segunda-feira, 21 de maio de 2012

Feirão da Caixa em SP movimenta mais de R$ 2,5 bi em negócios

Segundo a Caixa, valor é equivalente a 21.155 contratos assinados nos três dias do evento que contou com 61.775 visitantes

Reuters |
  • A oitava edição do "Feirão da Casa Própria" em São Paulo registrou um aumento de 20% no volume de negócios em relação ao ano passado, superando R$ 2,53 bilhões, informou a Caixa Econômica Federal no domingo.

    Segundo a instituição, responsável pelo evento ocorrido entre 18 e 20 de maio, o valor é equivalente a 21.155 contratos assinados nos três dias de feira, que contou com 61.775 visitantes.


    Feirão da Caixa em São Paulo tem fila por imóveis mais baratos


    O "feirão", que também acontece em outras capitais do País e reúne grande volume de imóveis voltados principalmente à população de baixa renda, é visto como um dos mais importantes por construtoras e incorporadoras que priorizam o segmento econômico, como a MRV Engenharia.

    "O resultado deste ano foi um sucesso. Ultrapassamos os R$ 2 bilhões realizados em 2011. Isso demonstra que o público está cada vez mais qualificado e que a queda de juros agradou os interessados em adquirir a casa própria", disse o superintendente regional da Caixa, Paulo José Galli.
    No evento, foram oferecidos 218 mil imóveis na capital, região metropolitana e litoral, sendo 193.500 usados e 24.500 novos ou na planta. Do total, 15.200 unidades se enquadravam no Programa "Minha Casa, Minha Vida".


    Quer comprar a casa própria? Veja as taxas de juro do crédito imobiliário


    A edição deste ano foi favorecida também pelas recentes rodadas de cortes nas taxas de juros.
    No final de abril, a Caixa reduziu em até 21% os juros no crédito imobiliário pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Imóveis de até R$ 500 mil tiveram as taxas cortadas de 10% para 9% ao ano para todos os clientes do banco.

    Segundo o banco, os juros para financiamento imobiliário variam de 4,5% a 10% ao ano, mais TR, com prazo de pagamento de até 30 anos.

    A Caixa realiza o "feirão" em Uberlândia, Campinas e Porto Alegre de 25 a 27 de maio e em Belém e Florianópolis de 8 a 10 de junho. No total, serão oferecidos mais de 430 mil imóveis.

    fonte: IG ECONOMIA

    domingo, 20 de maio de 2012

    “Salário top não atrai funcionários para empresas”

    Oferecer um salário competitivo com o mercado pode não ser fator determinante para as empresas atraírem mais talentos.


    Foi o que concluiu o levantamento “Atributos da marca empregadora”, realizado pela consultoria LAB SSJ em parceria com a empresa de recursos humanos Clave.


    Na lista de prioridades apontadas pelos profissionais, a remuneração não constou no esperado top-3. Segundo Isadora Marques, coordenadora de Pesquisa do LAB SSJ, fatores mais associados ao longo prazo pesam mais na hora de o profissional escolher uma nova vaga de trabalho.

    A pesquisa, que entrevistou mais de 10 mil profissionais, apontou que “boas perspectivas de carreira futura” foi o item mais valorizado, seguido por “reconhecimento” e “desenvolvimento de novas capacidades”. A remuneração foi “apenas” o quarto item mais citado.

    Poder Econômico – O fato de a remuneração não estar entre os principais fatores de decisão na busca por novo emprego é surpreendente?
    Isadora Marques - O nosso recorte deu alguns pontos que já são conhecidos para quem trabalha com RH: o primeiro, foi a perspectiva de carreira, em seguida veio ser reconhecido e o terceiro ter perspectiva de desenvolvimento. O surpreendente foi ter percebido que essas coisas superaram remuneração, que apareceu em quarto lugar. Pelas nossas pesquisas, o dinheiro não apareceu nas primeiras colocações, quebrando a lógica de que apenas uma boa remuneração faz com que o funcionário seja atraído à empresa.

    Poder Econômico – E essa tendência é observada com mais força em determinada faixa etária?
    Isadora Marques - No geral, para todas as faixas etárias de funcionários que pesquisamos, as preferências se mantiveram praticamente as mesmas. De menos de 21 anos até 46 anos, a lista de prioridades não teve tanta variação.

    Poder Econômico – Como explicar o fato de a remuneração não aparecer entre os itens mais relevantes?
    Isadora Marques - A nossa análise em relação a esses pontos líderes é que são coisas que são importantes no longo prazo. São as questões que se mostraram mais importantes para o indivíduo no longo prazo, as questões atreladas ao o que a pessoa quer para ela. O que a empresa tem para mim ficou à frente do que a empresa oferece para mim. Mas o fato de a remuneração não estar nos três primeiros lugares não significa que os funcionários não dão prioridade ao tema. O que a pesquisa mostra é que não adianta a empresa somente oferecer um salário top para atrair o funcionário.

    Poder Econômico – As empresas estão conscientes dessa nova estrutura de exigência dos candidatos?
    Isadora Marques – Existe muita empresa que não tem consciente sua estratégia de atração. Não há um projeto estruturado. Muitas vezes, nem o perfil da vaga está bem definido. Hoje, existe uma demanda muito grande para busca de talentos. As empresas estão sentindo uma falta de talento no mercado e, quando ele é encontrado, acaba não permanecendo por muito tempo na empresa. A questão da mobilidade está sendo preocupante. Essa lista de prioridades ainda não está clara para todos. Existe uma força de trabalho mais informada e conectada, que sabe o que quer e que busca produzir um trabalho que tenha significado para ela. As empresas precisam estar atentas a isso.

    fonte: IG COLUNISTAS - PODER ECONOMICO

    sábado, 19 de maio de 2012

    Pastor Silas Malafaia: “Tenho pastores que ganham entre R$ 4 e 22 mil"


    Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo fala sobre a Marcha para Jesus, gays, aborto, política e dízimo. 

    Anderson Dezan, iG Rio de Janeiro | 19/05/2012 06:00:35


    Aos 53 anos, o pastor Silas Malafaia não teme polêmicas. Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que neste sábado (19) promove a Marcha para Jesus no Rio, com expectativa da presença de mais de 200 mil pessoas, o religioso é considerado o principal inimigo dos ativistas gays, ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

    Malafaia também é contra o aborto. Em qualquer situação. Suas posições marcantes atingem ainda líderes evangélicos, como o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. “Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo”, diz.

    Leia também: Líder evangélico cresce em meio a guerra cultural no Brasil

     Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O GloboSilas Malafaia: "Não tenho gente que não ia ser nada na vida e virou pastor"

    O pastor está há 30 anos ininterruptos na televisão. Seu programa “Vitória em Cristo” é exibido todos os sábados em três emissoras: Bandeirantes, Rede TV e CNT; e de segunda a sexta-feira, apenas na CNT. A versão dublada é exibida em mais de 200 países. Por seus horários na Rede TV, ele paga R$ 900 mil por mês e, na CNT, R$ 450 mil. Por impedimento contratual, ele não pode divulgar os valores com a Rede Bandeirantes.

    Malafaia também não foge de perguntas sobre as doações que os fiéis fazem para sua igreja. “Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Mas se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira...”, debocha.

    Filho de um militar da Aeronáutica com uma educadora, ambos evangélicos, e formado em psicologia, Malafaia é casado com Elizete, que conheceu aos 14 anos, e tem três filhos com ela. Com forte sotaque carioca, utilizando gírias e expressões como “amigo” e “irmão” a todo instante, o pastor conversou com o iG sobre temas variados, entre eles os salários de pastores, política e Igreja Católica. O movimento homossexual, obviamente, não ficou de fora. E sobre o tema, ele faz questão de dizer que, para ele, existem, sim, ex-gays.

    iG: Qual é a principal mensagem que vocês vão passar na Marcha para Jesus no Rio?
    Silas Malafaia: Ela é baseada em quatro princípios que acreditamos: em favor da liberdade de expressão, da vida, da liberdade religiosa e da família tradicional composta por homem, mulher e seus filhos. Marcamos as posições que defendemos.

    iG: Isso ficou claro no evento realizado no ano passado em São Paulo, quando foram abordados temas como a união gay e o aborto. Uma de suas bandeiras é ser contra o projeto de lei que criminaliza a homofobia. Por quê?
    Silas Malafaia: Deixa eu te falar uma coisa, amigo. Os grupos ativistas gays passam de usuários da liberdade de expressão para censores. Essa lei, como está aqui no Brasil, não existe em nenhum lugar do planeta Terra. Ela fere frontalmente a Constituição, é uma piada. A Constituição diz que ninguém pode ser cerceado por convicção religiosa, política ou filosófica. É uma lei do privilégio.

    iG: Mas o senhor não acha que deveria ser feito algo para evitar as discriminações e agressões físicas aos gays?
    Silas Malafaia: Não desejo que ninguém morra, ok? Mas os homossexuais dizem que foram assassinados 260 deles no ano passado. Cinquenta mil pessoas foram assassinadas no Brasil no ano passado. O número de homossexuais mortos representa 0,52%. Um dado que eles não falam: grande parte das mortes é resultado de briga de amor entre eles. Que papo é esse? No mínimo, uns 50%. Homofobia é falácia de ativista gay para manter verbas para suas ONGs para fazer propaganda de que o Brasil é um país homofóbico. Homofóbico uma vírgula, amigo.

    Leia também: Igreja inclusiva de São Paulo faz campanha contra homofobia cristã

     Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo"Não sou um mané e nem minha igreja é de idiotas", diz o pastor Silas Malafaia

    iG: Por causa desses números, que o senhor considera baixos, a lei não precisaria ser criada?
     Silas Malafaia: É lógico! E tem outra, amigo. Na lei diz o seguinte: pena de três a cinco anos de cadeia para as pessoas que impedirem a presença de qualquer homossexual em locais públicos de sua relação afetiva. O lugar do culto, o templo, é garantido pela Constituição, mas o pátio da igreja não está. Significa que, se um casal de homossexuais estiver se beijando no pátio da minha igreja e eu colocar para fora, vou pegar de três a cinco anos de cadeia. Que história é essa? É uma aberração! No Brasil, pode-se criticar presidentes, políticos, ministros, pastores, padres, o diabo. Se criticar homossexual, é homofobia. Manda esses caras verem se eu tô na esquina!

    iG: O senhor acredita que possa haver ex-gay?
    Silas Malafaia: Se você quiser, eu te mostro. Existe uma associação de ex-gays. O cara que preside foi travesti em Roma, com silicone no peito e na bunda (ri). Ele é casado há dez anos. Ser homossexual é um comportamento, como tantos outros. Ninguém nasce homossexual. Não tem ordem cromossômica ou determinismo genético. Mas o cara quer ser gay? É um direito dele. E essa conversa do deputado federal gay de que a igreja evangélica provoca tortura física e psicológica para curar gays? Isso é um safado, mentiroso! Quando é que a igreja força alguém a deixar de ser gay? A igreja não cura, ela trabalha com uma palavra chamada libertação.

    iG: E se o seu filho fosse gay, o que o senhor faria?
    Silas Malafaia: Amaria 100% e condenaria sua prática 100%. Não deixaria de amá-lo, mas garanto que ia condenar. Há uma ideia na sociedade de que amar é ser tolerante e encobrir o erro do outro. Pelo contrário, amar é dizer a verdade e confrontar o outro para ajudá-lo a ser melhor.

    iG: O presidente americano Barack Obama declarou recentemente ser a favor do casamento gay. O senhor acha que essa posição pode fortalecer o movimento gay?
    Silas Malafaia: Sim. Mas, pressionado, o presidente Obama está fazendo um jogo de uma cartada de alto risco. Se a eleição americana tivesse um republicano forte, com liderança, jamais o Obama abriria a boca para falar isso. É ruim, amigão.

    iG: Ultimamente as telenovelas da Rede Globo costumam contar com personagens homossexuais. Qual é a sua opinião?
    Silas Malafaia: (Irônico) Querido, muitos escritores da Globo são gays, né, irmão. O mais famoso deles é gay declarado. Escrevi uma carta para a direção da Globo dizendo o seguinte: imagina se na novela das 18h, das 19h, das 21h e nos humorísticos tivessem personagens evangélicos. Não ia ser uma chatice? Acho que sim. Eles estão caindo no ridículo porque já está ficando chato demais. E outra. Você já viu que os gays nas novelas são politicamente corretos? E os evangélicos são babacas, estúpidos, idiotas. Qual é o objetivo? Irmão, o ser humano é um ser social, que vive de identificação. A televisão é um instrumento poderoso para mudar comportamento.

     Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O GloboMalafaia: "Homofobia é falácia de ativista gay para manter verbas para suas ONGs"

    iG: O senhor costuma dizer que a maior parte dos abortos é fruto de promiscuidade e irresponsabilidade. E em casos de estupro e de bebês anencéfalos, qual é a sua opinião?
    Silas Malafaia: Irmão, sou contra qualquer tipo de aborto e te explico o motivo. Na gestação, o agente passivo é a mãe. O agente ativo é o feto, ele não é prolongamento do corpo da mãe. É o bebê que regula a estação da mãe, o líquido amniótico. Se não estivesse protegido por aquela capa, ele era expulso do corpo da mulher como um corpo estranho. Doa essa criança!

    Relembre: STF libera o aborto de fetos anencéfalos no Brasil

    iG: Algumas pessoas defendem a ideia de que muitas mulheres morrem em clínicas clandestinas de aborto. Se a prática fosse legalizada, isso não ocorreria. O aborto é uma questão de saúde pública?
    Silas Malafaia: Saúde pública é proteger a mãe e o bebê. Não existe saúde pública protegendo a mãe e matando o bebê. Saúde pública é dar vida, longevidade.

    iG: Em junho do ano que vem, a Igreja Católica vai realizar no Rio a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa. O que o senhor acha da realização desse evento na cidade?
    Silas Malafaia: Parabéns para a Igreja Católica. Acho bacana a conscientização à juventude. Dou parabéns, não tenho nada contra.

    iG: Foi veiculada na Rede Record, do bispo Edir Macedo, uma matéria atacando o apóstolo Valdemiro Santiago. Após a exibição, o senhor declarou que era o “sujo falando do mal lavado”.
    Silas Malafaia: Eu já defendi ambos em situações difíceis, até de perseguição. Não me arrependo. Critiquei a matéria porque quem é Macedo para falar de Valdemiro? Como ele pode fazer essas acusações? Ele tem que ficar quieto. Com que dinheiro foi comprada a Rede Record? Com a oferta de dízimos. Então ele não tem autoridade para falar. E o senhor Valdemiro, que vem batendo no Macedo, também não tem autoridade para falar. É feio para o Valdemiro cuspir no prato que comeu.

    iG: Como é a sua relação atual com eles?
    Silas Malafaia: Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo. O Valdemiro comprou o meu horário na TV, oferecendo uma quantia maior. Defendo o cara no meu programa quando outros descem o pau nele e ele vai por trás e compra o meu horário? (Indignado) Tenho princípio de caráter e moral, amigo. O Macedo eu defendi, sem ter me pedido, quando ele foi preso. Marquei minha posição. Aí, ele aumentou quase dez vezes o valor do horário que eu tinha na emissora dele para me colocar para fora porque não quis participar de um esquema político.

    iG: Como era esse esquema?
    Silas Malafaia: Ele queria que eu me candidatasse em 1998 a deputado federal e neguei. Se ele tivesse caráter e falasse que não me queria mais na emissora dele, eu o teria respeitado. Sua atitude não foi só deselegante, como também faltou ética.
     Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo"Nem para o cargo de assistente de carimbador de vereador quero concorrer", diz Malafaia
    iG: Tantos anos depois desse convite, hoje o senhor pensa em entrar para a política?
    Silas Malafaia: Amigo, sou pastor. Sou um cara para influenciar, não para ser. Aqui no Estado do Rio, ajudei a eleger meu irmão (Samuel Malafaia - PSD) como terceiro deputado estadual mais votado e ajudei outros três deputados federais. Quero influenciar. Ser, nunca. Nem para o cargo de assistente de carimbador de vereador quero concorrer.

    iG: Em 2009, houve uma polêmica com o jatinho que o senhor comprou nos Estados Unidos. Em quais situações ele é utilizado?
    Silas Malafaia: Não tenho nada a esconder, irmão. Nunca enganei as pessoas que colaboram comigo. O avião era usado, custou três milhões de dólares e está em nome da Associação Vitória em Cristo. Sou presidente de uma instituição, viajo pra cima e pra baixo, ela tem fundos, meus parceiros são informados do que vou fazer e querem me acusar de quê? O Papa pode andar de jumbo. Mas pastor quando anda de avião é ladrão e está roubando o povo otário que não sabe nada.

    iG: Como é o nível de escolaridade dos fiéis da sua igreja?
    Silas Malafaia: Amigo, na minha igreja tem desembargador, procurador, empresários, pessoas fazendo doutorado e gente pobre também. A igreja evangélica tem todos os tipos de classe. Pensam que ela é formada por um bando de babacas iletrados e um malandro toma o dinheiro deles e faz o que quer. Igreja, como qualquer entidade sem fins lucrativos, não paga Imposto de Renda, mas é obrigada a declarar o movimento. Se eu estiver fazendo sacanagem, vou para o saco, irmão!

    iG: E por que teve tanta repercussão aquele vídeo (assista) em que o senhor pedia um mês de aluguel para plantar a semente da casa própria?
    Silas Malafaia: Vai ver o troço, rapaz (irritado). Fiz um vídeo para os membros da minha igreja. Uma campanha: se você acredita e quer, pegue um mês de aluguel, que pode ser dividido por um ano, e semeie pela fé como oferta na igreja, acreditando e crendo que Deus vai abrir uma porta para você ter uma casa própria. É para quem crê. Ninguém é obrigado.

    iG: Não são por causa de iniciativas como essa que surgem os preconceitos?
    Silas Malafaia: Filho, não posso prometer aquilo que não tenho poder para dar. Uma coisa é dizer (eleva o tom de voz): me dê uma oferta que você vai comprar a sua casa própria. Outra coisa é dizer (abaixa o tom de voz): meus irmãos, quero fazer uma campanha de fé para quem desejar. Se você não crê, não faça. Quer ir à minha igreja para ver os testemunhos de quantas pessoas que moravam de aluguel compraram a casa própria? Irmão, com todo respeito, não sou um pastor analfabeto. Tenho formação. Não sou um mané e nem minha igreja é de idiotas. Se chego na minha igreja e digo que, se o cara der uma oferta, ele ganha aquilo, sou colocado pra fora.

    iG: De onde vem o seu dinheiro?
    Silas Malafaia: Sou dono da editora Central Gospel. Da igreja tenho direito a salário, mas como estou no projeto gigante de abrir igrejas, abri mão. Sou o pastor que mais vende palestras em DVD e livros no País. No ano passado, só a Avon comprou mais de 500 mil livros meus. Nos últimos cinco anos, vendi em cada ano mais de um milhão de livros. Como tenho outro meio de renda, abri mão do salário da igreja. Não porque ela não quis pagar. Ela paga muito bem a pastor.
     Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo"Nas novelas, os evangélicos são babacas, estúpidos e idiotas", avalia Silas Malafaia

    iG: E o senhor faz declaração do Imposto de Renda...
    Silas Malafaia: Lógico, hermano. Tudo meu, brother, está declarado. Um apartamento que tenho em Boca Ratton, nos Estados Unidos, usado pelo meu filho quando estava fazendo universidade, financiado em 30 anos, consta na declaração de ativos no exterior no Banco Central. Estou muito bem documentado. Meu amigo, o único animal que tenho é um cachorro, não tenho gado, fazenda nem sítio. Moro em uma boa casa em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes (bairro da zona oeste do Rio), que adquiri a cinco ou seis anos. Tenho minha consciência limpa. Sou dono da segunda maior editora gospel do País. Ela fatura mais de R$ 50 milhões por ano. Então acho que posso ter alguma coisinha.

    iG: Quanto ganham em média os pastores da sua igreja?
    Silas Malafaia: Ninguém ganha igual. Cada um tem o seu valor. Tenho pastores que ganham entre R$ 4 mil e R$ 22 mil. Pastores que mando para outro estado, pago casa, água, luz, escola dos filhos, gasolina. Dou dignidade aos caras. Não trabalho com zé bobão. Tinha dois pastores que eram advogados e possuíam escritórios de advocacia. Cheguei e perguntei: amigo, o que você quer ser? Pastor ou advogado? Qual é teu chamado? Pastor? Então fecha essa porcaria e vem comigo. Não tenho gente que não ia ser nada na vida e virou pastor.

    iG: O senhor diz que é o único pastor que fala em valores. Quanto o senhor paga pelo o seu tempo na TV?
    Silas Malafaia: Não posso dizer o que pago na Band por regra contratual. Na Rede TV, pago R$ 900 mil por mês. Na CNT, pago R$ 450 mil. Eu dou número, amigo. Não tenho problemas.

    iG: Para finalizar, o senhor aceitaria receber dízimo de um político de Brasília?
    Silas Malafaia: Amigo, em todo seguimento tem bandido. Pastor, padre, jornalista, médico, advogado e vai embora. Se um cara é membro da minha igreja e dá o dízimo, ele não dá na minha mão. Tenho 25 mil membros. Meu irmão é deputado no Rio. Dá dízimo na minha igreja. Se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Recebo o dízimo porque não acredito que todo político seja bandido. Se eu souber de onde vem o dinheiro, muda a situação. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira... (ri)!

    Serviço: Marcha para Jesus - Rio 2012
    Local: Saída às 14h, na Central do Brasil
     Participações: Régis Danese, PG, Eyshila e Ministério Apascentar, entre outros



    fonte: IG - ÚLTIMO SEGUNDO

    sexta-feira, 18 de maio de 2012

    Após subir mais de 2%, dólar fecha em alta de 0,6% com ação do BC

    Autoridade monetária vendeu US$ 654 milhões em operação no mercado futuro

    Reuters |
    Diante do avanço de mais de 2% do dólar no final da tarde desta sexta-feira, chegando a se aproximar de R$ 2,06, o Banco Central voltou a intervir no mercado para segurar a cotação da moeda norte-americana.


    Bolsa: Ibovespa tem pior desempenho semanal desde agosto de 2011


    Segundo operadores, a autoridade monetária buscou corrigir a alta exagerada, um movimento considerado volátil demais e evitar possíveis impactos inflacionários.

    O dólar fechou a sexta-feira com alta de 0,62%, cotado a R$ 2,0185 na venda, depois de bater na máxima do dia, de R$ 2,0577, com valorização de 2,57% na ocasião.

    Na semana, a divisa norte-americana acumulou avanço de 3,20% e, no ano, já se valorizou 8,03%. O dólar ainda fechou a semana na maior cotação desde 22 de junho de 2009, quando encerrou o período cotado a R$ 2,023.

    "O BC tinha que entrar (no mercado) para a moeda parar de subir. O mercado estava completamente distorcido. Ele (BC) atuou para evitar essa distorção", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.

    O BC vendeu todos os 13.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta sexta-feira, com vencimento em 1º de junho. A operação equivaleu a um volume financeiro de US$ 654,3 milhões.

    A última vez que o BC havia feito um leilão de swap cambial tradicional foi no dia 28 de outubro do ano passado, para rolar alguns contratos que estavam vencendo.

    Pouco mais de um mês antes, a autoridade monetária havia voltado a fazer esse tipo de intervenção, em 22 de setembro, quando a moeda norte-americana estava no patamar de R$ 1,90.

    Além de evitar distorções no mercado, Trabbold acredita que o BC também quer evitar um impacto mais forte na inflação.

    No entanto, depois do swap e de várias altas seguidas -o dólar subiu em cinco das últimas seis sessões-, o operador diz acreditar que a moeda norte-americana pode ter uma correção técnica na segunda-feira.

    "Segunda-feira a moeda pode recuar um pouco. Se subir de novo e bater os 2,05 reais, o próprio mercado vai se corrigir, porque sabe que perto disso o BC pode atuar", afirmou.

    O operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovídio Soares também avalia que o BC quis mostrar que está atento. "O mercado exagerou muito hoje na alta e por isso o BC entrou, para mostrar que está vivo", completou.

    Soares não descarta que o dólar possa voltar a subir caso o mercado internacional continue negativo e volte se deteriorar com a questão da Grécia. No entanto, o BC voltaria a atuar para conter essa valorização excessiva, ainda de acordo com o operador.

    FONTE: IG ECONOMIA

    Conheça os programas de fidelidade das companhias aéreas

    TAM, Gol, Azul e Avianca oferecem vantagens a clientes, que podem trocar pontos ou passagens aéreas ou dia no SPA

    Danielle Brant e Olivia Alonso, iG São Paulo |
    Foto: DivulgaçãoPrograma de fidelidade da TAM é um dos que mais benefícios oferece aos clientes
    Se você já comprou passagem de avião pela internet, já deve ter se deparado com alguma propaganda de programa de fidelidade da companhia aérea. O benefício pode ser vantajoso para aquelas pessoas que viajam bastante, a trabalho ou lazer. Além de trocar as milhas adquiridas por bilhetes aéreos, alguns programas oferecem outros “mimos” para conquistar o cliente, como descontos em produtos de empresas parceiras e até troca por atividades inusitadas, como um dia no SPA ou consultoria financeira.


    Mais: Dicas para não desperdiçar suas milhas


    No Brasil, das cinco maiores companhias aéreas, quatro têm programas de fidelidade: TAM, Gol, Azul e Avianca. A única que não possui é a Webjet, cuja compra pela Gol ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa da Econômica (Cade). Entre as empresas, a que tem opções mais atrativas e diversificadas ao cliente é a TAM, que, por ser associada à rede internacional de companhias aéreas Star Alliance, a qual contém 25 afiliadas, possui maior cobertura de destinos estrangeiros.


    Veja: Programa Smiles, da Gol, lança voo exclusivo para Miami


    O cliente também pode resgatar os pontos do TAM Fidelidade em companhias parceiras e que pertencem à Multiplus, um braço da aérea que permite aos participantes acumular e resgatar pontos em vários segmentos de diferentes mercados. Já a Gol, parceira de Air France, KLM, American Airlines e Delta Airlines, oferece como vantagem do Smiles a troca de milhas por passagens aéreas, e também possui parcerias com hotéis, bancos e outros estabelecimentos para acelerar o acúmulo das milhas.

    O programa Amigo, da Avianca, segue o mesmo estilo, com a exceção de que os pontos não podem ser trocados por passagens internacionais. A companhia oferece descontos em aluguéis de veículos e abatimento no estacionamento de Guarulhos. Já o Tudo Azul, da Azul, tem uma proposta diferente. Em vez de acumular pontos, o cliente soma créditos que podem ser convertidos em um voucher e, depois, virar descontos em passagens aéreas. Esses créditos também podem ser obtidos com compras feitas em cartões de crédito vinculados a alguns bancos.


    Também: Gol e Delta devem integrar vendas de passagens até o fim de 2012


    Confira, no infográfico abaixo, os principais destaques de cada programa de fidelidade.

    quinta-feira, 17 de maio de 2012

    CONFIRA 5 DICAS PARA VOCÊ COMEÇAR UM NEGÓCIO DIGITAL

    GURU DO VALE DO SILÍCIO DÁ CINCO DICAS PARA COMEÇAR UM NEGÓCIO DIGITAL.
    Dave McClure, que ajudou a criar mais de 300 empresas virtuais, participou de evento em São Paulo

    Pedro Carvalho, iG São Paulo | 17/05/2012 05:55:32

    iG São Paulo

    McClure: é preciso colocar a ideia no ar rápido, mesmo com falhas, diz ele
    No Vale do Silício (EUA), Dave McClure é uma mistura de empreendedor digital (aqueles que inventam negócios), investidor-anjo (que pagam por eles) e guru da inovação. Após fundar e vender a Aslon Computing, trabalhou para empresas como Intel, Microsof e PayPal. Depois fundou um dos mais respeitados fundos de investimento da região de San Francisco (EUA), a 500Startups, que já ajudou mais de 300 companhias a saírem do papel.

    Nesta semana, assim como fez há um ano, McClure convocou cerca de 50 “nerds” da vizinhança para vir ao Brasil, ver as novidades da cena digital. O projeto “Geeks on a plane” (“nerds num avião”, em inglês) reuniu mentes criativas – e bolsos generosos – de todo País na tarde de quarta-feira (16), em São Paulo. Após sua palestra, ele disse ao iG quais as cinco coisas que alguém deve ter na cabeça para ter sucesso numa empreitada nos negócios virtuais.



    1) Fale com os clientes.

    Sejam quem forem os usuários de sua futura empresa, converse com eles – não somente online, mas no mundo real – para entender quais os problemas e preferências que possuem. “Descubra as questões que o site – ou rede social, aplicativo etc – terá de resolver na prática, não só na teoria”, diz McClure.
     


    2) Tenha certeza de que alguém no time que você recrutar será capaz de construir – digitalmente falando – o negócio.

    “As empresas precisam de um hacker, um hustler (espécie de cafetão, em tradução livre) e um hipster (um cara descolado). Para, respectivamente, codificar, vender e desenhar o projeto”, afirma o guru.
     


    3) Entenda como usar as plataformas de distribuição e aquisição de clientes.

    No mundo digital, esse termos significam canais como o Google, o YouTube, o Twitter e o Facebook. Muitos “nerds” altamente capacitados, segundo McClure, sabem como desenvolver o projeto, mas pecam ao não usar da melhor forma os caminhos para leva-lo aos clientes.



    4) Coloque a ideia no ar o mais rápido que conseguir, mesmo se não estiver completamente lapidada.

     “Não gaste muito tempo e dinheiro tentando deixar o negócio sem falhas, porque ele terá falhas de qualquer forma – e é preciso ir ao mercado para percebê-las”, diz o americano. “Suas primeiras dez tentativas estarão erradas, mas você precisará delas para acertar na décima primeira.”


    5) Por fim, um conselho que quase contradiz a primeira dica da lista. É melhor medir e assistir ao comportamento dos usuários

    , diz McClure, do que perguntar a eles como o site deveria ser. Isso porque muitas vezes eles estarão errados. Contraditório? Não, afirma o guru. “Ouvir é fundamental, mas nem por isso deve-se acreditar em tudo. Pergunte coisas, mas prefira medir o comportamento. Não precisa medir tudo, apenas os dados que ajudarão você a tomar decisões.”



    - Leia também: fundo de Dave acaba de investir em rede social criada em Manaus


    “A maioria dos projetos nos quais investimos falha, mas é ok, incluímos isso no nosso modelo de negócios”, diz Dave. O fundo compensa os erros apostando pequenas quantias em muitos empreendedores. Eventualmente, acham uma ideia como o slideshare, plataforma de apresentações online: foram necessários US$ 3,5 milhões para erguer a companhia, depois vendida por US$ 120 milhões.

    Na palestra, Dave também ressaltou que atualmente é preciso menos dinheiro para colocar um projeto no ar. Segundo ele, se gasta menos com servidores e software, por ser possível hospedar dados na “nuvem” e usar programas com códigos abertos. "Se você souber programar, talvez não gaste nada", afirma.

    “O importante é colocar logo a ideia no ar, chegar ao ponto em que pessoas reais usam o produto. Entre três e seis meses é o tempo ideal para lançar o que chamamos de Mínimo Produto Viável e medir o retorno no mundo real”, diz Dave.

    Mais:

    - Sete ideias da Campus Party que podem mudar a economia

    - Conheça o CEO surfista da "universidade que quer salvar o mundo"

    FONTE: IG ECONOMIA

    Brasileiro do Facebook deixa de ser americano e economiza US$ 67 mi

    Valor é referente a impostos que Eduardo Saverin, cofundador da companhia, deixará de pagar ao abrir mão de cidadania

    iG São Paulo | - Atualizada às
    Foto: Economia"Dislike": se o governo americano considerar que Severin abriu mão da cidadania para evitar impostos, pode impedí-lo de voltar aos EUA.
    A notícia, publicada pela Bloomberg na sexta-feira, era baseada em uma nota divulgada pela IRS (equivalente americano da Receita Federal) em abril, entitulada pessoas "que optaram pela expatriação".


    Veja mais: Filme “A Rede Social” aborda ética e roubo de ideias


    O Facebook planeja levantar até US$ 10,6 bilhões em um IPO (abertura de capital na bolsa de valores) que poderá elevar o valor da companhia a US$ 9,6 bilhões.
    A oferta inicial de ações poderá deixar Saverin, dono de quase 5% da companhia, com uma conta de impostos a pagar por ganho de capital, estimada pela Bloomberg em US$ 67 milhões.


    Leia também: Brasileiro é destaque em ranking mundial de bilionários solteiros


    Saverin vendeu o suficiente de suas ações no Facebook para não aparecer nos documentos do IPO que apontam quem são os acionistas com mais de 5% das ações da companhia, ainda que o volume de ações que possui, acredita-se, seja substancial.

    Um porta-voz do brasileiro não respondeu aos várias pedidos para que comentasse porque Saverin renunciou a sua cidadania.



    Ilha-Estado

    Saverin hoje vive em Cingapura, uma cidade estado asiática que não cobra impostos sobre ganhos de capital. Nos Estados Unidos, há uma taxa mínima de 15% para ganhos de capital de longo prazo, para pessoas com alta renda.

    Saverin, nascido no Brasil - é neto do fundador da marca de roupas infantis Tip Top -, foi educado em Harvard, nos Estados Unidos, aonde criou com Mark Zuckerberg e outros colegas o Facebook.


    Leia ainda: Conheça os 20 primeiros funcionários do Facebook


    A questão da cidadania americana virou tema de debate esta semana depois que Michele Bachmann, ex-candidata a presidência pelo partido Republicano, revelou que ter conseguido a dupla cidadania americana-suíça - ela tem o direito por ser casada, desde 1978, com um suíço.

    Renunciar a cidadania americana é um processo longo e complicado que demanda um juramento assinado e a apresentação diante de um funcionário diplomático americano, de acordo com o site do Departamento de Estado dos Estados Unidos. É um ato irrevogável.

    De acordo com o mesmo relatório em que foi identificado o nome de Saverin, outro nome conhecido que abriu mão da cidadania americana no último trimestre foi Philip Radziwill, sobrinho de Jackie Onassis, mulher do presidente assassinado John F. Kennedy.

    Segundo a Business Insider, Saverin corre o risco de não poder voltar aos EUA. Pela legislação americana, pessoas que renunciam a cidadania para evitar o pagamento de impostos podem não receber novos vistos de entrada no país.

    (Com Reuters)

    FONTE: IG ECONOMIA