sábado, 14 de janeiro de 2012

BNDES VAI CONCENTRAR RECURSOS DE R$ 23 BILHÕES EM INFRAESTRUTURA

Governo quer acelerar obras como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional


AE | 13/01/2012 18:18

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aprofundar este ano a concentração de seus recursos no financiamento de grandes obras de infraestrutura, que o governo quer acelerar como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional.

Em entrevista ao Grupo Estado, o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do BNDES, Roberto Zurli, disse que o banco se prepara para despejar R$ 23 bilhões em energia, logística e transportes em 2012, quase 28% a mais do que o emprestado em 2011. No ano passado, o crédito do BNDES para grandes projetos de infraestrutura somou pouco mais de R$ 18 bilhões, o que já representou uma alta de 15% em relação a 2010.

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O desempenho fez o setor tomar a liderança da indústria no desembolso total do banco em 2011, ainda não divulgado, de cerca de R$ 140 bilhões. Apesar da retração de 17% do crédito total do BNDES em relação aos R$ 168 bilhões de 2010, a atuação do banco na infraestrutura segue crescendo. "A infraestrutura tem uma demanda crescente e é um motor importante no crescimento do País. Há uma demanda firme de longo prazo", afirmou o diretor do BNDES.

Além de contar com o financiamento do BNDES, o governo tem como estimular os investimentos com o calendário de leilões de concessão. Segundo Zurli, o setor de energia elétrica seguirá liderando os desembolsos do BNDES para infraestrutura este ano. Em 2011, eles consumiram 76% das liberações para a área com o início do desembolso de grandes financiamentos, como os das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e o da planta nuclear de Angra 3, no Rio.

O banco também concedeu um empréstimo-ponte para a construção da usina de Belo Monte, no Pará, cujo financiamento o diretor espera ser aprovado até março. Até lá, diz Zurli, uma nova operação intermediária poderá ser aprovada pelo BNDES.

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"Há essa possibilidade de um ponte adicional para não prejudicar o ritmo das obras, que estão em ritmo acelerado. Tempo é dinheiro para esses projetos", justificou o executivo, lembrando que o modelo de concessão tem vantagens financeiras que estimulam a antecipação do início de operação. Segundo Zurli, o BNDES avaliou bem a superação das pendências do licenciamento ambiental e a reestruturação acionária do consórcio vencedor do leilão de Belo Monte com a entrada de empresas de maior porte e consumidores de energia, como a Vale.

Agora, diz, só faltam serem superados arremates burocráticos para a aprovação do financiamento, que será o maior já concedido pelo banco. "Não há dúvidas quanto ao projeto em si, tecnicamente falando", disse o diretor. O BNDES, que poderá financiar até 80% da obra, cujo orçamento é superior a R$ 20 bilhões. Até agora, a maior operação já aprovada pelo BNDES foi o crédito de Jirau, de R$ 7,2 bilhões. Os desembolsos são feitos no decorrer da obra.



Transportes

Apesar do foco em energia, o BNDES espera aumentar este ano o crédito em outras áreas, como as de portos, ferrovias e rodovias. Zurli diz que o banco "deve apoiar significativamente" os investimentos que serão feitos nos aeroportos privatizados.

O BNDES já conversa informalmente com os grupos que se articulam para disputar as concessões de Guarulhos, Brasília e Viracopos no leilão de fevereiro. No radar do banco também está o Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Campinas, São Paulo e Rio, no qual mais uma vez figura como principal financiador caso o governo consiga concretizar o leilão este ano.

Segundo Zurli, o banco tem recursos para seguir como principal financiador de longo prazo na área de infraestrutura, cuja superação de gargalos pode estimular investimentos privados em setores como o industrial. Ele diz que o protagonismo da área de infraestrutura no desembolso total do banco não está garantido este ano, a depender de como será a demanda na área industrial com a perspectiva de alta dos investimentos em setores como o de petróleo e gás.

Somando o crédito para grandes projetos às operações indiretas de menor porte, como as de aquisição de máquinas, equipamentos e veículos, a infraestrutura respondeu por 41% de todas as liberações do BNDES até outubro, enquanto a indústria ficou com 31%.

Comércio, serviços e agropecuária ficaram com os outros 28%. Em 2010, sob impacto do aporte do BNDES na capitalização da Petrobrás, a indústria ficou com 47% dos recursos do banco. O BNDES ainda financia investimentos em infraestrutura urbana, como saneamento e mobilidade, que estão na área de Inclusão Social. Também ficam nessa área os financiamentos para estádios e hotéis para a Copa de 2014, que já têm mais de R$ 3 bilhões contratados.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

HERDEIROS QUEREM VENDER EMPRESAS NO BRASIL, MAS PEDEM FORTUNAS

Segundo DealMaker, elevados preços pedidos pelos empresários são um dos maiores entraves para concretização de aquisições no País


Claudia Facchini, iG São Paulo | 12/01/2012 05:00


Muitas empresas no Brasil que se expandiram durante o período de estabilização econômica atravessam agora uma fase crítica: a sucessão no comando nos negócios. Empresas fundadas ou que cresceram ao longo dos últimos 20, 30 anos estão passando por um período de sucessão e isso deve alimentar o movimento de fusões e aquisições no País, na visão de especialistas.

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Algumas companhias brasileiras não se prepararam para transferir o comando e agora se vêem em uma situação difícil, em que a venda do controle parece ser a melhor alternativa. Em alguns casos, os herdeiros das empresas também acreditam ser este o melhor momento para vendê-las, já que existe uma grande procura por negócios no Brasil e os compradores estão pagando bem - às vezes muito bem.

Um exemplo foi a compra da Schincariol pelo grupo japonês Kirin, que teria pagado uma fortuna pelo controle da cervejaria brasileira. Os japoneses desembolsaram R$ 4 bilhões pelo controle, que pertencia aos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol, e depois mais outros R$ 2 bilhões pelas ações restantes. Especialistas do setor acreditam que o valor pago pelos japoneses ficou R$ 1 bilhão acima até mesmo das avaliações mais generosas.


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Mas, segundo os sócios da DealMaker, firma especializada em fusões e aquisições com foco em médias empresas, um dos maiores entraves neste momento para a concretização de negócios no Brasil são justamente os elevados preços que os empresários brasileiros têm em mente. “As expectativas que os empresários têm sobre o valor de suas empresas estão inflacionadas. Conseguir fechar uma transação está mais complicado”, afirma Marcos Mellão Alves de Lima, sócio da DealMaker.

Essa visão inflada de preço afeta particularmente as aquisições por fundos de private equity, que normalmente buscam taxas de retorno mais agressivas e pagam menos por participações minoritárias ou majoritárias nas companhias do que os estratégicos, ou os grupos que atuam em um determinado segmento, diz Daniel Benzercy Carneiro Cunha, também sócio da DealMaker.



Dificuldades para crescer


Mas, em contrapartida, as empresas familiares enfrentam dois obstáculos para financiar uma nova rodada de crescimento, o que cria um terreno fértil para aquisições por parte dos fundos de private equity. O apetite por aberturas de capital, que seria um caminho para muitos grupos familiares, já não é tão grande. Os preços que os investidores agora estão dispostos a pagar pelas ações das novatas na bolsa não são mais tão atraentes como eram antes da crise mundial, em 2009.

O endividamento também se transformou em um problema nos dias de hoje diante das turbulências mundiais. Companhias que se alavacaram para fazer aquisições estão sendo pressionadas e precisam vender ativos. Esse é, por exemplo, o caso da Hypermarcas. Segundo notícias veiculadas pela imprensa, o BTG estaria interessado em entrar no capital da fabricante brasileira de bens de consumo, embora tenha negado que estaria disposto a fazer isso à revelia de seus controladores.


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FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Eles vieram de famílias de classe média baixa e hoje têm R$ 1 milhão no banco

Conheça histórias de gente como Marco Falcone, cujo melhor tênis na infância foi um Kichute, mas que com planejamento e disciplina conquistou a independência financeira

João Paulo Nucci, especial para o iG | 11/01/2012 05:48

 
Foto: Divulgação
Falcone: sem herança e assalariado, mas com planos claros e disciplina financeira ao longo de 20 anos

O engenheiro Marco Falcone, de 42 anos, virou o ano desempregado. Mas estava absolutamente tranquilo com relação a isso. É que ele juntou, ao lado da esposa Regina Tesima, um patrimônio milionário em pouco mais de duas décadas de trabalho e de vida em comum. “Nosso objetivo sempre foi ter uma reserva financeira que nos desse segurança em momentos como esse”, diz Falcone, que nunca recebeu herança e sempre trabalhou como assalariado, assim como Regina.

“Ambos viemos de famílias de classe média baixa e, desde o começo, pensamos em guardar dinheiro para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos na infância. Eu sempre estudei em colégio estadual e o melhor tênis que tive foi um Kichute”, afirma o pai de dois filhos pequenos.


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A fórmula do casal para ficar milionário envolveu uma disciplina rígida desde quando ambos passaram a trabalhar, no início dos anos 1990. Eles chegavam a guardar 50% do que recebiam, mesmo quando o orçamento era apertado. “A gente se adaptou a um padrão de vida e, quando passamos a ganhar mais, mantivemos esse padrão”, diz Falcone.

Cada bem ou serviço adquirido pela família de lá para cá – o que inclui a casa em que moram atualmente, em Curitiba – foi fruto de muito planejamento e estudo. “Temos uma vida normal. Não deixamos de fazer nada. Nossa lua-de-mel foi em Buenos Aires e eu estudei inglês nos Estados Unidos”, afirma Falcone. “A diferença é que a gente se programa para fazer as coisa.”

Com o tempo, a dupla de poupadores contumazes foi aprendendo a fazer investimentos mais sofisticados, como a bolsa de valores e os fundos imobiliários. “A gente começou com o basicão, que são os fundos de investimentos”, diz Falcone. “É bom salientar que a gente não ganhou rapidamente na bolsa. Foi a aplicação das sobras do nosso orçamento que nos fez chegar lá.” O patrimônio do casal atingiu a casa do milhão de reais em 2007 – mesma época em que Falcone e Regina resolveram contar a experiência em livro (veja biblioteca básica sobre como juntar R$ 1 milhão).

Mesmo tendo condições de ficar sem trabalhar por um longo período, graças aos rendimentos de seus investimentos, Falcone está pronto para voltar ao mercado de trabalho, enquanto sua mulher, também engenheira, permanece empregada na iniciativa privada.


Foto: Greg Salibian/iG
Calil e as regras de ouro de quem chegou lá: poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e obter pelo menos 1% de rendimento real por mês


Já o administrador de empresas Mauro Calil, de 42 anos, aposentou-se da carreira de executivo há oito anos, após perceber que seus investimentos garantiriam a manutenção do padrão de vida. “Eu trabalhava em multinacional. Minha jornada era de, no mínimo, 11 horas por dia”, diz Calil. “Fui mandado embora e resolvi levar uma vida mais sossegada.”

Calil nasceu numa família paulistana de classe média alta, mas garante que sua fortuna é fruto do próprio trabalho e das decisões que tomou na gestão de seus investimentos. “Eu já ganhava bem, mas resolvi permanecer morando na casa dos meus pais até os 30 anos”, afirma. “Só saí de lá quando consegui comprar meu próprio lugar.”

Ele também se aproveitou dos benefícios oferecidos pelas empresas nas quais trabalhou para poupar. “Eu usava um carro da empresa, que também pagava os almoços que eu fazia com clientes.” Em alguns momentos, Calil chegou a conseguir poupar 90% do que ganhava. O primeiro milhão e a independência financeira vieram pouco antes dos 30 anos.

Para se manter em atividade, Calil resolveu passar a dar aulas, palestras e consultoria sobre finanças pessoais, tema que também o inspirou a escrever um livro (veja aqui). As regras de ouro, segundo ele, são poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e conseguir obter pelo menos 1% de rendimento real por mês sobre o dinheiro investido (isso quer dizer que é preciso descontar a inflação e as taxas cobradas pelos bancos e corretoras para se chegar ao valor líquido conseguido). Também é preciso, claro, ter paciência para ver o bolo crescer e chegar à casa do milhão.
 
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CES 2012: TVs evoluem e agora podem “ver e ouvir” espectadores

Simplificar a interface de TVs é tendência e se tornou preocupação número 1 de grandes fabricantes, como Samsung e LG


Claudia Tozetto, enviada a Las Vegas | 10/01/2012 05:00

Em vez de usar um controle remoto, imagine falar com a TV ou gesticular em frente a uma câmera para trocar de canal ou aumentar o volume. A tecnologia parece futurista demais, mas já está disponível nas TVs da LG e da Samsung lançadas na Consumer Electronics Show (CES) 2012, feira de tecnologia que será aberta ao público hoje (10), em Las Vegas (EUA).


Foto: Getty Images Ampliar
Nova versão da TV conectada da Samsung ganhará reconhecimento de voz e gestos


Para Scott Ahn, diretor global de tecnologia da LG, comandos de voz e de gestos se tornarão cada vez mais fundamentais para simplificar o uso das tecnologias e a novidade não ficou fora das novas TVs que devem chegar ao mercado até o final de 2012. “A interface das TVs se tornará mais natural do que jamais foi, mas foram necessários vários anos de pesquisa para chegar a estas novas tecnologias”, diz Ahn.

A Samsung também apostou no reconhecimento de voz e gestos em sua nova linha de TVs. “A plataforma SmartTV evoluirá a cada ano. O usuário poderá ter, a cada ano, uma nova TV com novos recursos”, disse Boo-Keun Yoon, presidente mundial da divisão de eletrônicos de consumo da Samsung. As TVs mais avançadas da marca, que chegam ao mercado até o final de 2012, sairão de fábrica com câmera integrada para reconhecimento facial e de gestos.



Voltando às origens

Simplificar a interação dos usuários com os dispositivos, segundo Shawn Dubravac, diretor de pesquisas da Consumer Electronics Association (CEA), entidade que organiza a CES, é um tendência para o futuro. “Os primeiros controles remotos eram fáceis de usar porque tinham apenas quatro botões, mas os fabricantes encheram os controles de botões, que nunca usamos”, disse Dubravac ontem, em evento pré-CES.

A evolução, segundo o consultor, começou no ano passado, quando alguns fabricantes lançaram seus primeiros controles remotos com sensores para interagir com a TV por meio de movimento, como no console Nintendo Wii. Este foi o primeiro passo para simplificar a tecnologia. “O próximo passo será tornar a interação mais natural”, disse Dubravac.

Além das TVs, o controle de dispositivos por voz e gestos deve chegar, em breve, a outros dispositivos, como computadores (a Intel já demonstrou na CES 2012 os futuros ultrabooks que oferecerão o recurso) e também em smartphones (até agora, a Apple oferece o sistema mais avançado de reconhecimento de voz, o Siri).



Chips poderosos chegam às TVs

Com os recursos de reconhecimento de voz e gestos --além da conexão de internet, que deve estar na maioria das TVs lançadas em 2012-- os televisores ficam cada vez mais parecidos com os computadores. Para suportar estas novas funcionalidades de software, no entanto, era preciso desenvolver um novo processador para as TVs, com maior poder do que os atualmente usados.

No último ano, segundo Ahn, a LG desenvolveu seu próprio chip para TVs, com quatro unidades de processamento gráfico (GPUs) que funcionam ao mesmo tempo. Os resultados mostram imagens cada vez mais nítidas e velocidade maior na navegação na internet por meio da TV e também na instalação de aplicativos, outra tendência para o futuro das TVs conectadas.

A concorrência entre as fabricantes, no entanto, está acirrada. A Samsung também desenvolveu um processador com quatro núcleos para sua nova linha de TVs. Além de suportar os novos recursos de reconhecimento de voz e gestos, o chip foi necessário, segundo Tim Baxter, presidente da Samsung America, para suportar novos recursos de sincronização de conteúdo em nuvem. “Todo o conteúdo armazenado pelo usuário, como fotos, poderá ser acessado a partir de qualquer dispositivo SmartTV ou Galaxy”, disse Baxter. 
 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CES 2012: Mercado de tecnologia alcançará R$ 1,8 trilhão em 2012

Dados da consultoria GfK e da Consumer Electronics Association mostram que América Latina puxa crescimento do setor

Claudia Tozetto, enviada a Las Vegas | 09/01/2012 05:30


O mercado de tecnologia pessoal, que inclui smartphones, tablets, tocadores de DVD, TVs, computadores, entre outros produtos, deve representar R$ 1,8 trilhão (US$ 1 trilhão) em 2012. Os dados, coletados pela consultoria GfK em parceria com a Consumer Electronics Association (CEA), foram apresentados neste domingo, em Las Vegas (EUA), durante os eventos realizados antes do início da Consumer Electronics Show (CES) 2012.
 
 
Foto: Getty Images Ampliar
Smartphones e tablets são responsáveis pela maior parte do crescimento das vendas de tecnologia no mundo


O total representa a receita do mercado como um todo e, segundo Steve Bambridge, diretor global de negócios da GfK, representam crescimento de 5% em relação a 2011. No ano passado, a receita do setor de tecnologia pessoal chegou a US$ 993 bilhões – menor que a esperada “devido aos problemas econômicos ocorridos nos EUA, Europa e o terremoto no Japão”, explicou Bambridge.

A América Latina, além da região emergente da Ásia que inclui a China, é uma das regiões que lideram o crescimento do mercado de tecnologia em todo o mundo. Em 2010, a América Latina representou 34% do crescimento do mercado registrado no período, enquanto em 2011 a participação da região diminuiu para 11%, índice que deve se manter estável em 2012. “O Brasil é o país mais importante da região, mas apesar do crescimento explosivo, o total de unidades de smartphones e tablets vendidos ainda é pequeno”, disse Bambridge ao iG.

Ainda assim, de acordo com Bambridge, o crescimento da região é impressionante, já que a participação de países desenvolvidos, como EUA, Japão e alguns países europeus, caem a cada ano. Em 2011, os EUA contribuíram para apenas 5% do crescimento do setor e o Japão, apenas 2%. Entre os motivos, está a crise econômica e também o alcance destas tecnologias nestas regiões, onde quase toda a população pode ter acesso a elas. Enquanto isso, o Brasil engatinha no acesso à tecnologia. “No caso das TVs, por exemplo, só vamos considerar o Brasil um mercado maduro em 2017”, diz Bambridge.



Tablets e smartphones crescem menos em 2012
As vendas de smartphones se mantêm como motor de crescimento do mercado de tecnologia em todo mundo. Em 2012, segundo a GfK, elas representarão 22% do total em 2012. Em segundo lugar está a categoria de computadores móveis, que inclui os notebooks e os ultrabooks. Eles representarão 15% das vendas de tecnologia em 2012.


 
Foto: Tech Crunch
Vendas de tablets crescem em 2012, mas serão menos expressivas que em 2011


Em contrapartida, os celulares básicos, sem funções como acesso a internet e instalação de aplicativos, começam a enfrentam uma queda leve nas vendas. Em 2011, eles representavam uma fatia de 10% do total de eletrônicos vendidos, mas ela será reduzida para 8% em 2012. Outra categoria de produtos que deve perder espaço nos próximos anos são as câmeras digitais, que representam apenas 4% do mercado global de tecnologia pessoal.

“É uma das categorias de produtos que estão sendo canabalizadas pelos smartphones e tablets”, diz Steve Koenig, diretor de análise da indústria da CEA. Nos próximos anos, segundo o estudo, as impressoras também devem perder cada vez mais espaço, já que as pessoas preferem armazenar as informações apenas em formato digital.
 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

VAREJISTAS COMEÇAM O ANO COM GUERRA DE LIQUIDAÇÕES

Magazine Luiza fará tradicional queima de estoques na sexta-feira; Casas Bahia, Carrefour e Walmart também estão em oferta


iG São Paulo | 02/01/2012 17:51 - Atualizada em 04/01/2012 11:53


Consumidores passam madrugada em filas em busca das melhores pechinchas na tradicional liquidação do Magazine Luiza

Apesar de já terem antecipado em parte as liquidações ainda em dezembro, especialmente na internet, os grandes varejistas começaram o ano em oferta. O Magazine Luiza realiza nesta sexta-feira (6) sua tradicional “Liquidação Fantástica” nas 728 lojas do grupo em 16 Estados do Brasil.

A promoção, lançada pela varejista em 1994, também será realizada nas unidades que foram adquiridas pela empresa, que comprou em 2011 as lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Silvio Santos, e a rede de lojas Maia, no Nordeste, em 2010. O Magazine Luiza espera atrair milhões de consumidores em busca de pechinchas e promete descontos de até 70% em cerca de 3 milhões de produtos.

Os concorrentes, porém, abriram a temporada de liquidações logo no primeiro dia útil do ano, com promessas de descontos de até 70% e pagamento em até 24 parcelas, dependendo do produto.

O Carrefour anunciou que manterá as ofertas de queima de estoques até hoje (4). O Walmart vai estender o seu saldão até o domingo (8). As Casas Bahia anunciou que manterá as ofertas até o fim de semana ou até quando durarem os estoques.


Internet continua em liquidação

As lojas virtuais do Grupo Pão de Açúcar, que controla os sites do Extra, Casas Bahia e Ponto Frio, começaram a fazer saldões de queima de estoques ainda no dia 21 de dezembro, quando já não haveria mais tempo de garantir a entrega de mercadorias na casa dos clientes até o Natal. Muitas varejistas online também realizaram o "Boxing Day", no dia 26 de dezembro, imitando a liquidação americana.

Os principais sites, como Americanas, Submarino, Ponto Frio, Extra, Casas Bahia, continuam em liquidação neste começo do ano para concorrer com o varejo físico, com descontos de 10% e 20% e oferta de frete grátis.


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Natal mais fraco

As vendas realizadas na semana do Natal (18 a 24 de dezembro) cresceram 2,8% em todo o país, na comparação com igual semana de 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio- Natal 2011. No ano passado, em relação a 2009, as vendas nesse período haviam crescido 15,5%.

No final de semana que antecedeu o Natal (16 a 18 de dezembro) o crescimento nas vendas foi de 2,5%, quando comparado com o final de semana equivalente do ano anterior (17 a 19 de dezembro). Em 2010, as vendas de última hora para o Natal haviam registrado uma elevação de 13% sobre 2009.


FONTE: IG ECONOMIA

Comece 2012 com emprego novo


Existem 40 mil oportunidades em empresas privadas no País, além de mais de 50 mil vagas no setor público



Pedro Henrique Carvalho, iG São Paulo | 05/01/2012 05:00



Se você incluiu a mudança de emprego entre as resoluções de ano novo, uma boa notícia. Muitas empresas estão à procura de profissionais neste início de ano.
Só a Vagas Tecnologia, sistema utilizado pelo departamento de recursos humanos de 1.700 companhias privadas que atuam País, possui 40 mil oportunidades de emprego não preenchidas em seu banco de dados. No setor público, existem 62 mil vagas disponíveis entre as diversas esferas de governo e para profissionais de todos os níveis.

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Em algumas áreas, a demanda por profissionais está mais aquecida, o que significa a possibilidade de melhores remunerações. Infraestrutura, tecnologia da informação, internet, comércio, petróleo e gás e mineração são alguns dos setores que possuem vagas em aberto.

A procura por engenheiros, em especial, é grande nas empresas devido aos investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura para Copa do Mundo e Olimpíada e na exploração do petróleo do pré-sal. “Em engenharia, tudo que está ligado a bens de capital sob encomenda está em alta. Profissionais técnicos, especialistas de máquinas e manutenção de equipamentos de alto custo, alta precisão e alta tecnologia são os mais solicitados”, afirma Roberto Picino, diretor da Page Personnel, consultoria especializada em recrutamento e seleção.

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“Também notamos um aumento na demanda de empresas de turismo e hotelaria, que visam os grandes eventos esportivos dos próximos anos, mas esse movimento deve se intensificar mesmo em 2013”, afirma Luís Testa, gerente de vendas da Vagas Tecnologia.

Segundo Picino, as turbulências no cenário econômico deixaram as empresas mais cautelosas na hora de contratar. “Os empregadores tendem a contratar com mais critério e menos pressa. Experiência e boa formação ainda são importantes, mas é cada vez mais necessário ter traços de comportamento favoráveis – como brilho nos olhos, proatividade, se sentir parte do negócio e ter facilidade de comunicação”, diz. “No geral, a perspectiva para 2012 é otimista.”

O mercado de construção, segundo ele, continua em alta, com foco em loteamentos e construção comercial. Os cargos mais demandados são técnicos e tecnólogos em edifiicações, especialmente os que ficam alocados em obras.

No setor de bens de consumo, profissionais responsáveis por planejamento de demanda (manutenção de estoques) se destacam, especialmente em indústrias e grandes varejistas. Compradores técnicos com foco no mercado mundial e bons conhecimentos sobre impostos também tem sido bastante demandados, afirma a Page Personnel.

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O setor de tecnologia da informação, no qual o número de vagas cresce por volta de 6,5% ao ano, também deve contratar em 2012. O setor já emprega 1,2 milhão de pessoas no País, segundo a Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de TI e Comunicação). “Nesse setor, quem tem uma formação adequada, tem emprego garantido”, diz Picino, diretor da Page Personnel. Só a Stefanini e a Totvs devem oferecer sozinhas o equivalente a 5% das vagas de todos os concursos públicos que serão realizados no Brasil em 2012.


VEJA ALGUMAS EMPRESAS QUE BUSCAM PROFISSIONAIS


1) Commodities, infraestrutura e indústria:

A mineradora pretende contratar 7.100 profissionais em 2012, sendo 4.500 no Brasil. Dentre estes, estarão 600 engenheiros e 1.500 técnicos, muitos dos quais sairão dos programas de formação de mão de obra da empresa. A empresa também prevê ampliar o número de vagas abertas para seu Programa de Formação Profissional, voltado para os níveis médio e técnico. Em 2012, a previsão é de que sejam abertas 3.300 vagas, 22% a mais que em 2011. No momento, a empresa tem 400 vagas em aberto para o programa em Minas Gerais. A Vale também prevê abrir vagas em suas especializações para engenheiros e geólogos. Trata-se de cursos de pós-graduação em mineração, ferrovia, porto e implantação de projetos de capital, que serviram de porta de entrada na empresa para mais de 300 engenheiros em 2011.As inscrições para o Programa de Estágio serão abertas em abril e setembro. A empresa ainda está definindo o número de vagas para 2012. No ano passado, foram abertas um total de 1.600 vagas. Mais formações no site http://www.vale.com.br/pt-br/carreiras/paginas/default.aspx
Foto: AE Ampliar
Funcionário da Vale mostra minério de ferro, que serve de base para produção de aço


Vale -


EBX - O grupo do empresário Eike Batista tem cerca de 300 vagas de emprego abertas neste mês, para profissionais com ensino superior, técnico e médio. As oportunidades podem ser encontradas em todas as áreas em que o grupo atua, que incluem petróleo (OGX), energia (MPX), logística (LLX) e mineração (MMX). Mais informações no site www.ebx.com.br


Embraer - A fabricante brasileira de aeronaves, com ede em São José dos Campos, no estado de São Paulo, pretende contratar 200 engenheiros em 2012. Deste total, aproximadamente 100 vagas serão destinadas para o novo escritório de engenharia que será aberto em Minas Gerais, próximo a Belo Horizonte. Os profissionais serão contratados localmente e vão trabalhar no desenvolvimento de produtos. Mais informações no site http://www.embraer.com/pt-BR/trabalhe-embraer/Paginas/default.aspx



2) Internet

Nova Pontocom – O braço de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar, que controla os sites do Extra, Ponto Frio e Casas Bahia, possui sete vagas em aberto para webdesigners. A empresa também está contratando profissionais para a área de TI e planejamento logístico e estratégico. Os interessados devem mandar e-mail para curriculo@novapontocom.com.br

Netshoes - A varejista online de calçados e artigos esportivos planeja abrir 128 vagas no primeiro trimestre deste ano. Do total, 104 são para a área operacional e 24 administrativas, em áreas como logística, marketing, relacionamento com o cliente, comercial, produção, recursos humanos, projetos e processos, TI, financeiro e fiscal e consultoria esportiva. Há ainda vagas que só são divulgadas pelo site da companhia, por exigirem perfil muito específico. Os interessados devem acessar a área “trabalhe conosco”, na área inferior do site da companhia www.netshoes.com.br ou o site www.vagas.com.br/netshoes




3) Comércio

Grupo Pão de Açúcar – A maior varejista do País possui 1.500 vagas abertas na Grande São Paulo.  Todas são em lojas do grupo, que é dono das redes Pão de Açúcar, Extra, Ponto Frio e Casas Bahia. Estão disponíveis cargos de liderança de loja, chefia de setor, operador de supermercados, operador de caixa, mercearia, fiscal de prevenção de perdas, balconista de drogaria, atendente de drogarias, frentista, vendedor de eletroeletrônicos, padeiro, confeiteiro, açougueiro e peixeiro. Mais informações no site:  http://www.grupopaodeacucar.com.br/candidatos/


Renner – Uma das três maiores redes de lojas de vestuário tem vagas abertas em duas cidades gaúchas, Erechim e Santa Maria. Em Erechim, elas são para os cargos de assistente de vendas, assistente de produtos financeiros, auxiliar de estoque e fiscal de loja, na unidade do centro da cidade. Em Santa Maria, a rede varejista de moda procura, além dos cargos citados acima, auxiliares de loja para trabalhar no Shopping Royal Plaza. Interessados nas vagas devem enviar e-mail para oportunidades@lojasrenner.com.br




4) Tecnologia da Informação

Stefanini – Uma das maiores empresas brasileiras de soluções tecnológicas deve contratar 2,5 mil pessoas no ano que começa, metade desse contingente no Brasil. A a outra metade, nos 28 países onde atua. Mais informações no site http://curriculum.stefanini.comTotvs - A líder em softwares no Brasil e na América Latina busca profissionais como analistas de sistemas e analistas de negócios. “Contratamos cerca de 300 profissionais nos últimos seis meses e o planejamento é continuar nesse ritmo bom em 2012”, diz Alexandre Mafra, diretor de recursos humanos da empresa.




5) Bancos

Itaú - Em sua página na internet, o banco possui 184 postos abertos, em diversas áreas e em todo o País. O maior número de vagas é para atendente comercial e orientador de autoatendimento, mas há também postos nos ramos de crédito ao consumidor, empresas, jurídico, risco e finanças, seguros e tecnologia. Mais informações no site http://vagas.com.br/PagEmpr.asp?e=itauunibanco&t=4533


(Colaboraram Danielle Assalve, Dubes Sonego, Claudia Facchini, Aline Cury Zampieri e Olivia Alonso)

 
FONTE: IG ECONOMIA