sábado, 19 de março de 2011

CURSO DE CESTA DE CAFÉ DA MANHÃ – AULA 3

VENDA:




PROCURE MANTER UM CONTATO FORMAL COM SEU CLIENTE, MESMO SENDO CONHECIDO, COM ISSO VOCÊ VAI EVITAR SITUAÇÕES EMBARAÇADORAS AO RECEBER.



O PRAZO IDEAL PARA VOCÊ SOLICITAR ANTECEDÊNCIA NO PEDIDO É DE 2 DIAS, POIS ASSIM HAVERÁ TEMPO PARA VOCÊ PREPARAR COM CALMA A CESTA E O CLIENTE EFETUAR O DEPÓSITO. É INTERESSANTE VOCÊ TER CONTA EM BANCOS CONHECIDOS E QUE TENHAM MUITAS AGÊNCIAS.

SE PUDER CONFIRME O DEPÓSITO ANTES DA ENTREGA DA CESTA E NOS CASOS QUE O PAGAMENTO FOR NA MESMA DATA DA ENTREGA SOLICITE AO CLIENTE QUE DE PREFERÊNCIA ESTEJA NO LOCAL DA ENTREGA OU MORE NO MESMO, POIS O PAGAMENTO DEVERÁ SER FEITO DURANTE A ENTREGA, SOLICITE AO CLIENTE QUE COLOQUE O DINHEIRO EM UM ENVELOPE PARA QUE O PRESENTEADO NÃO VEJA.





CASO A PESSOA NÃO POSSA FAZER O DEPÓSITO OU QUEIRA PAGAR COM CHEQUE PRÉ-DATADO, ENVIE UMA PESSOA A SUA RESIDÊNCIA COM PELO MENOS UM DIA DE ANTECEDÊNCIA PARA RETIRAR O CHEQUE.


PEÇA AO CLIENTE QUE ESCREVA ATRÁS DO CHEQUE:


"ESTOU CIENTE QUE ESTE DOCUMENTO NÃO PODERÁ SER OBJETO DE SUSPENSÃO DE PAGAMENTO", COLOQUE A DATA E ASSINE. COM ISSO EVITARÁ QUE O CLIENTE SUSTE O CHEQUE.



IMPORTANTE – ENVIE JUNTO UM RECIBO PARA TRANSMITIR CONFIANÇA AO CLIENTE.



VOCÊ PODE TRABALHAR TAMBÉM COM CARTÃO DE CRÉDITO, PORÉM HAVERÁ NECESSIDADE DE SE CREDENCIAR A UMA ADMINISTRADORA, PORÉM NÃO SÃO TODAS QUE CREDENCIAM PESSOAS FÍSICAS. AS TAXAS COBRADAS ESTA EM TORNO DE 5% DO VALOR. LIGANDO NAS ADMINISTRADORAS VOCÊ TERÁ MAIORES INFORMAÇÕES. SEGUEM ABAIXO ALGUMAS ADMINISTRADORAS.



• AMERICAN EXPRESS – 0800-785040 (PESSOA JURÍDICA)

• VISA (011) 800-8422 (PESSOA JURÍDICA)

• CREDICAR (021) 262-5522 (PESSOA FÍSICA E JURÍDICA)

• REAL VISA 0800-125022 (PESSOA FÍSICA E JURÍDICA – PARA CLIENTES DO BANCO REAL)

• BRADESCO VISA (21) 224-0031 (PESSOA JURÍDICA – PARA CLIENTES DO BANCO BRADESCO)

• OUROCARD VISA (21) 203-1245 (PESSOA JURÍDICA – PARA CLIENTES DO BANCO DO BRASIL)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sem sinais claros, mercado financeiro faz apostas contraditórias

Juros futuros que sobem e descem no mesmo dia, por exemplo, mostram incertezas com relação à condução econômica

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 18/03/2011 05:45

Que os economistas nunca chegam a um consenso entre si, não há nenhuma novidade. Porém, os últimos números sobre o crescimento econômico do País têm deixado não apenas os economistas, como também o mercado financeiro e os investidores, em ritmo de bússola sem norte.

Na manhã da terça-feira, 15, por exemplo, mesmo com a divulgação de um novo bom resultado para o setor varejista em janeiro, os contratos de juros futuros iniciaram os negócios em queda generalizada na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), pressionados pelo aumento das tensões relacionadas ao terremoto no Japão. Ou seja, os investidores esperavam que o Banco Central baixasse os juros mais adiante por dificuldades na economia.

Apenas algumas horas depois, no fim da manhã da mesma terça-feira, com o mercado de trabalho brasileiro tendo gerado vagas muito acima do que o esperado em fevereiro, os juros futuros inverteram o comportamento e passaram a subir. A avaliação do mercado financeiro passou a ser, então, a de que com novas vagas, o consumo seguirá aquecido e o Banco Central terá de fazer novas altas na taxa de juros para trazer a inflação para um patamar mais próximo da meta de 4,5% ao ano.

Foto: AE
Terminal de cargas no porto do Rio de Janeiro: exportações do País nos dois primeiros meses de 2011 cresceram 26% em comparação com o primeiro bimestre de 2010


Os dados da balança comercial brasileira também reforçam esse cenário econômico conflitante. Mesmo com a economia interna aquecida e o real valorizado as exportações do País nos dois primeiros meses de 2011 cresceram 26% em comparação com o primeiro bimestre de 2010.

No acumulado deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,622 bilhão, o que representa crescimento de 672% na comparação com o mesmo período do ano passado quando foi registrado um saldo positivo de US$ 210 milhões.


Outro índice, o IBC-Br calculado pelo Banco Central, divulgado na quarta-feira apresentou alta de 0,7% em janeiro, na série com ajuste sazonal, registrando o ritmo mais forte de crescimento desde abril do ano passado, quando o indicador avançou 1%. Na comparação com janeiro de 2010 houve alta de 5,1%, com uma aceleração sobre o ritmo apresentado em dezembro que havia sido de 3,7%. Para os economistas, o índice sinaliza um ritmo ainda forte de expansão, embora distante das altas observadas no início do ano passado. Ou seja, mais um sinal conflitante sobre a economia brasileira.

Em outro caso, diversos especialistas ouvidos pelo iG afirmaram que o Banco Central não agiu errado ao não aumentar os juros no fim de 2010, o que teria gerado pressão inflacionária em janeiro e fevereiro. Para eles, o BC tomou as medidas cabíveis e manteve a taxa de juros Selic (taxa básica de juros) inalterada nos dois últimos encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano passado, com base no cenário e nas informações disponíveis naquele momento.

Em setembro, por exemplo, o mercado financeiro acreditava numa inflação de 5% no fim de 2010. A média das projeções da pesquisa Focus em setembro apontava que o IPCA fecharia 2010 em 5% e em 4,8% em 2011. “Diante disso, não tinha porque aumentar os juros”, afirma o economista-chefe da consultoria LCA, Braulio Borges. Outra justificativa da autoridade monetária para manter o juro num patamar inalterado foi o rombo de R$ 4,5 bilhões no banco Panamericano, que poderia ter afetado todo o sistema bancário. “Mas o que se viu depois foi um avanço forte dos alimentos no fim de 2010 e o reflexo disso foi que o IPCA encerrou o ano em 5,9% e iniciou 2011 pressionado”, diz Borges.

Luiz Rabi, gerente de indicadores de mercado da consultoria Serasa Experian, concorda com o acerto do BC. “Hoje, olhando o passado, é fácil fazer essa análise”, disse. “Mas o governo não fez sua parte de controlar os gastos e os incentivos adotados durante a crise para evitar a retração da economia foram mantidos, mesmo após o período mais turbulento, o que incentivou muito o crescimento da demanda.”
Porém, o clima na primeira reunião entre a diretoria do BC com economistas do mercado financeiro, na segunda-feira, 14, não foi dos mais amenos. Os diretores do banco sofreram várias críticas, inclusive de estarem subestimando a ameaça da inflação. Um dos economistas presentes chegou a afirmar que o BC pode estar dando um peso maior à eficácia das chamadas medidas macroprudenciais no combate à inflação, conforme noticiou o colunista do iG, Guilherme Barros.


FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE CESTA DE CAFÉ DA MANHÃ – AULA 2

COMPRA DAS CESTAS:




VOCÊ DEVE MANTER UMA ATENÇÃO MAIOR QUANDO COMPRAR SUA CESTA, POIS PODE TER ALGUNS DEFEITOS.


EVITE COMPRAR CESTAS COM VERNIZ NÃO TOTALMENTE SECO, ELAS COSTUMAM SECAR E O CHEIRO DE VERNIZ IMPREGNA NOS ALIMENTOS.


ALGUMAS MARCAR DE VERNIZ SÃO FORTES E MESMO DEPOIS DE SECO NÃO SAEM COM FACILIDADE. AS CESTAS PARA PINTURA ESMALTE OU PÁTINA DEVEM SER COMPRADAS, DE PREFERÊNCIA SEM VERNIZ OU COM VERNIZ BEM FRACO.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ministério Público pede suspensão de licitação do trem-bala

Órgão encaminhou duas ações à Justiça pedindo correção de irregularidades que afirma existirem no leilão de licitação do trem-bala




Reuters 17/03/2011 08:28



 O Ministério Público do Distrito Federal encaminhou duas ações à Justiça pedindo correção de irregularidades que afirma existirem no leilão de licitação do trem-bala, o maior já realizado na história do país.


"A atuação do MPF/DF visa adequar os procedimentos adotados pelo governo aos limites constitucionais e legais, sem entrar no mérito da necessidade do empreendimento. Algumas irregularidades podem ser corrigidas imediatamente; outras demandam a suspensão do leilão do chamado trem-bala para aguardar providências necessárias e prévias ao procedimento de desestatização", afirma o ministério público do Distrito Federal em comunicado.



O leilão, orçado em R$ 33,1 bilhões, ocorreria em dezembro do ano passado, mas a licitação acabou sendo adiada para 29 de abril para permitir entrada de mais empresas. Até o final de 2010, apenas um consórcio, formado por companhias da Coreia do Sul e do Brasil, estava pronto para participar da venda da primeira linha férrea de passageiros de alta velocidade da América Latina.



Segundo o MPF "foram ajuizadas duas ações na Justiça e envidas duas novas recomendações à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de representação por inconstitucionalidade à Procuradoria Geral da República (PGR)".



O Ministério Público pede medidas para corrigir "uso irregular da arbitragem em contratos de concessão" no processo, estabelecimento de meios que garantam a competitividade da venda e que a ANTT espere aprovação de projeto de lei que cria a empresa estatal Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) para fazer o leilão.



"Para concessão da obra, uma parte significativa do financiamento público do projeto viria da Etav, mas o poder legislativo ainda não autorizou a criação da empresa, tampouco definiu os limites de sua capitalização. Sem essa definição, não cabe à ANTT assumir compromisso contratual de uma despesa que pode chegar a R$ 3,4 bilhões", afirma o Ministério Público Federal.



O órgão também pede para a Justiça suspender o leilão até que sejam concedidas novas outorgas em todas as linhas de transporte rodoviário interestadual e internacional no Brasil.



"Sem a devida concessão das linhas de transporte rodoviário de passageiros, não se pode garantir a adequação dos estudos de viabilidade do trem bala, que foram baseados nos preços e condições atuais das linhas de ônibus entre Campinas e Rio de Janeiro, as quais poderão mudar significativamente após as outorgas", diz o MPF.



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Traçado do trem-bala atravessa mais de 300 áreas de mineração





FONTE: IG ECONOMIA - EMPRESAS

MUDAR MUITO DE EMPREGO PODE ATRAPALHAR FUTURAS CONTRATAÇÕES

Empresas questionam instabilidade, comprometimento e falta de objetivo

Patrícia Lucena, iG São Paulo | 17/03/2011 05:58

Permanecer pouco tempo no emprego pode ser algo mal visto por recrutadores. Instabilidade, pouco comprometimento, imaturidade e falta de objetividade na carreira são alguns dos pontos questionados pelas empresas. Renata Schimdt, diretora da empresa de recursos humanos Foco Talentos, afirma que a pessoa que muda muito de companhia precisa apresentar bons motivos para se justificar em um processo de seleção. “Tem que ser coerente. Analisar realmente o porquê está saindo. Além disso, não adianta mentir. As empresas sempre acabam descobrindo.”

Segundo Renata, é complicado um profissional mudar tanto de empresa sem antes analisar a situação. “Não há como saber, em apenas três meses, se aquele trabalho te dá perspectiva de crescimento ou agrega alguma coisa.”


Foto: José Dionísio / Fotomontagem iG
Mudar de emprego com frequência pode demonstrar falta de comprometimento
A mudança de emprego em pouco tempo também pode estar ligada à geração que cada um pertence e à faixa etária do profissional. Na opinião de Luiz Romero, coordenador da área de gestão e marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM-RJ), os profissionais mais jovens tendem a ficar menos tempo nas empresas. “Os ciclos são menores. Eles têm necessidade de mudar, entendem que o desenvolvimento depende de mais experiências.”
Renata destaca que os jovens da geração Y (de 20 a 30 anos) não têm muita paciência e querem resultado rápido. “Tive um estagiário que, em dois meses, disse que estava se sentindo estagnado. Eles querem crescer na carreira em pouco tempo. Tem que ter calma.”
Por isso, quando a mudança de empresa ocorre com frequência, a empresa também deve analisar a questão do tratamento dispensado aos mais novos. “Isso influencia muito. Os jovens estão sempre em busca de novas experiências, enquanto os mais velhos são mais conservadores”, afirma Romero.
“As pessoas buscam inovações e acabam saindo de seus empregos com mais facilidade”, conta Tânia Bueno, gerente de recursos humanos da rede de livrarias Laselva. Um comportamento que tem sido estimulado pelo aquecimento do mercado de trabalho, o que acaba gerando mais oportunidades para os bons profissionais.
Renata acredita que é dever da empresa dar suporte ao funcionário. “O chefe ou alguém de recursos humanos deve conversar com ele. Dar um feedback de como estão as coisas, mostrar o desenvolvimento.”

Currículo
Omitir dados sempre pode ser muito pior. Segundo Renata, mesmo se a pessoa tenha ficado pouco tempo nas empresas em que trabalhou, tem que colocar no currículo. “Não adianta mentir. Tem que ser verdadeiro e falar os reais motivos. Cabe à empresa apostar ou não no potencial do profissional.”
Marcelo Maulepes, diretor da Consultoria Empresarial Relatom, acredita que alguns profissionais acham que ter várias empresas no currículo vai valorizá-lo. “Eles não percebem que o único valor agregado no perfil da pessoa foi que ela experimentou a cultura de várias empresas, mas não acrescentou necessariamente nenhuma outra experiência profissional.” O foco não pode ser a empresa, mas sim as atribuições que a pessoa adquiriu com o tempo.
“Há uma certa restrição. Profissionais com esse tipo de currículo demonstram que não têm foco, não agregaram conhecimento e não têm responsabilidade. A companhia fica sem saber se poderá contar com uma pessoa que por qualquer motivo muda de empresa”, analisa Maulepes.


Entrevista

Foto: Divulgação Ampliar
"Pouco tempo na empresa passa instabilidade para quem recruta", afirma Renata Schimdt
É fundamental analisar cada caso separadamente. A pessoa pode ser realmente instável, mas também pode ainda não ter encontrado a área certa e, por isso, estar mudando tanto de empresa. Para Renata, o recrutador deve avaliar o perfil do entrevistado. Ver qual é a sua situação.
“Alguns profissionais ficam pouco no emprego por conta de um problema da empresa mesmo, outros por serem inquietos e outros por não estarem na área certa”, afirma Tânia. Por isso, durante a entrevista, o mais importante é deixar claros os motivos pelos quais o profissional decidiu sair do seu trabalho. Além disso, também é importante mostrar qual oportunidade ele viu na empresa seguinte e que iria fazer alguma diferença na sua carreira.
A instabilidade no emprego gera muita insegurança para quem está contratando. “Nós do recursos humanos, quando vemos uma pessoa nessa situação temos certo receio em contratá-la. Não deu tempo suficiente para o profissional realizar nenhum projeto, concretizar nada. Passa muita instabilidade”, ressalta Renata.
Dicas
Veja algumas dicas dos especialistas consultados pelo iG Carreiras para quem já mudou muito de emprego:
• Seja transparente – “Não adianta mentir sobre os motivos pelos quais você saiu do trabalho. As empresas sempre acabam descobrindo”, afirma Renata.
• Fique no emprego por pelo menos seis meses – “Em pouco tempo, a pessoa não consegue concretizar nenhum projeto e saber se tem alguma perspectiva na empresa”, destaca Renata.
• Mostre o que aprendeu em cada emprego – “É importante que o profissional deixe claro o que desempenhou em cada empresa. Apesar de ter ficado pouco tempo, o que ele aprendeu”, diz Tânia.
• Preste atenção sobre a área que atua – “O profissional pode ainda não ter encontrado a função certa e, por isso, acaba mudando muito de emprego”, diz Renata.


FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRAS

CURSO DE CESTA DE CAFÉ DA MANHÃ – AULA 1

I.TÉCNICAS DE COMO ORGANIZAR O SEU NEGÓCIO




É IMPORTANTE SEMPRE MANTER UM ESTOQUE PARA QUE NÃO TENHA PROBLEMAS COM UM PEDIDO DE ÚLTIMA HORA. PARA O INÍCIO É INTERESSANTE MANTER UM ESTOQUE PARA 05 CESTAS (TIPOS DIFERENTES).



TUDO É IMPORTANTE AO COMEÇAR O SEU PRÓPRIO NEGÓCIO.



- DIVULGAÇÃO

- ATENDIMENTO

- VENDA

- PÓS-VENDA

- ENTREGA NA DATA CORRETA.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Fabricante do TGV, Alstom aguarda estreia do trem-bala no Brasil

Empresa francesa é a maior produtora de trens de alta velocidade do mundo e agora depende dos países emergentes para crescer



Claudia Facchini, enviada especial do iG a Paris e La Rochelle*
16/03/2011 10:35



Em Paris, na sede da Alstom, maior fabricante mundial de trens de alta velocidade do mundo, o leilão do trem-bala no Brasil, marcado para abril, é aguardado com expectativa. Além de ser o primeiro projeto do gênero em toda a América Latina, o contrato poderá render à multinacional francesa encomendas de mais de R$ 3 bilhões.

Avaliado em R$ 33 bilhões pelo governo brasileiro, o trem-bala vai interligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, percorrendo cerca de 500 quilômetros. As empreiteiras, porém, já falam em um custo de R$ 53 bilhões, cifra que, se confirmada, faria do projeto a obra mais cara já realizada pelo País.

Cerca de 90% do orçamento, no entanto, devem ser destinados à construção da própria ferrovia, cujo trajeto é considerado bastante desafiador para a implantação de um trem de alta velocidade devido à diferença de altitude e à topografia do terreno entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Apenas 10% do valor do projeto devem ser desembolsados com a aquisição dos trens e outros equipamentos, como sinalização. Ainda assim, será um contrato de peso para fabricantes como a Alstom, que cujas vendas caíram desde a crise financeira na Europa e nos Estados Unidos, em 2008.

A carteira total de pedidos do grupo caiu nada menos do que 39% no ano fiscal encerrado em março de 2010, totalizando 14,9 bilhões de euros. O valor inclui a divisão de equipamentos de energia, como turbinas, setor em que a Alstom é a número um do mundo, e a divisão de transporte ferroviário (trens), mercado em que o grupo só fica atrás da canadense Bombardier.

“O Brasil é um país muito importante para nós”, afirma Patrick Kron, presidente executivo da Alstom, em entrevista concedida a jornalistas brasileiros na sede da companhia, em Paris.





Patrick Kron, presidente-executivo da Alstom: estratégia para crescer em mercados emergentes como o Brasil


Emergentes

Não é para menos. Desde a crise financeira que afundou as economias dos Estados Unidos e da Europa, em 2008, os países emergentes, como o Brasil e a China, passaram a representar 60% dos negócios da Alstom e a concentrar os grandes investimentos feitos em obras de infraesterura no mundo. Há três anos, ao contrário, eram as economias industrializadas que respondiam por mais da metade das vendas da multinacional francesa.



No segmento de trens de alta velocidade, por exemplo, a Alstom venceu recentemente contratos no Marrocos e na Arábia Saudita e prevê uma forte expansão na China.



Mas, ao mesmo tempo em que a China transformou-se no maior mercado mundial, as empresas chineses também transformaram-se em fortes competidores globais. E essa maior concorrência com os asiáticos deve ser sentida também no Brasil. “Os chineses brigam em preço e na oferta de financiamento. Nós entramos na disputa com tecnologia, com a nossa capacidade de fornecer projetos completos (turn key), com a oferta de serviço pós-venda e com as parcerias com os fornecedores locais”, diz Kron sobre como pretende enfrentar a concorrência chinesa.



Na França, executivos da Alstom se esquivam de falar sobre o projeto do trem-bala brasileiro ou sobre como será a participação da companhia nos consórcios que vão disputar o leilão . “Ainda precisamos saber mais (sobre o projeto) antes de tomar uma decisão final”, afirma Kron, que recusou-se a revelar os nomes das empreiteiras com as quais a Alstom está conversando. “Ainda não sabemos se vamos participar (do leilão do trem-bala) como membros de um consórcio ou como fornecedores”, disse o executivo.



TGV

Na fábrica de trens da empresa em La Rochelle, na costa oeste do País, o especialista em trens de alta velocidade da Alstom, Philippe Jarrasson, responde que ainda não há uma definição sobre o tipo de trem que deve ser escolhido no Brasil. A Alstom fabrica tanto o TGV, trem de alta velocidade que alcança 250 quilômetros por hora, como o trem de altíssima velocidade (AGV), que chega a 360 quilômetros por hora. Trem-bala é, por sinal, um nome que os franceses detestam, por estar associado aos trens japoneses.



A multinacional francesa sempre disputou o mercado global de trens com a canadense Bombardier, maior fabricante do mundo, e a alemã Siemens. Juntas, as três companhias ainda controlam 40% das vendas, mas os chineses vêm despontando como competidores cada vez mais fortes e já possuem hoje cerca de 20% do mercado mundial de trens.



Para a disputa no Brasil, a Alstom conta com a vantagem de já possuir uma fábrica no bairro da Lapa, na cidade de São Paulo, onde são produzidos os trens fornecidos para os metrôs de São Paulo e Brasília e para a CPTM. A unidade ainda fornece equipamentos para os metrôs de Nova York, Santiago e Buenos Aires.




Hidrelétricas

Há poucas semanas, a Alstom venceu no Brasil contrato para o fornecimento de turbinas para a hidrelétrica de Belo Monte, o que vai lhe render encomendas no valor de 500 milhões de euros ( R$ 1,3 bilhão). No fim deste ano, a multinacional francesa participará ainda do leilão para o fornecimento de linhas de transmissão para a hidrelética, setor em que a Alstom passou a atuar com a aquisição da Areva, no ano passado.



Em 2008, a multinacional já havia vencido as licitações para fornecimento de turbinas das hidrelétricas de Santo Antônio, no valor de 500 milhões de euros, e Jirau, de mais 300 milhões. A Areva também já possuía em carteira pedidos de 400 milhões para o fornecimento da linha de transmissão das hidrelétricas do Rio Madeira, que vão ligar Porto Velho, em Rondônia, a Araraquara, em São Paulo.



Fábrica de turbinas eólicas na Bahia

A Alstom também vem buscando, nos últimos anos, diversificar seu portfólio de produtos, passando a desenvolver equipamentos de geração de energia de fontes alternativas, como eólica e solar. A empresa já iniciou até mesmo experiências com a energia produzida pelas marés.



Até o fim deste ano, a empresa vai inaugurar na Bahia uma fábrica de turbinas de energia eólica. A Alstom já possui pedidos para o fornecimento de equipamentos para três parques no País, no valor de 100 milhões de euros.



Com a retormada dos investimentos em energia nuclear no Brasil e na América Latina, a multinacional francesa também avalia iniciar a produção de equipamentos para esse segmento em sua unidade em Taubaté, onde são fabricadas turbinas para o setor elétrico.





Luz de vela

Apesar do avanço das energias renováveis, grande parte das vendas da Alstom ainda depende de usinas de carvão, ainda uma das principais fontes de energia na Ásia. Quando questionado se a empresa não via uma contradição ao abastecer tanto o setor de energias limpas, como a eólica, como o de energias poluentes, como o carvão, Kron responde rapidamente, sem titubear. “Não cabe à Alstom decidir qual fonte de energia deve ser utilizada. Qual fonte você prefere? Luz de velas?”, brinca o executivo. Segundo ele, nenhuma fonte de energia consegue ser 100% livre de problemas.



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*A repórter viajou a convite da Alstom





FONTE: IG ECONOMIA