sábado, 8 de janeiro de 2011

IPCA sobe 5,91% no ano, maior inflação desde 2004

Inflação oficial recuou para 0,63% em dezembro, ante variação de 0,83% em novembro


Danielle Assalve, iG São Paulo | 07/01/2011 09:02 - Atualizada às 10:24 

 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano com alta acumulada de 5,91%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos percentuais, essa é a maior variação anual desde 2004 (7,6%). Em dezembro, o índice recuou para 0,63%, ante variação de 0,83% em novembro.



Os preços dos alimentos, os maiores vilões da inflação, avançaram 10,39% em 2010. Segundo o IBGE, o grupo contribuiu com 40% do IPCA no ano. O aumento foi sentido em todas as regiões do País, com destaque para Curitiba, que viu os preços de itens alimentícios subirem 13,14% no ano passado. Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (7,53%).

O feijão, que não pode faltar nas mesas dos brasileiros em todo País, registrou aumento de preços de 51,49% no ano passado, segundo o IBGE. Mas quando se observa o peso da despesa no orçamento das famílias, o problema mesmo foi o encarecimento das carnes. Para comprar um quilo do produto, o consumidor teve de pagar, em média, 29,64% a mais que em 2009. Com isso, o produto foi o que mais contribuiu para o aumento da inflação oficial no País. Também ficou mais caro comer fora de casa – alta de 10,62%, representando o segundo maior impacto para o IPCA.

Para o analista Thiago Curado, da Tendências Consultoria, “2010 foi um ano em que tivemos uma pressão muito forte de alimentos, com aumento dos preços internacionais das commodities e choque de oferta. Mas se observamos o núcleo do IPCA, vemos que o índice ficou muito pressionado como um todo, em especial por conta de fatores como desemprego em queda e elevação da renda e do poder de compra dos consumidores”.


Além de alimentos

A inflação em produtos não alimentícios foi de 4,61% no ano, ligeiramente menor que a registrada em 2009 (4,65%). O maior aumento de preços foi sentido na hora de pagar os empregados domésticos (11,82%), que representou a terceira maior pressão para o IPCA como um todo em 2010.

Ir ao cabeleireiro também ficou bem mais caro no ano passado (8,16%), pressionando a taxa do grupo das despesas pessoais, que avançou 7,37%. No mesmo patamar ficou a variação dos preços de vestuário (7,52%). Na sequência, aparecem os gastos com educação (6,22%), puxados pelo aumento de 6,64% das mensalidades escolares.

As despesas com habitação avançaram 5,0% no ano passado, com destaque para a alta de 7,42% nos aluguéis e de 7,11% no valor do condomínio. No grupo de cuidados pessoais, a inflação avançou 5,07%, liderada pelo aumento dos preços de planos de saúde (6,86%).

Na outra ponta, os itens que registraram menor avanço da inflação em 2010 foram artigos de residência (3,53%), transportes (2,41%) e comunicação (0,88%). Segundo o IBGE, foi observada deflação nos itens TV, som e informática (-12,25%), emplacamento e licença (-9,51%), seguro voluntário (-3,53%), automóvel usado (-2,01%) e automóvel novo (-1,03%).



Belém tem a maior inflação do país

Na análise por regiões, o destaque ficou com Belém, com variação de 6,86% acumulada em 2010. O resultado foi pressionado, principalmente, pelo aumento de 17,58% nas tarifas de energia elétrica e de 10,38% nos custos com alimentação.

Já em Recife, a queda de 9,16% na conta de luz e o recuo de 8,98% nos preços do botijão de gás contribuíram para que a cidade tivesse a menor inflação do País no ano passado, com variação de 4,63%.



Recuo em dezembro

No mês passado, o IPCA recuou para 0,63%, ante variação de 0,83% em novembro. Apesar disso, a variação foi maior que a registrada no mesmo de 2009 (0,37%). O resultado se deveu, principalmente, à desaceleração dos preços de alimentos e bebidas – de 2,22% em novembro para 1,32% em dezembro. Apesar do menor ritmo de crescimento, o grupo responde por 49% da variação do IPCA total no mês.

 

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FONTE: IG ECONOMIA

APRENDA SOZINHO A FALAR EM PÚBLICO - QUINTA QUESTÃO

QUINTA QUESTÃO




Não tenho vocabulário, as palavras somem quando estou diante do público. Como fazer para ter um vocabulário de boa qualidade ?



É comum as pessoas dizerem que não têm vocabulário para expressar suas idéias. Entretanto, ao dar essa explicação provam o contrário, pois conseguem encontrar todas as palavras de que precisam para dizer que não têm vocabulário. Significa que quando a atitude diante da platéia é correta as palavras aparecerão facilmente.


Ocorre que quando as pessoas vão para a frente do público não usam as palavras do seu vocabulário normal, do dia-a-dia, pois querem falar com palavras diferentes, como se para falar em público devessem mudar a forma de se expressar. Fale diante dos ouvintes da mesma maneira como você se comunica quando conversa com os familiares e amigos. Esse comportamento ajudará a tornar o vocabulário mais fluente.



Um bom exercício para desenvolver o vocabulário é ler textos de revistas ou jornais com uma caneta na mão. À medida que surgirem palavras diferentes ou outras de que não tenha muita certeza do significado, anote o termo e depois consulte o dicionário. Para que a nova palavra passe a fazer parte do seu vocabulário utilize-a nas próximas conversas ou nas redações que fizer. Assim será mais fácil fixá-la.



Evite usar palavrões e gírias e lance mão do vocabulário técnico apenas diante daqueles que atuam na mesma atividade que a sua.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Whirlpool pesquisa hábitos de consumo e lança 200 itens em 2010

Com cerca de 700 pessoas na equipe de desenvolvimento de produtos, a empresa registrou 65 patentes em 2010



Marina Gazzoni, iG São Paulo 07/01/2011 05:04



As donas de casa de Joinville, em Santa Catarina, alertaram a Whirlpool de que inovações em seus fogões poderiam atendê-las melhor. Em uma cozinha-teste da empresa na cidade, a equipe de design de produto assistiu suas consumidoras preparando um frango assado e percebeu que poderiam facilitar o processo para elas. Enquanto cozinhavam, as donas de casa abriram o forno e colocaram a mão dentro dele para verificar se estava pré-aquecido e, depois, para molhar o alimento. Essa prática chamou a atenção da Whirlpool e motivou o lançamento de duas novidades nos fogões de suas marcas Brastemp e Consul em 2010. Agora, uma tinta no vidro do forno de um fogão da Consul muda de cor e informa a cozinheira quando ele está aquecido. E, um modelo a vapor da Brastemp evita o ressecamento dos alimentos, sem precisar que ele seja regado.



Essas mudanças são dois dos 200 itens inovadores que a empresa incluiu em seus produtos em 2010, mais de um a cada dois dias. Em 2009, foram 160 novidades. E muitas delas nascem a partir de testes com consumidores, nos quatro centros de tecnologia da Whirlpool no Brasil.



A criatividade é a aposta da Whirlpool para se manter competitiva no mercado de eletrodomésticos. Criada nos Estados Unidos, a empresa completará seu centésimo aniversário em novembro de 2011. A corrida pela inovação começou na empresa no ano 2000, com um incentivo formal da matriz da companhia. Em 2006, a orientação foi reforçada e cada diretoria passou a ter metas de inovação para cumprir.


Mario Fioretti,gerente-geral de design e inovação da Whirlpool na América Latina

“É muita responsabilidade para uma diretoria. Se a empresa não tiver cultura de inovação no sangue, as novidades não saem”, afirma o gerente-geral de design e inovação da Whirlpool na América Latina, Mario Fioretti, que coordena as ações da empresa nesta área.



A subsidiária brasileira incorporou a ideia e hoje é a única empresa privada do Brasil entre as mil maiores instituições do mundo no ranking de depósitos de patentes da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Em 2010, ela contabilizou 65 patentes, mais que o dobro das 31 registradas em 2009. A estimativa da companhia é que a venda de produtos considerados inovadores correspondeu a 25% de sua receita em 2010. A Whirlpool não divulga seu resultado financeiro.




Primeiro o problema, depois a solução

O caminho entre transformar uma ideia em um novo produto nas prateleiras das lojas de varejo é longo. Primeiro, a empresa procura desenvolver novidades que tragam um benefício ao consumidor. Depois, avalia se ela está dentro dos valores das marcas. E, por último, estuda a viabilidade econômica. Ao todo, 700 pessoas participam do processo de desenvolvimento de produtos da Whirlpool no Brasil. “Apenas 10% das ideias chega às lojas”, afirma Fioretti.



Para descobrir que benefícios podem agregar ao seu produto, a Whirlpool usa os testes com consumidores em seus laboratórios e pesquisas de opinião. Depois que os clientes citaram em um estudo encomendado pela Whirlpool a prática de descongelar a geladeira como um dos afazeres da casa mais desagradáveis, a empresa passou a perseguir formas de viabilizar aparelhos que não precisam ser descongelados para a classe C. O produto existia apenas em equipamentos de duas portas, que são mais caros. A Whirlpool foi a primeira do mundo a lançar geladeiras de uma porta que não formam uma capa. Hoje, o equipamento produzido nas fábricas brasileiras é exportado para os países da América do Sul.



Com o lançamento de inovações úteis, a empresa tenta evitar que a linha branca vire commodity e que a escolha dos clientes considere apenas o preço menor. “O consumidor é mais que um bolso. Ele quer um produto que satisfaça sua necessidade”, afirma Fioretti.



FONTE: IG ECONOMIA - EMPRESAS

APRENDA SOZINHO A FALAR EM PÚBLICO - QUARTA QUESTÃO

QUARTA QUESTÃO



Não gosto de ouvir minha voz gravada e não sei como usá-la com eficiência.



Dificilmente encontraremos uma pessoa que goste de ouvir a própria voz gravada. Isso ocorre porque quando falamos ouvimos a voz pela ressonância óssea dentro da nossa cabeça. Entretanto, a voz gravada é propagada por ondas no ar e, por isso, muito diferente daquela que ouvimos quando falamos. Acostume-se com sua própria voz gravada, pois com o tempo irá se familiarizando com ela e percebendo que se trata da mesma voz que está habituado a ouvir quando está falando.



Para que sua voz seja mais eficiente aprimore a dicção. Quanto mais clara for a pronúncia das palavras mais facilmente as pessoas irão compreender suas informações e mais credibilidade você terá pela demonstração de bom preparo e boa educação.



Exercício I – Para melhorar a dicção faça exercícios diários de leitura em voz alta com duração de dois a três minutos. Pegue um texto qualquer, pode ser artigo de jornal ou de revista, e faça a leitura colocando um obstáculo na boca, como o dedo dobrado, preso entre os dentes, como se estivesse com raiva – sem forçar ( a idéia da raiva foi só para mostrar como o dedo deveria ficar dentro da boca).



Outro aspecto da voz que precisa ser observado é o volume. A altura da voz deverá ser de acordo com o ambiente onde você se apresenta.



Exercício II – Ponha um gravador no fundo da sala e pronuncie algumas frases para verificar se o ouvinte que estaria na mesma distância em que se encontra o aparelho de gravação você saberá se deverá falar mais alto ou mais baixo. Se puder, fale em ambientes com dimensões distintas para fazer diferentes avaliações.



Já que você irá observar o volume da voz com a ajuda do gravador, aproveite para analisar também a velocidade da fala. Se perceber que está falando muito rápido ou muito devagar, faça exercício de leitura de poesia em voz alta para desenvolver uma boa velocidade e um ritmo mais agradável, isto é, alternar o volume da voz e a velocidade da fala.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Saiba como declarar compra e venda de imóveis

Contribuinte deve relacionar na Declaração a compra de um imóvel e o valor efetivamente pago; venda está sujeita ao IR



Nelson Rocco, iG São Paulo 06/01/2011 05:53



O contribuinte que comprou, vendeu ou é proprietário de um imóvel residencial deve ficar atendo às regras do Imposto de Renda na hora de fazer a Declaração de ajuste deste ano. Todas as operações de compra, venda e eventual imposto pago sobre o ganho na operação devem ser relacionados na prestação anual de contas ao Fisco



Se o imóvel foi comprado no ano passado, por exemplo, deve ser listado entre os bens na declaração. A forma de declarar, no entanto, varia conforme o procedimento de compra. Luiz Monteiro, auditor da Receita Federal em São Paulo, lembra que a declaração de bens tem três colunas. Na primeira deve ser relatada a descrição do imóvel, com endereço e forma de aquisição. Na segunda coluna, a posição (o valor) em 31 de dezembro do ano anterior, e na terceira, o valor pago até o final do ano passado.



O contribuinte que comprou um imóvel ao longo do ano passado deve colocar R$ 0,00 como valor referente ao ano anterior. Se o valor foi pago à vista, ele deve ser anotado na terceira coluna. Se o imóvel foi adquirido por meio de financiamento, o contribuinte deve somar todos os valores efetivamente pagos até 31 de dezembro de 2010. “Quem compra financiado deve, anualmente, ir adicionando os valores pagos em cada ano”, lembra Monteiro.


Salão do Imóvel em São Paulo: bem deve ser declarado à Receita Federal

De acordo com o auditor, integram o valor pago taxas pagas para o registro do imóvel. Luiz Benedito, diretor técnico do Sindifisco, o sindicato nacional dos auditores, ressalva que eventuais taxas cobradas pelos bancos não podem integrar o valor do bem, já que estão ligadas à obtenção do financiamento. Despesas com móveis e equipamentos para áreas comuns em condomínios novos ou usados, como esteiras ergométricas ou espreguiçadeiras, não podem ser incluídos no valor do bem. Se for construído um salão de festas, no entanto, a parte que cabe a cada unidade do condomínio deve passar a fazer parte do valor do imóvel.




Sem correção

Tanto Benedito como Monteira destacam que, como não há mais correção monetária do valor dos bens relacionados na declaração, a única forma de o contribuinte “valorizar” seu imóvel é incluindo no valor histórico despesas com reformas e benfeitorias. “Mas desde que ele tenha os comprovantes dos gastos com material e mão de obra”, destaca Moreira.



Luiz Benedito afirma que outras despesas que podem ser agregadas ao valor histórico do imóvel são aquelas relacionadas a obras e benfeitorias no condomínio. “Dessa forma, você vai agregando valor, para ter um valor histórico um pouco maior. Na venda, você paga IR sobre um ganho de capital menor.”



Essa valorização paulatina do imóvel é uma forma de o contribuinte pagar menos Imposto de Renda sobre ganhos de capital caso venha a vender o bem. Pela lei, se um imóvel tem valor histórico de R$ 100 mil, por exemplo, e ele é comercializado por R$ 200 mil, sobre os R$ 100 mil que representam a diferença deve ser pago o imposto com a alíquota de 15%.



A lei nº 11.196, de 2005, porém, concede alguns benefícios ao contribuinte. Ele tem um prazo de até 180 dias para usar o resultado da venda de um imóvel na compra de outro sem pagar IR sobre ganhos de capital. Se os valores forem iguais, não há ganho e, consequentemente, imposto a pagar. Caso seja usado, no mesmo exemplo, apenas R$ 150 mil na compra de outro imóvel residencial, ou seja, 75% do total, deve ser recolhido IR sobre ganhos de capital sobre a diferença, os R$ 50 mil restante. Se passarem os 180 dias sem que ele adquira outro imóvel, o contribuinte perde o benefício e deve pagar o IR corrigido desde a data da venda.





Único imóvel

A lei prevê também que, se o cidadão vender seu único imóvel, seja comercial, residencial, rural ou industrial, no valor de até R$ 440 mil, não deve pagar IR sobre ganhos de capital. Mas desde que não tenha vendido outro imóvel nos últimos cinco anos. Além disso, os ganhos na venda de imóveis adquiridos antes de 1969 estão isentos do IR.



Para os contribuintes que tiveram ganhos de capital, os auditores lembram que o recolhimento do IR deve ser feito por meio do Documento de Arrecadação da Receita Federal (Darf) até o último dia do mês seguinte à ocorrência. Ou seja, se o bem foi vendido no dia 15 de fevereiro, o recolhimento deve ser feito até o último dia de março. Para isso, deve ser utilizado um programa disponível no site da Receita Federal.


Veja também:


- Receita divulga regras para declaração de Imposto de Renda 2011
- Para sair da malha fina, verifique pendências no site do fisco
- Gay poderá declarar parceiro no Imposto de Renda




FONTE: IG ECONOMIA - FINANÇAS

APRENDA SOZINHO A FALAR EM PÚBLICO - TERCEIRA QUESTÃO

TERCEIRA QUESTÃO




Como devo me posicionar diante do público? Posso me movimentar? Já li alguns livros que dizem que a movimentação é importante, e outros que afirmam que é melhor ficar parado. Afinal, quem está com a razão ?



Por estranho que possa parecer os dois têm razão. Se você ficar imóvel diante do público, dificilmente conseguirá interagir com os ouvintes. Por outro lado, se você se movimentar demais, ou sem objetividade, passará a imagem de alguém inseguro, hesitante e sem convicção. Por isso, posicione-se naturalmente sobre as duas pernas, dando um equilíbrio ao corpo e procure se movimentar quando houver alguma finalidade, como aproximar-se de uma parte da platéia que começa a ficar desatenta, para que voltem a prestar a atenção; ou para dar ênfase a determinadas informações que julgar relevante. Se você se posicionar ora sobre a perna, ora sobre a outra, procurando uma forma de se sentir confortável, demonstrará aos ouvintes que não está à vontade e eles poderão interpretar por essa atitude tratar-se de um sinal da falta de conhecimento sobre o tema.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Empresas usam horários flexíveis para motivar funcionários

Benefícios como liberdade para entrar mais tarde ou trabalhar de casa são usados para incentivar e reter talentos



Pedro Marques, do iG São Paulo 05/01/2011 05:50



Na hora de ir para o trabalho, você enfrenta trânsito caótico, rodízio, ou metrô e ônibus lotados. Ao longo do dia, são várias as tarefas para resolver, como levar os filhos para a escola ou ir ao banco. Trabalhar numa grande cidade brasileira tem desses inconvenientes, que fazem o tempo evaporar. A boa notícia é que você não é o único a perceber esse problema.

Para Gabriela Herz, da IBM Brasil, horário flexível ajuda a reter e motivar profissionais talentosos

O número de empresas que leva em consideração o impacto da rotina na satisfação e produtividade dos funcionários está aumentando – e elas começam a oferecer alternativas de horários para que os funcionários consigam dar conta de um dia a dia cada vez mais agitado.



As vantagens são óbvias: sem as amarras do relógio, o colaborador passa a se dedicar para cumprir as tarefas às quais se comprometeu em vez de se esforçar para terminar a jornada de trabalho diária. Por isso mesmo, os profissionais liberais e aqueles que trabalham com tecnologia são os mais beneficiados pelos horários de trabalho diferenciados.



Uma das pioneiras a oferecer horários de trabalho flexíveis no Brasil é a multinacional de tecnologia IBM. No começo dos anos 2000, a empresa foi uma das primeiras a permitir que alguns funcionários (especialmente os vendedores e os consultores) trabalhassem fora da sede. Com o tempo, a companhia adotou outros programas, que vão desde o sistema de home office, no qual o empregado trabalha 80% de seu tempo em casa, até um sistema chamado “Flexiplace”, no qual o profissional pode trabalhar de casa duas vezes por semana. Para completar, a IBM oferece o suporte necessário para o funcionário ficar em casa, reembolsando os gatos com assinatura de banda larga e de linha telefônica, por exemplo.



“Isso ajuda muito no equilíbrio da vida do profissional, reduzindo o cansaço e o estresse com o trânsito”, afirma Gabriela Herz, líder de diversidade da IBM Brasil, que dá o exemplo e é adepta da modalidade “Flexiplace”. Claro, a intenção da IBM com esses programas não é apenas ser legal com seus empregados. “Há também um lado lógico de negócios”, explica Gabriela. “A indústria de tecnologia tem uma escassez de mão de obra e precisamos buscar os melhores profissionais do mercado. Essa flexibilidade é um benefício que motiva e mantém os funcionários conosco. A pessoa se sente bem onde trabalha.”



Graças também a isso, a companhia começou a reduzir gastos indiretamente, pois deixou de pagar pelo espaço e equipamento usados pelos empregados. “No começo não havia essa preocupação. Mas depois começamos a avaliar que é, sim, mais barato para a empresa – e melhor para o profissional.”




Empecilhos

O horário de trabalho flexível, no entanto, encontra duas grandes barreiras no Brasil: uma de ordem cultural e outra jurídica. Ainda existem empresários que se sentem melhor mantendo os funcionários por perto e controlando as atividades. “Para a cultura brasileira, a flexibilidade é algo novo”, opina Gabriela. No campo jurídico, o problema é mais espinhoso: como essa modalidade não é regulamentada por lei, as empresas podem ser autuadas em fiscalizações do trabalho.



FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRA