sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mercado aquecido faz expatriados voltarem ao Brasil

48% dos brasileiros que retornam o fazem a convite de empresas de recrutamento


Maria Carolina Nomura, iG São Paulo 15/07/2011 05:58



O aquecimento da economia brasileira, aliado à crise econômica mundial de 2008, fez com que os executivos expatriados voltassem a pensar no Brasil como uma boa alternativa de empregabilidade. A perspectiva de crescimento na carreira em áreas estratégicas e salários mais atrativos por conta da valorização do real também saltam aos olhos dos brasileiros no exterior.

Consultor David Braga: Brasil é a bola da vez quando o assunto é trabalho, em especial no nível de alta gestão

Um estudo da consultoria PriceWaterhouseCoopers divulgada durante o Fórum Econômico Mundial mostrou que 58% dos executivos brasileiros acreditam no crescimento dos negócios este ano, ante uma média mundial de 48%.



David Braga, gerente geral da Dasein Executive Search, empresa certificada pela Association of Executive Search Consultants (Aesc), afirma que o Brasil é a bola da vez quando o assunto é trabalho, em especial no nível de alta gestão (gerentes, diretores e presidentes). “As áreas que estão em alta são as de finanças, auditoria, engenharia, serviços, operações, comércio internacional, tecnologia da informação e relação com investidores.”



Os presidentes de empresas em São Paulo têm uma remuneração média de mais de US$ 600 mil por ano - sem contar bônus -, valor acima do de seus pares de Nova York, Londres, Cingapura e Hong Kong. Em São Paulo, diretores ganham mais de US$ 200 mil por ano, segundo uma pesquisa da Dasein Executive Research.



Apagão de talentos

Uma das razões para os altos salários é a escassez de talentos. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% das empresas têm dificuldades de contratar trabalhadores qualificados. Esse é um dos motivos pelos quais as empresas estão olhando para fora do território brasileiro em busca dessa mão de obra: 48% dos brasileiros que retornam o fazem a convite de um headhunter, empresas de executive search ou do próprio RH, aponta a Daisen Executive Search.



“Trinta e cinco por cento dos brasileiros que voltam o fazem por sua própria iniciativa, cadastrando currículos na internet, e 17% são chamados de volta pelas próprias empresas que os enviaram. Cerca de dez pessoas por dia nos procuram com o objetivo de voltar ao Brasil”, complementa Braga.


Presidentes de empresas em São Paulo têm uma remuneração média de mais de US$ 600 mil por ano



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Incentivo governamental



De olho na falta de mão de obra qualificada, o governo brasileiro também fez programas de incentivo à repatriação. O Ministério da Ciência e Tecnologia criou em março a Comissão do Futuro para discutir a volta de cientistas brasileiros e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) elabora um projeto para atrair pesquisadores.



Desde janeiro deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego disponibiliza um serviço de cadastro de currículo para profissionais que retornam do exterior e estão sem trabalho. Segundo Hitoshi Matsu Ura, coordenador do Núcleo de Apoio aos Trabalhadores Brasileiros Retornados do Exterior, das 500 pessoas que procuraram o órgão desde o início do ano, 50% já estão recolocadas. “A maioria dos profissionais é decasségui (descendentes de japoneses que trabalhavam nas fábricas no Japão). Eles voltam sem trabalho e, às vezes, com problemas de documentação.”



Difícil regresso

Mas não são apenas os brasileiros que trabalhavam em fábricas que passam dificuldades ao retornar. Os executivos também enfrentam problemas, como readaptação, choques culturais reversos e frustrações.



De acordo com o estudo Práticas de Recursos Humanos do Processo de Repatriação de Executivos Brasileiros, de Mariana Barbosa Lima, chefe da Divisão Administrativa do Museu Lasar Segall, e Beatriz Maria Braga, professora da Fundação Getulio Vargas, o processo de repatriação dos executivos é negligenciado pelas empresas.



“Em termos profissionais, durante a expatriação podem ocorrer mudanças na organização de origem, como reestruturações e mudanças na estratégia organizacional. O indivíduo também muda durante a experiência internacional. Sua identidade é redefinida, sua visão de mundo e seus valores mudam e a cultura da organização pode não ser mais compatível com o novo indivíduo que retorna”, diz o estudo.



FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRAS

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ExxonMobil abre 100 vagas para estudantes

Maior empresa privada de petróleo do mundo seleciona estagiários para trabalhar no Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo


iG São Paulo 14/07/2011 05:34

ExxonMobil abre 100 vagas para estudantesMaior empresa privada de petróleo do mundo seleciona estagiários para trabalhar no Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo 

A ExxonMobil está com inscrições abertas até o dia 31 de agosto para programa de estágio que mantém há mais de 50 anos no Brasil. Os interessados devem se formar entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013. O resultado da seleção sai em dezembro e os novos estagiários iniciarão suas atividades em janeiro ou julho de 2012. Saiba como iniciar a carreira entre as maiores companhias ligadas ao pré-sal.



Onde trabalhar - São cerca de 100 vagas para estudantes universitários e de nível técnico em diversas áreas nas cidades de Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Paulínia (SP). Para o Centro de Serviços Compartilhados de Curitiba, onde há o maior número de oportunidades. Podem inscrever-se estudantes de Administração, Ciências Contábeis, Economia, Engenharia e Tecnologia.



Para o Rio de Janeiro, as vagas são para candidatos dos cursos de Administração, Economia, Engenharia Ambiental, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Petróleo, Geologia e Comunicação Social – Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas, além dos Cursos Técnicos de Segurança do Trabalho e Eletro-Mecânica.



Para São Paulo, serão selecionados estudantes de Engenharia Química. Já na unidade da companhia em Paulínia, no interior paulista, há vagas para estagiários de Engenharia Mecânica, Engenharia Química e Administração, além dos Cursos Técnicos Químico e em Instrumentação.



O valor da bolsa-auxílio é de R$ 1.070 para nível superior, com uma carga horária de quatro horas diárias, e de R$ 770 para nível técnico, com uma carga horária de seis horas por dia. Além da bolsa-auxílio, os estagiários receberão um auxílio-transporte no valor de R$ 130.



Inscrições - Os interessados devem se inscrever até o dia 31 de agosto pelo site da empresa no Brasil.



Sobre a ExxonMobil - Maior companhia privada de petróleo e petroquímica do mundo, a ExxonMobil está presente em cerca de 200 países e territórios, atuando em toda a cadeia de petróleo e gás. No Brasil há 99 anos, é representada por meio de suas afiliadas, a Esso Exploração Santos Brasileira, no Rio, ExxonMobil Química, em São Paulo e o ExxonMobil Business Service Center do Brasil, em Curitiba.



FONTE: IG ESTÁGIO

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Saiba quando contratar um prestador de serviço

Prestadores de serviços e profissionais terceirizados são alternativas econômicas para atividades temporárias


null 13/07/2011 05:30


Cansada de buscar um profissional autônomo para fazer a manutenção de seu jardim e sem condições financeiras para contratar um jardineiro efetivo, a aposentada Marília Coelho buscou uma alternativa mais prática e acessível: a prestação de serviços. “Tive jardineiros autônomos que não demonstravam muito compromisso no trabalho e, às vezes, nem voltavam. Por isso, decidi buscar uma empresa que trabalhasse com prestadores de serviço. Além de oferecer profissionais bem qualificados, esse modelo de contratação sai mais em conta”, diz Marília, que escolheu a empresa Dr. Jardim. Contratar prestadores de serviços e profissionais terceirizados para realizar serviços domésticos (como diaristas, cozinheiros e babás) é uma opção prática e mais barata por não gerar vínculos empregatícios. Mas, é preciso tomar alguns cuidados antes de adotar uma dessas alternativas a fim de não descumprir a legislação trabalhista.





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O trabalho de um prestador de serviços, por exemplo, pode ser uma boa alternativa, já que não existem encargos trabalhistas no contrato. Mas, é preciso observar as condições empregatícias para que nenhum vínculo seja criado. Segundo especialistas, esta modalidade deve ser usada para serviços temporários e que não exijam o mesmo profissional durante toda a tarefa. “Além disso, o indicado pela legislação trabalhista brasileira é que o prestador de serviço receba por dia, trabalhe por no máximo duas semanas para o contratante e não seja subordinado ou tenha horário definido”, diz Débora Trevisani Lustosa, advogada e especialista em processo de direito pelo escritório Élcio Advogados.



Outra possibilidade de contratação para serviços esporádicos é o profissional terceirizado. Diferente da prestação de serviços, a terceirização (de tarefas como vigilância, limpeza ou atividades como eletricista) é mais comum nas empresas. Apesar de haver a possibilidade de pessoas comuns contratarem os terceirizados, esta modalidade só estará legalizada se for usada – no máximo durante três meses - para substituir um profissional regularmente contratado (período de férias ou licença maternidade) ou no caso de um serviço extra.



Referências profissionais

Para evitar possíveis contratempos, especialistas recomendam que os contratantes busquem referências dos profissionais e das empresas, além de sempre pedir recibos dos trabalhos. “A prestação de serviço, por exemplo, não exige um contrato formalizado. Porém, é indicado que a empresa forneça um termo comercial para estabelecer as condições do serviço e uma garantia para quem contrata”, afirma Paulo Périssé, professor de direito trabalhista do Ibmec.



Marco Imperador, do Grupo Zaiom, oferece jardineiros para empresas e residências

A demanda por prestadores de serviços e profissionais terceirizados faz com que muitas empresas apostem no segmento e ofereçam mão de obra especializada. A franquia Dr.Jardim, do Grupo Zaiom, é um destes casos. Ao observar a demanda por jardineiros, Marco Imperador, diretor do Grupo e proprietário da franquia, resolveu investir no segmento e montar um negócio com profissionais voltados à implantação de paisagens e manutenção de jardins. “Cerca de 65% de nossos atendimentos são para residências”, afirma Imperador. A rede possui hoje quatro mil clientes, 26 franqueados e faturou, em 2010, R$ 12 milhões.



Outra empresa que também investe no setor de terceirização é a EPS. Apesar de receber mais pedidos de empresas, a EPS atende, em média, 20 clientes pessoa física por mês. Com foco em limpeza pós-obra, o custo do serviço varia de R$ 20 mil a R$ 400 mil - dependendo do tipo de trabalho e produto utilizado. “Nosso faturamento, em 2010, atingiu R$ 1,5 milhão e esperamos crescer este ano mais de 20%”, diz Leonardo Leandro, proprietário da empresa.



Mercado da terceirização

O Brasil tem hoje mais de oito milhões de trabalhadores terceirizados, o que representa quase 9% da população economicamente ativa, segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem). A remuneração mensal destes profissionais gira em torno de R$ 918, totalizando R$ 18 bilhões ao ano. Quando o assunto é prestação de serviços, o estado de São Paulo é o que possui maior participação no setor, com 8.300 empresas e um faturamento de R$ 22,52 bilhões apenas na região sudeste.


FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 12 de julho de 2011

Apesar das baixas, não é hora de investir em dólar

Especialistas recomendam compra apenas para quem vai viajar; Entenda por que a moeda norte-americana está barata



Olívia Alonso, iG São Paulo 12/07/2011 05:43



Para os brasileiros que viajam aos Estados Unidos, o momento é claramente favorável. Na hora de fazer compras, a sensação de multiplicar o valor da etiqueta por menos de 1,70 para saber o valor em reais é boa. Mas a vantagem do dólar barato pára por aí. Para especialistas, não vale a pena comprar a moeda norte-americana como investimento. “Pelo contrário, o dólar é a pior opção para investir no momento,” diz Luiz Filipe Rossi, professor de Finanças do Ibmec. Segundo ele, não há sinais de que a moeda dos EUA vá subir no curto prazo.



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A principal causa do câmbio atual é a alta taxa de juros brasileira, que faz com que investimentos no País sejam atraentes para os norte-americanos. Como o juro pago na maior economia do mundo é baixo, o retorno é maior se eles enviarem seus dólares ao Brasil, pois recebem uma taxa mais alta pelo dinheiro aplicado em produtos financeiros brasileiros.



“Como a economia dos Estados Unidos é muito maior do que a brasileira, um pouco do investimento deles aqui acaba sendo um tsunami para o câmbio,” diz Rossi. Com a entrada de dólares, aumenta a oferta da moeda, que acaba ficando mais barata.



Outro fator que contribui para a desvalorização da divisa norte-americana é o preço das commodities – como a soja, a carne e o aço – que o Brasil exporta. “Esses produtos respondem hoje por cerca de 70% das exportações brasileiras. Com isso, conforme os produtores brasileiros vendem ao exterior, mais dólares entram no País,” acrescenta o consultor financeiro Humberto Veiga.



Essa situação não deve mudar nos próximos meses. Por isso, o dólar não é atrativo como investimento. Para fazer sentido pensar em comprar dólares, é preciso acreditar que a cotação não cairá ainda mais, diz o consultor. “Embora o preço da moeda norte-americana esteja baixo, não há garantia de que este é o piso. O investidor pode ver o dólar que comprou por R$ 1,55 chegar a R$ 1,45, assim como quem comprou a R$ 1,80 está com diante de uma cotação bem mais baixa agora,” afirma Veiga.



Na opinião dos especialistas, ainda que o presidente do Banco Central tenha dito nessa semana para as empresas não se endividarem em dólar, o que sugere que ele prevê que a moeda dos EUA terá uma valorização, isso não deve determinar a decisão de investidores. A aposta é de manutenção do atual cenário. “A luta do Banco Central para conter a inflação continua, o que significa que a taxa de juros deve permanecer alta,” afirma Rossi.






Gradual Investimentos

Veiga acrescenta que medidas que possam vir a ser tomadas pelo governo para conter o dólar dificilmente farão com que a divisa se estabilize ou suba. “Seria preciso que os governantes tomassem uma medida muito forte, o que não se sabe se estão dispostos a fazer”, diz.



Régis Chinchila, analista técnico da Gradual Investimentos, afirma que a "tendência, hoje, claramente é de queda". Segundo ele, que faz suas análises com base nos gráficos de comportamento do dólar, enquanto a moeda estiver operando abaixo de R$ 1,60, a manutenção da trajetória de baixa é "evidente".



A recomendação dos especialistas, portanto, é comprar dólares apenas para viajar. Em último caso, para ser um componente a mais para variar o portfólio de investimentos. “Minha sugestão conservadora é de que se você tem interesse em adquirir a moeda estrangeira, faça isso não como uma ação especulativa, mas como uma diversificação de carteira,” diz Veiga, autor do livro “Tranquilidade Financeira: Saiba como investir no seu futuro”. Neste caso, ele diz que o ideal é aplicar em fundos cambiais que tenham exposição em moeda estrangeira.



Dólar comercial e dólar turismo

Apesar de o dólar estar cotado a R$ 1,55, quem vai viajar acaba pagando alguns centavos a mais na hora de comprar a moeda estrangeira. Nesta quinta-feira, por exemplo, quem comprou a divisa americana pagou R$ 1,63 por cada dólar. Isso porque o viajante compra sempre o dólar turismo que, apesar de acompanhar o dólar comercial, é mais caro.



A diferença existe porque as operações realizadas com cada modalidade são de naturezas distintas, com custos administrativos e financeiros também diversos. Enquanto a cotação de turismo é utilizada para transações relacionadas com viagens ao exterior, a comercial é usada nos negócios de comércio exterior.



FONTE: IG ECONOMIA - FINANÇAS

MODELO DE RELATÓRIO DE VISITAS - ABRIGOS

PERFIL DA INSTITUIÇÃO:
Endereço Completo
Responsável
Breve histórico da instituição
Faixa Etária das crianças abrigadas
Capacidade total de atendimento (nº máximo de crianças que podem ser atendida)
Ocupação atual (nº de crianças que está atendendo atualmente)
Origem das crianças acolhidas (conselho tutelar, outras instituições)


RECURSOS HUMANOS:
Equipe de atendimento (nº de profissionais que atuam na instituição)
Perfil da equipe de atendimento às crianças
Existem voluntários? (quantos, como é o regime de trabalho deles?)


INSTALAÇÕES FÍSICAS:
Nº de quartos
Nº de camas em cada quarto
Extintores de incêndio e demais equipamentos de segurança
Refeitório
Banheiros
Brinquedoteca
Demais locais
Condições das instalações elétrica e hidraulicas
Condições gerais de manutenção, higiene e limpeza
Armazenamento de alimentos e demais gêneros


DINÂMICA INSTITUCIONAL E ATENDIMENTO:
Visitação de familiares (é permitida? periodicidade?)
Como é o mecanismo para preservar os vícunculos familiares?
Assistência religiosa?

Na nova estrada Brasil-Pacífico, o progresso é via de mão dupla

Rodovia terá pouca relevância para exportações brasileiras, mas já causa profundas transformações locais, boas e ruins


Pedro Carvalho, enviado ao Peru 12/07/2011 05:55

Na próxima sexta-feira, uma ponte será inaugurada na Amazônia peruana. Feita de estrutura metálica vermelha e suspensa por enormes cabos de aço, presos a 75m de altura, será a primeira a atravessar o rio Madre de Dios – que no Brasil vira o Madeira. Ela vai ligar Puerto Maldonado e Triunfo, duas cidades onde a esperança de escapar da miséria chega aos jovens na forma de aventuras pelos garimpos ilegais da região. Essa ponte, chamada Billinghurst, significa que agora um brasileiro poderá pegar seu carro e dirigir até o Oceano Pacífico, sem passar por nada que não seja estrada asfaltada.


A ponte Billinghurst: 520 metros que faltavam para ligar um país a um oceano

A Estrada do Pacífico (veja mapa abaixo) ficou pronta trecho por trecho, só faltava a ponte. O pedaço que sai do Acre, corta a floresta tropical, sobe os Andes e chega até a cidade de Cuzco (no alto da cordilheira) foi inaugurado em dezembro. O resto, que parte da antiga capital Inca para o outro lado, até o mar, já era asfaltado – mas foi recuperado. Assim, o Brasil ganha uma ligação com o maior oceano do planeta, embora na prática a novidade seja mais importante aos peruanos que aos brasileiros.



Não que isso seja uma injustiça – é o governo peruano que pagará pela obra. E, inclusive, construtoras brasileiras receberam para fazê-la. O maior contrato, no valor de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bi), foi executado por um consórcio liderado pela baiana Odebrecht, que construiu – e vai administrar por 20 anos – a parte entre o Acre e Cuzco. Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez participaram de um trecho que sai da via principal e chega a portos do sul do país.



Mas é improvável que a estrada vire um corredor para a exportação de soja, minério e outras commodities brasileiras para a Ásia, como alguns especialistas acreditam. É muito remota, sinuosa e estreita (uma pista, sem acostamento). Talvez o único produto para qual a hipótese faça sentido seja a carne produzida no Acre. É verdade, ainda, que a vida dos acreanos deve melhorar com a chegada de cebolas, tomates, uvas, azeitonas e cimento vindo do Peru – hoje, essas coisas precisam chegar de lugares distantes, como o sudeste brasileiro.



A grande transformação, porém, irá acontecer nos povoados e cidades peruanas à beira do caminho. O progresso – tanto o bom quanto o mau progresso – será trazido, por esse veio de asfalto novinho, a comunidades antes isoladas. “A estrada cumpre funções básicas, de integração regional, antes de qualquer ‘mega-função’ de comércio exterior”, afirma Delcy Machado Filho, diretor de sustentabilidade da Odebrecht Peru.



Novatos no campeonato

Até o ano passado, o maior sonho de qualquer jogador do San Francisco era brilhar no campinho de Marcapata, numa tarde de domingo, quando acontecem os jogos. A cidade sempre viveu isolada, incrustada nos gelados penhascos dos Andes. Os moradores – são 120 famílias – levavam quinze dias para ir a Cuzco, a maior cidade da região. Ou, dependendo do clima, simplesmente não iam. Agora, levam menos de 5hs.



Isso, claro, teve consequências. Marcapata tinha três lojas na rua principal, hoje tem dez. Tinha um hotel, agora tem oito. Um trabalhador manual, que cobrava 10 soles (R$ 6,25) por dia de serviço, passou a cobrar 30 soles. Além disso, o time de futebol que vencer o torneio local irá participar, pela primeira vez, da Copa Peru, no ano que vem. A camisa bege do San Francisco é considerada favorita pelo prefeito, Placido Gutierrez. Ele comemora o fim do isolamento desportivo, mas também outros fatos importantes. “Os jovens daqui só viam o garimpo na selva como alternativa, agora pensam em morar na cidade”, conta.



Porém, se as viagens ficaram mais curtas, elas continuam traiçoeiras. “Não passa uma semana sem acontecer um acidente”, afirma Gutierrez. “Tem muito carro que tenta correr mais, atravessa a pista e cai no penhasco”.



Acontece que, naquele trecho andino, os homens fizeram um bom trabalho, mas a natureza não facilitou. A estrada não tem sequer um buraco no asfalto, nem uma curva sem sinalização, nem um “olho de gato” faltando. Mas a neve e a neblina são frequentes – e a sequencia de curvas é inacreditável. Para descer dos 4.735m de seu ponto mais alto até a floresta, a via serpenteia numa sucessão infinita de dobras pelas encostas da cordilheira. Recomenda-se cautela – e um bom remédio para enjoo – para se conseguir admirar a belíssima vista.



Llamas e porquinhos

Ao longo de toda a estrada, transformações como a de Marcapata acontecem. Veja-se o povoado de Cuyuni. Sempre teve tudo para ser um lugar turístico: cultura tipicamente andina, com suas mulheres que tecem as próprias roupas coloridas e suas divertidas llamas; comida deliciosa e totalmente orgânica, plantada ali mesmo, como aquelas que se paga uma fortuna para comer na Europa; uma vista espetacular do pico de Ausangatec, com seu cume forrado de neve a 6.300m de altitude. Mas Cuyuni nunca foi turística.



As 60 famílias do povoado esbarravam num problema. Cuzco, que tem aeroporto e recebe milhares de viajantes a caminho de Macchu Picchu, ficava a 7hs dali. Depois da chegada da estrada, que reduziu a viagem a 45 minutos, os moradores construíram – com ajuda do consórcio que fez a via – um restaurante-loja-mirante, na forma de empresa comunal. A visita é fortemente indicada. “Agora recebemos cerca de 350 turistas por mês, que deixam 7 mil soles (R$ 4,3 mil) na comunidade”, diz Faustino Inquillay, 26, administrador do lugar.


Perto dali, a uma hora de viagem, fica o povoado de Huayllabamba. Nele, um tímido e sorridente morador chamado Lívio Quispioc, 34, cresceu rodeado por pequenos cuyes, uma espécie de porquinho-da-índia. Os cuyes viviam soltos, corriam pela cozinha e pelo quintal – mas também eram vendidos para virar comida, por 6 soles (R$ 3,75) o quilo. Então, veio a estrada. E, com ela, a chance de vender os porquinhos em cidades maiores.



Lívio formou uma sociedade com outros 13 moradores para encher caminhonetes de cuyes e levar a lugares mais populosos do distrito. Conseguiram fechar contratos para fornecer 300 porquinhos por quinzena – a suculentos 17 soles por quilo. “Estamos sustentando nossas famílias com isso. Antes eu ganhava 300 soles (R$ 190) por mês, agora tiro 700 soles (R$ 440) e não preciso ser empregado dos outros”, conta Lívio, que possui 350 cuyes no próprio criadouro.



São incontáveis as pequenas revoluções sociais que a rodovia traz. Ainda no altiplano, mulheres se organizam para vender artesanato local, em Ocongate. Já em plena Amazônia, numa das enormes retas que é a estrada naquele pedaço, um senhor abriu um restaurante simpático para atrair os motoristas. Quem resolve parar no Família Mendez pode dar um passeio pelos 80 hectares da propriedade e ver castanheiras, macacos e outras belezas da selva. “Antes eu ganhava 2 mil soles (R$ 1.250) por mês, vendendo à beira do caminho. Agora, o restaurante fatura 14 mil soles (R$ 8.750) mensais”, diz Cirilo Mendez, 67. Mas o progresso, assim como as estradas, é via de mão dupla.



As cidades lunares

O velho Cirilo agora tem um problema. “Não consigo contratar gente para trabalhar no restaurante. A 10 km daqui, tem um garimpo ilegal onde os mineiros ganham 120 soles (R$ 75) por dia – e eu não posso pagar isso”, diz. E, naquele pedaço da Amazônia peruana, a mineração irregular está muito, muito longe de ser um problema só dele.



Estima-se que mais de 50 mil pessoas trabalhem em garimpos no distrito de Madre de Dios, pelo menos 90% deles ilegais. É uma das principais regiões mineiras do país, que tem 17% de sua área ocupada por concessões a mineradoras (o fato de haver uma concessão não torna o negócio legal: ele precisaria não poluir, não contratar irregularmente etc). Madre de Dios ajudou a transformar o Peru na nação sul-americana que mais produz ouro – o país também ostenta esse título em prata e zinco. Mas essas estatísticas só fazem sentido quando se sobrevoa a região agora cortada pela Estrada do Pacífico.





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O rio Madre de Dios parece enorme quando o avião ganha altura – é uma larga fita marrom retorcida na imensidão verde e plana. A cidade de Puerto Maldonado também parece grande, maior do que suas ruas poeirentas faziam supor. Então se avista uma área de garimpo, e tudo mais parece pequeno – o rio, a estrada, a cidade. O garimpo é maior que tudo isso. É uma sequencia de crateras de lama, ocres, gigantescas. E é só isso. Num garimpo não tem árvores, nem bichos, nem gente – na verdade, tem gente, mas uma área do tamanho de uma metrópole onde vivem só algumas centenas de pessoas, escondidas em feias barracas de lona azul, parece deserta de cima.



De modo que as maiores cidades da Amazônia peruana não são cidades, são garimpos. E garimpos precisam de gasolina para as máquinas e comida para os garimpeiros. Logo, não é difícil cruzar com caminhões lotados de tonéis de combustível naquele trecho da Estrada do Pacífico (veja na galeria de fotos).



“A primeira tentação é achar que a estrada facilita o garimpo”, rebate Delcy Machado Filho, o diretor de sustentabilidade da Odebrecht Peru. “Na verdade, ela permite a fiscalização, a presença do estado, a formalização e o controle do tráfego na via. Os garimpos existem ali há 25 anos, não precisaram da estrada”, afirma.



Mas o governador de Madre de Dios, um aliado na busca da formalização do garimpo, aponta outros malefícios do progresso. “Para mim, o maior impacto da estrada é a constante vinda de trabalhadores para a região. Madre de Dios recebe 400 a 500 pessoas por dia”, diz José Luis Pastor, 44. “Os impostos não crescem na mesma proporção, porque há muita informalidade, mas aumentou a violência, a delinquência, os assassinatos”, afirma. “Nosso sistema de saúde não é mais suficiente, tivemos surtos de dengue”.



A própria ponte Billinghurst, a poucos metros da sala onde Pastor dá esta entrevista, que custou US$ 28 milhões (R$ 44,8 mi), vai tirar o emprego de 150 pessoas que trabalham em barcaças para atravessar moradores. “Não acho que a estrada melhore a qualidade de vida de nossa população neste momento”, diz. “Temo que Madre de Dios vá ver passarem os carros, mas não o desenvolvimento chegar”.



O consórcio liderado pela Odebrecht destinou US$ 6 milhões (R$ 9,6 mi) a investimentos sócio-ambientais ao longo da via, para minimizar os impactos da construção. Na hidrelétrica de Santo Antônio, foram gastos, para esse propósito, 10% do valor da obra (ou US$ 1 bi). Se fosse mantida a proporção, deveriam ter sido gastos US$ 100 milhões na rodovia peruana. “O governo do Peru é menos rigoroso que o brasileiro nesse tipo de exigência”, diz Delcy.



FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 11 de julho de 2011

MODELO DE ORGANOGRAMA DA AZALÉIA (adotado na indústria de moda)

Após ano de transição, a Patachou se consolida como uma das empresas de moda mais importantes de Minas Gerais.

A marca completa 30 anos, implantando um novo modelo em sua administração: o sistema orgânico.

São sete lojas, 9 showrooms e 200 boutiques espalhadas por todo o Brasil, que precisam estar sempre em sintonia.

Moema Breves
, diretora de marketing e expansão da marca recebeu o Vitrine da Moda para contar um pouco desse modelo.



 
O que faz da Patachou uma marca grande?

O que faz a marca parecer grande é a popularidade que ela adquire com a adesão que o seu conceito tem no mercado, fazendo um estilo feminino, elegante e atual, com qualidade ampliada no dia-a-dia de seus relacionamentos e elaboração de seus produtos.


 
Como está dividido o organograma da empresa?

Organograma é um conceito ultrapassado. Nós trabalhomos com um sistema orgânico de administração, onde cada setor da empresa está interligado. Os setores conversam entre si e com o mercado. Estamos divididos em um Conselho, integrado pela presidência, diretores comercial, de estilo, de operações e marketing. Além do Conselho, temos os líderes, que são os gerentes comercial (varejo e multimarcas), de estilo, de marketing, desenvolvimento, produto, planejamento, financeiro, logístico, relações humanas e compras. Este modelo é um modelo moderno que não existe ainda na indústria de moda de Minas Gerais. Ele foi implantado pelos novos donos da Patachou, vindos da Azaléia - o setor calçadista é mais desenvolvido nessa área do que o de vestuário no Brasil.


Vocês têm quantos funcionários?

Devemos ter hoje cerca de 160 funcionários, incluindo vendedores, porque terceirizamos toda a nossa produção. Temos, aqui, apenas um laboratório de criação, onde são feitas as primeiras peças, as peças-piloto. Então, saímos da estrutura fabril e passamos para uma estrutura de gestão de marca. Além disso, a Patachou é gestora das lojas Le Soulier (marca de calçados) e pretende gerir outras marcas também.


 
Como é o relacionamento com os funcionários em relação à circulação de informações?

Temos vários procedimentos de comunicação que funcionam muito bem. Nós dançamos uma dança conjunta aqui na empresa. Primeiro, pela comunicação diária que temos. Ela é sempre feita por e-mail com funcionários, lojas, pontos-de-vendas para que haja uma organização de prioridades das demandas. Temos e-mails grupos que facilitam muito. Fora isso, temos reuniões mensais e, eventualmente, quinzenais feitas pelo Conselho, nas quais acontece todo o processo decisório. Toda segunda-feira, temos as reuniões de líderes, na qual são tomadas as decisões operacionais da empresa, com o acompanhamento do desempenho de cada setor e análise de metas. Os líderes têm total autonomia de operação.


 
Para que as informações cheguem às lojas, como é feita a comunicação?

O gerente de varejo sai da reunião de líderes com as informações necessárias e faz áudio-conferência via skype com os gerentes de lojas de todo o país. Para isso, temos uma sala com todo sistema multimídia necessário. Posteriormente, é passado um e-mail para todos com todas essas informações discutidas e as metas a serem cumpridas.

Alem disso, temos um tablóide impresso e eletrônico, chamado Visioner, voltado para todo o publico interno de varejo. Ele leva informações de moda focadas no conceito da Patachou.


Vocês fazem treinamentos periódicos de vendedores?

São feitas convenções de varejo. No dia, todas as lojas do país são fechadas, todos os funcionários vêm para Belo Horizonte para mostrarmos para toda a equipe de vendas a nova coleção, detalhando peça por peça, mostrando possibilidade de looks, cartela de cores e as tendências que serão apresentadas pelos concorrentes.

Gestão de pessoas é desafio para jovens líderes

Falta de maturidade deve ser compensada por habilidades técnicas e jogo de cintura




Maria Carolina Nomura, iG São Paulo 11/07/2011 05:58


Quando assumiu o posto de gerente de operações de uma unidade fabril da Ambev, Ricardo da Silveira Bello, que tem 25 anos, se deparou não apenas com as responsabilidades inerentes de seu cargo, mas com a tarefa de liderar uma equipe de 12 pessoas diretamente e mais 115 indiretamente.

Ricardo da Silveira Bello: eu tinha dificuldade para criticar, dar feedbacks mais duros, não sabia como falar

Recém-saído do programa de trainee da companhia, foi supervisor por apenas quatro meses e logo promovido a gerente. “Eu fiquei refletindo sobre esse papel de liderar uma equipe com pessoas bem mais velhas do que eu, com mais experiência de vida. Eu tinha dificuldade para criticar, dar feedbacks mais duros, não sabia como falar”, conta.

Para conseguir vencer essa lacuna de experiência em gestão, Bello contou com o apoio dos programas de formação de líderes promovidos pela empresa. “Eu aprendi técnicas de como dar uma notícia ruim, como motivar a equipe e hoje entendo o meu papel que é o de dar um direcionamento para que o time alcance seus objetivos”, exemplifica.



Programas de talentos

Isabela Garbers, gerente de recrutamento e seleção da Ambev, explica que é política da empresa investir e desenvolver seus talentos e que o próprio programa de trainee prepara o profissional para assumir um posto de gerência em no máximo dois anos. “Buscamos profissionais com flexibilidade para lidar com pessoas e habilidade para saber negociar, conseguir resolver conflitos e ser dinâmico.”

Essas qualidades tidas como curingas são imprescindíveis para que o profissional suba rapidamente na carreira. Mas elas não valerão tanto se a política da empresa não contribuir para esse crescimento veloz, afirma Rudney Pereira Junior, gerente de projetos do Grupo Foco. Na Ambev, por exemplo, a média de idade dos gestores é de 33 anos.

Flexibilidade para lidar com pessoas e habilidade para saber negociar e resolver conflitos são qualidades importantes para os jovens líderes



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Diferença de idade chefe/chefiado gera conflito nas empresas

Estágio e Trainee

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A pouca idade dos gerentes é, na avaliação de Pereira Junior, uma tendência de mercado. “Hoje, não se encontram profissionais prontos. Por isso, as empresas investem em sua formação, seja como trainee ou em programas isolados.”



Marcelo Cuellar, headhunter da Michael Page, afirma que jovens líderes são comuns em determinadas áreas, como a financeira (bancos, corretores e assets), mas ainda são raros em setores como saúde e engenharia.



“Podemos dizer que, antes da crise econômica mundial, havia mesmo uma molecada no comando das empresas. CEOs com 37 anos, vice-presidentes com 35. Mas foram vistas diversas atitudes irresponsáveis e as empresas perceberam que excelência técnica não é suficiente. É preciso uma maturidade que não se aprende no MBA”, argumenta.



Cabelos brancos

Para Cuellar, no pós-crise as empresas passaram a buscar profissionais acima de 55 anos que saibam lidar com momentos difíceis, como processos de fusão, compra e venda da empresa. “Eles querem pessoas com experiência de vida, que saibam segurar coisas complexas.”

Como maturidade não se aprende, algumas competências pessoais podem ajudar na tarefa de liderar pessoas. “"Ownership’, que significa pensar como o dono do negócio e ‘accoutability’ que é a responsabilidade”, são duas das competências mais exigidas, segundo Cuellar.

Outras características, como seriedade e comprometimento, também são fundamentais para quem assume um posto de gestão, diz Ornella Guzzo, gerente de categorias da Kimberly-Clark. Ela acrescenta que ter conteúdo embasado e aprofundado auxilia muito na persuasão de opiniões e ideias.



FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRAS

domingo, 10 de julho de 2011

COMO ABRIR UM RESTAURANTE?

A difícil arte de abrir um bar ou restaurante e mantê-lo aberto

De cada 100 estabelecimentos criados no Brasil, apenas três sobrevivem mais de dez anos

A história é conhecida. O sujeito junta uma grana ou recebe o FGTS e pensa logo em montar um bar ou restaurante. Às vezes, investe muito, como um empresário que tinha um capital de R$ 800 mil, pegou uma consultoria, montou a casa e quebrou em 4 meses. Às vezes, dá certo: há 70 mil bares e restaurantes em São Paulo. Mas segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), de cada 100 que abrem, 35 fecham em 1 ano, 50 em 2, 75 em 5 e de 95 a 97 em 10 anos.

Há na cidade dois restaurantes com mais de 80 anos - o Capuano, na Bela Vista, e o Castelões, no Brás. Alguns com mais de 50, como a Cantina Roperto, o Gigetto e o Pandoro. Cantina Speranza, Sujinho e Acrópoles, com mais de 40. Outros na faixa de 30, como o Família Mancini, Lélis, Galeto's, C. Que Sabe. E centenas num tal de abre e fecha, muda de nome,de ponto e de cara - trocam de cantina para rodízio ou pizzaria.

Por que isso acontece? Segundo o presidente da Abrasel, Joaquim Saraiva de Almeida, porque o mercado é versátil, exige mudanças constantes para adaptações às novidades, e as ofertas no mercado são maiores que a demanda. Por isso, é preciso analisar a concorrência e tentar diferenciar-se.

Por ano, abrem-se 600 e fecham-se 400 bares e restaurantes na cidade. Não faz muito tempo, cerraram as portas o Café Antique, de 6 anos, e o Esplanada Grill, de 20, ambos na Rua Haddock Lobo, nos Jardins. O Antique não resistiu aos bistrôs. O Esplanada, ao alto custo do aluguel no endereço estrelado.

O presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo, Nelson de Abreu Pinto, identifica três problemas básicos para o insucesso. Primeiro: falta de profissionalismo - esse não é um negócio para amadores. Segundo: capital insuficiente para montar e gerir o restaurante. Terceiro: não ter reserva para o capital de giro.

Segundo ele, naufragam os que se aventuram numa atividade econômica que não dominam. "Não conhecem o negócio. E, se não conhecem, se atrapalham", diz. "Para entrar no ramo de alimentação e lazer é preciso conhecer os meandros da parte técnica e operacional, conhecer a fundo cozinha, salão, recepção e administração."

O dinheiro também é essencial. "Às vezes, a pessoa recebe uma indenização de R$ 30 mil e diz 'Ah, vou montar um restaurante'. Monta e custa R$ 100 mil. Como só tinha R$ 30 mil, fica devendo a outra parte, pagando juros altíssimos. Aí precisa de verba para aluguel, água, luz, telefone, mão-de-obra e encargos sociais. E também de uma reserva para comprar alimentos e bebidas."

DICAS

Em novembro, quatro jovens empresários abriram o Allez, Allez!, numa casa da década de 20, na Vila Madalena. "Até agora só tivemos problemas corriqueiros", conta Eduardo Borger, de 26 anos, um dos sócios. "Vamos muito bem." O segredo? Planejamento. "Fizemos uma bateria de reuniões, decidimos qual seria o capital de risco, bolamos o projeto, encontramos o ponto, alugamos e reformamos." Antes de alugar o imóvel, verificaram se podiam abrir o restaurante na Rua Wisard. "Checamos tudo."

Como não têm estacionamento, contrataram serviço de manobristas. "É importante verificar se tem seguro e se os carros não ficam na rua", ensina Borger. Chamaram um contador e fecharam todas as contas dentro do que foi planejado.

Licença mesmo, só Deus sabe quando, mas um protocolo da Prefeitura permite que a casa funcione. No mais, mangas arregaçadas para o trabalho. "Quando abre um restaurante, a pessoa tem de saber que vai trabalhar fins de semana, em horários malucos, que vai dormir tarde e acordar cedo."

Segundo o empresário, a alta carga tributária e trabalhista é um dos principais problemas. Outro: a falta de experiência. Mas há outros detalhes. Se funciona de dia, tem de aceitar vale-refeição e, à noite, cartão de crédito - o que significa pagar taxas e esperar para receber.

É preciso ficar esperto para a legislação trabalhista por causa dos horários de funcionamento, à noite e aos domingos. "Às vezes, um ex-funcionário reclama na Justiça e o valor que tem de ser pago é tão alto que o dono quebra", diz Sérgio Marques Júnior, gerente-executivo da Abrasel. Para Abreu Pinto, o que derruba os empresários são os juros do mercado financeiro. Depois, o custo de gestão por causa dos encargos municipais, estaduais e federais. "Este tem mais tributos do que outros ramos porque o pessoal vê restaurante cheio na hora do almoço e imagina que o lucro é grande. Mas é inferior a 10%."

Aos que pensam em abrir um restaurante a Abrasel recomenda: fazer pesquisa na Prefeitura sobre a lei de zoneamento; pesquisa no local para averiguar como o público-alvo se comporta; verificar a facilidade de estacionamento e analisar problemas de barulho em relação à vizinhança.

VIA-CRÚCIS

O advogado Sivaldo José Martins, do sindicato patronal, aconselha que primeiro se pesquise onde vai se estabelecer, para não investir e depois perder tudo por falta de licença. "Comerciantes de outros ramos raramente são intimados, mas o restaurante, um mês ou dois depois de se instalar, já é intimado a requerer licença de funcionamento."

"Então, a pessoa vai requerer, mas, se não tiver os documentos, o pedido será indeferido. Se isso ocorre, começa o processo de fechamento. Primeiro as multas, depois intimação para regularizar ou cessar a atividade, em seguida o fechamento administrativo. Finalmente, fechamento com força policial. Quem vai ficar estimulado a se estabelecer nessas condições?"

"É penoso", diz o advogado. "O comerciante sofre vistorias da Vigilância Sanitária, Contru, Cadam, Psiu. Se for restaurante com música ao vivo ou mecânica, pode contar que o Psiu vai lá e, uma vez detectado o ruído acima do limite permitido, a multa é de 300 UFMS ou R$ 22 mil. A segunda é de 400 UFMS ou R$ 27 mil. Quem agüenta?"

Apesar dos pesares, a atividade de bares e restaurantes é a única que existe em todas as cidades do Brasil, inclusive em vilarejos - são 780 mil -, e movimenta mais de R$ 12 bilhões ao ano. O setor gera 8% dos empregos diretos no Brasil, ou seja, 6 milhões de empregos. E permite a ascensão econômica das pessoas - elas podem entrar como faxineiro, auxiliar de cozinha ou balconista e chegar a chefe de cozinha, maitre ou até mesmo dono do restaurante.

Licença de funcionamento é exibida como um troféu

O advogado Sivaldo José Martins, há 16 anos consultor do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Similares de São Paulo, dá as dicas para abrir um restaurante:

1. Saber se o prédio tem planta aprovada e habite-se para ramo comercial.

2. Verificar se aquela zona de uso permite restaurante. Isso é feito por meio de um termo de consulta.

3. Procurar um contador para tratar de cadastros, documentação e elaborar o contrato social da empresa. Precisa ter CNPJ, a inscrição estadual chamada de Declaração Cadastral (Deca) e Cadastro do Contribuinte Mobiliário.

4. Recolher a Taxa de Fiscalização do Estabelecimento. Depois, com locação e cadastros acertados, requerer o auto de licença de localização e funcionamento junto à prefeitura em até 60 dias.

O termo de consulta, que deveria sair em 15 dias, leva até um ano. A licença de funcionamento demora até cinco anos, em vez dos 60 dias previstos em lei. "Por isso, mais de 80% dos restaurantes trabalham sem licença", conta Martins. Segundo ele, a dificuldade é tanta que aqueles que conseguem o alvará exibem-no emoldurado, como um troféu.

Fonte: Sebrae SC

MODELO DE PROPOSTA COMERCIAL

(TIMBRE DA EMPRESA)

São Paulo, XX de Agosto de XXXX.

À
Nome da Empresa
São Paulo/SP
A/C: Sr. Fulano de Tal – Diretor Administrativo

Prezados Senhores,

Estamos submetendo à aprovação desta Empresa proposta para elaboração do Projeto.................................... ................, referente aos serviços de..............................

1 OBJETO
........(preencher o tipo de serviço que está oferecendo)............................................................................................................................................................................................................................................................................................................

2 ETAPAS DO PROJETO
As etapas do projeto estão descritas a seguir.

............................................(Descrever as etapas do Projeto)..........................


3 PREÇO
O preço proposto para elaboração dos serviços referentes ao Projeto é de R$.........(..........).

4 RECURSOS HUMANOS

4.1 Para a prestação de serviço in company, ou seja, disponibilização de profissional especializado em tempo integral, está previsto o montante de R$ ............, correspondente ao valor de XXX homem/hora, inclui todos os encargos e tributos.
4.2 Para a prestação de serviço de visitas de assistência técnica está previsto o montante de R$ ............, correspondente ao valor de X visitas técnicas/mês, inclui todos os encargos e tributos.

5 OUTROS

Detalhar os demais itens que não se enquadram nos já citados anteriormente.



6 FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento dos serviços deverá ser efetuado, no prazo de até 30 (trinta) dias a partir da apresentação do documento de cobrança,

7 PRAZO DE EXECUÇÃO

O prazo para execução dos serviços constantes da nossa Proposta é de .............. (.................................) meses, contados a partir da assinatura do contrato de prestação de serviços.
Obs: o prazo será indeterminado caso seja assistência técnica contínua e não por projeto.

8 REAJUSTE
Os preços estabelecidos são firmes e irreajustáveis, durante 12(doze) meses contados a partir da data de aprovação da proposta, devendo ser reajustado após este período pelo índice (eleger índice de reajuste, ex: IPC):


9 TRIBUTOS

Todos os tributos, taxas, encargos e contribuições fiscais, sociais e parafiscais, previdenciárias e trabalhistas que incidam sobre a remuneração aqui estipulada serão de responsabilidade da ............(proponente)............ .
Se, após a emissão desta Proposta, forem criados novos tributos, taxas, encargos e contribuições fiscais, sociais e parafiscais, previdenciárias e trabalhistas, ou modificadas as alíquotas ou bases de cálculo das atuais, ou de qualquer forma venha a ser majorados ou diminuídos, deverão ser revisados os valores de remuneração de modo a refletir tais modificações e manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

10 VALIDADE DA PROPOSTA
A presente proposta tem validade por _________(número de dias, em geral 30 dias).

Nome da Empresa
Nome do Representante
Assina: Representante da Entidade
Fone:
e-mail:

sábado, 9 de julho de 2011

COMO CONVERTER CRUZADOS EM REAIS?

Este texto trata de um exemplo básico, mas caso não tenha familiaridade com a aplicação destes índices de preços, operações matemáticas ou mesmo planilhas eletrônicas, por favor, consulte um profissional que possa auxiliá-lo afim de que falhas técnicas não venham a colocar em risco seu patrimônio ou mesmo suas lides judiciais.

CONVERSÃO DAS ANTIGAS MOEDAS BRASILEIRAS PARA REAIS (R$)

Daniel Cunha*

Para a atualização monetária de quantias expressas em moedas brasileiras anteriores ao Plano Real (R$), dois passos são necessários:

1.º Corrigir a quantia pelo índice de preços mais apropriado. Consulte nosso Banco de Dados;

2.º Converter a quantia corrigida para a moeda vigente (R$).

Antigo Padrão Monetário para Real (R$): Fórmula para MS-EXCEL, onde X é a quantia a ser convertida
Mil-Réis (até outubro de 1942) para Real (R$). =(X/1000^5)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000.000.000.000)
Cruzeiro (Cr$) (de 01/10/1942 até 31/01/1967) para Real (R$). =(X/1000^4)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000.000.000)
Cruzeiro-Novo (NCR$) a Cruzeiro (Cr$) (de 01/02/1967 até 02/1986) para Real (R$). =(X/1000^3)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000.000)
Cruzado (CZ$) (de 03/1986 a 01/1989) para Real (R$). =(X/1000^2)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000.000)
Cruzado-Novo (NCZ$) e Cruzeiro (Cr$) (02/1989 a 07/1993) para Real (R$). =(X/1000)/2750

Faça a divisão da quantia por (2.750.000)
Cruzeiro Real (CR$) (08/1993 a 06/1994) para Real (R$). =(X/2750)

Faça a divisão da quantia por (2.750)

Contudo, não basta converter quantias expressas em antigas unidades monetárias para a moeda vigente, tal quantia deve ser corrigida por um índice de preços apropriado para que a paridade do poder de compra da moeda seja mantida.

Vamos desenvolver um exemplo (bem simples) ,feito na planilha EXCEL, para mostrar os passos detalhadamente:: no final do ano de 1984, como presente de natal, a vovó presenteou o netinho com Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros). Qual seria a quantia equivalente 15 anos depois (dezembro de 1999)?

O mês do aniversário nos ajudará, assim poderemos contar com a inflação acumulada nos anos seguintes para nossos cálculos, utilizando o IPC da FIPE como índice de preços do período, temos então:

IPC / FIPE CORREÇÃO CONVERSÃO
Dez/84 % Anual Cr$ 100.000,00
Dez/85 228,22 328.220,00
Dez/86 68,08 551.672,18
Dez/87 367,13 2.577.026,24
Dez/88 891,67 25.555.596,07
Dez/89 1.635,85 443.606.814,42
Dez/90 1.639,08 7.714.677.388,16
Dez/91 458,61 43.094.959.357,99
Dez/92 1.129,45 529.830.977.826,78
Dez/93 2.490,99 13.727.867.652.394,00
Dez/94 941,25 142.941.421.930.552,00
Dez/95 23,17 176.060.949.391.861,00
Dez/96 10,04 193.737.468.710.804,00
Dez/97 4,83 203.094.988.449.536,00
Dez/98 -1,79 199.459.588.156.289,00
Dez/99 8,64 216.692.896.572.993,00 R$ 78,80

Este texto trata de um exemplo básico, mas caso não tenha familiaridade com a aplicação destes índices de preços, operações matemáticas ou mesmo planilhas eletrônicas, por favor, consulte um profissional que possa auxiliá-lo afim de que falhas técnicas não venham a colocar em risco seu patrimônio ou mesmo suas lides judiciais.

MODELO DE CARTA DE AGRADECIMENTO (AOS CLIENTES)

MODELO DE CARTA DE AGRADECIMENTO EMPRESARIAL



São Paulo, XX de XXX de XXX.


Nome da Empresa para a qual está escrevendo


At.: Gerência


Prezados Senhores,



A (cite o nome da sua empresa) lhes dá as boas vindas e com prazer inclui seus nomes na lista de clientes. Esperamos servi-los cada vez melhor; e aproveitamos para informar que estamos em alerta permanente quanto ao controle de qualidade de nossos produtos, para que sua satisfação seja plena e nossos laços de parceria comercial sejam cada vez mais fortes.


Agradecemos a atenção dispensada,


Cordialmente,


(Sua assinatura)



FONTE: http://modelo-de-carta-de-agradecimento.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MODELO DE CURRÍCULO PARA O 1º EMPREGO

NOME COMPLETO
Brasileiro, Solteiro, 18 anos, liberado do exército, sem filhos
Endereço Completo – Bairro
CEP – Cidade – São Paulo
Fones: 11 XXXX.XXXX
Objetivo: Atuar na área de informática ou áreas afins
Escolaridade:
• Cursando Xº ano do Ensino Médio – E.E. XXXX (término em XX/2008)



Cursos Complementares na área de Informática
• Informática avançada (Windows 2000, Word 2000, Excell 2000, Acess 2000, Power Point 2000, Corel Draw 9.0, Page Maker 7.0, Internet, Hardware, Front Page 2000 e digitação) – Fast Camp – Conclusão em Julho/2007.

Habilidades Pessoais:
Criatividade, liderança, determinação, objetividade, aprendizagem rápida, aberto à cursos de aperfeiçoamento.

Experiência Profissional:
Busco a primeira oportunidade do mercado de trabalho.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Com a mão na massa

Boa lucratividade atrai empreendedores com garra, determinação e muita vontade de trabalhar






Quem não gosta do cheirinho do pão quentinho e não se derrete quando passa em frente a uma padaria? Com uma boa lucratividade, este ramo de negócio atrai empreendedores com garra, determinação e muita vontade de trabalhar. O expediente é pesado, podendo ir das 5 da manhã até as 10 da noite.



O investimento inicial não é pequeno, pois são várias as despesas: instalações, equipamentos, mão-de-obra especializada e treinamento. Em contrapartida, o retorno vem em médio prazo, por volta de um ano, e a margem de lucro pode chegar a 15%. Muitas vezes a sociedade apresenta-se como a alternativa mais viável para se começar o empreendimento, e é justamente aqui que começam as escolhas estratégicas.

Uma boa escolha do sócio pode garantir o futuro do empreendimento, além de uma rentabilidade satisfatória para ambos. Porém, escolher mal o sócio fatalmente ocasionará prejuízos, brigas, discussões e muita dor de cabeça.



Mercado



O primeiro passo a ser tomado é fazer uma análise do mercado, buscando responder à seguinte pergunta: qual necessidade quero atender? Esse ponto deve estar bem claro na mente do empreendedor, pois hoje não se abre uma padaria para vender somente pães, mas para oferecer uma gama de outros serviços que venham a satisfazer o mercado. Um exemplo disso, são as padarias que oferecem café da manhã. Nesse caso, o cliente lancha no estabelecimento, como nos restaurantes self-service.



Qual necessidade do mercado esta padaria está satisfazendo? Podemos citar a comodidade: muitas pessoas que moram sozinhas (singles) ou com uma família pequena e têm uma vida muito corrida não querem perder tempo com este tipo de atividade doméstica. Assim, este tipo de cliente busca serviços/produtos que possam satisfazer esta necessidade. Em uma padaria, os clientes buscam basicamente três coisas: higiene; qualidade e variedade de produtos, além é claro, de um bom atendimento.



Identificado qual o foco do negócio, o próximo passo é a definição do tipo de panificadora a ser montada e qual a gama de serviços que ela vai oferecer aos clientes para atender às suas necessidades. Podemos citar alguns tipos de padarias:



•Padarias tipo butique: localizadas em regiões com alto poder aquisitivo, concentradas em produtos próprios e importados. Sua quantidade não é representativa.

•Padarias de Serviços: localizadas em regiões centrais e ruas com grande circulação e concentração de lojas comerciais ou escritórios. Além dos produtos de padaria, confeitaria e rotisserie, oferecem serviços de bar, lanchonete, fast food etc.

•Padarias de conveniência: localizadas em bairros residenciais. Além dos produtos próprios de padaria, confeitaria, rotisserie e serviços de bar e lanchonete, oferecem uma gama de produtos de conveniência. Algumas chegam a oferecer cerca de 3 mil itens.

•Pontos quentes: uma tendência européia em que a padaria abre uma filial, envia alguns tipos de pães já embalados e outros tipos de pães congelados (ou resfriados) para fazer o assamento no ponto quente. Não há necessidade de grandes espaços pois não há setor de produção e o de estoque é de reposição diária pela matriz, utilizando menor número de mão-de-obra.



Localização




Quase tão importante quanto escolher o sócio é a escolha do ponto. O recomendável é escolher um ponto onde se possa atender a uma área que compreenda cerca de 1000 domicílios (entre casas e apartamentos), sem concorrentes nesta mesma região.



A localização depende do tipo de padaria que se quer montar, pois cada uma tem um público definido, mas alguns pontos são comuns a todas elas: locais de grande circulação do público-alvo e de alta densidade populacional são os melhores pontos. Deve ser feita, também, uma análise do poder aquisitivo desta população, a quantidade de padarias existentes no local e quais os serviços oferecidos por elas. As regiões próximas a terminais de metro, ônibus e táxi, creches e escolas são ótimas para a instalação destes estabelecimentos, devido à alta circulação de pessoas.



Uma outra questão relevante na escolha do ponto é a possibilidade de estacionamento. O estacionamento tem uma importância estratégica, pois facilita o acesso para as pessoas que estão de carro e agiliza o atendimento a estas pessoas, tendo em vista que não terão que ficar procurando um lugar onde estacionar.



Não se pode esquecer que as padarias são regulamentadas pela vigilância sanitária e a sua localização deve ser aprovada por este órgão, antes que ela entre em funcionamento.



Instalações e equipamentos



O investimento neste tipo de negócio vai depender do tamanho da padaria que se quer abrir, qual a sofisticação do local, tipos de equipamentos, acessórios, e a decoração do local.



Todos estes itens influenciam no gasto total do empreendimento. Geralmente, o investimento neste negócio não é baixo, pois ainda existe o treinamento dos funcionários e a contratação de mão-de-obra especializada, que acabam por elevar um pouco os investimentos.



As instalações devem ter infra-estrutura adequada a uma indústria de alimentos. Deve contar com uma rede de água e de esgotos de boa qualidade, que tenha facilidade para a limpeza e higienização. Além disso, é importante a iluminação adequada e um sistema de ventilação que possibilite conforto térmico a todos os funcionários sem, no entanto, interferir na qualidade dos produtos.



Pisos e paredes feitos de material lavável, de preferência azulejado e na cor branca, facilitam a higienização e deixam o ambiente com um aspecto mais limpo. Um cuidado especial deve ser tomado com os ralos, que podem receber tampas do tipo “abre e fecha” para evitar a entrada de insetos no ambiente de trabalho. Uma pequena panificadora pode ter sua estrutura básica em uma área que varia de 60 m2 a 100m2.



Os equipamentos merecem atenção especial, já que podem ajudar a construir uma substancial margem de lucro para os produtos. Uma dica é de que o empresário adquira equipamentos modernos, capazes de produzir com alta qualidade e baixos custos operacionais, para conseguir uma melhor margem de lucro na venda de seus produtos. O número de equipamentos que devem ser adquiridos também é grande. Assim, concentrar as compras em um número reduzido de fornecedores pode ajudar numa negociação dos preços, diminuindo o valor do investimento.



Os equipamentos básicos são: masseiras, cilindro, divisora de massas, modeladora, armários/câmaras de fermentação, fornos, fatiadores, balanças, dosadores de água, boleadores de massa, fogões industriais, batedeiras, refrigeradores, câmaras frias, moinhos para farinha de rosca, seladoras, prateleiras, balcões e, é claro, utensílios para escritório e atendimento aos clientes.



Segue abaixo um quadro com os valores, em Reais e em Dólares, dos investimentos em máquinas e equipamentos:







Investimento em Máquinas e Equipamentos

Descrição Quantidade Valor R$ Valor $*

Amassadeira Rápida 1 3.500,00 1.239,38

Mesa de Inox 1 350,00 123,94

Balança digital 1 500,00 177,05

Divisora de coluna 1 1.500,00 531,16

Modeladora 1 1.800,00 637,39

Esteiras (jogo c/50 un) 1 1.000,00 354,11

Formas (jogo p/ pães, bolos, biscoitos etc) 1 300,00 106,23

Armarios de 20 esteiras 2 2.800,00 991,50

Batedeira 1 1.000,00 354,11

Forno turbo gás (p/ 8 esteiras) 1 3.500,00 1.239,38

Resfriador de água 1 1.800,00 637,39

Cilindro 1 2.200,00 779,04

Câmara de Crescimento 1 3.800,00 1.345,61

Forno confeitaria 1 1.800,00 637,39

Fatiadeira 1 1.400,00 495,75

Balcoes secos 1 1.350,00 478,05

Balcoes refrigerados 1 6.000,00 2.124,65

Armarios de prateleiras 2 1.400,00 495,75

Caixa registradora 1 1.500,00 531,16

Freezers Verticais 2 2.600,00 920,68

Total do Investimento 40.100,00 14.199,72

*O dólar está baseado na cotação do dia 10/11/04 que foi de R$ 2,824.



Contratação de Pessoal




Para uma padaria pequena o número de funcionários pode girar em torno de 12 pessoas. Estes funcionários estarão divididos entre pessoal da produção, atendentes e caixa. E o horário de funcionamento pode ser das 05:00 às 22:00 todos os dias da semana, mas para isso o empresário deve estruturar turnos de trabalho. Vale lembrar que já existem padarias que ficam abertas 24h por dia. Os funcionários devem ser bem treinados não só em termos de processo produtivo, para entregar aos clientes um produto de qualidade, mas também, no quesito atendimento. São os atendentes que terão o contato com os consumidores e este é o momento de mostrar simpatia, presteza e disponibilidade. Deixar o cliente à vontade para escolher o que quer, principalmente se a padaria tiver um sistema tipo self-service, e esclarecer qualquer dúvida sobre os produtos.





A tabela abaixo mostra a composição dos custos mensais com funcionários de uma pequena padaria:



Custo mensal da mão-de-obra direta

Discriminação Quantidade Valores em Reais Valores em Dólares*

Pedreiro 2 $1.560,00 $552,41

Ajudante de Padeiro 2 $1.040,00 $368,27

Balconista 4 $1.040,00 $368,27

Caixa 2 $1.040,00 $368,27

Encargos Sociais** 78% $3.650,40 $1.292,63

Total $8.330,40 $2.949,86

*O dólar está baseado na cotação do dia 10/11/04 que foi de R$ 2,824.



**(INSS: 26,5%; FGTS: 8%, 13o e férias: 11,11%; vale transporte, auxílio alimentação, reserva para indenizações e aviso prévio estimados conjuntamente em 32,39%).









Operação: O Processo de fabricação



O processo de fabricação dos pães e bolos passa antes de mais nada por boas matérias-primas, que são responsáveis diretas pela qualidade do produto final. Por isso a escolha deve ser feita de maneira rigorosa. Os principais ingredientes para a produção dos pães são: farinha de trigo, fermento, sal, açúcar, melhoradores de massa e água. Com os ingredientes bem escolhidos pode-se começar a produção dos pães, que passam por três etapas:



1. Formação da massa;



2. Fermentação;



3. Assamento.



O pão é o item mais processado, sendo puxado pelo pão de sal de 50 gr., mas outras variedades de pães têm ganhado espaço nas padarias. Dependendo do público que se pretende atingir, a diversificação dos produtos processados e oferecidos na padaria é essencial.



Produtos como baguetes, pães integrais, roscas, bolos, biscoitos e doces têm passado a fazer parte do dia-a-dia da produção. Mas um ponto importante é oferecer produtos frescos e de qualidade aos clientes. Um pão quentinho, com aquele cheirinho que cativa a todos deve ser um dos pontos a ser observados pelo empresário.



Para que a padaria possa oferecer aos seus clientes este pão fresquinho, as fornadas devem ser pequenas, obedecendo uma média de consumo. Segundo o Sebrae, esta média pode variar de 350 a 700 pães a cada remessa. E os horários sugeridos são:



Remessa Horário

1ª remessa 5 horas

2 ª remessa 9 horas

3 ª remessa 12:20 horas

4 ª remessa 15:30 horas

5 ª remessa 17:30 horas





A higiene é um ponto fundamental no dia-a-dia de uma padaria e os funcionários precisam ter o máximo de cuidado. Eles devem usar uniformes limpos, ter as unhas bem cortadas, cabelos curtos ou presos e sempre com toucas ou gorros, além de ter o cuidado de desinfetar bem as mãos sempre que entrar na área de produção. A limpeza adequada do local também fica a cargo dos funcionários: os ambientes de produção, banheiros e vestiários devem ser limpos e higienizados diariamente.



O procedimento para limpeza de equipamentos, utensílios, bancadas, pisos e paredes passam pelas seguintes etapas:

•Pré-lavagem;

•Lavagem com solução detergente;

•Enxágüe;

•Sanitização.



Marketing




Marketing, muito diferente do que a maioria das pessoas pensam, é um conjunto de ações dispostas em um plano para atender a determinados objetivos. Esse conjunto de ações é baseado em 4 pontos, e é denominado “mix de marketing” ou “4 P’s do marketing” (Produto, Preço, Praça e Promoção). A definição das ações para cada um destes P’s é interativa, ou seja, ela não pode ser feita de maneira isolada para cada um dos pontos, mas sim como um planejamento conjunto.



Digamos que um empresário esteja pensando em abrir uma padaria que ofereça o serviço de lanchonete, com lanches rápidos. Para que ele possa trabalhar bem o marketing de seu empreendimento, alguns cuidados devem ser tomados:



Com relação ao Produto: a palavra produto vai além do bem tangível que podemos ver e tocar, e engloba também os bens intangíveis, ou seja, os serviços, como o serviço de entrega, por exemplo. Para este nosso empresário, como ele quer trabalhar com lanches rápidos, os produtos oferecidos devem ser de fácil preparo, ou já estar prontos. Serviços de auto-atendimento, onde o cliente mesmo escolhe os seus produtos que já estão embalados e dispostos em bancadas, também podem fazer parte da gama de produtos deste empreendimento.



Com relação ao Preço: para estabelecer o preço, o empresário deve considerar os seus produtos e o valor agregado que eles possuem. Também deve considerar o tipo de público que pretende atender. Para um público de renda média os preços podem ser um pouco mais altos, devido também a certa sofisticação dos produtos. Mas o que o empresário não pode perder de vista é a composição dos custos de seus produtos, para que possa obter uma margem de lucro satisfatória.



Com relação à Praça: nosso empresário deseja montar uma padaria que ofereça o serviço de lanchonete de lanches rápidos para um público de renda média. Na escolha da praça, ou seja, da localização do empreendimento e do sistema de distribuição dos produtos para o consumidor final, o empresário deve procurar um ponto próximo a Centros Comerciais, com grande circulação de pessoas. Um local com grande concentração de escritórios é o ideal, pois o público é o desejado, devido à necessidade deste por lanches rápidos e também pelo nível de renda. Se este empresário escolhesse um bairro residencial próximo à periferia para montar o seu empreendimento provavelmente não teria sucesso, devido à pouca necessidade destas pessoas em fazer lanches rápidos. Além do mais, o nível de renda da população não seria o desejado.



Com relação à Promoção: aqui promoção não significa somente colocar os produtos em promoção. Envolve toda a estratégia de comunicação da empresa com o mercado, para colocar a marca do empreendimento na cabeça do consumidor. As ações pensadas neste ponto devem levar em consideração todos os outros já citados acima. Como o empreendimento oferece produtos a preços médios, a propaganda deve ser direcionada para os meios de comunicação que alcancem o público com o nível de renda desejado. Os aspectos da padaria como fachada, o design interno e a marca devem ser divulgados de forma que o público, quando pensar em padaria com lanches rápidos e com certa sofisticação, lembre em primeiro lugar deste empreendimento.



Comercialização



Em qualquer indústria, o cálculo da produção para a comercialização é uma ferramenta útil para o efetivo controle do processo produtivo. É fundamental calcular exatamente a quantidade de cada ingrediente a ser utilizada para produzir um determinado número de pães, evitando o desperdício e aumentando o rendimento e os lucros. A forma mais utilizada para se calcular a produção considera a farinha como base da formulação, ou seja, independente da quantidade utilizada será sempre 100% na fórmula. Outro importante ponto a ser considerado é a quantidade de água perdida por evaporação durante o assamento dos pães. Diversos fatores interferem nesta quantidade de água que é perdida, tais como o tempo e a temperatura de forneamento, a riqueza da formulação utilizada, a quantidade de massa que está sendo forneada e o formato dos pães. De modo geral, pode-se considerar:



Pães com até 300 g perda de 20%

Pães de 300 a 400 g perda de 15%

Pães de 400 a 500 g perda de 10%





É recomendável que cada indústria considere um nível de perda de água de acordo com as particularidades do processo utilizado, se possível tomando o peso de algumas amostras de cada tipo de pão produzido, antes e depois do forneamento. Na prática, é muito comum considerar a perda de 25% do peso em água para o pão francês de 50 g.



Para auxiliar a compreensão do cálculo de produção, tomaremos o seguinte exemplo: Qual a quantidade de ingredientes necessária para produzir 500 pães tipo francês de 50 gramas?





1º passo: Cálculo do peso dos pães assados




500 pães x 50 g (cada pão) = 25.000 g de pães



2º passo: Cálculo do peso da massa (necessária para obter a quantidade desejada de pães assados)



Este cálculo segue a seguinte fórmula:



Peso da massa = peso dos pães assados / (1- perda de água)



Para utilizar a fórmula acima, deve-se, então, considerar a perda de água de cada tipo de pão que se deseja produzir. No caso deste exemplo, vamos considerar uma perda de 25%, ou seja, 25 / 100 = 0,25. Substituindo os valores na fórmula acima, teremos:



Peso da massa = 25.000 / ( 1 - 0,25)



Peso da massa = 25.550 / 0,75



Peso da massa = 33.333 g



Já sabemos então que para produzir 500 pães francês de 50 g serão necessários 33.333 g de massa. O próximo passo é calcular a quantidade de cada ingrediente que será gasta para produzir esta quantidade de massa.



3º passo: Definição da receita



Consideraremos a receita fornecida neste manual para pães tipo francês: Ingredientes Valores em kg Valores em %

Farinha Especial 50 100

Água 30 60

Fermento 1,5 3

Sal 1 2

Açúcar 1 2

Gordura 0,5 1

Reforçador 0,5 1

Total (massa) 169%

Adaptado de: Como Montar uma Panificadora – Instalação e Processamento





Para convertermos as quantidades em kg para sua relação %, basta considerar a quantidade de farinha como 100% e para os demais ingredientes, calcular a proporção relativa para a farinha:



Se 50 kg de farinha é 100%, então 30 kg de água será equivalente a 60%, e assim por diante (50 x 30 / 100 = 60).



4º passo: Cálculo da quantidade de farinha



Partindo da receita dada, em que para 169 % de massa foram necessárias 100 % de farinha, podemos calcular a quantidade de farinha necessária para 33.333 g de massa, através da fórmula:



Qtd de farinha = (peso da massa x % de farinha da receita) + % total de massa



Qtd de farinha = (33.333 x 100) / 169



Qtd de farinha = 19.724 g



Ou seja, 19 kg e 724 g de farinha



5º passo: Cálculo dos demais ingredientes



Partindo-se da quantidade de farinha calculada, podemos calcular percentualmente todos os ingredientes, utilizando a mesma fórmula:



Ingredientes Percentual Quantidade (em gramas)

Farinha Especial 100 19.724

Água 60 11.834

Fermento 3 591

Sal 2 395

Açúcar 2 395

Gordura 1 197

Reforçador 1 197

Total (massa) 169% 33.333

Adaptado de: Como Montar uma Panificadora – Instalação e Processamento





Através destes cálculos, o panificador poderá controlar adequadamente a produção e evitar maiores desperdícios. A utilização diária de planilhas de controle de gasto de ingredientes facilitará os cálculos, e quem planeja a automatização pode contar com "softwares" disponíveis para esta finalidade.



Para a formação dos preços o empresário deve ficar atento ao seu gasto com a produção. Ter uma produção padronizada pode significar uma economia enorme: um saco de 50kg de farinha permite fazer 1.250 pães de 50g, e muitas padarias perdem com isso pois, na maioria das vezes, produzem uma quantidade muito menor, algumas chegando a ter um prejuízo de R$ 54 mil por ano.



Estudos sobre custos em padarias divulgados no site da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, ABIP, mostram que:




•A matéria-prima representa, em média, de 22% a 35% do preço de venda do que é produzidos;

•O CMV é, em média, 56,5% sobre o faturamento;

•O salário médio por funcionário no Brasil é de R$ 458,00 (fora encargos);

•O custo médio com aluguel representa algo entre 2,5% a 6% sobre o faturamento;

•O custo com energia sobre o faturamento bruto é, em média, de 4,8%.

Composição Média de Custo dos Produtos produzidos em uma Padaria







Fonte: Associação Brasileira da Industria de Panificação e Confeitaria



Assim, o empresário que tiver um controle de custos bem elaborado terá muito mais chances de ter lucro e de prosperar no negócio.



Estratégias de sucesso: diversificação e bom atendimento como diferencial competitivo.



Como já foi colocado, o atendimento, a higiene, a qualidade e variedade dos produtos formam a base daquilo que o cliente busca numa padaria. Cumprir com estes atributos é o mínimo que se pode fazer para que se consiga vender. Mas restringir-se a atender apenas o básico não lhe garante fidelização de clientes e nem aumento de vendas. O que vai ajudar nestes itens será o seu diferencial competitivo



O bom atendimento está muito em voga nos dias de hoje, em qualquer ramo de negócio. Mas, dependendo da complexidade do mercado e da quantidade de concorrentes, o atendimento pode ser decisivo. É o caso das panificadoras, que além da concorrência entre empresas do mesmo setor (padarias), sofre com a concorrência direta de supermercados (que produzem pães para vendê-los a baixos preços, atraindo o consumidor para outros produtos).



Assim, o atendimento personalizado gera para a padaria uma gama de informações sobre os clientes que permite aos atendentes conhecer o perfil e as preferências de cada consumidor, aumentado nos clientes o nível de satisfação e de fidelidade com a padaria.



Diferentemente de outras partes do mundo, no Brasil as padarias não vendem exclusivamente pão, café e leite. Além dos produtos que saem do forno para a mesa do consumidor, como pães, bolos, roscas e biscoitos, é comum encontrarmos nas padarias uma variada gama de frios, laticínios e lanchonete, além de algumas oferecerem serviços especializados de buffet para festas e recepções, cestas de café da manhã e coffe-break empresarial.



Para atingir um diferencial competitivo e se destacar no mercado, conseguindo a fidelização de clientes, é necessário trabalhar muito bem em uma ou nas duas frentes: excelência em atendimento e diversificação de produtos. Para tanto, a atualização constante de conhecimentos, através do treinamento dos funcionários, e o trabalho de equipe são fundamentais. Neste ponto, o envolvimento e o comprometimento de toda a empresa, desde o operacional aos gerentes, são imprescindíveis para atingir o sucesso.



Legislação



Para formalizar o negócio além dos passos indicados na seção “Como abrir a sua empresa” no Portal Emprego e Renda, o empresário do setor de panificação deve seguir algumas leis e normas específicas para o setor de alimentos, tais como:



•Adequar os seus produtos ao Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078 de 11.09.1990);

•A Lei nº 6.437/77 configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências;

•O Decreto-Lei nº 986/69, que institui normas básicas sobre alimentos;

•A Portaria nº 326/SUS/MS/97 aprova o regulamento técnico: "Condições Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos".

Riscos do empreendimento:



Podemos considerar este empreendimento como de alto risco, devido ao alto capital aplicado. Em contrapartida, possui uma boa lucratividade e payback médio de 1 ano. Aconselha-se a utilizar a receita da seguinte forma: até 55% em compras (de matérias-primas e produtos para revenda) e até 35% com os custos fixos (impostos, folha de pagamento), sobrando 10% de lucro. Negociar com fornecedores (diminuindo o percentual da receita gasta em compras) é a principal arma para se melhorar a lucratividade do negócio.

FONTE: EMPREGO E RENDA

DICA DE OURO DA NEGOCIAÇÃO: CRIE UM CLIMA PROPÍCIO

Apesar de Herb Cohen ser americano, este estilo de iniciar uma negociação é bem brasileiro; somos mestres em tentar criar um clima mais relaxado, alegre e cordial para iniciar a conversa.

Entre homens, o tema preferido neste momento preliminar é o futebol. Brincam e riem, estabelecendo, naturalmente, um clima de descontração.

O assunto deve ser sempre sobre amenidades e pontos em comum que se descobre ali, naquele momento.

Isto é muito importante, o bom humor abre caminhos e ajuda a encontrar soluções. Ao contrário, a cara fechada e a falsa seriedade não ajudam nem um pouco.

No entanto, é bom ter bom senso. Se o outro não está a fim de conversa, está mal humorado, e quer ser “profissional”, seja você mesmo e tente, sem perder o seu bom humor, adaptar-se à situação: quanto mais leveza você conseguir imprimir ao encontro, melhor será para todos.

Pode ser que o outro tenha fobia social, muito comum hoje em dia, e seja um tímido que fica tenso e nervoso nestas situações; pode ser que seja a sua primeira vez numa negociação, e, ele, inexperiente, esteja apavorado. Pode ser que seja um doente, distímico, (a doença do mau humor) que aflora em situações de tensão. Pode ser que ele seja um mal educado mesmo, e aí, não se abale: não será você que irá consertar o mundo.

**Não perca o bom humor; ele só poderá ajudar, creia.

A venda de uma casa, por exemplo, pode envolver certa tristeza e nostalgia; o que fazer? Tente melhorar o clima sendo simpático, sem excessos.


Seja amistoso

Esta segunda dica de ouro é derivada da primeira. Segundo Cohen, procurar imprimir um tom amistoso é também um diferencial. Os maus negociadores, os que não entendem nada de negócio conversam em tom de competição e acabam perdendo tudo. Seja leve, cordial e atencioso.

“Olhe nos olhos do interlocutor de modo natural, sem amarras, procure soluções e não problemas. Respeite o seu interlocutor e o bem, produto ou serviço que ele tem para oferecer.

Não desvalorize o outro nem o que ele oferece, jamais”, afirma Raquel Carneiro Silva, professora do Curso de Negociação – técnicas e estratégias de sucesso do CPT – Centro de Produções Técnicas.