domingo, 6 de maio de 2012

Banco do Brasil anuncia novos cortes de juros para pessoa física

Instituição financeira reduziu as taxas em cheque especial e crédito pessoal; é o terceiro corte do BB realizado em um mês


iG São Paulo | - Atualizada às
  • O Banco do Brasil anunciou nesta sexta-feira novas reduções de juros em linhas de crédito para pessoas físicas, com destaque para cheque especial e crédito pessoal. A instituição financeira havia divulgado o novo corte, o terceiro em um mês, em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira. O anúncio foi feito pelo vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Alexandre Abreu.

    Veja: Banco do Brasil anuncia novo corte de juros do crédito

    O executivo destacou que houve forte aumento dos desembolsos desde que o BB cortou os juros. De 12 a 30 de abril, houve alta de 156% na liberação de recursos, comparando esse período a março, quando não havia redução nas taxas. A liberação diária de empréstimos chegou a ultrapassar R$ 40 milhões.

    O BB apresentou números que revelam que a participação do banco dobrou no mercado de financiamento de veículos em abril, considerando a originação de financiamentos de veículos. A fatia do banco subiu de 4% em março para 7% em abril.

    A taxa do cheque especial para clientes que tenham conta salário no banco e aderiram ao programa BOMPRATODOS caiu da máxima de 8,31% para a taxa única de 3,94% ao mês.

    Também: Banco do Brasil coloca mais R$ 43 bi em linhas de crédito

    Dentro do mesmo programa, a linha de crédito pessoal automática caiu da máxima de 5,79% para o teto de 3,94%. O BB também lançou uma linha de crédito com garantia de imóvel próprio e com juros reduzidos de 1,52% a 1,60% ao mês. Quem tiver renda acima de R$ 6 mil pode usufruir do produto, que tem prazo de pagamento de até 180 meses. Segundo o banco, o crédito pode ser liberado em até cinco dias úteis a partir da entrega da documentação.

    Já quem tem renda inferior a R$ 6 mil pode utilizar um veículo usado na hora de fazer o empréstimo e taxas médias que passam de 3,20% a 1,58% ao mês. O banco estabeleceu um teto de até 70% do valor do veículo oferecido em garantia, com prazo de até 58 meses.

    Leia: Veja se vale a pena trocar de banco para pagar juros menores

    Após anunciar dois cortes de juros no financiamento de veículos, o BB agora lançou um mecanismo para agilizar a portabilidade de crédito para automóveis. Para fazer isso, é necessário atualizar o cadastro, para que seja estabelecido o limite de crédito, e solicitar a transferência da dívida. O próprio banco vai pedir a liquidação do saldo devedor junto à outra instituição financeira e aguardará a transferência da alienação fiduciária do veículo junto ao Detran.

    A portabilidade, segundo Abreu, não estava funcionando bem até agora, apesar do interesse das pessoas físicas. Por isso, o BB fez mudanças em sistemas e processos para facilitar a transferência de dívida.

    Além do BB, a Caixa Econômica Federal também já fez vários cortes nos juros. Os bancos privados - Itaú, Bradesco e Santander - fizeram uma redução seguindo os movimentos das instituições públicas e dizem estar avaliando novas mudanças.

    (com Reuters e AE)

    fonte: IG ECONOMIA

    sábado, 5 de maio de 2012

    Governo agora negocia redução do custo do empréstimo

    Após mexer na poupança para permitir queda da Selic, equipe econômica vai negociar com bancos a redução do spread


    AE |

    Depois de eliminar a caderneta de poupança como empecilho para a redução da taxa básica de juros (Selic), o próximo passo do governo para diminuir o custo dos empréstimos será dar sequência às negociações com os bancos privados para reduzir o spread - diferença entre o que as instituições pagam para tomar recursos e o que cobram dos clientes.

    As equipes técnicas do Ministério da Fazenda e dos bancos já discutem quais medidas podem ser adotadas. A base da discussão é a lista apresentada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao governo no mês passado. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que é preciso construir as condições para que a redução da Selic seja transmitida para toda economia. Ele antecipou que nos próximos dias será publicado um decreto que permitirá o funcionamento mais efetivo do Cadastro Positivo.

    O mecanismo, que também está na lista de pedidos da Febraban, permite que os clientes transfiram seus dados de uma instituição financeira para outra para negociarem juros mais baixos. Barbosa disse será possível avançar em alguns tópicos apresentados pelos bancos.

    "O que vai acontecer provavelmente é que a gente vai chamar os bancos para discutir alguns pontos especificamente. Cada ponto merece uma reflexão. Alguns podem avançar, outros não. Mas uma grande reunião para discutir lista de lavanderia, de novo, acho que não, até porque fica improdutivo", afirmou. O secretário deixou claro, no entanto, que medidas com impacto fiscal têm menos possibilidades de ser adotadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    FONTE: IG ECONOMIA

    No feirão da casa própria, clientes não sentem redução dos juros

    Apesar da anunciada redução da taxa de juros no financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal, os clientes do Feirão da Casa Própria no Rio de Janeiro saíram do primeiro dia do evento sem sentir a diferença no bolso.


    O Feirão, realizado no Rio e em mais quatro capitais até o próximo domingo, marcou o início da adoção pelo banco das novas taxas.

    Segundo a Caixa, as taxas de juros passaram de 10% ao ano para 9%, em relação aos imóveis de até R$ 500 mil. Os clientes do banco, com uma conta salário, tiveram redução ainda maior, chegando a 7,9% ao ano para financiamento de imóveis de até R$ 450 mil pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

    Mas as condições não agradaram a todos os clientes. A dona de casa Ana Maria da Silva, de 52 anos, participava do seu terceiro Feirão em busca de uma casa na região de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. 'A gente tem uma expectativa, mas quando chega vê que não é assim. Em comparação com as simulações que fiz antes, vejo que os valores são os mesmos', afirmou.

    De acordo com a superintendente da Caixa no Rio de Janeiro, Nelma Souza Tavares, as taxas foram reduzidas substancialmente. 'Para quem pegar o financiamento com taxa de 9%, a economia será de R$ 1,8 mil, ao fim do primeiro ano', explicou. A expectativa da Caixa é de que nove mil negócios sejam fechados nesta edição do evento, movimentando cerca de R$ 1,3 bilhão.

    Quem conseguiu aproveitar a redução dos juros comemorou a compra da casa própria. O aposentado Victor Hugo de Souza, de 73 anos, fechou negócio logo na manhã do primeiro dia do evento. Segundo ele, apesar da pouca redução dos juros, o financiamento pela Caixa ainda é mais vantajoso em relação a outros bancos.

    No Rio, o evento ocupou uma área de 10 mil m² no Riocentro, reunindo 53 construtoras e 50 imobiliárias com opções de imóveis que variavam entre R$ 75 mil e R$ 5 milhões. Na média, os imóveis custavam R$ 150 mil. O Feirão também passará por outras 12 cidades brasileiras durante o mês de maio. Em São Paulo, o evento ocorrerá entre os dias 18 e 20. Em todo o País, são 430 mil imóveis à venda.

    No Recife, foi preciso esperar pelo menos três horas na fila para ser atendido no primeiro dia do feirão de imóveis da Caixa. Até as 16h30, 690 pessoas, a maioria com renda inferior a R$ 3 mil, haviam sido atendidas.

    Ao ter o crédito aprovado, Maria Alves da Silva, 54 anos, com renda formal de um salário mínimo, deu pulos de alegria. Conseguiu um crédito de R$ 50 mil, a ser pago em 25 anos.

    sexta-feira, 4 de maio de 2012

    Dólar avança 0,72%, cotado a R$ 1,926 e renova maior patamar desde julho de 2009

    SÃO PAULO - Em sua sexta alta nas últimas sete sessões, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (4) com valorização de 0,72%, cotado a R$ 1,926 na venda - seu maior patamar desde 17 de julho de 2009, quando encerrou a R$ 1,928. O dia negativo nos mercados contribuiu para o aumento da demanda por ativos mais seguros. Desta forma, a moeda tem sua 4ª semana seguida de alta, com avanço de 2,08%.


    As atenções do mercado ficaram voltadas para o front internacional, com dados do mercado de trabalho dos EUA e o PMI da Zona do Euro. Segundo o relatório de emprego norte-americano, a economia do país criou 115 mil novos postos de trabalho durante o mês de abril, resultado bem abaixo da expectativa de 162 mil. Considerando apenas o setor privado, os postos de trabalho subiram 130 mil, nível também menor do que a estimativa de 167 mil.

    Europa também pressiona

    Por sua vez, na Zona do Euro, o PMI de serviços da região recuou para 46,7 pontos em abril, frente aos 49,1 pontos de março e abaixo da primeira estimativa, de 47,4 pontos, segundo divulgação do instituto Markit Economics.

    A leitura também indica baixa no setor de serviços, que caiu para 46,9 pontos em abril, enquanto que em março o dado havia sido de 49,2 pontos. O resultado também é menor à preliminar de 47,9 pontos.

    Poupança em segundo plano

    Em menor intensidade, também é possível atribuir às mudanças nas regras de remuneração da poupança a maior aversão ao risco por parte dos investidores.

    Segundo as novas diretrizes, sempre que a taxa básica de juro, a Selic, cair para 8,5% ao ano ou menos, a poupança passa a remunerar com 70% da Selic ao ano mais TR (taxa referencial). Quando a Selic estiver acima de 8,5% a.a., a regra permanece a mesma: TR mais 0,5% ao mês.

    A possibilidade de uma rentabilidade menor na aplicação abre mais espaço para novos cortes na Selic, que referencia outros investimentos. Assim, a entrada de capital estrangeiro na nossa economia pode ficar menos intensa, o que contibui para a valorização da divisa.

    Dólar comercial, futuro e Ptax

    O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,9253 na compra e R$ 1,9260 na venda, alta de 0,72% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 1,00% em maio, frente à alta de 4,42% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 3,08%.

    Dólar futuro na BM&F também fechou em alta

    Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em junho segue cotado a R$ 1,940, valor superior em relação ao fechamento de R$ 1,920 da última quinta-feira. O contrato com vencimento em julho, por sua vez, atinge a marca de R$ 1,945 frente à R$ 1,934 do fechamento de quinta-feira.

    O dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&FBovespa, fechou a R$ 1,921, queda de 0,34% sobre a cotação de quinta-feira. Na semana, foi registrada um avanço de 1,89%.

    Dólar pronto e FRA de Cupom

    O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,9179000.

    Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, opera a 1,20 para julho de 2012.

    fonte: MSN DINHEIRO

    Fundo com taxa alta perde da poupança

    A nova fórmula para o cálculo do rendimento da poupança - se a Selic chegar a 8,5% ao ano - ainda não deve tirar a atratividade da aplicação na comparação com fundos de renda fixa.


    O que deve ocorrer é que o estreitamento dos rendimentos das aplicações, com a queda da taxa básica de juros (Selic) indicada pelo governo, vai obrigar o correntista a comparar as taxas de administração para garantir o melhor ganho no fim do mês.

    Na simulação com a taxa Selic a 8,5% ao ano e a nova regra da poupança, a maioria dos fundos de renda fixa é atrativa com taxas de administração de até 1%, segundo levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Mas, com a queda geral da remuneração dos investimentos, será necessário comparar mais as características de cada aplicação. 'Acima de tudo, vai começar a valer o prazo da aplicação com mais ou menos incidência de Imposto de Renda e também a taxa de administração', diz Miguel de Oliveira, vice-presidente Anefac.

    A fórmula elaborada pelo governo prevê que já com a Selic a 8,5% ao ano a 'nova poupança' vai começar a render menos do que a poupança atual. Segundo cálculo do matemático José Dutra Vieira Sobrinho, também professor do Insper, o rendimento da poupança cairá dos atuais 6,53%para cerca de 5,95% ao ano. 'Para os fundos de renda fixa, caso as taxas de administração sejam superiores a 1%, eles tenderão a perder na comparação com a poupança. Isso joga a pressão nos fundos para que eles reduzam as taxas de administração.'.

    Segundo Oliveira, da Anefac, o momento para o investidor é de barganhar e pesquisar qual a melhor forma de investimento. 'Se a taxa de administração for superior a 2%, o correntista deve negociar ou trocar de aplicação', diz Oliveira. 'É preciso pesquisar, ter paciência. Agora, a competição tende a ser maior.'

    Também para ele, a nova fórmula para a poupança deve fazer com que os bancos acirrem a competição e, consequentemente, reduzam as taxas de administração dos seus fundos.

    A recomendação do professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas, é que o correntista evite por enquanto as aplicações de renda fixa. Ele indica que o investidor coloque na ponta do lápis as novas tarifas e veja quais as vantagens de cada modalidade.

    'O investidor precisa fazer as simulações e procurar entender os produtos financeiros. A gente passa uma revolução nessa mudança de taxa e cada vez vai ser mais difícil ganhar dinheiro fácil', afirma. 'A dica é a seguinte: não invista no que não saiba.'

    quinta-feira, 3 de maio de 2012

    Não entregou o IR? Saiba o que fazer

    Contribuinte ainda deve prestar contas ao Leão por meio do programa da Receita, mas terá que pagar multa por atraso

    iG São Paulo |
  • Foto: TV iGValor da multa e instruções de pagamento aparecerão juntamente com o recibo da entrega da declaração em atraso
    Quem não entregou a declaração do Imposto de Renda 2012 até as 23h59 da última segunda-feira não está livre de prestar suas contas ao fisco. É preciso preencher o formulário do mesmo jeito. A diferença é que terá que pagar uma multa de 1% do valor do imposto devido por mês de atraso. A multa mínima é de R$ 165,74 e a máxima é de 20% do imposto a ser pago.

    GUIA: Confira aqui o passo a passo de como preencher a declaração

    Além de arcar com a multa por atraso, o contribuinte que tiver saldo do imposto a pagar também terá que desembolsar mais dinheiro de multa e juros, pois o pagamento total (ou da primeira parcela, para quem dividir) também era até 30 de abril.

    O procedimento da declaração é o mesmo. O contribuinte deve baixar o programa da Receita Federal
    e preencher o formulário. Baixe aqui o programa.

    VEJA MAIS: Tudo sobre o IR2012

    Assim que o prazo regular de entrega da declaração termina, a Recita Federa atualiza o programa para que as declarações enviadas a partir daquele momento sejam reconhecidas como atrasadas.

    Na hora de enviar o documento, o valor da multa e os procedimentos para quitá-la aparecerão juntamente com o recibo da entrega, em uma Notificação de Lançamento da multa, explica Eliana Lopes, especialista de imposto de renda (IR) da H&R Block. "A página gerada pelo programa da Receita terá todas as instruções e a explicação do cálculo do valor da cobrança," afirma.

    O contribuinte tem o prazo de 45 dias, a partir da entrega em atraso, para efetuar o pagamento da multa. Se a taxa não for paga até o vencimento, haverá incidência de juros de mora (com base na taxa Selic).
    Para as declarações com direito a restituição, caso a Multa por Atraso na Entrega da Declaração (Maed) não seja paga dentro do vencimento estabelecido na notificação de lançamento, ela será deduzida, juntamente com os respectivos acréscimos legais, do valor do imposto a ser restituído, informa a Receita Federal.

    É obrigada a declarar, ainda que em atraso, qualquer pessoa que tenha recebido rendimentos tributáveis cuja soma anual tenha sido superior a R$ 23.499,15 ou rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte com valor maior que R$ 40 mil.

    A declaração também é obrigatória para quem teve ganho de capital na compra ou venda de imóveis, por exemplo, ou realizou operações em bolsa de valores.

    Antes de preencher o formulário, o contribuinte deve reunir os documentos exigidos pela Receita. Comprovantes de pagamento de plano de saúde, mensalidade escolar e outros recibos precisam ser separados antes de começar a declarar o imposto. Ao colocar as informações no formulário, tome cuidado para não cometer erros. Caso o Fisco identifique informações incorretas, o contribuinte pode cair na malha fina.

    Tire suas dúvidas

    Se quiser tirar dúvidas sobre como declarar ou deduzir despesas com ações e outros investimentos, aluguel, saúde, educação, pensão, dependentes, empregada doméstica ou outros temas, acesse a página de dúvidas dos leitores do iG.

    A Receita deve liberar a consulta à malha fina em maio, e as primeiras restituições começam em 15 de junho e depois continuam todo dia 15 de cada mês, até dezembro.

    Para quem tiver direito à restituição, a Receita Federal programou os pagamentos para os meses de junho a dezembro. O primeiro lote está previsTo para 15 de junho e o último para 17 de dezembro. Na primeira leva de restituição estão os idosos, seguidos por aqueles que declararam e não tiveram nenhuma pendência apontada pelo Fisco.

    Leia também: Entenda a diferença entre declaração completa e simplificada do IR
    O que é imposto de renda?

    FONTE: IG ECONOMIA

    terça-feira, 1 de maio de 2012

    Multinacionais da área de saúde planejam investimentos no Brasil

    As multinacionais estão apostando uma corrida para garantir espaço no setor de equipamentos para a área médica no País

    AE |
    As multinacionais estão apostando uma corrida para garantir espaço no setor de equipamentos para a área médica no País. Enquanto a expansão nos países desenvolvidos é próxima de zero, o segmento cresceu 17% no Brasil em 2011, reflexo da alta da renda e do aumento de brasileiros com planos de saúde. De olho neste potencial, a americana Varian Medical Systems, uma das pioneiras do polo tecnológico do Vale do Silício, na Califórnia, planeja abrir fábrica no País no segundo semestre.

    Foto: Getty ImagesAumento da incidência de câncer em países emergentes, como China e Brasil, trazem investimentos de multinacionais de saúde

    A diferença entre a Varian e as concorrentes é que, enquanto as outras multinacionais se dedicam ao setor de imagem - ultrassom e raio X, por exemplo -, ela deverá fabricar aparelhos de alta complexidade para tratamento de vários tipos de câncer.

    Além da planta industrial, a empresa pretende criar um centro de treinamento para médicos, montar uma cadeia de fornecedores de peças, desenvolver softwares e abrir um centro de distribuição no País. O investimento da empreitada ainda não foi definido, mas a expectativa da empresa é que o número de empregos gerados pela Varian no País pelo menos dobre, passando dos atuais 60 para 120.

    Para criar equipamentos capazes de tratar vários tipos de câncer e de fazer a dosagem de radiação de acordo com a agressividade do tumor, a Varian Medical Systems investe anualmente cerca de US$ 170 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

    A opção pelo investimento em países emergentes reflete tanto o maior acesso da população a tratamentos quanto o aumento da impressionante incidência de câncer em algumas nações. "Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), haverá mais pacientes de câncer de pulmão na China em 2020 do que no resto do mundo", diz Kolleen T. Kennedy, vice-presidente sênior da Varian. "Por lá, o número de fumantes só cresce."

    A alemã Siemens também planeja uma nova fábrica no País, na qual investirá R$ 50 milhões para produzir tanto produtos para análise laboratorial quanto equipamentos de diagnóstico por imagem, como raio X, ressonância magnética e tomografia de última geração. A unidade será inaugurada no segundo semestre, em Joinville (SC), onde a empresa já tem um centro de distribuição para o segmento médico. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

    FONTE: IG ECONOMIA