segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 11

CIRCUITOS REATIVOS – DEFINIÇÃO E ANÁLISE DA POTÊNCIA



Define-se como reativo qualquer circuito que apresente capacitância ou indutância, ou ainda ambos os efeitos combinados.

Capacitância é a propriedade apresentada pelos capacitores. Estes, por sua vez, são dispositivos que armazenam energia na forma de um campo elétrico. Analogamente, indutância é a propriedade dos indutores que também armazenam energia, porém na forma de um campo eletromagnético.


Ao contrário dos resistores, nos capacitores (e nos indutores) ocorre uma defasagem ou atraso entre as ondas de corrente e tensão. Se for aplicado um certo valor de tensão em corrente contínua, observar-se-á que o capacitor leva um certo tempo para carregar-se e atingir o máximo valor da tensão entre seus terminais.


Lembre-se que variando a freqüência varia junto o tempo necessário para que ela complete um determinado ciclo. Usando a notação de freqüência angular um período sempre terá 360º, meio período 180º, etc, independente da freqüência que tiver o sinal senoidal, simplificando bastante as coisas.


Agora, assim como foi feito para um circuito resistivo, analisa-se a potência num circuito capacitivo. O amplificador, que recebe um sinal senoidal, alimenta uma carga puramente capacitiva (que pode ser um simples capacitor). Através da expressão p(t)=v(t)×i(t) pode-se levantar ponto a ponto o gráfico da potência instantânea na carga, ficando como mostra a figura 4.




OS ALTO – FALANTES COMO COPONENTES RATIVOS E IMPEDÂNCIA COMPLEXA

Referindo-se novamente ao gráfico da curva de impedância e de fase de um alto-falante ao ar livre (fig 5), concentremo-nos na curva de fase que ao assumir ângulos negativos até -90º, denotará comportamento capacitivo, sendo puramente capacitivo se o ângulo for exatamente -90º (analogamente será indutivo para ângulos positivos).







Vê-se no gráfico que o ângulo assume vários valores não chegando, porém à exatamente -90º (ou +90º). Isso revela a existência de uma parte resistiva, ou matematicamente, parte real, responsável pela geração da potência ativa, que dissipa energia.

A parte reativa, que em matemática chama-se imaginária (tal nomenclatura é utilizada na especialidade matemática que trata dos chamados números complexos), é a responsável pela geração da potência reativa e não aproveita nenhuma energia fornecida pelo gerador, ou seja, não dissipa potência, mas apenas troca energia com o gerador.


Essa é uma das maneiras de definir-se impedância, que por sua vez, é um número complexo. Este possui uma quantidade real que representa uma resistência e uma quantidade imaginária, representando esta, uma reatância. A soma vetorial das duas partes do número complexo é conhecida como módulo da impedância.


Tipicamente em alto-falantes o módulo da impedância vale 4 ou 8 Ohms, para freqüências próximas da segunda freqüência de ressonância. Como conclusão, o alto-falante na maior parte das freqüências é reativo, ou seja, existe impedância complexa (ângulo de fase diferente de zero), havendo portanto potência ativa e reativa coexistindo.


Já foi demonstrado que potência ativa dissipa energia, mas potência reativa somente a troca com o gerador. Assim sendo, o falante aproveita apenas uma parcela da energia fornecida pelo gerador, pois somente a parte resistiva da carga dissipa potência. Pode-se concluir que quanto mais a curva afasta-se do eixo zero, mais reativo será o alto-falante e mais energia será trocada com o gerador, em detrimento de uma cada vez menor parcela resistiva, que eficazmente aproveita potência.


Esta é a chave para a compreensão deste artigo. Se como carga usar-se alto-falantes, sempre haverá uma parte dela trocando energia com o amplificador, exceto apenas nas freqüências de ressonância em que o comportamento é puramente resistivo.


domingo, 11 de dezembro de 2011

Impostos federais poderão ser pagos com cartão de crédito em 2012

Darf será impresso com códigos de barras para facilitar a operação, que poderá ser feita em shoppings e supermercados

Agência Brasil | 10/12/2011 16:37

Os contribuintes poderão pagar todos os impostos federais com cartão de crédito ou de débito a partir do ano que vem. O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) passará a ser impresso com códigos de barra para facilitar a operação, informou à Agência Brasil o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.


A medida permitirá o pagamento de impostos em qualquer equipamento que, como os caixas eletrônicos, tenha o leitor de código de barras em shoppings, postos de gasolina, supermercados, por exemplo. A operação estará disponível também para o contribuinte pagar as cotas do imposto de renda devido.
“Isso é uma grande novidade, um avanço que nós vamos trazer em 2012 permitindo, inclusive, que o viajante que chegue do exterior ou o estrangeiro que venha visitar o país possa fazer o pagamento de tributos utilizando o cartão de débito e crédito”, disse Carlos Roberto Occaso, subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal.

Atualmente o contribuinte pessoa física, depois de fazer a declaração do imposto de renda e verificar se tem imposto a pagar, necessita imprimir o Darf para pagar a dívida em uma única ou mais parcelas, mas sem o código de barras. Outra opção é autorizar o débito em conta-corrente ao preencher a declaração.
Em 2011, um total de 24.370.072 de contribuintes enviou a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física ao Fisco. O número superou a estimativa da Receita Federal, que esperava receber 24 milhões de formulários.

Veja também:

FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 10


OS ALTO – FALANTES




Mas afinal não se utilizam amplificadores de potência para alimentar resistores, mas sim para alimentar alto-falantes. É justamente neste momento que o processo torna-se mais complicado. Os alto-falantes modernos são componentes eletrodinâmicos que, conforme demostrou Neville Thiele, têm um comportamento idêntico (do ponto de vista elétrico) ao de um circuito ressonante paralelo do tipo RLC [2], que pode ser visto na figura 2.

O trabalho de Thiele, intitulado “Loudspeakers in Vented Boxes” posteriormente ampliado por Richard Small em sua tese de doutorado, constitui atualmente o principal pilar em que se apoiam as técnicas de análise de alto-falantes e caixas acústicas, conhecido como Teoria de Thiele-Small.

Aqui no circuito equivalente pode-se divisar dois lados envolvidos, o do amplificador representado por Eg e pela sua resistência interna Rg (que é responsável pelo valor do fator de amortecimento do amplificador) e o lado do alto-falante em que se encontra RE representando a resistência do fio que constitui a bobina móvel e Le que representa a indutância dessa mesma bobina.


Na seqüência deparamo-nos com as quantidades Res, Lces e Cmes que são as características mecânicas do alto-falante (resistência mecânica, compliância e massa móvel). Esses parâmetros mecânicos estão, pelo conceito da dualidade, refletidos no seu circuito equivalente elétrico, podendo ser assim analisados de maneira mais fácil.


sábado, 10 de dezembro de 2011

Contribuintes com apenas uma fonte de renda não precisarão declarar IR em 2014

Medida vale para quem optar pelo desconto padrão, diz Receita Federal. Objetivo é simplificar processo de declaração

Agência Brasil | 10/12/2011 12:16

Os contribuintes com uma única fonte de renda que optarem pelo desconto padrão não vão precisar entregar a declaração de imposto de renda em 2014, ano-calendário 2013, informou à Agência Brasil o Secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. A medida vale para pessoas físicas.

Leia também: 570 mil declarações estão na malha fina

Pelo projeto, a declaração será preenchida previamente pela Receita Federal e apresentada a esses contribuintes, que então precisam confirmar os dados contidos no documento, como valores recebidos do empregador. Para os demais contribuintes, a declaração permanecerá da forma como é hoje, com alguns aperfeiçoamentos.

“O projeto de simplificação está em curso na Receita Federal. Existem modelos como esse em outros países. O Chile, por exemplo, tem um modelo parecido. Em breve estaremos caminhando para essa solução”, disse Barreto.

Segundo o secretário, não é possível eliminar a declaração de todas as pessoas físicas porque existem algumas informações que necessitam ser prestadas pelo próprio contribuinte, como é o caso das despesas médicas, com educação e doações. “A administração tributária não tem previamente essas informações. É necessário que o contribuinte faça sua declaração e a transmita para a Receita”.

O secretário explicou que os sistemas da Receita Federal teriam como fazer isso, mas o modelo adotado no país não permite que Fisco tenha todas as informações prévias como as despesas médicas, educação, gastos com dependente e doações. “Por isso, agora, não há como colocar um modelo desses porque grande parte teria que alterar aquilo que seria apresentado para o contribuinte como declaração. Por enquanto, não teremos como entregar a declaração completa para o contribuinte confirmar ou não confirmar”.

Para os demais contribuintes pessoas físicas, o secretário lembrou que a declaração já foi simplificada e permite, de forma fácil, que o contribuinte preencha os dados com auxílio do programa de computador específico e faça a transmissão via internet sem grandes problemas. Isso tem sido demonstrado, destacou, pelo crescente número de declarações em meio eletrônico e pela diminuição do número de retenções na malha fina.

A Receita Federal informou no último dia 5 que caiu o número de declarações das pessoas físicas retidas em 2011. Este ano ficaram na malha fina 569.671 declarações. Em 2010, o número de declarações na malha fina chegou a 700 mil.
 
FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 9


REATIVOS E AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA




•SOBRE A INFLUÊNCIA DA CARGA NOS APLIFICADORES DE POTÊNCIA;

O objetivo do presente artigo é de esclarecer um assunto ainda bastante obscuro no meio profissional. Felizmente temas como: fator de amortecimento, distorção, potência, entre outros, já são assuntos devidamente “esmiuçados”.

No entanto, em pouco conhecimento permanece o fato de que os amplificadores interagem com as suas cargas e têm seu comportamento grandemente influenciado por elas. Uma destas formas de interação ocorre quando alimentamos impedâncias fortemente reativas, ou seja, justamente as cargas que todos nós utilizamos: os alto-falantes.

A iniciativa é motivada por um quadro preocupante: poucos amplificadores são bons nesse aspecto (conforme já citado e brevemente comentado pelo Prof. Homero Sette Silva em Backstage). Distorção harmônica, instabilidade e até queima do estágio de saída são comuns. O principal objetivo deste texto, é levar à compreensão básica do fenômeno através de uma explanação simples, não pretendendo ser definitiva ou completa; visa elucidar o leitor, profissional de áudio ou não, de modo que se tenha sempre em mente esse fato ao adquirir-se uma ferramenta tão básica como um amplificador de potência. Todavia, para que se compreenda bem este assunto, convém começar do início e seguir passo a passo o caminho que leva até ele.

Uma primeira análise da amplificação – cargas resistivas A grande maioria dos amplificadores de potência modernos trabalham na configuração amplificador de tensão, isto é, produzem na saída uma tensão que é proporcional àquela aplicada em sua entrada e que representa o programa de áudio. Esta tensão de saída tem usualmente grandes amplitudes de modo a gerar uma corrente também de grande amplitude ao percorrer-se uma carga de valor ôhmico muito baixo, como alto-falantes por exemplo. Naturalmente, a impedância de saída de tais geradores (amps) deve ser bem mais baixa do que a impedância da carga, de outra maneira não seria possível gerar correntes de grandes amplitudes.

Considera-se, agora, um amplificador (fictício e que não se refere à nenhuma marca) recebendo um sinal senoidal e alimentando uma carga puramente resistiva[1], ou seja, que não possui reatância (que caracteriza um comportamento reativo). Neste caso especial a carga aproveita toda energia fornecida pelo gerador (dissipa potência por efeito Joule, ou seja, toda energia é transformada em calor).

Tal fato ocorre porque que num circuito puramente resistivo não há atraso ou defasagem entre a onda de tensão e a onda de corrente, nesse caso, ambas senoidais; isso porque resistores não acumulam energia como os indutores e os capacitores, terminando por não interferirem nas formas de onda relativamente ao tempo (na verdade a explicação é mais profunda e como tantas mais que veremos adiante não caberiam na proposta deste artigo. Vamos limitar-nos portanto à uma abordagem mais simples).
Como resultado, a potência consumida por uma carga puramente resistiva é pulsante e sempre positiva, pois num mesmo instante a tensão e a corrente são positivas ou negativas (produto de 2 positivos ou 2 negativos = sempre positivo), lembrando que a carga está sendo percorrida por uma corrente alternada e senoidal.

A interpretação de potência positiva diz-nos que o receptor está consumindo a potência fornecida pela fonte. Potência sempre positiva significa portanto que a carga comporta-se sempre como um receptor, consumindo a potência fornecida pela fonte (amplificador), que por sua vez, comporta-se sempre como um gerador.

Neste caso, como já foi visto, 100% da energia fornecida à carga é convertida em calor por efeito Joule. Essa situação é extremamente confortável para o amplificador, visto que ele não toma conhecimento da carga, exceto pelo fato de estar fornecendo energia; contudo pode-se dizer que nesse caso não há interação com a carga, o desempenho do amplificador fica sendo apenas função dele próprio, importando muito pouco pois, a carga.




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

GUIA: QUAIS ELETRÔNICOS VALEM A PENA TRAZER DO EXTERIOR

Em alguns casos, diferenças de sistemas entre países podem prejudicar funcionamento dos equipamentos

André Cardozo, iG São Paulo | 09/12/2011 05:27

Muitos brasileiros aproveitam o fim de ano para passar alguns dias no exterior e fazer compras. O gasto dos brasileiros em países estrangeiros vem aumentando e equipamentos eletrônicos costumam estar entre os itens mais populares nas malas dos turistas. Entrentanto, algumas diferenças técnicas entre países podem fazer com que a compra se torne um mau negócio. Para evitar problemas ao trazer eletrônicos para o Brasil, consulte a seguir o guia elaborado pelo iG.


Impostos

Qualquer aparelho eletrônico é mais barato nos Estados Unidos do que no Brasil. Entretanto, a compra pode naõ compensar devido aos impostos a serem pagos na chegada em território brasileiro. Por isso, antes de planejar qualquer compra, é necessário observar as leis de importação no Brasil.

Atualmente é permitido trazer até US$ 500 em compras do exterior. Acima disso, há um imposto de 50% sobre a diferença. Por exemplo, se um viajante traz um total de US$ 2.000 em compras, deve pagar 50% sobre US$ 1.500 (total das compras menos US$ 500 da cota livre de impostos), ou seja, US$ 750.

Devido a uma mudança nas regras de importação realizada em 2010, alguns eletrônicos, como câmeras digitais, não entram na cota de produtos importados quando comprados para uso pessoal (limite de um produto por pessoa). Informações detalhadas sobre quais produtos podem ser trazidos e cotas de imposto podem ser obtidas no site da Receita Federal.


Notebooks

Notebooks comprados no exterior funcionam normalmente no Brasil. Há apenas dois detalhes a serem observados.

Notebooks: item muito popular na lista de compras de quem vai ao exterior
O primeiro é que será necessário comprar um adaptador para tomadas brasileiras. O padrão americano de tomadas (dois pinos chatos) até é compatível com algumas tomadas brasileiras, mas não todas. Já quem comprar um notebook na Europa terá obrigatoriamente que comprar um adaptador.

LEIA TAMBÉM:
- Guia: Como escolher um notebook

O segundo detalhe é que o teclado dos notebooks importados pode não ter teclas como cedilha e til. Mas é possível configurar o sistema operacional para obter esses caracteres usando outras teclas.

iPhone e outros smartphones

Smartphones desbloqueados comprados na Europa e nos Estados Unidos funcionam sem problemas no Brasil. Nos Estados Unidos, entretanto, o comprador deve sempre verificar se o modelo funciona com a tecnologia GSM, usada por aqui. Naquele país muitos aparelhos são vendidos com a tecnologia CDMA, incompatível com as operadoras brasileiras. Esse risco não existe na Europa, que usa apenas a tecnologia GSM, como o Brasil.


Videogames

Videogames comprados nos Estados Unidos funcionam sem problemas no Brasil. Mas quem pretende trazer um videogame da Europa deve prestar atenção a uma série de detalhes.

Para começar, os consoles Wii e Xbox 360 têm proteção por região. No caso do Wii, esse bloqueio vale para todos os jogos. Ou seja, games comprados no Brasil não rodam em videogames Wii comprados na Europa. Esse problema não afeta videogames comprados nos Estados Unidos, pois a região é a mesma do Brasil.

Xbox 360: bloqueio por região depende dos fabricantes dos jogos

No caso do Xbox 360, o bloqueio por região depende do fabricante de cada jogo. Alguns sites testam jogos europeus para ver sua compatibilidade com o padrão americano (usado no Brasil). Um deles é o Wikia Gaming. Quem tem um Xbox 360 europeu deve consultar um desses sites antes de comprar um jogo no Brasil.

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- Guia de videogames detalha todos os consoles


Quem optar pelo Playstation 3 pode ficar tranqüilo neste aspecto. Esse videogame não tem bloqueio por região. Qualquer jogo, comprado em qualquer país, roda igualmente em todos os consoles PS3.

Outra informação útil para quem quer comprar um videogame na Europa é que o aparelho deve ser conectado à TV brasileira por meio da conexão de vídeo componente, e não da conexão HDMI, a mais usada para conectar equipamentos em alta definição.

O problema ocorre porque poucas TVs brasileiras são compatíveis com as versões do padrão de imagens PAL, usado na Europa (o Brasil usa uma versão própria do PAL, o PAL-M). Essa incompatibilidade impede que a porta HDMI seja usada para conectar aparelhos europeus a TVs brasileiras (e vice-versa). A solução mais simples é usar a conexão de vídeo componente, que não é afetada por essa incompatibilidade e também fornece imagens com qualidade Full HD.

Outro problema para quem compra um videogame na Europa é a tensão elétrica. Diferentemente de notebooks e outros equipamentos eletrônicos com fontes universais, os videogames vêm com fontes preparadas apenas para uma tensão (220v ou 110v). Como muitos países na Europa usam 220v, quem mora em cidades brasileiras que usam 110v terá que comprar uma nova fonte ou um transformador para usar seu videogame.


Aparelhos Blu-ray

Aparelhos Blu-ray vendidos nos Estados Unidos usam a região 1, mesma usada no Brasil. Por isso, podem reproduzir sem problemas discos Blu-ray comprados aqui. Mas isso não ocorre com DVDs comuns, já que Brasil e Estados Unidos estão em regiões diferentes nessa tecnologia (4 e 1, respectivamente).

Alguns aparelhos podem ser desbloqueados usando códigos obtidos na internet para rodarem DVDs de todas as regiões. Mas, se esse não for o caso do seu modelo, é melhor guardar o antigo DVD.

De modo geral, comprar um aparelho Blu-ray na Europa é uma má ideia. Os aparelhos vendidos lá têm região Blu-ray diferente e sofrem da mesma incompatibilidade de padrões PAL mencionada no item relativo a videogames. Por isso, é melhor adquirir players Blu-ray aqui mesmo no Brasil. Esses aparelhos podem ser encontrados no País por cerca de R$ 300.


iPad, Kindle Fire e outros tablets

iPads comprados nos Estados Unidos e na Europa funcionam normalmente no Brasil. Como ocorre com smartphones, quem comprar a versão 3G do iPad nos Estados Unidos deve optar pelo modelo com tecnologia GSM (rede da operadora AT&T), e não pelo modelo com CDMA (operadora Verizon), já que no Brasil todas as operadoras usam a tecnologia GSM. Isso vale não só para o iPad, mas para qualquer tablet com conexão 3G.

Vale lembrar ainda que o iPad 3G, assim como o iPhone 4 e outros smartphones mais recentes, usa um chip do padrão microSIM, menor do que o chip SIM usado na maioria dos celulares. Por isso, quem comprar um desses deve solicitar um chip microSIM à sua operadora.


Kindle Fire: alguns serviços funcionam apenas nos Estados Unidos
Disponível apenas nos Estados Unidos, o Kindle Fire funciona de forma capenga fora daquele país. Fora dos Estados Unidos é possível usar o tablet para navegar na web e comprar e ler livros pelo aplicativo do Kindle. Mas outros serviços, como as lojas de músicas, vídeos e aplicativos da Amazon, não funcionam.

De modo geral, outros tablets com sistema Android funcionam sem problemas no Brasil. Entre os modelos mais populares nos Estados Unidos, apenas o Nook Color não é uma boa opção. Seu grande atrativo, a integração com a loja de livros Barnes & Noble, funciona apenas naquele país.


Apple TV e outras centrais de mídia

A Apple TV funciona apenas parcialmente no Brasil. Quem tem uma conta na iTunes dos Estados Unidos pode alugar vídeos com cartões pré-pagos ou usando um cartão de crédito (desde que tenha endereço de cobrança nos Estados Unidos). Mas alguns recursos, como transmissões de jogos da NBA e de outros eventos esportivos, estão disponíveis apenas nos Estados Unidos. A Apple TV deve chegar em breve ao mercado brasileiro, mas a Apple não revelou quem serão os parceiros de conteúdo para o Brasil.

Restrições de acesso a conteúdo também costumam valer para outras centrais de mídia, como o Roku. Por isso, de modo geral, recomenda-se que o comprador obtenha detalhes sobre os recursos e possíveis bloqueios de cada aparelho antes de comprar.


INVESTIMENTOS EM 2012: ANALISTAS RECOMENDAM CAUTELA

Cenário econômico global incerto e estagnação da economia brasileira levam consultores a indicar investimentos mais conservadores

Carla Falcão, iG São Paulo | 09/12/2011 05:32

Cautela, conservadorismo e canja. Essa é a receita de analistas e consultores para quem enfrenta agora a árdua tarefa de definir uma estratégia de investimentos para 2012. Diante de um cenário repleto de incertezas e de notícias não muito animadoras, é preciso não apenas conhecimento, mas também tranqüilidade e uma boa dose de frieza para tomar as decisões mais adequadas a cada objetivo.

A estagnação da economia brasileira – no terceiro trimestre deste ano, o PIB ficou estável – a crise na Europa e a instabilidade político-econômica verificada nos Estados Unidos são dos três principais fatores que têm tornado mais complicada a decisão de investir. Para piorar, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, acumula entre janeiro e novembro deste ano perdas de 17,9%, o que leva o índice à nada honrosa posição de 33º pior resultado do mundo. Tendo esse quadro em vista, o que é mais (ou menos) recomendado para 2012?

Especialista em finanças pessoais, André Massaro indica o CDB e o tesouro direto, opções que ele considera mais seguras levando em consideração o cenário no curto prazo. “Nada impede que a economia brasileira sofra uma desaceleração em 2012. Por isso, o ideal é manter uma postura defensiva”, afirma.

Ângela Menezes, professora de Finanças do Ínsper, também sugere o Tesouro Direto como opção de renda fixa para quem tem objetivo de investir em 2012 pensando em longo prazo. “Para quem pode deixar o dinheiro por mais tempo, o Tesouro é melhor que outros produtos, como o CDB,” afirma. Segundo ela, comprar títulos do Tesouro nacional “é uma aposta no País – e não nos bancos, como o caso do CDBS – e é para quem acha que o Brasil vai para frente.”

Investidor que estiver disposto a apostar em ações precisa estar preparado para enfrentar oscilações do mercado.

Já o diretor da corretora Pentágono, Marcelo Ribeiro, se diz extremamente pessimista diante do que ele classifica como as três catástrofes potenciais de 2012: a desintegração da zona do euro, a desaceleração da economia na China e o crescimento medíocre dos Estados Unidos. “Ao contrário do que vem sendo dito por alguns políticos e economistas, o Brasil está completamente integrado à economia global, o que não nos livra de enfrentar dificuldades em 2012”, diz.

Ribeiro acrescenta ainda que, historicamente, a moeda e o mercado de ações brasileiro oscilam mais que a média. “Ou seja, se o mundo vai bem, a Bolsa e o real vão muito bem. Mas, se o mundo vai mal, a queda é ainda mais acentuada no Brasil”. Não por acaso, ele recomenda aos investidores que fujam da bolsa de valores em 2012, especialmente se os papéis forem ligados a commodities. O ideal, diz, é apostar em um fundo de renda fixa ou até mesmo em um fundo cambial, uma vez que o dólar pode ser um porto seguro. Já o ouro não é indicado por ele devido à dificuldade que os investidores brasileiros encontram para gerenciar o ativo.

Assim como Ribeiro, o analista de uma das principais corretoras do país também desaconselha os investimentos em Bolsa ao longo de 2012. O analista, que prefere não se identificar para não se indispor com a diretoria da empresa na qual trabalha, diz que este é o pior momento para o investidor pessoa física colocar seu dinheiro em ações. “A menos que a pessoa tenha muita disposição para sofrer e frieza para acompanhar o mercado sem sofrer um infarto a cada desvalorização, não indico o aporte de recursos em ações”, afirma.

Na contramão dessa orientação, Alexandre Wolwacz, sócio da Leandro & Stormer, acredita que 2012 será um ano interessante para fazer investimentos em bolsa. Para justificar sua orientação, ele evoca uma teoria segundo a qual o final dos anos que terminam em 2 são sempre ótimas janelas de oportunidade para comprar ações. “De acordo com essa análise os mercado alcançam o topo nos anos que terminam com 0 e atingem o fundo do poço nos anos que terminam em 2. Foi assim nas décadas de 80 e 90 e no início dos anos 2000”, diz.

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- Onde investir em tempos de crise

Ou seja, segundo Wolwacz, quem estiver disposto a comprar ações deve esperar até o final de 2012, quando, então, poderá levar bons papéis por preços interessantes. Na lista de ações indicadas por ele estão small caps como Randon e Weg.

Se os analistas e consultores ouvidos pelo iG não entram em acordo no que diz respeito às as indicações de tipos de investimentos, eles são unânimes, entretanto, ao aconselharem o investidor pessoa física a não pecar pelo excesso de ousadia no próximo ano. A avaliação é que este não é um bom momento para se arriscar e perder dinheiro.

(Colaborou Olívia Alonso)

Veja ainda:
- Guia para investir em ações


FONTE: IG ECONOMIA