sábado, 9 de julho de 2011

COMO CONVERTER CRUZADOS EM REAIS?

Este texto trata de um exemplo básico, mas caso não tenha familiaridade com a aplicação destes índices de preços, operações matemáticas ou mesmo planilhas eletrônicas, por favor, consulte um profissional que possa auxiliá-lo afim de que falhas técnicas não venham a colocar em risco seu patrimônio ou mesmo suas lides judiciais.

CONVERSÃO DAS ANTIGAS MOEDAS BRASILEIRAS PARA REAIS (R$)

Daniel Cunha*

Para a atualização monetária de quantias expressas em moedas brasileiras anteriores ao Plano Real (R$), dois passos são necessários:

1.º Corrigir a quantia pelo índice de preços mais apropriado. Consulte nosso Banco de Dados;

2.º Converter a quantia corrigida para a moeda vigente (R$).

Antigo Padrão Monetário para Real (R$): Fórmula para MS-EXCEL, onde X é a quantia a ser convertida
Mil-Réis (até outubro de 1942) para Real (R$). =(X/1000^5)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000.000.000.000)
Cruzeiro (Cr$) (de 01/10/1942 até 31/01/1967) para Real (R$). =(X/1000^4)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000.000.000)
Cruzeiro-Novo (NCR$) a Cruzeiro (Cr$) (de 01/02/1967 até 02/1986) para Real (R$). =(X/1000^3)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000.000)
Cruzado (CZ$) (de 03/1986 a 01/1989) para Real (R$). =(X/1000^2)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000)
Cruzado-Novo (NCZ$) e Cruzeiro (Cr$) (02/1989 a 07/1993) para Real (R$). =(X/1000)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000)
Cruzeiro Real (CR$) (08/1993 a 06/1994) para Real (R$). =(X/2750)

Faça a divisão da quantia por (2.750)

Contudo, não basta converter quantias expressas em antigas unidades monetárias para a moeda vigente, tal quantia deve ser corrigida por um índice de preços apropriado para que a paridade do poder de compra da moeda seja mantida.

Vamos desenvolver um exemplo (bem simples) ,feito na planilha EXCEL, para mostrar os passos detalhadamente:: no final do ano de 1984, como presente de natal, a vovó presenteou o netinho com Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros). Qual seria a quantia equivalente 15 anos depois (dezembro de 1999)?

O mês do aniversário nos ajudará, assim poderemos contar com a inflação acumulada nos anos seguintes para nossos cálculos, utilizando o IPC da FIPE como índice de preços do período, temos então:

IPC / FIPE CORREÇÃO CONVERSÃO
Dez/84 % Anual Cr$ 100.000,00
Dez/85 228,22 328.220,00
Dez/86 68,08 551.672,18
Dez/87 367,13 2.577.026,24
Dez/88 891,67 25.555.596,07
Dez/89 1.635,85 443.606.814,42
Dez/90 1.639,08 7.714.677.388,16
Dez/91 458,61 43.094.959.357,99
Dez/92 1.129,45 529.830.977.826,78
Dez/93 2.490,99 13.727.867.652.394,00
Dez/94 941,25 142.941.421.930.552,00
Dez/95 23,17 176.060.949.391.861,00
Dez/96 10,04 193.737.468.710.804,00
Dez/97 4,83 203.094.988.449.536,00
Dez/98 -1,79 199.459.588.156.289,00
Dez/99 8,64 216.692.896.572.993,00 R$ 78,80

Este texto trata de um exemplo básico, mas caso não tenha familiaridade com a aplicação destes índices de preços, operações matemáticas ou mesmo planilhas eletrônicas, por favor, consulte um profissional que possa auxiliá-lo afim de que falhas técnicas não venham a colocar em risco seu patrimônio ou mesmo suas lides judiciais.

MODELO DE CARTA DE AGRADECIMENTO (AOS CLIENTES)

MODELO DE CARTA DE AGRADECIMENTO EMPRESARIAL



São Paulo, XX de XXX de XXX.


Nome da Empresa para a qual está escrevendo


At.: Gerência


Prezados Senhores,



A (cite o nome da sua empresa) lhes dá as boas vindas e com prazer inclui seus nomes na lista de clientes. Esperamos servi-los cada vez melhor; e aproveitamos para informar que estamos em alerta permanente quanto ao controle de qualidade de nossos produtos, para que sua satisfação seja plena e nossos laços de parceria comercial sejam cada vez mais fortes.


Agradecemos a atenção dispensada,


Cordialmente,


(Sua assinatura)



FONTE: http://modelo-de-carta-de-agradecimento.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MODELO DE CURRÍCULO PARA O 1º EMPREGO

NOME COMPLETO
Brasileiro, Solteiro, 18 anos, liberado do exército, sem filhos
Endereço Completo – Bairro
CEP – Cidade – São Paulo
Fones: 11 XXXX.XXXX
Objetivo: Atuar na área de informática ou áreas afins
Escolaridade:
• Cursando Xº ano do Ensino Médio – E.E. XXXX (término em XX/2008)



Cursos Complementares na área de Informática
• Informática avançada (Windows 2000, Word 2000, Excell 2000, Acess 2000, Power Point 2000, Corel Draw 9.0, Page Maker 7.0, Internet, Hardware, Front Page 2000 e digitação) – Fast Camp – Conclusão em Julho/2007.

Habilidades Pessoais:
Criatividade, liderança, determinação, objetividade, aprendizagem rápida, aberto à cursos de aperfeiçoamento.

Experiência Profissional:
Busco a primeira oportunidade do mercado de trabalho.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Com a mão na massa

Boa lucratividade atrai empreendedores com garra, determinação e muita vontade de trabalhar






Quem não gosta do cheirinho do pão quentinho e não se derrete quando passa em frente a uma padaria? Com uma boa lucratividade, este ramo de negócio atrai empreendedores com garra, determinação e muita vontade de trabalhar. O expediente é pesado, podendo ir das 5 da manhã até as 10 da noite.



O investimento inicial não é pequeno, pois são várias as despesas: instalações, equipamentos, mão-de-obra especializada e treinamento. Em contrapartida, o retorno vem em médio prazo, por volta de um ano, e a margem de lucro pode chegar a 15%. Muitas vezes a sociedade apresenta-se como a alternativa mais viável para se começar o empreendimento, e é justamente aqui que começam as escolhas estratégicas.

Uma boa escolha do sócio pode garantir o futuro do empreendimento, além de uma rentabilidade satisfatória para ambos. Porém, escolher mal o sócio fatalmente ocasionará prejuízos, brigas, discussões e muita dor de cabeça.



Mercado



O primeiro passo a ser tomado é fazer uma análise do mercado, buscando responder à seguinte pergunta: qual necessidade quero atender? Esse ponto deve estar bem claro na mente do empreendedor, pois hoje não se abre uma padaria para vender somente pães, mas para oferecer uma gama de outros serviços que venham a satisfazer o mercado. Um exemplo disso, são as padarias que oferecem café da manhã. Nesse caso, o cliente lancha no estabelecimento, como nos restaurantes self-service.



Qual necessidade do mercado esta padaria está satisfazendo? Podemos citar a comodidade: muitas pessoas que moram sozinhas (singles) ou com uma família pequena e têm uma vida muito corrida não querem perder tempo com este tipo de atividade doméstica. Assim, este tipo de cliente busca serviços/produtos que possam satisfazer esta necessidade. Em uma padaria, os clientes buscam basicamente três coisas: higiene; qualidade e variedade de produtos, além é claro, de um bom atendimento.



Identificado qual o foco do negócio, o próximo passo é a definição do tipo de panificadora a ser montada e qual a gama de serviços que ela vai oferecer aos clientes para atender às suas necessidades. Podemos citar alguns tipos de padarias:



•Padarias tipo butique: localizadas em regiões com alto poder aquisitivo, concentradas em produtos próprios e importados. Sua quantidade não é representativa.

•Padarias de Serviços: localizadas em regiões centrais e ruas com grande circulação e concentração de lojas comerciais ou escritórios. Além dos produtos de padaria, confeitaria e rotisserie, oferecem serviços de bar, lanchonete, fast food etc.

•Padarias de conveniência: localizadas em bairros residenciais. Além dos produtos próprios de padaria, confeitaria, rotisserie e serviços de bar e lanchonete, oferecem uma gama de produtos de conveniência. Algumas chegam a oferecer cerca de 3 mil itens.

•Pontos quentes: uma tendência européia em que a padaria abre uma filial, envia alguns tipos de pães já embalados e outros tipos de pães congelados (ou resfriados) para fazer o assamento no ponto quente. Não há necessidade de grandes espaços pois não há setor de produção e o de estoque é de reposição diária pela matriz, utilizando menor número de mão-de-obra.



Localização




Quase tão importante quanto escolher o sócio é a escolha do ponto. O recomendável é escolher um ponto onde se possa atender a uma área que compreenda cerca de 1000 domicílios (entre casas e apartamentos), sem concorrentes nesta mesma região.



A localização depende do tipo de padaria que se quer montar, pois cada uma tem um público definido, mas alguns pontos são comuns a todas elas: locais de grande circulação do público-alvo e de alta densidade populacional são os melhores pontos. Deve ser feita, também, uma análise do poder aquisitivo desta população, a quantidade de padarias existentes no local e quais os serviços oferecidos por elas. As regiões próximas a terminais de metro, ônibus e táxi, creches e escolas são ótimas para a instalação destes estabelecimentos, devido à alta circulação de pessoas.



Uma outra questão relevante na escolha do ponto é a possibilidade de estacionamento. O estacionamento tem uma importância estratégica, pois facilita o acesso para as pessoas que estão de carro e agiliza o atendimento a estas pessoas, tendo em vista que não terão que ficar procurando um lugar onde estacionar.



Não se pode esquecer que as padarias são regulamentadas pela vigilância sanitária e a sua localização deve ser aprovada por este órgão, antes que ela entre em funcionamento.



Instalações e equipamentos



O investimento neste tipo de negócio vai depender do tamanho da padaria que se quer abrir, qual a sofisticação do local, tipos de equipamentos, acessórios, e a decoração do local.



Todos estes itens influenciam no gasto total do empreendimento. Geralmente, o investimento neste negócio não é baixo, pois ainda existe o treinamento dos funcionários e a contratação de mão-de-obra especializada, que acabam por elevar um pouco os investimentos.



As instalações devem ter infra-estrutura adequada a uma indústria de alimentos. Deve contar com uma rede de água e de esgotos de boa qualidade, que tenha facilidade para a limpeza e higienização. Além disso, é importante a iluminação adequada e um sistema de ventilação que possibilite conforto térmico a todos os funcionários sem, no entanto, interferir na qualidade dos produtos.



Pisos e paredes feitos de material lavável, de preferência azulejado e na cor branca, facilitam a higienização e deixam o ambiente com um aspecto mais limpo. Um cuidado especial deve ser tomado com os ralos, que podem receber tampas do tipo “abre e fecha” para evitar a entrada de insetos no ambiente de trabalho. Uma pequena panificadora pode ter sua estrutura básica em uma área que varia de 60 m2 a 100m2.



Os equipamentos merecem atenção especial, já que podem ajudar a construir uma substancial margem de lucro para os produtos. Uma dica é de que o empresário adquira equipamentos modernos, capazes de produzir com alta qualidade e baixos custos operacionais, para conseguir uma melhor margem de lucro na venda de seus produtos. O número de equipamentos que devem ser adquiridos também é grande. Assim, concentrar as compras em um número reduzido de fornecedores pode ajudar numa negociação dos preços, diminuindo o valor do investimento.



Os equipamentos básicos são: masseiras, cilindro, divisora de massas, modeladora, armários/câmaras de fermentação, fornos, fatiadores, balanças, dosadores de água, boleadores de massa, fogões industriais, batedeiras, refrigeradores, câmaras frias, moinhos para farinha de rosca, seladoras, prateleiras, balcões e, é claro, utensílios para escritório e atendimento aos clientes.



Segue abaixo um quadro com os valores, em Reais e em Dólares, dos investimentos em máquinas e equipamentos:







Investimento em Máquinas e Equipamentos

Descrição Quantidade Valor R$ Valor $*

Amassadeira Rápida 1 3.500,00 1.239,38

Mesa de Inox 1 350,00 123,94

Balança digital 1 500,00 177,05

Divisora de coluna 1 1.500,00 531,16

Modeladora 1 1.800,00 637,39

Esteiras (jogo c/50 un) 1 1.000,00 354,11

Formas (jogo p/ pães, bolos, biscoitos etc) 1 300,00 106,23

Armarios de 20 esteiras 2 2.800,00 991,50

Batedeira 1 1.000,00 354,11

Forno turbo gás (p/ 8 esteiras) 1 3.500,00 1.239,38

Resfriador de água 1 1.800,00 637,39

Cilindro 1 2.200,00 779,04

Câmara de Crescimento 1 3.800,00 1.345,61

Forno confeitaria 1 1.800,00 637,39

Fatiadeira 1 1.400,00 495,75

Balcoes secos 1 1.350,00 478,05

Balcoes refrigerados 1 6.000,00 2.124,65

Armarios de prateleiras 2 1.400,00 495,75

Caixa registradora 1 1.500,00 531,16

Freezers Verticais 2 2.600,00 920,68

Total do Investimento 40.100,00 14.199,72

*O dólar está baseado na cotação do dia 10/11/04 que foi de R$ 2,824.



Contratação de Pessoal




Para uma padaria pequena o número de funcionários pode girar em torno de 12 pessoas. Estes funcionários estarão divididos entre pessoal da produção, atendentes e caixa. E o horário de funcionamento pode ser das 05:00 às 22:00 todos os dias da semana, mas para isso o empresário deve estruturar turnos de trabalho. Vale lembrar que já existem padarias que ficam abertas 24h por dia. Os funcionários devem ser bem treinados não só em termos de processo produtivo, para entregar aos clientes um produto de qualidade, mas também, no quesito atendimento. São os atendentes que terão o contato com os consumidores e este é o momento de mostrar simpatia, presteza e disponibilidade. Deixar o cliente à vontade para escolher o que quer, principalmente se a padaria tiver um sistema tipo self-service, e esclarecer qualquer dúvida sobre os produtos.





A tabela abaixo mostra a composição dos custos mensais com funcionários de uma pequena padaria:



Custo mensal da mão-de-obra direta

Discriminação Quantidade Valores em Reais Valores em Dólares*

Pedreiro 2 $1.560,00 $552,41

Ajudante de Padeiro 2 $1.040,00 $368,27

Balconista 4 $1.040,00 $368,27

Caixa 2 $1.040,00 $368,27

Encargos Sociais** 78% $3.650,40 $1.292,63

Total $8.330,40 $2.949,86

*O dólar está baseado na cotação do dia 10/11/04 que foi de R$ 2,824.



**(INSS: 26,5%; FGTS: 8%, 13o e férias: 11,11%; vale transporte, auxílio alimentação, reserva para indenizações e aviso prévio estimados conjuntamente em 32,39%).









Operação: O Processo de fabricação



O processo de fabricação dos pães e bolos passa antes de mais nada por boas matérias-primas, que são responsáveis diretas pela qualidade do produto final. Por isso a escolha deve ser feita de maneira rigorosa. Os principais ingredientes para a produção dos pães são: farinha de trigo, fermento, sal, açúcar, melhoradores de massa e água. Com os ingredientes bem escolhidos pode-se começar a produção dos pães, que passam por três etapas:



1. Formação da massa;



2. Fermentação;



3. Assamento.



O pão é o item mais processado, sendo puxado pelo pão de sal de 50 gr., mas outras variedades de pães têm ganhado espaço nas padarias. Dependendo do público que se pretende atingir, a diversificação dos produtos processados e oferecidos na padaria é essencial.



Produtos como baguetes, pães integrais, roscas, bolos, biscoitos e doces têm passado a fazer parte do dia-a-dia da produção. Mas um ponto importante é oferecer produtos frescos e de qualidade aos clientes. Um pão quentinho, com aquele cheirinho que cativa a todos deve ser um dos pontos a ser observados pelo empresário.



Para que a padaria possa oferecer aos seus clientes este pão fresquinho, as fornadas devem ser pequenas, obedecendo uma média de consumo. Segundo o Sebrae, esta média pode variar de 350 a 700 pães a cada remessa. E os horários sugeridos são:



Remessa Horário

1ª remessa 5 horas

2 ª remessa 9 horas

3 ª remessa 12:20 horas

4 ª remessa 15:30 horas

5 ª remessa 17:30 horas





A higiene é um ponto fundamental no dia-a-dia de uma padaria e os funcionários precisam ter o máximo de cuidado. Eles devem usar uniformes limpos, ter as unhas bem cortadas, cabelos curtos ou presos e sempre com toucas ou gorros, além de ter o cuidado de desinfetar bem as mãos sempre que entrar na área de produção. A limpeza adequada do local também fica a cargo dos funcionários: os ambientes de produção, banheiros e vestiários devem ser limpos e higienizados diariamente.



O procedimento para limpeza de equipamentos, utensílios, bancadas, pisos e paredes passam pelas seguintes etapas:

•Pré-lavagem;

•Lavagem com solução detergente;

•Enxágüe;

•Sanitização.



Marketing




Marketing, muito diferente do que a maioria das pessoas pensam, é um conjunto de ações dispostas em um plano para atender a determinados objetivos. Esse conjunto de ações é baseado em 4 pontos, e é denominado “mix de marketing” ou “4 P’s do marketing” (Produto, Preço, Praça e Promoção). A definição das ações para cada um destes P’s é interativa, ou seja, ela não pode ser feita de maneira isolada para cada um dos pontos, mas sim como um planejamento conjunto.



Digamos que um empresário esteja pensando em abrir uma padaria que ofereça o serviço de lanchonete, com lanches rápidos. Para que ele possa trabalhar bem o marketing de seu empreendimento, alguns cuidados devem ser tomados:



Com relação ao Produto: a palavra produto vai além do bem tangível que podemos ver e tocar, e engloba também os bens intangíveis, ou seja, os serviços, como o serviço de entrega, por exemplo. Para este nosso empresário, como ele quer trabalhar com lanches rápidos, os produtos oferecidos devem ser de fácil preparo, ou já estar prontos. Serviços de auto-atendimento, onde o cliente mesmo escolhe os seus produtos que já estão embalados e dispostos em bancadas, também podem fazer parte da gama de produtos deste empreendimento.



Com relação ao Preço: para estabelecer o preço, o empresário deve considerar os seus produtos e o valor agregado que eles possuem. Também deve considerar o tipo de público que pretende atender. Para um público de renda média os preços podem ser um pouco mais altos, devido também a certa sofisticação dos produtos. Mas o que o empresário não pode perder de vista é a composição dos custos de seus produtos, para que possa obter uma margem de lucro satisfatória.



Com relação à Praça: nosso empresário deseja montar uma padaria que ofereça o serviço de lanchonete de lanches rápidos para um público de renda média. Na escolha da praça, ou seja, da localização do empreendimento e do sistema de distribuição dos produtos para o consumidor final, o empresário deve procurar um ponto próximo a Centros Comerciais, com grande circulação de pessoas. Um local com grande concentração de escritórios é o ideal, pois o público é o desejado, devido à necessidade deste por lanches rápidos e também pelo nível de renda. Se este empresário escolhesse um bairro residencial próximo à periferia para montar o seu empreendimento provavelmente não teria sucesso, devido à pouca necessidade destas pessoas em fazer lanches rápidos. Além do mais, o nível de renda da população não seria o desejado.



Com relação à Promoção: aqui promoção não significa somente colocar os produtos em promoção. Envolve toda a estratégia de comunicação da empresa com o mercado, para colocar a marca do empreendimento na cabeça do consumidor. As ações pensadas neste ponto devem levar em consideração todos os outros já citados acima. Como o empreendimento oferece produtos a preços médios, a propaganda deve ser direcionada para os meios de comunicação que alcancem o público com o nível de renda desejado. Os aspectos da padaria como fachada, o design interno e a marca devem ser divulgados de forma que o público, quando pensar em padaria com lanches rápidos e com certa sofisticação, lembre em primeiro lugar deste empreendimento.



Comercialização



Em qualquer indústria, o cálculo da produção para a comercialização é uma ferramenta útil para o efetivo controle do processo produtivo. É fundamental calcular exatamente a quantidade de cada ingrediente a ser utilizada para produzir um determinado número de pães, evitando o desperdício e aumentando o rendimento e os lucros. A forma mais utilizada para se calcular a produção considera a farinha como base da formulação, ou seja, independente da quantidade utilizada será sempre 100% na fórmula. Outro importante ponto a ser considerado é a quantidade de água perdida por evaporação durante o assamento dos pães. Diversos fatores interferem nesta quantidade de água que é perdida, tais como o tempo e a temperatura de forneamento, a riqueza da formulação utilizada, a quantidade de massa que está sendo forneada e o formato dos pães. De modo geral, pode-se considerar:



Pães com até 300 g perda de 20%

Pães de 300 a 400 g perda de 15%

Pães de 400 a 500 g perda de 10%





É recomendável que cada indústria considere um nível de perda de água de acordo com as particularidades do processo utilizado, se possível tomando o peso de algumas amostras de cada tipo de pão produzido, antes e depois do forneamento. Na prática, é muito comum considerar a perda de 25% do peso em água para o pão francês de 50 g.



Para auxiliar a compreensão do cálculo de produção, tomaremos o seguinte exemplo: Qual a quantidade de ingredientes necessária para produzir 500 pães tipo francês de 50 gramas?





1º passo: Cálculo do peso dos pães assados




500 pães x 50 g (cada pão) = 25.000 g de pães



2º passo: Cálculo do peso da massa (necessária para obter a quantidade desejada de pães assados)



Este cálculo segue a seguinte fórmula:



Peso da massa = peso dos pães assados / (1- perda de água)



Para utilizar a fórmula acima, deve-se, então, considerar a perda de água de cada tipo de pão que se deseja produzir. No caso deste exemplo, vamos considerar uma perda de 25%, ou seja, 25 / 100 = 0,25. Substituindo os valores na fórmula acima, teremos:



Peso da massa = 25.000 / ( 1 - 0,25)



Peso da massa = 25.550 / 0,75



Peso da massa = 33.333 g



Já sabemos então que para produzir 500 pães francês de 50 g serão necessários 33.333 g de massa. O próximo passo é calcular a quantidade de cada ingrediente que será gasta para produzir esta quantidade de massa.



3º passo: Definição da receita



Consideraremos a receita fornecida neste manual para pães tipo francês: Ingredientes Valores em kg Valores em %

Farinha Especial 50 100

Água 30 60

Fermento 1,5 3

Sal 1 2

Açúcar 1 2

Gordura 0,5 1

Reforçador 0,5 1

Total (massa) 169%

Adaptado de: Como Montar uma Panificadora – Instalação e Processamento





Para convertermos as quantidades em kg para sua relação %, basta considerar a quantidade de farinha como 100% e para os demais ingredientes, calcular a proporção relativa para a farinha:



Se 50 kg de farinha é 100%, então 30 kg de água será equivalente a 60%, e assim por diante (50 x 30 / 100 = 60).



4º passo: Cálculo da quantidade de farinha



Partindo da receita dada, em que para 169 % de massa foram necessárias 100 % de farinha, podemos calcular a quantidade de farinha necessária para 33.333 g de massa, através da fórmula:



Qtd de farinha = (peso da massa x % de farinha da receita) + % total de massa



Qtd de farinha = (33.333 x 100) / 169



Qtd de farinha = 19.724 g



Ou seja, 19 kg e 724 g de farinha



5º passo: Cálculo dos demais ingredientes



Partindo-se da quantidade de farinha calculada, podemos calcular percentualmente todos os ingredientes, utilizando a mesma fórmula:



Ingredientes Percentual Quantidade (em gramas)

Farinha Especial 100 19.724

Água 60 11.834

Fermento 3 591

Sal 2 395

Açúcar 2 395

Gordura 1 197

Reforçador 1 197

Total (massa) 169% 33.333

Adaptado de: Como Montar uma Panificadora – Instalação e Processamento





Através destes cálculos, o panificador poderá controlar adequadamente a produção e evitar maiores desperdícios. A utilização diária de planilhas de controle de gasto de ingredientes facilitará os cálculos, e quem planeja a automatização pode contar com "softwares" disponíveis para esta finalidade.



Para a formação dos preços o empresário deve ficar atento ao seu gasto com a produção. Ter uma produção padronizada pode significar uma economia enorme: um saco de 50kg de farinha permite fazer 1.250 pães de 50g, e muitas padarias perdem com isso pois, na maioria das vezes, produzem uma quantidade muito menor, algumas chegando a ter um prejuízo de R$ 54 mil por ano.



Estudos sobre custos em padarias divulgados no site da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, ABIP, mostram que:




•A matéria-prima representa, em média, de 22% a 35% do preço de venda do que é produzidos;

•O CMV é, em média, 56,5% sobre o faturamento;

•O salário médio por funcionário no Brasil é de R$ 458,00 (fora encargos);

•O custo médio com aluguel representa algo entre 2,5% a 6% sobre o faturamento;

•O custo com energia sobre o faturamento bruto é, em média, de 4,8%.

Composição Média de Custo dos Produtos produzidos em uma Padaria







Fonte: Associação Brasileira da Industria de Panificação e Confeitaria



Assim, o empresário que tiver um controle de custos bem elaborado terá muito mais chances de ter lucro e de prosperar no negócio.



Estratégias de sucesso: diversificação e bom atendimento como diferencial competitivo.



Como já foi colocado, o atendimento, a higiene, a qualidade e variedade dos produtos formam a base daquilo que o cliente busca numa padaria. Cumprir com estes atributos é o mínimo que se pode fazer para que se consiga vender. Mas restringir-se a atender apenas o básico não lhe garante fidelização de clientes e nem aumento de vendas. O que vai ajudar nestes itens será o seu diferencial competitivo



O bom atendimento está muito em voga nos dias de hoje, em qualquer ramo de negócio. Mas, dependendo da complexidade do mercado e da quantidade de concorrentes, o atendimento pode ser decisivo. É o caso das panificadoras, que além da concorrência entre empresas do mesmo setor (padarias), sofre com a concorrência direta de supermercados (que produzem pães para vendê-los a baixos preços, atraindo o consumidor para outros produtos).



Assim, o atendimento personalizado gera para a padaria uma gama de informações sobre os clientes que permite aos atendentes conhecer o perfil e as preferências de cada consumidor, aumentado nos clientes o nível de satisfação e de fidelidade com a padaria.



Diferentemente de outras partes do mundo, no Brasil as padarias não vendem exclusivamente pão, café e leite. Além dos produtos que saem do forno para a mesa do consumidor, como pães, bolos, roscas e biscoitos, é comum encontrarmos nas padarias uma variada gama de frios, laticínios e lanchonete, além de algumas oferecerem serviços especializados de buffet para festas e recepções, cestas de café da manhã e coffe-break empresarial.



Para atingir um diferencial competitivo e se destacar no mercado, conseguindo a fidelização de clientes, é necessário trabalhar muito bem em uma ou nas duas frentes: excelência em atendimento e diversificação de produtos. Para tanto, a atualização constante de conhecimentos, através do treinamento dos funcionários, e o trabalho de equipe são fundamentais. Neste ponto, o envolvimento e o comprometimento de toda a empresa, desde o operacional aos gerentes, são imprescindíveis para atingir o sucesso.



Legislação



Para formalizar o negócio além dos passos indicados na seção “Como abrir a sua empresa” no Portal Emprego e Renda, o empresário do setor de panificação deve seguir algumas leis e normas específicas para o setor de alimentos, tais como:



•Adequar os seus produtos ao Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078 de 11.09.1990);

•A Lei nº 6.437/77 configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências;

•O Decreto-Lei nº 986/69, que institui normas básicas sobre alimentos;

•A Portaria nº 326/SUS/MS/97 aprova o regulamento técnico: "Condições Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos".

Riscos do empreendimento:



Podemos considerar este empreendimento como de alto risco, devido ao alto capital aplicado. Em contrapartida, possui uma boa lucratividade e payback médio de 1 ano. Aconselha-se a utilizar a receita da seguinte forma: até 55% em compras (de matérias-primas e produtos para revenda) e até 35% com os custos fixos (impostos, folha de pagamento), sobrando 10% de lucro. Negociar com fornecedores (diminuindo o percentual da receita gasta em compras) é a principal arma para se melhorar a lucratividade do negócio.

FONTE: EMPREGO E RENDA

DICA DE OURO DA NEGOCIAÇÃO: CRIE UM CLIMA PROPÍCIO

Apesar de Herb Cohen ser americano, este estilo de iniciar uma negociação é bem brasileiro; somos mestres em tentar criar um clima mais relaxado, alegre e cordial para iniciar a conversa.

Entre homens, o tema preferido neste momento preliminar é o futebol. Brincam e riem, estabelecendo, naturalmente, um clima de descontração.

O assunto deve ser sempre sobre amenidades e pontos em comum que se descobre ali, naquele momento.

Isto é muito importante, o bom humor abre caminhos e ajuda a encontrar soluções. Ao contrário, a cara fechada e a falsa seriedade não ajudam nem um pouco.

No entanto, é bom ter bom senso. Se o outro não está a fim de conversa, está mal humorado, e quer ser “profissional”, seja você mesmo e tente, sem perder o seu bom humor, adaptar-se à situação: quanto mais leveza você conseguir imprimir ao encontro, melhor será para todos.

Pode ser que o outro tenha fobia social, muito comum hoje em dia, e seja um tímido que fica tenso e nervoso nestas situações; pode ser que seja a sua primeira vez numa negociação, e, ele, inexperiente, esteja apavorado. Pode ser que seja um doente, distímico, (a doença do mau humor) que aflora em situações de tensão. Pode ser que ele seja um mal educado mesmo, e aí, não se abale: não será você que irá consertar o mundo.

**Não perca o bom humor; ele só poderá ajudar, creia.

A venda de uma casa, por exemplo, pode envolver certa tristeza e nostalgia; o que fazer? Tente melhorar o clima sendo simpático, sem excessos.


Seja amistoso

Esta segunda dica de ouro é derivada da primeira. Segundo Cohen, procurar imprimir um tom amistoso é também um diferencial. Os maus negociadores, os que não entendem nada de negócio conversam em tom de competição e acabam perdendo tudo. Seja leve, cordial e atencioso.

“Olhe nos olhos do interlocutor de modo natural, sem amarras, procure soluções e não problemas. Respeite o seu interlocutor e o bem, produto ou serviço que ele tem para oferecer.

Não desvalorize o outro nem o que ele oferece, jamais”, afirma Raquel Carneiro Silva, professora do Curso de Negociação – técnicas e estratégias de sucesso do CPT – Centro de Produções Técnicas.


COMO MONTAR UM PET SHOP

Um negócio bom pra cachorro

Amigáveis e carinhosos, os animais de estimação como cães e gatos são, muitas vezes, companheiros ideais para crianças, idosos, solteiros ou mesmo para a família.Sem falar que os cães de guarda ajudam muito na segurança da casa. A decisão de adquirir um bichinho de estimação passa, muitas vezes, pela procura de alguém que possa cuidar dele em caso de enfermidade ou em alguma emergência, como uma viagem. Justamente para suprir a demanda por estes tipos de serviço que existem as lojas especializadas em animais – os pet shops.

Para investir neste promissor ramo de negócio, o empreendedor precisa ter conhecimentos de veterinária ou contar com um profissional da área para atender aos animais.


Mercado

Para entrar no ramo é de extrema importância conhecer bem três segmentos fundamentais para qualquer negócio.

Mercado consumidor: é composto pelos possíveis clientes do empreendimento, dos esporádicos aos fiéis. Conhecendo suas necessidades é possível sempre oferecer produtos e serviços de forma adequada

Mercado fornecedor: conhecer bem os possíveis fornecedores é também conhecer as diferenças de preços e qualidade. É na escolha de seus fornecedores que está o resultado de sua clientela. Procure sempre por bons preços e alta qualidade

Mercado concorrente: Conheça sempre seus concorrentes. Monitore os preços, prazos e promoções, pois com as ações da concorrência ao seu alcance você pode saber como está o seu próprio negócio. Mas cuidado para não ficar muito preso a esse mercado e esquecer de inovar


Localização

 Saber escolher um local adequado é o primeiro passo para quem deseja montar uma pet shop. Depois de determinado o seu público alvo, a localização é muito importante para o sucesso de seu empreendimento.

Se for possível, escolha um local com fácil estacionamento ou estacionamento próprio, com certa tranqüilidade e que seja sempre de fácil acesso.




Instalações e equipamentos

 As instalações de um pet shop devem ser compostas por três ambientes distintos, além da área de comercialização.

Área para banho: piso e parede impermeáveis, local adequado para xampus, escovas, toalhas e duchas

Área para tosa: equipamento apropriado e mão-de-obra qualificada. Deve também ser uma área separada da área de comercialização

Estoque: Os pacotes de ração devem sempre ser alojados em cima de estrados para evitar contato com o chão

Confira no quadro abaixo alguns equipamentos necessários para compor um pet shop:



Equipamentos

Material de tosa, mesa e estufa para esterilização

Banheira pequena

Esguicho de água quente

Mesa para pentear e secar

Tanque secador

Além de equipamentos como balcões, prateleiras, estrados e máquinas registradora



Pessoal

 Para iniciar o negócio é preciso contratar, ao menos, dois funcionários. Um responsável por atender a clientela e outro para cuidar do banho e tosa. Caso o empreendedor opte por oferecer serviços veterinários, hotel ou dog sister irá precisar de um número maior de colaboradores.

O quadro de funcionários deve ser muito bem treinado, pois esse ramo presta serviços muito semelhantes e, com isso, o grande diferencial se torna a primazia do atendimento. Capacite sempre seus colaboradores para que o seu serviço seja sempre referencial.

A presença do proprietário é sempre muito importante para o sucesso dos negócios, portanto acompanhe sempre de perto o seu empreendimento, atendendo sempre com bom humor e demonstração de amor naquilo que faz. O estabelecimento deve ser sempre um local limpo e higiênico, por isso esteja sempre atento aos uniformes dos funcionários. Ao determinar horários de banho e tosa, acompanhe sempre a operação para que os seus clientes nunca precisem ficar esperando. Cumpra sempre os horários combinados.


Marketing

Cuidado! Marketing não significa necessariamente propaganda. A propaganda é apenas uma das diversas ferramentas de marketing. Podemos dizer que o marketing engloba ações que visam 4 pontos básicos, os chamados 4 Ps:

1.Produto: temos dois tipos de produtos, os tangíveis e os intangíveis. Produtos tangíveis são produtos físicos, como, por exemplo, a ração, um chocolate, um aquário, uma gaiola ou uma coleira de cachorro. Produtos intangíveis são serviços, como a assistência veterinária, hotel, serviço de pet siter ou o banho e tosa. Para tomar decisões acerca do produto, é necessário pensa-lo em sua esfera mais ampla, com todos os seus valores agregados como embalagens, brindes, produtos complementares, atendimento, serviços, assistências etc

2.Preço: é uma decisão muito importante, pois envolve a parte mais frágil do cliente: seu bolso. A decisão por preço pode posicionar sua loja como popular, top, requintada devido ao valor monetário que o cliente vai pagar por seu produto/serviço. Além de pensar qual o público para o qual se pretende vender, o preço deve ser pensado e estabelecido conforme a demanda pelos produtos e serviços, seus custos operacionais, a margem de lucro e o volume de vendas

3.Praça: é a decisão sobre aspectos que envolvem a localização do seu ponto de venda, assim como a sua organização e os aspectos referentes à distribuição de seu produto/serviço para o consumidor final. Logo, a logística faz parte deste aspecto do marketing. Para o Pet Shop, a localização é de fundamental importância. A loja deve estar localizada numa região onde haja grande concentração de animais de estimação, de modo a poder atender a estes consumidores potenciais. A pesquisa sempre é um bom instrumento para se medir o tamanho deste mercado consumidor potencial

4.Promoção: promover a marca, o nome do produto e do estabelecimento e torná-lo conhecido e lembrado pelos clientes, atuais e potenciais, enfim, qualquer tipo de comunicação com o cliente, seja direta ou indireta. A escolha correta dos meios de comunicação (e-mails personalizados, folhetos, telefonemas, cartazes, outdoor, rádio, televisão) é muito importante e varia de acordo com o que se deseja falar, com quem, com que freqüência e por quanto tempo. A fachada da loja, a arrumação interna, a logomarca, o nome e o slogan, além do tipo do atendimento também fazem parte da comunicação da empresa

Estes 4 P’s servem para nortear as decisões e as ações de marketing a serem tomadas por uma empresa.


Comercialização

Quanto cobrar pelos produtos oferecidos e pelos serviços prestados é um ponto crucial do empreendimento. Para se calcular o preço a ser cobrado, o primeiro passo é saber o Custo da Mercadoria Vendida (CMV). Para tanto, soma-se o custo de aquisição da mercadoria, os custos fixos e o custo da mão de obra direta

O segundo passo é a determinação do Índice de Comercialização (IC), que é composto pelos principais impostos (COFINS, PIS, ICMS) e as despesas de divulgação (em torno de 5%). Considerando uma Microempresa, que opta por recolher o Imposto de Renda segundo o regime do SIMPLES (PIS e COFINS juntamente com o IRPJ), que tenha um faturamento mensal de até R$60 mil, o IC é igual ao valor do ICMS (17%) + 5% das despesas, ou seja, temos um IC de 22%.

O terceiro passo é determinar a Margem de Lucro (ML) que o empreendedor deseja aplicar. Ela deve ser determinada levando-se em consideração a política de vendas da empresa e os preços praticados no mercado. Para o nosso exemplo, vamos considerar uma ML de 20% para todos os produtos (também podem ser aplicadas diferentes margens para os diversos produtos).

O quarto passo é a determinação da Taxa de Marcação (TM), que é calculada seguindo a fórmula:

TM = [100-(IC+ML)]/100

Para obter o preço unitário basta dividir o valor total pago pela mercadoria pelo total de produtos comprados para o estoque inicial


Estratégias de sucesso: diversidade de produtos e serviços

 Em um negócio cujo público alvo (pessoas de classe média, média alta e alta) muitas vezes se vê disposto a pagar por sofisticação, qualidade, diversificação e comodidade, o empreendedor precisa ficar atento e acompanhar as tendências e as novidades do mercado, cuidar bem do atendimento e procurar satisfazer a demanda de seus clientes, oferecendo diversidade de produtos e serviços.

São várias as opções de produtos especiais para cães e gatos existentes hoje no mercado, tais como roupinhas para cada estação do ano, de clubes de futebol, perfumes, jóias, rações especiais (para cada raça e idade do animal) e até mesmo chocolates. E as indústrias não param de apresentar mais e mais novidades, embaladas pelo crescimento do setor.

Oferecer diversidade é uma boa forma de se destacar no mercado, mas é necessário atenção a um ponto: para acompanhar as novidades e lançamentos do mercado, atualizando a oferta de produtos de acordo com a demanda de seus clientes, não é aconselhável investir muito em estoque, ou pode-se correr o risco de ter algumas mercadorias encalhadas.

Além dos produtos especializados, não param de surgir novos serviços que podem ser oferecidos por uma pet shop. Alguns já consagrados no mercado são: banho e tosa, serviços veterinários, transporte, hospedagem e atendimento em domicílio. Uma dica para diferenciar-se da concorrência é prestar muita atenção nos clientes e nas suas necessidades. Desta observação, muitas vezes surge a idéia de um serviço novo, exclusivo, que poderá ser muito lucrativo, principalmente para o primeiro que lançá-lo no mercado.


MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 18 - FINAL

CONCLUSÕES (Enxerto)

a. A experiência mundial tem demonstrado que o emprego de violência indiscriminada em interrogatório tem como conseqüências:

1) Do ponto de vista estratégico:


- não conduz a vitória definitiva embora, aparentemente, consiga neutralizar organizações subversiva;


- cria condições para campanhas internacionais dirigida contra as “torturas”, que vão sendo engrossadas, pouco a pouco, por “inocentes-úteis e humanistas”;


- produz grande desgaste político internacional;


- proporciona apoio psicológico e emulação aos grupos subversivos, estimulando-os no prosseguimento das ações;


- cria apoios internacionais de simpatizantes não comunistas, etc.






COMBATE A SUBVERSÃO E AO TERRORISMO E ELIMINAR CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DANOSAS AOS SEUS PAÍSES.

O processo apresentado neste documento é, acima de tudo, uma forma humana, consentânea com a mentalidade brasileira e com nossas tradições cristãs. É, entretanto, um método duro, frio e objetivo. Deve ser estudado com vistas a sua atualização e adaptação às nossas reis necessidades. É, sobretudo, um processo que visa a:

—destruir a resistência de um indivíduo obstinado, sem usar processos desumanos; e


—obter o máximo de informações úteis e verdadeiras, dentro do prazo mais curto possível.



d. Interrogar é uma ciência e como tal exige para sua consecução:

—homens capazes, inteligentes e experientes;


—instalações adequadas;


—atualização constante;


—paciência, persistência e pertinácia;


—conhecimentos especializados;


—inteligência acima da força bruta; e


—objetivos de informações definidos e prioritários.






ANEXO NO 1
FASES DO INTERROGATÓRIO EM OPERAÇÕES MILITARES


ANEXO NO 2
ORGANIZAÇÃO DE UMA UNIDADE DO SERVIÇO DE INTERROGATÓRIO DAS FFAA (USIFA)


ANEXO NO 3
FASES DO INTERROGATÓRIO EM OPERAÇÕES DE SEGURANÇA INTERNA


(1) Pode ser liberado após este estágio, ou ficar detido aguardando o processo criminal.


ANEXO NO 4
MÉTODOS INIMIGOS DE INTERROGATÓRIO E DOUTRINAÇÃO

INTRODUÇÃO
1. O inimigo freqüentemente combinará os processos de interrogatório e doutrinação. O que começa como um esforço diretamente dirigido para extrair informações militares pode transformar-se numa tentativa de conversão, por exemplo, para o Comunismo. A recíproca é igualmente verdadeira. É mais difícil enfrentar este processo combinado do que ao interrogatório militar comum. Os países não comunistas utilizam uma estruturação de interrogatório militar basicamente similar à dos países comunistas, embora não utilizem a parte referente à doutrinação política.


O PROCESSO DE INTERROGATÓRIO
2. Pesquisa. Nossos inimigos potenciais estão engajados num processo contínuo de pesquisa, reunindo informações sobre personalidades e organizações. O efeito da confrontação, de um prisioneiro despreparado, com um bom conhecimento de seu passado pode ser destruidor para o seu moral e, conseqüentemente, para a sua determinação.

3. Exibição de eficiência. Desde o momento da captura dos prisioneiros, e em todos os escalões, o inimigo tentará impressioná-los com a exibição de implacável eficiência militar.

4. Seleção. O inimigo empregará um processo de seleção para determinar a seqüência na qual serão interrogados os prisioneiros e, quando o mecanismo de interrogatório estiver saturado, para decidir quais prisioneiros serão interrogados. A seleção se baseará nos seguintes princípios:

a. Pessoal que provavelmente possui a informação necessária.
b. Pessoal que mais provavelmente divulgará esta informação.

O interrogatório inimigo se baseia na descoberta, e subseqüente exploração, das fraquezas humanas. Durante o processo de seleção será avaliado o caráter de todos os prisioneiros. Desta avaliação dependerá o tipo e a seqüência de técnicas aplicadas a cada prisioneiro.

5. Tipos de interrogatório. Os interrogadores variam consideravelmente na abordagem e na técnica. Muitos deles são também extremamente flexíveis. As técnicas de interrogatório podem, também, variar, consideravelmente, mas podem ser relacionadas aos seguintes tipos gerais:

a. Frio, persistente, impiedoso;
b. Arrogante e fanfarrão;
c. Aparentemente tolo; e
d. Gentil, simpático.



6. Meios auxiliares do interrogatório. O interrogador, além de grande variedade de técnicas, dispõe de muitos meios auxiliares materiais. Estes meios incluem:

a. Microfones;
b. Espelhos falsos; e
c. Elemento infiltrado na cela do prisioneiro.



7. O inimigo, considerando que os prisioneiros não desejarão de início cooperar com ele, tentará fazê-los mudar de ponto de vista por u processo de condicionamento. Este pode ser feito através do ambiente, por pressões físicas ou por ação direta em suas mentes.



8. Condicionamento através do ambiente. Pode ser aplicado por intermédio de:

a. Ambiente miserável e sórdido;
b. Instalações sanitárias inadequadas; e
c. Condições inadequadas de iluminação, aquecimento, ventilação, etc.




9. Condicionamento físico. Durante este condicionamento o prisioneiro pode ser sujeito a:
a. Tortura;
b. Desconforto físico a longo prazo, através da manutenção do prisioneiro amarrado, algemado, enjaulado ou, por longo período, de pé ou sentado, em posturas desconfortáveis; e
c. Privação: água, alimentos e cuidados médicos.




10. Condicionamento mental. A ação contra a mente pode incluir:
a. Privação de sono;
b. Interrogatório incessante;
c. Uso de sugestão;
d. Isolamento;
e. Inquietação e humilhação; e
f. Doutrinação.

11. A doutrinação pode ser aplicada individualmente ou em massa. A fase inicial do programa de doutrinação destina-se a destruir as lealdades e idéias estabelecidas no indivíduo, e lançar as sementes da dúvida em sua mente. Uma vez que o indivíduo se torne confuso, ser-lhe-á oferecida a ideologia comunista, numa forma especialmente atraente, como um meio de salvação.



12. Para alcançar o primeiro estágio, é necessário destruir a lealdade ao grupo. Isto é conseguido pela:

a. Abolição da disciplina e destruição da estrutura hierárquica militar normal;
b. Exploração das dissensões existentes; e
c. Criação de novas dissensões.


13. O próximo estágio é mudar a personalidade do indivíduo. Isto é alcançado por:
a. Criação de auto-repugnância ou complexo de culpa;
b. Condicionamento ou coação física; e
c. Expulsão do grupo pelos companheiros.






14. Métodos comunistas. O levantamento mais pormenorizado dos métodos comunistas de interrogatório e de estudos sobre casos militares de


interrogatório estão no anexo 9.






CONCLUSÃO


15. Os prisioneiro feitos por um inimigo nosso no futuro tem que aceitar, desde já, o fato de que provavelmente enfrentarão um sistema altamente sofisticado, independentemente de sua aparência. Através do condicionamento físico, mental e através do ambiente, e também pelo interrogatório e pela doutrinação, o inimigo visará a completa subjugação pessoal, militar e política de cada indivíduo.






ANEXO NO 5

MÉTODOS COMUNISTAS DE INTERROGATÓRIO E DOUTRINAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste anexo é rever os conhecimentos disponíveis sobre os métodos comunistas de tratamento de prisioneiros de guerra, uma vez que eles têm demonstrado maior amplitude em seus objetivos que todos os demais oponentes que temos enfrentado no passado. Os comunistas empregam todos os métodos conhecidos de interrogatório e doutrinação.






2. TRATAMENTO SOVIÉTICO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA


ALEMÃES

a. Durante os primeiros estágios da invasão alemã da RÚSSIA, muitos milhares de prisioneiros alemães foram mortos, por ódio ou por conveniência.


Somente quando o curso da guerra voltou-se a favor da RÚSSIA foi que tornouse aparente a política soviética básica.

b. Os interrogatórios de militares eram realizados pelo Exército Soviético. Depois deste estágio, os prisioneiros de guerra passaram a ser controlados pelas forças de segurança interna, que os utilizavam para trabalhos forçados, doutrinação política e interrogatórios, com a finalidade de obter informações sobre seus países ou sobre seus companheiros presos. Os oficiais superiores eram submetidos a interrogatório e doutrinação especiais. O interrogatório, em todos os estágios, era normalmente conduzido à noite.

c. As condições gerais de vida e alimentação nos campos de trabalho forçado eram muito precárias. Medidas coercitivas eram aplicadas aos prisioneiros sob interrogatório e doutrinação, destacando-se as punições coletivas para erros individuais, a redução de rações e a brutalidade. Uma rede complexa de informantes era organizada com sucesso.

MODELO DE CARTA DE APRESENTAÇÃO (EMPRESARIAL)

São Paulo, XX de Maio de XXXX.

À
(Nome Completo da Empresa)
(Endereço)
(Cidade/Estado)

A/C: Sr. Fulano de Tal - (cargo e depto)


Ref.: Proposta de Prestação de Serviços de Montagem e Manutenção Industrial



Prezados Senhores,


Atuamos no mercado de prestação de serviços industriais, em especial montagem e manutenção e possuimos ampla experiência no ramo.

Nosso corpo técnico é altamente capacitado para oferecer soluções rápidas e precisas para atender suas necessidades.

Aproveitamos a oportunidade para anexar nosso catálogo de serviços que também pode ser acessado através do site:www.xxx.com.br e nos colocamos à inteira disposição para prestar-lhes serviços, na certeza de lhe oferecermos organização, responsabilidade e segurança.


Atenciosamente,


Seu nome completo
Seu Cargo e Empresa
Seu telefone
Seu e-mail

quarta-feira, 6 de julho de 2011

MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 17

INTERROGATÓRIO ATRAVÉS DE UM INTÉRPRETE

a. Generalidades

Nas operações militares e nas de segurança interna, haverá ocasiões
em que o interrogador, ou mesmo uma unidade de interrogatório, seja solicitado para inquirir um indivíduo que fale outra língua.

Ele pode, entretanto, usar os serviços de um intérprete e, assim mesmo, é essencial que use aqueles serviços corretamente; se não o fizer, evidentemente, falhará na obtenção das informações que necessita.



b. Dois modos certos e um errado

1) O modo errado de usar intérprete é permitir-lhe que tome o controle do interrogatório. Se isto ocorre, o interrogador perde o contato com o que está sendo discutido, tornando-se incapaz de saber se o que está sendo eventualmente dito é uma informação fornecida pelo interrogado, ou se ela está misturada com a opinião do intérprete.

2) Os dois modos certos são:

a) O uso do intérprete como uma máquina lingüística, isto é: o interrogador faz as perguntas e o intérprete traduz, palavra por palavra; o indivíduo responde e o intérprete torna a traduzir, palavra por palavra. O interrogador que usa este método mantém um controle total do questionário e se coloca em evidência. Por outro lado, se o interrogador fala diretamente ao indivíduo, será capaz de projetar sua personalidade, mesmo que suas palavras necessitem tradução. Além disso, estará apto a sentir as reações do interrogado.

b) Usar o intérprete como um assistente do interrogador, isto é, permitir ao intérprete interrogar o indivíduo livremente, mas dentro de certos limites e fases, após o que, a informação obtida é traduzida. Assim, o interrogador pode autorizar o intérprete a obter o nome, a idade, o local de nascimento, a ocupação e endereço do indivíduo. Então, tendo recebido respostas satisfatórias, pode instruir o intérprete para obter detalhes das atividades do mesmo. Desta maneira, o interrogatório prossegue até que todas as informações tenham sido obtidas.

terça-feira, 5 de julho de 2011

MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 16

PSICODINÂMICA DO INTERROGATÓRIO


Generalidades


1) O interrogado é um indivíduo, pode ser homem ou mulher, de qualquer raça, cor ou credo.


2) O objetivo do interrogador é obter informações oportunas e dignas de confiança deste indivíduo e, para isso, deve primeiro quebrar-lhe a vontade de resistir.


3) O interrogatório não é um ato de espancamento ou de mentira. O interrogador deve planejar seu interrogatório com cuidado, de acordo com o caráter e a personalidade de seu oponente e, em conseqüência, os métodos e técnicas de interrogatório devem ser utilizados corretamente.






Tipos de caráter

De acordo com a teoria de PAVLOV, há quatro tipos principais de caráter; eles podem, normalmente, sobrepor-se em graus variáveis.


São eles:


- Sangüíneos – normalmente extrovertido;


- Calmo e imperturbável – normalmente introvertido;


- Forte e excitável – neurótico extrovertido; e


- Fraco e inibido – neurótico introvertido

(Obs.: para maiores detalhes, ver item “5. f.”)






d. Pressões sobre um indivíduo

1) Quando um indivíduo está sendo submetido a interrogatório, alternadamente com confinamento e isolamento, ou outra forma, experimenta várias pressões mentais e físicas. O interrogador deve observar, constantemente, e explorar estas pressões, assim como as reações do indivíduo.

2) Exemplos destas pressões são os seguintes:


- necessidade de mantê-lo alerta;


- inatividade forçada;


- privação sexual;


- desejo de piedade;


- falta de orientação;


- evidências documentais;


- personalidade do interrogador;


- medo do desconhecido;


- mudança de expectativas;


- confinamento;


- alimentação na prisão;


- falta de sono e sonho;


- isolamento social;


- desconfiança de companheiros;


- falta de notícias;


- alívio através da cooperação;


- sentimento de fracasso;


- medo de punição;


- disciplina inesperada;


- falta de conforto; etc.




e. Resultados das pressões sobre um indivíduo

1) Como um resultado das pressões acima citadas, o indivíduo pode experimentar alguns, ou todos, dos seguintes sintomas:

- fadiga mental e física;


- desejo de simpatia;


- ânsia por alívio;


- aumento da consciência culpada;


- identificação;


- transferência; etc.

2) Neste estágio o indivíduo, por necessidade de conforto físico e mental, tornar-se-á cada vez mais dependente do interrogador. Uma eventual afinidade (ou intimidade) poderá ser estabelecida, e a vontade de resistir do indivíduo será anulada. Ele deverá, então, ser interrogado minuciosa e intensivamente.


f. Em seguida a este interrogatório completo o indivíduo poderá ser:


liberado, preso, ou recrutado para o serviço, como um agente, uma fonte de informes ou um auxiliar de interrogatório (informante introduzido na cela de um prisioneiro remitente), etc.

SEJA BARISTA

Vencer campeonatos da categoria pode elevar o salário em até 70%


Maria Carolina Nomura, iG São Paulo | 05/07/2011 05:58


Aumento de consumo de café gourmet estimula profissão de baristaVencer campeonatos da categoria pode elevar o salário em até 70%  


Dias frios pedem mesmo um cafezinho. E um café feito de grãos especiais parece apetecer ainda mais. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o consumo do café gourmet aumentou 21,3% em 2010. O estudo revela ainda que o consumo de café fora de casa saltou de 14% em 2003 para 57% em 2010, sendo que 45% desses consumidores disseram que pagariam mais caro por um bom café.

Diante desse cenário, a profissão de barista – o preparador de café que é também um criador de combinações com a bebida – tem se mostrado promissora. Não apenas pelo crescente consumo do café especial, mas pela própria carreira em si que pode levar o profissional de trás do balcão, de um salário inicial de cerca de R$ 600, a ter a sua própria marca de café ou uma cafeteria.


 Cecília Sanada: uma das atividades mais interessantes da profissão é criar novas bebidas com o produto

Foi essa a trajetória da empresária Isabela Raposeiras, 37 anos, que venceu o primeiro campeonato nacional de baristas, em 2002, e hoje possui a marca de café que leva o seu nome, vendido nos principais empórios paulistas.

Em seu Coffee Lab (laboratório de café, em inglês), em São Paulo, ela promove cursos, degustações e, claro, faz a torra de grãos selecionados a dedo. “Trabalho nesse mercado há 10 anos e a demanda por cursos aqui cresce de 20% a 25% ao ano. São pessoas que querem ser baristas ou apenas amantes do café que querem aprender um pouco mais sobre esse produto”, afirma.

Os cursos profissionalizantes são uma porta de entrada para esse mercado. Atualmente, diversas escolas de gastronomia e grandes cafeterias oferecem esse tipo de ensino. Os investimentos variam conforme cada escola, mas para se ter uma ideia, o curso de formação básica de barista no Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé) é de R$ 540. Já na cafeteria Santo Grão, é de R$ 460.




Muito estudo

O segredo para o sucesso, diz Isabela, não é muito diferente do das outras profissões. “É preciso ter paixão pelo que faz e nunca deixar de estudar. O café é muito complexo, com diversos tipos de grãos e torras. Por isso, conhecê-lo bem é fundamental para ser um bom profissional”, recomenda.

Cleia Junqueira, diretora da Associação Brasileira de Café e Baristas e do Centro de Preparação de Café do Sindicafé-SP, diz que, se o profissional for completo - ou seja, conhecer muito de degustação, classificação e torra -, pode dar palestras, treinamentos e ocupar cargos de chefia, ou coordenação. Também pode ser gerente de uma grande cafeteria, ou até ter seu próprio café.

Silvia Magalhães, 33 anos, é o exemplo de uma profissional que começou preparando deliciosos cafés e hoje é diretora de qualidade da Italian Coffee. “Estou desenvolvendo um departamento de inteligência de café para controle de qualidade. O trabalho é melhorar o equipamento e aprimorar o atendimento ao cliente”, conta ela que saiu do mercado financeiro para também ser consagrada vencedora de três campeonatos brasileiros de baristas.





Campeonatos

Como o mercado de cafés gourmets no Brasil ainda é muito tímido, tornar-se conhecido por meio de um campeonato da categoria pode ajudar o profissional a ter o seu passe valorizado. Cecília Sanada, 31 anos, gerente de qualidade do Octávio Café, diz que ser vencedora de um concurso pode elevar o salário em até 70%.

“As competições são importantes para mostrar a criatividade do barista. São 15 minutos para preparar algumas bebidas, entre elas as de nossa autoria. Sair na mídia fortalece o nome do profissional no meio, mas também trabalhar em uma grande cafeteria ajuda a valorizar o seu nome”, diz Cecília, que é ex-cabeleireira.

Para ela, uma das atividades mais interessantes da profissão é criar novas bebidas com o produto. Um de seus mais recentes drinques é o Coffee Lovers (amantes de café, em inglês) que Cecília criou em homenagem ao Dia do Café, 24 de maio. “A bebida leva ganache de chocolate branco, expresso e espuma de amarula. Tudo em uma taça de conhaque para que o aroma se espalhe à medida que o cliente vai degustando a bebida”, relata.




Onde fazer o curso de barista

Associação Brasileira de Café e Baristas  - Oferece cursos de barista em grandes cafés em todo o Brasil. A duração e os preços dependem de cada curso e região do País.

Coffee Lab - Oferece curso profissionalizante de barista e também para pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre a preparação da bebida. A duração e os preços dependem de cada curso.

Senac - Curso profissionalizante de barista

Santo Grão  - Oferece curso profissionalizante de barista e também de degustação, consultoria para cafeterias e de latte art (fazer desenhos com a espuma do leite). Os preços variam conforme a modalidade escolhida.

Sindicafé - Oferece diversos cursos profissionalizantes de barista e também de degustação. Os preços variam conforme a modalidade escolhida.


FONTE: IG CARREIRAS

segunda-feira, 4 de julho de 2011

MANUAL DE INTERROGATÓRIO – AULA 15

INTERROGATÓRIO DE CONTRA-INFORMAÇÃO (DE SUBVERSIVOS)

Introdução


1) O interrogatório é uma arte e não uma ciência. Não pode ser resumido a uma série de regras que garantam, à priori, o sucesso. O interrogatório é um confronto de personalidades. Pode começar como um conflito mas, se for bem sucedido, terminará como uma associação. O fator que decide o resultado de um interrogatório é a habilidade com que o interrogador domina o indivíduo, estabelecendo tal ascendência que ele se torne u cooperador submisso.

2) Uma agência de contra-informação não é um Tribunal da Justiça. Ela existe para obter informações sobre as possibilidades, métodos e intenções de grupos hostis ou subversivos, a fim de proteger o Estado contra seus ataques. Disso se conclui que objetivo de um interrogatório de subversivos não é fornecer dados para a Justiça Criminal processá-los; seu objetivo real é obter o máximo possível de informações. Para conseguir isto será necessário, freqüentemente, recorrer a métodos de interrogatório que, legalmente, constituem violência. É assaz importante que isso seja muito bem entendido por todos aqueles que lidam com o problema, para que o interrogador não venha a ser inquietado para observar as regras estritas do direito.

b. Definição e manutenção dos objetivos






Tipos de Prisioneiros

Três são os principais tipos de prisioneiros:

1) O Capturado. Preso após cometer um ato criminoso, ou em função de investigações. Ele, em geral, será extremamente resistente ao interrogatório. O problema será, inicialmente, fazê-lo falar e, em seguida, dizer a verdade.

2) O suspeito. Preso porque se conhece algo a seu respeito ou porque se suspeita que tenha feito alguma coisa. Nestas circunstâncias, ele pode tentar convencer os interrogadores de sua inocência e, portanto, falará, falará muito, contando uma estória tão perto da verdade quanto lhe for possível. Os subversivos são, normalmente, treinados e instruídos para contar uma ou várias estórias de cobertura. O problema será, então, descobrir as incoerências de sua estória e, confrontando o interrogado com elas, persuadi-lo a contar a verdade.

3) O desertor ou informante. O desertor falará mas, por necessidade, é um “vendedor” que tudo fará para aumentar suas oportunidades de começar nova vida. Ele poderá contar uma estória altamente fantasiosa e exagerada, mentindo deliberadamente. O problema será separar os fatos da fantasia e extrair uma estória verídica da massa de exageros e de detalhes irrelevantes.






Tipos de personalidades

Todos os indivíduos podem ser classificados em um dos quatro caracteres típicos e sua correta classificação é de primordial importância, pois orientará a seleção de indivíduos para interrogatório e determinará as mais adequadas técnicas a empregar. Os quatro tipos básicos são:

1) Fraco e inibido. É o escapista, que evita os conflitos mentais e emocionais; exige simpatia e encorajamento. Vive procurando amparo mental.

2) Sangüíneo. É o otimista alegre, falador e amigo de todos. Expressa suas emoções, mas sob controle.

3) Forte e excitável. É o tipo vaidoso e excitável, rápido em responder, que fala alto (quase trovejando) e tende a ser gabola.

4) Calmo e imperturbável. É o que demonstra pequenos sinais de emoção; permanece impassivo sob pressão e constitui-se o tipo mais duro para quebrar a resistência.






Planejamento e preparação


O interrogatório deve ser cuidadosamente planejado e preparado, com o fim de atingir o objetivo sem perda de tempo e de esforço. Todo interrogatório deve ser planejado e preparado levando em conta que cada humano é uma personalidade individual e singular. Um planejamento eficiente depende do levantamento acurado do caráter do paciente e do grau de resistência que ele provavelmente oporá. Os preparativos devem ser feitos no intuito de explorar, imediatamente, qualquer fraqueza revelada pelo paciente.






Técnicas


1) Os parágrafos seguintes tratam das quatro fases do interrogatório e das técnicas que podem ser, efetivamente, empregadas, em uma ou mais delas. Ainda que alguma das técnicas constituam violência perante a lei, nenhuma delas envolve torturas ou tratamento inadequado.

2) Além dos argumentos morais existentes contra o uso da tortura, ela, em si mesma, é uma técnica de interrogatório ineficiente. As informações extraídas dessa maneira raramente são verídicas e dignas de confiança. Resultados muito mais satisfatórios são obtidos quando o indivíduo é persuadido a não mais resistir e o interrogador conseguiu ascendência psicológica sobre ele. O paciente torna-se, então, um associado submisso, apto a ser perguntado sobre as informações que possui, havendo maior probabilidade de fornecer respostas verdadeiras.






Método

1) O planejamento e a preparação de um interrogatório começam antes da prisão do paciente. A escolha da hora e local da prisão constitui um passo importante no método de interrogatório.

2) O método baseia-se em quatro fases, que formam a estrutura dentro da qual as várias técnicas de interrogatório podem ser introduzidas, com o fim de obter os mais rápidos resultados possíveis. As fases são:

a) Prisão e revista


b) O interrogatório inicial;


c) O interrogatório detalhado; e


d) A exploração.


As fases “a” e “b” constituem o processo preparatório; a fase “c” é o interrogatório propriamente dito, durante o qual o interrogador deve obter completa ascendência sobre o paciente;


a “d” é a fase final que ocorre quando o indivíduo deixou de resistir e, uma espécie de associação ou cooperação foi conseguida entre ele e seu interrogador; nesta fase deve-se extrair, com o máximo de pormenores, todas as informações que o indivíduo tem conhecimento. No entanto, é preciso sublinhar-se que, em várias circunstâncias, a fase “a” (prisão) não ocorre. Por exemplo, quando se trata de um informante ou quando um desertor se apresenta.






Interrogatório detalhado

1) A terceira fase do interrogatório constitui o conflito pessoal entre o interrogador e o indivíduo. É durante esta fase que a resistência do paciente deve ser vencida e, então, estabelecida uma completa ascendência do interrogador. De acordo com o plano de interrogatório, o interrogador usará uma, ou uma combinação das seguintes técnicas de interrogatório:

a) A aproximação rude. Visa a manter o choque causado pela prisão, criar confusão na mente e promover uma reação de medo ou de angústia.

b) A aproximação estúpida ou tola. O interrogador deliberadamente comete erros, induz o indivíduo a corrigir suas afirmações e, destarte, ao corrigilo, o paciente vai revelando outras informações.

c) A aproximação amistosa. O interrogador usa as maneiras de médicode- cabeceira. O indivíduo inclina-se, a responder, fornecendo assim as informações visadas.

d) A aproximação monótona. As mesmas perguntas são feitas várias vezes, sempre no mesmo tom monótono e sem vibração. A finalidade é induzir o indivíduo a responder uma ou mais das perguntas para quebrar a monotonia. Esse processo continua até que todas as perguntas sejam respondidas.


2) Cada aproximação comporta muitas variações que podem ser usadas com sucesso, durante o interrogatório. Freqüentemente, uma mudança súbita na aproximação poderá causar o necessário efeito de choque para desequilibrar o indivíduo, permitindo que o interrogador tome a iniciativa. No planejamento do interrogatório deverá ser decidido o tipo de aproximação a ser usado. Entretanto, ele deve ser flexível e sujeito a uma constante revisão.

3) Durante esta fase, a pressão sobre o indivíduo, no que concerne ao condicionamento e ao interrogatório, deve ser incessante. Não lhe deve ser permitido nada até que ele concorde em cooperar, a menos que seja parte do pano de interrogatório. Ao tornar-se evidente que o preso está enfraquecendo, a pressão deve ser intensificada e, logo que ele se entregue, deve ser comprometido de tal maneira que não mais possa voltar atrás.