quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MEC NÃO VAI MAIS RECONHECER PÓS DE UNIVERSIDADES CORPORATIVAS

Medida não afetará ofertas de programas de pós-graduação, avaliam especialistas


Maria Carolina Nomura, iG São Paulo | 10/08/2011 05:58

MEC não vai mais reconhecer pós de universidades corporativas

Medida não afetará ofertas de programas de pós-graduação, avaliam especialistas

O não reconhecimento do MEC (Ministério da Educação) dos cursos de pós-graduação oferecidos por universidades corporativas não deve diminuir o número de programas de educação corporativa, avaliam especialistas. Na quinta (4) da semana passada, o órgão publicou a nova regra, que prevê que cursos de pós-graduação de instituições não-educacionais não serão mais reconhecidos.

Cerca de 400 instituições não-educacionais já ofereciam esses cursos e outras 134 esperavam autorização do MEC para funcionar. Segundo o órgão, agora os programas serão considerados cursos livres e não mais uma pós-graduação lato sensu (especialização).


A falta de mão de obra qualificada tem feito com que as empresas invistam na formação de seus funcionários por meio de universidades corporativas, justifica especialista

“As universidades corporativas não surgiram para competir com o sistema formal de ensino” afirma Marisa Eboli, professora do Departamento de Administração da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e especialista em educação corporativa. “Não acredito que essa medida gere algum impacto para as empresas, porque seu objetivo é formar mão de obra qualificada com o foco específico na estratégia da companhia.”

Segundo a professora, a grande diferença entre uma universidade corporativa e os programas de treinamento e desenvolvimento convencionais é que a universidade tem um sistema de educação organizado sob a lógica da empresa, com um vínculo específico em sua estratégia. Já os programas de treinamento são pontuais e criados para solucionar deficiências técnicas dos profissionais.


Educação

O gerente do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas da Eletrobrás, Joazir Nunes Fonseca, diz que a Unise (Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás) funcionará normalmente. A empresa investiu R$ 9,2 milhões em sua universidade, que em 52 ações educacionais realizadas em 2010 – entre programas de aperfeiçoamento e MBA - formou mais de 2.100 profissionais.

“Nossos cursos de pós-graduação, especialização e MBA, são feitos em parceria com universidades acadêmicas e o diploma de conclusão é dado por eles”, afirma. Entre as universidades parceiras da Unise estão instituições de ponta, como a FGV (Fundação Getulio Vargas), USP (Universidade de São Paulo), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

“A formação que proporcionamos é estratégica e ligada ao setor elétrico. Operamos com cinco escolas. Cada uma tem pilares de desenvolvimento e formação. Por exemplo, na escola de Estratégia de Mercado temos pilares de comercialização, pesquisa e desenvolvimento, inovação e regulamentação”, explica Fonseca.


Mão de obra qualificada

Apesar de não existir um levantamento estatístico formal sobre o número de universidades corporativas no Brasil, a professora Marisa Eboli, da FEA, garante que é bem maior do que quando o conceito foi adotado no Brasil, nos anos 1990.

“A falta de mão de obra qualificada tem feito com que as companhias invistam, cada vez mais, na formação de seu quadro de funcionários por meio de universidades corporativas”, justifica Marisa.

No setor da construção civil, por exemplo, praticamente todas as grandes companhias oferecem cursos de especialização e formação para seus colaboradores – tanto os de nível operacional quanto para os de postos estratégicos.
A Brookfield, por exemplo, tem desde 2010 o Portal Construir, que é a sua universidade corporativa, oferecida a seus quase 6 mil funcionários. O Portal possui diversas escolas, que promovem cursos específicos como mercado imobiliário, gestão de clientes e escola de formação técnica e operacional.

“Esses cursos são oferecidos na modalidade presencial e à distância, e vão desde cursos de natureza técnica até outros com foco na atualização profissional, de liderança e sobre nosso mercado”, explica Lygia Fray Villar, diretora de RH da companhia.


GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES - Guia de ações – PARTE 6 DE 6:

- Dicas para investir em ações





Controlar a ansiedade, sobretudo nos momentos de maior turbulência do mercado, é uma das dicas para quem vai investir em ações

Carla Falcão e Olivia Alonso, iG São Paulo 21/03/2011 05:30

Veja dicas de consultores especializados em finanças pessoais para investir em ações:

- Estude. Leia livros sobre o tema, inscreva-se em cursos (há várias opções no mercado, incluindo cursos gratuitos), teste seus conhecimentos em simuladores, converse com profissionais especializados. O tempo investido em educação financeira se paga no médio prazo, garantem os consultores.

- Fuja dos “conselhos” de amigos e conhecidos. Se precisar de orientação, busque consultorias especializadas. A chance de ter prejuízos será bem menor.

- Pesquise as melhores taxas de corretagem e avalie se o banco, clube de investimentos ou corretora escolhida tem boa reputação no mercado e trabalha com seriedade.

- Entenda o conceito de longo prazo para os investimentos em Bolsa. Muitos investidores iniciantes acreditam que seis meses é um prazo longo quando se trata de apostar no mercado financeiro. Mas, segundo consultores, prazos longos começam a partir de 10 anos.

- Assegure-se de que você tem a disponibilidade de tempo para o tipo de investimento que deseja fazer. Quem opta pela realização de operações diárias – day trade, no jargão do mercado – tem que estar consciente de que a necessidade de acompanhamento constante das oscilações dos papéis pode penalizar o trabalho e a família.

- Mantenha o foco. Se você entrou na Bolsa disposto a assegurar uma renda para sua aposentadoria, evite tornar-se um especulador de uma hora para a outra. As chances de perder dinheiro são altas.

- Não se deixe seduzir pelo o que o mercado chama de sorte de principiante. Não é incomum que um investidor recém-chegado à Bolsa tenha ganhos consideráveis e comece a arriscar o dinheiro reservado para as contas do dia-a-dia. O resultado, em geral, não é dos melhores.

- Controle sua ansiedade. Se os papéis nos quais você investiu começaram a perder valor, avalia a situação antes de vendê-los. A companhia pode se recuperar em seguida e você irá realizar um prejuízo sem necessidade.

- Lembre-se de que a Bolsa de Valores não é cassino ou bingo. Uma coisa é rentabilizar investimentos. Outra, completamente diferente, é multiplicar dinheiro. Desconfie de ofertas de investimentos que prometem retorno rápido e muito alto.



Veja também:

• Guia para investir em ações

• Quando e quanto investir em ações

• Como escolher a corretora, o fundo ou clube de investimentos

• Como escolher as ações que vão compor a carteira

• Está na hora de vender as ações?

• Quanto custa investir em ações



FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Corretores de imóveis, seguros e tradutores poderão ser empreendedores individuais, se condição for aprovada pelo Congresso

Governo faz acordo para ampliar limites do SuperSimples

Corretores de imóveis, seguros e tradutores poderão ser empreendedores individuais, se condição for aprovada pelo Congresso

Danilo Fariello, iG Brasília | 09/08/2011 05:58
A presidenta Dilma Rousseff assina hoje acordo com a Frente Parlamentar Mista a Micro e Pequena Empresa para elevar o teto de tributação dos empreendedores pelo Simples Nacional. Pelo acordo, em torno de substitutivo do Projeto de Lei nº. 591 que tramita no Congresso, o limite de faturamento para se enquadrar no sistema de incentivo será elevado, novos ramos de trabalho serão incluídos no rol de categorias candidatas ao programa e devem ser criadas condições especiais para exportadores.
A partir do acordo, que ainda tem de ser aprovado pelos deputados e pelos senadores, poderão recolher imposto com incentivos novas profissões como corretores de seguros, de imóveis e tradutores ou intérpretes.

Deve ficar para um segundo momento a inclusão de outros profissionais liberais, como médicos e advogados na categoria. A inclusão dessas profissões poderia causar impacto elevado demais nos cofres da Receita Federal, por limitar o potencial de arrecadação.

O acordo, que foi negociado entre os parlamentares e o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, prevê correção o teto de receita do SuperSimples para empreendedor individual em 50%. Ou seja, esse empreendedor que hoje só é enquadrado no sistema se tiver renda de até R$ 32 mil no ano poderá lucrar até R$ 48 mil. Para as micro e pequenas empresas, os tetos serão corrigidos em 33%, chegando a R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões por ano, respectivamente.

O governo entende como ganho do trabalhador os reajustes, porque eles estariam acima da inflação acumulada nos últimos quatro anos, em cerca de 24%. Calcula-se que, com essa correção, 500 mil empresas deverão aderir ao SuperSimples. Em entrevista ao iG no mês passado, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, afirmou que a falta de correção na tabela do Simples desestimulava o crescimento das empresas.

No caso das empresas exportadoras, o mesmo limite que existe em vendas dentro do país também deverá ser adotado para vendas ao exterior. Ou seja, a empresa que vende internamente R$ 3,6 milhões poderá vender outros R$ 3,6 milhões para fora e, ainda assim, permanecer no Simples.

GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES - Guia de ações – PARTE 5 DE 6:

- Quanto custa investir em ações

Investidor paga taxas de corretagem, custódia e intermediação, além do imposto de renda sobre os ganhos, de 15%
Carla Falcão e Olívia Alonso, iG São Paulo | 21/03/2011 05:35
Investidor deve se preparar para declarar o Imposto de Renda

Se comprar ação é como comprar uma casa, manter os papéis e vendê-los no mercado também é. Quem possui um imóvel, paga condomínio, IPTU e imposto sobre o ganho de capital na hora da venda. No mercado acionário, há taxas de custódia, corretagem, intermediação financeira e Imposto de Renda (IR) sobre os lucros. Os valores variam dependendo do capital negociado, ou da modalidade de aplicação (home broker, fundos ou clubes).
Taxas
A taxa de custódia é cobrada pela hospedagem das ações, enquanto a corretagem é o custo das operações de compra e de venda dos papéis. Já os custos de intermediação, ou emolumentos, são cobrados pela bolsa de valores brasileira, a BM&FBovespa, e recolhidos pelas corretoras.
O valores das taxas de custódia e corretagem variam de uma corretora para outra, enquanto os emolumentos são fixos. O custo de corretagem das maiores empresas brasileiras, em média,  é de R$ 14, mas há casas que não cobram nada para as operações de compra e venda de ações. Outras, fazem promoções de taxa zero para a hospedagem dos papéis.
Imposto de Renda
O IR que incide sobre as ações, de 15% dos lucros, exige cuidados do investidor (veja abaixo a tabela comparativa do IR sobre aplicações financeiras). Todos que realizam vendas de pelo menos R$ 20 mil dentro de um mês são obrigados a pagar o IR.
Veja também:
Todos os meses, a corretora recolhe, antecipadamente, 0,005% dos ganhos na fonte, que é um adiantamento do valor total devido ao fisco. Até o final do mês seguinte, o acionista deve recolher os 15% de ganho líquido (descontando o valor que foi antecipado) no chamado Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), que pode ser encontrado em papelarias e pode ser pago diretamente no banco, pelos sistemas de internet banking ou nos caixas.
Como a corretora recolhe uma parte do imposto na hora da operação, a Receita Federal já fica avisada sobre o negócio, assim, o investidor não pode deixar de recolher o total devido. No ano seguinte, na hora de fazer a declaração do IR, é preciso informar o ganho total das operações acima de R$ 20 mil mês a mês. Automaticamente, o sistema vai calcular o que devia ter sido pago todos os meses. Para quem não ultrapassou o limite, basta declarar os ganhos como rendimentos isentos e não tributáveis.
Há ainda uma particularidade para os investidores que compram e vendem a mesma ação em um só dia, ou seja, que fazem o chamdo “day-trade”. Neste caso, o imposto é de 20% sobre o ganho líquido e a antecipação é de 1%. Lembrando que, na hora de pagar o imposto ao Darf, o valor antecipado é descontado do total.
As aplicações em clubes e fundos de investimentos, que são outras formas de investir em ações, também estão sujeitas ao imposto de 15% sobre os ganhos. Mas, quem optou por essas modalidades, paga o IR exclusivamente no momento do resgate de cotas.
Imposto de Renda Sobre Aplicações Financeiras


Ações
O investimento em ações é tributado quando o movimento mensal supera R$ 20 mil, ou no resgate. O imposto é de 15% sobre os ganhos e há também uma taxa de 0,005% retida na fonte para controle da Receira Federal. O imposto deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte ao ganho, por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). *
Em operações de day-trade (em que a compra e a venda são realizadas no mesmo dia) o imposto é imediato, de 20% sobre o ganho. Será isento de impostos o investidor que não somar vendas de R$ 20 mil ao mês. Também são isentos os ganhos com dividendos.



Renda Fixa
A tributação incide sobre os ganhos, no momento do resgate, seguindo a tabela regressiva abaixo**
Tabela Regressiva:
Taxa
Prazo de Permanência no Investimento
22.5%
até 180 dias
20.0%
entre 181 dias e 360 dias
17.5%
entre 361 dias e 720 dias
15.0%
acima de 720 dias



Clubes de Investimento
Ganhos com aplicações em clubes de investimentos são tributados em 15%, apenas no resgate



Fundos de Investimento
Fundos de açõesOs rendimentos são tributados em 15%, sendo o imposto retido na fonte.
Fundos de rendaA tributação é de 15% sobre os rendimentos, duas vezes ao ano. Quando chegar o momento do resgate, a taxa a ser paga será a diferença entre a alíquota da tabela de renda fixa correspondente à permanência e os 15% já pagos. Além disso, o imposto muda se o prazo médio dos títulos da carteira for inferior a um ano: quando este prazo é menor que seis meses, a alíquota é de 22,5%; quando supera seis meses, é de 20%.



Poupança
Os ganhos com aplicações em poupança são isentos de imposto de renda



* Essas regras também valem para operações de opções, termo, futuro, derivativos agrícolas e financeiros.
** Essa regra vale para operações como Certificados de Depósito Bancário (CDB), Tesouro Direto, Letras Financeiras, Debêntures e também Aluguel de ações.
Fonte: Receita Federal, Banco Fator e Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES - Guia de ações – PARTE 4 DE 6:

- Está na hora de vender as ações?


Investidor precisa controlar ansiedade e saber esperar o melhor momento para realizar lucro ou prejuízo

Carla Falcão e Olivia Alonso, iG São Paulo
21/03/2011 05:28

Cenário um: você investiu nas ações de uma determinada companhia e, em poucas semanas, a chamada sorte de principiante trouxe inesperados ganhos extraordinários. Diante de rendimentos tão atrativos, você hesita entre manter o investimento por mais tempo (e ganhar mais) ou vender as ações e embolsar o lucro antes que algo aconteça e o dinheiro evapore. Cenário dois: logo após comprar os papéis de uma empresa, as ações começaram a cair sistematicamente todos os dias. Em dúvida, você não sabe se vende logo tudo para evitar um prejuízo maior ou se espera alguma possível recuperação.

Investidor deve aprender a controlar ansiedade em momentos de crise

Seja ganhando ou perdendo mais do que o esperado, o investidor iniciante descobre rápido que controlar o estado emocional é um dos maiores desafios de quem aposta na bolsa de valores. “Aprender a lidar com a ansiedade é imprescindível para quem quer investir em renda variável, até porque o próprio nome do investimento já diz: a renda pode variar”, afirma o investidor e autor do livro "Os Supersinais da Análise Técnica", Carlos Martins.

Consultores e analistas aconselham os investidores a controlar não apenas a ansiedade, mas também a ganância. Sobretudo, quando o retorno é rápido e alto. Sem disciplina e foco, a pessoa fica tentada a vender tudo que tem e aplicar na Bolsa quando se depara com a primeira valorização significativa dos papéis nos quais apostou. A ganância, diz Martins, leva o investidor a fazer operações cada vez mais arriscadas na tentativa de multiplicar o capital inicial.



Veja também:

• Guia para investir em ações

• Quando e quanto investir em ações

• Como escolher a corretora, o fundo ou clube de investimentos

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• Está na hora de vender as ações?

• Quanto custa investir em ações

• Dicas para investir em ações

“Existe uma diferença entre rentabilizar e multiplicar o capital investido. Bolsa não é cassino ou loteria, em que você aposta um real e ganha um milhão. Os lucros estarão de acordo com os valores investidos. Não existe milagre”, afirma.

Gerente de renda variável da corretora TOV, Pedro Alceu Cardoso é objetivo ao falar sobre as alternativas de realizar lucros e prejuízos ou de manter a posição de investimento a despeito das oscilações do mercado. “Quem sabe do seu dinheiro é você mesmo”.

Ele acredita que, apesar de os analistas reforçarem que as apostas em ações devem ser feitas tendo-se em vista um horizonte de longo prazo, os investidores não precisam ficar presos a esse conceito. “Se os ganhos foram expressivos, vale vender algumas ações e realizar parte dos lucros. Os recursos podem ser aplicados em renda fixa ou até mesmo serem utilizados na compra de outros papéis da bolsa. Afinal, o lucro só é real quando se vende a ação”, diz.



Veja também:

• Imposto de Renda pode fazer diferença na hora de aplicar

• Saiba escolher a corretora para aplicar na Bolsa

• Quem é você na hora de investir?

• Os dez mandamentos do investidor, na visão de Lírio Parisotto

• Veja as 28 dicas de investimentos de William Delbert Gann





FONTE: IG ECONOMIA

COMO ESCOLHER O MBA CERTO PARA A CARREIRA

Um dos critérios deve ser como a escola se articula com a profissão

Maria Carolina Nomura, iG São Paulo | 08/08/2011 05:58


Com tantas ofertas de MBAs pelo mundo, fica difícil saber qual curso escolher. Principalmente se o acesso ao conteúdo oferecido é viável financeiramente. Já quando o orçamento é curto, as opções de cursos devem receber um outro olhar e o que deve ser avaliado, nesse caso, é o custo-benefício que proporcionam.



O jornalista José Augusto Amorim levou em consideração dois critérios: tempo e localização

Segundo o coordenador do International MBA da FIA (Fundação Instituto de Administração), James Wright, o primeiro critério a ser avaliado em um curso é saber se o estudante pretende ir para o exterior ou ficar no Brasil.

“No exterior, terá um gasto significativo com escola, moradia e passagens, além de abrir mão do trabalho por um ou dois anos porque os cursos são integrais. Um MBA tradicional de dois anos nos Estados Unidos, por exemplo, custa entre US$ 120 mil e US$ 180 mil. No Brasil, há cursos por US$ 22 mil e também de meio-período”, explica Wright.

O coordenador afirma que entre as vantagens de estudar fora do país estão a vivência internacional e ter o nome da escola no currículo. “Já se ficar no Brasil, o estudante tem a possibilidade de continuar trabalhando.”



Pesquisa e clareza

A consultora em gestão Giuliana Haik Paim de Andrade, que fez MBA na INSEAD, na França, afirma que o estudante precisa ter clareza do que está buscando. “Os cursos de MBA possuem excelência em quesitos muito distintos. Ainda que as diferenças não estejam tão claras no Business Week ou Financial Times, poderão ser claramente observadas nas apresentações de ‘road-show’”, diz.

Giuliana acrescenta que todas as escolas oferecem um vasto leque de cursos e oportunidades extracurriculares e, frequentemente, é impossível aproveitar todas as opções. “Vale a pena ficar de olho nas bolsas antes mesmo de começar a pesquisar as universidades, pois, geralmente, a seleção ocorre uma vez por ano”, aconselha.

Na última semana, aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo o The MBA Tour, evento anual que reúne diversas escolas de negócios do mundo inteiro. O objetivo é que os estudantes conheçam um pouco mais sobre os conteúdos dos cursos e possam trocar ideias com representantes das universidades.


Para escolher o MBA é interessante estudar a tradição da escola e ver como ela está articulada com o ambiente profissional que se pretende seguir




Critérios

Para escolher o MBA que cabe no seu perfil – e no seu bolso – Wright diz que é interessante estudar a tradição de cada escola e ver como ela está articulada com o ambiente profissional que se pretende seguir. “A escola de Chicago, por exemplo, é famosa pela área de finanças; a Kellogg, pelo marketing; Wharton, estratégia; Standford, empreendedorismo. As europeias são mais multiculturais e com destaque generalista”, exemplifica.

O jornalista José Augusto Amorim, que pretendia mudar de carreira e enveredar pela área de marketing, levou em consideração dois critérios: tempo e localização. Ele estuda na Hult International Business School, nos EUA, cujo curso tem a duração de um ano e é realizado em cinco cidades. Nos últimos dois módulos, o aluno pode escolher onde estudar.

“Eu comecei em Boston e estou terminando em São Francisco. Poderia ter escolhido Londres, Xangai ou Dubai, mas queria ficar nos EUA. Assim como o Brasil, os EUA são um país enorme e muito diverso. Foi uma ótima maneira de viver em duas cidades bem distintas”, diz Amorim.

Já para Giuliana pesou o aspecto geográfico como um todo: clima, cultura e estilo de vida. “Além disso, o ambiente internacional era também um critério fundamental para mim. Nisso, acredito que a INSEAD seja insuperável. Em nossa primeira aula mestra, por exemplo, havia 65 alunos de 35 nacionalidades diferentes”, conta.

A consultora diz que os principais aprendizados que obteve com o curso foram sobre a realização de suas competências, prioridades e responsabilidades como gestora e como líder. “Sem dúvida, o curso me proporcionou uma vasta bagagem técnica, mas meu deu também o preparo para observar os aspectos em que ainda posso me desenvolver. De fato, sinto-me preparada para dar passos ainda maiores no futuro.”


Leia também:
Especial: guia do MBA
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sábado, 6 de agosto de 2011

ENERGIA SOLAR.

Ex-vilão, sol vira esperança de crescimento no semiárido cearense

Do céu que sempre castigou pela seca no Estado, espera-se agora que venha o desenvolvimento pela energia solar


Danilo Fariello, enviado especial a Tauá (CE) | 05/08/2011 16:33
Um mito centenário prevê que o sertão viraria mar algum dia. No semiárido cearense, a principal expectativa que vem dos céus agora é outra, e muito melhor do que fim do mundo e inundação pregados por Antonio Conselheiro em Canudos no século 19. Agora é do sol incessante – que sempre esteve sobre as cabeças dos cearenses e parecia castigante durante os meses de seca mais brava – que vem uma grande esperança de desenvolvimento econômico.
Cidade de Tauá e região têm esperança de que usina solar traga desenvolvimento acelerado



Foi na cidade de Tauá (CE), na microrregião dos Inhamuns, que a MPX, do grupo EBX de Eike Batista, decidiu instalar a primeira usina de energia solar do País. Inaugurada a usina para gerar o primeiro megawatt ontem, espera-se agora que a construção (e os empregos por ela gerados) seja incessante até que se ocupe todo o parque disponível e sejam instalados 50 MW de geração.

Tanta energia disponível – embora a um preço ainda elevado para os padrões nacionais – coloca a cidade em polvorosa. Com frequência, o jatinho de Eike vem e vai à cidade – distante longos 400 quilômetros de Fortaleza por estrada - e prenuncia que aquele lugar encravado no semiárido não está esquecido do mundo desenvolvido.


Pela cidade, com quase 60 mil habitantes, muito se fala da usina e os benefícios que ela pode trazer. “As feiras de ciências nas escolas no último ano foram temáticas sobre a energia solar, sendo que antes a gente tratava mais de questões agrícolas”, diz Victor Cavalcante Motta, presidente da união municipal dos estudantes.


O iG esteve na cidade no ano passado e mostrou experiências de combate à degradação do solo e iniciativas isoladas de desenvolvimento, como o fornecimento de tecido de algodão para produção de tênis franceses por uma associação de moradores, a Adec. Porém, um ano depois, a expectativa é de que uma grande fábrica da gaúcha, a Aniger, se instale na cidade para produzir totalmente calçados para empresas estrangeiras como a Nike. Procurada. a Aniger não confirma, mas não nega a instalação da planta.


Segundo o prefeito da Tauá, Odilon Aguiar, serão construídos inicialmente dois galpões de 10 mil metros quadrados cada e poderão ser oferecidos até 1 mil novos empregos nessa indústria. “É um novo momento que floresce na cidade”, afirmou.



Sol como fonte de desenvolvimento

Como a produção de calçados é uma indústria manufatureira com relativamente baixo valor agregado, a expectativa do governo do Estado é de que empresas com produção mais complexa também cheguem à região para desfrutar da energia solar.

Francisco Zuza de Oliveira, presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), quer criar uma espécie de selo que indique que as empresas da região têm comprometimento ambiental, pelo uso da energia renovável. “Isso ajuda a vender os produtos”, afirmou.

Mas, como o preço da energia solar ainda é cara (até 50% mais do que a energia hidrelétrica), considera-se a possibilidade de se criar um fundo com incentivos para atrair novas empresas.

Além da usina da MPX em Tauá, a Adece firmou um acordo com a empresa Bom Sol Energia Renováveis, ligada ao grupo Sky Solar, da China, para instalar painéis de energia solar para suprir necessidades de irrigação de pequenos produtores no sertão. Neste caso, trata-se de experiências de tamanho muito menor do que a maior (e primeira) usina solar da América Latina, a da MPX.



Expectativa da grande virada

Mas, para políticos e moradores da região, o sertão vai crescer mesmo quando perceberem que logo ali abaixo daquele solo há uma imensidão de minerais com quartzo, matéria-prima fundamental para a construção de placas fotovoltaicas da energia solar.

A região espera que o acordo anunciado ontem entre MPX e GE – por enquanto de fornecimento de equipamentos importados e criação de um centro de pesquisa no local – resulte em uma indústria de placas para fornecer para toda a América Latina.

“Temos expectativa de que, no futuro, esse potencial possa ser explorado”, diz Edmilson Junior, presidente da vizinha Quixeramobim, onde já existe uma indústria de calçados.

“Queremos trazer toda a cadeia produtiva para construção dessas placas”, diz Zuza, da Adece, entidade ligada ao governo do Ceará. O presidente da GE para a América Latina diz, porém, que a construção de fábrica no sertão ainda está no radar, mas pode ocorrer se os trabalhos do centro de pesquisa tiverem sucesso. “Mas ainda temos muito a desenvolver antes.”

O repórter viajou a convite da MPX

FONTE: IG ECONOMIA

IMPOSTO DE RENDA PODE FAZER A DIFERENÇA NA HORA DE APLICAR.

Como é isenta do imposto, poupança tem espaço para subir menos que a Bolsa e, ainda assim, continuar sendo mais vantajosa


Olivia Alonso, iG São Paulo 10/08/2010 05:29

Quem optou por investir em ações ecse deu bem no ano passado: a rentabilidade foi de 88,2%. Este ano, no entanto, a Bolsa acumulou prejuízo até julho, e o cenário do segundo semestre ainda é incerto. Em momentos assim, um quesito muitas vezes desprezado pelos investidores pode fazer diferença na escolha da aplicação: o Imposto de Renda (IR). Como a poupança é isenta do tributo, pode se tornar uma opção vantajosa agora.

Se a poupança registrar em 2010 a mesma rentabilidade do ano passado, de 7,05%, a Bolsa só valerá a pena caso tenha valorização de pelo menos 8,3%. Esses cálculos foram feitos para um investidor que, hipoteticamente, tivesse aplicado R$ 10 mil em ações no início do ano, sem movimentar esses recursos. Neste caso, ele terá que pagar um imposto de 15% sobre os ganhos no momento do resgate, se quiser retirar os recursos em dezembro.

O investimento direto em ações, pela internet (chamado de home broker), não possui taxas de administração, apenas de custódia e corretagem no início da aplicação e em sua retirada. Como essas tarifas variam muito entre os bancos, não foram consideradas no cálculo. Algumas empresas cobram taxas de custódia mensais de R$ 6,5 quando há compra e venda no mês. Outras isentam o investidor no caso de movimentações. A corretagem também tem custos variáveis. Essas taxas encarecem ainda mais a aplicação em ações, o que torna a poupança ainda mais interessante.

Investidor precisa ficar atento aos impostos sobre ações

Além das ações, outras modalidades de investimentos também são tributadas, tanto de renda variável como de renda fixa. Em todos os casos, a cobrança é calculada sobre a rentabilidade, e não sobre o principal investido. Dependendo da aplicação, a taxa varia de 15% a 22,5%.

Quem opta por aplicar em ações paga o menor imposto, de 15%. No entanto, se operar sozinho pela internet, sem o auxílio de um corretor, terá o maior trabalho para calcular o montante a ser pago. Todos os meses em que vender um valor superior a R$ 20 mil, terá que recolher 15% sobre os ganhos por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), que pode ser encontrado em papelarias. O pagamento deve ser feito em qualquer banco, até o último dia do mês seguinte. Quem não cumprir a regra será multado em 0,33% ao dia (até 20%) e arcará com juros (baseados na Selic).

As contas ficam mais fáceis para o investidor que não movimentar sua carteira, ou se limitar a vender até R$ 20 mil de seus ativos. Neste caso, ele pagará 15% sobre a rentabilidade apenas no momento do resgate. Uma pessoa que aplicou R$ 10 mil em ativos do Ibovespa (o índice de referência da Bolsa) no início do ano passado, por exemplo, pagou R$ 1.323 de IR, que são 15% da rentabilidade de 88,2% registrada em 2009. E terminou o ano com um resultado de R$ 17.497. Os cálculos foram feitos pela equipe de alocação de recursos do Banco Fator.

Há ainda a incidência de uma taxa de 0,005% sobre as aplicações em ações, incluindo home broker e carteiras administradas por corretoras. Essa tributação é retida automaticamente pelas corretoras no momento da venda dos ativos e serve para controle da Receita Federal.

Ainda no universo da renda variável, também são tributados em 15% os fundos de investimento em ações e aplicações em outras modalidades como derivativos agrícolas e financeiros.

Rendimentos em renda fica podem ter tributação de até 22,5%

Ao contrário das ações, que são tributadas de maneira igual, os impostos sobre os ganhos em modalidades de renda fixa podem chegar a 22,5%. O que vai determinar a taxa das aplicações de renda fixa é o tempo de permanência dos recursos no produto de investimento escolhido. Quando o dinheiro é resgatado em até três meses, o imposto é de 22,5%. Quanto mais tempo, menor a taxa. A partir de dois anos, são apenas 15%. Para saber exatamente quanto pagará, o investidor deve consultar a chamada “tabela regressiva” (veja na tabela abaixo, no item “Renda Fixa”).

Investimentos em Certificados de Depósito Bancário (CDB), Tesouro Direto e Letras Financeiras, por exemplo, respeitam as mesmas regras.

Há uma particularidade apenas no caso de fundos. Uma taxa de 15% é cobrada antecipadamente, duas vezes por ano. No momento do resgate do dinheiro, o investidor pagará a diferença entre o que já foi cobrado e a taxa da tabela regressiva de renda fixa, respeitando o período de permanência.

Segundo cálculos da Equipe de Alocação de Recursos do Banco Fator, uma pessoa que aplicou R$ 10 mil durante o ano passado, por exemplo, em um fundo referenciado em DI que teve rentabilidade mensal de 0,62% todos os meses, foi tributado da seguinte maneira: pagou aproximadamente R$ 470 em maio (15% do rendimento), R$ 511 em novembro (15% do rendimento) e R$ 182 (2,5% do rendimento). No total, foram R$ 1.171,43 em impostos e recursos finais no ano de R$ 10.650.

FONTE: IG ECONOMIA

GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES - Guia de ações – PARTE 3 DE 6:

- Como escolher as ações que vão compor a carteira


"Comprar ações é como comprar uma casa", diz Raffi Dokuzian, da BanifInvest; veja quais aspectos devem ser avaliados

Carla Falcão e Olívia Alonso, iG São Paulo
21/03/2011 05:40

Comprar ações é como comprar uma casa. “Quando vai comprar o imóvel, é preciso saber se vai bater sol, quanto custa o condomínio, se tem garagens, se a região é promissora. Com ações de empresas, é a mesma coisa,” diz Raffi Dokuzian, superintendente da BanifInvest. Antes de fazer qualquer loucura, é preciso estudar o mercado e buscar informações com profissionais, com as próprias companhias e na internet.

Antes de montar a carteira de ações, é preciso estudar a empresa e o mercado

Assim como o investidor se preocupa com diversas questões na hora de comprar o imóvel, pelo menos seis aspectos devem ser observados no momento da escolha das ações, segundo Dokuzian. O primeiro deles é o faturamento da companhia. Em seguida, é preciso estudar o setor em que está concentrada, para saber se as perspectivas são positivas.

O terceiro ponto é a dívida da empresa e como este débito está composto. A relação da dívida sobre a geração de caixa (ebitda), a relação do preço da ação sobre o patrimônio também são indicativos importantes da situação da empresa e do rumo que deve tomar. Por fim, o comprador deve verificar se a companhia é boa pagadora de dividendos.

Todas essas informações estão nos balanços das companhias e podem ser discutidas tanto com os corretores de valores, como com as próprias empresas. Se o investidor decidiu que quer ações, não deve ter vergonha de perguntar tudo ao analista, pois é trabalho do profissional ajudar os clientes a tomarem suas decisões. Da mesma forma, deve ficar à vontade para tirar suas dúvidas com a equipe de relações com investidores (RI) da empresa. Todas as companhias negociadas na Bolsa de Valores apresentam um site de RI com informações aos acionistas, além do telefone e do e-mail do diretor da área.

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A internet, afirma Amerson Magalhães, diretor do EasyInvest, também pode ajudar. “Hoje a web é bastante rica, com conteúdos que já permitem ter um bom conhecimento do mercado", afirma. Segundo ele, não é exagero acompanhar tudo. "A partir do momento que uma pessoa começa investir em ações, ela deve entender a empresa que está comprando.”

Observados os detalhes das empresas, a diversificação é a palavra de ordem. Apostar todas as fichas em empresas de um mesmo setor pode ser uma estratégia arriscada. A carteira deve ter participação de pelo menos três setores, segundo os especialistas. Se um fator externo derrubar o preço do petróleo, por exemplo, o investidor que só possui papéis de petrolíferas terá um grande prejuízo. Se o portifólio estiver restrito ao setor de bancos, uma medida do governo que afete o crédito pode provocar uma desvalorização generalizada na carteira.

Feitos os primeiros investimentos, é importante acompanhar o movimento dos papéis. Neste momento, especialistas dizem que é imprescindível ter controle emocional. “Não se animar muito com os ganhos e não sofrer com as perdas. É preciso ter equilíbrio e sempre lembrar que as ações são um investimento de longo prazo,” diz Magalhães.



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FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Justiça aprova parcialmente suspensão da venda da Schincariol

Liminar pedida pelos minoritários da empresa é aprovada em parte pela Vara de Itú; controladores e Kirin vão recorrer

Claudia Faccchini, iG São Paulo | 04/08/2011 20:54

A juiza da 1ª Vara Cível de Itu, no interior de São Paulo, aprovou parcialmente a liminar pedida pelos minoritários da Schincariol para suspender a venda do controle da cervejaria para o grupo japonês Kirin, segundo informou uma fonte ao iG. O processo, no entanto, corre em segredo de justiça, o que impede a sua divulgação.

Os controladores da Schincariol, Alexandre e Adriano Schincariol, e a Kirin vão recorrer da decisão em segunda instância. O processo será encaminhado para o Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo, onde  será julgado por desembargadores.

O pedido de ação cautelar foi feito pelo escritório Teixeira Martins Advogados, em nome dos irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol. Donos da Jadangil, que possui 49,55% da empresa, eles solicitam a suspensão da venda da controladora Aleadri para a japonesa Kirin. A Aleadri possuía 50,45% da Schincariol e foi vendida por R$ 4 bilhoes ao grupo japonês na segunda-feira.


O caso está nas mãos da juíza Juliana Bicudo, da 1ª Vara Cível de Itu, onde está a sede da Schincariol.
O escritório Mattos Filho representa os irmãos Adriano e Alexandre Schincariol, donos da Aleadri. A Kirin contratou o escritório TozziniFreire.

Segundo apurou o iG, o pedido de segredo de justiça foi atendido pela juiza por se tratar de um negócio que envolve somas elevadas e foi pedido pelos compradores.

Os acionistas da Jadangil argumentam que a Aleadri não respeitou o direito de preferência que teriam na aquisição das ações da Schincariol. Os advogados alegam, contudo, que esse direito não se aplica já que a Kirin comprou a Aleadri e não as ações da Schincariol diretamente.   

(Colaborou Olivia Alonso, de São Paulo)


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FONTE: IG ECONOMIA - EMPRESAS

Saiba porque a AmBev tem a ganhar com a venda da Schincariol

Elevado preço pago pela Schincariol valoriza a AmBev e Kirin não ameaça liderança da cervejaria, que detém 70% do mercado

Claudia Facchini e Olivia Alonso, iG São Paulo | 05/08/2011 05:02
Foto: Divulgação
Skol. marca da AmBev, é a cerveja mais vendida no Brasil

Os executivos da AmBev, que controlam 70% do mercado brasileiro de cerveja, provavelmente não perderam o sono na segunda-feira, quando o grupo japonês Kirin anunciou a aquisição do controle acionário da Schincariol. Pelo contrário. Os executivos da controladora da Brahma, Skol, Antarctica, Stela Artois e Bohemia, entre outras marcas de cerveja, têm pelo menos três motivos para dormir bem à noite.
O primeiro deles foi o elevado preço pago japoneses pela Schincariol. O cheque assinado pela Kirin valoriza indiretamente a AmBev, mostrando que os estrangeiros veem potencial de crescimento no consumo de cerveja pelos brasileiros.

“Os múltiplos elevados (pagos pela Schincariol) são claramente uma sinalização de confiança no crescimento do mercado brasileiro”, escreve o analista de investimento Felipe Miranda, da Empiricus, em relatório sobre a AmBev. Segundo ele, o valor desembolsado pela Kirin contraria os argumentos de que as ações da AmBev já estariam muito caras.

A Kirin pagou o equivalente a 17 vezes a geração anual de caixa da Schincariol, medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização). Segundo Miranda, os japoneses compraram a Lion Natham por um preço mais baixo: 12,2 vezes o Ebitda. E a Heineken pagou 11 vezes o Ebtida pela Femsa.
Falta de sinergias

O segundo ponto a favor da AmBev é que, estrategicamente, a chegada de um novo concorrente não altera o jogo de forças. “Não identificamos uma ameaça à AmBev a partir da entrada da Kirin. Dada a presença antiga da família Schincariol, não suporíamos que a alteração para o controle japonês implicaria restrições aos 70% de participação da AmBev”, afirma o analista da Empiricus.
O jornal inglês Financial Times, em um artigo sobre a aquisição da Schincariol, afirma que um dos pontos fracos é justamente a ausência de sinergias para a Kirin. A cervejaria japonesa não possui outras operações na América Latina.


Briga entre os sócios da Schincariol

Em terceiro lugar na lista de boas notícias para a AmBev estão as desavenças entre os herdeiros da Schincariol. Conflitos societários nunca fazem bem às empresas, consumindo tempo dos executivos e trazendo incertezas aos funcionários. E faz parte do jogo que os competidores tirem proveito desses
Foto: Bloomberg/Getty Images Ampliar
Cervejas da Kirin em gôndola japonesa: ao controlar marcas como a Devassa, a empresa vai ter que se abrasileirar
momentos de fragilidade para ganhar mercado.

A Kirin comprou a Aleardi, dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol, que possuíam 50,45% do capital da Schincariol. A outra ala da família, que detém 49,55% das ações da empresa, alega que teria direito de preferência na aquisição das ações, o que não foi respeitado.

Os advogados alegam, porém, que esse direito não se aplica, já que a empresa que foi vendida foi a Aleadri. A Kirin não comprou as ações da Schincariol diretamente.

Reunidos na empresa Jadangil, os irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol entraram na Justiça para impedir a venda do controle da cervejaria para a Kirin.


Japoneses buscam acordo

Segundo o jornal Financial Times, A Kirin afirmou que está confiante de que não irá enfrentar problemas para aquisição do controle acionário da Schincariol, “Nós fomos adiante após consultar os advogados locais e acreditamos que não haverá problemas (com o acordo)”, afirmou a companhia.
“Não temos absolutamente nenhuma intenção de brigar. Queremos construir um diálogo amigável (com os acionistas minoritários)”, disse companhia, segundo o jornal inglês.

FONTE: IG ECONOMIA

VEJA AS 28 DICAS DE INVESTIMENTOS DE WILLIAM DELBERT GANN

Elaborados há mais de seis décadas para o mercado de commodities, os ensinamentos ainda são aplicáveis ao mercado atual
Olívia Alonso, iG São Paulo | 25/08/2010 05:45
Nascido em 1878, no Estado norte-americano do Texas, o matemático William Delbert Gann aprendeu a ler com a Bíblia e utilizou seus conhecimentos religiosos na sua atividade de operador dos mercados de capitais. Defensor do estudo como principal meio de se tornar um bom investidor, ele escreveu livros com seus ensinamentos e ousou ao criar uma ferramenta de análise que mistura geometria e astronomia, a chamada Calculadora dos Quadrados Naturais.
Gann morreu aos 77 anos e, segundo a maior estudiosa de sua vida, Nikki Jones, deixou como principal legado a mensagem “todas as pessoas devem estudar para saber tomar conta de seus investimentos”. Para ajudar os que aplicam em commodities, ele listou também as 28 regras abaixo, que estão na versão revisada do livro "How To Make Profits Trading in Commodities" (Como obter lucros oeprando commodities). Confiante, ele garantia: “elas são baseadas em minha experiência pessoal e qualquer um que segui-las terá sucesso”.
As 28 regras de Gann:
1. Divida seu capital em dez partes iguais e nunca arrisque mais do que um décimo em uma só operação
2. Utilize ordens do tipo “ordem stop de venda” (“stop loss orders”), que interrompem o prejuízo
3. Nunca alavanque demais suas posições. Isso violará suas regras de capital
4. Nunca deixe um lucro virar prejuízo. Assim que você tiver algum lucro, aumente sua ordem de “stop de lucro” (“stop gain") para perto da cotação atual do mercado. E se os preços baterem lá, deixe a ordem ser executada
"Todas as pessoas devem estudar para saber tomar conta de seus investimentos", dizia Gann
5. Não vá contra a tendência. Nunca compre ou venda se você não tem certeza que o rumo está de acordo com seus gráficos e regras
6. Na dúvida, venda. Não compre novamente enquanto estiver em dúvida
7. Opere apenas em mercados ativos. Fique de fora dos pouco líquidos
8. Distribua igualmente os riscos. Se possível, opere em duas ou três diferentes commodities. Evite colocar todo seu dinheiro em apenas uma delas
9. Nunca coloque ordens de compra ou venda pendentes, ou tente depois ajustá-las. Negocie direto no mercado. Ou seja, compre na oferta de venda, e venda na oferta de compra
10. Não encerre uma operação sem uma boa razão
11. Acumule sobras. Depois de ter feito várias séries de operações ganhadoras, coloque um pouco de dinheiro em uma conta à parte para ser usado apenas em emergências ou momentos de pânico
12. Nunca compre ou venda apenas para ter um “lucrinho rápido”
13. Nunca calcule um preço médio quando estiver em uma operação que esteja dando prejuízo. Este é um dos piores erros que um investidor pode cometer
14. Nunca saia de um mercado apenas porque você perdeu paciência, ou porque está ansioso por esperar um bom momento
15. Evite ter pequenos ganhos e grandes perdas
16. Enquanto estava fazendo uma operação, nunca cancele uma “ordem stop de venda” (“stop loss orders”) depois de ela já estar feita
17. Evite ficar entrando e saindo de um mercado toda hora
18. Esteja disposto a vender e a comprar. Deixe seu objetivo seguir a tendência, seja ela qual for
19. Nunca compre apenas porque o preço da commodity está baixo ou venda apenas porque o preço está muito alto
20. Tenha cuidado ao fazer operações em forma de pirâmide na hora errada. Espere até que seu ativo esteja seja bastante líquido e tenha ultrapassado níveis de resistência antes de comprar mais, e até que ele tenha rompido a zona de distribuição antes de vender mais
21. Selecione os ativos que mostram forte tendência de alta para "piramidar" no lado da compra e aqueles que mostram definitiva tendência de baixa para vender a descoberto
22. Nunca faça proteção (“hedge”). Se você está comprado em um ativo e ele começa a cair, não venda outro tipo de ativo para se proteger da queda. Saia da posição, vendendo a mercado, aceite suas perdas e espere outra oportunidade
23. Nunca mude sua posição no mercado sem uma boa razão. Quando você opera, faça escolhas por boas razões ou de acordo com alguma regra definida, depois não saia sem uma indicação definitiva de mudança de tendência
24. Evite aumentar sua operação após um longo período de sucesso ou de negócios lucrativos
25. Não tente adivinhar qual o topo do mercado. Deixe que ele prove seu máximo. Também não tente adivinhar a mínima. Seguindo regras, você consegue fazer isso
26. Não siga conselhos de outra pessoa a não ser que você saiba que ela sabe mais do que você
27. Reduza suas operações depois da primeira perda, nunca aumente
28. Evite entrar ou sair no momento errado, ou então entrar certo e sair errado - isso é um erro duplo