terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Comprar um usado ou não, eis a questão

Com tanta oferta de carro novo, vale a pena arriscar em um usado? Confira nossas dicas para fazer um bom negócio

Guilherme Pontes | 16/1/2012 14:38
Nunca se vendeu tanto carro no Brasil como atualmente. Seja zero ou usado. Isso mesmo, os carros usados também estão em alta. Em 2011, foram emplacados cerca de 8,9 milhões de veículos usados ante 8,4 milhões no mesmo período em 2010.

Se você está interessado em fazer com que esse número aumente, é necessário tomar alguns cuidados. iG Carros conversou com alguns especialistas e destacou algumas dicas para decidir ou negociar o tão sonhado “velhinho”.


Valor

Geralmente é o que mais atrai nestes modelos. Afinal, a desvalorização média de um veículo após sair da concessionária é de cerca de 15%. Segundo o consultor automotivo da ADK, Paulo Garbossa, a desvalorização é uma ‘hipérbole’. “Ela é alta no começo, mas depois é menor com o tempo. Os três primeiros anos são os que desvalorizam mais.”. Ou seja, levando esse raciocínio em conta, um modelo de 2006 não teria o preço tão desvalorizado se comparado ao ao de 2007 quanto o de 2008 teria em relação ao de 2009.
No entanto, tem que se tomar muito cuidado com o preço. Para Vitor Meizikas, consultor da Molicar, a manutenção é considerada uma depreciação não-direta. “Com três ou quatro anos de vida, o veículo começa a ter que trocar peças mais caras. É um dinheiro que vai e não volta, impossível de recuperar na venda”. Essas considerações precisam ser levadas em conta.


Equipamentos/Peças

A vantagem de comprar um usado está justamente nos equipamentos, pois, como o modelo desvaloriza logo de cara 15%, é possível comprar um mais completo por um preço de um novo ‘pelado’. No entanto, a peça do modelo não deprecia. Ou seja, o valor de manutenção permanece alto, embora o preço do carro esteja depreciado. “Uma pastilha de freio não perde valor de mercado, por exemplo. Um modelo usado com uma tecnologia avançada terá as peças caras, mesmo se tiver seis anos de uso”, destaca Meizikas.
Já Garbossa alerta para uma questão importante, a reposição de peças. Para ele, se um modelo não vendeu muito, será mais difícil encontrar peças no mercado. “É importante saber quanto o modelo vendeu e se ele compartilha peças com outros carros da marca. Senão a peça de reposição pode virar uma dor de cabeça”, explica. Mesmo que a legislação exija que as empresas produzam peças até 10 anos após o encerramento da produção de um determinado veículo, na prática isso pode não acontecer. Por isso as autopeças dão preferência aos modelos que mais venderam.



Financiamento

De cara, tanto Garbossa quanto Meizikas fizeram ressalvas para o financiamento. “Financiamento de veículo usado é mais caro. No caso de calote, o banco recolhe o veículo e, por se tratar de um modelo já rodado, pode ficar mais complicado vender e reaver a dívida”, diz Garbossa. E olha que 70% dos veículos são adquiridos por financiamento.


Seguro

Claro que varia muito de acordo com o perfil do motorista. Mas o seguro de um veículo usado pode não se alterar muito em relação ao novo. “Depende do modelo. Mas se você pegar um modelo usado que ainda tem versão 0 km nas lojas e fizer uma cotação, vai ver que o preço será parecido”, diz Meizikas.
Há ressalvas, pois modelos antigos com airbag podem ter o valor mais caro. “A tecnologia de airbag não era tão desenvolvida. Ao estourar num batida, o valor de conserto era altíssimo. As seguradoras levam isso em consideração”, conta Garbossa. O valor de reparação de um modelo atmbém influi no valor. “Se for modelo importado completo, pode deixar o seguro bem mais caro que um 0 km nacional”, diz.
Impostos

O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) tende a ser mais barato em veículos usados. O IPVA é 3% do valor do carro flex e 4% do veículo a gasolina. Portanto, como o modelo desvaloriza, o imposto segue o mesmo caminho.


Outras observações

Comprar carro usado depende muito do estado de conservação, por isso o preço pode variar tanto É muito importante estudar a procedência dos carros (veja dicas para avaliar um veículo usado no infográfico acima). Checar se as revisões preventivas foram feitas, se não há nenhuma reclamação judicial sobre o modelo, verificar se os impostos foram pagos e se não há nenhum parcela pendente.. Com o número de RENAVAM, é possível consultar as pendências judiciais. Já a revisão, será necessária a ajuda de um mecânico de confiança para verificar o desgaste das peças.

O engenheiro mecânico Adriano Fontoura recomenda a verificação do estado dos pneus e dos tecidos internos, entre outros. “Levante a tampa do porta-malas para saber se há terra ou excesso de poeira, para saber onde esse carro andou. Veja freios, suspensão, arranhões na pintura, tudo. Se possível, dê uma volta antes”, avalia.

FONTE: IG CARROS

sábado, 14 de janeiro de 2012

BNDES VAI CONCENTRAR RECURSOS DE R$ 23 BILHÕES EM INFRAESTRUTURA

Governo quer acelerar obras como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional


AE | 13/01/2012 18:18

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aprofundar este ano a concentração de seus recursos no financiamento de grandes obras de infraestrutura, que o governo quer acelerar como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional.

Em entrevista ao Grupo Estado, o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do BNDES, Roberto Zurli, disse que o banco se prepara para despejar R$ 23 bilhões em energia, logística e transportes em 2012, quase 28% a mais do que o emprestado em 2011. No ano passado, o crédito do BNDES para grandes projetos de infraestrutura somou pouco mais de R$ 18 bilhões, o que já representou uma alta de 15% em relação a 2010.

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O desempenho fez o setor tomar a liderança da indústria no desembolso total do banco em 2011, ainda não divulgado, de cerca de R$ 140 bilhões. Apesar da retração de 17% do crédito total do BNDES em relação aos R$ 168 bilhões de 2010, a atuação do banco na infraestrutura segue crescendo. "A infraestrutura tem uma demanda crescente e é um motor importante no crescimento do País. Há uma demanda firme de longo prazo", afirmou o diretor do BNDES.

Além de contar com o financiamento do BNDES, o governo tem como estimular os investimentos com o calendário de leilões de concessão. Segundo Zurli, o setor de energia elétrica seguirá liderando os desembolsos do BNDES para infraestrutura este ano. Em 2011, eles consumiram 76% das liberações para a área com o início do desembolso de grandes financiamentos, como os das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e o da planta nuclear de Angra 3, no Rio.

O banco também concedeu um empréstimo-ponte para a construção da usina de Belo Monte, no Pará, cujo financiamento o diretor espera ser aprovado até março. Até lá, diz Zurli, uma nova operação intermediária poderá ser aprovada pelo BNDES.

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"Há essa possibilidade de um ponte adicional para não prejudicar o ritmo das obras, que estão em ritmo acelerado. Tempo é dinheiro para esses projetos", justificou o executivo, lembrando que o modelo de concessão tem vantagens financeiras que estimulam a antecipação do início de operação. Segundo Zurli, o BNDES avaliou bem a superação das pendências do licenciamento ambiental e a reestruturação acionária do consórcio vencedor do leilão de Belo Monte com a entrada de empresas de maior porte e consumidores de energia, como a Vale.

Agora, diz, só faltam serem superados arremates burocráticos para a aprovação do financiamento, que será o maior já concedido pelo banco. "Não há dúvidas quanto ao projeto em si, tecnicamente falando", disse o diretor. O BNDES, que poderá financiar até 80% da obra, cujo orçamento é superior a R$ 20 bilhões. Até agora, a maior operação já aprovada pelo BNDES foi o crédito de Jirau, de R$ 7,2 bilhões. Os desembolsos são feitos no decorrer da obra.



Transportes

Apesar do foco em energia, o BNDES espera aumentar este ano o crédito em outras áreas, como as de portos, ferrovias e rodovias. Zurli diz que o banco "deve apoiar significativamente" os investimentos que serão feitos nos aeroportos privatizados.

O BNDES já conversa informalmente com os grupos que se articulam para disputar as concessões de Guarulhos, Brasília e Viracopos no leilão de fevereiro. No radar do banco também está o Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Campinas, São Paulo e Rio, no qual mais uma vez figura como principal financiador caso o governo consiga concretizar o leilão este ano.

Segundo Zurli, o banco tem recursos para seguir como principal financiador de longo prazo na área de infraestrutura, cuja superação de gargalos pode estimular investimentos privados em setores como o industrial. Ele diz que o protagonismo da área de infraestrutura no desembolso total do banco não está garantido este ano, a depender de como será a demanda na área industrial com a perspectiva de alta dos investimentos em setores como o de petróleo e gás.

Somando o crédito para grandes projetos às operações indiretas de menor porte, como as de aquisição de máquinas, equipamentos e veículos, a infraestrutura respondeu por 41% de todas as liberações do BNDES até outubro, enquanto a indústria ficou com 31%.

Comércio, serviços e agropecuária ficaram com os outros 28%. Em 2010, sob impacto do aporte do BNDES na capitalização da Petrobrás, a indústria ficou com 47% dos recursos do banco. O BNDES ainda financia investimentos em infraestrutura urbana, como saneamento e mobilidade, que estão na área de Inclusão Social. Também ficam nessa área os financiamentos para estádios e hotéis para a Copa de 2014, que já têm mais de R$ 3 bilhões contratados.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

HERDEIROS QUEREM VENDER EMPRESAS NO BRASIL, MAS PEDEM FORTUNAS

Segundo DealMaker, elevados preços pedidos pelos empresários são um dos maiores entraves para concretização de aquisições no País


Claudia Facchini, iG São Paulo | 12/01/2012 05:00


Muitas empresas no Brasil que se expandiram durante o período de estabilização econômica atravessam agora uma fase crítica: a sucessão no comando nos negócios. Empresas fundadas ou que cresceram ao longo dos últimos 20, 30 anos estão passando por um período de sucessão e isso deve alimentar o movimento de fusões e aquisições no País, na visão de especialistas.

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Algumas companhias brasileiras não se prepararam para transferir o comando e agora se vêem em uma situação difícil, em que a venda do controle parece ser a melhor alternativa. Em alguns casos, os herdeiros das empresas também acreditam ser este o melhor momento para vendê-las, já que existe uma grande procura por negócios no Brasil e os compradores estão pagando bem - às vezes muito bem.

Um exemplo foi a compra da Schincariol pelo grupo japonês Kirin, que teria pagado uma fortuna pelo controle da cervejaria brasileira. Os japoneses desembolsaram R$ 4 bilhões pelo controle, que pertencia aos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol, e depois mais outros R$ 2 bilhões pelas ações restantes. Especialistas do setor acreditam que o valor pago pelos japoneses ficou R$ 1 bilhão acima até mesmo das avaliações mais generosas.


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Mas, segundo os sócios da DealMaker, firma especializada em fusões e aquisições com foco em médias empresas, um dos maiores entraves neste momento para a concretização de negócios no Brasil são justamente os elevados preços que os empresários brasileiros têm em mente. “As expectativas que os empresários têm sobre o valor de suas empresas estão inflacionadas. Conseguir fechar uma transação está mais complicado”, afirma Marcos Mellão Alves de Lima, sócio da DealMaker.

Essa visão inflada de preço afeta particularmente as aquisições por fundos de private equity, que normalmente buscam taxas de retorno mais agressivas e pagam menos por participações minoritárias ou majoritárias nas companhias do que os estratégicos, ou os grupos que atuam em um determinado segmento, diz Daniel Benzercy Carneiro Cunha, também sócio da DealMaker.



Dificuldades para crescer


Mas, em contrapartida, as empresas familiares enfrentam dois obstáculos para financiar uma nova rodada de crescimento, o que cria um terreno fértil para aquisições por parte dos fundos de private equity. O apetite por aberturas de capital, que seria um caminho para muitos grupos familiares, já não é tão grande. Os preços que os investidores agora estão dispostos a pagar pelas ações das novatas na bolsa não são mais tão atraentes como eram antes da crise mundial, em 2009.

O endividamento também se transformou em um problema nos dias de hoje diante das turbulências mundiais. Companhias que se alavacaram para fazer aquisições estão sendo pressionadas e precisam vender ativos. Esse é, por exemplo, o caso da Hypermarcas. Segundo notícias veiculadas pela imprensa, o BTG estaria interessado em entrar no capital da fabricante brasileira de bens de consumo, embora tenha negado que estaria disposto a fazer isso à revelia de seus controladores.


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FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Eles vieram de famílias de classe média baixa e hoje têm R$ 1 milhão no banco

Conheça histórias de gente como Marco Falcone, cujo melhor tênis na infância foi um Kichute, mas que com planejamento e disciplina conquistou a independência financeira

João Paulo Nucci, especial para o iG | 11/01/2012 05:48

 
Foto: Divulgação
Falcone: sem herança e assalariado, mas com planos claros e disciplina financeira ao longo de 20 anos

O engenheiro Marco Falcone, de 42 anos, virou o ano desempregado. Mas estava absolutamente tranquilo com relação a isso. É que ele juntou, ao lado da esposa Regina Tesima, um patrimônio milionário em pouco mais de duas décadas de trabalho e de vida em comum. “Nosso objetivo sempre foi ter uma reserva financeira que nos desse segurança em momentos como esse”, diz Falcone, que nunca recebeu herança e sempre trabalhou como assalariado, assim como Regina.

“Ambos viemos de famílias de classe média baixa e, desde o começo, pensamos em guardar dinheiro para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos na infância. Eu sempre estudei em colégio estadual e o melhor tênis que tive foi um Kichute”, afirma o pai de dois filhos pequenos.


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A fórmula do casal para ficar milionário envolveu uma disciplina rígida desde quando ambos passaram a trabalhar, no início dos anos 1990. Eles chegavam a guardar 50% do que recebiam, mesmo quando o orçamento era apertado. “A gente se adaptou a um padrão de vida e, quando passamos a ganhar mais, mantivemos esse padrão”, diz Falcone.

Cada bem ou serviço adquirido pela família de lá para cá – o que inclui a casa em que moram atualmente, em Curitiba – foi fruto de muito planejamento e estudo. “Temos uma vida normal. Não deixamos de fazer nada. Nossa lua-de-mel foi em Buenos Aires e eu estudei inglês nos Estados Unidos”, afirma Falcone. “A diferença é que a gente se programa para fazer as coisa.”

Com o tempo, a dupla de poupadores contumazes foi aprendendo a fazer investimentos mais sofisticados, como a bolsa de valores e os fundos imobiliários. “A gente começou com o basicão, que são os fundos de investimentos”, diz Falcone. “É bom salientar que a gente não ganhou rapidamente na bolsa. Foi a aplicação das sobras do nosso orçamento que nos fez chegar lá.” O patrimônio do casal atingiu a casa do milhão de reais em 2007 – mesma época em que Falcone e Regina resolveram contar a experiência em livro (veja biblioteca básica sobre como juntar R$ 1 milhão).

Mesmo tendo condições de ficar sem trabalhar por um longo período, graças aos rendimentos de seus investimentos, Falcone está pronto para voltar ao mercado de trabalho, enquanto sua mulher, também engenheira, permanece empregada na iniciativa privada.


Foto: Greg Salibian/iG
Calil e as regras de ouro de quem chegou lá: poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e obter pelo menos 1% de rendimento real por mês


Já o administrador de empresas Mauro Calil, de 42 anos, aposentou-se da carreira de executivo há oito anos, após perceber que seus investimentos garantiriam a manutenção do padrão de vida. “Eu trabalhava em multinacional. Minha jornada era de, no mínimo, 11 horas por dia”, diz Calil. “Fui mandado embora e resolvi levar uma vida mais sossegada.”

Calil nasceu numa família paulistana de classe média alta, mas garante que sua fortuna é fruto do próprio trabalho e das decisões que tomou na gestão de seus investimentos. “Eu já ganhava bem, mas resolvi permanecer morando na casa dos meus pais até os 30 anos”, afirma. “Só saí de lá quando consegui comprar meu próprio lugar.”

Ele também se aproveitou dos benefícios oferecidos pelas empresas nas quais trabalhou para poupar. “Eu usava um carro da empresa, que também pagava os almoços que eu fazia com clientes.” Em alguns momentos, Calil chegou a conseguir poupar 90% do que ganhava. O primeiro milhão e a independência financeira vieram pouco antes dos 30 anos.

Para se manter em atividade, Calil resolveu passar a dar aulas, palestras e consultoria sobre finanças pessoais, tema que também o inspirou a escrever um livro (veja aqui). As regras de ouro, segundo ele, são poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e conseguir obter pelo menos 1% de rendimento real por mês sobre o dinheiro investido (isso quer dizer que é preciso descontar a inflação e as taxas cobradas pelos bancos e corretoras para se chegar ao valor líquido conseguido). Também é preciso, claro, ter paciência para ver o bolo crescer e chegar à casa do milhão.
 
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CES 2012: TVs evoluem e agora podem “ver e ouvir” espectadores

Simplificar a interface de TVs é tendência e se tornou preocupação número 1 de grandes fabricantes, como Samsung e LG


Claudia Tozetto, enviada a Las Vegas | 10/01/2012 05:00

Em vez de usar um controle remoto, imagine falar com a TV ou gesticular em frente a uma câmera para trocar de canal ou aumentar o volume. A tecnologia parece futurista demais, mas já está disponível nas TVs da LG e da Samsung lançadas na Consumer Electronics Show (CES) 2012, feira de tecnologia que será aberta ao público hoje (10), em Las Vegas (EUA).


Foto: Getty Images Ampliar
Nova versão da TV conectada da Samsung ganhará reconhecimento de voz e gestos


Para Scott Ahn, diretor global de tecnologia da LG, comandos de voz e de gestos se tornarão cada vez mais fundamentais para simplificar o uso das tecnologias e a novidade não ficou fora das novas TVs que devem chegar ao mercado até o final de 2012. “A interface das TVs se tornará mais natural do que jamais foi, mas foram necessários vários anos de pesquisa para chegar a estas novas tecnologias”, diz Ahn.

A Samsung também apostou no reconhecimento de voz e gestos em sua nova linha de TVs. “A plataforma SmartTV evoluirá a cada ano. O usuário poderá ter, a cada ano, uma nova TV com novos recursos”, disse Boo-Keun Yoon, presidente mundial da divisão de eletrônicos de consumo da Samsung. As TVs mais avançadas da marca, que chegam ao mercado até o final de 2012, sairão de fábrica com câmera integrada para reconhecimento facial e de gestos.



Voltando às origens

Simplificar a interação dos usuários com os dispositivos, segundo Shawn Dubravac, diretor de pesquisas da Consumer Electronics Association (CEA), entidade que organiza a CES, é um tendência para o futuro. “Os primeiros controles remotos eram fáceis de usar porque tinham apenas quatro botões, mas os fabricantes encheram os controles de botões, que nunca usamos”, disse Dubravac ontem, em evento pré-CES.

A evolução, segundo o consultor, começou no ano passado, quando alguns fabricantes lançaram seus primeiros controles remotos com sensores para interagir com a TV por meio de movimento, como no console Nintendo Wii. Este foi o primeiro passo para simplificar a tecnologia. “O próximo passo será tornar a interação mais natural”, disse Dubravac.

Além das TVs, o controle de dispositivos por voz e gestos deve chegar, em breve, a outros dispositivos, como computadores (a Intel já demonstrou na CES 2012 os futuros ultrabooks que oferecerão o recurso) e também em smartphones (até agora, a Apple oferece o sistema mais avançado de reconhecimento de voz, o Siri).



Chips poderosos chegam às TVs

Com os recursos de reconhecimento de voz e gestos --além da conexão de internet, que deve estar na maioria das TVs lançadas em 2012-- os televisores ficam cada vez mais parecidos com os computadores. Para suportar estas novas funcionalidades de software, no entanto, era preciso desenvolver um novo processador para as TVs, com maior poder do que os atualmente usados.

No último ano, segundo Ahn, a LG desenvolveu seu próprio chip para TVs, com quatro unidades de processamento gráfico (GPUs) que funcionam ao mesmo tempo. Os resultados mostram imagens cada vez mais nítidas e velocidade maior na navegação na internet por meio da TV e também na instalação de aplicativos, outra tendência para o futuro das TVs conectadas.

A concorrência entre as fabricantes, no entanto, está acirrada. A Samsung também desenvolveu um processador com quatro núcleos para sua nova linha de TVs. Além de suportar os novos recursos de reconhecimento de voz e gestos, o chip foi necessário, segundo Tim Baxter, presidente da Samsung America, para suportar novos recursos de sincronização de conteúdo em nuvem. “Todo o conteúdo armazenado pelo usuário, como fotos, poderá ser acessado a partir de qualquer dispositivo SmartTV ou Galaxy”, disse Baxter. 
 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CES 2012: Mercado de tecnologia alcançará R$ 1,8 trilhão em 2012

Dados da consultoria GfK e da Consumer Electronics Association mostram que América Latina puxa crescimento do setor

Claudia Tozetto, enviada a Las Vegas | 09/01/2012 05:30


O mercado de tecnologia pessoal, que inclui smartphones, tablets, tocadores de DVD, TVs, computadores, entre outros produtos, deve representar R$ 1,8 trilhão (US$ 1 trilhão) em 2012. Os dados, coletados pela consultoria GfK em parceria com a Consumer Electronics Association (CEA), foram apresentados neste domingo, em Las Vegas (EUA), durante os eventos realizados antes do início da Consumer Electronics Show (CES) 2012.
 
 
Foto: Getty Images Ampliar
Smartphones e tablets são responsáveis pela maior parte do crescimento das vendas de tecnologia no mundo


O total representa a receita do mercado como um todo e, segundo Steve Bambridge, diretor global de negócios da GfK, representam crescimento de 5% em relação a 2011. No ano passado, a receita do setor de tecnologia pessoal chegou a US$ 993 bilhões – menor que a esperada “devido aos problemas econômicos ocorridos nos EUA, Europa e o terremoto no Japão”, explicou Bambridge.

A América Latina, além da região emergente da Ásia que inclui a China, é uma das regiões que lideram o crescimento do mercado de tecnologia em todo o mundo. Em 2010, a América Latina representou 34% do crescimento do mercado registrado no período, enquanto em 2011 a participação da região diminuiu para 11%, índice que deve se manter estável em 2012. “O Brasil é o país mais importante da região, mas apesar do crescimento explosivo, o total de unidades de smartphones e tablets vendidos ainda é pequeno”, disse Bambridge ao iG.

Ainda assim, de acordo com Bambridge, o crescimento da região é impressionante, já que a participação de países desenvolvidos, como EUA, Japão e alguns países europeus, caem a cada ano. Em 2011, os EUA contribuíram para apenas 5% do crescimento do setor e o Japão, apenas 2%. Entre os motivos, está a crise econômica e também o alcance destas tecnologias nestas regiões, onde quase toda a população pode ter acesso a elas. Enquanto isso, o Brasil engatinha no acesso à tecnologia. “No caso das TVs, por exemplo, só vamos considerar o Brasil um mercado maduro em 2017”, diz Bambridge.



Tablets e smartphones crescem menos em 2012
As vendas de smartphones se mantêm como motor de crescimento do mercado de tecnologia em todo mundo. Em 2012, segundo a GfK, elas representarão 22% do total em 2012. Em segundo lugar está a categoria de computadores móveis, que inclui os notebooks e os ultrabooks. Eles representarão 15% das vendas de tecnologia em 2012.


 
Foto: Tech Crunch
Vendas de tablets crescem em 2012, mas serão menos expressivas que em 2011


Em contrapartida, os celulares básicos, sem funções como acesso a internet e instalação de aplicativos, começam a enfrentam uma queda leve nas vendas. Em 2011, eles representavam uma fatia de 10% do total de eletrônicos vendidos, mas ela será reduzida para 8% em 2012. Outra categoria de produtos que deve perder espaço nos próximos anos são as câmeras digitais, que representam apenas 4% do mercado global de tecnologia pessoal.

“É uma das categorias de produtos que estão sendo canabalizadas pelos smartphones e tablets”, diz Steve Koenig, diretor de análise da indústria da CEA. Nos próximos anos, segundo o estudo, as impressoras também devem perder cada vez mais espaço, já que as pessoas preferem armazenar as informações apenas em formato digital.
 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

VAREJISTAS COMEÇAM O ANO COM GUERRA DE LIQUIDAÇÕES

Magazine Luiza fará tradicional queima de estoques na sexta-feira; Casas Bahia, Carrefour e Walmart também estão em oferta


iG São Paulo | 02/01/2012 17:51 - Atualizada em 04/01/2012 11:53


Consumidores passam madrugada em filas em busca das melhores pechinchas na tradicional liquidação do Magazine Luiza

Apesar de já terem antecipado em parte as liquidações ainda em dezembro, especialmente na internet, os grandes varejistas começaram o ano em oferta. O Magazine Luiza realiza nesta sexta-feira (6) sua tradicional “Liquidação Fantástica” nas 728 lojas do grupo em 16 Estados do Brasil.

A promoção, lançada pela varejista em 1994, também será realizada nas unidades que foram adquiridas pela empresa, que comprou em 2011 as lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Silvio Santos, e a rede de lojas Maia, no Nordeste, em 2010. O Magazine Luiza espera atrair milhões de consumidores em busca de pechinchas e promete descontos de até 70% em cerca de 3 milhões de produtos.

Os concorrentes, porém, abriram a temporada de liquidações logo no primeiro dia útil do ano, com promessas de descontos de até 70% e pagamento em até 24 parcelas, dependendo do produto.

O Carrefour anunciou que manterá as ofertas de queima de estoques até hoje (4). O Walmart vai estender o seu saldão até o domingo (8). As Casas Bahia anunciou que manterá as ofertas até o fim de semana ou até quando durarem os estoques.


Internet continua em liquidação

As lojas virtuais do Grupo Pão de Açúcar, que controla os sites do Extra, Casas Bahia e Ponto Frio, começaram a fazer saldões de queima de estoques ainda no dia 21 de dezembro, quando já não haveria mais tempo de garantir a entrega de mercadorias na casa dos clientes até o Natal. Muitas varejistas online também realizaram o "Boxing Day", no dia 26 de dezembro, imitando a liquidação americana.

Os principais sites, como Americanas, Submarino, Ponto Frio, Extra, Casas Bahia, continuam em liquidação neste começo do ano para concorrer com o varejo físico, com descontos de 10% e 20% e oferta de frete grátis.


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Natal mais fraco

As vendas realizadas na semana do Natal (18 a 24 de dezembro) cresceram 2,8% em todo o país, na comparação com igual semana de 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio- Natal 2011. No ano passado, em relação a 2009, as vendas nesse período haviam crescido 15,5%.

No final de semana que antecedeu o Natal (16 a 18 de dezembro) o crescimento nas vendas foi de 2,5%, quando comparado com o final de semana equivalente do ano anterior (17 a 19 de dezembro). Em 2010, as vendas de última hora para o Natal haviam registrado uma elevação de 13% sobre 2009.


FONTE: IG ECONOMIA