quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mercado financeiro está de olho no dinheiro das mulheres

Bancos, corretoras, seguradoras e a própria Bolsa lançam estratégias para cativar o mundo feminino, mais conservador e estável

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 30/11/2011 05:55



Foto: Carlos Della Rocca Ampliar
Mulheres são maioria absoluta na poupança, diz Sinara


Elas estão ganhando mais e participam ativamente das decisões sobre investimentos familiares. Conservadoras e estáveis ao decidir sobre onde colocar o dinheiro, são pacientes e escolhem a dedo suas aplicações. De olho nas mulheres, bancos, corretoras e seguradoras começam a criar produtos ou fazer eventos somente para conquistá-las.


Dentre os maiores bancos do Brasil, o Santander saiu na frente. Há três anos, o banco deu o pontapé em uma política voltada para o mundo feminino. Para conquistar esse novo público, a instituição financeira realiza encontros com palestras voltadas especificamente para mulheres pelo menos seis vezes ao ano, em várias regiões do país. O último, em novembro, foi realizado em São Paulo.
“Decidimos tentar conquistar as mulheres, que são cada vez mais chefes de família, estão estudando mais e são formadoras de opinião de consumo”, disse Sinara Polycarpo Figueiredo, superintendente de investimentos do Santander.
Sinara conta que cada vez mais mulheres estão entrando para o mercado financeiro e, no banco, já são mais da metade dos investidores. A exemplo de seus colegas no mercado, ela conta que as mulheres possuem um perfil bem mais conservador que os homens. “Na poupança são maioria absoluta e dividem com os homens a participação em CDBs e fundos de renda fixa. No mercado acionário, os homens dominam.”
Além de conservadoras, as mulheres têm mais medo de investir. Citando uma pesquisa da universidade de Cambridge, na Inglaterra, a especialista diz que as mulheres têm mais fobia financeira do que os homens. As medrosas do mundo feminino são 23% do total, ante 18% dos homens.


Bolsa não só para gravatas

Apesar de perderem para os homens no quesito investimento em ações, as mulheres também estão sendo cortejadas por corretoras e pela própria Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). “A Bolsa percebeu a importância da mulher na vida econômica do país”, disse José Alberto Neto Filho, professor de educação financeira da BM&FBovespa.
“Em 2002, quando lançamos a campanha de popularização do mercado de capitais ‘BM&FBovespa Vai Até Você’, percebemos a forte presença e o interesse das mulheres”, continua. “Fizemos uma pesquisa e descobrimos que as mulheres têm ação direta em 30% das decisões familiares sobre investimentos. E tomam decisões conjuntas nos outros dois terços.” Diante do interesse do público feminino por esta opção de investimento, a Bolsa criou em 2003 o “Mulheres em Ação”, que já promoveu centenas de apresentações pelo Brasil.


Foto: XP Ampliar
Mulheres não deixaram a Bolsa na crise, diz Bianca


Segundo a BM&FBovespa, as mulheres eram 17,6% dos investidores pessoa física em 2002. O percentual cresceu para 24,9% em outubro de 2011, ou 147 mil aplicadoras. Do total de mulheres, as que mais investem estão na faixa entre 26 e 35 anos (34,5 mil). “As mais jovens estão mais presentes na Bolsa, pois possuem uma situação de carreira e de rendimento que propicia a formação de poupança”, diz o professor.
“Elas estão quebrando o estigma de Bolsa só para gravatas”, afirma. “Considero expressivo o crescimento da participação das mulheres, que perguntam mais para não abusar do excesso de confiança. O homem é mais negociador de curto prazo, a mulher pensa mais no longo prazo.”
Essa também é a visão de Bianca Juliano, gerente comercial da XP Investimentos, uma das maiores corretoras do Brasil. “As mulheres procuram mais produtos de renda fixa e fundos de investimento com perspectiva de longo prazo”, diz.
A XP começou a investir no público feminino no dia 8 de março de 2008, Dia da Mulher. “Foi quando lançamos nossos ciclos de palestras direcionadas.” Segundo ela, a mulher tende a ser uma investidora mais estável. “Na última crise, por exemplo, elas mantiveram o sangue frio para não retirar seus investimentos.”
Bianca diz que a XP não quis criar produtos com “ações femininas”. “Não temos diferenciação de produtos, mas de abordagem. Queremos que as mulheres escolham as ações com melhor rentabilidade, mas não necessariamente as ligadas ao mundo feminino.”


Seguros

No mundo dos seguros, a Porto Seguro tem tradição em oferecer produtos diferenciados para a mulher. “De dois anos para cá, passamos a fazer pesquisas voltadas para as necessidades exclusivamente femininas”, diz Marcelo Sebastião, diretor de Auto da Porto Seguro. Segundo ele, a mulher bate um pouco mais o carro que o homem, só que os valores são menores. “A despesa média com sinistro é menor”, afirma.
As mulheres também são menos roubadas ou furtadas. “Sempre dirigem acompanhadas, estão mais atentas ao movimento das ruas, não param em locais ermos e param em estacionamentos.” Segundo ele, a carteira de auto da Porto é equilibrada entre homens e mulheres, e a participação das mulheres nos seguros da Porto cresceu entre 10% e 12% nos últimos três anos. “As mulheres contratam seguros com cláusulas mais simples e se interessam mais por serviços extras, como direito a taxi emergencial.”


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FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 29 de novembro de 2011

INDÚSTRIA DO TREM RENASCE EM HORTOLÂNDIA

Cidade paulista tem fábricas de três das maiores companhias do setor ferroviário e é candidata a fabricar o trem-bala brasileiro


Dubes Sônego, iG São Paulo | 29/11/2011 05:00


Trens da Linha 1 - Azul do metrô paulistano em reforma na fábrica da Bombardier, em Hortolândia.
É provável que nada seja mais inadequado em Hortolândia que seu nome. Nesta cidade de raros prédios e avenidas longas, há pouco espaço para o cultivo. Mas sobra para a manufatura e prestação de serviços. É lá que indústrias de ponta como a IBM tem um de seus maiores centros de monitoramento e suporte remoto a clientes no mundo; a Dell monta seus servidores, laptops e desktops no país, e a EMS fabrica e desenvolve seus medicamentos líderes em vendas, como uma versão genérica do Viagra.

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Agora, Hortolândia começa a se consolidar também como epicentro da incipiente retomada de uma área bem mais tradicional da indústria: a ferroviária. Trata-se de um movimento recente, mas com raízes profundas no passado.

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Nos últimos quatro anos, a cidade atraiu fabricantes de trens como a canadense Bombardier e a espanhola CAF. A Bombardier é uma das três maiores do setor mundialmente, ao lado de Siemens e Alstom. E a CAF, apesar de ser um pouco menor, fatura cerca R$ 3,5 bilhões (€ 1,4 bilhão). Junto com a AmstedMaxion, principal fabricantes de vagões de carga do país, elas abocanharam a maior parte dos contratos de construção e reforma de trens lançados no Brasil desde então. Somados, os pedidos em produção e em carteira das três empresas superam os R$ 5 bilhões.


Galpão usado pela Amsted Maxion em Hortolândia.
A lista inclui trens de passageiros novos e a reforma de antigos para a CPTM e o metrô paulistano, trens para o metrô de Recife, vagões para o transporte de minério de ferro, grãos, açúcar e contêineres.

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De casa cheia, as empresas aceleraram contratações e o número de vagas disparou. De acordo com dados da prefeitura, há dois anos, a indústria ferroviária local empregava cerca de 700 pessoas. Neste ano, as estimativas são de que termine com mais de 4 mil trabalhadores.

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São mais funcionários que os cerca de 3,6 mil que a Cobrasma chegou a empregar na cidade no auge, no início da década de 1980, quando era uma das maiores empresas do setor ferroviário no Brasil. O negócio mingou na década seguinte. Mas deixou de pé 120 mil metros de prédios administrativos e galpões indústriais com paredes manchadas pelo tempo, em um terreno de quase um milhão de metros quadrados. Hoje, a maior parte das empresas ligadas ao ferroviário em Hortolândia está lá.

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Retomada

Uma das primeiras a chegar foi a AmstedMaxion. Por volta de 2004, com a forte expansão de investimentos em transporte ferroviário, a procura por vagões de carga explodiu, conta Ricardo Chuahy, presidente da companhia no Brasil. A alta na demanda levou a Amsted a procurar um local onde pudesse aumentar rapidamente a produção, então centrada em Cruzeiro (SP). “Ninguém tinha capacidade para atender às encomendas”, diz.


Número de trabalhadores contratados pela indústria ferroviária na cidade saltou de 700 para cerca de 4 mil, em dois anos
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A solução foi alugar alguns dos galpões da antiga Cobrasma, herdados por funcionários que receberam a área como garantia do pagamento de dívidas trabalhistas. A Amsted se instalou, iniciou a produção e acabou comprando todo o complexo depois, em 2007. Mas seguiu com a prática de ceder espaço a empresas que não fossem concorrentes.

Em 2008, veio a CAF e, em 2009, a Bombardier. “Chegamos a estudar montar fábrica em Recife”, diz André Guyvarch, presidente da Bombardier no Brasil. Desistiram porque sairia mais caro erguer os galpões do zero, treinar mão de obra e ficar distante dos fornecedores, conta.

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É uma lógica semelhante a que levou outras empresas a Hortolândia. A lista inclui, além das já citadas, gigantes como a MGE, da Progress Rail, braço da Caterpillar para o setor ferroviário, e a Hewitt Equipamentos, que faz a estrutura de base dos vagões ferroviários, chamada truque.

“Hortolândia é hoje o grande polo de produção dos segmentos de carga e passageiros”, diz Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da Agência Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF). E é também a cidade que reúne o maior número de empresas com tecnologia para eventualmente produzir o trem-bala brasileiro. Estão lá CAF e Bombardier. As outras duas são a Alstom, que tem fábrica em São Paulo, e a Siemens, em Cabreúva (SP).

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Locomotivas são um dos poucos tipos de trem que a cidade não fabrica. “Tentamos trazer a nova fábrica da MGE-Progress Rail para cá. Mas eles foram para Sete Lagoas (MG)”, afirma Geraldo Estevo Pinto, diretor da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços de Hortolândia. Mesmo assim, na unidade que tem em Hortolândia, a MGE faz reformas de motores, de locomotivas e de carros de passageiros.



Investimentos


Mais recentemente, com o crescimento dos pedidos, algumas empresas decidiram aproveitar incentivos fiscais da prefeitura e se mudar das antigas instalações da Cobrasma. A CAF investiu R$ 250 milhões em uma fábrica em outra parte de Hortolândia, com capacidade para produzir até 500 vagões de passageiros por ano, que ficou pronta em 2010.


Bombardier, CAF e AmstedMaxion têm juntas mais de R$ 5 bilhões em contratos em produção ou em carteira.
A Bombardier optou por continuar como inquilina da AmstedMaxion. Mas construiu um novo galpão, onde começa a produzir em janeiro o primeiro monotrilho do país – monotrilhos são trens que correm sobre vigas de concreto elevadas, normalmente a mais de 15 metros de altura.

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Horizonte promissor

São apostas baseadas em uma realidade latente no país: a dificuldade de locomoção nas estradas e avenidas de grandes cidades. Como é evidente, o crescimento acelerado da venda de automóveis não foi acompanhado de investimentos compatíveis em infraestrutura nas últimas décadas.

Para tentar amenizar o problema, o poder público, em todas as instâncias, promete despejar rios de dinheiro no setor. O governo paulista sozinho tem planos de investir R$ 27 bilhões em infraestrutura ferroviária. Em meados de outubro, a presidente Dilma Rousseff falou no programa “Café com a presidenta” em outros R$ 30 bilhões para corredores de ônibus, metrôs e VLTs (os bondes modernos). O montante inclui projetos em Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Não estão na conta o famigerado trem-bala e os R$ 43,9 bilhões previstos no PAC 2 para expansão da malha ferroviária.

Resta saber se o discurso será mantido ou, depois de investir, as empresas morrerão asfixiadas pela falta de investimentos, como no passado.

FONTE: IG ECONOMIA

Facebook admite erros e faz acordo sobre privacidade com EUA

Rede social ficará sob vigilância do governo americano pelos próximos 20 anos

Claudia Tozetto, iG São Paulo | 29/11/2011 18:05 - Atualizada às 19:22

O Facebook e a Federal Trade Commission (FTC), órgão do governo americano, anunciaram nesta tarde que chegaram a um acordo para que o Facebook solucione as acusações sobre violações à privacidade dos usuários da rede social. Com o acordo publicado no site da FTC, o Facebook aceitou que auditorias independentes tenham acesso a todos os bancos de dados dos usuários e registros do sistema por 20 anos. Assim, será possível que as auditorias verifiquem se a empresa respeita as políticas de privacidade publicadas em seu site.

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Campanha virtual falha ao boicotar Facebook
Maioria dos internautas não lê termos de uso antes de compartilhar

Em uma mensagem no blog oficial, Zuckerberg admitiu que o Facebook cometeu erros em relação a privacidade de seus usuários. "Sou o primeiro a admitir que cometemos vários erros. Em particular, acho que um pequeno número de erros muito divulgados, como o projeto Beacon e nossas mudanças de privacidade de dois anos atrás, acabaram escondendo o bom trabalho que fizemos", disse o executivo.


O acordo também proíbe o Facebook de fazer declarações falsas sobre a privacidade ou segurança dos dados informados pelos internautas que usam a rede social; solicita que o site peça consentimento dos usuários antes de compartilhar qualquer informação ou antes de alterar a política de privacidade vigente; obriga o Facebook a prevenir que qualquer pessoa acesse os dados de um usuário após 30 dias da exclusão de uma conta; obriga a rede social a criar um programa interno para assegurar a execução de suas políticas de privacidade; e estabelece que a primeira auditoria externa será realizada em 180 dias.

O acordo foi anunciado após anos de negociação entre o Facebook e a FTC, que começou em dezembro de 2009, quando o Facebook modificou sua política de privacidade sem o consentimento dos usuários e diversas informações que foram primariamente classificadas como privadas se tornaram públicas. Depois disso, a FTC também notificou o Facebook por permitir que sites de terceiros acessassem informações pessoais dos usuários.

No anúncio sobre o acordo, a FTC frisa que o Facebook não cumpriu as promessas sobre privacidade que fez aos usuários. Entre elas, a rede social afirmou que ao classificar um conteúdo como "Só para amigos", ele não seria compartilhado com outros usuários, o que não era verdade. Outra "mentira", segundo a FTC, tem a ver com a segurança de alguns aplicativos usados na rede social que, na verdade, o Facebook nunca assegurou.

"O Facebook será obrigado a cumprir suas promessas sobre privacidade que faz a milhões de usuários. A inovação do Facebook não precisa acontecer às custas da privacidade dos consumidores", diz Jon Leibowitz, presidente do conselho da FTC. A FTC colocará o acordo em consulta pública pelos próximos 30 dias. Caso o Facebook não cumpra o acordo, a FTC cobrará uma multa de US$ 16 mil por dia. Além do Facebook, o Twitter já fez um acordo semelhante com a FTC sobre a privacidade dos usuários.


Zuckerberg fala sobre a privacidade no Facebook

Em uma mensagem no blog do Facebook, Mark Zuckerberg, CEO da rede social, falou sobre os valores do Facebook em relação a privacidade dos usuários. "A ideia de garantir que as pessoas tenham completo controle das informações que publicam fazem parte do núcleo do Facebook desde o primeiro dia", disse o executivo. Ele frisou que a equipe do Facebook liberou mais de 20 novas ferramentas de controle de privacidade nos últimos 18 meses.

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Em defesa do Facebook, Zuckerberg disse que a equipe já atendeu diversas solicitações da FTC, mesmo antes de firmar o acordo. Para atender o acordo, a rede social se submeterá a duas auditorias independentes por ano - no anúncio oficial, a FTC não estabeleceu quantas auditorias teriam que ser realizadas por ano.

Além disso, Zuckerberg nomeou dois novos executivos para cuidar dos assuntos relativos à privacidade dos usuários. Erin Egan e Michael Richter serão chamados de CPOs (diretores de privacidade, na sigla em inglês). Enquanto Erin criará as políticas internas de privacidade e negociará com órgãos reguladores, Richter será responsável por assegurar que as políticas sejam integradas aos produtos durante a fase de desenvolvimento.


Europa também define políticas

Na Europa, o Facebook também terá que se ajustar a uma nova lei de privacidade, que deve entrar em vigor em janeiro de 2012. De acordo com a nova regulação, a rede social não poderá vender informações pessoais dos usuários do Facebook  para terceiros, como empresas de publicidade, para direcionar anúncios. Segundo a Comissão Europeia, apesar de o Facebook armazenar os dados dos usuários nos EUA, terá que cumprir a legislação local, caso contrário será processado.
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

LIVROS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PARTE 3 DE 3

LIVRO 3: Terapia Financeira -  Reinaldo Domingos





O livro escrito por Reinaldo Domingos tem uma leitura fácil e rápida. Direcionado àqueles com dificuldades financeiras, apresenta um método criado pelo próprio autor denominado DiSOP, termo utilizado para abreviar quatro palavras (e fases): Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar.

O autor conseguiu sintetizar bem os passos necessários para superar um período de dificuldade financeira, chegando ao final, inclusive a poupar. De devedor a poupador em 4 fases. A metodologia é simples, porém eficaz, inclusive com o dinheiro de volta caso você não fique satisfeito com o livro.

Na primeira parte, diagnosticar, o autor ensina como identificar para onde o dinheiro está indo, quais são os gastos, qual seu padrão de vida. Ele começa com o subtítulo de "Descubra suas fragilidades em relação ao dinheiro". O diferencial aqui é que para a definição do padrão de vida, ele retira obrigatoriamente 10% como forma de retenção. Ou seja, você deve aprender a viver com apenas 90% de sua renda líquida. Somente depois de você identificar exatamente onde você está gastando seu dinheiro e qual seu padrão de vida possível, é possível passar para os próximos passos.

Sonhar: eis o segundo passo rumo a independência financeira, de acordo com o autor. Partindo da premissa de que o ser humano é movido por desejos, sonhar é a mola propulsora da vida.Assim, você deve ser capaz de realizar seus sonhos, adquirir aquilo que tem vontade, do contrario, você não será feliz e muito menos conseguirá manter seu equilíbrio financeiro. Em um determinado momento, você terá uma atitude compulsiva e se endividará. Por isto, se planejar para realizar seu sonho é fundamental. Além daqueles 10% de retenção, você deve separar uma quantia factível para a realização de seu sonho dentro de um prazo que não inviabilize manter sua situação financeira equilibrada. O carro ou a casa financiada também deve ser deduzida da renda liquida. Ao final, você terá o dinheiro para adequação do seu padrão de vida.

Em seguida, vem a fase de Orçar. Levantar suas dividas, seus compromissos, analisar os gastos identificados na primeira fase e se planejar para atingir o equilíbrio financeiro. Você deve adotar uma estratégia para saldar as dividas, calculando um montante que você pode separar de sua renda mensal liquida para arcar com as dividas. Então, você poderá entrar em contato com os credores tentando negociar as dividas e fazendo com que elas caibam no orçamento. Eles têm interesse em receber e você quer pagar. O autor sugere ainda, que talvez você possa utilizar a parcela destinada ao seu sonho, para arcar com as dividas, desde que este seja realmente seu sonho.

Por fim, poupar. O desejo da maioria da população e que de fato poucos conseguem. Aqueles 10% utilizados como retenção e não explicados inicialmente são a "semente de sua independência financeira". O autor apresenta alguns conceitos sobre juros, poupança, previdência privada, a importância de comprar melhor, uso de cartão de crédito, outras opções de investimento de curto, médio e longo prazo para perfis diferentes de investidores.

Como conclusão, o autor traz palavras de motivação e um quadro resumo da metodologia DiSOP com as principais idéias para Diagnosticar, sonhar, orçar e poupar. Ele termina o livro com a frase, "E acredite: VOCÊ PODE!". Isto me lembrou o slogan da campanha de Barack Obama. Nada mais verdadeiro em se tratando de conseguir a independência financeira. Não importa o quanto você ganha, mas muito mais de como você administra seu dinheiro. Neste caso, o poder está em nossas mãos. YES, WE CAN.

LIVROS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PARTE 2 DE 3

LIVRO 2: Livre-se das Dívidas -  Reinaldo Domingos





Dividido em três partes, o livro aborda, na primeira, as chamadas “dívidas de valor”, aquelas contraídas para a compra de casa própria e carro. Discorre sobre os recursos usados, hoje em dia, para “acelerar” a aquisição desses sonhos materiais, como empréstimos, consórcios e financiamentos, mostrando como lidar com eles conscientemente, a fim de aproveitar suas vantagens evitando a inadimplência.

A segunda parte trata das “dívidas sem valor”, que se referem à aquisição de mercadorias e bens de consumo muitas vezes desnecessários; à compra por impulso. Traz dicas e explicações didáticas sobre temas cotidianos, como o uso do cartão de crédito e do cheque especial, a leitura correta do extrato bancário, os cuidados ao usar o cartão de débito.

Por fim, a terceira parte concentra-se na chamada “quebra do ciclo de endividamento”, com conselhos voltados a quem já perdeu as esperanças de se livrar das dívidas. Aborda o crédito consignado, a portabilidade de crédito e orienta o leitor a negociar suas dívidas de modo que a nova parcela assumida caiba no orçamento, evitando que a inadimplência continue. O livro chega à sua conclusão reforçando que somente uma visão ampla dos problemas financeiros e a disposição de combatê-los desde a sua base, de forma integrada, trará resultados consistentes e duradouros. E incentiva o leitor nessa empreitada rumo à estabilidade financeira e à realização dos sonhos.

LIVROS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PARTE 1 DE 3

LIVRO 1: Ter Dinheiro não tem Segredo  -  Reinaldo Domingos




Se tinha segredo para ter dinheiro, agora não tem mais.

Nesse livro o educador financeiro Reinaldo Domingos vai compartilhar com você tudo o que ele aprendeu em sua vida sobre ganhar e usar bem o dinheiro.

Reinaldo podia ter parado de trabalhar aos 37 anos. Com essa idade, ele atingiu a chamada autonomia financeira. Sabe o que é isso? É ter dinheiro para viver sem precisar trabalhar ou, como o Reinaldo prefere, trabalhar somente por prazer e não por obrigação.

E não pense que ele conseguiu isso acumulando dinheiro como o Tio Patinhas. Ao contrário! Desde menino, Reinaldo aprendeu a dar importância para seus sonhos e descobriu um jeito saudável e seguro de conseguir comprar as coisas que desejava sem se endividar, e ainda, guardar dinheiro para ter um futuro sem preocupações financeiras.

Se você acha que não precisa das dicas do autor tente responder as seguintes perguntas: Você sabe para onde vai cada centavo do seu dinheiro? Tá sobrando para a balada e para o cineminha? E aquele tênis ... vai dar para comprar à vista ou vai ter que parcelar? Nos próximos meses essa parcela não vai pesar muito no seu bolso? Tá reservando algum dinheiro para ter seu próprio carro ou moto? E a viagem com a turma? Já sabe quanto vai custar? E quanto tem de guardar por mês para curtir ao máximo?

Se você nunca parou para pensar nessas coisas - seja porque ainda depende de seus pais, seja porque seu dinheiro não dá pra nada -leia o livro Ter Dinheiro Não Tem Segredo e descubra que de pouco em pouco é possível realizar muitos sonhos.

VEJA 9 DICAS PARA VIAJAR NO FINAL DO ANO SEM SE ENDIVIDAR

Evitar passar a viagem ao celular e comprar souvenires inúteis são formas simples de poupar sem deixar de aproveitar o passeio

iG São Paulo | 27/11/2011 05:21

Planeje uma viagem compatível com sua realidade financeira

1. Planeje uma viagem compatível com sua situação financeira. De nada adianta organizar um tour pela Europa se você não tem, de fato, condições para isso. Além de fazer uma viagem cheia de privações, você ainda corre um grande risco de voltar com muitas dívidas

2. Faça uma reunião familiar e decida o destino com todos que vão viajar. Aproveite a ocasião para estabelecer um limite diário de gastos. Isso evitará que todo o dinheiro disponível acabe nos primeiros dias, quando as pessoas estão mais empolgadas

3. Guarde dinheiro com antecedência e pague o pacote antes de embarcar. Se não for possível fazer isso agora, organize suas finanças para que as próximas viagens sejam pagas antes da data de embarque. Ao viajar sem dívidas, você poderá relaxar mais durante o passeio


Leia também:
- Aprenda a usar programas de milhagem
- Planeje suas férias de janeiro
- Curta o calor no Nordeste

4. Não feche o pacote na primeira agência ou hotel que encontrar. Pesquise bastante. Com um pouco de esforço é possível contratar serviços similares com preços bem mais em conta

5. Reserve 40% do dinheiro guardado para as férias para cobrir gastos imprevistos e despesas após a viagem. Esses recursos servirão, por exemplo, para cobrir a fatura do cartão de crédito, que pode vir ainda mais alta que o esperado caso se trate de uma viagem ao exterior

6.Cuidado com o uso do celular durante a viagem. Existem pessoas que passam tanto tempo ao telefone que mal aproveitam o passeio. Além de perderem um tempo precioso, também recebem uma conta salgada no retorno

Veja mais:
- Escolha a melhor forma de pagamento das compras no exterior
- O que você pode levar na mala?

Combine a viagem com sua família e estabeleça um limite diário de gastos

7. Não se empolgue comprando todas as lembranças e souvenires que encontrar, como chaveiros, camisetas e bonequinhos. Limite-se a levar apenas o que realmente tem relevância ou é diferente. Em vez de gastar com quinquilharias, tire mais fotos

8. Faça uma lista de roupas e artigos que vai levar na viagem. Quem esquece itens importantes, acaba gastando mais porque precisa comprar o que faltou e não tem tempo para pesquisar preços

9. Se for viajar de carro, é fundamental fazer a revisão antes de sair de casa. Se o veículo quebrar, o custo para consertá-lo longe de casa certamente será maior, sem contar o desgaste e o estresse durante a viagem

 Fonte: Reinaldo Domingos, autor dos livros "Ter Dinheiro não tem Segredo", "Livre-se das Dívidas" e  "Terapia Financeira".

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 27 de novembro de 2011

Das dez marcas com maior valor que operam no mercado, cinco são de instituições financeiras


AE | 26/11/2011 09:52


Apesar do crescimento de outros setores, como varejo e telefonia, os grandes bancos brasileiros mantêm a liderança em marcas mais valiosas do País, superando empresas como Petrobras, Casas Bahia e Vivo. Das dez marcas com maior valor que operam no mercado, cinco são de instituições financeiras, de acordo com ranking da Brand Finance/Superbrands, obtido com exclusividade pela Agência Estado.


Agência do Bradesco em São Paulo: valor de marca de R$ 31,2 bilhões


As três primeiras colocações no ranking de 2011 ficaram com Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, nessa ordem. Santander, na sétima posição, e Caixa, na décima, são os outros bancos do ranking, que será divulgado ao mercado em evento na próxima terça-feira.

O levantamento inclui 130 empresas de diversos setores, mas as dez primeiras posições estão concentradas em três setores (financeiro, varejo e telefonia), além da Petrobras.


Ao todo, a soma do valor dessas marcas aumentou 16,4% em 2011 na comparação com o ano passado, chegando a R$ 320 bilhões.


O Bradesco tem valor de marca de R$ 31,2 bilhões e foi, pelo sexto ano consecutivo, líder do levantamento.


A novidade no ranking de 2011 foi a entrada do Santander, que pela primeira vez aparece entre os 10 primeiros por conta da conclusão da incorporação de suas operações com as do Banco Real, que aumentou o tamanho e a atuação do banco espanhol no País.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


FONTE: IG ECONOMIA

sábado, 26 de novembro de 2011

CONHEÇA O GOOGLE X, O LABORATÓRIO SECRETO DO GOOGLE

Elevadores espaciais e robôs para substituir funcionários em dias de trabalho remoto são alguns dos experimentos realizados

The New York Times | 26/11/2011 05:30

Em um laboratório super secreto em uma região não revelada onde os robôs andam livremente, o futuro está sendo imaginado. É um lugar onde sua geladeira pode estar conectada a internet, assim ela pode encomendar comida quando elas estão acabando. Seu prato pode publicar nas redes sociais o que você está comendo. Seu robô pode ir para o escritório enquanto você fica em casa de pijamas. E você pode, talvez, pegar um elevador para o espaço.

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Google pesquisa novos negócios para investir no futuro em laboratório secreto
Estes são apenas alguns dos sonhos que estão sendo perseguidos no Google X, um laboratório clandestino onde o Google está trabalhando em uma lista de 100 ideais estelares. Em entrevistas, algumas pessoas discutem a lista; alguns trabalham no laboratório ou em algum outro lugar no Google, e alguns foram informados sobre o projeto.Mas nenhum deles pode falar sobre suas atribuições, porque o Google é tão discreto sobre este projeto que muitos funcionários nem sabem que o laboratório existe.

Apesar de muitas das idéias dessa lista estarem no estágio conceitual, totalmente longe da realidade, duas pessoas informadas sobre o projeto dizem que um dos produtos pode ser lançado no final de 2011, mas eles não disseram qual é. “Eles estão muito à frente agora”, diz Rodney Brooks, professor emérito do laboratório de inteligência artificial e ciências da computação do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês) e fundador da Heartland Robotics. “Mas o Google não é uma empresa qualquer, então quase nada se aplica.”

Em quase todas as empresas do Vale do Silício, nos Estados Unidos, inovação significa desenvolver aplicativos ou publicidade online, mas o Google se vê de maneira diferente. Mesmo depois de se transformar em uma das maiores empresas e das start-ups ficarem para trás mordendo seus calcanhares, o laboratório reflete a ambição de ser um lugar onde a pesquisa e desenvolvimento inovadores estão acontecendo, conforme a tradição do Xerox PARC, onde o moderno computador pessoal foi desenvolvido na década de 70.

Jill Hazelbaker, porta-voz do Google, preferiu não comentar nada sobre o laboratório, mas disse que investir em projetos especulativos é uma parte importante do DNA do Google. “As possibilidades são animadoras, mas tenha em mente que a soma investida nestes projetos é muito inferior ao que investimos em nossos negócios principais.”

No Google, que usa técnicas de inteligência artificial em seu algoritmo de busca, alguns dos projetos podem não parecer tão bizarros como eles aparentam, embora eles desafiem os limites do negócio de buscas na web.

Os elevadores para o espaço, por exemplo, uma fantasia de longo prazo dos fundadores do Google e outros empreendedores do Vale do Silício, poderia coletar informações ou levar coisas pesadas para o espaço. (Em teoria, eles envolvem viagens para o espaço sem foguetes por meio de um cabo ancorado na Terra.) “O Google está coletando informações sobre o mundo, então agora ele que coletar dados do Sistema Solar”, diz Brooks.


 Sergey Brin, cofundador do Google, é um dos mais envolvidos no Google X, segundo fontes

Sergey Brin, cofundador do Google, está profundamente envolvido no laboratório, segundo diversas fontes e chegou com a lista de projetos junto com Larry Page, outro cofundador do Google, que trabalhou no Google X antes de se tornar CEO em abril; Eric Schmidt, presidente do conselho do Google; e outros executivos de primeiro escalão. “Eu gasto meu tempo em projetos de longo prazo, que esperamos que se tornem importantes negócios para a empresa no futuro”, disse Brin recentemente, apesar de não mencionar o Google X.

O Google pode transformar uma dessas idéias – um carro sem motorista que foi testado em rodovias da Califórnia no ano passado – em um novo negócio. Pouco impressionado com o espírito de inovação dos fabricantes de veículos da cidade de Detroit, o Google está considerando fabricar os veículos em outra parte dos Estados Unidos, disse uma pessoa informada sobre o projeto.

O Google poderá vender tecnologia para os carros e, teoricamente, pode mostrar anúncios geolocalizados para os passageiros enquanto eles buscam por pontos de interesse e jogam Angry Birds no assento do passageiro.

Os robôs são figuras presentes em várias das idéias. Eles chamaram a atenção dos engenheiros do Google, incluindo Brin, que já participou de uma conferência por meio de um robô, em vez de comparecer pessoalmente.

As frotas de robôs poderiam ajudar o Google a coletar informações, substituindo os humanos que fotografam as ruas para o Google Mapas, de acordo com fontes que conhecem o Google X. Os robôs nascidos no laboratório poderão ser destinados para casas e escritórios, onde eles poderão ajudar as pessoas em tarefas mundanas ou, segundo as fontes, permitir que elas trabalhem remotamente.

Outras idéias envolvem o que o Google se referiu como a “web das coisas” durante a Google I/O, conferência para desenvolvedores realizada em maio – uma forma de conectar objetos a internet. Toda vez que alguém usa a web beneficia o Google, segundo argumenta a empresa, então seria bom para o Google se os eletrodomésticos e os objetos que podemos vestir, pudessem se comunicar por meio de uma rede Wi-Fi com os dispositivos que rodam o sistema operacional Android.

Um engenheiro que conhece o Google X diz que o laboratório funciona de forma tão secreta quanto a CIA – ele conta com dois escritórios: um deles não identificado para logística, no campus de Mountain View, e um para robôs numa região secreta.

Enquanto engenheiros de software trabalham firme em outras áreas do Google, o laboratório é povoado por engenheiros de robótica e engenheiros elétricos. Eles foram encontrados pelo Google na Microsoft, Nokia Labs, Universidade de Stanford, MIT, Carnegie Mellon e Universidade de Nova York.

Um dos líderes do Google X é Sebastian Thrun, um dos maiores especialistas do mundo em robótica e inteligência artificial, que ensina ciências da computação em Stanford e inventou o primeiro carro sem motorista do mundo. Também trabalha no laboratório Andrew Ng, outro professor de Stanford, que se especializou em aplicar neurociência na inteligência artificial para ensinar robôs e máquinas a operar como humanos. Confira no vídeo abaixo um discurso recente de Thrun (em inglês) sobre os carros autônomos:


Johnny Chung Lee, um especialista em integração homem-máquina, chegou ao Google X contratado da Microsoft neste ano após ajudar no desenvolvimento do Kinect, o acessório de Xbox 360 que responde aos movimentos e à voz humana. No Google X, onde ele está trabalhando com a web das coisas, ele ganhou o misterioso cargo de “avaliador rápido”.

Como o Google X é um celeiro de grandes apostas que podem se tornar fracassos colossais ou o próximo negócio do Google – e a empresa pode levar anos para compreender isso – a própria idéia de fazer estes experimentos pode assustar alguns acionistas e analistas de mercado. “Esses projetos são uma coisa totalmente Google-y para eles”, diz Colin W. Gillis, um analista da BGC Partners. “As pessoas podem não gostar disso, mas eles toleram porque o negócio principal de busca está fazendo sucesso.”

Page tentou acalmar os analistas dizendo que estes projetos loucos são uma pequena parte do trabalho do Google. “Existem alguns poucos projetos especulativos acontecendo, mas somos gestores muito responsáveis com o dinheiro de nossos acionistas”, ele disse a analistas em julho. “Não estamos apostando a fazenda nisso.”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

VALE A PENA COMPRAR TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO?

Para quem quer aplicar, a poupança é melhor. O TC deve ser encarado como uma loteria, dizem especialistas

Olívia Alonso e Carla Falcão, iG São Paulo | 25/11/2011 05:45

Quem nunca recebeu uma oferta do banco para comprar um título de capitalização (TC)? Considerado por algumas instituições como uma forma de investimento, os TCs devem ser encarados, na verdade, como uma loteria, segundo especialistas em finanças. Quem pretende fazer um investimento com o dinheiro, seja de uma só vez ou periodicamente, deve optar por outros produtos, como a poupança e o Tesouro Direto.

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Os benefícios dos títulos de capitalização citados pelos gerentes de bancos são a participação em sorteios e a obrigação de poupar. “Mas para quem quer apostar, o ideal é a loteria,” diz Samy Dana, professor de finanças da FGV, em São Paulo. No caso de quem precisa assumir um compromisso para conseguir investir, ele destaca a importância de ter consciência de quanto vai custar essa disciplina forçada. “O cliente acaba pagando caro por esta disciplina”.

O preço da disciplina é o baixo rendimento, inferior ao de outras aplicações. Se o investidor coloca seus recursos na poupança, por exemplo, pode ganhar mais, uma vez que a rentabilidade dos dois produtos é semelhante (atualizada pela TR, a taxa referencial), mas o TC geralmente cobra taxas de administração. Além disso, a poupança é garantida pelo Fundo Garantidor para investimentos de até R$ 70 mil (ou seja, se o banco quebrar, o cliente não perde), enquanto o título de capitalização é garantido pelo banco.

“O título de capitalização é um péssimo investimento e, no final, acaba perdendo até para a poupança. Os bancos usam este produto porque o brasileiro gosta de jogo,” diz Dana. Mas o que os bancos ganham com isso?

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Segundo os especialistas, o título de capitalização é uma boa maneira de as instituições bancárias conseguirem aumentar suas receitas, pois podem aplicar o dinheiro do cliente em outros produtos mais rentáveis enquanto durar o período do TC. Como o retorno pago aos clientes é baixo – um pouco inferior ao da poupança, quando descontadas as taxas, e pode ser ainda menor se o cliente retirar antes do prazo que foi previamente estabelecido -, os bancos conseguem ganhar a diferença. Com parte deste dinheiro, pagam os vencedores dos sorteios.

Por ser bom para o banco, os títulos de capitalização costumam ser muito oferecidos, diz Ângela Menezes, professor de finanças do Insper. “Mas não recomendo os TCs. O cliente deve desconfiar daquilo que o gerente oferece muito, pois assim como funcionários de outras empresas, o do banco tem uma série de produtos que têm que vender,” diz.

Após ouvir as vantagens citadas pelos gerentes, os especialistas sugerem que o cliente busque comparar o TC com a poupança e que tire todas suas dúvidas sobre as taxas administrativas. É preciso informar-se também sobre os descontos no caso de saque anterior ao fim do período do título, o chamado resgate parcial, que pode ter uma penalidade de 10% do capital total aplicado.

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desemprego em outubro é o menor para o mês em 9 anos, diz IBGE

Taxa de desocupação ficou em 5,8% no mês; rendimento médio permaneceu estável na comparação com o resultado de setembro

iG São Paulo | 24/11/2011 09:05

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,8% em outubro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Esse resultado é o menor para o mês desde o início da série histórica, em março de 2002.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.612,70) permaneceu estável na comparação com o resultado verificado em setembro e frente a outubro do ano passado.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

VEJA OS GRÁFICOS EM:  http://economia.ig.com.br/desemprego-em-outubro-e-o-menor-para-o-mes-em-9-anos-diz-ibge/n1597381442524.html

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quer investir o dinheiro do 13º? Veja opções

Tesouro Direto, ações e poupança são algumas das alternativas, mas a aplicação ideal depende do objetivo do investidor. Saiba o que os especialistas sugerem para cada caso

Olívia Alonso, iG São Paulo | 23/11/2011 05:55

Há anos você vem planejando investir o dinheiro do 13º salário, mas acaba gastando um pouco aqui, outro tanto ali e, quando vê, não sobrou nada para aplicar. Se desta vez você está deteminado a cumprir esta meta, há boas opções de investimentos disponíveis. Entre as mais recomendadas por especialistas, estão os títulos do Tesouro Direto, a poupança e as ações. Mas o produto financeiro ideal vai depender do objetivo do investidor, se é de curto prazo ou de longo prazo.


Foto: Getty Images Ampliar
Se a ideia é investir para o curto prazo, poupança, Tesouro Direto, fundo de renda fixa e CDBs são opções




Se a ideia é fazer uma reserva financeira para não passar aperto caso perca o emprego, ou investir para um período curto de tempo, de até 12 meses, o investidor deve buscar aplicações menos arriscadas. “É preciso ser mais conservador para não correr o risco de perder,” diz Sinara Polycarpo, superintendente de Investimentos do banco Santander.
Entre estão entre as opções os títulos do Tesouro Direto e os fundos de renda fixa, que são oferecidos por bancos e corretoras, e a poupança e os CDBs (Certificados de Depósito Bancário, que funcionam como um título de dívida do banco e são oferecidos pela própria instituição bancária).
Todos esses produtos são considerados mais conservadores uma vez que o rendimento - ainda que seja baixo do que o de alguns produtos de renda variável - é mais garantido. “Como o cenário está muito incerto e as perspectivas são de que o mundo e o Brasil cresçam menos, é melhor ser conservador,” acrescenta Sinara.




Para quem tem uma quantia de dinheiro menor, a poupança é a mais indicada porque é de fácil compreensão e manuseio, diz Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec. “O mecanismo de investimento é simples, pode ser feito na internet. É uma opção apropriada para uma parcela da população que tem vergonha de falar com o gerente do banco, por não ter conhecimentos, mas quer começar a fazer uma reserva de capital,” acrescenta.

Já os títulos do Tesouro Direto, os fundos de investimento de renda fixa e os CDBs são mais recomendados para quem já tem alguma ideia dos fundamentos financeiros. “São produtos mais convenientes para quem tem algum conhecimento e não se sente perturbado em assumir um grau maior de risco,” diz Braga.
No caso dos fundos, na hora de optar entre um ou outro, o investidor deve buscar o que combine melhor com o seu perfil. “É preciso conversar com o gerente do banco, fazer o teste de avaliação de perfil ou buscar consultor financeiro para identificar a opção mais adequada,” diz o professor do Ibmec.

A principal recomendação de Angela Menezes, professora de Finanças do Insper, em qualquer caso, é comparar as taxas cobradas pelas instituições financeiras, que pode variar bastante de um banco para outro e de um tipo de fundo para outro.
Em relação aos títulos do Tesouro Direto, que são papéis da dívida brasileira, o investidor deve observar as perspectivas econômicas. Quem acredita na queda dos juros, pode optar por um papel que não acompanhe os juros, mas sim a inflação, ou que seja prefixado. Mas a sugestão de Braga, para obter uma maior segurança, é montar uma cesta com mais de um tipo. “Como estamos vivendo em um cenário que está mudando todo o dia, a o melhor é combinar os títulos,” afirma.
Já para quem estiver considerando os CBDs, os especialistas lembram que quanto mais dinheiro disponível, melhor será o retorno. Assim, valem mais a pena para quem tem mais dinheiro para acrescentar ao 13º salário.
Em todos os casos, os especialistas reforçam a importância de verificar todas as taxas e sempre verificar se a poupança não é mais vantajosa. Muitas vezes, as taxas de administração e o imposto de renda (IR) fazem a diferença. “Mesmo que um fundo, um título do Tesouro ou um CDB paguem um retorno maior, a poupança pode ser mais interessante pois é isenta de (IR), além de não ter taxas administrativas,” afirma Angela.
As aplicações de renda fixa são sujeitas a um imposto de renda de 22,5% se o dinheiro é sacado antes do primeiro ano de aplicação. O percentual vai diminuindo a cada período, até 15% a partir do terceiro ano, mesmo patamar que incide sobre os rendimentos com ações. Além disso, os fundos e os CDBs sempre têm taxas de administração, enquanto no caso do Tesouro Direto, a instituição pode ou não cobrar taxas.





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Para longo prazo, momento pode ser bom para investir em ações, mas somente até 50% do dinheiro disponível




Quem pretende aplicar o dinheiro pensando no futuro tem uma gama maior de opções e pode buscar aplicações um pouco mais arriscadas. Além disso, pode ficar tranquilo com relação ao imposto de renda sobre os ganhos com aplicações de renda fixa, já que a taxa diminui com o passar do tempo.
As ações são o investimento mais recomendado pelo fato de as recentes desvalorizações terem deixado muitos papéis com preços atrativos. “Para o longo prazo, o momento é favorável às ações,” diz Braga.
“Hoje a bolsa de valores está terrível por conta da Europa, mas uma hora os europeus vão ter que se acertar e termos um rali na Bolsa,” acrescenta Pedro Galdi, analista chefe da SLW, que também reforça que as ações são um investimento para longo prazo, de pelo menos cinco anos. 
Mas a recomendação é de não colocar todo o dinheiro em ações. “Nunca se deve investir tudo em renda variável. Sempre pode acontecer alguma emergência, e a pessoa pode precisar sacar,” diz o professor do Ibmec. Como as ações são muito variáveis, pode coincidir de estarem abaixo do preço pago pelo investidor quando ele mais precisar do dinheiro.




“Colocar 10% ou 20% no mercado de ações seria muito razoável,” diz Sinara, do Santander. A recomendação de Braga e Galdi é alocar até 50% do capital disponível no mercado acionário.
Quem não tiver aptidão para acompanhar as empresas, pode buscar um fundo de ações. “Há opções que aplicam em ações e renda fixa e que podem combinar determinadas estratégias,” diz Braga.
Sinara acrescenta também à lista de opções os fundos de índices, os chamados ETFs, que podem aplicar, por exemplo, em índices do setor imobiliário, ou do setor financeiro, ou de consumo. “O ETF é uma oportunidade de diversificação em renda variável para quem tem menos recursos, e a corretora pode orientar o investidor para que ele monte uma carteira que se beneficie do momento atual,” afirma.




O Tesouro Direto, que já foi citado para quem tem o objetivo de curto prazo, continua sendo interessante para compor a parcela de renda fixa da carteira de longo prazo. A sugestão da superintendente de investimentos do Santander para quem optar pelo Tesouro é tentar adiar ao máximo o pagamento do imposto de renda. “É preciso ficar atento aos custos. O NTN-B, por exemplo, paga juros semestrais, sobre os quais o imposto já incide. O ideal é pagar no final,” diz.
A previdencia privada é uma outra modalidade de renda fixa que pode diversificar a carteira de longo prazo. “Dentro da previdência, existem opções moderadas e conservadora. Se a pessoa é mais agressiva, pode tomar um pouco mais de risco na previdência,” diz Angela, do Insper.



Nada de dólar e ouro


Foto: AE Ampliar
Ouro não é recomendado pela complexidade do produto e ausência de garantia de retorno no longo prazo



Os especialistas não recomendam investir o 13º salário em dólar o ouro, pelo fato de serem produtos de mercados muito complexos e voláteis. Neste momento, tanto a moeda norte-americana como o metal precioso vêm registrando boa rentabilidade. Como são ativos considerados seguros, são buscados em momentos de incerteza. No entanto, se a situação externa se acalmar, podem devolver os ganhos, diz Angela.


“Eu nunca diria para alguém colocar o 13º em ouro,” diz José Inácio Franco, diretor da Reserva Metais, empresa que negocia ouro no mercado financeiro, “mas faz sentido colocar de 5% a 10% dos recursos totais no metal, para quem já possui capital investido,” acrescenta.
Os fundos imobiliários, assim como o ouro, também têm um ativo fixo, que é o imóvel. “Neste momento, estes fundos estão na mesma situação do ouro. Se as ações vão mal, produtos ligados a ativos reais tendem a ser mais buscados,” diz Angela. Mas são produtos que exigem dedicação do investidor para verificar quais são os imóveis que fazem parte do portifólio, acrescenta Braga, do Ibmec.
Os títulos de capitalização oferecidos pelos bancos também não são recomendados pelos especialistas, já que o retorno é mais baixo do que o da poupança, que é o produto financeiro menos arriscado do mercado.






Antes de investir, saia do vermelho


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É melhor sanar as dívidas do que investir o dinheiro do 13º, mas continuar pagando juros de cartão de crédito e cheque especial



Antes de investir em qualquer dos produtos mencionados acima, os especialistas recomendam que o trabalhador use o dinheiro para sanar suas dívidas, principalmente as de curto prazo e que têm incidência de juros altos. Além disso, é preciso planejar quanto vão custar os presentes de natal, as férias e as despesas de início de ano, como o IPVA.




Assim, é sempre melhor pagar as dívidas do cheque especial ou do cartão de crédito antes de investir. “Como as taxas cobradas ao credor são altas, não vale a pena colocar o dinheiro do 13º na poupança, por exemplo, e ficar pagando altíssimos juros do outro lado,” diz Sinara.
Mas os financiamentos feitos a juros baixos podem ser mantidos. “É o caso do crédito imobiliário, que é o mais barato de todos,” afirma a superintendente do Santander. Neste caso, vale a pena conseguir aplicar em um produto financeiro para conseguir um retorno que supere os juros pagos pelo empréstimo.

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Oi lança pacote integrado; cliente deve economizar 40%

Oi Internet Total une banda larga fixa, móvel e rede Wi-Fi e dá mais mobilidade de acesso a internet ao consumidor

AE | 21/11/2011 19:11


O grupo Oi lançou hoje um novo pacote de serviços integrados: o Oi Internet Total, que une banda larga fixa, móvel e rede Wi-Fi. Com o produto, a empresa calcula que os clientes poderão economizar até 40% em relação à contratação dos serviços separadamente.

Leia mais: Oi acrescenta tecnologia Wi-Fi ao seu portfólio de banda larga

A principal vantagem do pacote é dar ao consumidor mais mobilidade em seu acesso à Internet. Em nota, o grupo OI explica que o Oi Internet Total poderá ser adquirido em três planos, que variam de R$ 69,90 (Velox de 5 Mbps e Oi Velox 3G de 150 MB) a R$ 99,90 (com Velox 15 Mbps e Oi Velox 3G de 2GB).

Todos os planos garantem acesso gratuito e ilimitado à rede Wi-Fi da Vex e ao Oi Velox 3G, que pode ser utilizado em notebooks, por meio de mini-modem, ou em tablets.

Veja também: Oi registra lucro de R$ 426 milhões no trimestre

"O perfil do cliente que usa internet mudou. Agora ele é multifacetado, possui internet em casa, tablets, notebooks. Ele quer banda larga, quer Wi-Fi e internet móvel. E, para atender a essa nova demanda, garantindo conforto e mobilidade para o cliente, a Oi decidiu investir na criação de mais uma opção de plano convergente", afirmou o diretor de Segmentos de Varejo, Maxim Medvedovsky.
 
FONTE: IG ECONOMIA