sábado, 17 de março de 2012

INTERNET SE TRANSFORMA EM ALIADA NA COMPRA DA CASA PRÓPRIA

Construtoras e imobiliárias oferecem ferramentas para facilitar escolha de imóvel; veja os riscos e conheça seus direitos


Soraia Duarte, especial para o iG | 31/08/2011 05:24


Já pensou em comprar uma casa ou apartamento pela televisão? Esse é o novo hábito que a Tecnisa, construtora e incorporadora sediada em São Paulo, espera estimular a partir de setembro, quando algumas “smart TVs” – aquelas que contam com dispositivos que permitem acessar conteúdos na web – passarão a ser vendidas com aplicativos para navegar por seu website. “Será mais um canal de relacionamento com os clientes”, resume Romeo Busarello, diretor de E-business e Relacionamento com Clientes da Tecnisa.

A novidade visa atrair o público para o site da Tecnisa, que já oferece diversos aplicativos compatíveis com tablets e smartphones e está presente nas principais redes sociais. O investimento em novas tecnologias vai ao encontro dos resultados já obtidos pela empresa. A cada 100 pessoas que compraram apartamentos da Tecnisa no ano passado, 97 chegaram ao imóvel pela web. “A internet é o principal canal de vendas e de construção da nossa marca”, afirma Busarello.

O esforço de fortalecer a presença na internet não é uma exclusividade da Tecnisa. Há dois anos, a MRV, construtora sediada em Belo Horizonte, investiu na criação de uma equipe de corretores que permanece online 24 horas por dia. “Notamos que 20% dos clientes acessavam nosso site fora do horário comercial”, justifica Rodrigo Resende, diretor de marketing da MRV. E a construtora tem apostado nesse tipo de atendimento. Afinal, 30% das vendas do ano passado – que totalizaram 36 mil imóveis – foram iniciadas com essa interação virtual. Nesse ano, Resende diz que espera elevar essa parcela para 35% das vendas.


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Já a Lopes, empresa paulista de comercialização de imóveis, tem ampliado a oferta de aplicativos. Neste mês passou a oferecer a ferramenta para iPhone, após ter lançado, em junho, a versão mobile de seu portal. No dia do lançamento do aplicativo, de acordo com Adriana Sanches, gerente de marketing da Lopes, foram contabilizados mais de 300 downloads. “Todas as iniciativas relacionadas à internet são bem recebidas pelos clientes”, acredita. “Uma empresa do mercado imobiliário não pode deixar de dar atenção a isso”, enfatiza.

Essa concorrência virtual entre as empresas, na avaliação de Luciano de Souza Godoy, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito Fundação Getulio Vargas (FGV), é bastante positiva para quem quer comprar um imóvel. “A grande vantagem da internet é o acesso à informação”, afirma. “É um benefício pesquisar preços, condições de pagamento, qualidade e localização sem despender um dia de trabalho ou o fim de semana”.


Luciano de Souza Godoy, da FGV: "a grande vantagem da internet é o acesso à informação"


Internet substituiu classificados

A opinião é compartilhada por Gerson Rolim, consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. A internet, afirma, é de grande ajuda para a pesquisa de imóveis prontos, substituindo os antigos classificados de jornais. Mas as muitas ferramentas que hoje são disponibilizadas pelos sites das construtoras são especialmente úteis para imóveis na planta. “Permitem a experimentação do imóvel sem que ele exista”, diz.

As facilidades não param aí. A expansão do crédito para os imóveis, nos últimos anos, aliada ao aumento de oferta de casas e apartamentos, refletiu-se em um processo de compra menos burocrático e mais acessível. Godoy comenta que as exigências de documentos, por parte das construtoras, são menores que tempos atrás. Para alguns empreendimentos, basta apresentar CPF, RG e certidão de casamento, quando for o caso, com o único intuito de checar o regime de comunhão. Comprovante de renda, obrigatório em qualquer compra em um passado não muito distante, nem sempre é pedido, principalmente em empreendimentos voltados à classe C.

“Muitos não têm como comprovar a renda, o que inviabilizaria a transação”, diz Godoy. Para levantar informações sobre os compradores, as construtoras acabam recorrendo a bancos de dados, como os da Serasa e do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito). “Com tanta concorrência, quem é mais burocrático, perde o negócio”.

A adesão aos sites das corretoras tem sido crescente. Porém, comenta Godoy, são poucos os que sabem que os sites das construtoras são uma espécie de pré-contrato, sob a ótica jurídica. “O site da construtora ou incorporadora é uma proposta”, explica Godoy. Por isso, ao concordar os termos, o comprador deve assinar um documento pessoalmente, saindo do contato virtual com a construtora, etapa que também é viabilizada sem maiores complicações. Muitas construtoras ou incorporadoras levam o documento até o comprador, para colher a assinatura.


Direitos dos clientes

Comprar um imóvel pela internet – ou apenas iniciar os contatos para essa negociação - envolve cuidados e direitos similares às transações do mundo real. É preciso verificar a existência, solidez ou idoneidade da construtora ou imobiliária. Essa prática, no caso de imóveis na planta, deve ser acrescida ao acompanhamento e supervisão da obra.

Já em relação aos direitos, o cliente tem assegurado o cumprimento da proposta. No caso de atraso da entrega do imóvel, o comprador tem direito a ser ressarcido com a multa que recai sobre a construtora. Mas quem compra pela internet, ainda que tenha apenas iniciado os contatos pelos portais dos imóveis, tem um direito adicional, que é o de se arrepender. Previsto no Código de Defesa do Consumidor, permite que o comprador desista da compra até sete dias corridos após a assinatura do contrato, sem ter de justificar as razões e com a segurança de ter a devolução dos valores pagos. “Comprar um imóvel em casa, pela internet, deixa o comprador em uma condição vulnerável”, justifica Godoy. “Por isso, a lei prevê que ele pode se arrepender”.

Por um lado, o comprador encontra uma burocracia mais branda na compra de imóveis. Mas as construtoras e incorporadoras também estão mais seguras, pois houve uma melhora das garantias para que retomem os imóveis dos inadimplentes. Godoy explica que, caso o comprador acumule três prestações em atraso, poderá ser cobrado e correrá o risco de ter de desocupar o imóvel em até seis meses. “Apesar das facilidades, as pessoas precisam ter consciência do nível de endividamento”, alerta. Depois de devolver o imóvel à construtora, ele será encaminhado a leilão. Nessa etapa, já será tarde para se arrepender.


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FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 16 de março de 2012

CARTÕES DE CRÉDITO CRESCEM 550% EM UMA DÉCADA E ATRAEM NOVATOS

Ex-executivo da Visa cria bandeira que promete parcelar eletrodomésticos em até 200 vezes no cartão


Danielle Brant, iG São Paulo | 15/03/2012 21:26


Poucos setores cresceram tanto no Brasil na última década quanto o segmento de cartões de crédito. Impulsionados por uma expansão inédita nos empréstimos à classe média e integração de milhões de brasileiros à sociedade de consumo, as empresas desse setor viram seu faturamento crescer mais de 550% nos últimos 10 anos. Com raras exceções, o crescimento anual nunca ficou abaixo de 20%, cinco vezes mais que a expansão média do PIB nos oito anos do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. E mesmo com todo esse vigor, a expectativa é de que o dinheiro de plástico mantenha o ritmo nos próximos anos.

Diante de um cenário tão positivo em tempos de incerteza no cada vez mais instável mundo financeiro, o setor observa não só investimentos agressivos das duas líderes do mercado – Visa e Mastercard -, mas também apostas ousadas de pequenos investidores que também querem surfar na onda dos cartões de crédito.

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O mais novo deles é o ex-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Waldemar Petty, um ex-funcionário da Visa. Com apenas R$ 5,8 milhões, Petty está criando uma bandeira para chamar de sua e concorrer com as duas gigantes do setor, que juntas, dominam 90% desse mercado.

Sua estratégia nessa briga é oferecer o que nenhum outro cartão oferece hoje: prazo. Petty quer dar o consumidor a opção de comprar uma simples geladeira com um número de prestações semelhante ao de quem compra uma casa. De acordo com o comunicado que sua empresa divulgou, será possível parcelar as compras em até 200 vezes.

O foco de Petty está na leva de mais de 30 milhões de brasileiros que ascenderam das classes D e E para a Classe C. De acordo com ele, até julho desse ano espera vender 600 mil cartões e outros 2 milhões até o segundo ano de operação.

Para oferecer essas vantagens, o ex-presidente da Abecs montou um plano agressivo. “Vamos reduzir o preço que o lojista paga para manter a maquininha. Atualmente, eles pagam até R$ 188 de aluguel. Queremos cobrar R$ 30, pois nosso objetivo não é ter receita com a máquina”, explica. Além disso, Petty quer eliminar a taxa de intercâmbio, aquela cobrada pela operadora, que é de 4,5%, em média.

Outro foco da Shopcards será a fidelização de clientes por meio de um banco de dados cujo objetivo será fazer a ponte entre lojistas e compradores. “Temos sempre que deixar esse banco atualizado. Podemos oferecer descontos para os clientes que atualizarem os dados”, conta Petty.

Fora o alongamento das parcelas, a operadora também vai disponibilizar diferentes maneiras de pagamento. “As parcelas podem variar conforme a necessidade do cliente. Se ele não puder efetuar o pagamento mínimo de 15%, podemos reduzir para 5%. Ele pode pagar duas prestações por mês, se quiser”, ressalta. “Não se faz varejo sem mercadologia. Vamos unir tecnologia, crédito e maior conhecimento do cliente”, afirma.

Para conquistar seu público-alvo, a empresa vai colocar pontos de venda dentro de shoppings ou próximo a lojistas. “Montamos um estande no shopping Center D&D, de São Paulo. Também temos pontos em shoppings em Recife e no Mato Grosso”, diz.



As gigantes se movem

A tarefa de Waldemar Petty se torna ainda mais complicada diante da mobilização da Mastercard e da Visa em busca de novas tecnologias para facilitar o dia a dia do consumidor. A Mastercard, por exemplo, investe forte na plataforma inControl,. A ferramenta permite determinar onde, quando e como os cartões são utilizados. Para descobrir isso, se baseia no valor da compra, tipo de estabelecimento, local da compra e horário.

A plataforma também alerta toda vez que é realizada uma operação com o cartão, conforme os parâmetros estabelecidos pelo cliente. A tecnologia ainda está em implantação no Brasil, mas sem previsão de lançamento.

A Visa, por sua vez, aposta na tecnologia contactless, explica Marcelo Sarralha, diretor de Produtos da Visa do Brasil. “Ele foi desenvolvido para pagamento de pequenos valores, até R$ 50. Ele pode comprar um café, por exemplo, e pagar aproximando o cartão de uma leitora compatível com a tecnologia. Não precisa usar senha”, explica. Quando o “saldo” terminar, é só o cliente fazer uma compra pelas vias normais, com a senha, que o valor será “recarregado” e ele poderá voltar a pagar com o contactless.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 15 de março de 2012

ESPECIAL => IMPOSTO DE RENDA, SOFTWARE PASSO A PASSO

Um aviso automático diz que o contribuinte poderá, a qualquer momento, comparar se vale a pena fazer a declaração completa ou simplificada. O imposto a pagar – ou restituição a receber – aparecerão no canto inferior esquerdo da tela. 


Para preencher a declaração do IR 2012, o contribuinte deve passar por todas as fichas, uma a uma, no menu do lado direito da tela do programa. Se preferir, pode selecionar as fichas no menu superior, no item “Fichas”. É possível selecionar qualquer ficha a qualquer momento, mas especialistas aconselham que o preenchimento seja feito na ordem sugerida pela Receita, para facilitar o processo.
próxima
 
FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 14 de março de 2012

CONSUMO PELA INTERNET DEVE CRESCER 25% E MOVIMENTAR R$ 23,4 BI EM 2012

Compras por meio de smartphones e tablets, que hoje são só 1%, devem crescer acentuadamente nos próximos anos


Claudia Facchini, iG São Paulo | 13/03/2012 14:14


Consumo por meio de smartphones e tablets deve crescer acentuadamente nos próximos anos

As vendas pela internet deverão movimentar R$ 23,4 bilhões em 2012, cifra 25% maior que em 2011, quando o comércio eletrônico cresceu 26% e movimentou R$ 18,7 bilhões.

As estimativas são da empresa de consultoria e-bit, do grupo Buscapé, e consideram apenas a aquisição de bens. Os números não incluem a comercialização de passagens áreas, veículos e serviços, como a venda de ingressos.

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TVs de altíssima resolução são a nova tendência

Agora, a nova fronteira do varejo online são os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, além das ferramentas de marketing comportamental, que tentam decifrar como os consumidores se comportam, avalia o diretor do e-bit, Pedro Guasti.

A consultoria ainda fará um estudo sobre o consumo por meio de aparelhos móveis. Estima-se que apenas 1% do que é vendido online seja comprado em smartphones e tablets, mas a previsão é de que esse mercado cresça de forma acelerada nos próximos anos. Isso deve fazer com que as empresas busquem novas formas para alcançar os consumidores.



Classe C e Copa do Mundo

Com a entrada de mais consumidores da classe C e a maior diversidade de produtos comprados nas lojas virtuais, o valor médio desembolsado pelos internautas por compra (tíquete médio) deve continuar caindo no País. O valor deve recuar de R$ 350 em 2011 para R$ 340 em 2012, prevê o e-bit, depois de já ter caído 6,5% no ano passado. Nos Estados Unidos, onde o comércio eletrônico é mais maduro, o tíquete é de US$ 120.

Mas em 2010, ano de Copa do Mundo, o tíquete médio no comércio eletrônico foi recorde no Brasil, alcançando R$ 373, devido à aquisição de televisores e equipamentos mais sofisticados pelos consumidores.

O número de pessoas que consomem pela internet continua apresentando forte crescimento no Brasil, totalizando 31,9 milhões em 2011. No ano passado, 9 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez em lojas online. Desde 2007, quando apenas 9,5 milhões fizeram aquisições pela internet, o número de usuários mais do que triplicou no País.



Serviços melhoraram no Natal

Muitas empresas conseguiram melhorar o serviço de entregas durante o Natal, após darem vexame em 2010, quando muitos clientes não receberam suas encomendas a tempo para as festas. O índice de atrasos por entrega caiu 17% durante a temporada de Natal em 2010 para 13% em 2011. O nível de satisfação dos clientes cresceu de 85% para 86%.



Compras coletivas

Os brasileiros gastaram no ano passado R$ 1,6 bilhão em sites de compras coletivas, como o Groupon e Peixe Urbano, de acordo com o e-bit. Mas o valor desembolsado por quem busca pechinchas na internet foi de R$ 78, bem inferior ao total gasto pelos consumidores que fazem compras nos sites tradicionais de comércio eletrônico, nos quais o valor médio gasto pelos consumidores foi de R$ 350.

O número de pessoas que fizeram compras em sites de compras coletivas aproximou-se de 10 milhões em 2011, enquanto o número de consumidores que fizeram compras em lojas online aproximou-se de 32 milhões no País. 



FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 13 de março de 2012

COMO DECLARAR IMÓVEIS NO IMPOSTO DE RENDA???


Confira dicas de como preencher o formulário do IR com a compra ou venda da propriedade, e envie suas dúvidas para nós

iG São Paulo | 13/03/2012 05:38
Comprou ou vendeu algum imóvel no ano passado? Quer saber se é possível ou não atualizar o valor do apartamento pelo preço do mercado? Tire essas e outras dúvidas aqui nesse espaço e confira dicas para declarar casas e apartamentos no Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.


Baixe aqui no iG o programa para declarar o Imposto de Renda


Envie sua pergunta para imposto_renda@ig.com.br. Consultores da IOB Folhamatic vão responder às perguntas enviadas pelos leitores. As respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito e não serão enviadas por e-mail.


Não deixe de conferir a página especial do iG sobre o IR


- Comprei um imóvel em 95 por R$ 100 mil, lancei benfeitorias nos anos de R$ 40 mil, vendi em dezembro 2011 por R$ 200 mil. Como o valor é baixo terei que pagar imposto sobre esta diferença?
Resposta: Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440 mil, do único bem imóvel que o titular possua está isenta de tributação desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel. Nesse caso, o lucro apurado na venda será informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” linha 4. Não sendo único imóvel, apure o imposto sobre o ganho de capital, mediante o preenchimento do programa GCAP/2011 e importe as informações para o Demonstrativo de Ganho de Capital da declaração de ajuste anual.


- Nas minhas declarações anteriores eu sempre declarei um imóvel no valor de R$ 40 mil que estava em meu nome, só que em novembro de 2011 eu transferi o mesmo para o nome dos meus filhos (maiores de idade). Como faço hoje para declarar a transferência do mesmo nessa declaração atual?
Resposta: Informe na ficha “Bens e Direitos”, campo “discriminação do imóvel o nome e CPF dos beneficiários da doação (seus filhos) e o valor constante do instrumento de doação. Deixe em branco o campo “Situação 31/12/2011”.
Na ficha “Pagamentos e Doações Efetuados”, informe a doação efetuada a seus filhos, com o código 81. Perante o imposto de renda a transferência pode ser efetuada pelo valor constante da declaração do doador ou a valor de mercado, sendo que neste último caso a operação fica sujeita a apuração do imposto de renda sobre o ganho de capital.


- Vendi minha casa ano passado por R$ 150 mil, mas como ainda estava financiada a própria Caixa abateu a divida, nos repassando apenas R$ 93 mil. Essa casa eu tinha comprado por R$ 73 mil. Devo declarar ganho de capital? Li no site da receita que ganho de capital é somente para imóveis acima de R$ 440 mil, está correto?
Resposta: Alienação de imóvel, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, está isenta de tributação, desde esse seja o único imóvel que o titular possua e que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel. O lucro isento será informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” linha 4.


- Como fazer para atualizar o valor de imóvel? Há 20 anos ele tem o mesmo valor na declaração, mas o preço de mercado variou muito.
Resposta: Não há previsão legal para atualização do custo de aquisição de imóvel a preço de mercado. O custo de aquisição do imóvel somente poderá ser alterado caso sejam efetuadas despesas com construção, ampliação ou reforma no referido imóvel.


- Divorciei-me ano passado e o único bem do casal foi vendido no final de 2010, tendo o dinheiro ficado sob a guarda de minha ex esposa até a divisão, em maio. Originalmente também o imóvel somente estava na declaração de minha ex esposa. Ou seja, o apartamento foi vendido em 2010, mas não consta esta entrada de dinheiro na minha declaração. Como lançar a entrada de 50% do valor do imóvel na minha declaração deste ano?
Resposta: Na sua declaração de ajuste anual 2012, ano calendário 2011, informe o valor recebido pela meação em “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, linha 10.


FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 9 de março de 2012

IR 2012: SAIBA O QUE DEDUZIR DE GASTOS COM EMPREGADA DOMÉSTICA

Veja qual o valor máximo que pode ser abatido no Imposto de Renda; tire essa e outras dúvidas nesse espaço

iG São Paulo | 09/03/2012 05:36

Contribuições à Previdência Social das empregadas domésticas podem ser deduzidas no IR
Você sabia que pode deduzir no Imposto de Renda a contribuição paga à Previdência Social referente ao empregado doméstico? Essa e outras dúvidas você pode tirar a partir de agora neste espaço, dedicado ao tema. Envie suas perguntas para o e-mail Imposto_renda@ig.com.br.

As respostas serão publicadas aqui no portal, e não serão enviadas por e-mail. E não deixe de conferir nossa página especial com todas as dúvidas sobre o Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.

Baixe aqui o programa do Imposto de Renda 2012

Veja as principais dúvidas sobre o tema:

- Cônjuge dependente do marido figura como empregadora de empregada doméstica. Como deduzir tais despesas na declaração do marido, inclusive porque ele é quem paga o salário da doméstica? É possível?

Resposta: Pode ser deduzido do imposto apurado a contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico, ainda que na declaração em conjunto. Informe em “Pagamentos e Doações Efetuadas” código 50.

- Qual o valor máximo que pode ser declarado no caso de empregada doméstica.? Qual é a base de fundamentação desse valor?

Resposta: No caso de contribuição patronal recolhida pelo empregador doméstico, o valor máximo que pode ser deduzido do imposto de renda devido é de R$ 866,60.

- Em 2011 deixei de recolher o INSS de alguns meses da Empregada Doméstica. Se eu pagar esse ano eu ainda posso incluir como sendo despesa de 2011?

Resposta: Na hipótese de recolhimentos das contribuições em atraso, se os pagamentos ocorrerem em exercícios seguintes às das respectivas competências, as contribuições pagas não podem ser aproveitadas para fins de incentivo do imposto sobre a renda.

- Quem paga um salário mínimo para empregada doméstica pode deduzir no imposto de renda?

Resposta: O que pode ser deduzido do imposto devido é a parcela paga pelo empregador relativo à contribuição patronal recolhida no ano-calendário a que se referir à declaração, até o valor máximo de R$ 866,60.

- Tenho e pago a previdência social de dois empregados domésticos. Desejo saber se posso abater, de que maneira e até quanto, se for o caso, desconto no IR pessoa física.

Resposta: A dedução do imposto relativo à contribuição patronal de empregada domestica está limitada a um empregado por declaração, até o valor de R$ 866,60.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 7 de março de 2012

PRODUÇÃO INDUSTRIAL ABRE 2012 EM BAIXA

Produção industrial cai 2,1% em janeiro

Queda foi de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado; resultados ficam abaixo do esperado por economistas

iG São Paulo | 07/03/2012 09:07 - Atualizada às 09:55
Foto: AE
Baque na indústria automotiva: atividade 30,7% menor em janeiro por férias coletivas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou hoje que a produção industrial brasileira teve uma queda de 2,1% em relação a dezembro e de 3,4% em relação a janeiro de 2011.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, além do número atual (-3,4%) ser o quinto resultado negativo consecutivo, o ano começa com o pior resultado desde setembro de 2009 (-7,6%). 
Já a baixa de 2,1% em relação a dezembro, na série livre de influências sazonais, vem logo após taxas ligeiramente positivas em novembro (0,1%) e em dezembro (0,5%).
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, em trajetória descendente desde outubro de 2010 (11,8%), assinalou em janeiro de 2012 (-0,2%) o primeiro resultado negativo desde março de 2010 (-0,3%).
Ainda na série com ajuste sazonal, na evolução do índice de média móvel trimestral, o total da indústria mostrou queda de 0,5% em janeiro de 2012 frente ao patamar de dezembro de 2011 e permaneceu com o comportamento predominantemente negativo observado desde maio de 2011.
 
Dados piores que previsões

A queda do ritmo de produção no País surpreende, dizem os economistas do Banco Fator e da Gradual Investimentos. "Os dados da Produção Industrial no Brasil foram decepcionantes," comenta André Perfeito, economista chefe da Gradual.
A expectativa de economistas consultados pela agência Reuters e pela Bloomberg era de uma queda de 0,80% em janeiro sobre dezembro, segundo a mediana das projeções.
Para a comparação com janeiro do ano passado, a previsão era de queda de 1,5% para os especialistas consultados pela Reuters e de 1,4% para o consenso do mercado formulado pela Bloomberg.


Motivos para a queda

Segundo o IBGE, o declínio de 2,1% da atividade industrial na passagem de dezembro de 2011 para janeiro de 2012 pode ser explicada em grande parte pelo recuo na produção de 14 dos 27 ramos investigados, com destaque para o impacto negativo vindo de veículos automotores (-30,7%), pressionado principalmente pela concessão de férias coletivas que atingiu várias empresas do setor.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (-8,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-26,3%), que devolveu parte do crescimento de 28,0% assinalado em dezembro último, bebidas (-7,7%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-12,2%), produtos de metal (-6,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,1%).

FONTE: IG ECONOMIA