alívio. Mas para quem ainda não começou a planejar a aposentadoria, será uma corrida contra o tempo. A sugestão de consultores financeiros para que a velhice seja tranquila é muito esforço para poupar mais. “Em 20 anos, ainda é possível ficar milionário”, consola Mauro Calil, consultor financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil. Mas será preciso economizar um volume significativo, pois o tempo é mais reduzido, afirma Andre Saito, da FIA.


Corrida contra o tempo para quem ainda não começou a planejar a aposentadoria

A regra para quem está na faixa dos 35 anos – de dividir o dinheiro poupado entre renda fixa e variável - continua valendo e é uma das sugestões de Calil. Uma exposição maior a ações pode ser perigosa, por exemplo, em casos de crises financeiras. “Várias pessoas tiveram que adiar a aposentadoria em função da crise. Houve uma queda muito forte da bolsa, e elas tinham um percentual muito grande investido em ações”, conta Humberto Veiga, consultor financeiro e legislativo da Câmara dos Deputados e autor do livro “Tranquilidade financeira – saiba como investir no seu futuro”.



Os produtos de investimento “garantidos” são outra opção, mais adequada para aqueles que não têm tempo para pesquisar sobre as modalidades de aplicações, suas taxas e rendimentos. Caracterizado pela vantagem de “nunca perder”, esse tipo de produto é oferecido por instituições que fazem a gestão do capital mesclando as aplicações em renda variável e fixa. Para esse modelo, é preciso já ter um dinheiro reservado, já que exige um investimento mínimo. Um fundo de investimento garantido que recebe um aporte de R$ 100 mil, após um ano terá retorno maior ou igual ao valor inicial, dependendo das oscilações do mercado. Se a bolsa subir 30%, por exemplo, o cliente receberá apenas uma parte desta valorização, e o restante ficará para a administradora dos recursos.



Já o investidor que não se incomoda em garimpar informações deve dar preferência a outras modalidades, como títulos prefixados do Tesouro Nacional, segundo Veiga. As chamadas letras financeiras do Tesouro são uma opção com boa rentabilidade e taxas baixas – um taxa de administração justa é de 0,5%, na opinião dos consultores. As aplicações mínimas em Tesouro Direto são de R$ 150.



Depois dos 50 anos, já falta menos tempo para a aposentadoria, e começar um planejamento é muito mais sacrificante. “Por um lado, os filhos não estão mais em casa, por outro, os gastos com saúde e remédios começam a ser maiores”, comenta Mauro Calil.


Depois dos 50 anos, é preciso uma dose maior de conservadorismo

As opções de investimento são as mesmas, porém é preciso uma dose maior de conservadorismo.



A renda variável muitas vezes seduz os investidores dessa faixa etária, dada a facilidade de operar por meio de home broker (o cliente opera no mercado de ações eletronicamente, via internet, pelos sites das corretoras de valores e bancos). Muitas vezes eles estão em busca de uma ocupação, mas precisam de cuidado”, afirma Calil.



Mesmo que pareça tarde para planejar, o mais apropriado continua sendo colocar os gastos e despesas na ponta do lápis e então descobrir quanto é possível poupar e quanto será necessário. “O esforço vai ser maior e é preciso ser realista” alerta o consultor Humberto Veiga. Segundo ele, o ideal é buscar informações. Caso busque instituições de gestão de recursos, a sugestão dos consultores é não acreditar em milagres. “É bom desconfiar de quem simular uma taxa de rentabilidade muito alta, acima de 12%, por exemplo”, afirma Humberto. Segundo ele, o mais sensato sempre é considerar uma taxa de retorno de 4% ao ano.



Tomando como exemplo uma pessoa de 50 anos, que queria fazer um planejamento para aposentar em dez anos, com um complemento mensal de R$ 2 mil, será preciso acumular em torno de R$ 432 mil para viver até os 90 anos, nos calculos de Veiga. Considerando que ela tenha um patrimônio inicial de R$ 40 mil, ela terá que fazer aplicações mensais de R$ 2.011,00 para que chegue ao objetivo, de acordo com economistas consultados pelo iG, que consideraram uma rentabilidade mensal de 0,6% - o que pode ser possível com renda fixa.



Jovens têm mais tempo e poupam com menos esforço

Aos 35 anos, o momento é de proteger o patrimônio

Como garantir uma aposentadoria confortável

 
FONTE: IG ECONOMIA