segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 4 (parte 1)

SLEW RATE – UMA ESPECIFICAÇÃO FUNDAMENTAL

1.      SOBRE A NECESSIDADE DE INTRODUZIR UMA NOVA ESPECIFICAÇÃO

- Slew-rate, ou taxa de variação, é uma especificação das mais importantes em amplificadores e em qualquer circuito de áudio, tais como processadores, mesas de som, etc., porém em amplificadores sua importância é maior, devido às altas amplitudes geradas. A não observância de um valor mínimo de slew-rate pode ocasionar distorções bastante desagradáveis.
- O termo slew-rate originou-se da teoria dos amplificadores operacionais[3], assim que tornou-se clara a necessidade de conhecer a rapidez com que estes circuitos poderiam lidar com os sinais elétricos de grande amplitude.
- Nos dias atuais surgiu uma certa controvérsia, entre autores, quanto ao uso do termo “slew-rate”; alguns[5] sugerindo que fosse substituído pela quantidade, de fato mais direta, “slew-limit”. Mas como “slew-rate” já se encontra bem difundido e para evitar possíveis confusões, omitiremos a quantidade “slew-limit” em favor da mais conhecida “slew-rate”.
- Em nossa descrição, faremos uso de ferramentas matemáticas tão simples quanto possíveis[1]. – Para um leitor mais apressado ou não interessado nestas definições, sugiro ir direto ao tópico 3

  • FUNDAMENTOS ACERCA DA TAXA DE VARIAÇÃO
- Antes de qualquer coisa é necessário entender o que significa taxa de variação no seu sentido matemático. Trata-se de um conceito simples mas importante, que faz parte do nosso dia-a-dia. Como exemplo, devemos considerar que a velocidade de um automóvel é expressa como uma taxa de variação, tal como v = 100km/h Ela significa que a cada hora o automóvel varia 100km em sua posição. Uma forma mais elucidativa é a interpretação geométrica. Podemos assim dizer que o espaço s (distância percorrida neste caso) varia como uma função do tempo t, neste caso 100km a cada 1h.


E podemos expressar por v = ∆S/∆T , onde ∆ significa variação Diz-se que a velocidade é a taxa de variação temporal do espaço, ou a taxa de variação do espaço com respeito ao tempo. Pode ainda ser pensada como a inclinação exibida pelo gráfico espaço-tempo. No caso deste exemplo, tudo é muito simples, pois que a função é linear, ou seja, o gráfico é uma reta, assim basta substituir

v = (vfinal – vinicial)/(tfinal – tinicial) = 100km/1h = 100km/h

O que conduz ao resultado familiar de 100km/h, uma taxa claramente constante ao longo do tempo. Lembre-se que a função é linear, ou seja, seu gráfico é uma reta.
Podemos estender o mesmo raciocínio para sinais elétricos. Vamos assim supor um sinal de teste do tipo senoidal, ou aproximadamente, um tom de flauta doce, examinado ao osciloscópio. A imagem que vemos no osciloscópio é nada mais do que a representação temporal da tensão (ou seja um gráfico tensão-tempo).


Vemos que ela varia sinusoidalmente ao longo do tempo, e podemos provar que ela é exatamente uma função do tipo seno/cosseno, ou uma combinação linear de funções desse tipo. Mas, o mais importante agora é perceber que sua taxa de variação não é mais linear, mas varia de ponto a ponto, ao longo do tempo, e isso nos impede de utilizar (1.1) a fim de calculá-la

- Porém, lançando mão de ferramentas matemáticas poderosas, como o cálculo diferencial[1], podemos fazê-lo com muita facilidade. Veremos o processo. Consideremos um trecho do gráfico. Estamos interessados em conhecer a taxa de variação em um único ponto. O gráfico não é uma reta, assim como medir a inclinação de algo que é, essencialmente, curvo?

A técnica consiste em se traçar uma reta que toca o gráfico num único ponto, o ponto que estamos interessados. A essa reta dá-se o nome de reta tangente ao gráfico no ponto em questão.



A inclinação desta reta tangente pode ser então calculada da maneira usual, fornecendo assim, a taxa de variação instantânea da curva, num dado ponto. Observe que não é mais possível falar em taxa de variação apenas, mas em taxa de variação instantânea, pois que para cada ponto da função teremos um valor diferente. A técnica de se traçar retas tangentes a curvas foi descoberta, pela primeira vez, no século XVII, por Sir Isaac Newton e consiste no seguinte processo matemático.




Dada uma certa curva, representada por uma certa função f, estamos interessados em conhecer a taxa de variação instantânea (ou inclinação) da curva num certo ponto t, genérico.

Traçamos uma reta através deste ponto t e de um outro ponto, um pouco t é um pequeno acréscimo). A esta reta, queDt (Dadiante, que chamaremos t+ fornece a taxa de variação média, chamaremos reta secante. A taxa de variação (slew-rate) da reta secante é, pela expressão usual (1.1):





- Contudo, esta não é uma boa aproximação para a taxa de variação em t, pois ela compreende uma região relativamente grande. Se diminuirmos progressivamente t, aumentaremos a precisão cada vez mais e chegaremos, no limite emDo acréscimo  tDt se aproxima de zero , na inclinação da reta tangente, pois o ponto Dque  estará infinitamente próximo de t, e assim poderemos, com segurança garantir t)] quase se tocam. Dt, f(Dque, [t, f(t)] e Matematicamente o processo é: [d [f(t)]/dt

Onde SR é a taxa de variação instantânea da curva no ponto t. A operação
é chamada derivada de f com respeito a t. Aplicando o operador derivada ao sinal senoidal de teste do tipo u(t) = A sen(wt),(que nada mais é do que a representação matemática do sinal de teste da figura 2, onde A representa a amplitude, w é a freqüência angular e t o tempo), podemos encontrar todas as taxas de variação possíveis para esta função: 
d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w


- Se d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w podemos facilmente encontrar a maior taxa de variação possível, já que a função cosseno é periódica e tem inclinação máxima (ou mínima) em 0, p, 2p,… (ou seja, em hp c/ c/ hÎ N), e esse valor máximo é sempre unitário (1 ou -1); assim
u(t) = A sen(wt)
d[u(t)]/dt = A cos(wt)w
Como o cosseno tem valor máximo em 0, p, 2p,…, fazemos t = 0, assim o fator cos(wt) = 1, e substituindo temos:
SR = d[u(t)]/dt = Aw ; em t = 0
Como w = 2pf, a equação fica:
SR (Amax, fmax) = Amax 2pfmax (1.4)

Sendo Amax a amplitude máxima do sinal de teste e fmax a maior freqüência deste sinal. Assim (1.4) representa a maior taxa de variação (slew-rate) possível para uma tensão que varia sinusoidalmente com o tempo, em função da amplitude e da freqüência

- Não provaremos a passagem d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w, mas o processo é essencialmente o descrito em (1.3); (aos interessados lembramos que aqui foi utilizada a regra da cadeia do cálculo diferencial[1], razão pela qual surge um w fora da função).



- Consideremos um trecho do gráfico. Estamos interessados em conhecer a taxa de variação em um único ponto. O gráfico não é uma reta, assim como medir a inclinação de algo que é, essencialmente, curvo?
A técnica consiste em se traçar uma reta que toca o gráfico num único ponto, o ponto que estamos interessados. A essa reta dá-se o nome de reta tangente ao gráfico no ponto em questão. A inclinação desta reta tangente pode ser então calculada da maneira usual, fornecendo assim, a taxa de variação instantânea da curva, num dado ponto.




- Observe que não é mais possível falar em taxa de variação apenas, mas em taxa de variação instantânea, pois que para cada ponto da função teremos um valor diferente. A técnica de se traçar retas tangentes a curvas foi descoberta, pela primeira vez, no século XVII, por Sir Isaac Newton e consiste no seguinte processo matemático.

Dada uma certa curva, representada por uma certa função f, estamos interessados em conhecer a taxa de variação instantânea (ou inclinação) da curva num certo ponto t, genérico.
Traçamos uma reta através deste ponto t e de um outro ponto, um pouco adiante, que chamaremos t+Dt (Dt é um pequeno acréscimo). A esta reta, que fornece a taxa de variação média, chamaremos reta secante. A taxa de variação (slew-rate) da reta secante é, pela expressão usual (1.1):


domingo, 4 de dezembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 3

Estresse x música

Sistemas com distorção, excesso de ruídos e falta de linearidade nas frequências causa fadiga auditiva podendo aumentar mais ainda o estresse do trânsito.

Palavras da musicoterapeuta Maristela Smith:
” Quanto melhor a qualidade do som, melhor a interação com a música. Um sistema de áudio que dá ao usuário a sensação de que se está diante de um concerto ao vivo é um belo passo para quem quer evitar o estresse.”
“Não basta ouvir, é preciso escutar a música.”
“Qualquer tipo de música pode combater o estresse do trânsito, do Heavy metal ao clássico” – cada um tem sua individualidade musica l.


Como escolher seus aparelhos na hora da compra

- Geradores (Toca-fitas, CD-Players…)
Verifique sua resposta de frequência, ela deve ser a mais plana possível entre 20Hz e 20.000Hz, isto é, deve amplificar a música com o mesmo ganho em toda a faixa de frequência audível;
Verifique sua potência RMS, contínua a 4 Ohms com baixa distorção;
Verifique sua distorção harmônica (THD), distorção acima de 1% pode causar fadiga;

Toca-fitas: Funções como procura por início de música, Dolby B, alto reverse e controle remoto são muito práticas.
Verifique a tensão de saída dos conectores RCA, quanto maior a tensão, mais imune a ruídos vai ser seu sistema, dê preferência aos aparelhos que forneçam 2Volts ou mais nas saídas RCA;
Atenção: A linha Pioneer anterior a 99 (bem como outras marcas) possui cerca de 17 W RMS em 4 Ohms, 50 a 15.000Hz com distorção abaixo de 5% THD. 35 W RMS é a potência máxima com distorção maior que 5%. !!!
A nova linha Pioneer 99 com circuitos MOSFET fornece 27W RMS e 45W máximos;


THD

•THD é a distorção causada pela ocorrência espontânea de harmônicos adicionais não desejados durante a amplificação. Essa distorção poderá ser notada pelo ouvido, afetando o som produzido, deixando-o menos natural. A distorção não pode ser totalmente suprimida, já que é um fator próprio dos circuitos elétricos de processamento de sinais. Esse fenômeno indesejável pode ser mantido em níveis mínimos nos sistemas de som que são projetados com qualidade.

sábado, 3 de dezembro de 2011

JEQUITI, DO GRUPO SILVIO SANTOS, PREVÊ VENDAS 20% MAIORES EM 2011

Para 2012, a expectativa da empresa é manter o mesmo ritmo de crescimento na casa dos 20%

AE | 02/12/2011 19:00

A Jequiti Cosméticos, empresa do Grupo Silvio Santos no segmento de venda direta, prevê encerrar 2011 com um faturamento acima de R$ 400 milhões, o que representará, se confirmado, um incremento de aproximadamente 20% sobre as vendas de 2010.

Leia mais: Lojas inventam sistema de vendas “porta a porta” pela internet

Para 2012, a expectativa da empresa é manter o mesmo ritmo de crescimento (na casa dos 20%). A empresa comercializa 900 produtos entre cosméticos e não cosméticos. A empresa informou, por meio de uma nota à imprensa, que pretende investir R$ 185 milhões no próximo ano.

Veja também: Marca Olay se prepara para competir com vendas porta a porta

Os recursos seriam direcionados às áreas de marketing, tecnologia da informação (TI) e Inovação, além de dois centros de distribuição. A Jequiti prevê encerrar 2011 com mais de 190 mil consultores, número que deve subir 25% em 2012. A empresa conta com 391 gerentes de vendas e 20 gerentes regionais.

FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DO BRASILEIRO DEVE REDUZIR APOSENTADORIA

Quanto mais jovem for o trabalhador na hora de se aposentar, menor será o valor do benefício

iG São Paulo | 01/12/2011 15:52

Divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, a nova tabela de expectativa de vida do brasileiro - que tem impacto direto na fórmula do fator previdenciário - deverá reduzir o valor da aposentadoria para quem se aposentar a partir de hoje. Embora não seja possível projetar uma redução que sirva a todos os contribuintes, uma vez que o cálculo da aposentadoria depende de fatores como idade e tempo de contribuição, advogados estimam que a perda no valor mensal do benefício possa chegar a até 2%.


Leia também:
- Saiba o que é fator previdenciário
- Garibaldi: "Fundo pode ser mais rentável para novo servidor"

"Se a expectativa de vida aumenta, o valor do benefício cai. Isto significa que quanto mais jovem for o trabalhador na hora de se aposentar, menor será o valor da sua aposentadoria", explica o advogado Sérgio Pimenta, membro da Comissão de Seguridade Social da OAB do Rio de Janeiro.

De acordo com cálculos feitos pelo advogado Theodoro Vicente Agostinho, da Comissão de Seguridade Social da OAB de São Paulo, um homem com 35 anos de contribuição e 55 anos de idade, que tem uma média de contribuição de R$ 3.691,74 (teto do INSS), receberia benefício de R$ 2.657,31 se tivesse pedido a aposentadoria até ontem. Se esse mesmo contribuinte pedir a aposentadoria a partir desta quinta-feira, o valor do benefício cai para R$ 2.636,18, uma redução de 0,79%. Com isso, o segurado que quiser recuperar a perda gerada pelo novo fator previdenciário deverá trabalhar 79 dias a mais para se aposentar com o mesmo benefício de quem se aposentou em novembro.

"O Governo se utiliza de uma fórmula simples: quanto maior a expectativa de vida da população, maior é o desconto do fator previdenciário nas aposentadorias", diz Agostinho.

Como a definição do valor do benefício leva em conta muitos fatores, Agostinho recomenda que os contribuintes façam o cálculo do que têm a receber antes de requerer a aposentadoria. "É comum que a pessoa entre com o pedido para se aposentar tão logo atinja a idade ou o tempo mínimo de contribuição e se arrependa ao descobrir que receberá um valor muito baixo. Por isso, é importante fazer simulações para escolher o melhor período", diz.


Leia também:
- Proposta pode facilitar aposentadoria de dona de casa de baixa renda

- Entenda o que pode mudar na aposentadoria dos brasileiros

FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 2

Imagem estereofônica



A imagem esterofônica consiste na sensação espacial do som, permitindo ao ouvinte localizar todos os instrumentos e vozes no espaço tridimensional.

É através da imagem estereofônica que recriamos, no ambiente de audição, a sensação plena de estarmos participando de uma audição ao vivo.

A percepção da imagem estereofônica, que é a “visualização” auditiva da disposição das fontes sonoras no espaço, depende da capacidade que nossos ouvidos têm de reconhecer de onde está vindo determinado som.

Isto é possível graças ao efeito binaural, ou seja, a audição com dois ouvidos. O fato do som não chegar simultaneamente aos dois ouvidos, nos permite localizar no espaço a fonte sonora mesmo quando não a estamos vendo.

A obtenção de uma imagem estereofônica perfeita, através do emprego de alto-falantes adequados bem como do seu correto posicionamento dentro do veículo, permite vivenciar uma emocionante experiência sonora. Não mais nos limitaremos a ouvir os sons, porém passaremos a “vê-los” como se estivéssemos ouvindo a gravação ao vivo.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Punição ao Facebook reacende debate sobre privacidade

Rede social é novamente alvo de críticas por falhas no gerenciamento de informações de internautas

André Cardozo, iG São Paulo | 01/12/2011 05:45

O acordo entre o Facebook e o governo dos Estados Unidos, divulgado na última terça-feira, traz à tona novamente uma questão que acompanha a rede social há anos: a privacidade dos dados publicados no serviço por seus usuários. O Federal Trade Commission (FTC), acusava a rede social de violar seus próprios termos de uso, ao tornar públicas informações pessoais sem consetimento dos usuários.


Foto: Getty Images Ampliar
Zuckerberg, do Facebook: nova polêmica sobre privacidade


Com o acordo, o Facebook não poderá mais tornar públicas informações pessoais sem o consentimento dos internautas e terá que reforçar suas políticas de privacidade, além de permitir o acesso aos dados por auditorias independentes pelo período de 20 anos. Além de enfrentar críticas nos Estados Unidos, o Facebook também pode ser punido na Europa por vender informações de seus usuários a anunciantes sem autorização.


Para a advogada especializada em direito digital Patricia Peck, o acordo entre Facebook e o FTC foi justo, embora houvesse a expectativa de uma multa significativa ao Facebook devido ao histórico da empresa. "Mesmo sem a multa, o FTC tomou uma posição forte, que serve como precedente e também alerta para outras empresas que têm modelos de negócio semelhante", afirma.
A advogada observa que, na sociedade digital, a informação pessoal possui valor financeiro. "Não há serviço grátis. Os usuários pagam, ainda que indiretamente, com seus dados pessoais. Empresas como o Facebook devem, portanto, ser absolutamente claras sobre como lidam com esses dados", diz.


No Brasil, nada muda

O acordo entre Facebook e FTC não traz consequências práticas para o internauta brasileiro. Isso só aconteceria se houvesse alguma iniciativa contra a empresa movida a partir do Brasil. "Até o momento, não há nenhuma ação nesse sentido por parte de órgãos como o Ministério da Justiça e o Procon", afirma Patricia. A advogada observa que já houve ações pontuais do Ministério Público direcionadas ao Google, principalmente por conteúdo publicado no Orkut, mas o Facebook até agora não vem sendo alvo de investigações.
Procurado pelo iG, o escritório do Facebook no Brasil afirmou que apenas a matriz fala sobre assuntos relacionados à privacidade. O iG encaminhou algumas perguntas à matriz, mas elas não foram respondidas até a publicação desta matéria.


Proteção a dados gera custo adicional para empresas

Para Eduardo Neger, presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), entidade que reúne grandes empresas de internet com atuação no Brasil (inclusive o Facebook), políticas claras de uso de dados pessoais são fundamentais para a confiança do serviço. "Se o usuário desconfia de um serviço, pode mudar rapidamente para outro", afirma.
Neger observa, no entanto, que a adequação das empresas a maiores exigências na área de privacidade custa dinheiro, o que pode inviabilizar novas iniciativas. "Para guardar dados dos usuários adequadamente, as empresas investem em armazenamento, segurança e aplicações. O Facebook certamente pode absorver esse tipo de custo para se adaptar a novas exigências, mas isso pode ser mais complicado para empresas menores com negócios baseados em conteúdo gerado pelo usuário", observa.


Marco Civil pode trazer avanços

Atualmente, não há no Brasil uma legislação específica para regulamentar o compartilhamento de dados por empresas de internet. "Como norma, as empresas brasileiras fornecem dados particulares de seus usuários apenas se houver uma ordem judicial", esclarece Neger, da Abranet.
Mas um avanço nesta área pode vir com o Marco Civil da Internet, conjunto de regras que pretende estabelecer direitos e deveres de cidadãos e organizações na internet. Após alguns anos em discussão, ele foi enviado sob a forma de projeto de lei para a Câmara dos Deputados no fim de outubro, mas não tem data para entrar em votação.
O texto atual do Marco Civil, disponível no site do Palácio do Planalto, é vago com relação ao compartilhamento de dados de internautas pelos prestadores de serviços de internet para fins comerciais e de marketing. Mais voltado para questões referentes a anonimato e liberdade de expressão, ele afirma apenas, em seu Artigo 7o, que os usuários têm direito "a informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com previsão expressa sobre o regime de proteção aos seus dados pessoais, aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de Internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da rede que possam afetar a qualidade dos serviços oferecidos". Mas o texto ainda deve ser objeto de discussão e modificações quando entrar em votação no Congresso.
Para a advogada Patricia Peck, uma limitação do atual texto do Marco Civil é que ele está mais focado em questões relativas a liberdade de expressão e prevenção e combate a crimes digitais. "A discussão sobre até quando uma empresa pode usar os dados de um cliente para fins comerciais, mesmo após o cancelamento do serviço, por exemplo, não foi aprofundada", afirma. Atualmente, os termos de uso do Facebook permitem que empresa armazene dados de uma conta desativada por período intedeterminado.


Google e Amazon também têm problemas

O Facebook tem sido o maior alvo de entidades ligadas à privacidade na internet, mas está longe de ser o único. O Google sentiu a pressão de organizações e governos no início de 2010, com o lançamento do Google Buzz. Integrado ao Gmail, o Buzz era um serviço para compartilhar fotos, textos e vídeos. Mas, em sua versão inicial, ele criava automaticamente uma página pública que revelava os contatos mais frequentes de seus usuários.
Esse fato gerou críticas severas ao serviço e o Google rapidamente fez ajustes nos dias seguintes ao lançamento. Mas as falhas de privacidade marcaram o Buzz, que nunca decolou e será desativado em janeiro do ano que vem. Em seu mais recente projeto na área de redes sociais, o Google+, a empresa parece ter aprendido com os erros do Buzz e criou uma série de mecanismos para aumentar o controle dos usuários sobre seus dados.


Foto: Getty Images Ampliar
Kindle Fire: sistema de navegação polêmico


Já a gigante do comércio eletrônico Amazon está na mira de deputados americanos por causa do sistema de navegação Silk, incluído no novo tablet da empresa, o Kindle Fire. Para acelerar a navegação no tablet, todo o conteúdo baixado pelo usuário, incluindo imagens e páginas web passa primeiro pelo sistema Silk, da Amazon. Esse sistema faz uma compactação dos arquivos e processa trechos de código para acelerar a navegação.
Alguns congressistas americanos pediram que a empresa esclarecesse se o Silk não violaria a privacidade dos usuários. Na semana passada, a Amazon enviou um documento ao Congresso dos Estados Unidos, no qual afirma que o Silk não viola a privacidade dos usuários e determinados tipos de conteúdo, como tráfego criptografado com tecnologia SSL, não passam pelos servidores da empresa e vão direto para o tablet.
Segundo o site Ars Technica, o congressista Ed Markey não ficou satisfeito com as explicações da empresa e pretende pedir mais informações sobre o Silk.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 1



Programa, o que você irá aprender:



• SLEW RATE
• ALTO-FALANTES
• REATIVOS E OS AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA
• AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA
• O SOM NO AUTOMÓVEL
• A FORMAÇÃO DE UM BOM CONJUNTO DE AUDIO
• SONOFLETORES
• CAIXAS ACÚSTICAS
• CONSTRUÇÃO DE DIVISORES DE FREQUÊNCIA


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CURSO DE SOM AUTOMOTIVO

desde já, a sua "caranga" agradece !!!!

OURO É MELHOR APLICAÇÃO DE NOVEMBRO, COM +8,77%

Na montanha russa do mercado financeiro a Bolsa, que disparou em outubro, foi a pior opção dessa vez, com queda de 2,5%

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 30/11/2011 19:02

A montanha russa na qual se transformou o mercado financeiro em 2011 mostra novamente suas emoções em novembro. Depois de um outubro no qual as aplicações em Bolsa dispararam, com rentabilidade de nada menos que 11,5%, novembro viu os investimentos em ações voltarem a amargar a última colocação, com queda de 2,5%. No ano, o Ibovespa também é a pior opção, com -17,9%.

Bovespa sobe 2,85% hoje, mas cai 2,5% em novembro

No mês que se encerra, o administrador de carteiras Fabio Colombo lembra que o nervosismo voltou com força. Dessa vez, as discussões sobre endividamento de países europeus deixaram nações menores, como Irlanda e Grécia, e passaram para gigantes como Itália e Espanha. Os rendimentos dos títulos desses países bateram recordes nunca vistos na era da moeda comum, o euro, mostrando que os investidores estão cobrando mais para ter seus papéis.

 “Hoje, o alívio no compulsório chinês e a atuação coordenada de seis bancos centrais trouxe alívio para os mercados, mas não há nenhuma garantia de que esse fôlego continuará”, comentou Colombo. Nessa semana, Luiz Felipe Andrade, presidente no Brasil da maior gestora global de recursos, a norte-americana BlackRock, deu declarações não muito animadoras sobre dezembro.

Ele afirmou que diante das incertezas na Europa e da grande volatilidade nas bolsas globais, o mercado de ações brasileiro deve perder a tradicional subida de fim de ano em 2011, que é um alívio que geralmente as bolsas de valores têm em dezembro, quando investidores se posicionam para começar o ano seguinte.

“O cenário para os investimentos está tão inseguro e com tamanha volatilidade, que pode acontecer neste ano de não termos um rally de fim de ano,” afirmou o executivo nesta terça-feira, em São Paulo, após o lançamento da 7ª carteira de ações do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa.


Nervosismo

Com os temores persistentes, o ouro voltou a ser a aplicação mais rentável do mês, com alta de 8,77%. No ano também lidera, com ganho imbatível de 24,02%. O segundo colocado no mês foi o dólar, com alta de 6,79%. Também essa semana, o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, disse que o fluxo de capitais deve, no curto prazo, seguir para os Estados Unidos, numa movimentação de aversão a risco. No longo prazo, no entanto, a tendência é de migração dos investimentos institucionais para os mercados emergentes. “Recebemos cada vez mais contatos de investidores institucionais querendo conhecer o Brasil.”

Em dia de decisão do Copom, Colombo lembra que a trajetória dos juros no país é descendente, o que torna os ganhos da renda fixa cada vez mais apertados para o investidor. “Ainda não dá para sair da renda fixa, mas o rendimento cada vez menor empurra o investidor para a diversificação.”

FONTE: IG ECONOMIA

BRASIL É CAMPEÃO DE JUROS HÁ DOIS ANOS.

Brasil tem o maior juro real do mundo há quase dois anos.

País só deixou de ocupar a liderança em períodos curtos entre 2007 e 2009, quando a Turquia se revezou no primeiro posto com o Brasil

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 30/11/2011 05:30
 
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decide nesta quarta-feira o rumo da taxa básica da economia, a Selic, atualmente em 11,5%. Mas mesmo que a autoridade monetária opte por reduzir o juro em 0,5 ponto percentual, como parece ser o consenso do mercado financeiro, levando a Selic a encerrar o ano em 11%, o Brasil seguirá liderando o ranking mundial de juros reais com uma taxa de 5,1%.


Fiesp lança ferramenta para medir custo dos juros para sociedade
Tombini fala em ajuste moderados dos juros

 
O Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking há 23 meses, desde janeiro de 2010, portanto, quase dois anos. Segundo o economista Jason Vieira, analista do setor internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, e responsável pela elaboração do ranking, a taxa de juros brasileira destoa tanto das taxas praticadas no restante do mundo, que mesmo com uma redução não haverá mudança.
Somente um corte drástico de 3,5 pontos percentuais retiraria o país da primeira colocação entre os maiores pagadores de juros do mundo. Nesse cenário, a Hungria assumiria a primeira posição com uma taxa de juros real de 2,5% e a do Brasil recuando dos atuais 5,6% para 2,3%.
O Brasil só deixou de liderar o ranking, duante curtos períodos, entre 2007, 2008 e 2009, quando a Turquia assumiu a liderança. Mas a Turquia aproveitou o cenário de crise econômica em 2008 para reduzir de forma mais acentuada sua taxa de juros, colocando o Brasil que oscilava entre a primeira e a segunda posição novamente no topo.


Taxa de juros reais no mundo (em %)*

Cenário projetado com um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic
Gerando gráfico...
Fonte: Cruzeiro do Sul Corretora. * Taxas de juros em percentual descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses

O ranking destaca a taxa de juros praticada nas 40 maiores economias do planeta. Da taxa básica de juros praticada pelos países, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
“É necessário uma sequência de cortes para que o Brasil deixe de liderar essa lista”, diz. “A Turquia fez um ajuste na crise de 2008 aproveitando aquele momento. O Brasil pode estar seguindo a mesma trilha. Mas não pode cair no mesmo erro do passado, estimulando a economia com corte de juros e depois cobrar o preço mais na frente”, acrescentou Vieira.


Bancos emprestarão mais com juro abaixo de 10%, diz BNDES
Conheça os bastidores da reunião do Copom


Enquanto o Brasil, ao que tudo indica, deve iniciar 2012 ainda na liderança na lista, mais da metade dos países do ranking, 26 de um total de 40 nações, registram juro real negativo. A taxa média geral dos países analisados ficou em -1% no cenário com corte de 0,5 ponto percentual da Selic. Os últimos lugares do ranking são ocupados por Hong Kong, com -5%, Cingapura, -5,1%, e Venezuela com juro real de -7,4%.
Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo, acima do maior pagador nominal da atualidade, que é a Venezuela que pratica atualmente uma taxa de juros de 18,30% ao ano.

FONTE: IG ECONOMIA

Mercado financeiro está de olho no dinheiro das mulheres

Bancos, corretoras, seguradoras e a própria Bolsa lançam estratégias para cativar o mundo feminino, mais conservador e estável

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 30/11/2011 05:55



Foto: Carlos Della Rocca Ampliar
Mulheres são maioria absoluta na poupança, diz Sinara


Elas estão ganhando mais e participam ativamente das decisões sobre investimentos familiares. Conservadoras e estáveis ao decidir sobre onde colocar o dinheiro, são pacientes e escolhem a dedo suas aplicações. De olho nas mulheres, bancos, corretoras e seguradoras começam a criar produtos ou fazer eventos somente para conquistá-las.


Dentre os maiores bancos do Brasil, o Santander saiu na frente. Há três anos, o banco deu o pontapé em uma política voltada para o mundo feminino. Para conquistar esse novo público, a instituição financeira realiza encontros com palestras voltadas especificamente para mulheres pelo menos seis vezes ao ano, em várias regiões do país. O último, em novembro, foi realizado em São Paulo.
“Decidimos tentar conquistar as mulheres, que são cada vez mais chefes de família, estão estudando mais e são formadoras de opinião de consumo”, disse Sinara Polycarpo Figueiredo, superintendente de investimentos do Santander.
Sinara conta que cada vez mais mulheres estão entrando para o mercado financeiro e, no banco, já são mais da metade dos investidores. A exemplo de seus colegas no mercado, ela conta que as mulheres possuem um perfil bem mais conservador que os homens. “Na poupança são maioria absoluta e dividem com os homens a participação em CDBs e fundos de renda fixa. No mercado acionário, os homens dominam.”
Além de conservadoras, as mulheres têm mais medo de investir. Citando uma pesquisa da universidade de Cambridge, na Inglaterra, a especialista diz que as mulheres têm mais fobia financeira do que os homens. As medrosas do mundo feminino são 23% do total, ante 18% dos homens.


Bolsa não só para gravatas

Apesar de perderem para os homens no quesito investimento em ações, as mulheres também estão sendo cortejadas por corretoras e pela própria Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). “A Bolsa percebeu a importância da mulher na vida econômica do país”, disse José Alberto Neto Filho, professor de educação financeira da BM&FBovespa.
“Em 2002, quando lançamos a campanha de popularização do mercado de capitais ‘BM&FBovespa Vai Até Você’, percebemos a forte presença e o interesse das mulheres”, continua. “Fizemos uma pesquisa e descobrimos que as mulheres têm ação direta em 30% das decisões familiares sobre investimentos. E tomam decisões conjuntas nos outros dois terços.” Diante do interesse do público feminino por esta opção de investimento, a Bolsa criou em 2003 o “Mulheres em Ação”, que já promoveu centenas de apresentações pelo Brasil.


Foto: XP Ampliar
Mulheres não deixaram a Bolsa na crise, diz Bianca


Segundo a BM&FBovespa, as mulheres eram 17,6% dos investidores pessoa física em 2002. O percentual cresceu para 24,9% em outubro de 2011, ou 147 mil aplicadoras. Do total de mulheres, as que mais investem estão na faixa entre 26 e 35 anos (34,5 mil). “As mais jovens estão mais presentes na Bolsa, pois possuem uma situação de carreira e de rendimento que propicia a formação de poupança”, diz o professor.
“Elas estão quebrando o estigma de Bolsa só para gravatas”, afirma. “Considero expressivo o crescimento da participação das mulheres, que perguntam mais para não abusar do excesso de confiança. O homem é mais negociador de curto prazo, a mulher pensa mais no longo prazo.”
Essa também é a visão de Bianca Juliano, gerente comercial da XP Investimentos, uma das maiores corretoras do Brasil. “As mulheres procuram mais produtos de renda fixa e fundos de investimento com perspectiva de longo prazo”, diz.
A XP começou a investir no público feminino no dia 8 de março de 2008, Dia da Mulher. “Foi quando lançamos nossos ciclos de palestras direcionadas.” Segundo ela, a mulher tende a ser uma investidora mais estável. “Na última crise, por exemplo, elas mantiveram o sangue frio para não retirar seus investimentos.”
Bianca diz que a XP não quis criar produtos com “ações femininas”. “Não temos diferenciação de produtos, mas de abordagem. Queremos que as mulheres escolham as ações com melhor rentabilidade, mas não necessariamente as ligadas ao mundo feminino.”


Seguros

No mundo dos seguros, a Porto Seguro tem tradição em oferecer produtos diferenciados para a mulher. “De dois anos para cá, passamos a fazer pesquisas voltadas para as necessidades exclusivamente femininas”, diz Marcelo Sebastião, diretor de Auto da Porto Seguro. Segundo ele, a mulher bate um pouco mais o carro que o homem, só que os valores são menores. “A despesa média com sinistro é menor”, afirma.
As mulheres também são menos roubadas ou furtadas. “Sempre dirigem acompanhadas, estão mais atentas ao movimento das ruas, não param em locais ermos e param em estacionamentos.” Segundo ele, a carteira de auto da Porto é equilibrada entre homens e mulheres, e a participação das mulheres nos seguros da Porto cresceu entre 10% e 12% nos últimos três anos. “As mulheres contratam seguros com cláusulas mais simples e se interessam mais por serviços extras, como direito a taxi emergencial.”


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FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 29 de novembro de 2011

INDÚSTRIA DO TREM RENASCE EM HORTOLÂNDIA

Cidade paulista tem fábricas de três das maiores companhias do setor ferroviário e é candidata a fabricar o trem-bala brasileiro


Dubes Sônego, iG São Paulo | 29/11/2011 05:00


Trens da Linha 1 - Azul do metrô paulistano em reforma na fábrica da Bombardier, em Hortolândia.
É provável que nada seja mais inadequado em Hortolândia que seu nome. Nesta cidade de raros prédios e avenidas longas, há pouco espaço para o cultivo. Mas sobra para a manufatura e prestação de serviços. É lá que indústrias de ponta como a IBM tem um de seus maiores centros de monitoramento e suporte remoto a clientes no mundo; a Dell monta seus servidores, laptops e desktops no país, e a EMS fabrica e desenvolve seus medicamentos líderes em vendas, como uma versão genérica do Viagra.

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Agora, Hortolândia começa a se consolidar também como epicentro da incipiente retomada de uma área bem mais tradicional da indústria: a ferroviária. Trata-se de um movimento recente, mas com raízes profundas no passado.

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Nos últimos quatro anos, a cidade atraiu fabricantes de trens como a canadense Bombardier e a espanhola CAF. A Bombardier é uma das três maiores do setor mundialmente, ao lado de Siemens e Alstom. E a CAF, apesar de ser um pouco menor, fatura cerca R$ 3,5 bilhões (€ 1,4 bilhão). Junto com a AmstedMaxion, principal fabricantes de vagões de carga do país, elas abocanharam a maior parte dos contratos de construção e reforma de trens lançados no Brasil desde então. Somados, os pedidos em produção e em carteira das três empresas superam os R$ 5 bilhões.


Galpão usado pela Amsted Maxion em Hortolândia.
A lista inclui trens de passageiros novos e a reforma de antigos para a CPTM e o metrô paulistano, trens para o metrô de Recife, vagões para o transporte de minério de ferro, grãos, açúcar e contêineres.

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De casa cheia, as empresas aceleraram contratações e o número de vagas disparou. De acordo com dados da prefeitura, há dois anos, a indústria ferroviária local empregava cerca de 700 pessoas. Neste ano, as estimativas são de que termine com mais de 4 mil trabalhadores.

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São mais funcionários que os cerca de 3,6 mil que a Cobrasma chegou a empregar na cidade no auge, no início da década de 1980, quando era uma das maiores empresas do setor ferroviário no Brasil. O negócio mingou na década seguinte. Mas deixou de pé 120 mil metros de prédios administrativos e galpões indústriais com paredes manchadas pelo tempo, em um terreno de quase um milhão de metros quadrados. Hoje, a maior parte das empresas ligadas ao ferroviário em Hortolândia está lá.

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Retomada

Uma das primeiras a chegar foi a AmstedMaxion. Por volta de 2004, com a forte expansão de investimentos em transporte ferroviário, a procura por vagões de carga explodiu, conta Ricardo Chuahy, presidente da companhia no Brasil. A alta na demanda levou a Amsted a procurar um local onde pudesse aumentar rapidamente a produção, então centrada em Cruzeiro (SP). “Ninguém tinha capacidade para atender às encomendas”, diz.


Número de trabalhadores contratados pela indústria ferroviária na cidade saltou de 700 para cerca de 4 mil, em dois anos
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A solução foi alugar alguns dos galpões da antiga Cobrasma, herdados por funcionários que receberam a área como garantia do pagamento de dívidas trabalhistas. A Amsted se instalou, iniciou a produção e acabou comprando todo o complexo depois, em 2007. Mas seguiu com a prática de ceder espaço a empresas que não fossem concorrentes.

Em 2008, veio a CAF e, em 2009, a Bombardier. “Chegamos a estudar montar fábrica em Recife”, diz André Guyvarch, presidente da Bombardier no Brasil. Desistiram porque sairia mais caro erguer os galpões do zero, treinar mão de obra e ficar distante dos fornecedores, conta.

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É uma lógica semelhante a que levou outras empresas a Hortolândia. A lista inclui, além das já citadas, gigantes como a MGE, da Progress Rail, braço da Caterpillar para o setor ferroviário, e a Hewitt Equipamentos, que faz a estrutura de base dos vagões ferroviários, chamada truque.

“Hortolândia é hoje o grande polo de produção dos segmentos de carga e passageiros”, diz Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da Agência Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF). E é também a cidade que reúne o maior número de empresas com tecnologia para eventualmente produzir o trem-bala brasileiro. Estão lá CAF e Bombardier. As outras duas são a Alstom, que tem fábrica em São Paulo, e a Siemens, em Cabreúva (SP).

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Locomotivas são um dos poucos tipos de trem que a cidade não fabrica. “Tentamos trazer a nova fábrica da MGE-Progress Rail para cá. Mas eles foram para Sete Lagoas (MG)”, afirma Geraldo Estevo Pinto, diretor da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços de Hortolândia. Mesmo assim, na unidade que tem em Hortolândia, a MGE faz reformas de motores, de locomotivas e de carros de passageiros.



Investimentos


Mais recentemente, com o crescimento dos pedidos, algumas empresas decidiram aproveitar incentivos fiscais da prefeitura e se mudar das antigas instalações da Cobrasma. A CAF investiu R$ 250 milhões em uma fábrica em outra parte de Hortolândia, com capacidade para produzir até 500 vagões de passageiros por ano, que ficou pronta em 2010.


Bombardier, CAF e AmstedMaxion têm juntas mais de R$ 5 bilhões em contratos em produção ou em carteira.
A Bombardier optou por continuar como inquilina da AmstedMaxion. Mas construiu um novo galpão, onde começa a produzir em janeiro o primeiro monotrilho do país – monotrilhos são trens que correm sobre vigas de concreto elevadas, normalmente a mais de 15 metros de altura.

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Horizonte promissor

São apostas baseadas em uma realidade latente no país: a dificuldade de locomoção nas estradas e avenidas de grandes cidades. Como é evidente, o crescimento acelerado da venda de automóveis não foi acompanhado de investimentos compatíveis em infraestrutura nas últimas décadas.

Para tentar amenizar o problema, o poder público, em todas as instâncias, promete despejar rios de dinheiro no setor. O governo paulista sozinho tem planos de investir R$ 27 bilhões em infraestrutura ferroviária. Em meados de outubro, a presidente Dilma Rousseff falou no programa “Café com a presidenta” em outros R$ 30 bilhões para corredores de ônibus, metrôs e VLTs (os bondes modernos). O montante inclui projetos em Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Não estão na conta o famigerado trem-bala e os R$ 43,9 bilhões previstos no PAC 2 para expansão da malha ferroviária.

Resta saber se o discurso será mantido ou, depois de investir, as empresas morrerão asfixiadas pela falta de investimentos, como no passado.

FONTE: IG ECONOMIA

Facebook admite erros e faz acordo sobre privacidade com EUA

Rede social ficará sob vigilância do governo americano pelos próximos 20 anos

Claudia Tozetto, iG São Paulo | 29/11/2011 18:05 - Atualizada às 19:22

O Facebook e a Federal Trade Commission (FTC), órgão do governo americano, anunciaram nesta tarde que chegaram a um acordo para que o Facebook solucione as acusações sobre violações à privacidade dos usuários da rede social. Com o acordo publicado no site da FTC, o Facebook aceitou que auditorias independentes tenham acesso a todos os bancos de dados dos usuários e registros do sistema por 20 anos. Assim, será possível que as auditorias verifiquem se a empresa respeita as políticas de privacidade publicadas em seu site.

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Em uma mensagem no blog oficial, Zuckerberg admitiu que o Facebook cometeu erros em relação a privacidade de seus usuários. "Sou o primeiro a admitir que cometemos vários erros. Em particular, acho que um pequeno número de erros muito divulgados, como o projeto Beacon e nossas mudanças de privacidade de dois anos atrás, acabaram escondendo o bom trabalho que fizemos", disse o executivo.


O acordo também proíbe o Facebook de fazer declarações falsas sobre a privacidade ou segurança dos dados informados pelos internautas que usam a rede social; solicita que o site peça consentimento dos usuários antes de compartilhar qualquer informação ou antes de alterar a política de privacidade vigente; obriga o Facebook a prevenir que qualquer pessoa acesse os dados de um usuário após 30 dias da exclusão de uma conta; obriga a rede social a criar um programa interno para assegurar a execução de suas políticas de privacidade; e estabelece que a primeira auditoria externa será realizada em 180 dias.

O acordo foi anunciado após anos de negociação entre o Facebook e a FTC, que começou em dezembro de 2009, quando o Facebook modificou sua política de privacidade sem o consentimento dos usuários e diversas informações que foram primariamente classificadas como privadas se tornaram públicas. Depois disso, a FTC também notificou o Facebook por permitir que sites de terceiros acessassem informações pessoais dos usuários.

No anúncio sobre o acordo, a FTC frisa que o Facebook não cumpriu as promessas sobre privacidade que fez aos usuários. Entre elas, a rede social afirmou que ao classificar um conteúdo como "Só para amigos", ele não seria compartilhado com outros usuários, o que não era verdade. Outra "mentira", segundo a FTC, tem a ver com a segurança de alguns aplicativos usados na rede social que, na verdade, o Facebook nunca assegurou.

"O Facebook será obrigado a cumprir suas promessas sobre privacidade que faz a milhões de usuários. A inovação do Facebook não precisa acontecer às custas da privacidade dos consumidores", diz Jon Leibowitz, presidente do conselho da FTC. A FTC colocará o acordo em consulta pública pelos próximos 30 dias. Caso o Facebook não cumpra o acordo, a FTC cobrará uma multa de US$ 16 mil por dia. Além do Facebook, o Twitter já fez um acordo semelhante com a FTC sobre a privacidade dos usuários.


Zuckerberg fala sobre a privacidade no Facebook

Em uma mensagem no blog do Facebook, Mark Zuckerberg, CEO da rede social, falou sobre os valores do Facebook em relação a privacidade dos usuários. "A ideia de garantir que as pessoas tenham completo controle das informações que publicam fazem parte do núcleo do Facebook desde o primeiro dia", disse o executivo. Ele frisou que a equipe do Facebook liberou mais de 20 novas ferramentas de controle de privacidade nos últimos 18 meses.

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Em defesa do Facebook, Zuckerberg disse que a equipe já atendeu diversas solicitações da FTC, mesmo antes de firmar o acordo. Para atender o acordo, a rede social se submeterá a duas auditorias independentes por ano - no anúncio oficial, a FTC não estabeleceu quantas auditorias teriam que ser realizadas por ano.

Além disso, Zuckerberg nomeou dois novos executivos para cuidar dos assuntos relativos à privacidade dos usuários. Erin Egan e Michael Richter serão chamados de CPOs (diretores de privacidade, na sigla em inglês). Enquanto Erin criará as políticas internas de privacidade e negociará com órgãos reguladores, Richter será responsável por assegurar que as políticas sejam integradas aos produtos durante a fase de desenvolvimento.


Europa também define políticas

Na Europa, o Facebook também terá que se ajustar a uma nova lei de privacidade, que deve entrar em vigor em janeiro de 2012. De acordo com a nova regulação, a rede social não poderá vender informações pessoais dos usuários do Facebook  para terceiros, como empresas de publicidade, para direcionar anúncios. Segundo a Comissão Europeia, apesar de o Facebook armazenar os dados dos usuários nos EUA, terá que cumprir a legislação local, caso contrário será processado.
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

LIVROS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PARTE 3 DE 3

LIVRO 3: Terapia Financeira -  Reinaldo Domingos





O livro escrito por Reinaldo Domingos tem uma leitura fácil e rápida. Direcionado àqueles com dificuldades financeiras, apresenta um método criado pelo próprio autor denominado DiSOP, termo utilizado para abreviar quatro palavras (e fases): Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar.

O autor conseguiu sintetizar bem os passos necessários para superar um período de dificuldade financeira, chegando ao final, inclusive a poupar. De devedor a poupador em 4 fases. A metodologia é simples, porém eficaz, inclusive com o dinheiro de volta caso você não fique satisfeito com o livro.

Na primeira parte, diagnosticar, o autor ensina como identificar para onde o dinheiro está indo, quais são os gastos, qual seu padrão de vida. Ele começa com o subtítulo de "Descubra suas fragilidades em relação ao dinheiro". O diferencial aqui é que para a definição do padrão de vida, ele retira obrigatoriamente 10% como forma de retenção. Ou seja, você deve aprender a viver com apenas 90% de sua renda líquida. Somente depois de você identificar exatamente onde você está gastando seu dinheiro e qual seu padrão de vida possível, é possível passar para os próximos passos.

Sonhar: eis o segundo passo rumo a independência financeira, de acordo com o autor. Partindo da premissa de que o ser humano é movido por desejos, sonhar é a mola propulsora da vida.Assim, você deve ser capaz de realizar seus sonhos, adquirir aquilo que tem vontade, do contrario, você não será feliz e muito menos conseguirá manter seu equilíbrio financeiro. Em um determinado momento, você terá uma atitude compulsiva e se endividará. Por isto, se planejar para realizar seu sonho é fundamental. Além daqueles 10% de retenção, você deve separar uma quantia factível para a realização de seu sonho dentro de um prazo que não inviabilize manter sua situação financeira equilibrada. O carro ou a casa financiada também deve ser deduzida da renda liquida. Ao final, você terá o dinheiro para adequação do seu padrão de vida.

Em seguida, vem a fase de Orçar. Levantar suas dividas, seus compromissos, analisar os gastos identificados na primeira fase e se planejar para atingir o equilíbrio financeiro. Você deve adotar uma estratégia para saldar as dividas, calculando um montante que você pode separar de sua renda mensal liquida para arcar com as dividas. Então, você poderá entrar em contato com os credores tentando negociar as dividas e fazendo com que elas caibam no orçamento. Eles têm interesse em receber e você quer pagar. O autor sugere ainda, que talvez você possa utilizar a parcela destinada ao seu sonho, para arcar com as dividas, desde que este seja realmente seu sonho.

Por fim, poupar. O desejo da maioria da população e que de fato poucos conseguem. Aqueles 10% utilizados como retenção e não explicados inicialmente são a "semente de sua independência financeira". O autor apresenta alguns conceitos sobre juros, poupança, previdência privada, a importância de comprar melhor, uso de cartão de crédito, outras opções de investimento de curto, médio e longo prazo para perfis diferentes de investidores.

Como conclusão, o autor traz palavras de motivação e um quadro resumo da metodologia DiSOP com as principais idéias para Diagnosticar, sonhar, orçar e poupar. Ele termina o livro com a frase, "E acredite: VOCÊ PODE!". Isto me lembrou o slogan da campanha de Barack Obama. Nada mais verdadeiro em se tratando de conseguir a independência financeira. Não importa o quanto você ganha, mas muito mais de como você administra seu dinheiro. Neste caso, o poder está em nossas mãos. YES, WE CAN.

LIVROS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PARTE 2 DE 3

LIVRO 2: Livre-se das Dívidas -  Reinaldo Domingos





Dividido em três partes, o livro aborda, na primeira, as chamadas “dívidas de valor”, aquelas contraídas para a compra de casa própria e carro. Discorre sobre os recursos usados, hoje em dia, para “acelerar” a aquisição desses sonhos materiais, como empréstimos, consórcios e financiamentos, mostrando como lidar com eles conscientemente, a fim de aproveitar suas vantagens evitando a inadimplência.

A segunda parte trata das “dívidas sem valor”, que se referem à aquisição de mercadorias e bens de consumo muitas vezes desnecessários; à compra por impulso. Traz dicas e explicações didáticas sobre temas cotidianos, como o uso do cartão de crédito e do cheque especial, a leitura correta do extrato bancário, os cuidados ao usar o cartão de débito.

Por fim, a terceira parte concentra-se na chamada “quebra do ciclo de endividamento”, com conselhos voltados a quem já perdeu as esperanças de se livrar das dívidas. Aborda o crédito consignado, a portabilidade de crédito e orienta o leitor a negociar suas dívidas de modo que a nova parcela assumida caiba no orçamento, evitando que a inadimplência continue. O livro chega à sua conclusão reforçando que somente uma visão ampla dos problemas financeiros e a disposição de combatê-los desde a sua base, de forma integrada, trará resultados consistentes e duradouros. E incentiva o leitor nessa empreitada rumo à estabilidade financeira e à realização dos sonhos.

LIVROS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PARTE 1 DE 3

LIVRO 1: Ter Dinheiro não tem Segredo  -  Reinaldo Domingos




Se tinha segredo para ter dinheiro, agora não tem mais.

Nesse livro o educador financeiro Reinaldo Domingos vai compartilhar com você tudo o que ele aprendeu em sua vida sobre ganhar e usar bem o dinheiro.

Reinaldo podia ter parado de trabalhar aos 37 anos. Com essa idade, ele atingiu a chamada autonomia financeira. Sabe o que é isso? É ter dinheiro para viver sem precisar trabalhar ou, como o Reinaldo prefere, trabalhar somente por prazer e não por obrigação.

E não pense que ele conseguiu isso acumulando dinheiro como o Tio Patinhas. Ao contrário! Desde menino, Reinaldo aprendeu a dar importância para seus sonhos e descobriu um jeito saudável e seguro de conseguir comprar as coisas que desejava sem se endividar, e ainda, guardar dinheiro para ter um futuro sem preocupações financeiras.

Se você acha que não precisa das dicas do autor tente responder as seguintes perguntas: Você sabe para onde vai cada centavo do seu dinheiro? Tá sobrando para a balada e para o cineminha? E aquele tênis ... vai dar para comprar à vista ou vai ter que parcelar? Nos próximos meses essa parcela não vai pesar muito no seu bolso? Tá reservando algum dinheiro para ter seu próprio carro ou moto? E a viagem com a turma? Já sabe quanto vai custar? E quanto tem de guardar por mês para curtir ao máximo?

Se você nunca parou para pensar nessas coisas - seja porque ainda depende de seus pais, seja porque seu dinheiro não dá pra nada -leia o livro Ter Dinheiro Não Tem Segredo e descubra que de pouco em pouco é possível realizar muitos sonhos.