quinta-feira, 19 de abril de 2012

Itaú e Bradesco cortam juros para empresas e pessoas físicas

Bancos tomaram a decisão após BB, Caixa, Santander e HSBC terem reduzido suas taxas e ampliado limites de crédito

iG São Paulo |

O Itaú Unibanco e o Bradesco anunciaram nesta quarta-feira a redução da taxa de juros no crédito para pessoas físicas e empresas. Com a decisão, os bancos seguiram o movimento dos públicos Caixa Econômica e Banco do Brasil e dos privados Santander e HSBC, que já haviam cortado os juros. As reduções fazem parte da estratégia do governo para baixar o spread (a diferença entre o custo que o banco capta recursos e a que ele empresta ao cliente).

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega aumentou o tom e disse que os bancos privados têm espaço para reduzir os spreads. Em seguida, o HSBC cortou juros e ontem o Santander anunciou taxas menores para pequenas empresas. O Itaú foi o último a anunciar os cortes.




De acordo com o banco, os correntistas terão o benefício de redução de taxas para financiamento de veículos e no crédito consignado INSS, para as novas operações contratadas nas agências do Itaú. Os novos juros começam a vigorar na próxima segunda-feira.

No caso do financiamento de veículos, a taxa mínima sofrerá redução de 8%, até 0,99% ao mês. O corte só valerá para clientes com contas no banco há mais de um ano, em operações com 50% de entrada e parcelamento em até 24 meses. Nos consignados para beneficiários do INSS, o Itaú reduziu a taxa mínima para 0,89%, e a máxima, para 2,20% ao mês. Clientes que recebem seus salários no banco terão redução na taxa mínima do cheque especial, que passará a 1,95% ao mês, enquanto que no cartão de crédito os juros mínimos serão de 3,85% ao mês.


O Itaú também reduziu os juros nas linhas de crédito para micro e pequenas empresas. No cheque especial, a taxa mínima será de 1,95% ao mês. Já no capital de giro o banco oferecerá juros a partir de 1,14% ao mês, em desconto de duplicatas e cheques, a partir de 1,29% ao mês.



Bradesco

Mais cedo, o Bradesco já havia anunciado a redução de juros no crédito para pessoas físicas e empresas e a ampliação dos limites de crédito em R$ 21 bilhões para os dois segmentos e bancos de montadoras.

Para os clientes pessoa física do Bradesco haverá redução de taxas nas linhas de financiamento de veículos, crédito pessoal, consignado e aquisição de bens. A taxa do crédito pessoal, por exemplo, cai de 2,66% para a partir de 1,97% ao mês. No financiamento de veículos, a taxa que era de 1,35% passou a ser a partir de 0,97% ao mês.


"Em consonância com os objetivos de estímulo ao crescimento econômico, o Bradesco anuncia hoje redução nas taxas de juros de diferentes modalidades de crédito", destaca o comunicado à imprensa.
O Bradesco ampliou o limite de crédito em mais R$ 15 bilhões, sendo R$ 9 bilhões para pessoas físicas e R$ 5 bilhões para pessoas jurídicas.


Também:


Para os bancos de montadoras, o Bradesco informou que vai disponibilizar mais R$ 6 bilhões de limite de crédito. "A medida visa a incrementar a produção e comercialização de automóveis, um setor de grande importância na cadeia de produção do País", destaca o comunicado do banco.
Nas micros e pequenas empresas, o Bradesco criou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para capital de giro e CDC (crédito direto ao consumidor) para aquisição de máquinas e equipamentos. A taxa para essa linha será de 2,90% ao mês, comparada à anterior de 5,56%, segundo o comunicado do banco.
(com AE)

fonte: IG ECONOMIA

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Caixa pode elevar juros caso Selic volte a subir em 2013

Vice-presidente de crédito do banco estatal, Fábio Lenza, diz ao iG que spread será ajustado para cima se BC aumentar taxa básica

Nivaldo Souza, iG Brasília |
Foto: AE
Juros menor agora deve fazer Caixa manter lucro de R$ 5,2 bilhões em 2012, mesmo valor alcançado em 2011
A redução de spread (diferença entre os juros pagos para captar recursos e o cobrado sobre empréstimos) anunciado há pouco mais de uma semana pela Caixa Econômica Federal pode ser revista caso a tendência de corte na taxa básica de juros (Selic) seja alterada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “Se tiver um movimento na taxa básica de juros muito forte, teremos de rever [a redução de spread], porque o custo de captação aumenta”, afirma em entrevista ao iG Economia o vice-presidente de crédito da CEF, Fábio Lenza.

Segundo o executivo, o banco estatal manterá as taxas atuais tanto para empresas quanto para os consumidores até o final deste ano. “Permanecendo o cenário atual da curva de juros [Selic em queda], essas taxas vieram para ficar”, afirma Lenza. “Lógico que se tiver algum movimento de aumento de custo de captação no futuro [elas podem ser revista]”, pondera.


O vice-presidente da CEF garante que o repasse de R$ 371 bilhões projetados em financiamentos para este ano se manterá inalterado até dezembro. Junto com o corte nos juros, a Caixa reforçou suas linhas de crédito em R$ 71 bilhões para 2012. O acréscimo foi resultado de transações de captação junto a outros bancos por meio da emissão de Certificados de Depósito Interbancário (CDI) - tipo de papel em que uma instituição financeira com dinheiro sobrando empresta para outra a juros pré e pós-fixados.

A Caixa assegura que mesmo se a Selic avançar dos 9,75% atuais para um patamar maior no segundo semestre para controlar uma possível escalada da inflação, os juros mais baixos se manterão como parte da investida do Planalto para forçar as instituições financeiras privadas a reduzirem o spread. “A disposição de trabalhar com spread menor será mantida, em qualquer cenário de Selic maior [no curto prazo]”, diz Lenza.


 

Margem de lucro estável


Com os juros representando cerca de 30% do lucro dos bancos no Brasil, conforme dados do BC, o corte no spread deve se refletir no resultado financeiro da Caixa. O banco já trabalha com um cenário de lucro estável, mantendo os R$ 5,2 bilhões registrados em 2011. “Nossa programação é manter o resultado do ano passado, mas vamos compensar [a estabilidade] com redução de custos e maior relacionamento com a base atual de clientes”, afirma o executivo.

A estratégia é uma apostar no longo prazo, a partir de crescimentos sucessivos nos lucros com o aumento da base de clientes dispostos a migrar suas contas para a Caixa. A portabilidade é o pano de fundo da ação sobre o spread, especialmente atração de contas salários tanto de funcionários públicos quanto privados.

A Caixa opera hoje 1,7 milhão de contas salários de servidores estatais e 300 mil de trabalhadores da iniciativa privada. A meta é adicionar mais 2 milhões de contas em 2012. “Todo mercado que ganhamos esse ano vai fazer a Caixa iniciar 2013 em outro patamar”, confia Lenza.

Não à toa, a instituição estatal reduziu as taxas cobradas sobre a aplicações desses clientes em fundos de investimentos operados por ela como parte do pacote de atração de correntistas - além da redução de juros sobre cheque escial e cartão de crédito. Investidores na faixa dos R$ 20 mil passam a pagar alíquota de 0,7% ao mês. Já para quem decidir aplicar R$ 1 mil pagará 1% de taxa de administração.


Lenza classifica a estratégia como a antecipação de movimento inevitável no setor bancário brasileiro público e privado para praticar juros menores nos empréstimos concedidos. “Estamos fazendo um reposicionamento, uma mudança de paradigma, antecipando um movimento. Queremos com isso ganhar mercado de forma consistente”, diz.

Caso a estratégia se confirme, a Caixa espera subir no ranking do bancos brasileiros com maior quantidade de ativos registrado em balanço. “Temos a meta de crescer nos próximos anos para ser o terceiro banco em ativos no país”, confia o vice-presidente de crédito.

fonte: IG ECONOMIA

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Consumidor dá carro de graça para se livrar de dívida

Com dificuldade para pagar parcelas dos veículos, consumidor repassa automóvel com preço muito menor que o de compra

AE | 15/04/2012 09:44


Foto: AE/Sérgio CastroAmpliar
Consumidora observa automóvel modelo Punto a venda na concessionária Fiat Amazonas, na capital paulista



A inadimplência recorde e o aperto dos bancos no crédito têm causado algo além de concessionárias vazias. Muitos consumidores que, com o incentivo do governo, compraram carro financiado nos últimos anos, chegam a um verdadeiro limbo quando têm dificuldade em pagar as parcelas. Tentam vender o veículo, mas, como o carro deprecia rápido e há grande oferta, o valor conseguido na venda não é suficiente para quitar a dívida.

Para resolver o problema, muitos consumidores têm tentado uma solução caseira: repassar o automóvel e a dívida a outra pessoa. Às vezes, no desespero, até de graça.


Em janeiro, o paulistano Felipe Di Luccio percebeu que as contas não fechavam. A faculdade, a parcela do apartamento recém-comprado e o financiamento do carro consumiam boa parte do salário.
Para sair do vermelho, decidiu vender o Celta comprado sete meses antes em 60 parcelas. "Mas não dava. Receberia R$ 20 mil, insuficiente para quitar a dívida de R$ 23,5 mil no banco. Então, decidi repassar a dívida."


O plano do estudante de arquitetura era simples. Como a venda do carro não bastava para liquidar a dívida, queria se livrar do financiamento com a entrega do carro para outra pessoa. "Vai o carro, vai a dívida", resume. Não há números oficiais, mas financeiras e lojas de automóveis reconhecem que a iniciativa de Luccio tem se repetido cada vez mais no País.
Após a exuberância do crédito fácil e abundante dos últimos anos, clientes com dificuldade financeira se desesperam ao perceber que não basta vender o carro para quitar o empréstimo. Os que mais sofrem são aqueles que optaram pelo financiamento de 100% do veículo, exatamente como Luccio.



Erro


"Um carro pode depreciar até 40% em um ano. Em um crédito de 60 meses, os pagamentos do primeiro ano amortizam 10% da dívida. Esse foi o erro que cometemos em 2010 e 2011. Reduzimos muito o juro, facilitamos demais as condições e, por isso, a inadimplência subiu", reconhece o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Oliva.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: IG ECONOMIA

domingo, 15 de abril de 2012

Novo regime automotivo que entra em vigor no ano que vem obrigará carros a gastar menos por quilômetro rodado e a ter selo do Ibama e Inmetro

AE | 14/04/2012 11:29


Foto: AE/PAULO PINTOAmpliar
Fábrica da Volkswagen: veículos feitos no País terão que seguir novo regime automotivo

Um dos principais pontos do novo regime automotivo, para o período de 2013 a 2017, ainda não saiu do forno: técnicos do governo preparam uma tabela com metas de eficiência energética para os veículos fabricados no País, a exemplo do que as montadoras já precisam cumprir em outros países.
Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o objetivo da equipe de Dilma Rousseff é exigir um consumo cada vez menor de combustível por quilômetro e, consequentemente, reduzir emissões de gases de efeito estufa.


O governo também espera, com a medida, usar a eficiência no consumo de combustíveis como catalisador de uma nova geração de motores capaz de competir no mercado externo. O assunto envolve discussões técnicas dos ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia e será apresentado a representantes da indústria automotiva nas próximas semanas.


Na semana passada, o governo lançou a pedra fundamental do novo regime automotivo, chamado de Inovar-Auto. Para escapar do aumento de 30 pontos porcentuais do IPI, implantado em 2011, as montadoras precisam comprar autopeças nacionais. Quanto maior o valor gasto com os equipamentos produzidos no País, maior será o desconto no IPI. A novidade é que as metas de eficiência energética pretendem estimular as montadoras a investir no desenvolvimento de uma geração "brasileira" de motores.


Selo do Ibama e do Inmetro
Até 2017, todo veículo fabricado no País precisará ter uma etiqueta do Ibama e do Inmetro mostrando o consumo por quilômetro e o volume de emissões, conforme previsão do Inovar-Auto, segundo a Agência Estado.

O consumidor será usado como parceiro: ao comparar o gasto de combustível por quilômetro, o brasileiro tenderia a optar por carros mais eficientes, estimulando inovações na cadeia, ao mesmo tempo em que o governo estipula padrões mínimos de desempenho.

Segundo fontes, o governo espera fechar um círculo com a tabela de eficiência energética. As montadoras precisam cumprir metas de quilômetro por litro de combustível, o que exige motores mais avançados, os quais precisam conter peças nacionais para evitar os 30 pontos porcentuais a mais de IPI.


Se investirem na pesquisa e desenvolvimento desses motores no Brasil, as montadoras poderão receber 2 pontos porcentuais de desconto adicional no IPI. O mesmo raciocínio vale para autopeças, uma vez que itens como freios ABS e airbags não são produzidos no País.

A equipe de Dilma avalia que o mercado interno, quarto maior consumidor de automóveis do mundo, deve ser usado para pressionar as montadoras instaladas no País. Na avaliação do governo, os carros saídos das fábricas nacionais são 40% menos eficientes do que os similares fabricados fora.

Dessa forma, torce o governo, os automóveis "made in Brazil" seriam melhores para o consumidor, que sempre priorizou o preço acima da qualidade, além de se tornar um ativo para ser exportado e competir com fabricantes asiáticos. Estudos feitos ainda no governo Lula indicam que a forma mais simples para aumentar a qualidade dos carros e elevar os investimentos seria exigir maior eficiência energética.


Fonte: IG ECONOMIA

Carro popular da Nissan chega a partir de R$ 27.790


Hatch March quer incomodar líderes de mercado oferecendo air bag duplo de série




Nissan March frente GDivulgação
Modelo não tem desenho apaixonante, mas é suficientemente bonito para se destacar no segmento

Do R7 A Nissan acaba de lançar no Brasil o hatch March, modelo compacto que custará a partir de R$ 27.790.

Vídeo: R7 anda no esportivo Mitsubishi Lancer Evo X

Veja as novidades no blog Carros
Primeiro carro japonês verdadeiramente popular a dar as caras por aqui, o March é a grande arma da Nissan para concorrer com Fiat Uno, Volkswagen Gol e Ford Fiesta.

Além do fator novidade, a montadora japonesa aposta em um pacote de equipamentos interessante nas versões de entrada (motor 1.0 flex 16V de 74 cv), com air bag duplo, computador de bordo, ar quente e ajuste de altura do banco do motorista.

Já o modelo 1.0S, que ganha direção elétrica, trio elétrico e ar-condicionado, custa R$ 33.390.

Nissan March trás G
Motor 1.0 que equipa as versões de entrada é o mesmo utilizado no Renault Clio (Divulgação)
O compacto também será equipado com motor 1.6 flex 16V, opção prevista para novembro. A versão de entrada será a 1.6S, que tem 111 cv de potência, traz os mesmos equipamentos da 1.0S e custa R$ 35.890.

Haverá ainda a 1.6SV e a 1.6 SR, com visual mais esportivo e itens exclusivos como retrovisores externos com adesivos, ponteira de escapamento cromada, rodas de liga leve e kit aerodinâmico.

Apesar de não ser apaixonante logo de cara, o Nissan March tem desenho suficientemente atraente para conquistar consumidores na faixa dos veículos de entrada.

Nissan March internas G
Espaço interno é compatível com o de concorrentes como Fiat Uno e VW Gol (Divulgação)
Importado do México, o carro não vai sofrer as consequências do recente aumento do IPI anunciado pelo governo. Com preço competitivo, tem potencial para roubar compradores dos atuais líderes de mercado.

É uma pena que a montadora tenha perdido a oportunidade de se diferenciar e oferecer freios ABS como item de série. No March, eles não estão disponíveis nem mesmo como opcionais.

Veja a seguir a tabela de preços divulgada pela Nissan.

- Motorização 1.0 flex 16V com 74 cv de potência
March 1.0: R$ 27.790 (airbag duplo e computador de bordo).

March 1.0 Pacote Plus: R$ 28.490 (+ limpador, lavador e desembaçador traseiro temporizado, regulagem interna dos retrovisores e calotas integrais).

March 1.0 Pacote Conforto: R$ 31.990 (+ ar-condicionado, direção elétrica e volante com regulagem de altura).

March 1.0S: R$ 33.390 (direção elétrica, trio elétrico e ar-condicionado, além dos itens dos pacotes opcionais).

- Motorização 1.6 flex 16V com 111 cv de potência

March 1.6S:
R$ 35.890 (direção elétrica, trio elétrico e ar-condicionado).

March 1.6SV: R$ 37.990 (+ alarme perimétrico com controle remoto, rodas de liga leve de 15 polegadas e rádio CD player MP3 com entrada auxiliar).

March 1.6SR: R$ 39.990 (+ adesivos especiais, kit aerodinâmico, ponteira de escapamento cromada, retrovisores externos personalizados e rodas de liga leve na cor titanium).

Nissan March painel G
Painel muito simples é um dos pontos fracos; computador de bordo é de série (Divulgação)

Fonte: Site R7

Cúpula das Américas termina com pedido de aliança entre EUA e América Latina

Após dois dias de debates, América Latina mostrou sua força para atrair investimentos


EFE | 15/04/2012 02:34
A 1ª Cúpula Empresarial das Américas terminou neste sábado em Cartagena, na Colômbia, após dois dias de debates nos quais ficou claro a força da América Latina para atrair investimentos e o desejo dos Estados Unidos de não perderem terreno na região. Cerca de 700 empresários do continente participaram do fórum.

A reunião foi encerrada oficialmente com uma conversa entre os presidentes dos EUA, Barack Obama, do Brasil, Dilma Rousseff, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, pouco antes do início da 6ª Cúpula das Américas.

Leia também: Dilma diz a Obama que alianças com EUA devem ser em pé "de igualdade"
Ausência: Chávez cancela presença na Cúpula das Américas por motivos de saúde

Diversos líderes discursaram no fórum, como o presidente do México, Felipe Calderón; do Chile, Sebastián Piñera; da Guatemala, Otto Pérez Molina; da Costa Rica, Laura Chinchila; de El Salvador, Mauricio Funes; e do Peru, Ollanta Humala. O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, também participou da cúpula empresarial, assim como diretores de algumas das empresas mais poderosas do mundo.

Santos propôs neste sábado a Obama e Dilma uma aliança entre os países latino-americanos e os Estados Unidos no G20 e outros fóruns, o que criaria um ambiente de "confiança com um impacto muito positivo". Para o líder colombiano, políticas econômicas pouco responsáveis e os sistemas políticos latino-americanos foram obstáculos para alianças com os Estados Unidos, mas hoje em dia a região já "avançou nestas duas frentes".

Além disso, Santos conclamou os países latino-americanos a "deixarem para trás o estereótipo de que os yankees são os imperialistas" e os americanos a deixarem de pensar que os países da América Latina "estão cheios de problemas". "Somos parceiros trabalhando por objetivos comuns e essa atitude é uma tremenda diferença pois abre caminhos para se conseguir os objetivos", afirmou.

Dilma Rousseff falou da necessidade de alianças entre América Latina e os EUA, mas frisou que elas devem ser feitas "entre iguais". A governante reconheceu, no entanto, "a importância da economia dos Estados Unidos", que de acordo com a líder segue desempenhando um papel muito importante na América Latina e da qual destacou sua "imensa flexibilidade". "Temos que trabalhar na integração de nossos países e nossas economias", opinou.

Leia também: Bombas e escândalo marcam chegada de Obama à Cúpula das Américas

Obama também defendeu um reforço da associação dos EUA com a América Latina para aproveitar "a boa posição" do continente para enfrentar os desafios da globalização. O líder também comentou sobre os "benefícios do livre-comércio" para os países da região. Segundo a Casa Branca, o aumento dos laços com a América Latina dará um impulso para o crescimento dos EUA e criará empregos, num momento em que a recuperação econômica do país é um dos assuntos que mais preocupa o eleitorado nas vésperas das eleições presidenciais.

As exportações americanas para a América Latina cresceram quase 50% nos dois últimos anos. Pouco mais de 40% das exportações americanas vão para a região, onde EUA são o maior investidor estrangeiro.

Antes dos discursos de Obama, Dilma e Santos o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, propôs aos empresários do continente um novo modelo de "gestão" econômica e social no qual o estado assumiria o "papel central" e o setor privado se concentraria na "criação de empregos de qualidade". "Existe uma íntima relação entre o comportamento empresarial e a pobreza e a desigualdade", garantiu Funes.

Já o presidente peruano Ollanta Humala convidou os empresários do hemisfério a investir em seu país, prometeu "regras claras" e afirmou que os interesses de sua nação não se opõem aos interesses do capital. O chefe de estado peruano disse que durante seu governo está se desenvolvendo uma nova relação com o capital, com os recursos naturais e com a população e isso deve ser levado em conta pelos investidores.
Outro dos oradores de hoje foi o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, que defendeu as companhias mineradoras de seu país das críticas sobre os efeitos que suas atividades na America Latina causam ao meio ambiente.

Harper também adiantou que o Canadá investirá mais na região. "O desenvolvimento responsável da indústria mineradora e a proteção do meio ambiente é um princípio básico do Canadá, isto nos permitiu criar uma das regulações ambientais mais desenvolvidas do mundo e programas transparentes de monitoração. Isto será respeitado em todas as partes do mundo onde existam empresas canadenses operando", assegurou. Além disso, o primeiro-ministro disse que seu país apoiará com empréstimos os países latino-americanos que decidirem implementar projetos de desenvolvimento sustentável no setor.

Fonte: IG ECONOMIA

sábado, 14 de abril de 2012

Após corte de juros, BB tem alta no volume de empréstimo

Liberação de recursos para o financiamento de veículos, por exemplo, cresceu 33% na quinta-feira

AE | 13/04/2012 17:30


A redução de juros em linhas de crédito do Banco do Brasil já provocou aumento no volume de empréstimos do banco. A liberação de recursos para o financiamento de veículos, por exemplo, cresceu 33% na quinta-feira, primeiro dia de vigência das novas taxas, na comparação com o período antes do anúncio. O BB liberou R$ 16 milhões nesta linha na quinta-feira, ante uma média diária de R$ 12 milhões antes do corte, segundo informou o BB à Agência Estado.


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Nas linhas de crédito para aposentados e pensionistas do INSS, os desembolsos subiram de uma média de R$ 3,1 milhões diários antes do corte para R$ 9,5 milhões na quinta-feira. Outra linha que registrou aumento no volume liberado de recursos foi o BB crediário, que tinha média diária de R$ 350 mil e na quinta-feira chegou a R$ 805 mil. O corte de juros do BB foi anunciado no dia 4.

O banco cortou juros em segmentos como financiamento de veículos, crédito consignado e crédito direto ao consumidor (CDC). Para a compra de carro, a taxa mínima caiu para 0,99% ao mês. A Caixa Econômica Federal baixou os juros no último dia 9 e as novas taxas passaram a valer no mesmo dia. O banco deve divulgar o primeiro balanço nos próximos dias.

Por enquanto, a assessoria de imprensa informa que houve aumento de 9,6% em novas contas correntes e emissão de 1,7 mil cartões Caixa Azul, que foi lançado no mesmo dia do corte de juros e tem taxa diferenciada de 2,85% ao mês no financiamento da fatura (crédito rotativo) para clientes que recebem salário no banco público. Ao reduzir os juros dos bancos públicos, o governo quer estimular os privados a também reduzir. Na quinta-feira, o HSBC foi a primeira instituição financeira privada a anunciar redução de juros em algumas linhas para pessoa física.

Fonte: IG ECONOMIA