segunda-feira, 30 de abril de 2012

DEFICIT DE EMPREGO MUNDIAL

Segundo relatório, América Latina e Ásia são exceções e apresentam melhor índice de recuperação e qualidade de emprego



EFE |
Genebra - A situação do emprego se deteriorou de praticamente todos os pontos de vista nos últimos quatro anos e hoje o déficit de emprego é de 50 milhões no mundo, em relação aos níveis prévios à crise econômica, embora Ásia e América Latina ofereçam certa esperança.


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Foto: Getty ImagesAltas taxas de desemprego vêm causando diversas manifestações, principalmente na Europa e EUA
Segundo o relatório anual sobre o emprego no mundo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado nesta segunda-feira, as condições atuais não permitem imaginar que a economia vá crescer nos próximos dois anos no ritmo necessário para cobrir esse déficit e oferecer empregos aos 80 milhões de pessoas que terão entrado no mercado de trabalho durante esse período.

Embora os analistas da OIT ressaltem que a situação mais preocupante está na Europa - responsável por dois terços do aumento da taxa de desemprego desde 2010 -, também destacam a vulnerabilidade de países como Estados Unidos e Japão.

A degradação da taxa de emprego em grande parte das economias consideradas avançadas, assim como das condições de trabalho, estão refletidas no "Índice de Revolta Social", no qual regiões como a da África Subsaariana e do Norte e o Oriente Médio registraram um aumento do risco de levantes populares.



Ásia e América Latina são exceção


No extremo oposto estão a Ásia e a América Latina, onde a recuperação do emprego e, no caso de certos países, a melhora da qualidade do mesmo causaram uma queda na possibilidade de revoltas. Porém, o relatório revela que, mesmo onde o emprego está voltando a crescer, os trabalhos são geralmente temporários ou de tempo parcial involuntário.

Além disso, a parte de emprego informal se mantém elevada e representa mais de 40% dos empregos nos dois terços de países emergentes e em desenvolvimento, segundo os dados oficiais mais recentes. No entanto, a OIT destaca "exceções notáveis" de países que estão escapando do padrão de deterioração do emprego e vêm conseguindo aumentar a taxa de emprego sem comprometer sua qualidade. Cita, em particular, os casos de Brasil, Áustria, Bélgica, Chile, Alemanha, Indonésia, Peru, Polônia, Tailândia e Uruguai.

De outra parte, este organismo da ONU expressa sua preocupação com grupos específicos de pessoas, como os desempregados de longa duração, que se encontram perante uma potencial situação de exclusão do mercado de trabalho, da qual dificilmente poderão sair, inclusive se seus países alcançam uma recuperação significativa.

Os jovens geram igualmente grande inquietação, com um aumento de 80% do desemprego nesta categoria nas economias avançadas e de dois terços nas nações em desenvolvimento. De outra parte, o relatório critica as políticas de austeridade e desregulação extremas, principalmente as que se estão sendo aplicadas nos países do sul da Europa, porque, apesar delas, o desemprego seguiu crescendo e ao mesmo tempo fracassaram em seu objetivo de estabilizar a situação fiscal.

"A razão principal é que essas políticas são incapazes de estimular o investimento privado", argumenta o relatório. Além disso, os autores assinalam que as pesquisas realizadas para documentar o relatório mostram que "não há uma relação direta entre as reformas dos mercados trabalhistas e os níveis de emprego".

Por outro lado, abordam de uma posição elogiosa os países em desenvolvimento e emergentes que insistiram em estratégias para reforçar sua demanda interna e compensar deste modo as perspectivas negativas de exportações. "Há sinais que em alguns destes países, como a Índia, a região da América Latina, a África do Sul e, mais recentemente, a China, os salários aumentaram para colocar-se ao nível da produtividade", explica o relatório.


FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 29 de abril de 2012

O "FACEBOOK" PARA QUEM QUER SE DAR BEM NA BOLSA

Investir na bolsa de valores, como todos sabem, envolve risco. Isso faz com que muitos fiquem com os dois pés atrás, com medo de perder dinheiro.

Mas, com a recomendação de quem é bom no negócio, a coisa pode melhorar.

É o que propõe a Meivox, uma plataforma colaborativa em formato de rede social.

Na página, os usuários fazem análise sobre investimentos na bolsa de valores e a simulação de suas operações pode ser acompanhada por seus seguidores.

A rede conta, atualmente, com 6 mil perfis cadastrados, mas espera fechar o ano com, pelo menos, 30 mil usuários.
Autor: Klinger Portella
FONTE: IG COLUNISTAS

sábado, 28 de abril de 2012

A quatro dias do prazo final, 8 milhões ainda não entregaram declaração de IR

Segundo balanço da Receita Federal, foram entregues 16,9 milhões de declarações, cerca de 67% do total estimado

Agência Brasil |
A quatro dias do prazo de encerramento, 8 milhões de contribuintes ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física 2012.

Segundo balanço da Receita Federal, divulgado nesta quinta-feira, foram entregues 16.953.744 declarações – 67% do total estimado pela Receita (25 milhões de declarações este ano).




Para quem não fez a declaração, o programa gerador está disponível na página da Receita na internet. O contribuinte deve baixar ainda o Receitanet, aplicativo para transmissão dos dados, no mesmo endereço.

Um tutorial está disponível na página da Receita Federal para auxiliar o contribuinte a preencher a declaração. No site ainda é possível encontrar uma lista de perguntas e respostas para orientar o contribuinte.

A multa para quem não entregar a declaração até 30 de abril é R$ 165,74. Se o contribuinte tiver que pagar tributos em atraso, a situação fica ainda mais complicada. Nesse caso, terá que pagar a multa e o imposto devido corrigido pela taxa básica de juros (Selic).




Os contribuintes que enviaram a declaração podem acessar o extrato da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012 para identificar eventuais pendências e evitar a retenção na malha fina. O documento pode ser acessado no Centro Virtual de Atendimento ao contribuinte (e-CAC) cinco dias após o envio da declaração.

Para acessá-lo, é necessário usar o código gerado na própria página da Receita ou o certificado digital emitido por autoridade habilitada. Para gerar o código, o contribuinte precisará informar o número do recibo de entrega das declarações de Imposto de Renda dos dois últimos exercícios. Caso encontre algum erro, a regularização também poderá ser feita por meio do e-CAC.

FONTE: IG ECONOMIA

VEJA OS CARROS MAIS ROUBADOS DO BRASIL


Levantamento por estado mostra que Gol e Palio continuam como os mais visados, mas há algumas exceções como o Corolla


Jair Oliveira | 27/4/2012 16:35
Foto: divulgação Ampliar
Volkswagen Gol 1.0

Assim como nas vendas, o Gol continua a ser o preferido dos ladrões. Em levantamento feito pelo iG Carros com base nos dados da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) revelou que o carro mais vendido do país é também o mais roubado em dez estados, incluindo aí São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

O Palio, que por muito tempo figurou como o vice-líder em vendas, é o modelo com mais sinistros em quatro estados, entre eles Rio de Janeiro e Minas Gerais. Mas a lista, baseada em números absolutos de sinistros, revela que até os veículos da Toyota também são visados em outras regiões.

O sedã Corolla, por exemplo, teve 76 unidades roubadas no Espírito Santo em um universo de 3.360 unidades seguradas – os dados da SUSEP reúnem apenas veículos segurados. Já a Hilux domina o ranking no Ceará e em Sergipe, estados em que picapes são mais populares.

Em contrapartida, o Uno, um dos modelos há mais tempo no mercado brasileiro, só é o mais roubado em Pernambuco, uma surpresa diante do grande número de veículos circulando no país.



Preço do seguro


Apesar de apresentarem números altos, alguns modelos têm uma probabilidade baixa de serem roubados, dependendo da região. Veja o caso do Gol em São Paulo. Na base da SUSEP constam mais de 2,7 mil sinistros contra apenas 20 Corollas roubados no Amazonas. No entanto, se observarmos o IVR, Índice de Veículos Roubados da entidade, a chance de sofrer um sinistro com o carro da Volkswagen é bem menor que a do amazonense dono desse Toyota – 1,9% de sinistros contra 3,3%.

É esse índice, aliás, que influencia diretamente no preço do seguro. Um IVR alto significa maior chance de a seguradora ter de arcar com o prejuízo, o que se reflete num valor mais alto de prêmio (as prestações que o segurado paga).

Para saber o IVR do seu veículo basta acessar a página da SUSEP. Confira abaixo os carros mais roubados por estado.

Estado Modelo N° carros roubados Veículos expostos* IVR** (%)
Acre Toyota Hilux 3 416 0,7
Alagoas Volkswagen Gol 1.0 20 2.916 0,7
Amapá Ford Fiesta 1.0 1 115 0,9
Amazonas Toyota Corolla 20 613 3,3
Bahia Volkswagen Gol 1.0 158 13.508 1,2
Brasilia Volkswagen Gol 1.0 94 10.199 0,9
Ceará Toyota Hilux 42 3.380 1,2
Espirito Santo Toyota Corolla 76 3.361 2,3
Goiás Volkswagen Gol 1.0 104 14.291 0,7
Maranhão Toyota Corolla 27 749 3,6
Mato Grosso Volkswagen Gol 1.0 43 5.008 0,9
Mato Grosso do Sul Volkswagen Gol 1.0 20 4.452 0,4
Minas Gerais Fiat Palio 1.0 277 40.656 0,7
Pará Fiat Palio 1.0 17 3.089 0,6
Paraíba Toyota Corolla 13 1.043 1,2
Paraná Volkswagen Gol 1.0 237 31.626 0,7
Pernambuco Fiat Uno 1.0 123 7.391 1,7
Piauí Toyota Hilux 10 894 1,1
Rio de Janeiro Fiat Palio 1.0 592 34.066 1,7
Rio Grande do Norte Fiat Palio 1.0 23 3.653 0,6
Rio Grande do Sul Volkswagen Gol 1.0 250 30.896 0,8
Rondônia Ford Fusion 1 6 16,8
Roraima Chevrolet Prisma 4 18 22,5
Santa Catarina Volkswagen Gol 1.0 108 19.335 0,6
São Paulo Volkswagen Gol 1.0 2.712 140.124 1,9
Sergipe Toyota Hilux 15 621 2,4
Tocantins Toyota Corolla 6 398 1,5

* Quantidade de veículos segurados
** Índice de veíc


FONTE: IG CARROS

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Inadimplência assusta, mas deve cair no segundo semestre, dizem economistas

Bradesco, Itaú e Santander tiverem aumento de calotes, mas queda dos juros e maior seleção de credores poderá amenizar a situação

Danielle Brant, iG São Paulo |

Foto: Getty ImagesRenegociação de dívidas deve ajudar a diminuir inadimplência nos bancos
A alta da inadimplência no Brasil, que foi destaque nos balanços dos três maiores bancos privados brasileiros divulgados nesta semana, não é motivo para desespero, na opinião de analistas do mercado. Depois de um susto no primeiro trimestre, os índices de calote devem começar a recuar no segundo semestre, como resultado da maior seletividade das instituições financeiras na concessão de crédito e da queda das taxas de juros, que deve facilitar o pagamento das dívidas.

Esta semana, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander anunciaram que tiveram aumento dos seus níveis de inadimplência nos três primeiros meses do ano, principalmente no segmento pessoa física. Por causa disso, os bancos precisaram elevar as provisões para créditos de liquidação duvidosa, afetando seus resultados trimestrais.


Veja também: Santander vê inadimplência subir para 6,7% no primeiro trimestre


O mais afetado pela alta dos calotes dos tomadores de empréstimo foi o Itaú, cuja inadimplência de mais de 90 dias passou de 5,7% no primeiro trimestre de 2011 para 6,7% em igual período deste ano. No Bradesco, a inadimplência saltou de 5,5% para 6,2%, enquanto no Santander aumentou de 5,9% para 6,7% na mesma base comparativa.

Longe de ser uma realidade recente, esse aumento do calote é fruto de uma conjuntura passada com reflexos no presente, de acordo com Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora. “Essa elevação dos últimos meses foi em função do ritmo do crescimento do País nos anos passados, com aumento da renda formal até meados de 2011. Com o volume maior de crédito no mercado, as pessoas tomaram empréstimos com taxas de juros mais elevadas”, explica.

No entanto, a crise econômica que afetava a Europa e os Estados Unidos começou a mostrar sinais de força sobre o Brasil, causando a desaceleração da economia do País. “Isso somado ao aumento da inflação no segundo semestre corroeu o poder de compra da população, afetando sua capacidade de pagamento”, afirma, por sua vez, Leonardo Zanfelicio, economista-chefe da Concórdia.

Em alguns casos, como no do Itaú, o aumento da inadimplência se deu de forma mais expressiva no segmento de financiamento de veículos, no qual a concessão de crédito cresceu após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Já no Bradesco, o calote em cartão de crédito afetou o balanço do banco. “Se você desconsiderar o cartão de crédito, a inadimplência da pessoa física seria de 5,0% no Bradesco”, afirma Zanfelicio.


Veja: Inadimplência tem alta de 4,9% em março, aponta Serasa


"O movimento de aumentar a provisão e reduzir as taxas de juros em menor proporção que os bancos públicos já evita uma explosão da inadimplência”, diz Velho, da Prosper. No entanto, para diminuir ainda mais o calote os bancos precisam lançar mão de uma maior seletividade na concessão do crédito, na opinião de Bruno Gonçalves, analista fundamentalista da Wintrade.

“Eles devem adotar uma política de seleção maior para aumentar a qualidade da carteira de crédito. Podem exigir aumento das garantias e apertar a concessão tanto para financiamento de veículos como para crédito pessoal”, acredita.

Mas isso não deve surtir efeito imediato. “As medidas de restrição de crédito que estão sendo tomadas agora pelos bancos devem fazer efeito em médio prazo. Assim, a inadimplência pode não diminuir no próximo trimestre, mas veremos números melhores no segundo semestre do ano,” diz Plinio Chap Chap, economista da escola de negócios BBS

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Inadimplência limita queda de juros, diz diretor do Itaú


Os bancos também apostam nisso. O Bradesco, por exemplo, vê a inadimplência começando a cair no segundo trimestre, enquanto Itaú e Santander apostam em uma queda a partir do terceiro trimestre. “A inadimplência deve cair em meados do segundo semestre. As pessoas estão pegando taxas de juros mais baixas (as instituições financeiras reduziram os juros em resposta ao corte das taxas praticado pelos bancos públicos), e, com isso, podem melhorar seu poder de compra”, diz Zanfelicio, da Concórdia.

Além disso, os economistas acreditam que a recuperação econômica brasileira pode ajudar a reduzir os níveis de inadimplência, devido aos programas implementados pelo governo para incentivar a indústria e melhorar o consumo. “Isso já poderá ser percebido nos próximos balanços dos bancos”, afirma Eduardo Velho, da Prosper Corretora.

A queda dos juros também deve favorecer o movimento de renegociação das dívidas. “Em um primeiro momento, a pessoa vai ter condição de pagar uma prestação menor e honrar seus compromissos”, acredita Zanfelicio. Ele alerta, porém, para o risco de, por conta da redução da parcela, o cliente achar que pode tomar mais empréstimos. “Ela pode olhar e achar que a prestação cabe no bolso, mas precisa se controlar”, adverte.


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Veja se vale a pena trocar de banco para pagar juros menores


(Colaborou Olívia Alonso, iG São Paulo)

fonte: IG ECONOMIA

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Entenda a diferença entre declaração completa e simplificada do IR

Veja em quais casos é mais vantajoso optar por uma ou por outra, e tire suas dúvidas sobre o assunto

iG São Paulo | 12/04/2012 05:50


Foto: ig
Faça as contas para saber o melhor tipo de declaração para você

Na hora de preencher a declaração do Imposto de Renda, muitos contribuintes ficam em dúvida quando precisam escolher entre os modelos completo ou simplificado do formulário. O programa da Receita Federal até dá uma ajudinha, indicando, no canto inferior à esquerda, a melhor opção para o seu caso durante o preenchimento do IR. Mas é sempre bom entender qual forma é a mais vantajosa para cada pessoa.

Segundo Enio De Biasi, sócio-diretor da De Biasi Auditores Independentes, a primeira coisa a fazer é preparar a declaração com base na opção completa.

“Informe tudo o que tem direito a abater, pois o sistema da Receita mostra qual seria o resultado do Imposto de Renda pela completa e pela simplificada”, explica.




Se você não quiser preencher a declaração completa para descobrir que o recomendado seria a simplificada, aí vai outra dica dos especialistas: coloque todas as despesas dedutíveis no papel. Nesse quesito entram gastos com saúde, dependentes, pensão alimentícia, contribuição à previdência social e ou à previdência privada tipo PGBL e instrução, por exemplo. “Vale lembrar que nem todas as despesas são 100% dedutíveis. Os gastos com educação têm limite, e não é toda previdência privada que pode ser abatida”, afirma Juliana Fernandes, gerente operacional da MG Contécnica Consultoria & Contabilidade.

Ela sugere uma conta fácil para saber se é mais vantajosa a completa ou a simplificada. “Quando o valor das despesas dedutíveis pela completa for maior que o desconto padrão de 20% da simplificada, opte pela primeira”, diz. Por outro lado, o contribuinte que não tiver despesas que possam ser abatidas deve escolher a simplificada. O mesmo vale para aqueles cujas despesas não somarem R$ 13.916,36, afirma De Biasi.




Se você ainda tem dúvidas sobre como declarar o Imposto de Renda, confira o guia que o iG preparou com o passo a passo de como preencher o formulário. Aproveite para tirar suas dúvidas sobre os principais temas envolvendo a declaração do IR, como gastos com saúde, educação, ações e investimentos, autônomos, empresas, entre outros. E não se esqueça de que o prazo final para prestar contas com o Leão é 30 de abril.

fonte: IG ECONOMIA

COMO APROVEITAR MELHOR O PROGRAMA DE MILHAS AÉREAS

Como eu disse na semana passada, não gosto dos programas de milhagem das linhas aéreas. Ou talvez eu tenha dito que odeio e que o mundo seria um lugar melhor sem eles, não lembro exatamente.

Mas o mundo também seria um lugar melhor se pudéssemos ficar magros comendo chocolate e batatas fritas o dia todo. Mas, ainda assim, comemos frutas e verduras. E também devemos fazer todo o possível para aproveitar as milhas. As seguintes 11 dicas são um bom começo.

Outras viagens: Em Nova York, como os nova-iorquinos


Troque Paris por uma meta mas fácil de ser alcançada, como uma viagem pelo nordeste


1 – Se você não é um homem de negócios tipo o George Clooney em “Amor sem Escalas” ou este cara que tem 10 milhões de milhas, você não vai poder levar sua família inteira para Paris em classe executiva. Como alternativa, pense em uma meta razoável: um feriadão no nordeste, por exemplo.

2 – Organize as milhas que já tem. Se está acostumado a usar a internet em inglês, recomendo o AwardWallet, um site grátis que guarda os detalhes das suas contas de fidelidade e mostra seus balanços em milhas. Mais conveniente ainda, também contém links para entrar diretamente na sua conta sem ter que lembrar a senha de novo. Eu não encontrei nenhum site que faça o mesmo em português (se existir, alguém bote nos comentários, por favor), mas nem precisa de um site para isso. Basta fazer uma lista no seu smartphone ou em um papel guardado em sua carteira para sempre levar com você. Nem imagino quantas milhas se perdem porque o passageiro não encontra o número da conta quando faz a reserva, jura que vai colocar quando faz o check-in no aeroporto e depois se esquece de levar o número de novo. Ah, e nunca é preciso levar os cartões emitidos pelas companhias aéreas, é só o número o que importa.

3 – Nunca acumule milhas em duas companhias que sejam parceiras. Ou seja, se você tem conta com a Gol, não abra conta com a Delta também. Se viajar de Delta, peça para colocar as milhas na Gol, o que ajudará a concentrar milhas para chegar ao valor de um voo. Seja só com milhas da Gol ou só da Delta. Se você acumular 10.000 com a Gol e outros 10.000 com a Delta, e o voo custar 20.000, não será possível juntar. Confira uma lista das principais alianças. Faltam, no entanto, parcerias independentes como a da Delta com a Gol.

4 – Escolha a companhia que mais usa e voe com ela (e as parceiras) sempre que seja possível. Poucas milhas em muitas empresas não valem nada.


Veja também: Nossos imigrantes são melhores do que os seus


Coloque no papel quanto vale cada milha

5 – A parte mais complicada, mas mais importante: calcule quanto vale cada milha para você. Faça o seguinte: pense em uma viagem que faz com alguma frequência (ou que gostaria de fazer se tivesse o dinheiro: que tal Rio de Janeiro – Roma?). Investigue quantas milhas custará cada voo da viagem. Pela minha experiência, já digo que é difícil conseguir esta informação nos sites das companhias aéreas e às vezes é preciso ligar. Agora, calcule quanto custaria esses voos em dinheiro. Divida o custo em dinheiro pelo custo em milhas. Exemplo: você mora em Porto Alegre e seus pais moram em Belo Horizonte. Você acumula milhas da Gol e, lá, a viagem de ida e volta para Belo Horizonte sai (nem sei se está certo) 16.000 milhas. O preço típico da viagem é (vamos dizer) R$ 385. Daí é preciso descontar as taxas que se pagaria na viagem com milhas; vamos dizer que são R$ 50. R$ 335 divididos por 16.000, o que dá R$ 0,02 por milha. Eu sugiro testar pelo menos três voos diferentes e tomar a média dos valores, e depois descontar um pouco (talvez 15%), por várias razões chatas que não vou enumerar aqui, mas que incluem o fato de que as milhas podem vencer ou se desvalorizar.

6 – Já sabendo (aproximadamente) quanto vale uma milha para você, será mais fácil decidir quando tiver de escolher entre dois voos: o mais caro com sua linha preferida e o mais barato, em outra, onde não acumula milhas com frequencia.
Qual é a diferença? R$ 50? Qual o valor das milhas que ganharia do voo? R$ 16? Então, não vale pegar o voo mais caro.

7 – Usar um cartão de crédito para acumular milhas não é uma decisão tão simples. Pense profundamente. Depende, por exemplo, da taxa anual do cartão e da probabilidade de você usar as milhas. Para algumas pessoas, vale a pena usar um cartão que não acumule milhas ou simplesmente ficar com cartões de débito ou dinheiro mesmo. (Ou, ainda, procurar um cartão que dê dinheiro de volta em vez de milhas).

8 – As milhas se encontram em muitos outros lugares do mundo além dos hotéis e aviões. Acabo de alugar um carro em Washington e perguntei se era possível me darem milhas da United (novo parceiro da Avianca) por isso. Ganhei 50 milhas por dia, ou 350 no total.


Mais: Os piores pacotes de viagem possíveis


9 – Cadastre-se para receber todos os e-mails promocionais do seu programa de milhagem. É verdade que o Smiles vai te mandar muitos e-mails oferecendo voos por 1.000 e que são impossíveis redimir, mas sempre é bom ficar atento. Se for planejar uma viagem para fora do País, pense em “comprar” os voos entre dois países que não sejam o Brasil lá fora, usando as milhas das companhias brasileiras. Às vezes as milhas valem mais nas outras empresas parceiras.

10 – Quando, por fim, você estiver a bordo de um voo comprado com milhas, não celebre o fato de estar voando de graça. Óbvio que não foi. Ao invés de fazer isso, dê “parabéns” para você mesmo por ter aproveitado de um sistema que não foi desenhado para pessoas como você.

11 – Se você tiver mais alguma dica sobre milhas, escreva aí nos comentários. E se você não costuma ler os comentários das matérias, dessa vez pode valer a pena…


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- Uma ilha serena na costa da Tanzânia
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Notas relacionadas:
  1. Pelo fim das milhas de viagem
COLUNISTA: SETH KUGEL - VIAGENS

FONTE: IG TURISMO