terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mundo tem 27 milhões de desempregados a mais do que antes da crise, diz OIT

Organização estima que será necessário gerar 600 milhões de empregos nos próximos 10 anos para manter crescimento sustentável

BBC Brasil | 24/01/2012 08:43

Um relatório da entidade afirma que o mundo enfrenta hoje um "desafio urgente" de criação de empregos. A OIT estima que será necessário gerar 600 milhões empregos ao longo da próxima década, para manter níveis de crescimento sustentável e coesão social.
"Depois de três anos de crise contínua em mercados mundiais de trabalho e diante das perspectivas de deterioração da atividade econômica, há um estoque de desemprego mundial de 200 milhões", afirma o documento Tendência Globais de Emprego 2012.


Entre 2007 e 2010, a proporção de pessoas empregadas no mundo, em comparação com a população total, teve a maior queda registrada nas estatísticas: de 61,2% para 60,2%.



Pobreza

A entidade estima que, ao longo da próxima década, 40 milhões de pessoas entrarão no mercado de trabalho a cada ano. Seria, portanto, necessário gerar 400 milhões de empregos novos para absorver essa massa de trabalhadores, e mais 200 milhões para lidar com o atual estoque de desempregados.


A OIT afirma que não basta apenas gerar vagas para os desempregados. É preciso também criar vagas mais dignas para pessoas que já são consideradas hoje empregadas.O relatório indica que 900 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, com renda familiar até US$ 2 por dia, a maioria delas nos países em desenvolvimento.
"Apesar de grandes esforços dos governos, a crise de empregos continua inalterada, com um em cada três trabalhadores no mundo – ou cerca de 1,1 bilhão de pessoas – ou desempregada ou vivendo na pobreza", diz o diretor-geral da OIT, o chileno Juan Somavia.


 
"O que se precisa fazer é transformar a geração de empregos na economia real na nossa prioridade número um." A OIT afirma que a recuperação do mercado de trabalho mundial, esboçada em 2009, foi curta, e o mundo já voltou a um cenário negativo.
Os mais afetados são os jovens, de acordo com o relatório. Pessoas com idades entre 15 e 24 anos têm três vezes mais chances de estarem desempregadas do que pessoas da população adulta, com 25 anos ou mais.
FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

VOLKSWAGEN PODE CONSOLIDAR FUSÃO COM PORSCHE AINDA NESTE ANO

Montadora deverá constituir holding para a operação, que seria a detentora da participação na Porsche


Valor Online | 22/01/2012 18:30

A montadora alemã Volkswagen poderá concluir a compra da totalidade do capital da Porsche ainda neste ano, de acordo com informações do jornal Der Spiegel, que são reproduzidas hoje por agências internacionais.

Leia: Volkswagen nega ter desistido de plano para cooperação Scania-MAN

A Volkswagen é dona de 49,9% da montadora de carros de luxo e pretende assumir a fatia restante de 50,1%. O negócio é estimado em 3,9 bilhões de euros.

Mais: Vendas da Volkswagen na China registram alta de 17,7% em 2011

Conforme a reportagem, a Volkswagen deverá constituir uma holding para a operação, e que seria a detentora da participação na Porsche, com vistas a evitar o pagamento de mais de 1 bilhão de euros em impostos. O jornal cita como fonte das informações executivos não identificados da própria montadora alemã.


FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE FOTOGRAFIA DIGITAL – AULA 3 DE 3

Caso você esteja com o orçamento apertado, falta de tempo, e não tenha condições para estudar em uma escola física, saiba que diversos portais e sites de educação á distância oferecem cursos gratuitos e totalmente on-line de fotografia digital. A maioria deles acompanham apostila e materiais didáticos de alta qualidade.


Um fotógrafo profissional pode atuar em inúmeros campos da comunicação visual, como fotografia de produtos, de modelos, cenários, planos de fundo e outros. É possível trabalhar em desde agências de publicidade até estúdios fotográficos. Porém, é bom sempre lembrar que um bom fotógrafo não se faz de uma boa câmera ou de um bom curso de fotografia. É necessário ter visão e bom gosto, ter noção de ângulos certos, muita paciência e amor ao trabalho. Fotografia digital: uma facilidade dos tempos modernos Como você pôde conferir, a invenção da fotografia e das câmeras digitais representou um grande avanço no registro de imagens e acontecimentos da humanidade. É difícil até mesmo imaginar como seria o nosso mundo sem essas maravilhas; se ainda estivéssemos dependendo das câmeras analógicas e seus antiquados películas fotossensíveis (filme), certamente muitas áreas das artes visuais não seriam as mesmas que nós estamos acostumados. Viva a fotografia digital! fotografia reflex digital, o mundo da fotografia digital!




domingo, 22 de janeiro de 2012

CURSO DE FOTOGRAFIA DIGITAL – AULA 2 DE 3

A camara digital tem sua resolução (qualidade de imagem) medida em megapixels. Pixels são aqueles pontos quadriculados minúsculos que podemos visualizar em telas como a do computador, da televisão, do celular e outras mais. Quanto mais pixels tiver cada pedaço da imagem, maior será a sua definição.

Os tipos de câmera Existem dois tipos de Câmeras digitais; as amadoras e as profissionais. As primeiras são aquelas que usamos no nosso dia-a-dia: compactas, leves, e com uma quantidade mediana de megapixels. A sua principal característica que a diferencia das câmeras profissionais é o fato de sua lente ser fixa, sendo impossível a eventual troca da mesma. Já nas câmeras profissionais (muito mais pesadas e volumosas) a lente (muitas vezes chamada de “objetiva”) é retrátil e pode ser trocada de acordo com a necessidade do fotógrafo (mais longe, mais perto, zoom, etc.). Além disso, câmeras profissionais necessitam que o operador tenha noções de fotografia digital para realizar as operações básicas como ajuste de foco, ajuste de luz, entrada EV (entrada maior ou menor de luz) e outros detalhes relevantes para uma boa foto. Vale lembrar que, falando de zoom, as câmeras digitais costumam possuir dois tipos: o ótico (em que a objetiva realmente se precipita) e o digital (com menos qualidade, é uma aproximação que aumenta a imagem sem o uso da lente).


Aprendendo a fotografia digital Caso você deseje se aprofundar nesse tema, é mais do que recomendado realizar um curso de fotografia digital. Várias escolas técnicas e profissionalizantes já focalizam nesse mercado cada vez mais crescente de profissionais.


sábado, 21 de janeiro de 2012

GOOGLE É MELHOR EMPRESA DOS EUA PARA TRABALHAR, SEGUNDO 'FORTUNE'

Revista elogia empresa, que aumentou seu quadro de funcionários no país em 33% durante os últimos 12 meses


EFE | 20/01/2012 20:50


O Google é a melhor empresa americana para se trabalhar, segundo o ranking anual elaborado pela revista "Fortune" e divulgado sexta-feira. A lista inclui outras empresas de tecnologia, comércio e assessoria.

O Google passou do quarto lugar no ano passado para a primeira colocação, que, em 2011, era ocupada pela empresa de consultoria empresarial SAS Institute.

Com 18.500 funcionários nos Estados Unidos, o Google aumentou seu quadro de empregados no país em 33% durante os últimos 12 meses. Além disso, segundo a revista, conseguiu manter o "entusiasmo" dos funcionários em bater as metas da companhia. O Google também ofereceu a eles atividades fora do horário de trabalho.

Leia: Receita líquida do Google cresce 27,6% no 4º trimestre

A "Fortune" lembra que a empresa administra 25 lojas onde os empregados podem consumir gratuitamente, e oferece quadras e pistas esportivas para que eles relaxem sem deixar o posto de trabalho.

Em segundo lugar no ranking da "Fortune" está a empresa de consultoria Boston Consulting Group, com 1.958 empregados. A companhia investe mais de cem horas para fechar cada nova contratação. Em seguida vem a SAS Institute, com 6.046 trabalhadores e que permite licenças por doença sem limite de tempo, tem um centro de saúde gratuito e organiza ligas esportivas internas.

Veja: Conheça os jovens executivos mais talentosos do mundo

Outra a fazer parte da relação da "Fortune" é a empresa de supermercados Wegmans Food Markets, que organizou tratamentos antifumo para seus empregados. A firma de investimento Edward Jones, a empresa de armazenamento de dados NetApp e a imobiliária Camden Property Trust também estão na lista.

A relação das cem empresas com as melhores condições de trabalho é fundamentalmente formada por companhias do setor terciário, como consultorias, centros de saúde, supermercados, empresas de programação de informática e imobiliárias. Dessas companhias, apenas 11 demitiram, enquanto as demais contrataram entre 1% e 39%.

FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Kodak quebra, mas deixa legado do bem

George Eastman tratou os dentes de todas as crianças de Rochester e criou um mar de trabalhadores qualificados agora contratados por outras indústrias

Peter Applebome, The New York Times | 20/01/2012 05:49
A generosidade aparentemente interminável que permitiu que o fundador da empresa Kodak, George Eastman, oferecesse atendimento odontológico com pouco ou nenhum custo para cada criança da cidade de Rochester (EUA) parece ter chegado a um triste fim.

Após o anúncio de concordata da empresa, as pessoas da região estão tendo que considerar algo tão inimaginável quanto Nova Orleans sem o Bairro Francês ou Nova York sem os Yankees – Rochester, após a queda da empresa fundada por Eastman em 1880.

<span>Imagem do final dos anos 1920 mostra Eastman (à esq.) e Thomas Edison com seus inventos: a câmera e o filme</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Antigos slides da Kodachrome, produzidos pela Kodak, em foto de 2008</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Fábrica da Kodak em Rochester, cidade próxima a Nova York</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Técnico testa sensores da Kodak, que também foi pioneira ao investir em fotografia digital</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Stand da Kodak na CES, feira de tecnologia que aconteceu no início de janeiro, em Las Vegas</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Memorial onde ficam as cinzas do fundador da empresa, atualmente fechado para o público </span> - <strong>Foto: AP</strong>

Este parece o fim de uma queda constante que assolou a empresa ao longo das últimas décadas, durante as quais o número de empregos da Kodak em Rochester despencou de 62.000 em 1980 para menos de 7.000 atualmente. Ainda assim, para esta cidade próxima a Nova York, o panorama que emerge, como uma fotografia que toma vida em um quarto escuro, não é um simples conto de uma cidade em decadência que fez parte do “rust belt” (ou cinturão da ferrugem).

Rochester tem sido líder em seu Estado na criação de novos de empregos nos últimos anos. Em 1980, o total de empregos na área metropolitana de Rochester foi de 414.400. Em 2010, foi de 503.200. Novas empresas encontraram espaço graças à força de trabalho qualificada da Kodak, um lembrete de que quando uma corporação cai, ela não deixa para trás apenas cicatrizes mas também aprendizados para futuras empreitadas.

"A queda da Kodak é extremamente dolorosa", disse Joel Seligman, presidente da Universidade de Rochester, que com seus dois hospitais é a maior geradora de empregos da cidade, com 20.000 vagas. "Mas se você voltar seu olhar para as últimas duas ou três décadas irá perceber que houve o surgimento de uma economia muito mais diversificada baseada no conhecimento."

Em nenhum outro lugar os problemas da Kodak ressoaram mais do que em Rochester, onde o filantropismo de George Eastman e seu legado ainda permanecem vivos em inúmeras instituições, incluindo a Universidade de Rochester e a Escola de Música Eastman.

Mas os problemas de Rochester vão além da Kodak. A Xerox e a Bausch & Lomb também acabaram com milhares de empregos. Cerca de 25 anos atrás, as três empresas eram responsáveis por 60% da força de trabalho de Rochester. Hoje, elas empregam apenas 6%.

"Parte do meu trabalho é tentar convencer as pessoas de que já não estamos no mesmo lugar em que estivemos", disse o prefeito Thomas S. Richards.

A cidade em si é que está pagando o maior preço, pois a população caiu de 332.000 em 1950 para 210 mil hoje, e vastas extensões ao norte do centro são hoje apenas terrenos abandonados e decadentes. E embora o crescimento de empregos tenha sido forte, os salários que estavam acima da média nacional no auge da Kodak hoje estão bem abaixo dela, refletindo a diminuição de empregos bem remunerados nas fábricas.

Mas, para além do núcleo urbano, em novos prédios de escritórios e nos laboratórios de pesquisa da Universidade de Rochester e do Instituto de Rochester de Tecnologia, assim como os centros médicos locais, Rochester continua bastante robusta, em grande parte devido ao legado da Kodak e de outras grandes gigantes industriais.

O fato da Kodak ter decaido ao longo das últimas décadas, ao invés de sofrer um colapso repentino, permitiu que as pessoas tivessem tempo para explorar outras opções tanto dentro da empresa quanto fora dela - como desenvolver habilidades em tecnologia de exames digitais - ou para começar seu próprio negócio.

Além disso, a Kodak deixou para trás uma infraestrutura industrial que nunca poderá ser replicada - são 485 hectares que já chegaram a empregar mais de 30.000 pessoas e que estão sendo reaproveitados como o complexo comercial Eastman Business Park, onde metade dos 6.200 funcionários continuam trabalhando para a Kodak e a outra metade da força de trabalho é das 35 outras empresas localizadas no local.

Muitas dessas companhias foram idealizadas a partir do trabalho da Kodak, como a Ortho Clinical Diagnostics, que agora faz parte da Johnson & Johnson e produz analisadores de sangue para consultórios médicos e hospitais; a Carestream Health, que fabrica equipamentos convencionais e máquinas de raios-X digital, e a ITT, que fabrica visores óticos para fins militares e governamentais.

Michael Alt, diretor do complexo, disse que a instalação tinha um enorme potencial apesar dos problemas da Kodak.

"Talvez quando a areia movediça chega até o pescoço chegou a hora de tentar sair dela, mas este ainda não é o caso", disse ele.

FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE FOTOGRAFIA DIGITAL - AULA 1 DE 3

Desde sua invenção em 1826, a fotografia tem feito parte da vida do homem. A necessidade de registar momentos – sejam felizes ou tristes – só se tornou possível com o surgimento do aparato que usa a luz para reproduzir imagens. E como tudo evolui, não poderia ser diferente com as máquinas fotográficas.





Fotografia digital é o nome dado á fotografia feita por intermédio de uma câmera digital. Se antigamente era necessário ter um cuidado extremo com a questão do filme fotográfico, revelação e limite de poses, hoje em dia tirar fotos virou algo muito simples e prático.


É possível conferir se a imagem ficou boa na mesma hora, exportar para o computador, ajustar detalhes como cores e luminosidade e infinitas outras opções. Mesmo assim, muitos fotógrafos ainda defendem a máquina analógica como melhor.

Veremos agora como as vantagens e desvantagens em utilizar esse método e também dicas importantes para você entrar no mundo da fotografia digital.

A Câmera digital (inventada pela empresa Kodak), diferentemente das analógicas que utilizavam filme, usam de métodos distintos para capturar a imagem e armazená-la em memórias digitais como cartões (SD, MMC) ou mídias de CD.

A maior vantagem da foto digital é conferir se a mesma lhe é satisfatória imediatamente, por intermédio da tela de LCD dos aparelhos fotográficos. Essas imagens podem ser compartilhadas e movimentadas entre outros aparelhos eletrônicos, máquinas fotográficas, computador e pen-drives. A ação de imprimir uma foto tirada com câmeras digitais chama-se revelação digital (ou em casos mais raros, impressão digital). O formato (extensão) mais utilizado por câmeras é o JPEG, seguido pelo PNG. Aparelhos profissionais costuma usar o formato RAW, que possui mais definição e qualidade.


Com a modernidade da fotografia digital começou também a maior facilidade de manipulação e edição de imagens, utilizando de softwares gráficos como os conhecidos Adobe Photoshop, GIMP e mesmo o amador Photoscape. Isso também revolucionou muito a fotográfica de produtos e modelos humanos para diversos fins (material promocional e de publicidade, catálogo de venda e exposição, etc.).




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Escape das armadilhas na hora de aplicar

Especialistas dão dicas para não perder dinheiro ao investir em poupança, tesouro direto, fundo DI e ações

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 18/01/2012 05:50
 
Começo de ano, para muitos que conseguiram manter bônus e décimo terceiro na conta, é momento de investir. Com o dinheiro nas mãos, é hora de decidir onde aplicar esse saldo. Na hora de tomar a decisão, é preciso tomar cuidado para não cair em “armadilhas”, mesmo nas opções consideradas mais seguras, como a poupança.


 
Para evitar arrependimentos pós-investimento, o iG consultou especialistas, que mapearam os principais riscos de quatro tipos de aplicação: fundo referenciado DI, Tesouro Direto, Poupança e Bolsa. Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos, diz que a primeira “armadilha geral” na qual o investidor não deve cair é não considerar o imposto de renda e o impacto da inflação em sua escolha.

“Freqüentemente, o investidor é levado a fazer as contas supondo uma determinada rentabilidade nominal, mas deve-se trabalhar com a rentabilidade líquida de impostos e de eventuais custos”, afirma. Quando se faz o planejamento de poupar para financiar um gasto futuro, é necessário estimar qual o valor corrigido deste gasto futuro, de acordo com o gestor. Uma forma de se fazer isso, lembra, é trabalhar com taxas de juros reais (que descontam a inflação), mas os preços não variam de forma idêntica à inflação. Por exemplo, um carro que hoje valha R$ 50 mil pode ter preço diferente no futuro e se a pessoa for poupar para comprar o carro pode acabar poupando pouco ou em excesso se o preço variar.

Foto: Arte iG
Fique de olho nas armadilhas das aplicações financeiras

Ângela Menezes, professor de finanças do Insper, diz que o investidor deve evitar pedir dicas de aplicações para quem não é da área. Ou seja, não cai na tentação de pedir dica para primo, prima, cunhado. “É saudável multiplicar a renda, mas informações devem ser pedidas a especialistas”, afirma. A professora faz outro alerta: “cuidado com um gerente que liga para empurrar um produto. Se ele oferece, é bom para ele, nem sempre para você.”

Bittencourt diz ainda que toda opção de investimento possui um conjunto de atributos positivos e negativos. A escolha de cada um deles depende fundamentalmente: do objetivo de rentabilidade, prazo de investimento e perda máxima admitida pelo investidor. Neste contexto, as modalidades de investimento procuram cobrir com mais ênfase pelo menos um dos aspectos citados. Não é possível cobrir todas as frentes ao mesmo tempo, uma vez que muitas delas são mutuamente exclusivas. Um exemplo: não é possível investir em bolsa sem se arriscar.


Confira as aplicações e as dicas dos especialistas:

Tesouro Direto
- Exige do investidor certo conhecimento da tendência da taxa Selic, diz Bittencourt. O investidor pode perder o “timing” de mercado se não alternar corretamente o posicionamento pós-fixado ou pré-fixado;
-Segundo ele, não é possível aplicar qualquer valor, uma vez que existem frações mínimas em relação ao valor dos títulos negociados;
-O gestor lembra ainda que, se precisar vender os títulos adquiridos antes do vencimento, o investidor se sujeitará a leilões com freqüência semanal e com deságio no valor dos títulos. Deve-se lembrar que as melhores oportunidades de retorno estão nos títulos com prazos médios mais longos, o que leva o investidor a ter de esperar um bom tempo para o vencimento.
-A professora Ângela pede ao investidor que preste atenção às alíquotas de Imposto de Renda que incidem sobre o rendimento em cada período. Quanto menos tempo o investidor deixar seu dinheiro, mais imposto vai pagar;
-Ela também sugere uma pesquisa sobre as instituições que oferecem o serviço. Além disso, confira as taxas de administração de cada uma.



Fundos Referenciados DI
-Ambos os especialistas alertam para a taxa de administração cobrada nos fundos. As taxas elevadas, diz Bittencourt, podem comprometer seriamente a rentabilidade destes fundos. Durante os períodos de queda na taxa Selic, este efeito torna-se mais evidente, uma vez que a magnitude da taxa de administração torna-se muito relevante em relação ao ganho máximo possível sobre os títulos públicos.
-Bittencourt lembra ainda que o investidor precisa analisar previamente se a aplicação adicional e o saldo mínimo do fundo são adequados para as suas necessidades. Isso pode afetar as aplicações posteriores se a aplicação adicional for superior ao que o investidor pode poupar por mês. Deve-se lembrar que os fundos que possuem taxas de administração menores normalmente exigem valores expressivos de aporte inicial com aportes adicionais com valores que podem não caber no “bolso” do investidor.
-Ângela sugere uma pesquisa sobre a composição do fundo, para saber realmente o que há dentro da cesta oferecida e não ter surpresas.


Poupança
-Há certa restrição na liquidez, uma vez que é necessário esperar até a “data de aniversário” da aplicação para que se obtenham os rendimentos, que são perdidos em caso de resgate antecipado, diz Bittencourt.
-Historicamente a poupança não tem gerado um ganho de juro real substancial, avalia o gestor. “Nos períodos de queda da Selic como o atual isto é menos sensível, mas havendo um movimento de alta na taxa básica a poupança perde em relação a outros investimentos de mesmo nível de risco como fundos referenciados DI, por exemplo.”
-A professora Ângela também atenta para o prazo mínimo de rendimento da poupança, de um mês. “Se precisar do dinheiro antes, é melhor comprar um CDB.”


Bolsa de Valores

-Para Bittencourt, é necessário verificar quantas vezes a ação é negociada, ou seja, a liquidez dos papéis. Alguns podem permanecer vários dias sem transação. O volume médio negociado diariamente é fator também muito importante, já que em uma venda mais expressiva o preço pode ser drasticamente empurrado para baixo.
-O gestor alerta para que o investidor tome cuidado com a concentração da carteira, já que não é incomum que uma ação sofra elevada desvalorização sem que o mercado também faça esse movimento. Mesmo as ações de grandes empresas (blue chips) estão sujeitas a esse risco. Exemplo recente: OGX, de Eike Batista, desvalorizou 17,25% em apenas um dia (15/04/10).
-Ele aconselha evitar a manutenção de uma ação que se desvalorizou muito à espera de que volte ao preço de compra. Não é porque uma ação já valeu mais que voltará a esse nível e, mesmo que isso ocorra, pode demorar muito tempo. Pode ocorrer uma troca de controle ou posicionamento estratégico equivocado que leve uma ação a um longo processo de perda de valor.
-A professora Ângela aconselha o investidor a fazer um curso sobre Bolsa antes de entrar no mercado. Além disso, para ela, informação é essencial para evitar perdas em Bolsa. “Informe-se sobre as empresas nas quais quer investir e leia cadernos de economia.”
-Tome cuidado com golpes de clubes de investimento, afirma Ângela. Verifique o histórico da corretora pela qual vai investir.
-Só entre se tiver perfil para agüentar risco, diz ela. “Os nervosos não duram. Bolsa exige tempo e paciência.”


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Comprar um usado ou não, eis a questão

Com tanta oferta de carro novo, vale a pena arriscar em um usado? Confira nossas dicas para fazer um bom negócio

Guilherme Pontes | 16/1/2012 14:38
Nunca se vendeu tanto carro no Brasil como atualmente. Seja zero ou usado. Isso mesmo, os carros usados também estão em alta. Em 2011, foram emplacados cerca de 8,9 milhões de veículos usados ante 8,4 milhões no mesmo período em 2010.

Se você está interessado em fazer com que esse número aumente, é necessário tomar alguns cuidados. iG Carros conversou com alguns especialistas e destacou algumas dicas para decidir ou negociar o tão sonhado “velhinho”.


Valor

Geralmente é o que mais atrai nestes modelos. Afinal, a desvalorização média de um veículo após sair da concessionária é de cerca de 15%. Segundo o consultor automotivo da ADK, Paulo Garbossa, a desvalorização é uma ‘hipérbole’. “Ela é alta no começo, mas depois é menor com o tempo. Os três primeiros anos são os que desvalorizam mais.”. Ou seja, levando esse raciocínio em conta, um modelo de 2006 não teria o preço tão desvalorizado se comparado ao ao de 2007 quanto o de 2008 teria em relação ao de 2009.
No entanto, tem que se tomar muito cuidado com o preço. Para Vitor Meizikas, consultor da Molicar, a manutenção é considerada uma depreciação não-direta. “Com três ou quatro anos de vida, o veículo começa a ter que trocar peças mais caras. É um dinheiro que vai e não volta, impossível de recuperar na venda”. Essas considerações precisam ser levadas em conta.


Equipamentos/Peças

A vantagem de comprar um usado está justamente nos equipamentos, pois, como o modelo desvaloriza logo de cara 15%, é possível comprar um mais completo por um preço de um novo ‘pelado’. No entanto, a peça do modelo não deprecia. Ou seja, o valor de manutenção permanece alto, embora o preço do carro esteja depreciado. “Uma pastilha de freio não perde valor de mercado, por exemplo. Um modelo usado com uma tecnologia avançada terá as peças caras, mesmo se tiver seis anos de uso”, destaca Meizikas.
Já Garbossa alerta para uma questão importante, a reposição de peças. Para ele, se um modelo não vendeu muito, será mais difícil encontrar peças no mercado. “É importante saber quanto o modelo vendeu e se ele compartilha peças com outros carros da marca. Senão a peça de reposição pode virar uma dor de cabeça”, explica. Mesmo que a legislação exija que as empresas produzam peças até 10 anos após o encerramento da produção de um determinado veículo, na prática isso pode não acontecer. Por isso as autopeças dão preferência aos modelos que mais venderam.



Financiamento

De cara, tanto Garbossa quanto Meizikas fizeram ressalvas para o financiamento. “Financiamento de veículo usado é mais caro. No caso de calote, o banco recolhe o veículo e, por se tratar de um modelo já rodado, pode ficar mais complicado vender e reaver a dívida”, diz Garbossa. E olha que 70% dos veículos são adquiridos por financiamento.


Seguro

Claro que varia muito de acordo com o perfil do motorista. Mas o seguro de um veículo usado pode não se alterar muito em relação ao novo. “Depende do modelo. Mas se você pegar um modelo usado que ainda tem versão 0 km nas lojas e fizer uma cotação, vai ver que o preço será parecido”, diz Meizikas.
Há ressalvas, pois modelos antigos com airbag podem ter o valor mais caro. “A tecnologia de airbag não era tão desenvolvida. Ao estourar num batida, o valor de conserto era altíssimo. As seguradoras levam isso em consideração”, conta Garbossa. O valor de reparação de um modelo atmbém influi no valor. “Se for modelo importado completo, pode deixar o seguro bem mais caro que um 0 km nacional”, diz.
Impostos

O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) tende a ser mais barato em veículos usados. O IPVA é 3% do valor do carro flex e 4% do veículo a gasolina. Portanto, como o modelo desvaloriza, o imposto segue o mesmo caminho.


Outras observações

Comprar carro usado depende muito do estado de conservação, por isso o preço pode variar tanto É muito importante estudar a procedência dos carros (veja dicas para avaliar um veículo usado no infográfico acima). Checar se as revisões preventivas foram feitas, se não há nenhuma reclamação judicial sobre o modelo, verificar se os impostos foram pagos e se não há nenhum parcela pendente.. Com o número de RENAVAM, é possível consultar as pendências judiciais. Já a revisão, será necessária a ajuda de um mecânico de confiança para verificar o desgaste das peças.

O engenheiro mecânico Adriano Fontoura recomenda a verificação do estado dos pneus e dos tecidos internos, entre outros. “Levante a tampa do porta-malas para saber se há terra ou excesso de poeira, para saber onde esse carro andou. Veja freios, suspensão, arranhões na pintura, tudo. Se possível, dê uma volta antes”, avalia.

FONTE: IG CARROS

sábado, 14 de janeiro de 2012

BNDES VAI CONCENTRAR RECURSOS DE R$ 23 BILHÕES EM INFRAESTRUTURA

Governo quer acelerar obras como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional


AE | 13/01/2012 18:18

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aprofundar este ano a concentração de seus recursos no financiamento de grandes obras de infraestrutura, que o governo quer acelerar como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional.

Em entrevista ao Grupo Estado, o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do BNDES, Roberto Zurli, disse que o banco se prepara para despejar R$ 23 bilhões em energia, logística e transportes em 2012, quase 28% a mais do que o emprestado em 2011. No ano passado, o crédito do BNDES para grandes projetos de infraestrutura somou pouco mais de R$ 18 bilhões, o que já representou uma alta de 15% em relação a 2010.

Leia mais: BNDES aprova financiamento de R$ 52,8 milhões para J.Macêdo

O desempenho fez o setor tomar a liderança da indústria no desembolso total do banco em 2011, ainda não divulgado, de cerca de R$ 140 bilhões. Apesar da retração de 17% do crédito total do BNDES em relação aos R$ 168 bilhões de 2010, a atuação do banco na infraestrutura segue crescendo. "A infraestrutura tem uma demanda crescente e é um motor importante no crescimento do País. Há uma demanda firme de longo prazo", afirmou o diretor do BNDES.

Além de contar com o financiamento do BNDES, o governo tem como estimular os investimentos com o calendário de leilões de concessão. Segundo Zurli, o setor de energia elétrica seguirá liderando os desembolsos do BNDES para infraestrutura este ano. Em 2011, eles consumiram 76% das liberações para a área com o início do desembolso de grandes financiamentos, como os das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e o da planta nuclear de Angra 3, no Rio.

O banco também concedeu um empréstimo-ponte para a construção da usina de Belo Monte, no Pará, cujo financiamento o diretor espera ser aprovado até março. Até lá, diz Zurli, uma nova operação intermediária poderá ser aprovada pelo BNDES.

Veja também:

BNDES lança programa para incentivar produção de cana

American Airlines tem dívida de quase US$ 1 bilhão com o BNDES

"Há essa possibilidade de um ponte adicional para não prejudicar o ritmo das obras, que estão em ritmo acelerado. Tempo é dinheiro para esses projetos", justificou o executivo, lembrando que o modelo de concessão tem vantagens financeiras que estimulam a antecipação do início de operação. Segundo Zurli, o BNDES avaliou bem a superação das pendências do licenciamento ambiental e a reestruturação acionária do consórcio vencedor do leilão de Belo Monte com a entrada de empresas de maior porte e consumidores de energia, como a Vale.

Agora, diz, só faltam serem superados arremates burocráticos para a aprovação do financiamento, que será o maior já concedido pelo banco. "Não há dúvidas quanto ao projeto em si, tecnicamente falando", disse o diretor. O BNDES, que poderá financiar até 80% da obra, cujo orçamento é superior a R$ 20 bilhões. Até agora, a maior operação já aprovada pelo BNDES foi o crédito de Jirau, de R$ 7,2 bilhões. Os desembolsos são feitos no decorrer da obra.



Transportes

Apesar do foco em energia, o BNDES espera aumentar este ano o crédito em outras áreas, como as de portos, ferrovias e rodovias. Zurli diz que o banco "deve apoiar significativamente" os investimentos que serão feitos nos aeroportos privatizados.

O BNDES já conversa informalmente com os grupos que se articulam para disputar as concessões de Guarulhos, Brasília e Viracopos no leilão de fevereiro. No radar do banco também está o Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Campinas, São Paulo e Rio, no qual mais uma vez figura como principal financiador caso o governo consiga concretizar o leilão este ano.

Segundo Zurli, o banco tem recursos para seguir como principal financiador de longo prazo na área de infraestrutura, cuja superação de gargalos pode estimular investimentos privados em setores como o industrial. Ele diz que o protagonismo da área de infraestrutura no desembolso total do banco não está garantido este ano, a depender de como será a demanda na área industrial com a perspectiva de alta dos investimentos em setores como o de petróleo e gás.

Somando o crédito para grandes projetos às operações indiretas de menor porte, como as de aquisição de máquinas, equipamentos e veículos, a infraestrutura respondeu por 41% de todas as liberações do BNDES até outubro, enquanto a indústria ficou com 31%.

Comércio, serviços e agropecuária ficaram com os outros 28%. Em 2010, sob impacto do aporte do BNDES na capitalização da Petrobrás, a indústria ficou com 47% dos recursos do banco. O BNDES ainda financia investimentos em infraestrutura urbana, como saneamento e mobilidade, que estão na área de Inclusão Social. Também ficam nessa área os financiamentos para estádios e hotéis para a Copa de 2014, que já têm mais de R$ 3 bilhões contratados.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

HERDEIROS QUEREM VENDER EMPRESAS NO BRASIL, MAS PEDEM FORTUNAS

Segundo DealMaker, elevados preços pedidos pelos empresários são um dos maiores entraves para concretização de aquisições no País


Claudia Facchini, iG São Paulo | 12/01/2012 05:00


Muitas empresas no Brasil que se expandiram durante o período de estabilização econômica atravessam agora uma fase crítica: a sucessão no comando nos negócios. Empresas fundadas ou que cresceram ao longo dos últimos 20, 30 anos estão passando por um período de sucessão e isso deve alimentar o movimento de fusões e aquisições no País, na visão de especialistas.

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Algumas companhias brasileiras não se prepararam para transferir o comando e agora se vêem em uma situação difícil, em que a venda do controle parece ser a melhor alternativa. Em alguns casos, os herdeiros das empresas também acreditam ser este o melhor momento para vendê-las, já que existe uma grande procura por negócios no Brasil e os compradores estão pagando bem - às vezes muito bem.

Um exemplo foi a compra da Schincariol pelo grupo japonês Kirin, que teria pagado uma fortuna pelo controle da cervejaria brasileira. Os japoneses desembolsaram R$ 4 bilhões pelo controle, que pertencia aos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol, e depois mais outros R$ 2 bilhões pelas ações restantes. Especialistas do setor acreditam que o valor pago pelos japoneses ficou R$ 1 bilhão acima até mesmo das avaliações mais generosas.


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Mas, segundo os sócios da DealMaker, firma especializada em fusões e aquisições com foco em médias empresas, um dos maiores entraves neste momento para a concretização de negócios no Brasil são justamente os elevados preços que os empresários brasileiros têm em mente. “As expectativas que os empresários têm sobre o valor de suas empresas estão inflacionadas. Conseguir fechar uma transação está mais complicado”, afirma Marcos Mellão Alves de Lima, sócio da DealMaker.

Essa visão inflada de preço afeta particularmente as aquisições por fundos de private equity, que normalmente buscam taxas de retorno mais agressivas e pagam menos por participações minoritárias ou majoritárias nas companhias do que os estratégicos, ou os grupos que atuam em um determinado segmento, diz Daniel Benzercy Carneiro Cunha, também sócio da DealMaker.



Dificuldades para crescer


Mas, em contrapartida, as empresas familiares enfrentam dois obstáculos para financiar uma nova rodada de crescimento, o que cria um terreno fértil para aquisições por parte dos fundos de private equity. O apetite por aberturas de capital, que seria um caminho para muitos grupos familiares, já não é tão grande. Os preços que os investidores agora estão dispostos a pagar pelas ações das novatas na bolsa não são mais tão atraentes como eram antes da crise mundial, em 2009.

O endividamento também se transformou em um problema nos dias de hoje diante das turbulências mundiais. Companhias que se alavacaram para fazer aquisições estão sendo pressionadas e precisam vender ativos. Esse é, por exemplo, o caso da Hypermarcas. Segundo notícias veiculadas pela imprensa, o BTG estaria interessado em entrar no capital da fabricante brasileira de bens de consumo, embora tenha negado que estaria disposto a fazer isso à revelia de seus controladores.


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FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Eles vieram de famílias de classe média baixa e hoje têm R$ 1 milhão no banco

Conheça histórias de gente como Marco Falcone, cujo melhor tênis na infância foi um Kichute, mas que com planejamento e disciplina conquistou a independência financeira

João Paulo Nucci, especial para o iG | 11/01/2012 05:48

 
Foto: Divulgação
Falcone: sem herança e assalariado, mas com planos claros e disciplina financeira ao longo de 20 anos

O engenheiro Marco Falcone, de 42 anos, virou o ano desempregado. Mas estava absolutamente tranquilo com relação a isso. É que ele juntou, ao lado da esposa Regina Tesima, um patrimônio milionário em pouco mais de duas décadas de trabalho e de vida em comum. “Nosso objetivo sempre foi ter uma reserva financeira que nos desse segurança em momentos como esse”, diz Falcone, que nunca recebeu herança e sempre trabalhou como assalariado, assim como Regina.

“Ambos viemos de famílias de classe média baixa e, desde o começo, pensamos em guardar dinheiro para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos na infância. Eu sempre estudei em colégio estadual e o melhor tênis que tive foi um Kichute”, afirma o pai de dois filhos pequenos.


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A fórmula do casal para ficar milionário envolveu uma disciplina rígida desde quando ambos passaram a trabalhar, no início dos anos 1990. Eles chegavam a guardar 50% do que recebiam, mesmo quando o orçamento era apertado. “A gente se adaptou a um padrão de vida e, quando passamos a ganhar mais, mantivemos esse padrão”, diz Falcone.

Cada bem ou serviço adquirido pela família de lá para cá – o que inclui a casa em que moram atualmente, em Curitiba – foi fruto de muito planejamento e estudo. “Temos uma vida normal. Não deixamos de fazer nada. Nossa lua-de-mel foi em Buenos Aires e eu estudei inglês nos Estados Unidos”, afirma Falcone. “A diferença é que a gente se programa para fazer as coisa.”

Com o tempo, a dupla de poupadores contumazes foi aprendendo a fazer investimentos mais sofisticados, como a bolsa de valores e os fundos imobiliários. “A gente começou com o basicão, que são os fundos de investimentos”, diz Falcone. “É bom salientar que a gente não ganhou rapidamente na bolsa. Foi a aplicação das sobras do nosso orçamento que nos fez chegar lá.” O patrimônio do casal atingiu a casa do milhão de reais em 2007 – mesma época em que Falcone e Regina resolveram contar a experiência em livro (veja biblioteca básica sobre como juntar R$ 1 milhão).

Mesmo tendo condições de ficar sem trabalhar por um longo período, graças aos rendimentos de seus investimentos, Falcone está pronto para voltar ao mercado de trabalho, enquanto sua mulher, também engenheira, permanece empregada na iniciativa privada.


Foto: Greg Salibian/iG
Calil e as regras de ouro de quem chegou lá: poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e obter pelo menos 1% de rendimento real por mês


Já o administrador de empresas Mauro Calil, de 42 anos, aposentou-se da carreira de executivo há oito anos, após perceber que seus investimentos garantiriam a manutenção do padrão de vida. “Eu trabalhava em multinacional. Minha jornada era de, no mínimo, 11 horas por dia”, diz Calil. “Fui mandado embora e resolvi levar uma vida mais sossegada.”

Calil nasceu numa família paulistana de classe média alta, mas garante que sua fortuna é fruto do próprio trabalho e das decisões que tomou na gestão de seus investimentos. “Eu já ganhava bem, mas resolvi permanecer morando na casa dos meus pais até os 30 anos”, afirma. “Só saí de lá quando consegui comprar meu próprio lugar.”

Ele também se aproveitou dos benefícios oferecidos pelas empresas nas quais trabalhou para poupar. “Eu usava um carro da empresa, que também pagava os almoços que eu fazia com clientes.” Em alguns momentos, Calil chegou a conseguir poupar 90% do que ganhava. O primeiro milhão e a independência financeira vieram pouco antes dos 30 anos.

Para se manter em atividade, Calil resolveu passar a dar aulas, palestras e consultoria sobre finanças pessoais, tema que também o inspirou a escrever um livro (veja aqui). As regras de ouro, segundo ele, são poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e conseguir obter pelo menos 1% de rendimento real por mês sobre o dinheiro investido (isso quer dizer que é preciso descontar a inflação e as taxas cobradas pelos bancos e corretoras para se chegar ao valor líquido conseguido). Também é preciso, claro, ter paciência para ver o bolo crescer e chegar à casa do milhão.
 
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CES 2012: TVs evoluem e agora podem “ver e ouvir” espectadores

Simplificar a interface de TVs é tendência e se tornou preocupação número 1 de grandes fabricantes, como Samsung e LG


Claudia Tozetto, enviada a Las Vegas | 10/01/2012 05:00

Em vez de usar um controle remoto, imagine falar com a TV ou gesticular em frente a uma câmera para trocar de canal ou aumentar o volume. A tecnologia parece futurista demais, mas já está disponível nas TVs da LG e da Samsung lançadas na Consumer Electronics Show (CES) 2012, feira de tecnologia que será aberta ao público hoje (10), em Las Vegas (EUA).


Foto: Getty Images Ampliar
Nova versão da TV conectada da Samsung ganhará reconhecimento de voz e gestos


Para Scott Ahn, diretor global de tecnologia da LG, comandos de voz e de gestos se tornarão cada vez mais fundamentais para simplificar o uso das tecnologias e a novidade não ficou fora das novas TVs que devem chegar ao mercado até o final de 2012. “A interface das TVs se tornará mais natural do que jamais foi, mas foram necessários vários anos de pesquisa para chegar a estas novas tecnologias”, diz Ahn.

A Samsung também apostou no reconhecimento de voz e gestos em sua nova linha de TVs. “A plataforma SmartTV evoluirá a cada ano. O usuário poderá ter, a cada ano, uma nova TV com novos recursos”, disse Boo-Keun Yoon, presidente mundial da divisão de eletrônicos de consumo da Samsung. As TVs mais avançadas da marca, que chegam ao mercado até o final de 2012, sairão de fábrica com câmera integrada para reconhecimento facial e de gestos.



Voltando às origens

Simplificar a interação dos usuários com os dispositivos, segundo Shawn Dubravac, diretor de pesquisas da Consumer Electronics Association (CEA), entidade que organiza a CES, é um tendência para o futuro. “Os primeiros controles remotos eram fáceis de usar porque tinham apenas quatro botões, mas os fabricantes encheram os controles de botões, que nunca usamos”, disse Dubravac ontem, em evento pré-CES.

A evolução, segundo o consultor, começou no ano passado, quando alguns fabricantes lançaram seus primeiros controles remotos com sensores para interagir com a TV por meio de movimento, como no console Nintendo Wii. Este foi o primeiro passo para simplificar a tecnologia. “O próximo passo será tornar a interação mais natural”, disse Dubravac.

Além das TVs, o controle de dispositivos por voz e gestos deve chegar, em breve, a outros dispositivos, como computadores (a Intel já demonstrou na CES 2012 os futuros ultrabooks que oferecerão o recurso) e também em smartphones (até agora, a Apple oferece o sistema mais avançado de reconhecimento de voz, o Siri).



Chips poderosos chegam às TVs

Com os recursos de reconhecimento de voz e gestos --além da conexão de internet, que deve estar na maioria das TVs lançadas em 2012-- os televisores ficam cada vez mais parecidos com os computadores. Para suportar estas novas funcionalidades de software, no entanto, era preciso desenvolver um novo processador para as TVs, com maior poder do que os atualmente usados.

No último ano, segundo Ahn, a LG desenvolveu seu próprio chip para TVs, com quatro unidades de processamento gráfico (GPUs) que funcionam ao mesmo tempo. Os resultados mostram imagens cada vez mais nítidas e velocidade maior na navegação na internet por meio da TV e também na instalação de aplicativos, outra tendência para o futuro das TVs conectadas.

A concorrência entre as fabricantes, no entanto, está acirrada. A Samsung também desenvolveu um processador com quatro núcleos para sua nova linha de TVs. Além de suportar os novos recursos de reconhecimento de voz e gestos, o chip foi necessário, segundo Tim Baxter, presidente da Samsung America, para suportar novos recursos de sincronização de conteúdo em nuvem. “Todo o conteúdo armazenado pelo usuário, como fotos, poderá ser acessado a partir de qualquer dispositivo SmartTV ou Galaxy”, disse Baxter. 
 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CES 2012: Mercado de tecnologia alcançará R$ 1,8 trilhão em 2012

Dados da consultoria GfK e da Consumer Electronics Association mostram que América Latina puxa crescimento do setor

Claudia Tozetto, enviada a Las Vegas | 09/01/2012 05:30


O mercado de tecnologia pessoal, que inclui smartphones, tablets, tocadores de DVD, TVs, computadores, entre outros produtos, deve representar R$ 1,8 trilhão (US$ 1 trilhão) em 2012. Os dados, coletados pela consultoria GfK em parceria com a Consumer Electronics Association (CEA), foram apresentados neste domingo, em Las Vegas (EUA), durante os eventos realizados antes do início da Consumer Electronics Show (CES) 2012.
 
 
Foto: Getty Images Ampliar
Smartphones e tablets são responsáveis pela maior parte do crescimento das vendas de tecnologia no mundo


O total representa a receita do mercado como um todo e, segundo Steve Bambridge, diretor global de negócios da GfK, representam crescimento de 5% em relação a 2011. No ano passado, a receita do setor de tecnologia pessoal chegou a US$ 993 bilhões – menor que a esperada “devido aos problemas econômicos ocorridos nos EUA, Europa e o terremoto no Japão”, explicou Bambridge.

A América Latina, além da região emergente da Ásia que inclui a China, é uma das regiões que lideram o crescimento do mercado de tecnologia em todo o mundo. Em 2010, a América Latina representou 34% do crescimento do mercado registrado no período, enquanto em 2011 a participação da região diminuiu para 11%, índice que deve se manter estável em 2012. “O Brasil é o país mais importante da região, mas apesar do crescimento explosivo, o total de unidades de smartphones e tablets vendidos ainda é pequeno”, disse Bambridge ao iG.

Ainda assim, de acordo com Bambridge, o crescimento da região é impressionante, já que a participação de países desenvolvidos, como EUA, Japão e alguns países europeus, caem a cada ano. Em 2011, os EUA contribuíram para apenas 5% do crescimento do setor e o Japão, apenas 2%. Entre os motivos, está a crise econômica e também o alcance destas tecnologias nestas regiões, onde quase toda a população pode ter acesso a elas. Enquanto isso, o Brasil engatinha no acesso à tecnologia. “No caso das TVs, por exemplo, só vamos considerar o Brasil um mercado maduro em 2017”, diz Bambridge.



Tablets e smartphones crescem menos em 2012
As vendas de smartphones se mantêm como motor de crescimento do mercado de tecnologia em todo mundo. Em 2012, segundo a GfK, elas representarão 22% do total em 2012. Em segundo lugar está a categoria de computadores móveis, que inclui os notebooks e os ultrabooks. Eles representarão 15% das vendas de tecnologia em 2012.


 
Foto: Tech Crunch
Vendas de tablets crescem em 2012, mas serão menos expressivas que em 2011


Em contrapartida, os celulares básicos, sem funções como acesso a internet e instalação de aplicativos, começam a enfrentam uma queda leve nas vendas. Em 2011, eles representavam uma fatia de 10% do total de eletrônicos vendidos, mas ela será reduzida para 8% em 2012. Outra categoria de produtos que deve perder espaço nos próximos anos são as câmeras digitais, que representam apenas 4% do mercado global de tecnologia pessoal.

“É uma das categorias de produtos que estão sendo canabalizadas pelos smartphones e tablets”, diz Steve Koenig, diretor de análise da indústria da CEA. Nos próximos anos, segundo o estudo, as impressoras também devem perder cada vez mais espaço, já que as pessoas preferem armazenar as informações apenas em formato digital.