quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

FUNCIONÁRIO PUBLICO PODE ESCOLHER O BANCO PARA RECEBER O SEU SALÁRIO

FUNCIONÁRIO PÚBLICO GANHA PORTABILIDADE DE SALÁRIO EM 2012.

Liberação vale a partir de janeiro e ideia do BC é ampliar concorrência, mas especialistas veem obstáculos

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 07/12/2011 05:44

A partir de janeiro de 2012, os funcionários públicos poderão escolher em qual banco vão receber o salário. A chamada portabilidade de conta chega três anos depois da liberação para os funcionários de empresas privadas. Para especialistas, a medida é uma tentativa saudável do Banco Central (BC) de incentivar a concorrência entre os bancos, mas há vários obstáculos pelo caminho. Falta de informação e de interesse dos bancos, comodismo dos clientes e burocracia estão entre os entraves.


Com a portabilidade, as contas podem ser mudadas sem cobrança de tarifas ou custos adicionais. A mobilidade faz parte de um amplo pacote elaborado em 2006 pelo Banco Central (BC) para estimular a concorrência entre bancos. Além da conta-salário, as medidas incluem a portabilidade do cadastro dos clientes e mesmo de operações de crédito. Neste caso, a pessoa pode transferir um empréstimo de um banco para outro que oferecer melhores condições de pagamento.

Foto: SXC
Salário: agora é a vez dos funcionários públicos na portabilidade

Quem quiser receber seus vencimentos em outro banco terá de fazer um único comunicado à instituição financeira a que está vinculado hoje. A partir daí, o banco terá de transferir, sem custo e no mesmo dia, o salário do cliente para a conta informada previamente.

Em sua primeira entrevista coletiva após assumir a presidência do BC, no começo deste ano, Alexandre Tombini ressaltou os esforços da autoridade monetária para reduzir as margens de lucro dos bancos. “O BC tem um grupo que estuda medidas para atuar nesse tema. Reforçamos a portabilidade do crédito, do cadastro, da conta-salário, por exemplo. São várias medidas tomadas para facilitar o trânsito de clientes bancários entre instituições”, afirmou. “O spread caiu ao longo do tempo, mas ele continua alto. Essa é uma agenda que continua.”


Dúvidas

O problema é que experiências anteriores de portabilidade ainda não surtiram os efeitos esperados pelos especialistas. No caso da portabilidade de crédito, ainda há pouca procura pelos clientes de bancos. Segundo o BC, o volume transferido de um banco para outro ficou em R$ 325 milhões em junho, enquanto o saldo de crédito do sistema financeiro foi de R$ 1,9 trilhão. Foram 28.758 operações de portabilidade, com valor médio de R$ 11.306.


Para Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, a migração de crédito ainda é tímida por falta de interesse dos bancos. “Para mudar, o cliente precisa ir ao gerente, que não tem interesse na mudança, pois o banco tem suas políticas de retenção de clientes. Muitas vezes, o correntista acaba sendo convencido a ficar.” Na visão de Maria Inês, o melhor caminho para mudar essa situação é mais informação. “Os bancos precisam ser mais transparentes.”

Essas negociações muitas vezes acabam resultando em tarifas menores para os clientes, o que reduz a mobilidade de contas, mas acaba se refletindo em benefícios aos correntistas. Mas os especialistas vêem essa movimentação como marginal.

“Folhas de pagamento em geral são extremamente importantes para os bancos”, diz o Ricardo Mollo, professor do Insper que já foi diretor do Itaú Unibanco. Segundo ele, as instituições financeiras usam os salários como uma maneira de reter clientes. “Um banco de varejo vive de escala e, com as folhas, pode oferecer pacotes customizados, com redução de tarifas.”

Ele não acredita em grandes mudanças na divisão de contas pelos bancos, após a liberação da migração para funcionários públicos. “Abrir conta corrente não é um trabalho fácil. É demorado e burocrático.” Além disso, lembra, há poucos bancos comerciais grandes no país, o que limita a concorrência.

Foto: AE Ampliar
Agência do Banco do Brasil, em São Paulo: a instituição é líder em folhas de pagamento de servidores públicos
Outro ponto que deve garantir clientes é a oferta de crédito consignado juntamente com o pacote da conta corrente. Segundo Mollo, o Banco do Brasil (BB) atuou fortemente nessa área, fazendo ofertas agressivas de exclusividade de folha aliada a consignado. “O BC soltou uma norma proibindo essa prática, mas apenas para os novos contratos.”

O número de cidades que possuem apenas um banco também é um fator de restrição à portabilidade. “Muitos funcionários públicos não terão para onde mudar”, diz Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da agência classificadora de risco Austing Rating. Ele também não acredita que a medida resultará em guerra de tarifas pelos bancos. Além da concentração bancária, ele lembra que os clientes de bancos não são organizados e perdem força na hora de pleitear taxas menores.


BB

Para os especialistas, em tese o BB é a instituição que mais tem a perder com a liberação das contas. “O Banco do Brasil entrou agressivamente nos últimos anos comprando folhas de funcionários públicos em todo o país. O Estado e a Prefeitura de São Paulo, por exemplo, têm conta no BB”, diz Mollo, do Insper. Para Santacreu, o banco tentará proteger a base de clientes já conquistada, fazendo campanha para tentar mantê-la, caso sinta-se ameaçado.

O Banco do Brasil possui a folha de pagamento de 16 estados brasileiros. Consultados, três dos quatro maiores bancos do país – BB, Itaú e Santander - não comentaram o assunto.

O Bradesco se posicionou apenas sobre a folha de pagamentos dos 460 mil servidores do Rio de Janeiro, que começará a processar em janeiro. O leilão para comprar esse direito foi realizado em maio, na venda do Berj. De acordo com o Bradesco, desde o início do processo a instituição já sabia que a portabilidade seria permitida em 2012. “O Bradesco acredita que poderá manter o relacionamento com os servidores a partir de uma prestação de serviços de qualidade e produtos que ofereçam benefícios”, afirma.

(colaborou Danilo Fariello)


FONTE: IG ECONOMIA

Professor primário cria rede varejista de R$ 800 milhões

Pioneiro dos supermercados em Santa Catarina, Zefiro Giassi cresceu evitando empréstimos nas épocas críticas e com gestores que estão na empresa há mais de 30 anos


Daniel Cardoso, especial para o iG, de Florianópolis | 07/12/2011 05:09


“O sapo não pula por boniteza, mas porém, por precisão”, escreveu Guimarães Rosa em “Sagarana”. Zefiro Giassi, criador da rede varejista catarinense Giassi, que deverá faturar R$ 800 milhões em 2011, conhece a frase como poucos e não apenas por ser professor.


 
Foi por precisão – três, de seus cinco filhos, já eram nascidos, quando ele resolveu deixar de lado o salário de professor e abrir um mercado, nos idos de 1960. Foi também por necessidade – um acidente doméstico que o deixou cego de um olho – que ele se tornou o primeiro de sua família a concluir o magistério, já que não podia com a lida do campo.
Foto: Álbum de família
O então professor Giassi, de terno: um acidente com um facão de cana o afastou da lida no campo e fez com que se tornasse o primeiro da família a concluir os estudos

Nascido em Içara, no sul de Santa Catarina, Giassi tinha três anos quando um primo que cortava cana de açúcar ergueu demais o braço e atingiu o olho esquerdo de Zefiro. A tragédia e a marca que o acompanham ao longo da vida poderiam ser motivo de desânimo, mas acabaram reescrevendo o destino do garoto. Como não podia acompanhar a carreira rural da família, Zefiro foi encaminhado aos estudos. Deveria se tornar professor, trabalhar em lugar fechado, sem pegar sol e longe da rotina extenuante do sítio. Assim, pouparia a única vista boa.

“Naquele tempo e naquela região, ou se era agricultor ou se era professor”, diz ele. “Não havia outras oportunidades.”




Aos oito anos, percorria cinco quilômetros para chegar à Escola da Quarta Linha Sangão, de ensino público e estadual. Cavalo, só quando estava doente. Foi na escola que o neto de italianos começou a dominar o português com mais habilidade. O italiano foi sua primeira língua.

Responsável por levar os ovos e queijos produzidos pela família a serem vendidos no centro da cidade a cada 15 dias, Zefiro mostrou de jovem que já tinha espírito empreendedor. Colhia pimentas, cultivadas em casa, e fazia conservas caprichadas. Esse dinheiro ficava em seu bolso.

Foto: Arquivo pessoal Ampliar
Zefiro Giassi: “Ninguém faz milagre. Tem de se especializar na qualidade, no produto e no atendimento. A gente se atualiza na exigência do povo.”

“Eu acredito que todos têm um dom ao nascer”, afirma. “Certamente, surgiu em mim alguns sinais de vocação do comércio e eu sempre botei isso em prática.”


Aos 14 anos, o pai Ângelo encontrou um jeito de matriculá-lo no colégio Dom Daniel Hostin, em Forquilhinha. Foi o primeiro Giassi e seguir com os estudos. Zefiro era o quarto, de sete irmãos. Até então, todos haviam estudado apenas o primário. O desafio, agora, não era mais a distância, mas pagar a escola. A solução: trabalho. Zefiro pernoitava na casa dos padres, badalava os sinos, alimentava os animais e dirigia charretes. Com o trabalho, ganhava uma espécie de bolsa de estudo e também de alimentação.

No ano seguinte, iniciou os estudos no conceituado Grupo Escolar Lapagesse, em Criciúma. Fez a quinta série e emendou o Curso Normal Regional, o equivalente ao magistério. Aos 18 anos, pegou o diploma. O primeiro emprego foi em Morro Bonito, na mesma escola onde a irmã Alzira (que estudara até o quarto ano do primário) lecionava até trocar de emprego pelo casamento.

“Já trabalhava lá sempre que a minha irmã precisava de um substituto”, diz. “Quando abriu a vaga, o convite para ocupar o lugar veio para mim.”


Zefiro cuidava das turmas da primeira a terceira série, simultaneamente. Em 1955, casou com Ana Maria Zilly Giassi, com quem teve cinco filhos. Foi por causa da família que o magistério se tornou inviável. “Tinha três filhos na época e era muito difícil de sustentá-los”, afirma. “A gente conseguia viver graças a muitos pais de alunos que nos davam presentes, como alimentos.”

Na busca por alternativas, o comércio pareceu o caminho mais fácil. Seus pais, no entanto, lembraram os inúmeros comerciantes falidos e endividados na cidade. Mesmo assim, Zefiro montou uma sociedade com o amigo Benevenuto Fiorindo Dal Molin. O sócio tinha acabado de vender um terreno por 175 mil cruzeiros e Zefiro, depois de muita insistência, conseguiu um empréstimo com o pai e dois amigos para dar o ponta pé inicial na sociedade.




A loja foi inaugurada em 1960, em uma sala de quatro metros por nove metros, próxima à praça São Donato, em Içara. Zefiro havia pedido licença sem vencimentos do magistério - profissão para a qual nunca mais retornaria. No início, a loja vendia ferragens e tecidos. Porém, numa de suas andanças por São Paulo e Rio de Janeiro, Zefiro percebeu um mercado emergente e vigoroso: o autosserviço.


“Vimos que esse sistema era o futuro e já estava bem forte em outros lugares”, diz. “Como quem sai na frente, sai ganhando, senti que deveríamos nos tornar pioneiros em autosserviço aqui na nossa região.”
A primeira loja de autosserviço, ou supermercado, com o nome Giassi foi inaugurada em 1970. No início, os consumidores entravam desconfiados, sem saber exatamente como pegar os produtos e pagar por eles. Naquele tempo, a população estava acostumada a pedir o que queria no balcão dos armazéns, anotar o valor no papel e pagar no fim do mês. Pouco a pouco, as pessoas se adaptaram à novidade e viraram frequentadoras assíduas do estabelecimento.

Foto: Divulgação Ampliar
Depósito e administração central do Giassi: pioneiro no autosserviço em Santa Catarina

“O caminho do ramo varejista de autosserviço no Brasil e em especial Santa Catarina foi de crescimento gradativo”, afirma o consultor Ivam Michaltchuk. “No início, houve as naturais resistências a mudanças, mas a conveniência, a qualidade e a persistência foram mais fortes e os catarinenses acabaram absorvendo esta forma de fazer compras.”

Em 1987, a sociedade foi desfeita. Zefiro se concentrou apenas no supermercado. À época, os desafios dos varejistas eram grandes. O Brasil vivia a hiperinflação e as maquininhas de etiquetagem trabalhavam freneticamente.

“A gente tinha de saber o preço dos produtos na indústria diariamente”, diz Zefiro. “Não podíamos vender muito porque poderíamos ficar sem dinheiro para novas compras.”

Zefiro resolveu agir com cautela. Evitava a todo o custo emprestar, para não pagar juros e ficar nas mãos de bancos. “Seu bom senso, aliado ao grande diferencial de apostar no desenvolvimento dos talentos humanos são sua grande marca. Prova disso é que muitos de seus gestores estratégicos estão na empresa há mais de 30 anos”, afirma o consultor Michaltchuk.
Foto: Divulgação
Loja Giassi em Joinville: rede abrirá 12a. loja no próximo ano
Segundo o empresário, seu conhecimento veio do trabalho, da rotina e das conversas com outros empresários, em muitos congressos.

Hoje, a Giassi tem 11 lojas e a 12ª deverá ser inaugurada em abril. São nove cidades atendidas pela rede, todas no leste de Santa Catarina. Agora, Zefiro se preocupa não apenas para o futuro da empresa, mas principalmente ao seu futuro dentro da empresa. Há cinco anos, deixou de lado a jornada de trabalho que começava às 6 horas e se estendia até às 24 horas, e encerra o expediente por volta das 18 horas. Pouco a pouco, aprende a delegar mais e a trabalhar menos. Para o próximo ano, a ideia é deixar tudo nas mãos dos herdeiros e ficar apenas orientando. “Vou me libertando devagarinho”, diz.

FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 6

MEDIÇÃO DE PARÂMETROS THIELE-SMALL



  • INTRODUÇÃO
- Antes de iniciar um projeto de construção de sonofletores é necessário conhecer os parâmetros mais importantes do falante que definem o seu comportamento em baixas freqüências.

Esses parâmetros, conforme definidos pela teoria de Thiele-Small, são:

Vas = Volume equivalente do falante
Qts = Fator de Qualidade
fs = freqüência de ressonância.


- Estas grandezas costumam apresentar bastante variação entre marcas e modelos diferentes de falantes, mesmo entre os de igual diâmetro e freqüência de ressonância. Como os projetos de caixas acústicas são sensíveis a mudanças (mesmo reduzidas) nestes parãmetros não é conveniente iniciar algum projeto sem haver antes determinado os valores destas grandezas.

- Também é necessário medi-los quando se pretende usar projetos de construção já prontos e para os quais não haja indicação precisa do modelo e marca do falante apropriado. Nesses casos, conhecendo os parâmetros Vas, Qts e Fs, é possível a adaptação do projeto para extrair o máximo de suas características.

- O emprego em um projeto de qualquer outro falante que não o corretamente especificado através do uso dos parâmetros Thiele-Small, invalida os dados da construção e arrisca os resultados a serem obtidos.


Um pouco de teoria


- Os parâmetros já referidos foram derivados das constantes eletromecânicas dos falantes para facilitar a análise das características dos diferentes falantes, e não podem ser medidos diretamente por instrumentos, excetuando-se a freqüência de ressonância.

- Portanto necessitamos antes determinar outras grandezas e obter Vas e Qts através de cálculos posteriores. Para a determinação de Vas a primeira grandeza a ser medida é a compliância mecânica, Cms .

- A complíância mecânica corresponde ao inverso do que se poderia chamar de rigidez mecânica, grosseiramente correspondendo ao que se poderia chamar de maior ou menor facilidade de movimentação do diafragma do falante. A compliância mecânica Cms é calculada através da aplicação de uma força conhecida sobre o cone do falante e medindo-se o deslocamento resultante.

- O valor de Cms é dado pela relação entre esse deslocamento e a força aplicada, esta podendo ser obtida por meio de uma massa conhecida colocada sobre o diafragma do falante, mantendo-se este na horizontal e com o eixo orientado verticalmente.

Cms = deslocamento/força
ou:
Cms = X/ (9,8 x M’)
onde: X = deslocamento em metros
M
’ = massa adicionada em quilogramas
- A partir da compliância mecânica Cms é possível calcular a compliância acústica Cas, que corresponde ao valor de Cms multiplicado pelo quadrado da área efetiva do diafragma, ou seja:
Cas = Cms x Sd2
onde Sd corresponde à area efetiva do cone do falante, sendo calculada por meio de seu diâmetro:





Onde d = diâmetro do cone do falante.
Conhecendo Cas, calcula-se o volume equivalente por:
onde: Vas = Volume equivalente em metros cúbicos
= Densidade específica do ar (1,18 Kg/m3)
c= Velocidade do som no ar (aproximadamente 345m/s)
- Existe outro método muito empregado para o cálculo de Vas, o qual consiste no emprego de uma caixa de volume conhecido. Primeiramente mede-se a ressonância do falante ao ar livre e posteriormente na caixa. Este tipo alternativo de determinação de Vas será explicado pormenorizadamente mais adiante e torna-se útil inclusive para verificação do acerto das medições tomadas ­pelo primeiro método.Muitos autores recomendam este método por ser considerado mais preciso.






Já o valor de Qts é calculado através do levantamento de pontos da curva de impedãncia do falante. Após a determinação da freqüência de ressonância fs procuram-se duas outras freqüências, f1 e f2, uma acima e outra abaixo de fs. Veja a figura 1, que mostra a curva característica de um falante nas vizinhanças da ressonância.
Vamos precisar das seguintes definições:




Re: resistência à corrente contínua da bobina móvel;
Rs: impedãncia (valor análogo à resistência, porém em corrente alternada) do falante na freqüência de ressonância fs;
f1: freqüência abaixo de fs;
f2: a freqüência acima de fs;


As freqüências f1 e f2 são aquelas nas quais a impedância do falante vale:
O fator de qualidade Qts pode ser dividido em duas partes distintas, uma dependente de grandezas mecânicas:


Qms: fator de qualidade mecânico, e outra dependente de grandezas elétricas;
Qes: fator de qualidade elétrico.
O valor de Qms é obtido por:





O valor de Qes é definido por:

Para obtermos Qts podemos relacionar Qms e Qes da seguinte forma:


Portanto, teremos o indice de mérito total, Qts dado por:

  • ROTEIRO DE MEDIÇÕES
Determinação da compliância mecânica – Cms

- Obtém-se a compliância mecânica medindo-se a excursão do cone entre a posição de repouso e a posição para a qual o cone é deslocado com a adição de uma massa conhecida.

- Esta massa pode ter de 0,25 kg até 0,50 kg, usando-se por exemplo pesos de latão. A excursão não deve ­ser demasiado grande, para não ser atingida a região não linear da suspensão, sendo de no máximo 0,5 cm para falantes grandes e de 0,2 ou 0,1 cm para falantes menores. Não devem ser usados pesos de metal ferromagnético, pois isto perturbaria a medida.

A partir da medida feita com um paquímetro, podemos calcular:
Cms = dX/ (9,8 x dM)
onde:
dX = deslocamento em metros
dM = massa adicionada em quilogramas
Determinação da freqüência de ressonância (fs)





Usa-se nesta medida um oscilador, um milivoltímetro de áudio e ainda uma resistência de aproximadamente 500 ohms a 1 kohm conectada entre o oscilador e o altofalante em teste. A resistência é usada para transformar a saída do oscilador, quando sob carga, em uma fonte de corrente­constante. Veja o arranjo na figura 2

O alto falante deve, de preferência, encontrar-se em área livre, sem paredes ou chão a menos de 1metro de distancia. Nestas condições faz-se uma varredura em torno das freqüências onde se acredita estar a ressonância e é efetuada a leitura da freqüência em que o voltímetro apresente o maior valor. Esta é a freqüência de ressonância fs do alto falante.

Determinação do fator de qualidade (Qts)






Para o cálculo de Qts é necessário primeiramente calcular o valor de resistência da bobina móvel. Esta medida pode ser tomada por um ohmímetro comum. Chamaremos a este valor de Re.
Montamos agora o circuito da figura 3.


Para a freqüência de ressonância fs anota-se o valor da corrente e da tensão presentes. É conveniente manter a tensão em 1 volt, que é um valor padrão para este tipo de medição.
Calcula-se agora a impedãncia Rs do falante na ressonância.
Rs=Vs/Is, onde:
Vs= Valor da tensão nos terminais do falante na ressonância, em volts;
Is= Valor da corrente absorvida pelo falante, em amperes.


Agora, vamos achar as freqüências f1 e f2 para as quais a impedância do falante seja: 

sendo f1 menor que f2
Como I = V/R, então a corrente esperada nos pontos f1 e f2 será:


Se mantivermos V= 1volt durante o transcorrer desta medição então bastará achar as freqüências f1 e f2 para as quais a corrente seja:



A tensão não necessita ser obrigatoriamente a especificada acima, porém é muito importante que seja exatamente sempre a mesma ao variar o oscilador entre fs , f1 e f2. Durante a varredura de freqüências a tensão tende a variar bastante, portanto é importante estar atento.
Calcula-se Qts por:




ou, aplicando os valores das grandezas, e sendo DX=X2-X1: onde: X2 – X1 é o deslocamento medido do cone de cm; DM é a massa adicionada ao cone;

d é o diâmetro efetivo medido do cone

b) ATRAVÉS DE MEDIDAS TOMADAS COM O USO DE UMA CAIXA DE VOLUME CONHECIDO.
Esta série de medições poderá ser feita com a ajuda de uma caixa fechada ou sintonizada a uma freqüência determinada. Neste exemplo vamos utilizar uma caixa fechada.
Dispondo-se de uma caixa bem selada, sem qualquer revestimento interno, com volume conhecido Vb, que esteja entre 20 e 50 litros, deve-se repetir os cálculos dos valores da freqüência de ressonância, a qual chamaremos agora de fb e do seu fator de qualidade, que chamaremos de Qtb.





Calculamos Vas por:

Outra fórmula mais simplificada que pode ser usada é:
Nesta fórmula estamos supondo que o valor das massas acústicas envolvidas não variou substancialmente ao ar livre e na caixa, simplificação essa que introduz um certo erro no cálculo, mas que por outro lado, facilita a medição.

Ressalte-se que, para esta medição o alto falante será posicionado na caixa em um orifício de tamanho coerente com o seu diâmetro e deve ser mantido bem pressionado contra esta, a fim de serem evitadas as fugas de ar. Não se deve esquecer de considerar a influência do volume do alto-falante em relação ao volume da caixa. Assim, se este estiver por dentro do orifício do painel o volume estimado do mesmo será subtraído do volume da caixa.





terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CONTA DE LUZ PODE FICAR MAIS BARATA EM 2012

Com novo sistema de cobrança, consumidor que economizar eletricidade nos horários de pico pagará tarifa mais baixa

iG São Paulo | 06/12/2011 12:58

A partir do ano que vem, a conta de luz poderá ficar mais barata para os consumidores que economizarem energia elétrica nos horários de pico. Com a aprovação, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da resolução que permite a cobrança de tarifas diferenciadas, o consumidor poderá receber descontos se utilizar energia elétrica nos horários de menor demanda por eletricidade.

Leia também:

- Veja como economizar energia

- Cinco maneiras de economizar dinheiro sem sofrer

A nova modalidade de cobrança – também chamada de tarifa branca – estabelecerá três patamares de tarifação pelo uso de energia elétrica, de acordo com os horários de consumo. Segundo a Aneel, de segunda a sexta-feira, uma tarifa mais barata será empregada na maioria das horas do dia. Já a tarifa mais cara deverá ser cobrada no horário em que o consumo de energia atinge o pico máximo, no início da noite. O terceiro patamar de cobrança será um intermediário entre esses dois horários. Nos finais de semana e feriados, a tarifa mais barata será empregada para todas as horas do dia.

De acordo com a agência, o objetivo da tarifa branca é estimular o consumo em horários nos quais a tarifa é mais barata, diminuindo o valor da fatura no fim do mês e reduzindo também a necessidade de expansão da rede da distribuidora para atendimento do horário de pico. A tarifa branca será opcional. Caso o consumidor não tenha interesse em migrar para a nova modalidade de cobrança, ele terá a opção de utilizar a tarifa convencional, que não faz distinção entre os horários.

A tarifa branca será aplicada à medida que cada distribuidora de energia realizar sua revisão tarifária entre 2012 e 2014. Vale acrescentar que a nova modalidade de cobrança depende também da substituição, pelas distribuidoras, dos medidores eletromecânicos de energia pelos eletrônicos.

FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 5

APLICANDO AS DEFINIÇÕES


- A expressão (1.4) nos revela que o slew-rate é uma função a duas variáveis e estas variáveis estão intimamente relacionadas a dois fatores essenciais em amplificadores:
1. A máxima amplitude do sinal.
2. A maior freqüência possível (ou largura de banda). Essas dependências podem ser facilmente relacionadas pela expressão (1.4).


- É necessário que os circuitos elétricos que irão processar o sinal sejam capazes de manipular essas variações no tempo, mais precisamente, que eles sejam suficientemente rápidos para não alterarem o sinal original. Na figura 6 podemos ver como um sinal é modificado por um circuito que possua um slew-rate inferior ao do próprio sinal.

Caso a taxa de variação do sinal a ser amplificado/processado seja maior do que a taxa máxima de variação do circuito, teremos o que se usualmente se chama de distorção por limitação do slew-rate. A forma original da onda tende a um formato triangular, como pode ser visto na figura, e componentes que não existiam no sinal original irão se somar e aparecer na saída. A superposição (combinação linear) da fundamental com os componentes harmônicos irão formar a onda distorcida e esta pode ser extremamente desagradável para os ouvidos. A condição para que isso não ocorra


- Internacionalmente, adota-se como um bom padrão de engenharia uma SR quatro vezes superior ao que seria matematicamente necessário.

Não mostraremos aqui porque os circuitos amplificadores são limitados em termos de taxa de variação. Esta análise exige alguma teoria de circuitos elétricos e não é nossa intenção no momento.
- Ao invés disso, vamos apontar as conseqüências mais diretas desse tipo de distorção e a importância de se ter valores apropriados de slew-rate, a fim de evitar esses transtornos.

Essencialmente, as necessidades não serão sempre as mesmas já que, como vimos, a SR exibe uma
dependência com a amplitude máxima e com a freqüência máxima a ser respondida pelo amplificador (ou outro equipamento qualquer de áudio). Veremos alguns exemplos

Exemplo 1:

- Um amplificador tem que responder, para que atinja sua potência máxima, a uma amplitude de 10Vp e possui uma SR = 0,5V/us. Qual a maior freqüência com que ele poderá trabalhar sem exibir distorção por limitação de slew-rate?
A condição é dada por (2.1):

E podemos manipular (1.4) para obter
onde as dimensões são:
slew-rate em Volts/microsegundo: [SR] = V/us,
amplitude máxima = tensão de pico em Volts: [Vp] = V
e freqüência em Hertz: [f] = Hz.

O fator 10^6 que aparece no numerador é necessário para que se possa exibir o resultado nas unidades usuais. Inserindo estes valores em (2.2), obtemos:


Vemos assim que esse amp não poderá responder (em 10Vp) a nenhum sinal com freqüência maior do que 7,96kHz sem sofrer distorção. O procedimento inverso também é válido, pois podemos fixar a largura de banda que julgarmos conveniente e calcular qual a amplitude máxima teríamos disponível, sem distorção, na saída. Manipulando (2.2), obtemos:

Supondo que uma largura de banda de 20kHz nos seja apropriada. Assim como antes, inserimos os valores em (2.3) para obter:

- Não podemos utilizar este amp com uma tensão de saída maior do que 3,98Vp, sob pena de existir distorção no sinal de saída; isto é claro, se quisermos utilizá-lo até uma freqüência de 20kHz.
Vamos agora aplicar estes resultados a amplificadores típicos do áudio profissional.


Exemplo 2:

- Um amp de 1.000Wrms/canal @ 2W será utilizado num trabalho full-range, com banda passante de 20kHz. Qual a slew-rate necessária?

Se ele desenvolve 1.000Wrms @ 2W, então devemos calcular a amplitude máxima de um sinal de teste senoidal presente em sua saída. Manipulando a lei de Ohm, obtemos:


No entanto a tensão assim obtida é a tensão eficaz ou rms. Nesse caso, nos interessa a tensão de pico (lembrando que as tensões medidas em multímetros comuns sempre são exibidas em valores rms, para um sinal permanente senoidal). Assim devemos multiplicar o resultado por (2)1/2.



Inserindo os dados, obtemos:


Utilizando diretamente (1.4)



e inserindo os valores, obtemos:

Internacionalmente, é recomendado que esse valor mínimo seja multiplicado por 4, obtendo assim: 31,7V/us, mas acredito que o dobro já seja o suficiente para garantir total ausência de distorção por limitação de slew-rate, assim ~15V/us já seria um ótimo valor.

- Através destes exemplos fica claro que slew-rate não é uma especificação do tipo “quanto mais, melhor”, basta termos um valor coerente com a aplicação a que se destina o amp (função da amplitude máxima e da freqüência máxima). Um eventual acréscimo não carecerá de qualquer significação[2].

- Tabelas poderão ser elaboradas pelos leitores a fim de verificar a melhor faixa de atuação de seus amps, bem como conferir as especificações de um novo equipamento a ser adquirido, para certificar-se que o mesmo se adequará as suas necessidades. Para tanto, basta utilizar as fórmulas que foram aqui deduzidas, consultar os exemplos resolvidos e praticar um pouco de matemática.

- Para finalizar, devo acrescentar que verifiquei, ao longo de algum tempo, que em alguns comerciais e artigos envolvendo amplificadores tem-se dito que um certo amp possuía um alto slew-rate por empregar uma baixa (ou alta) taxa de realimentação negativa. Esse argumento, naturalmente, não possui o menor fundamento. Neste artigo não daremos uma demonstração rigorosa (quem sabe num artigo futuro), mas podemos, qualitativamente, analisar o fato.

- A realimentação negativa não tem como interferir na taxa de variação ou na largura de faixa para grandes sinais[4]. Até que a tensão de saída varie, não há sinal de realimentação e nenhum benefício (ou sacrifício) devido à realimentação negativa pode ser obtido. Esse simples raciocínio pode ser reforçado com a idéia de que a malha de realimentação só pode amostrar um evento que já ocorreu! Assim a realimentação negativa, tão necessária em outros aspectos, tem pouca influência no domínio temporal.





 
 

Varejo popular usa estilistas de grife para aumentar exposição da marca

Colaborações não alteram volume de vendas, mas provocam grande cobertura da mídia

Eric Wilson, The New York Times | 06/12/2011 05:30

 
O clima na festa de vendas de pré-lançamento da nova coleção da Versace para a H&M, em uma recente noite de terça-feira, foi bastante previsível, exceto pelo show do Prince à meia-noite. Quando os cabideiros de vestidos pontilhados de dourado e camisas com estampas tropicais foram finalmente desvelados, em uma loja temporária em um píer do Rio Hudson, os convidados, que incluíam editores de moda, celebridades e Nicki Minaj, rapidamente acabaram com o estoque. "Muitas das mulheres presentes fizeram fila para a coleção de roupas masculinas", disse a Style.com. Ainda havia uma fila do lado de fora da loja às 2:30 da manhã.

Leia também: de boia fria a megaempresário da moda para as classes A e B

Mais de uma década depois que a Target apostou em colaborações entre estilistas de alta costura e lojas mais populares, e sete anos depois que a H&M apresentou uma coleção de Karl Lagerfeld, ainda existe uma fascinação por trás do conceito do barato e chique.

Considerando a cobertura de imprensa até agora, há todo motivo para esperar grandes multidões e filas. Alguns itens da coleção, como uma jaqueta esportiva curta com chamativas mangas com estampa de onça, por US$ 129 (R$ 230), com certeza irão esgotar, e muitos provavelmente irão reaparecer no eBay por um preço mais alto. (Na verdade, a jaqueta já está lá, ao preço inicial de US$ 179,99, ou R$ 320.)

Apesar da preocupação de que a aparição banalizada de grifes de alta costura em lojas como a Macy's, a Kohl's, a Wal-Mart e até mesmo a Payless ShoeSource acabaria levando à sua superexposição, colaborações como essas têm mostrado ser tanto um modelo de negócios confiável para as lojas quanto um negócio em si.

E os estilistas, mesmo aqueles que têm bem menos reconhecimento que alguém como Versace, estão vendo essas colaborações aumentarem seus lucros. Embora poucos detalhes a respeito das relações financeiras tenham vindo a público, os honorários tipicamente pagos aos estilistas em geral mais que dobraram nos últimos cinco anos, segundo vários participantes de acordos recentes, embora cada um pareça seguir suas próprias regras.


Marc Beckman, fundador da Designers Management Agency, uma agência de talentos que já trabalhou com grifes como Proenza Schouler, Derek Lam, Christian Siriano e Sophie Theallet, disse que acordos com os grandes nomes do setor de "fast fashion" hoje em dia costumam incluir pagamentos de valores de mais de US$ 1 milhão (ou R$ 1,8 milhão). Em 2007, muitos desses pagamentos, especialmente para o programa Go International da Target para novos estilistas, supostamente beiraram os US$ 250 mil (R$ 450 mil).

Embora o funcionamento dessas colaborações tenha se tornado mais sofisticado, ele ainda permanece um mistério para os clientes, que podem não se dar conta de que as vendas da coleção da Donatela Versace na H&M, ou a extremamente famosa linha Missoni, que foi vendida na Target no outono, quase não surtirão efeito sobre o volume geral de vendas das lojas.

Na realidade, seu sucesso não é medido em dólares, mas em indicadores gerais de mídia, a métrica usada para determinar quantas vezes os consumidores leram ou assistiram a uma menção à colaboração no meio jornalístico. A coleção Missoni para a Target, por exemplo, foi mencionada nas edições de setembro de 40 revistas, e acumulou bilhões de indicadores.

Considerando os programas Go International e Designer Collaborations da Target, através dos quais novos estilistas foram apresentados pela loja nos últimos cinco anos, o mais bem sucedido, de certa maneira, foi Alexander McQueen, em 2009. Um ano antes de sua morte, o estilista, através de seu selo mais barato, McQ, criou uma pequena coleção para a Target, que recebeu opiniões variadas dos críticos de moda, e que era sem graça se comparada à da Proenza Schouler de 2007, ou da Rodarte, que foi apresentada mais tarde, em 2009. Apesar disso, a coleção gerou muita atenção para a loja.

A Right Angle Research, uma empresa de pesquisa do mercado de artigos de luxo, de New Rochelle, Nova York, calcula que a cobertura editorial da coleção de McQueen em importantes revistas dos Estados Unidos rendeu US$ 2,2 milhões (R$ 4 milhões) para a Target durante o período em que as lojas mantiveram a coleção. Esse cálculo se baseia em parte no custo de um espaço comparável de propaganda nessas mesmas revistas, mas também leva em conta outros fatores, como a localização dos artigos nas páginas.

O grau de transformações na comunicação em massa complica a tentativa de se compreender os efeitos de longo prazo dessas colaborações. Larry Hotz, presidente da Right Angle, disse que a linha Lagerfeld foi apresentada antes que a loja tivesse uma presença online e, mesmo assim, segundo ele, "foi muito significativa pelo espaço que recebeu na mídia da época". Em comparação, a coleção da Versace vem sendo promovida tão exaustivamente, com o elaborado desfile e em redes sociais e vídeos, que está em todos os blogs de moda do momento.

Para estilistas menores, não se trata apenas da exposição. A renda pode vir a financiar um desfile, ou ajudar a sustentar uma coleção de luxo.

Siriano, que lançou sua coleção autoral depois de vencer o "Project Runway" em 2008, desde então já criou acessórios para a LG, maquiagens para a Victoria's Secret, uma coleção de cápsulas para a Spiegel e uma esponja para a O-Cel-O. ("Não me julguem", ele disse. "Foi divertido e hilário.") Sua colaboração mais lucrativa foi para a Payless, que patrocina seus desfiles e, como resultado de um contrato expandido assinado no ano passado, paga royalties sobre cada par de sapatos vendido. "Não é apenas ótimo para mim sob o ponto de vista financeiro, mas também para muitos consumidores que não têm condições de pagar US$ 3.000 (R$ 5.400) por um vestido", ele disse.

A Payless planeja contar com pelo menos alguns estilos principais de calçados de Siriano na maioria de suas mais de 4.000 lojas até a próxima primavera, afirma LuAnn Via, gerente executiva da empresa. Segundo ela, os consumidores hoje veem Siriano como uma marca nacional, então a Payless pretende oferecer constantemente produtos novos dele.

"Uma tendência isolada não vai trazer uma aura a longo prazo para a sua marca", disse Via.

Enquanto a atenção agora se volta para a coleção da Versace, que estará disponível nas lojas H&M por apenas um breve período, há mais interesse entre os estilistas e as pessoas que fazem acordos com eles por parcerias mais longas. Ainda não aconteceu, mas há sempre o medo de que alguma hora essa moda passe.
A Target, que apresentou sua primeira colaboração de moda em 2000, com Mossimo, e seguiu com Isaac Mizrahi, em 2003, aumentou seu apelo descolado ao atrair estilistas mais jovens e badalados, e parece que a empresa pagou bastante para atrair alguns dos mais descolados desde cedo. O contrato da Proenza Schouler, de acordo com alguns executivos que conhecem bem o acordo, chegou perto de sete dígitos, mas sua colaboração com a Target inspirou outros jovens estilistas a romper com o tabu tradicional da indústria de não aderir às massas.

E a divulgação ajudou alguns importantes queridinhos que não têm nenhum apoio de verdade, como Kate e Laura Mulleavy, da Rodarte, a criar a impressão de que são maiores do que realmente são. A estratégia parece ter valido a pena para a Target, embora a colaboração já tenha apresentado alguns percalços, como a vez em que Jack McCollough e Lazaro Hernandez, da Proenza Schouler, acusaram a cadeia de copiar a bolsa que eles projetaram para esta primavera. (A Target também não revela as especificidades a respeito de suas relações com estilistas.)

Segundo Trish Adams, vice presidente sênior de roupas e acessórios da Target, prever o quão famosa ou bem-sucedida será a coleção de cada estilista é algo que envolve tanto arte quanto ciência. Os executivos levam em consideração a performance histórica de outras linhas, a maneira como o nome é percebido entre seus clientes e até mesmo a diferença de preços entre os produtos do estilista e o que será vendido na Target. Mesmo assim, a demanda pelas roupas e designs domésticos da Missoni superou qualquer expectativa, deixando alguns clientes decepcionados quando certos produtos esgotaram.

Mas a empresa quer que suas colaborações mantenham um clima inesperado. Recentemente, a Target apresentou roupas infantis projetadas por Gwen Stefani, chamadas Harajuku Mini for Target, que continuarão a ser vendidas na loja por um longo período. Stefani diz que se interessou pelo fato de que a Target não impôs nenhuma restrição criativa além das necessárias para manter os padrões de segurança.
"Adoro o fato de que eles estão me deixando projetar calças punks para crianças", ela disse. "Em seguida, faremos roupas de banho."

Entre seus estilistas convidados para o período de festas de final de ano está Josie Natori, que está criando duas coleções de roupas íntimas, uma que chegará às lojas agora para o Natal e outra mais tarde, para o Dia de São Valentim (o Dia dos Namorados americano, celebrado em 14 de fevereiro). O motivo para isso é simples: metade das vendas de roupas íntimas da Target ocorrem nessa época do ano.
"Tudo isso depende muito do objetivo comercial, se serve para a gente e se serve para o estilista", disse Adams.

Sob o ponto de vista dos estilistas, essas colaborações oferecem uma infusão rápida de dinheiro e ajudam a expandir a sua visibilidade, além de fazê-los parecer quase populistas para alguns consumidores. No começo da "fast fashion", as lojas precisavam de um grande nome para atrair consumidores, mas hoje em dia os consumidores conhecem uma gama muito maior de nomes de estilistas. Paradoxalmente, vender roupas na Target se tornou um sinal de status para novos estilistas.

"O modelo mudou, de certa maneira" disse Gaby Basora da grife Tucker, que criou uma coleção para a Target no ano passado. "Antigamente, os estilistas se tornavam mais populares no final da carreira. Hoje em dia, isso se tornou um tipo de momento de legitimação para estilistas mais jovens."

FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Malha fina do Imposto de Renda retém quase 570 mil contribuintes

Durante 2011, 1,5 milhão de contribuintes chegaram a cair na malha, mas retificaram suas declarações


AE | 05/12/2011 13:04


Quase 570 mil contribuintes ficaram na malha fina do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) entregue neste ano, de acordo com a Receita Federal. Segundo o órgão, 56% destas 569.671 declarações estão retidas por omissão de rendimentos, de titular ou dependente. Entre os maiores problemas estão, ainda, despesas médicas (14%) e informação incorreta sobre a fonte pagadora (12%). No ano passado, 700 mil declarações foram retidas. No ano anterior, 1 milhão.

Durante o ano de 2011, 1,5 milhão de contribuintes chegaram a cair na malha, mas retificaram suas declarações ou tiveram as informações retificadas pela fonte pagadora a tempo. Por isso, conseguiram regularizar a situação ainda neste ano e receber a restituição.

Quem regularizou a situação até o final de novembro vai receber a restituição no último lote deste ano, no próximo dia 15. São 86.979 contribuintes, com o pagamento de R$ 211 milhões. O contribuinte que ficar de fora desta última lista, que será divulgada no próximo dia 8, deve entrar no site da Receita para verificar qual o problema com a sua declaração. Neste ano, 25,5 milhões de contribuintes entregaram declarações até 30 de novembro, antes ou depois do prazo oficial encerrado em abril.
 
FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 4 (parte 2)

- Observe que não é mais possível falar em taxa de variação apenas, mas em taxa de variação instantânea, pois que para cada ponto da função teremos um valor diferente. A técnica de se traçar retas tangentes a curvas foi descoberta, pela primeira vez, no século XVII, por Sir Isaac Newton e consiste no seguinte processo matemático.
Dada uma certa curva, representada por uma certa função f, estamos interessados em conhecer a taxa de variação instantânea (ou inclinação) da curva num certo ponto t, genérico.
Traçamos uma reta através deste ponto t e de um outro ponto, um pouco adiante, que chamaremos t+Dt (Dt é um pequeno acréscimo). A esta reta, que fornece a taxa de variação média, chamaremos reta secante. A taxa de variação (slew-rate) da reta secante é, pela expressão usual (1.1):






Contudo, esta não é uma boa aproximação para a taxa de variação em t, pois ela compreende uma região relativamente grande. Se diminuirmos progressivamente o acréscimo Dt, aumentaremos a precisão cada vez mais e chegaremos, no limite em que Dt se aproxima de zero, na inclinação da reta tangente, pois o ponto Dt estará infinitamente próximo de t, e assim poderemos, com segurança garantir que, [t, f(t)] e [Dt, f(Dt)] quase se tocam.

Matematicamente o processo é:



- Onde SR é a taxa de variação instantânea da curva no ponto t. A operação d[f(t)]/dt é chamada derivada de f com respeito a t.

- Aplicando o operador derivada ao sinal senoidal de teste do tipo u(t) = A sen(wt),(que nada mais é do que a representação matemática do sinal de teste da figura 2, onde A representa a amplitude, w é a freqüência angular e t o tempo), podemos encontrar todas as taxas de variação possíveis para esta função: d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w
- Não provaremos a passagem d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w, mas o processo é essencialmente o descrito em (1.3); (aos interessados lembramos que aqui foi utilizada a regra da cadeia do cálculo diferencial[1], razão pela qual surge um w fora da função).
Se d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w
podemos facilmente encontrar a maior taxa de variação possível, já que a função cosseno é periódica e tem inclinação máxima (ou mínima) em 0, p, 2p,… (ou seja, em hp c/ hÎ N), e esse valor máximo é sempre unitário (1 ou -1); assim u(t) = A sen(wt) d[u(t)]/dt = A cos(wt)w
- Como o cosseno tem valor máximo em 0, p, 2p,…, fazemos t = 0, assim o fator cos(wt) = 1, e substituindo temos: SR = d[u(t)]/dt = Aw ; em t = 0
- Como w = 2pf, a equação fica: SR (Amax, fmax) = Amax 2pfmax (1.4)
Sendo Amax a amplitude máxima do sinal de teste e fmax a maior freqüência deste sinal. Assim (1.4) representa a maior taxa de variação (slew-rate) possível para uma tensão que varia sinusoidalmente com o tempo, em função da amplitude e da freqüência.


Consideremos um trecho do gráfico. Estamos interessados em conhecer a taxa de variação em um único ponto. O gráfico não é uma reta, assim como medir a inclinação de algo que é, essencialmente, curvo?

- A técnica consiste em se traçar uma reta que toca o gráfico num único ponto, o ponto que estamos interessados. A essa reta dá-se o nome de reta tangente ao gráfico no ponto em questão. A inclinação desta reta tangente pode ser então calculada da maneira usual, fornecendo assim, a taxa de variação instantânea da curva, num dado ponto.




Observe que não é mais possível falar em taxa de variação apenas, mas em taxa de variação instantânea, pois que para cada ponto da função teremos um valor diferente. A técnica de se traçar retas tangentes a curvas foi descoberta, pela primeira vez, no século XVII, por Sir Isaac Newton e consiste no seguinte processo matemático.

Dada uma certa curva, representada por uma certa função f, estamos interessados em conhecer a taxa de variação instantânea (ou inclinação) da curva num certo ponto t, genérico.


Traçamos uma reta através deste ponto t e de um outro ponto, um pouco adiante, que chamaremos t+Dt (Dt é um pequeno acréscimo). A esta reta, que fornece a taxa de variação média, chamaremos reta secante. A taxa de variação (slew-rate) da reta secante é, pela expressão usual (1.1):


Contudo, esta não é uma boa aproximação para a taxa de variação em t, pois ela compreende uma região relativamente grande. Se diminuirmos progressivamente o acréscimo Dt, aumentaremos a precisão cada vez mais e chegaremos, no limite em que Dt se aproxima de zero, na inclinação da reta tangente, pois o ponto Dt estará infinitamente próximo de t, e assim poderemos, com segurança garantir que, [t, f(t)] e [Dt, f(Dt)] quase se tocam.



Matematicamente o processo é:


- Onde SR é a taxa de variação instantânea da curva no ponto t. A operação d[f(t)]/dt é chamada derivada de f com respeito a t.

- Aplicando o operador derivada ao sinal senoidal de teste do tipo u(t) = A sen(wt),(que nada mais é do que a representação matemática do sinal de teste da figura 2, onde A representa a amplitude, w é a freqüência angular e t o tempo), podemos encontrar todas as taxas de variação possíveis para esta função: d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w


Se d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w podemos facilmente encontrar a maior taxa de variação possível, já que a função cosseno é periódica e tem inclinação máxima (ou mínima) em 0, p, 2p,… (ou seja, em hp c/ hÎ N), e esse valor máximo é sempre unitário (1 ou -1); assim u(t) = A sen(wt) d[u(t)]/dt = A cos(wt)w
- Como o cosseno tem valor máximo em 0, p, 2p,…, fazemos t = 0, assim o fator cos(wt) = 1, e substituindo temos: SR = d[u(t)]/dt = Aw ; em t = 0
Como w = 2pf, a equação fica: SR (Amax, fmax) = Amax 2pfmax (1.4)
- Sendo Amax a amplitude máxima do sinal de teste e fmax a maior freqüência deste sinal. Assim (1.4) representa a maior taxa de variação (slew-rate) possível para uma tensão que varia sinusoidalmente com o tempo, em função da amplitude e da freqüência

- Não provaremos a passagem d[sen(wt)]/dt = cos(wt)w, mas o processo é essencialmente o descrito em (1.3); (aos interessados lembramos que aqui foi utilizada a regra da cadeia do cálculo diferencial[1], razão pela qual surge um w fora da função).