sábado, 7 de abril de 2012

Banco público corta juros, mas tem cliente de mais risco

Dados do BC mostram que BB e Caixa têm operações para pessoas físicas com classificação de risco pior que nos concorrentes privados


AE | 07/04/2012 09:11



Nem bem a corrida pelo aumento do crédito e redução dos juros começou e os bancos públicos já estão em desvantagem. Pelo menos quanto à classificação dos empréstimos concedidos aos clientes. Dados do Banco Central mostram que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm operações para pessoas físicas com classificação de risco pior que nos concorrentes privados.

Quando um financiamento é realizado, bancos avaliam a transação e atribuem uma nota individual. É parecido com o que as agências de classificação de risco fazem com os países. Pelos critérios do Banco Central, as avaliações vão de "AA" até "H", a pior entre as nove possíveis.


Leia: Banco do Brasil coloca mais R$ 43 bi em linhas de crédito


Nas duas primeiras notas - "AA" e "A" - estão as melhores operações e que têm o menor risco de calote. A partir de "B", ficam os financiamentos com atraso de 15 dias no pagamento ou risco equivalente. No "H" estão os clientes que não pagam há mais de seis meses.

Por esse critério, bancos particulares têm boa parte dos clientes na melhor faixa, entre o "AA" e "A": 75,9% dos empréstimos para pessoas físicas recebem essa classificação. Nos públicos, a situação é oposta: a maioria está no grupo entre "B" e "H", faixa que concentra 55% dos financiamentos. Portanto, a fatia dos melhores clientes fica com 45% das operações.


Mais: Caixa lançará pacote de redução de juros do crédito

O BB e a Caixa vão reduzir a partir desta semana os juros de várias linhas de crédito. O objetivo é tirar parte da clientela dos bancos privados. Além disso, o governo acredita que o movimento pode incentivar a concorrência e provocar a redução dos juros em todo o mercado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Conheça os 12 solteirões bilionários mais cobiçados

Brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, é destaque em ranking mundial de bilionários solteiros

iG São Paulo | 06/04/2012 05:40


O site da revista americana Forbes divulgou uma lista com os 12 bilionários solteiros mais cobiçados do mundo.

Entre os membros desse seleto grupo a publicação destaca o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, que atualmente vive em Cingapura.




Fonte: IG ECONOMIA

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Alugar ou financiar? Veja o que é melhor para o seu caso

Moradores e especialistas dão dicas e avaliam as melhores opções para realizar o sonho da casa própria

Olivia Alonso e Danielle Brant, iG São Paulo | 05/04/2012 05:30

Comprar a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Mas nem todos têm condições financeiras de iniciar o financiamento do imóvel, ou a estabilidade necessária para dar esse passo tão importante. Por isso, o aluguel pode surgir como a opção mais vantajosa em alguns casos, como no de jovens em início de carreira ou casais que não precisem de um apartamento tão amplo, afirmam especialistas.
Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Rafael decidiu morar de aluguel e investir parte da renda para comprar a casa própria

O analista de sistemas Rafael Oliveira, de 28 anos, se encaixa em uma dessas situações. Morador do Rio de Janeiro, ele conta que optou pelo aluguel porque queria ficar mais próximo do local onde trabalha, no Centro da cidade. “Como não dispunha de capital suficiente para adquirir um imóvel na região desejada, achei mais interessante recorrer ao aluguel do que a um financiamento imobiliário”, afirma o jovem, que mora no Flamengo.




Para ele, longe de jogar dinheiro fora, o aluguel é a melhor forma de economizar para comprar um imóvel próprio no futuro. “Dizem que, ao final do financiamento, pelo menos teremos uma casa em nosso nome. Mas o que as pessoas ignoram é o fato de que, com os exorbitantes juros brasileiros, ao final de um financiamento de 30 anos teremos jogado mais dinheiro fora com o pagamento de juros do que com o pagamento de aluguel durante o mesmo período”, afirma.
Todos os meses, Oliveira investe 10% da renda para adquirir o imóvel. Pelas suas contas, ele deve conseguir comprar a casa própria, à vista, dentro de cinco anos. Mas o jovem admite que é difícil ter a disciplina necessária para aplicar parte do salário. “Nem sempre é fácil abrir mão de outros sonhos de consumo em troca de um objetivo que só será alcançado após alguns anos de economia”, diz.




Para o professor Jurandir Macedo, do Instituto de Educação Financeira, a escolha do analista de sistemas, de combinar o pagamento do aluguel ao investimento de parte da renda, foi acertada. “Comprar imóvel representa um risco. Os preços subiram muito, e os imóveis sofrem muita depreciação. Quanto mais caro o imóvel, maior o custo do dinheiro e menos vantajoso é comprar, pois o aluguel é mais barato”, explica.

 

Aluguel e financiamento

Outra opção é a combinação do pagamento do aluguel e das parcelas do financiamento do novo imóvel. Essa é a situação da bancária e analista de projetos Karina Mendes Barbosa, de 21 anos. Ela e o marido decidiram morar de aluguel em um bairro de Santo André (SP) enquanto não encontravam o imóvel de seus sonhos. “Esse ano encontramos a casa que queríamos, na Vila Prudente (bairro de São Paulo). Porém, ela está terminando de ser construída. Então, até ficar pronta, continuamos com o aluguel”, explica.




A situação é parecida com a de Oliveira. A diferença é que ele investe uma parte dos ganhos para comprar o imóvel à vista no futuro (ou reduzir a parcela a ser financiada). Karina, por sua vez, se comprometeu com a dívida do financiamento. Para adequar o orçamento aos dois pagamentos, ela e o marido pararam de viajar e reduziram a ida para bares, mas sem cortar totalmente o lazer. “É importante você ter uma vida ‘social’, pois senão acaba tendo a sensação de que você é ‘escravo’ do seu trabalho e de suas dívidas”, afirma.



Financiamento

Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Depois de morar de aluguel, Thiago decidiu juntar dinheiro e comprar seu apartamento


Mas, para algumas pessoas, o sonho de se mudar logo para a casa própria é forte demais para ser ignorado. Apesar de imóveis prontos para morar, em geral, serem mais caros do que os vendidos na planta – como é o caso de Karina – essa opção tem a vantagem de eliminar o pagamento do aluguel. O securitário Thiago Guedes Rocha, de 30 anos, é um exemplo desta situação.
Funcionário do Bradesco, ele foi transferido do Rio de Janeiro para Manaus. No início, pagava um aluguel de R$ 1 mil por um apartamento de dois quartos em um bairro valorizado. No entanto, na renovação o valor subiu um pouco, e ele e a esposa decidiram financiar a casa própria.




Depois de pesar as duas possibilidades, Rocha decidiu comprar o apartamento. “Hoje pago a mesma coisa que pagava no aluguel”, diz o securitário, que só precisou dar 20% de entrada no apartamento de R$ 170 mil.
Antes de tomar a decisão, ele chegou a cogitar comprar um apartamento no Rio de Janeiro, alugar e aplicar o dinheiro. No entanto, preferiu adquirir casa própria. “É o sonho de todo brasileiro. Pelo menos estou pagando por uma coisa que é nossa”, afirma. O securitário decidiu parcelar a compra em 30 anos, mas calcula que em seis já conseguirá quitá-lo.

 

A decisão

Antes de decidir pelo financiamento ou pelo aluguel (que pode ser casado ao financiamento do imóvel na planta ou acompanhado do investimento de uma parte da renda), o ideal é que os compradores pensem em seu plano de vida, afirmam especialistas.
A família deve avaliar bem qual seu principal objetivo e quais esforços pretende fazer para alcança-lo, diz Ricardo Almeida, professor de finanças do Ínsper. “Cada caso é um caso, e antes de fazer uma escolha entre financiamento ou investimentos, é preciso avaliar alguns aspectos.”




Entre os principais aspectos a serem discutidos em família, a professora Ana Castelo, coordenadora dos estudos de construção civil na PUC-SP, destaca as condições do aluguel. Se o contrato for antigo, e a renovação for interessante, pode ser vantagem continuar morando como inquilino mais um tempo, afirma. Durante esse período, o valor poupado ajuda a reduzir a parcela a ser financiada posteriormente.
Ao mesmo tempo, é preciso também avaliar a perspectiva de aumento do valor do aluguel, diz Almeida. Quem pretende seguir o exemplo de Oliveira, que mora de aluguel e investe uma parte da renda, precisa estar atento a isso, destaca do professor. “Se o imóvel valorizar muito, fica mais difícil para o inquilino conseguir manter o aluguel no mesmo valor,” diz.




Para o especialista do Ínsper, caso a família goste muito do novo apartamento, pode ser melhor entrar no financiamento. Ele afirma que a taxa de financiamento imobiliária brasileira, de cerca de 10% mais a taxa referencial (TR) ao ano, não é alta para a pessoa física. “É um juro bom e o comprador terá um ativo que pode se valorizar muito nos próximos anos”, afirma.
Para conseguir se dar bem com a estratégia de combinar o aluguel com o investimento é preciso conhecer muito bem o mercado financeiro para saber como funcionam as aplicações e conseguir boas condições, diz o professor. Para negociar uma boa taxa com produtos bancários, por exemplo, muitas vezes é preciso já ter muito dinheiro.
“Quem optou por investir o dinheiro nos últimos cinco anos, desde 2006, ao invés de fazer o financiamento, se deu mal,” afirma. De lá para cá, os imóveis encareceram bastante em diversas regiões do país e poucos investimentos acessíveis à população de renda mais baixa superaram essa valorização.




Pior ainda do que a desvantagem financeira, diz Almeida, é a sensação de frustração de juntar dinheiro por anos e não conseguir chegar ao valor do apartamento desejado. “Muitas vezes a frustração é enorme, a perda é terrível e a tensão para guardar o dinheiro é enorme.”
Outro aspecto a ser avaliado pelo comprador do imóvel são as perspectivas para os preços. Na opinião de Almeida, não é possível prever que os preços dos imóveis não vão continuar subindo no Brasil. “Os investimentos no Brasil vão continuar crescendo e a classe C vai continuar pressionando os preços dos imóveis para cima,” diz.
Ana Castelo também não acredita na queda dos preços no mercado imobiliário brasileiro.” A demanda das famílias está sendo sustentada pelo crédito e pelo crescimento da renda. Não há a perspectiva no curto prazo de isso mudar,” diz.




Ainda assim, quem preferir continuar no imóvel alugado, enquanto aplica uma parte da renda, pode investir em títulos públicos, poupança, fundos de DI, CDB ou até mesmo ações, para o caso de um investidor com gosto maior pelo risco, sugere Jurandir.

 

 

Fazendo as contas

Uma conta que pode ajudar a tomar a decisão entre o aluguel e a casa própria é a projeção de quanto dinheiro é possível acumular pagando o aluguel e, ao mesmo tempo, aplicando uma parte da renda. O professor de finanças da FGV, Samy Dana, avalia um exemplo:
Uma pessoa paga R$ 1.500 de aluguel e pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil, mas tem apenas R$ 180 mil. Ela tem duas opções:
1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões.
2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu.
"Caso este imóvel valorize para mais de R$ 2 milhões, a segunda opção foi um melhor negócio. Do contrário, a primeira opção teria sido mais vantajosa," diz Dana. Na opinião dele, a primeira opção provavelmente é melhor, pois ele acredita que um imóvel de 30 anos de uso tende a depreciar.
Para fazer as contas, ele levou em conta o rendimento líquido da aplicação do dinheiro e a taxa de financiamento imobiliário.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Medidas de estímulo à indústria 'ajudam', mas não atacam 'raiz do problema'

Para economistas, o benefício deveria ser mais amplo, abrangendo também outros setores

BBC Brasil | 03/04/2012 16:14

As novas medidas do plano de estímulo à economia, anunciadas pelo governo nesta terça-feira, ajudam, mas não resolvem os problemas de competitividade da indústria brasileira. A opinião é a dos economistas ouvidos pela BBC Brasil.

Entre as principais medidas divulgadas pelo governo, está a desoneração da folha de pagamento com o fim da contribuição patronal de 20% para 15 setores industriais, que será substituída por uma nova taxa de 1% a 2,5% sobre o faturamento das empresas.


Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Ampliar
Nesta terça-feira, o Ministro Mantega anunciou as novas medidas de incentivo à indústria, parte do plano Brasil Maior
"As medidas vêm em boa hora, mas ainda falta muito por fazer", diz Samy Dana, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo."O Brasil ainda tem uma elevada carga tributária (em torno de 36% do PIB), além de gravíssimos gargalos logísticos, como uma infra-estrutura deficiente, o que diminui a competitividade da nossa indústria", afirma.

Os setores beneficiados foram o têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, auto-peças, ônibus, setor naval, setor aéreo, bens de capital mecânicos, hotéis, tecnologia da informação, call centers e design house.

Para os economistas, entretanto, o benefício deveria ser mais amplo, abrangendo também outros setores. "O Brasil tem um mau hábito de eleger campeões em determinados setores. Isso não é bom, pois cria um ambiente de competitividade artificial", argumenta Ari Francisco de Araújo Júnior, professor de economia do Ibmec/MG.

Dos 15 setores afetados pela medida, quatro (confecções, couro e calçados,tecnologia da informação e call center) já pagam contribuição previdenciária de 1,5% ou 2,5% sobre o faturamento desde o início do ano. Com esse alívio na folha de pagamento, a renúncia fiscal será de 7,72 bilhões reais por ano, sendo 4,9 bilhões somente em 2012, já que as medidas só entram em vigor em julho.


 

Objetivo



A estratégia do governo é reverter a desaceleração da atividade industrial, que, embora tenha aumentado 1,3% em fevereiro na comparação com janeiro desse ano, ainda acumula queda de 3,4% nos dois primeiros meses desse ano em relação ao primeiro bimestre de 2011, segundo dados divulgados também nesta terça-feira pelo IBGE.

No acumulado dos últimos doze meses - de março de 2011 a fevereiro de 2012, a produção já acumula recuo de 1%. Na comparação com fevereiro de 2011, no entanto, a indústria registrou queda de 3,9%, a sexta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação, com o mesmo período do ano anterior.

 

Riscos


Desde que lançou o plano Brasil Maior, em agosto do ano passado, o governo brasileiro vem tomando várias medidas para estimular a economia, focadas, principalmente, em impedir o desaquecimento da indústria.

Para isso, tem atacado em duas frentes: de um lado, tenta conter a valorização do real, taxando a entrada de recursos financeiros de curto prazo e, mais recentemente, operações de derivativos cambiais, a partir do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); por outro, tenta frear as importações, através da revisão do acordo automotivo com o México ou da elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.

O problema, segundo os especialistas, é que essas investidas do governo, sob a alegação de proteger o mercado interno, acabam tendo um "viés protecionista".Assim, em um cenário de demanda em alta com menos oferta de produtos disponível, os preços tendem a subir, impactando a inflação, que, no ano passado, registrou alta de 6,5%, o teto da meta estabelecida pelo governo.

Leia também: Mantega diz que serão tomadas novas medidas para conter 'tsunami cambial'
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 3 de abril de 2012

SAIBA POR QUE OS CURSOS PROFISSIONALIZANTES TEM BAIXA ADESÃO

Estudo da FGV aponta que problema não é a falta de cursos, mas a baixa adesão devido ao desinteresse da população pelos programas

Mayara Teixeira, iG São Paulo | 03/04/2012 05:40

Pode parecer surpreendente, mas 69% dos brasileiros com mais de 10 anos e sem educação profissional não quer incrementar o currículo. A falta de interesse é o motivo número um para a evasão escolar. Especialistas no tema apontam que falta atratividade e não oferta de cursos. Mas será que isso significa que o brasileiro não quer estudar?

Segundo Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas e coordenador da pesquisa que revelou esse índice (As Razões da Educação Profissional: Olhar da Demanda), “os brasileiros estão interessados”. Sua pesquisa aponta para uma coincidência entre três cenários: crescimento da nova classe média, aumento de trabalhadores com carteira assinada e maior número de alunos no ensino profissionalizante. Ou seja, as pessoas estão trabalhando e estudando ao mesmo tempo. “O brasileiro está passando por uma transformação”, afirma Neri.

Foto: Mayara TeixeiraAmpliar
Mariana Cosmo: "Na minha cabeça se eu batalhasse bastante, não ia precisar de curso ou faculdade"


A vendedora, Mariana Cosmo, 22 anos, trabalha em uma loja de roupas infantis no Brás e é prova dessa mudança. “Muitas pessoas saem da escola e vão direto para um curso técnico, ou para uma faculdade... eu não fiz nada disso. Pulei tudo para trabalhar.” Ela completou o ensino médio, mas a escola não conseguiu manter seu interesse. Mariana já trabalhava desde os 11 anos e “o dinheiro falou mais alto”. Agora, ela pensa em fazer um curso profissionalizante.
Para Neri, é preciso ganhar o coração de jovens como Mariana. “Cerca de 6 milhões de pessoas fazem nível superior técnico, mas e os que não aderiram? É aí que temos que atacar”. Entre os desafios estão a falta de renda, a ausência de cursos em algumas localidades, a qualidade do ensino brasileiro, mas principalmente, a baixa adesão e a evasão escolar.


Além disso, “o curso profissionalizante ainda é visto como alternativo, de segunda categoria”, afirma o professor. Talvez estes empecilhos expliquem porque 69% daqueles sem educação profissional não têm interesse nos cursos oferecidos. “É preciso educar sobre o valor da educação”, completa.
“Eu consigo ganhar mais se não estou estudando. Eu ganho mais de R$ 1 mil por mês quando a loja está movimentada”, conta Mariana. O que a maioria dos jovens não sabe é que o retorno da educação profissional é bastante alto. Quem concluiu um curso profissionalizante chega a ganhar 14% mais do que outros trabalhadores sem essa formação, são cerca de 4 anos de melhoria salarial.
Mariana descobriu isso quando entrou no mercado de trabalho. “Eu senti que precisava fazer alguma coisa. Antes, eu só queria trabalhar. Na minha cabeça se eu batalhasse bastante não ia precisar de curso ou faculdade. Mas, na hora que entrei no mercado, percebi que sem um curso você não é nada”, diz. “Eu vi que no ensino técnico você já sai encaminhado para alguma coisa. Muitas empresas ficam de olho, e já dá para começar com um bom salário”, completa.


Para Neri, o mercado está dizendo que falta gente especializada, e os jovens não sabem disso. “Cerca de 70% dos que concluíram seus cursos trabalham na área de formação. Se não atuam na área do curso escolhido é porque surgiu outra oportunidade”, diz. Além disso, o professor explica que apenas 8% das pessoas que aderem a um curso desistem no meio do caminho. “Esse número é relativamente pequeno. É por isso que para a formulação de políticas públicas, é preciso debruçar-se sobre a questão das adesões.”

 FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nota Fiscal Paulista libera valor recorde de R$ 921,7 milhões em créditos

Usuários podem optar por transferir o dinheiro para conta corrente ou poupança ou reservar créditos para abater IPVA

iG São Paulo | 02/04/2012 07:47

A Nota Fiscal Paulista, programa para estimular os consumidores de São Paulo a exigirem a nota fiscal, libera nesta segunda-feira o valor recorde de R$ 921,7 milhões em créditos das compras feitas no segundo semestre de 2011. A quantia supera em 21% os R$ 762,9 milhões do lote de outubro do ano passado.

Consulta: Clique para acessar o site da Nota Fiscal Paulista (link externo)

Os valores ficam à disposição dos consumidores por cinco anos e podem ser utilizados a qualquer momento dentro desse período. Os usuários podem optar por transferir o dinheiro para conta corrente ou poupança de sua titularidade ou reservar os créditos para abater do IPVA (opção disponível no sistema apenas no mês de outubro).

Imposto de Renda: Ganhos com nota fiscal paulista devem ser declarados

Entidades de assistência social e da área da saúde, sem fins lucrativos e os condomínios residenciais cadastrados no programa terão à disposição R$ 41,5 milhões em créditos, valor 39% maior que os R$ 29,9 milhões da última liberação, em outubro do ano passado. O programa mantém atualmente 3.870 instituições cadastradas e aptas a receber créditos e participar dos sorteios utilizando notas fiscais sem CPF ou CNPJ doadas diretamente pelos consumidores ou referentes às compras próprias da instituição.

O governo do Estado orienta os consumidores que decidirem transferir os créditos nesta semana que não há necessidade de efetuar a operação nos primeiros dias após a liberação. De acordo com as regras do sistema, todas as solicitações de resgate efetuadas no decorrer da semana sempre são creditadas na conta bancária ou de poupança dos solicitantes na semana seguinte. Portanto, o usuário poderá fazer seu pedido de resgate com tranquilidade.

Entenda: Saiba como participar da Nota Fiscal Paulista

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 1 de abril de 2012

Dívida das famílias pode frear crescimento do PIB em 2012

Inadimplência do conjunto dos empréstimos à pessoa física subiu de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,6% em fevereiro

AE | 01/04/2012 10:35

O aumento da inadimplência e da proporção da renda das famílias comprometida com o pagamento de juros e amortizações deve limitar a expansão do crédito em 2012. Para alguns analistas, esse pode ser um freio no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, assim como os problemas da indústria e o aumento das importações.




Em fevereiro, o crédito à pessoa física cresceu 0,7%, para R$ 958,9 bilhões - a segunda menor expansão mensal desde o início de 2005. Já o crédito total, incluindo empresas, caiu 0,13% em janeiro, a primeira queda desde pelo menos 2005, e cresceu apenas 0,4% em fevereiro, para R$ 2,034 trilhões.

Em janeiro e fevereiro, o crédito total cresceu num ritmo semelhante ao de 2009, ano de menor expansão recente (15%), em plena crise global. "A desaceleração é geral, e abrange o crédito direcionado e para pessoas jurídicas e físicas", diz Carlos Kawall, economista-chefe do Banco J. Safra.
Foto: AE/Sérgio CastroAmpliar
Crédito para a aquisição de veículos tem sido o segmento mais afetado

Em termos de novas concessões de crédito (indicador que exclui a acumulação de juros) para pessoas físicas, o crescimento em fevereiro, de 15,5% ante o mesmo mês do ano anterior, é o mais lento em cinco anos. Em 2008, antes da crise global, esse indicador chegou a crescer 34%.

Um setor em que a freada no crescimento do crédito foi particularmente intensa é o de aquisição de veículos, que foi visado pelo governo nas medidas macroprudenciais do fim de 2010 - quando o objetivo era esfriar o consumo por causa das pressões inflacionárias.

Com um saldo de R$ 176,5 bilhões, o crédito para compra de veículos representa um terço dos empréstimos à pessoa física (excluindo cooperativas e leasing). Para o crescimento do PIB, é um segmento estratégico, dado o impacto do setor automobilístico e de suas cadeias produtivas na economia.

 

Recorde


Com as medidas macroprudenciais, a média diária de concessões de crédito para a aquisição de veículos despencou de R$ 541 milhões em novembro de 2010 para R$ 382 milhões em janeiro de 2011. A partir daí, a média oscilou, mas em fevereiro de 2012 caiu para R$ 380,8 milhões, abaixo do nível subsequente às medidas macroprudenciais.

"O movimento das concessões casa muito bem com o da venda de veículos, porque 60% é com crédito", comenta Kawall. Ele nota que o BC relaxou um pouco, em meados do segundo semestre de 2011, o aperto introduzido no fim de 2010.

No crédito para a aquisição de veículos, a taxa de inadimplência de 5,4% em fevereiro é recorde dos últimos anos, superando o máximo atingido durante o auge da crise global, de 5,5% em junho de 2009. A inadimplência nessa carteira cresceu em todos os meses desde dezembro de 2010, quando estava em 2,5%.

A inadimplência do conjunto dos empréstimos à pessoa física subiu de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,6% em fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA