quinta-feira, 31 de maio de 2012

Perdas inflacionárias geram necessidade de revisão da aposentadoria

É possível solicitar, no próprio site da Previdência, cálculo para verificar se benefício está correto, sobretudo para aposentados nos anos de alta inflação

Soraia Duarte- especial para o iG |

A alta inflação, somada aos diferentes planos econômicos que marcaram as décadas de 1980 e 1990, deram origem a diversos indicadores que, à época, eram utilizados para corrigir e calcular a aposentadoria. Para se ter uma ideia, a Previdência Social informa que, ao longo dos anos 1990, foram aplicados, como índices de correção do benefício, o INPC, o IPC-r, o IGP-DI e o IRSM.


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Essa sopa de letrinhas muitas vezes se desdobrava em descasamento entre a correção das contribuições e dos benefícios. “Nem sempre eram corrigidos pelo mesmo valor da perda inflacionária”, afirma Paulo Mente, diretor da Assistants Consultoria Atuarial. Por isso, possível que, no momento da aposentadoria, o teto tenha deixado de ser reajustado ou que estivesse num patamar desajustado frente à inflação daquela época.


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Isso aconteceu, por exemplo, quando o Plano Real foi instituído, em 1994. Segundo a Previdência Social, o INSS utilizou, para os benefícios concedidos entre fevereiro de 1994 e março de 1997, a variação do Índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM) para atualização dos salários de contribuição apenas até janeiro de 1994. Em seguida, converteu os valores então atualizados para a Unidade de Referência de Valor (URV), instituída em 28 de fevereiro daquele ano.


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A Justiça entendeu que o procedimento adotado pelo INSS pode ter se refletido em perdas para quem se aposentou naquela época. A Previdência Social informa que, pelo fato de não ter sido utilizado o IRSM de fevereiro de 1994 – mês em que a URV passou a vigorar - houve redução na renda mensal inicial dos benefícios concedidos. Inclusive, foi publicada uma Lei cujo objetivo foi reparar esse erro.


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É possível solicitar um novo cálculo para verificar se o valor do benefício está correto. Esse serviço está disponível nos postos de atendimento do INSS e também pelo site da Previdência. Há, ainda, advogados especializados nesse tema.


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Qualquer segurado tem direito a solicitar a revisão do cálculo aplicado ao benefício. Porém, Mente alerta que as possíveis incorreções estão no cálculo do início do benefício e guardam relação direta com as perdas inflacionárias. “As diferenças eram evidentes nos tempos de alta inflação”, reforça. Nos anos recentes, em que o País convive com uma inflação baixa, já não ocorrem incorreções que demandem uma revisão dos valores, acredita.

fonte: IG ECONOMIA

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Fatiada em três, classe média é 54% da população

Pelos critérios que passarão a ser adotados pelo governo estão nessa faixa as famílias com renda per capita entre R$ 300 e R$ 1 mil

iG São Paulo |
A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) divulgou nesta terça-feira estudo que estabelece novos critérios para a identificação da classe média brasileira e a define como o grupo composto por famílias com renda per capita entre R$ 300 e R$ 1 mil. Atualmente, esse universo representa 54% da população do país.

Em parceria com outros especialistas, foram adotados diversos critérios para definir as faixas de renda da classe média, dividida em três subgrupos. Segundo a SAE, o principal critério observado foi o da vulnerabilidade, ou seja, a chance que a população tem de sofrer decréscimo na renda, e assim ser rebaixada de classe.


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A nova classificação vai servir para o governo tomar medidas que sustentem a emergência da classe média na sociedade brasileira. Em 2001, o percentual da população que se encaixava nesse perfil era de 38%.

“Adotamos um novo método, com novas metas e novas métricas. A expectativa é que a gente entenda melhor e mapeie essa nova classe, que ascendeu nos últimos dez anos e se transformou na maioria da população brasileira”, afirmou o ministro da secretaria, Moreira Franco.

A nova classe média foi dividida entre a baixa classe média, com renda per capita entre R$ 300 a R$ 440; classe média, com ganho entre R$ 440 a R$ 640; e classe média alta, com rendimento entre R$ R$ 640 a R$ 1.020.


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Além dessas três definições, mais cinco foram feitas para enquadrar as diferenças de renda no país. A faixa “extremamente pobre”, com renda de até R$ 81; a “pobre, mas não exatamente pobre”, com renda entre R$ 162 e R$ 291; a vulnerável, com renda entre R$ 291 e R$ 441; a baixa classe alta, com renda entre R$ 1.019 e R$ 2.480; e a alta classe alta, com renda acima de R$ 2.480.

O nível de renda foi feito com base nas últimas pesquisas disponíveis sobre o tema, realizadas em 2009. Os valores foram corrigidos até abril deste ano.
(Com Valor Online)

fonte: IG ECONOMIA

terça-feira, 29 de maio de 2012

 
 

A concorrente quer me contratar!Diante da escassez de profissionais no mercado de trabalho, não é raro empresas buscarem talentos entre os concorrentes. Hoje, os mais assediados são os empregados nas áreas de TI, Petróleo e Gás, Geologia e Engenharias, em geral, em nível executivo. Mas e você, como reagiria se recebesse uma proposta da empresa rival?


Rachel Sciré
terça-feira, 29 de maio de 2012


“O mercado está tão dinâmico que não há problema em ser procurado pela concorrente”, afirma Irene Azevedo, diretora de negócios da LHH/DBM, empresa de soluções para desenvolvimento de talentos. No entanto, a consultora destaca que é preciso tomar alguns cuidados logo que for acionado pelo headhunter.

O primeiro é avaliar se aquela movimentação faz sentido – se há profissionais deixando a concorrente ou a se a contratação está relacionada a alguma nova estratégia da empresa, por exemplo. Caso contrário, pode ser apenas uma sondagem de mercado, algumas vezes, com más intenções.

Além disso, como se tratam de concorrentes, deve-se evitar a troca de informações sobre rotinas e processos. “O profissional tem que falar o mínimo possível da empresa atual e, em vez disso, destacar suas qualidades e realizações”, ensina Irene.

Como em qualquer outra oportunidade, antes de aceitar a proposta é necessário considerar se não há nada mais para aprender na organização em que está empregado e se não existem chances de crescer ali. “Deve-se pensar se a proposta do concorrente vai dar oportunidade de fazer um salto na carreira e assumir uma posição mais desafiadora”, diz.



Saída sem tropeços

– Pedir demissão é sempre delicado, imagine então quando você está deixando seu trabalho para assumir um posto na concorrência? Na hora do desligamento, a recomendação é ser bastante profissional: dizer que teve uma oportunidade melhor, deixar todas as suas coisas organizadas e as tarefas cumpridas.

Como você não é obrigado a contar para onde está indo, pode avisar o chefe e os colegas só depois de ter começado no emprego novo – o que não vale, caso o funcionário tenha assinado uma cláusula de não concorrência. Fora do Brasil, esse documento é bastante comum fora, principalmente em cargos executivos. Ao assiná-lo, o profissional assume o compromisso de não trabalhar no concorrente por um período determinado, depois de sair da empresa. Em contrapartida, o antigo empregador se compromete a pagar uma indenização durante o tempo de inatividade profissional. “Algumas concorrentes chegam a esperar os profissionais durante esse período”, conta Irene. Empresas de tecnologia, de agronegócios, de automóveis e instituições financeiras estão entre as que mais se utilizam do contrato.




Nada a recear

– Se o profissional não tem nenhum impedimento deste tipo, não deve se preocupar se a troca de emprego vai pegar mal. De acordo com Irene, o ambiente mudou e as organizações se reestruturam com maior facilidade. “Se a oportunidade for melhor, nenhum chefe ou colega vai achar que você agiu mal, só porque se trata de concorrente”, diz ela, que também já passou por essa situação.

A consultora ainda explica que não esbarrar em questões éticas durante a transição depende da postura assumida pelo profissional. “Jamais leve informações de onde você trabalhou, nem se valha delas para fazer seu trabalho”, recomenda.

Para quem ainda não recebeu um convite para mudar de empresa, também fica a dica: não fale mal do concorrente em hipótese alguma. A ideia é sempre valorizar seus diferenciais e nunca subestimar o rival. Afinal, se um dia você for convidado para trabalhar lá, poderá aceitar o convite sem passar por uma saia justa.

fonte: Click Carreira - MSN

Brucutu, paizão ou estrela? Saiba que tipo de chefe é o seu

Se tem algo que o profissional não consegue escolher durante sua carreira é o chefe que terá.

Algumas pessoas têm sorte e trabalham com líderes que contribuem para o seu crescimento. Já outros têm de aprender a lidar com chefes despreparados. Mas nem tudo está perdido.

Para o professor e mestre em Administração, Marcos Morita, cabe ao profissional tentar entender os tipos de chefe, respeitar e saber tirar o melhor de cada um. "Mesmo que pareça impossível, pode ser mais efetivo que tentar encontrar o modelo que melhor se adeque ao seu perfil".

Para ajudar no processo de entendimento do chefe, o especialista apontou seis perfis de líderes comuns dentro das organizações.

Confira.
Este tipo de chefe não aceita desculpas, atrasos ou trabalho entregues de má qualidade. Com temperamento forte e genioso, utiliza argumentos convincentes e às vezes apelativos. Para trabalhar com este tipo de líder é necessário estar sempre pronto, ter os resultados na ponta da língua e entregar as atividades dentro do prazo.

Nada de ruim ou negativo consegue grudar em sua imagem, seu maior patrimônio. Ele se desvencilha com facilidade de situações complicadas, tendo sempre um discurso ou resposta pronta. Para salvar sua pele, não titubeia em colocar terceiros em xeque. Uma boa sugestão é documentar e registrar o combinado, não deixando o dito pelo não dito.

Falante, extrovertido e um tanto egocêntrico, necessita da aprovação e admiração de seus subordinados. Não raro, costuma perder tempo com autoafirmações ou brincadeiras que o tenham como centro das atenções. Começar a conversa elogiando-o ajudará a amolecê-lo. Como perderá muito tempo se vangloriando, seja breve e sintético, sabendo que o foco não estará no problema apresentado.

Às vezes inseguro, prefere escutar a opinião da equipe a decidir sozinho. Apesar de ser considerada uma virtude, em médio prazo, esta característica pode se transformar em algo negativo, devido ao envolvimento da equipe em todos os assuntos. Ajudá-lo com dados secundários e informações de mercado, assim como sugerir a utilização de ferramentas como redes colaborativas, podem acelerar as decisões e reduzir o impacto na produtividade do grupo.

Este tipo de chefe protege a sua equipe. Gosta que seus profissionais se comportem como uma família, evitando ao máximo o conflito. Apesar de parecer uma gestão confortável, pertencer a esta equipe pode gerar acomodação a seus integrantes. Combinar antecipadamente com o grupo decisões difíceis antes de apresentá-la a chefia, pode ser uma estratégia inteligente.

Este tipo desconhece a diferença entre as palavras importante e urgente. Costuma literalmente sentar nos problemas deixando-os estourarem para que então saia em sua resolução. Costuma enlouquecer a equipe, fazendo de sua desorganização a prioridade do time. Organização e métodos são as chaves para colocar um pouco de sanidade nesta situação.


fonte: Click carreira - MSN

Tem dívidas? Veja o que pagar primeiro

Para evitar uma bola de neve, especialistas recomendam quitar as contas com juros maiores, como cartão de crédito, e de serviços essenciais, como água e luz


Danielle Brant |
Getty Images
Na hora de pagar as contas, é preciso priorizar as dívidas com taxas de juros maiores
Reorganizar as finanças não é tarefa fácil. Principalmente quando o endividamento já está tão descontrolado que fica complicado saber por onde começar a atacar o problema. Em vez de pagar as contas menores, os especialistas recomendam quitar aquelas sobre as quais incidem juros maiores, como cartão de crédito e cheque especial. Mas também é preciso colocar em dia as dívidas de serviços essenciais, como água e luz.
“É preciso mesclar as dívidas que penalizam mais financeiramente com aquelas que geram sanções”, explica Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de estudos econômicos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na prática, isso significa que é preciso sentar e fazer contas, mas sem deixar de lado aquelas dívidas que penalizam o consumidor no dia a dia. “Se eu deixo de pagar a energia elétrica de casa, cortam a luz. Se não pago a escola, as crianças ficam sem a matrícula no próximo ano letivo”, diz.


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Essa dica vale ainda para condomínio em atraso e licenciamento do veículo, que pode dar uma dor de cabeças daquelas, caso o carro seja multado ou apreendido por não estar regularizado. Deixar de pagar o financiamento do veículo também não é uma boa ideia, pois a financeira pode reaver o carro em alguns meses.

Ao priorizar as contas, não se esqueça daquelas com juros mais altos. “Em primeiro lugar, é preciso pagar o que custa mais caro, de acordo com a taxa de juros. Os juros mais elevados do mercado são os do cartão de crédito. Portanto, não atrase a fatura”, afirma Keyler Carvalho Rocha, presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP). No caso do cheque especial, as taxas médias de juros podem chegar a 159,76% ao ano, enquanto as de cartões de crédito podem passar de 238% anuais, de acordo com dados da Anefac.


Dívida mais barata

Rocha adverte ainda para a armadilha do pagamento mínimo da fatura, o que pode dobrar o valor total. “Se preciso, negocie para fazer o pagamento em taxas menores. Ou então pode ser vantagem pegar um empréstimo para pagar o cartão ou para cobrir o cheque especial, porque depois você fica devendo a taxas menores a financeira”, diz o economista. E não caia na tentação de usar o dinheiro para pagar as dívidas com juros menores, como de eletrônicos e bens de consumo de baixo valor agregado, cuja taxa gira em torno de 74% ao ano, segundo a Anefac. “Se conseguir obter o crédito, pague as dívidas mais caras”, sugere Rocha.


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A maior oferta de crédito a juros menores pode até dar uma mãozinha nesse sentido. “Através da portabilidade do crédito, você pode negociar o endividamento junto a um banco. Você troca a dívida mais cara pela mais barata”, afirma o professor José Nicolau Pompeo, da PUC-SP. Em média, os juros dos empréstimos pessoais de bancos são de 54% ao ano, enquanto os de financeiras podem chegar a 155,76%.

Fique de olho também nas multas que incidem sobre o atraso de determinadas contas. “É bom lembrar que no mês seguinte será necessário pagar o valor e mais um percentual que pode chegar a 20% ou mais. Ele vai acabar pagando muito”, afirma o presidente do Conselho de Administração do Ibef-SP.


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Por outro lado, há algumas contas cujo atraso penaliza menos o consumidor do ponto de vista do bolso. É o caso de dívidas em lojas de varejo com eletrônicos, eletrodomésticos e móveis, cuja taxa varia de acordo com a rede varejista. A pior sanção, neste caso, é a inclusão do nome no SPC. “Sempre que puder parcelar sem juros, aproveite. É uma forma de esticar a dívida”, afirma Rocha.


Dicas
  • Pague primeiro as contas de serviços essenciais (água, luz) e as contas que têm juros mais altos (cartão de crédito).
  • Em seguida, quite as dívidas que podem trazer dor de cabeça, como condomínio em atraso e licenciamento do veículo.
  • Preste atenção às contas que têm altas multas. Em alguns casos, a penalidade para o atraso é de 20% da dívida
  • Evite ao máximo pagar apenas o mínimo do cartão de crédito
  • Considere a possibilidade de renegociar dívidas e tomar empréstimo barato para quitar contas com altos juros
Reorganize-se

A definição de endividamento envolve os gastos que superam a renda pessoal ou familiar. Portanto, reduza despesas em áreas como lazer e alimentação, afirma o professor Edno Oliveira dos Santos, diretor do Instituto de Estudos Financeiros (IEF). “A primeira recomendação é fazer um orçamento que considere todas as rendas e despesas previstas para doze meses à frente, incluindo as despesas financeiras já existentes”, indica.


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“É preciso considerar que toda vez que você faz uma dívida – com exceção do crédito imobiliário, na opinião de Santos –, estará ficando mais pobre por causa dos elevados juros que pagará”, ressalta. Uma boa forma de aumentar a renda é vender dez dias de férias e use o Ddnheiro para pagar as dívidas.

fonte: IG ECONOMIA

Como pedir a desaposentação

Aposentou e continuou trabalhando? Só recorrendo à Justiça para rever benefício. Processo, no entanto, pode se reverter contra aposentado, com devolução da aposentadoria antiga

Soraia Duarte, especial para o iG |
Não são raros os casos de pessoas que continuam trabalhando após a aposentadoria. Apesar de já receberem o benefício, esses trabalhadores continuam contribuindo para a Previdência e, após algum tempo, tentam rever o valor recebido, incluindo no cálculo as contribuições posteriores, por meio da desaposentação.


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Desaposentar significa o pedido de cancelamento da aposentadoria para conseguir uma nova, que some todos os anos de trabalho e resulte em um benefício melhor. “É olhar para trás e fazer de conta que não se aposentou”, diz Ailton Laurindo, presidente da comissão de seguridade social da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP).


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Como é proibido, por lei, que um indivíduo tenha duas aposentadorias, a desaposentação seria uma espécie de renúncia aos proventos da primeira aposentadoria, afirma Laurindo, sem abrir mão do tempo contabilizado para conquistá-la. Ao contrário. A esse período, seriam somados os anos trabalhados posteriormente, com o intuito de atingir um benefício mais vantajoso. “Essa soma se reverteria em novos parâmetros para o cálculo da renda mensal”, diz.


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Só que a desaposentação não está prevista por um dispositivo legal. Quem decidir revisar a sua aposentadoria, aumentando a conta dos anos trabalhados, terá de reco às vias judiciais. Além de não estar prevista em nenhuma regra, a desaposentação se depara com uma norma que veta o direito à renúncia da aposentadoria, que é o Art. 181-B, do Decreto 3.048/99. “A desaposentação é uma construção jurisprudencial, não é um processo que se dê administrativamente”, afirma Laurindo. Assim, para a conseguir a desaposentação, de nada adianta se dirigir a um dos postos de atendimento da Previdência. Será necessário contratar um advogado e utilizar as vias judiciais.


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Laurindo diz que nem todos os casos são aceitos pela Justiça, mas destaca que o tema ganhou força nos últimos anos, em que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem se mostrado favorável. Segundo ele, as decisões consideram que o ato de se aposentar é um direito disponível, e cabe ao segurado renunciar a ele.


Entenda a Aposentadoria por tempo de contribuição


As situações mais comuns da desaposentação, diz, são de aposentadorias proporcionais que querem se transformar em integrais, já que houve um incremento no tempo de contribuição para conquistar a integral. Mas também há casos nos quais a pessoa, que se aposentou por tempo de contribuição, atinge a idade mínima e quer mudar o formato da aposentadoria, após constatar que seu benefício poderia ser maior no formado de aposentadoria por idade.


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Porém, diz Laurindo, além de depender de uma decisão judicial favorável, a desaposentação pode se deparar com um pedido de devolução do valor recebido na aposentadoria antiga, condição que já surgiu em algumas decisões judiciais para que para que uma nova fosse concedida. “Mas, aí, é outra briga na Justiça”, afirma Laurindo. Para ele, é possível questionar essa decisão.

fonte: IG ECONOMIA - FINANÇAS