domingo, 3 de julho de 2011

MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 14

Métodos de interrogatório


1) Quando o interrogador não conhece muito do passado e das atividades de seu prisioneiro, pode ser conveniente, inicialmente, fazer perguntas simples, de forma que ele possa respondê-las razoavelmente, sem se comprometer; isto tem uma dupla vantagem:

a) encorajar o prisioneiro a falar; e

b) dar ao interrogador uma oportunidade para julgar as reações do prisioneiro e estudar seu caráter.



2) Apresentamos a seguir, muito genericamente, os quatro principais tipos de aproximação. O interrogador experimentado pode avaliar qual tipo de aproximação utilizará e, até, jogar uma contra a outra. Essas quatro forma de aproximação são:


a) Aproximação insensível, mecânica e fria. Esta requer que o interrogador mantenha seu questionário numa voz monótona, fria, dura e com grande regularidade. Deve mostrar-se implacável e rude, como uma máquina, e não demonstrar nenhuma emoção.

b) Aproximação ameaçadora. Para isto o interrogador baseia-se na ameaça e agressividade para fazer o paciente cooperar, seja pelo medo, ou por perder sua calma e, desta maneira, deixar cair sua guarda. Não deve haver violência física, mas o interrogador deve gritar, gesticular, ameaçar com gestos, insultar e usar de sarcasmo contra o prisioneiro.

c) A aproximação aparentemente tola. Este tipo de aproximação pode ser usado contra um prisioneiro que está falando, mas do qual se suspeita estar mentindo ou escondendo informações. O prisioneiro é levado, temporariamente, a crer que é mais esperto que o interrogador; isto lhe dá uma falsa confiança que pode, freqüentemente, conduzir à derrota total.




Relatórios

1) As informações urgentes devem ser transmitidas pelo sistema de comunicações, ou oralmente. Um relatório completo das informações obtidas e uma avaliação do prisioneiro devem ser enviados ao escalão superior, acompanhando o preso e seus pertences (ou mesmo antecipando-se a ele). Os relatórios devem seguir as NGA da área. (Os relatórios devem ser informativos e não do tipo “perguntado que, respondeu que”).

2) Deve ser tomado muito cuidado para evitar o risco de transmitir falsas informações ou falsas confirmações. Todos os relatórios de informações obtidos dos interrogatórios devem conter o nome e o codinome do paciente, e um relatório posterior deve fazer referência ao anterior.

COMO TOMEI AS RÉDEAS DA MINHA VIDA

É fácil perder o foco no dia a dia e deixar a rotina arrastar seus desejos e sonhos. Conheça a história de gente  que reverteu isso

Veronica Manbrini, iG São Paulo | 03/07/2011 09:17


É fácil se deixar levar pela rotina. Não quer dizer que estamos parados vendo a vida passar – mas, presos nas obrigações do dia a dia, também nos distraímos e as brancas nuvens seguem passando. Se cuidar do cotidiano já é tarefa muitas vezes difícil e cansativa, como podemos fazer para tomarmos as rédeas e realmente domarmos nosso destino? Gente que conseguiu conta como foi.


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Ao se deixar levar, a vida de Fernanda Ramirez, 34 anos, chegou ao ponto do intolerável. Numa faculdade de educação física, ela respondia por 8 turmas de 110 alunos. “Tinha semestre que eu dava 30 horas de aula por semana. A universidade virou um sistema de massa. Como você corrige mil trabalhos por semana?”, desabafa. “Até os 29 anos fui professora porque não sabia o que fazer.” Pediu demissão, conseguiu uma bolsa de doutorado para se manter e traçou um plano tentar uma nova profissão: ser escritora.

O planejamento incluía uma rotina rigorosa de escrita e networking: ela passou a fazer contatos e se inscrever em concursos literários. “Fiz um livro de crônicas que foi premiado, consegui mídia, publiquei, me dediquei a isso.” O livro de Fernanda, “Língua crônica”, ganhou o Prêmio Funarte. “Estou muito feliz e aliviada com minha rotina. Não carrego mais o fardo da incompreensão da universidade, não pego mais trânsito, tenho metas”, conta a cronista.

“Às vezes a pessoa sabe seu valor, mas não sabe buscar seu cliente e divulgar esse serviço”, diz Fábio Zugman, autor do livro “Empreendedores Esquecidos”, em que discute como autônomos podem administrar a própria carreira. “Não basta ser bom e pensar que o mercado vai te reconhecer.” A questão é que muitas pessoas embarcam em carreiras autônomas e criativas para ter mais domínio sobre a realização pessoal; o desafio é casar a competência pessoal com o retorno financeiro.





140 quilos

Por conta do trabalho e da chegada da maternidade, a publicitária acreana Fernanda Ramalho, 28 anos, foi engordando, mas não conseguiu colocar os cuidados com a saúde em primeiro plano. Todo mundo que já ganhou alguns quilos sabe perfeitamente que eles não chegam de repente – mas é exatamente isso que parece quando não estamos prestando atenção em nós mesmos.



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“Aos 118 quilos me assustei, mas já não conseguia me controlar”, conta. Ela chegou a 140 quilos, e num check-up médico, recebeu ordem expressa de emagrecer. Em vez de comer sem pensar, Fernanda passou a ser criteriosa, mudou radicalmente as compras da família e já perdeu 42 quilos com dieta, exercícios e um implante de balão bariátrico. O implante já foi retirado, mas o emagrecimento continua.

Ela afirma que decidiu assumir o controle porque não queria que a filha assimilasse seus maus hábitos. “Eu precisava tomar uma atitude para me cuidar e dela também, senão eu iria perder tudo que eu colocava acima de mim”, afirma. Ainda faltam muitos quilos, mas ela já curte prazeres como comprar roupas com mais facilidade e brincar com a filha. “O caminho pode até ser longo, mas quando sabemos onde queremos, chegar ele se torna mais leve”.



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Um dos passos para retomar a direção é aprender a gerenciar o tempo. “O principal fator que faz a gente não dar conta é a ansiedade: você não enxerga brechas na agenda”, afirma Rosângela Gessoni Sapata Aguilar, autora de “Mulher – Guia prático de sobrevivência” (Editora Baraúna). Para ela, não existe Lei de Murphy. “Ansiedade pesa muito. A falta de organização e mau gerenciamento do tempo contribuem na perda de foco.”



Aos poucos

O risco de perder o controle sobre um aspecto da vida aumenta quando as mudanças são tão graduais que se tornam imperceptíveis, seja num emprego, num casamento ou no estilo de vida. “É comum que uma situação de vida aos poucos vá se deteriorando. Ao longo dos anos você descobre que ela não condiz mais com você, perdeu o sentido. A deterioração é lenta, mal se percebe.”, diz o psicólogo Luiz Alberto Hanns. Aí começa o processo de fazer frente às próprias escolhas, que é diferente para cada pessoa. “Sair da situação chacoalhando tudo ou criando pontes são jeitos diferentes de lidar e ritmo de mudança. É preciso se conhecer até para saber o que funciona para cada temperamento”, alerta Hanns.

Uma mudança transitória foi o que levou Mariana de Lucca, 28 anos, a dar rumo definitivo a sua vida. Ao se formar, ficou decepcionada com o primeiro emprego e estava entediada com o namoro. “Fui passar um ano em Los Angeles para aprender inglês, mas, quando cheguei aqui, eu vi como o mundo é grande e minha vidinha no Brasil era sem graça”, conta Mariana. Para sobreviver, ela fez de tudo: foi entregadora de pizza, babá, garçonete, faxineira, promotora de eventos.



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Quando concluiu um curso na Universidade da Califórnia, conseguiu um emprego na Warner Bros, que durou até a crise na economia americana. Foi aí que teve o estalo de que não queria mais pular de carreira em carreira. “Fui morar sozinha, adotei um gato e me toquei de que era a hora de arrumar um emprego bacana, porque eu tava cansada de ‘viver de bico’”, conta. Mariana voltou a estudar e batalhou uma vaga no Google, onde hoje é analista de qualidade. “Quando você sai da sua cidade, do seu país, é muito mais fácil ficar sem rumo por aí. Nas vezes em que eu vi que minha vida estava tomando uma direção que não me fazia feliz, decidi dar um basta”, diz a analista, que se considera feliz com as decisões.

Outra dica para manter a vida em ordem é não perder de vista sonhos e ambições. “Não é ruim estar na zona de conforto, ela é gostosa. Mas as pessoas ficam muito tempo nela”, afirma Ari Brito, sócio da Marca Pessoal, empresa de desenvolvimento humano e treinamentos. Para ele, às vezes atingir 50% de uma meta é suficiente para alguém se acomodar e ligar o piloto automático. Nos treinamentos, ele usa a respiração como um meio para restabelecer o foco. “Numa situação tensa, respire fundo e se concentre.” E não deixe o controle escapar mais.


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FONTE: IG DELAS

sábado, 2 de julho de 2011

DÓLAR CAI PELO QUINTO DIA, PARA MENOR NÍVEL DESDE 1999

Moeda americana fechou a R$ 1,558, em baixa de 0,26%, a menor cotação desde a adoção do câmbio flutuante


Reuters | 01/07/2011 17:01


O dólar caiu ao menor nível em 12 anos frente ao real nesta sexta-feira, seguindo o maior apetite por risco no exterior e a expectativa de um aumento mais prolongado dos juros, no primeiro dia do novo cálculo da Ptax (taxa de referência do câmbio).

O dólar à vista fechou a R$ 1,558 na venda, em baixa de 0,26%. Esta é a menor cotação desde janeiro de 1999. A Ptax, definida às 13h05, foi de 1,5599 real para venda.

Apesar da definição da Ptax na metade do dia, o mercado continuou funcionando normalmente durante a tarde, embora com volume reduzido. O próprio Banco Central atuou, com um segundo leilão de compra de dólares às 15h28.


A Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, agora é uma média aritmética feita a partir de consultas com os principais bancos do mercado. Até quinta-feira, era uma média ponderada por volume de todas as operações de câmbio à vista.

Profissionais de mercado previam uma redução do volume, principalmente por causa de uma diminuição da liquidez no mercado de "casado", em que as operações são combinadas com negócios no mercado futuro. Operadores ressaltaram, no entanto, que o feriado de segunda-feira nos Estados Unidos também contribuiu para enfraquecer os negócios durante a tarde.

De acordo com o operador de uma das principais corretoras que operam "casado", o volume nesse segmento foi de cerca de US$ 1,3 bilhão, abaixo da média anterior de US$ 2 bilhões.

No mercado à vista, o volume registrado na clearing da BM&F Bovespa era de US$ 1,9 bilhão, sendo que US$ 1,3 bilhão foi fechado antes das 13h. No futuro, o giro estava dentro dos padrões recentes, com cerca de 284 mil contratos negociados até as 16h30 para o vencimento agosto --mas apenas 84 mil contratos trocaram de mãos após a definição da Ptax.

Mas, na opinião de Jorge Knauer, diretor de tesouraria do Banco Prosper, o novo método para calcular a Ptax não foi o responsável pela quinta queda seguida do dólar.

"A gente teve bolsa subindo... um aumento substancial na curva mais longa dos juros futuros, e de forma geral um ambiente positivo lá fora", disse Knauer.

O aumento dos juros futuros acontece após o Relatório de Inflação do Banco Central, que na quarta-feira levou analistas a revisarem para cima projeções para a alta da Selic em 2011.

Já a alta das bolsas, ainda em conseqüência do alívio com a situação na Grécia, foi impulsionada pela surpresa positiva com os dados do setor manufatureiro dos Estados Unidos.


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MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 13

Preparação para Interrogatório


1) O interrogador deve considerar três aspectos distintos em sua preparação:


- a preparação do prisioneiro;


- a preparação de si mesmo; e


- a preparação do ambiente.



2) Preparação do prisioneiro. Este assunto já foi abordado quando descrevemos o tratamento que deve ser dado ao capturado. Deve, contudo, ser conservado em mente que tudo que for feito, inclusive o questionário inicial, é, em si mesmo, uma preparação para os interrogatórios detalhados posteriores.

3) Preparação de si mesmo. Este ponto é extremamente importante. O interrogador vai confrontar-se com o prisioneiro e é essencial que o impressione com um desempenho eficiente. Os seguintes aspectos devem ser considerados na preparação:

a) as informações necessárias devem estar perfeitamente conhecidas;

b) o interrogador deve atualizar-se, tanto quanto possível, nas informações conhecidas sobre o prisioneiro, tais como o seu nome, nome de guerra, lugares freqüentados, organizações a que pertenceu ou a que pertence, seus companheiros, etc.;

c) ele deve possuir uma relação das principais perguntas, para as quais se deseja resposta, e uma lista de perguntas auxiliares (ou casuais) e maneiras de iniciar uma conversação, de modo que nunca perca contato com o prisioneiro e não lhe faltem as palavras;

d) se há necessidade de intérprete, deve-se discutir com ele, previamente, o questionário a ser aplicado, de forma a permitir-lhe testar seu vocabulário e facilitar o trabalho de equipe. (Evidentemente, o intérprete deve ser da mais absoluta confiança);

e) um mapa ou carta da área deve estar disponível e com o necessário material para sua utilização;

f) deve ter uma caderneta de notas de folhas fixas, da qual as páginas não possam ser destacadas, e um lápis ou caneta em condições de uso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CONHEÇA OS MAIORES ERROS NOS CURRÍCULOS

Pesquisa mostra os sete principais problemas de quem se apresenta para uma vaga de emprego, estágio ou trainee


iG São Paulo | 01/07/2011 05:34


Mesmo se você já conseguiu uma vaga de estágio ou trainee, o recomendável é manter um currículo atualizado, levando em conta as novas funções que está exercendo. Afinal, dizem os especialistas em carreira, um bom currículo é uma peça importante para se apresentar a uma vaga de um emprego e também para uma promoção ou nova oportunidade na empresa em que já está trabalhando.


Currículo é o primeiro contato do candidato com o selecionador: saiba o que pode prejudicar sua imagem


Dessa forma, a preocupação em evitar os principais enganos deve ser constante para todos os profissionais de todas as idades. Para colaborar que os problemas mais comuns aconteçam, o iG Estágio e Trainee traz o resultado da pesquisa da consultoria britânica InterExec, especializada em recrutamento de executivos, sobre os sete principais erros nos currículos que recebe. Saiba ainda como fazer um currículo nota dez e de que forma você pode expandir seu currículo para as redes sociais.


Os sete erros - A pesquisa da consultoria, publicada pelo site Canal RH, mostra que 63% dos currículos que recebe trazem tarefas onde deveria constar as conquistas, 54% eram longos demais e 51% traziam muitas informações sem importância para a vaga. Especialistas contam que para montar um currículo ideal, em qualquer fase da carreira, a estrutura básica é de informações pessoais, a formação, qualificações e experiências, tudo isso listado de forma organizada. Saiba como montar um currículo claro e objetivo.


Veja os sete erros mais comuns apontados na pesquisa da InterExec:
- 63% colocam tarefas no lugar de conquistas;
- 54% são muito longos;
- 51% trazem informações irrelevantes;
- 35% abusam de jargões e abreviações;
- 25% não detalham informações importantes;
- 24% são superficiais;
- 10% são arrogantes.


Saiba o que as empresas procuram nos candidatos a uma vaga

FONTE: IG ESTAGIO


MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 12

Seleção para Interrogatório


1) É possível que existam prisioneiros portadores de informações que se tornem sem valor, a menos que extraídas imediatamente. Quando confrontado com mais de um prisioneiro, o interrogado tem que decidir com qual começar e a ordem de interrogatório dos demais. (É um problema de seleção e de prioridades). isto pode ser feito através de um estudo, buscando responder às seguintes perguntas:



a) Quais prisioneiros parecem, mais provavelmente, possuir as informações desejadas?


b) Quais os prisioneiros que, mais facilmente, poderão proporcionálas?


2) Quem possui as informações desejadas? Normalmente, será o líder do grupo capturado. Esse indivíduo deve, por conseguinte, ser identificado o mais cedo possível. Os seguintes indícios podem dar uma boa indicação:


a) Está algum prisioneiro, nitidamente, tomando conta ou demonstrando qualquer senso de responsabilidade a respeito dos demais presos?

b) A revista propiciou algum documento que identifique o líder?

c) Os prisioneiros estão, instintivamente, procurando orientação ou a liderança de um deles?

d) Alguns dos prisioneiros estão mostrando qualquer emoção particularmente mais forte? As emoções, tais como agressividade, grosseria, medo e tentativa de congraçamento, têm sua razão de ser.


No momento da captura, podem ser valiosas para o interrogatório inicial, além do líder ou líderes, aqueles prisioneiros que mostrem uma liderança natural ou aqueles que demonstrem uma inteligência acima da média.

Esta inteligência pode ser, normalmente, conhecida se for atentamente observado o prisioneiro, particularmente seu comportamento e reação ao cativeiro e a ambientes pouco familiares.

O interrogador deve levar em conta a facilidade de comunicação lingüística, quando da seleção para interrogatório.

CONTRATAÇÃO REQUER COMPETÊNCIAS TÉCNICAS E COMPORTAMENTAIS

Conceitos subjetivos como ter “personalidade” de destacam em processos seletivos


Maria Carolina Nomura, iG São Paulo | 01/07/2011 05:58


Para garantir uma vaga no mercado de trabalho, não basta ser formado em uma universidade de ponta e ter cursos de especialização em instituições renomadas. É preciso ter características como “atitude”, “personalidade” e “potencial”.

Esses conceitos subjetivos, cada vez mais comuns nos processos seletivos, significam que a empresa não quer que seu colaborador tenha apenas conhecimentos técnicos e que seja capaz de cumprir as tarefas nos prazos exigidos, mas que ele seja consiga se comunicar com clareza, interagir com os colegas e trabalhar em equipe.


A consultora Irina Schuchman afirma que saber se comunicar e ter proatividade são alguns dos comportamentos mais desejados


Uma pesquisa da consultoria alemã Trendence, realizada em 20 países e divulgada no início deste ano, aponta que “ter personalidade” é considerado mais importante do que possuir competências e conhecimento. O Brasil é o terceiro da lista que mais valoriza essa característica.

A pesquisa aponta ainda que grandes empresas brasileiras buscam jovens flexíveis, com capacidade de liderança e empreendedorismo, além de ética.


Entrevista

Mas, por serem subjetivas, essas características dificilmente são medidas por meio de testes. Por isso, é no contato mais próximo, como em entrevistas e dinâmicas de grupo, que o selecionador vai saber se você tem ou não aquela característica desejada pela empresa.

Nessa hora, o profissional deve mostrar seu nível de autocontrole, autoconhecimento e raciocínio lógico. “Nós vamos fazer perguntas capciosas para ver como ele se comporta, qual é a sua postura, o tipo de resposta e o comportamento. Daí já é possível denotar o tipo de pessoa que ele é”, explica Fernanda Campos, sócia-diretora da Mariaca/InterSearch, empresa de recrutamento e seleção de executivos.

“Antes de tudo, é bom entender qual é o perfil da empresa, sua cultura e seus valores”, diz Fernanda. "Para ser compatível com o cargo, o profissional também precisa ser compatível com a organização. A análise de seu perfil vai além do currículo. É pesado um conjunto de competências."


Perfil desejado

Apesar de as empresas terem suas preferências por perfis que podem ir do extravagante ao recatado, todas elas esperam que seus executivos tenham algumas qualidades-padrão, como flexibilidade para atuar em diferentes áreas, adaptabilidade, liderança e cooperação. “Capacidade de inovação, de buscar soluções rápidas para problemas, preparo para assumir responsabilidades e comprometimento com o projeto também são pedidos”, complementa Fernanda.

“Saber se comunicar, ser organizado, ter proatividade e saber escutar os outros também são comportamentos desejados”, acrescenta Irina Schuchman, consultora da Cia de Talentos.

Irina comenta que outro ponto muito solicitado pelas empresas é que o jovem tenha “potencial”. “Isso significa que ele deve ter capacidade de se desenvolver, aprender e, em um curto prazo de tempo – 5 a 8 anos –, atingir um cargo de liderança dentro da organização”, explica.


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