sábado, 7 de julho de 2012

TELETRABALHO AINDA É UMA PROMESSA PARA COMPANHIAS NO PAÍS

Teletrabalho ainda é uma promessa para companhias no país


Por Maurício Oliveira | Para o Valor, de São Paulo

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Trabalhando de casa, o gerente de negócios da Ticket, Leandro Guedes, ganhou as horas que gastava por dia no trânsito

Apontado como uma tendência para o mundo corporativo na virada do milênio, o teletrabalho, ou o chamado trabalho remoto, ainda não deslanchou no Brasil como se esperava. Na maioria das grandes empresas, a adesão se restringe a situações específicas e não foram registrados avanços significativos nos últimos anos. "Por mais que a tecnologia já permita a um profissional se manter acessível e produtivo sem comparecer diariamente ao escritório, o mundo corporativo parece não estar totalmente convencido de que esse é um bom caminho", lamenta Alvaro Mello, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho (Sobratt) e professor da Business School São Paulo.

Militante da causa há duas décadas, ele aposta que três fatores mudarão essa realidade nos próximos anos: o encarecimento dos imóveis, as crescentes dificuldades de deslocamento e as aspirações de maior flexibilidade demonstradas pelos jovens profissionais. "A nova geração valoriza muito a possibilidade de não se submeter a uma separação tão rigorosa entre vida pessoal e profissional, como acontecia com seus pais e avós", diz.

Ironicamente, um exemplo de resistência ao trabalho remoto vem justamente do Google, um dos símbolos da evolução tecnológica e empregador dos sonhos para nove entre dez jovens da chamada geração Y. Com cerca de 300 funcionários no Brasil, a empresa não tem iniciativa de teletrabalho e não incentiva a prática. "Consideramos que trabalhar em casa é uma alternativa que só deve ser usada em casos de extrema necessidade e por tempo limitado", avalia a diretora de RH para a América Latina, Mônica Santos.

Na opinião dela, o convívio é muito importante para que as pessoas se mantenham motivadas e vibrantes e isso tem reflexos diretos no resultado do trabalho. A saída encontrada pela empresa foi tornar o escritório mais atraente para os jovens profissionais. Para isso, recorre a estratégias como ter uma mesa de pingue-pongue e promover eventos como o dia da peruca, em que todos podem trabalhar ostentando os mais extravagantes e coloridos adereços sobre a cabeça - sem perder o foco na produtividade, claro.

Na Vale, outra referência atual do universo corporativo brasileiro, há apenas casos pontuais de teletrabalho. Um exemplo é o diretor de arquitetura de tecnologia da informação, o alemão Tobias Frank, que passa a maior parte do tempo em Seattle, nos Estados Unidos, onde reside. Vez ou outra, comparece à unidade mais próxima da Vale, a de Toronto, no Canadá. "São casos muito mais ligados a necessidades específicas de uma empresa com presença global do que parte de uma estratégia formal de promoção do teletrabalho", explica o diretor global de recursos humanos e governança, Luciano Siani.

A Volvo, fabricante de carrocerias de caminhões e ônibus sediada em Curitiba, chegou a ensaiar um programa oficial de escritórios domésticos para algumas funções. Desistiu da ideia, contudo, há três anos, depois que as primeiras tentativas não foram bem-sucedidas. "Algumas pessoas se surpreenderam ao perceber que a experiência não foi tão satisfatória e produtiva quanto elas imaginavam", descreve o diretor de recursos humanos e assuntos corporativos, Carlos Morassutti. Hoje, a empresa abre exceções para casos como funcionárias com filhos pequenos, mas não incentiva a prática.

A dificuldade de adaptação é um dos grandes empecilhos para a disseminação do teletrabalho no país. Muitos profissionais apreciam o ritual de sair de casa e só se sentem verdadeiramente integrados a uma corporação quando compartilham o ambiente com os colegas. Alvaro Mello, da Sobratt, diz que a maior dificuldade ocorre entre os profissionais com mais de 35 anos de idade, que se acostumaram a ser vigiados no ambiente de trabalho e, de certa forma, são movidos a cobranças. Para que a migração funcione, segundo ele, é fundamental ter disciplina. "O profissional e seus familiares têm de entender que ele está ali para continuar produzindo tanto quanto antes ou até mais. É preciso resistir às inúmeras distrações que a casa oferece", avisa.

Outro dos motivos que fazem as empresas resistirem ao teletrabalho no Brasil é o rigor da antiquada legislação - a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 1943, época em que algo semelhante a notebooks, internet e telefones celulares só existia nas páginas mais criativas da ficção científica. O temor, nesse caso, é que a falta de controle dos horários cumpridos abra espaço para cobranças judiciais de horas extras. Para a diretora de vendas Dalva Braga, da Ticket, esse fantasma já não é tão assustador. "Nosso departamento jurídico nos orientou a fazer um aditivo ao contrato de trabalho com a adaptação ao modelo", diz.

O advogado Marcelo Gômara, sócio responsável pela área trabalhista do escritório TozziniFreire Advogados, chama a atenção para a necessidade de a empresa se preocupar também com a estrutura do escritório doméstico. "É preciso fornecer o mobiliário adequado, treinar e conscientizar o empregado sobre a forma correta de usar os equipamentos. O trabalho preventivo é fundamental para evitar passivos futuros", diz.


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FONTE: VALOR ECONOMICO

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Mais de 26 milhões de americanos já aderiram ao teletrabalho

No Brasil, barateamento das tecnologias impulsiona opção; estimativas, contudo, ainda não conseguem traduzir o real número de trabalhores remotos que atuam no país

                                     
Home Office
Estima-se que 10 milhões de brasileiros já trabalhem remotamente
São Paulo – A tradição de levantar cedo e correr para o escritório parece estar com os dias contados, pelo menos, nos Estados Unidos.

Segundo levantamento da consultoria Work Simple, em infográfico divulgado no blog Mashable, 26,2 milhões de americanos já abdicaram dessa rotina e aderiram ao teletrabalho ou home office no ano passado.

No Brasil, a estimativa é de que cerca de 10 milhões de pessoas já exerçam suas profissões remotamente. Mas, de acordo com Alvaro Mello, professor da BSP e presidente da Sobratt (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades), é possível que haja mais profissionais nessas condições. “Muitas empresas não têm isso formalizado em contrato e isso influencia as estatísticas”, afirma.

Mas a tendência, segundo o professor, é que o trabalho remoto se torne mais comum nos próximos anos. “Há uma relação direta entre a diminuição do custo de produtos de tecnologia, como iPads, e de serviços de computação em nuvem e o crescimento do trabalho virtual”, diz o professor.

Nos Estados Unidos, segundo a pesquisa, a redução de custos é o principal fator por traz da popularização dessa nova forma de trabalho. Tanto que 56% dos líderes das maiores empresas dos EUA, segundo a Fortune, esperam aumentar o número de teletrabalhdores em suas companhias.

Desses, 61% acreditam que essa mudança será feita já nos próximos três anos.

FONTE: EXAME.COM
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/mais-de-26-milhoes-de-americanos-ja-aderiram-ao-teletrabalho

Trabalho à distância contribui para a sustentabilidade do planeta

Levantamento inédito traz um panorama da adoção dos modelos de trabalho flexível e quais são as principais vantagens e barreiras da modalidade


As relações de trabalho caminham cada vez mais para modelos que valorizam a sustentabilidade do planeta e a satisfação do funcionário. É o que mostra o estudo da BSP – Business School São Paulo “O trabalho flexível nas empresas” sobre esse processo de transformação, que é impulsionado, principalmente, pelas tecnologias da informação.

O levantamento consultou 236 empresas de diversos segmentos e tamanhos, que mostrou, entre outros, o nível de conhecimento do tema, os modelos adotados e as principais vantagens e barreiras do trabalho flexível. Ao total, foram 150 respondentes, e desse número, 75 são de profissionais que aderem à modalidade. O estudo foi realizado, entre maio e outubro de 2011, pelo Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível (Cetel) da BSP, coordenado pelo Professor Alvaro Mello, também presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt).
De acordo com a pesquisa, dentre os 75 trabalhadores remotos, um total de 77% tem consciência de que o trabalho a distância contribui para a redução da poluição, 61% acredita que ajuda na qualidade de vida das pessoas, além de 46% crer ser uma forma de trabalho sustentável. Em proporção menor foram citadas como possível contribuição do trabalho remoto questões de grande interesse para as empresas como redução de absenteísmo, com 32%; redução da supervisão presencial, 25%; retenção de talentos, 24%; dedicação do profissional, 24%; inclusão social, 24%; e aumento da produtividade (22%).
Dados que poderiam ser considerados como negativos para a adoção do trabalho remoto foram menos citados. Apenas 19% dos respondentes consideram que esse tipo de trabalho dificulta o controle do funcionário ou que limita a vida social (13%) ou ainda marginaliza o colaborador (11%).
Uma em cada três empresas que utiliza o trabalho remoto apresenta indicadores de satisfação, como melhoria na qualidade de vida, ganho de tempo, flexibilidade, melhorias na saúde, diminuição do stress e valorização pela confiança depositada. Para Alvaro Mello é apenas uma questão de tempo e adaptação das empresas aos novos tempos. “Há por parte das companhias uma consciência crescente da necessidade de se criar condições de trabalho que prezem pelo meio ambiente e pela qualidade de vida. Além disso, a prática do trabalho flexível tem se mostrado uma ótima ferramenta para o rendimento e a produtividade do trabalho”, afirma.
Conhecimento e aplicação do trabalho remoto
Para o coordenador do estudo, o tema deve ganhar ainda mais relevância com a alteração do artigo 6º da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT), sancionada no final do ano passado pela presidente Dilma Roussef (Lei n. 12. 551). Pela nova lei, não há distinção para os colaboradores que adotam o trabalho a distância ou o escritório do empregador.
Se considerarmos a base total de respondentes (150), praticamente a metade adotou alguma modalidade de trabalho flexível nos últimos 12 meses. São pessoas que trabalharam regularmente durante parte do expediente longe do seu local de trabalho, com acesso remoto a empresa. Entre as empresas que adotaram, a prática é verificada em maior proporção, com 62%, nas empresas com 20 a 40 funcionários. Já nas organizações com mais de 500 funcionários, que não possuem trabalhadores remotos, representam a maioria, com 59%.
No universo de 75 trabalhadores remotos, as principais funções exercidas foram técnicas (56%), comercial/vendas (47%), administrativas (44%) e atendimento ao cliente (31%). Ao mesmo tempo, algumas dessas atividades foram consideradas como não adequadas para o trabalho remoto como administrativas (40%), atendimento ao cliente (25%) e funções técnicas (19%). Entre as tecnologias adotadas, tanto para o trabalho tradicional como para o remoto, as mais utilizadas são a internet com 81%, para os que atuam fisicamente no escritório e 79% no caso dos teletrabalhadores, seguido do e-mail/ webmail, 67% e 82% respectivamente; VOIP com 69% e 67%; smartphone com 56% e 51% e banco de dados com 46 e 57%.
Cultura Corporativa
O estudo da BSP revela que a preocupação em gerenciar as tarefas, uma das barreiras para a adoção das modalidades flexíveis de trabalho, não se mostrou diferente em relação ao modelo tradicional. As formas de gerenciamento dos funcionários e do processo de avaliação, com 95% e 94% respectivamente, parecem ser os mesmos para quem adota o trabalho a distância, também considerando a base de 75 respondentes.
A questão da segurança da informação também preocupa. Mas o que se verificou é que apenas uma em cada quatro empresas puniu ou desligou funcionários por uso indevido de internet, e uma em cada cinco por uso indevido de informação da empresa.
“Os dados mostram que a adoção de alguma modalidade de trabalho flexível pelas empresas parece apenas ser questão de maior difusão, conhecimento do tema e maior clareza nas questões culturais dos gestores”, explica Mello.
A utilização do trabalho remoto ocorre em função de dois principais fatores: por estratégia da organização e necessidade dos profissionais, ambos com 45%. Foi verificado que pouco mais de um quarto das empresas fornece os recursos necessários (instalações, mobiliário e telefonia) para o trabalho flexível. E metade da amostra dos 75 respondentes declarou que os recursos são tanto da empresa quanto do próprio trabalhador. Assim, quase um terço dos que trabalham remotamente usam recursos próprios.
Quando questionados sobre o conhecimento do tema, o termo teletrabalho foi considerado o menos adequado citado por apenas 9% dos 150 entrevistados. Já o trabalho remoto, com 34%, ou trabalho flexível, com 20%, parecem ser as formas mais adequadas para gerar o conhecimento sobre o tema, ou até mesmo o trabalho a distância.
Futuro
De acordo com o professor da BSP, a tendência de crescimento da modalidade do trabalho remoto nos próximos meses é alta. “Para 52% das empresas que utilizam alguma prática de trabalho flexível a modalidade deve se expandir”, ressalta o coordenador do estudo.
Segundo ele, a adoção ainda sofre com o problema cultural das empresas e dos gestores no que se refere ao controle do trabalho e o despreparo do trabalhador. “Por outro lado, constatamos que a grande maioria das empresas reconhece que a produtividade do trabalhador é igual ou maior no trabalho a distância”, conclui.


FONTE: INCORPORATIVA.COM.BR

Mudança no trabalho remoto ainda não preocupa empresas

Por Rafael Sigollo | De São Paulo

Leonardo Rodrigues/Valor / Leonardo Rodrigues/Valor
 
Para Débora Dado, diretora de desenvolvimento humano da Alelo, deve-se levar em conta a maturidade do colaborador

Ter um melhor controle sobre o trabalho dos funcionários que atuam a distância, um dos pontos principais da lei 12.551 sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, é um problema apenas para cerca de 20% das empresas que implementaram esse modelo.

Essa é uma das conclusões de um estudo inédito do Cetel (Centro de Estudos de Teletrabalho e alternativas de Trabalho Flexível) da BSP (Business School São Paulo), com 75 comandantes, sócios ou profissionais da área de recursos humanos de companhias que adotaram no Brasil o chamado home office.

Mais da metade dessas organizações acompanham a produtividade de seus colaboradores por meio de metas pré-estabelecidas, enquanto mais de 40% realizam reuniões regulares com seus quadros.

Avaliação de desempenho e relatórios de atividades vêm em seguida com 36% e 32%.

Na opinião de Alexandre Castello da Costa, vice-presidente jurídico da CPM Braxis Capgemin i, é importante existir algum mecanismo de controle interno, mas isso não chega a ser uma preocupação. "Os funcionários que tem a possibilidade de trabalhar de casa um ou dois dias por semana são tão gratos que, mesmo sem uma supervisão direta, não cometem abusos ou irregularidades", ressalta.
Álvaro Mello, coordenador do Cetel e responsável pela pesquisa, afirma que, em alguns casos, quem causa algum tipo de conflito é o gerente. "Ele precisa aprender a lidar com os colaboradores remotos. Como não vê seu pessoal, esse gestor pode ficar exigindo relatórios diários das atividades, o que não é adequado", afirma. Segundo ele, que também é presidente da Sobratt (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade), o trabalho flexível é mais comum nas áreas administrativa, técnica, comercial e no atendimento ao cliente.

Com a lei 12.551, no entanto, empresas que deixam seus colaboradores de sobreaviso ou os acionam fora do expediente via celular, e-mail, telefone ou qualquer outro meio de comunicação - situação recorrente entre executivos - estão sujeitas ao pagamento de hora extra.

Embora exista uma ideia disseminada entre os gestores e os que ocupam posições de diretoria de que faz parte das atribuições do cargo estar disponível o tempo todo para a empresa, a advogada Maria Aparecida Pellegrina, do escritório Opice Blum, Bruno, Abrusio & Vainzof, alerta que isso pode servir de prova para futuras cobranças na Justiça. "Se esse executivo atua em uma área crítica e precisa ter com ele um telefone corporativo ligado 24 horas por dia, é preciso haver uma compensação por isso", explica.

Não basta, contudo, as organizações respeitarem os horários de folga dos funcionários. Elas precisam também orientá-los e até proibi-los de trabalhar durante o tempo livre. Isso porque muitos executivos, seja por sobrecarga de tarefas, por ansiedade ou por não conseguirem se desligar do ambiente dos negócios, costumam resolver e adiantar questões profissionais trocando e-mails, mensagens e telefonemas após o expediente e até durante as férias. "Mesmo que ele faça isso por conta própria, é a companhia quem vai responder em uma eventual reclamação trabalhista", ressalta a especialista em direito do trabalho e previdenciário.

Costa, da CPM Braxis Capgemini, afirma que a lei ainda deixa muitas brechas e dá margem a diferentes interpretações, mas acredita que ela deve ser vista de maneira positiva por reconhecer o trabalho remoto e os avanços da tecnologia no mundo corporativo. "A atividade intelectual não precisa ser feita exclusivamente de um local pré-determinado. Ter essa flexibilidade é um diferencial competitivo para as organizações e um grande benefício ao trabalhador", diz.

Dentre as maiores vantagens do trabalho flexível na opinião das empresas, segundo o levantamento, está a melhoria na qualidade de vida dos funcionários, a redução de custos fixos, aumento da produtividade e retenção de talentos.

Para Débora Dado, diretora de desenvolvimento humano e organizacional da Alelo, administradora de vales-benefício e cartões pré-pagos, é necessário que a empresa faça um trabalho de preparo e de conscientização com seus funcionários para que a aplicação do trabalho a distância seja bem-sucedida. "Não basta ter a tecnologia à disposição. Deve-se levar em conta também a natureza da atividade e a maturidade do colaborador. É um processo cuidadoso", afirma.

Desde 2007, toda a área comercial da Alelo - cerca de cem pessoas - passou a atuar remotamente. Além do suporte com equipamento e questões administrativas - como mesa, telefone, computador, banda larga e ajuda de custo -, a companhia também tem a preocupação de avaliar constantemente o grau de satisfação e o engajamento desses trabalhadores. De acordo com a pesquisa, 21% das empresas subsidiam os recursos de forma integral, mas a maioria (49%) divide parte desses custos com os colaboradores.

Débora afirma que, por enquanto, os mecanismos de controle já existentes continuam valendo com a nova lei e as relações de trabalho não deverão ser afetadas. No entanto, ela ressalta que é preciso acompanhar com atenção os futuros desdobramentos na Justiça. "Existe ainda muita discussão em torno do tema e só teremos uma definição melhor quando houver jurisprudência."


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Veja atitudes mais irritantes dos chefes e saiba lidar com elas

Os chefes têm suas chatices; descubra como lidar com elas



Não tomar decisões difíceis; sugerir, em vez de falar abertamente; ou forçar a participação em happy hours e eventos, são algumas das atitudes listadas pelo site Glassdoor.com como as mais irritantes dos chefes.

Baseado neste ranking, o portal InfoMoney ouviu a especialista em soluções de RH (Recursos Humanos) da De Bernt Entschev Human Capital, Aline Lumi Takushi, para saber qual é a melhor maneira de lidar com tais situações

Participação em eventos
De acordo com o Glassdoor.com, o hábito de alguns chefes de insistirem que seus funcionários participem de eventos como happy hours, festas de aniversários, entre outros, é o mais irritante das situações chatas impostas pela liderança, especialmente quando os gestores não deixam claro que esperam a participação e, posteriormente ao evento, ficam chateados com quem não foi.


Na opinião de Aline, eventos da empresa, ou com pessoas da empresa, devem ser encarados como uma oportunidade para interagir com outras pessoas do trabalho, de conhecê-las e deixar que as outras pessoas o conheçam.
"Pega mal declinar, mas se os happy hours ou eventos são constantes, a pessoa pode dizer, vez ou outra, que já tinha um compromisso (...) Para quem vai, o ideal é que fique ao menos uma hora e circule bastante", diz.

Ações de caridade
A pressão para que os funcionários participem de ações de caridade também está na lista das atitudes mais irritantes dos chefes.
Neste caso, explica a especialista, o profissional pode alegar que já ajuda outra instituição; ou mesmo, na hipótese de doações, dizer que a quantia fará falta para o orçamento. Entretanto, ressalta ela, participar deste tipo de ação é sempre simpático e costuma contar pontos na empresa.


Férias
Outra situação irritante listada pelo Glassdoor é o hábito de alguns chefes de procurarem seus funcionários durante as férias.
Para que isso não aconteça, sugere a especialista, vale avisar ao chefe que não terá acesso permanente ao celular ou e-mail, além de deixar todo o trabalho finalizado e sem pendências.


Encontros intermináveis
A participação em encontros ou reuniões intermináveis também está na lista de situações irritantes, sobretudo quando as reuniões são frequentes, poucos proveitosas e realizadas em momentos que o profissional tem outros projetos para terminar.
De acordo com Aline, nestes casos, o profissional deve fazer tudo que está ao seu alcance para otimizar o tempo da reunião.


Decisões difíceis
Não tomar decisões difíceis é a estrategia escolhida por muitos gestores. Entretanto, em alguns casos, a postura pode prejudicar o trabalho de outros colaboradores
Quem encontra pela frente um líder que não gosta de se indispor e, por isso não toma decisões difíceis, deve, na opinião da especialista, tentar se adaptar com a gestão. Se isso não for possível, diz ela, a opção é buscar outras áreas dentro da empresa, ou mesmo uma oportunidade no mercado.
Uma outra alternativa é buscar a ajuda do RH da empresa, mas essa opção só deve ser considerada, se outras pessoas da equipe também compartilham da opinião.


Não delegar
Líderes centralizadores costumam não delegar verdadeiramente as tarefas aos seus colaboradores, o que é considerado irritante pela maior parte dos profissionais. Quando isso acontece, aconselha a especialista, o colaborador precisa ter paciência para ganhar a confiança do chefe.
"São gestores que monopolizam e não confiam. O único caminho é ganhar a confiança deles", ressalta.


Sugerir, em vez de falar claramente
Outra estratégia adotada por muitos líderes é a de sugerir algo, em vez de falar claramente, o que pode gerar confusões.
Uma maneira de lidar com isso é repetir para o gestor que entendeu do que ele disse, assim o profissional se certifica que está fazendo a coisa certa.



fonte: INFO MONEY - MSN

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionais

Ana Luiza Jimenez
quinta-feira, 5 de julho de 2012
 

A Irmandade da Misericórdia, que se instalou na Capitania de São Vicente em 1543, consta como a primeira entidade filantrópica do Brasil. Sem esperar nada em troca, monges doavam roupas, comida e bens materiais para os pobres. Até os anos 80, o perfil do voluntariado não era muito diferente do que se via naquela época. “Se contava muito com a paixão dos voluntários e a atividade social não era estruturada”, explica Camila Asano, coordenadora de política externa e direitos humanos da Conectas, que tem status consultivo junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e trabalha para promover a efetivação dos direitos humanos na África, América Latina e Ásia.

Com o aumento do investimento da iniciativa privada e a profissionalização dessas organizações, o cenário começou a tomar nova forma e as oportunidades de emprego no campo social aumentaram consideravelmente.


A mudança não foi apenas na quantidade de empregos oferecidos. Uma pesquisa feita no começo deste ano pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) revelou que não há grandes disparidades entre o salário base de quem trabalha em organizações do terceiro setor e dos profissionais da iniciativa privada. A principal diferença se encontra nos benefícios e na remuneração variável, fatores que contribuem para elevar a renda total do segundo grupo. “Hoje, o investimento social no Brasil vem se estruturando e, cada vez mais, se mostra como uma opção de carreira possível”, afirma a coordenadora da Conectas.


Salários compatíveis em RI - Camila, de 28 anos, é um exemplo de profissional que se deu bem no terceiro setor. Formada em Relações Internacionais, com mestrado em Ciência Política, ela começou atuando como voluntária quando ainda era universitária. Depois de dois anos na organização, foi contratada e, em 2011, promovida a coordenadora, liderando os projetos na área de relações internacionais e participando de palestras e encontros internacionais. "Além da satisfação muito grande em poder atuar na área em que me formei, trabalho numa organização em que eu acredito nos propósitos e valores", diz Camila, cujo salário mensal na Conectas gira em torno de 5 a 7 mil reais – um rendimento comparável ao que receberia numa grande empresa.


ONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionaisTambém graduada no curso de Relações Internacionais e atual coordenadora de produtos do site de compras coletivas Groupon, Stella Soares, de 28 anos, sempre mirou seu futuro profissional no setor privado, desconsiderando as opções de trabalhar no terceiro setor ou no Estado. “Para a minha carreira, este é o lugar perfeito: tudo é muito rápido, dinâmico, para ontem”, diz ela. Além da pressão por resultados, outro fator que a atrai é o desenvolvimento profissional, impulsionado por treinamentos e possibilidades reais de crescimento.


Diferentemente da maioria das ONGs, o Groupon oferece remuneração variável de acordo com o desempenho do funcionário. “Minha promoção veio assim. Esse é um aspecto que me atrai muito, pois vejo meu trabalho reconhecido rapidamente. Não precisei esperar meu chefe se aposentar para receber uma promoção”, diz Stella. O Groupon não divulga os vencimentos que paga aos seus funcionários, apenas o pacote de benefícios, que inclui vale-transporte, vale-refeição, assistência médica, seguro de vida, celular corporativo e laptop com acesso à Internet. Porém, de acordo com a consultoria Hays, um profissional que ocupa uma posição de coordenação há menos de dois anos em empresas de e-commerce recebe, em média, 6 mil reais por mês.


Oportunidades de crescimento - Um ponto delicado para quem decideONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionais apostar no terceiro setor é a possibilidade de crescimento e desenvolvimento profissional. Camila não enfrenta esse problema na Conectas. Ela já teve a oportunidade de fazer cursos e treinamentos e frequentemente representa a organização em reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA).


No entanto, essa não é a realidade de grande parte das organizações do campo social. Por isso, além da necessidade de trabalhar é preciso estar comprometido com a causa. “As organizações estão passando por um processo de profissionalização que inclui pensar a estrutura de equipes, plano de carreira, condições de trabalho para ser competitivo com empresas. Até porque é uma atividade que exige profissionais extremamente qualificados”, afirma Camila.


Primeiros passos – Há uma leva de jovens universitários que desde as primeiras experiências de trabalho desejam se desenvolver profissionalmente no terceiro setor, desconsiderando opções bastante populares entre a maioria de seus colegas, como atuar em grades multinacionais. Esse é o caso da estudante de Design Gráfico Bruna Menezes, de 21 anos, que hoje ocupa o cargo de Subdiretora de Comunicação no TETO, ONG latino-americana formada por jovens cuja missão é melhorar a qualidade de vida em assentamentos irregulares e favelas a partir da construção de casas de emergência e programas de habilitação social.


Localizada em uma zona residencial no bairro de Pinheiros, em São Paulo, a sede do TETO é o local de trabalho dos diretores e subdiretores e também onde os voluntários se reúnem. O ambiente de trabalho é leve e, como todos ficam em uma mesma sala, a troca de informações e experiências é constante. “O que mais me motiva profissionalmente é saber da mudança que eu posso promover trabalhando na ONG. A partir do meu trabalho, posso ajudar a mudar o mundo”, afirma Bruna. Apesar de ainda estudar, o trabalho que Bruna desenvolve no TETO não é considerado um estágio. Não há vínculo empregatício ou contrato de estágio e ela recebe o que a ONG chama de aporte de aproximadamente R$500, sem nenhum benefício. A organização tem uma política de não divulgar os valores dos salários e aportes de cada colaborador. Ao todo, os doze diretores contratados recebem R$ 20 300 mensais – valor que se fosse dividido igualmente renderia cerca de R$ 1 700 para cada.


Tudo por uma causa - Bruna relata o constante aprendizado que temONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionais e acredita em oportunidades de crescimento na organização. No TETO, ela teve a chance de experimentar várias áreas da comunicação, criando o design de logos e camisetas e liderando a equipe de comunicação em parceria com a diretora da área. Bruna sabe que poderia ganhar mais quando compara seu salário com o da maioria dos estudantes de sua turma de Design Gráfico. No entanto, sua prioridade é trabalhar por uma causa em que acredita. “Atuar no terceiro setor é um despertar, não consigo me imaginar trabalhando em um lugar que não cause impacto social”, diz ela.


Atuando no setor privado, Fernanda Gama, de 21 anos, está no começo da carreira de designer, mas já sabe que quer se desenvolver na área editorial. Assim como Bruna, ela é estudante do 3° ano de Design Gráfico e estagia em uma editora com foco em revistas customizadas, produzindo a arte das páginas da publicação de uma grande rede de farmácias. A estudante recebe bolsa-auxílio de R$700 e a editora não oferece outros benefícios.


Fernanda conta que a possibilidade de crescimento existe e que poderia ser contratada na editora, mas, como ainda tem mais um ano na faculdade, acredita que o mais interessante é ter mais uma experiência de estágio para conhecer mais possibilidades do mercado. “Minha prioridade na carreira é me desenvolver profissionalmente, mas sempre aliando o trabalho com felicidade. É muito ruim trabalhar em lugares que você não gosta”, diz ela. Os objetivos profissionais de Fernanda são continuar na área editorial do design, além de aproveitar o período de estágio para experimentar outras atividades.


Comparativamente, o salário das duas estudantes é semelhante e não se distancia muito da bolsa-auxílio recebida pela maioria dos universitários brasileiros que, segundo um estudo realizado em 2011 pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), é de R$723, em média. Diante desse contexto, a maior preocupação de quem aspira construir uma carreira do terceiro setor certamente não deve ser o salário, que não raramente é tão atrativo quanto os valores oferecidos por grandes empresas. Mas, apesar do campo social vivenciar uma fase de intensa estruturação no país, as oportunidades de desenvolvimento e crescimento, principalmente para profissionais seniores, ainda não podem ser equiparadas às encontradas no setor privado.

fonte: ClickCarreira - MSN
http://msn.clickcarreira.com.br/querocrescer/2012/7/4/4262/ongs-oferecem-empregos-e-bons-salarios-para-jovens-profissionais.html

EMPRESAS QUE ADOTAM O TELETRABALHO

Quais empresas adotam o Teletrabalho?
São várias as empresas que trabalham no sistema de teletrabalho. Embora nem todas divulguem a adoção dessa forma de trabalho flexível, temos conhecimento das que seguem:

· AT&T
· BT Global Service
· Cisco
· DELL
· Du Pont
· Ernest & Young
· HP
· IBM
· Marry Linch
· Merck
· Natura
· Nortel
· Polycom
· Semco
· Serpro
· Shell
· SonicWall
· Symantec
· Telejob
· Ticket (G. Accor)


 

©2008 SOBRATT - Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades • Todos os direitos reservados.

TELETRABALHO: PERGUNTAS FREQUENTES.

 



  O TELETRABALHO 

PERGUNTAS FREQUENTES




 - O que é Teletrabalho?

- Teletrabalho é o mesmo que Home Office?

- Trabalho remoto é o mesmo que Teletrabalho?

- Trabalho a distância é o mesmo que Teletrabalho?

- Teletrabalho é trabalhar em casa?

- Quantos teletrabalhadores há no Brasil?

-  Qualquer pessoa pode ser teletrabalhador?

- Como me candidatar a uma vaga de teletrabalhador(a)?
 

- Há legislação no Brasil regulamentando o teletrabalho?


AS RESPOTAS




O QUE É TELETRABALHO?

Teletrabalho é todo e qualquer trabalho realizado a distância (tele).

Ou seja, fora do local tradicional de trabalho (escritório da empresa).

Com a utilização:

- da tecnologia da informação e da comunicação, ou mais especificamente, 

- com computadores, 

- telefonia fixa e 

- celular e 

- toda tecnologia que permita trabalhar em qualquer lugar e 

- receber e transmitir informações, arquivos de texto, imagem ou som relacionados à atividade laboral.


Há vários conceitos ou definições de teletrabalho desenvolvidos por estudiosos ou instituições, mas todos levam ao mesmo ponto.


Um estudo detalhado foi realizado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho em 2001, e está disponível em inglês na página internacional com o nome Promoting Decent Work: the high road to teleworking que pode esclarecer muito mais sobre o assunto.



TELETRABALHO 

É O MESMO QUE 

HOME OFFICE?


Geralmente sim, mas não necessariamente. 

O trabalho a distância não determina um local específico para trabalhar.

Isso é definido de acordo com as características das atividades desenvolvidas pelo trabalhador e das necessidades da empresa. 


O teletrabalho pode ser desenvolvido:

- no domicílio do trabalhador, 

- em escritórios descentralizados da própria empresa, 

- em áreas gratuitas ou pagas de utilização de computadores e acesso à Internet 

(telecentros, cybercafés, bibliotecas, centros de convivência, etc), 

- das salas de espera ou mesmo do escritório de clientes – (quando o atendimento aos clientes e fechamento de pedidos é feito online), 

- bem como de hotéis, 

- saguões de aeroportos e 

- rodoviárias, 

- automóveis e outros veículos de transporte – 

quando o trabalhador encontra-se viajando a serviço, ou mesmo quando está viajando por razões pessoais.




TRABALHO REMOTO 

É O MESMO QUE 

TELETRABALHO?


Sim. 

O teletrabalho pode ser chamado de trabalho a distância, trabalho remoto, entre outras nomenclaturas. 

O importante é o seu sentido e a que o termo realmente se relaciona. 

Se é sobre trabalho feito longe do escritório da empresa e empregando equipamentos e recursos tecnológicos de informação e comunicação, é teletrabalho.




TRABALHO A DISTÂNCIA

É O MESMO QUE

TELETRABALHO?


Sim. 


O teletrabalho pode ser chamado de trabalho a distância, trabalho remoto, entre outras nomenclaturas. 

O importante é o seu sentido e a que o termo realmente se relaciona. 

Se é sobre trabalho feito longe do escritório da empresa e empregando equipamentos e recursos tecnológicos de informação e comunicação, é teletrabalho.




TELETRABALHO É

 TRABALHAR EM CASA?


Geralmente sim, mas não necessariamente. 

O trabalho a distância não determina um local específico para trabalhar.

Isso é definido de acordo com as características das atividades desenvolvidas pelo trabalhador e das necessidades da empresa.

O teletrabalho pode ser desenvolvido:

- no domicílio do trabalhador, 

- em escritórios descentralizados da própria empresa, 

- em áreas gratuitas ou pagas de utilização de computadores e acesso à Internet (telecentros, cibercafés, bibliotecas, centros de convivência, etc), 

- das salas de espera ou 

- mesmo do escritório de clientes – quando o atendimento aos clientes e fechamento de pedidos é feito online, 

- bem como de hotéis, 

- saguões de aeroportos e 

- rodoviárias, 

- automóveis e outros veículos de transporte – quando o trabalhador encontra-se viajando a serviço, ou mesmo quando está viajando por razões pessoais.




QUANTOS TELETRABALHADORES 

HÁ NO BRASIL?


Em 2008 conta com aproximadamente 10 milhões e seiscentos mil teletrabalhadores.


fontes: a partir de dados gerais sobre o acesso dos brasileiros a computadores e a Internet levantados por diferentes pesquisas de diferentes instituições:

- PNAD/IBGE, 

- TIC Domicílios, 

- TIC Empresas, 

- Painel IBOPE/NetRatings), 


A SOBRATT tem realizado alguns cruzamentos que permitem fazer uma estimativa também genérica de que o Brasil, hoje (2008), conta com aproximadamente 10 milhões e seiscentos mil teletrabalhadores.


Essa estimativa não diferencia regiões ou estados do país, e inclui todos os setores e áreas, bem como todos os tipos de teletrabalhadores: 

- formais, 

- informais, 

- empregados ou por conta própria, 

- autônomos, 

- liberais, 

- em tempo integral, 

- em tempo parcial, 

- trabalho complementar e 

- trabalho eventual


Faixa etária: 

numa ampla faixa etária que vai dos 18 aos 60 anos.


Período de trabalho: 

com utilização de acesso à Internet de 1 vez por semana a 1 vez por dia, 

considerando-se a utilização de:

- desktops, 

- notebooks, 

- handhelds, 

- smartphones, 

- com acesso discado e/ou banda larga, 

- para trabalhos completos ou atividades parciais. 

Ou seja, são cerca de 5% da população brasileira, sem considerar regiões específicas. 



PESQUISA MKT ANALYSIS


No mês de junho deste ano, o instituto Market Analysis divulgou dados da pesquisa realizada sobre teletrabalhadores no Brasil.

 Nela o instituto apontam que pelo menos 23,2% da população adulta em atividade no país (cerca de um em cada quatro brasileiros) adota ao longo do mês alguma forma de teletrabalho, 

Sendo que, entre todos, o trabalho em casa é a modalidade mais comum (52%).




QUALQUER PESSOA 

PODE SER 

TELETRABALHADOR?


Sim e não.

Teoricamente qualquer pessoa tem capacidade e habilidades para trabalhar a distância.



  COMO ME CANDIDATAR 

A UMA VAGA DE 

TELETRABALHADOR(A) ?


As empresas que adotam teletrabalho fazem recrutamento e seleção de funcionários pelos meios tradicionais.

Geralmente sem a ressalva de que se trata de atividade para ser desenvolvida a distância. 

Apenas descrevem as atividades ou funções, e requisitos de formação e experiência.


Sugerimos que os interessados em serem teletrabalhadores procurem por vagas de acordo com seu perfil nos sites de recrutamento e seleção disponíveis na Internet.

 Em especial o E-lancers e o Vagas - bem como preencham os cadastros nos sites das empresas que lhes interessam colocando sua disponibilidade para trabalho a distância nos campos reservados às observações.




HÁ LEGISLAÇÃO NO BRASIL 

REGULAMENTANDO 

O TELETRABALHO?


Atualmente o projeto de lei 3129/04 está em tramitação, já passou pela Câmara dos Deputados e aguarda análise do Senado Federal. 

O projeto de lei tem como único fim equiparar o trabalho realizado no domicílio do trabalhador, o trabalho realizado a distância e aquele realizado no estabelecimento do empregador.


Entretanto a CLT não impede o trabalho remoto em domicílio.


 Uma vez que a redação atual do artigo 6º diz que "Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego." 


O Artigo 651 prevê que "A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro locar ou no estrangeiro." e

O parágrafo 3º desse artigo afirma também que "Em se tratando de empregador que promova a realização de atividades fora do lugar de contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços."


Portanto, se analisada a atual legislação, pode-se observar que há espaço para se incluir legalmente o teletrabalho nas rotinas da empresa.


 Todavia, entendemos ser previdente e importante celebrar um adendo ao contrato de trabalho especificando as novas condições em que os serviços serão prestados, de maneira a dar credibilidade às ações da empresa e estimular o comprometimento do trabalhador.




TELETRABALHO: TRABALHO EM CASA É COISA SÉRIA

O Baguete, popular veículo de notícias sobre TI sediado no RS, nasceu da forma como hoje nascem muitos blogs (incluindo o Efetividade) e newsletters: como uma ocupação adicional realizada em casa, no tempo livre de seu fundador.

Mas por ser mantido de forma competente e trazer informação que seus leitores não estavam obtendo em outras fontes, acabou se transformando em um empreendimento de sucesso já há pouco mais de 10 anos, e freqüentemente serve como fonte para notícias e pautas de material que publico ali ao lado, no BR-Linux.


E hoje esta equação se inverteu: eu que virei fonte de material publicado por eles, na forma de uma entrevista publicada no site e na versão impressa, com o título de Trabalho em casa é coisa séria.
Separei um trecho:
Em resumo, quais os aspectos positivos de trabalhar em casa?
  
Augusto Campos: Para mim, as maiores vantagens são ter mais controle sobre o fluxo e as fontes de interrupções no trabalho, e a possibilidade de dispor o espaço de trabalho da forma como melhor se adaptar à minha produtividade pessoal, sem as restrições que ocorrem no ambiente corporativo.

Também incluo na lista a independência de horários, a economia de tempo e custo de transporte, a redução do investimento necessário na montagem do seu ambiente de trabalho, e todas as vantagens relacionadas à qualidade de vida.


E os negativos?
    
Augusto Campos: Quando se trata de teletrabalho -ou seja, um funcionário cujo local de trabalho não é o escritório da empresa- um estudo recente publicado pela Network World mostra que hoje pode haver impacto no avanço da carreira, pois as melhores vagas tendem a ser dadas às pessoas que atuam presencialmente.

No caso dos profissionais liberais, independentes ou autônomos, isto pode não ser um problema, mas mesmo eles precisam lidar com as situações práticas, de separar o que é ambiente (e horário) de trabalho e o que é de convívio familiar, manter-se motivado para trabalhar mesmo sem o acompanhamento próximo de um chefe e colegas, e também o outro lado da moeda, que é saber a hora de parar e “encerrar o expediente”.

Para completar, há o desafio de ser percebido como um profissional produtivo, sem o preconceito que pode ser despertado por uma pessoa que, essencialmente, fica o dia inteiro em casa.
Apreciei a oportunidade, e quero registrar meus agradecimentos à Márcia Lima, pela condução da entrevista, e ao Rodrigo Lóssio, por ter levado a indicação de pauta ao Baguete. Obrigado!
Aproveite e leia mais artigos sobre home office e trabalho em casa publicados aqui no Efetividade!

FONTE: EFETIVIDADE.NET
http://www.efetividade.net/2008/06/16/entrevista-trabalho-em-casa-e-coisa-seria/

Perspectivas para o Teletrabalho no Brasil

Com a Revolução Tecnológica, os meios de produção foram descaracterizados a partir do emprego, especialmente, de computadores, que, nos últimos anos, têm alterado o próprio local de trabalho levando-o para a residência do empregado.

Surge, então,o conceito de home officer, conhecido nos meios jurídicos como teletrabalhador, cujo trabalho é desenvolvido em ambientes domésticos, compartilhando a infraestrutura do local de trabalho. Tendência mundial, esse novo modelo empresarial, fenômeno típico da globalização da economia, vem mudando substancialmente os paradigmas da relação jurídica entre empresa e empregado.

No Brasil, está em franca expansão a contratação de trabalhadores para laborar no sistema de teletrabalho. Em junho de 2008 o Jornal O Estado de São Paulo noticiou pesquisa realizada pela ONG Market Analysis, com 345 trabalhadores em nove capitais, incluindo São Paulo, apontando que o serviço virtual já é adotado por 23% dos empregados do setor privado. As microempresas são as que mais se utilizam do teletrabalho. Já são 10,6 milhões de teletrabalhadores no Brasil - em 2001, eram apenas 500 mil.

Especialmente em grandes metrópoles, como São Paulo, o teletrabalho, conforme estudo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, melhora o fluxo de trânsito e aumenta a produtividade, já que a cidade perde, anualmente, R$ 4,1 bilhões com congestionamentos. Além disso, o trabalhador poderia converter em renda 30% do tempo que perde para se deslocar até o trabalho. Pelo menos cinco empresas com sede na capital de São Paulo investem em teletrabalho. Entre elas a IBM. Há cinco anos, a multinacional passou a estimular empregados trabalhar em casa, como noticiou o mesmo Jornal supramencionado.

A ideia de trabalhar em casa (daí a expressão, em inglês, home office) é tentadora, pois, o trabalhador, além de se livrar das dificuldades de se locomover da residência ao trabalho, escapando dos problemas do trânsito, como engarrafamento e a violência presente nas ruas, tem mais liberdade na execução de suas tarefas, podendo até mesmo conciliar compromissos profissionais com a vida pessoal.

O teletrabalho já é bastante comum em países desenvolvidos e no Brasil cresce exponencialmente; o número de teletrabalhadores acima indicado é surpreendente se considerada a média da população brasileira economicamente ativa, que é de 70 milhões.

Grandes empresas têm investido nesse tipo de contratação, cujas regras, aliás, costumam ser rígidas, especialmente porque a cultura trabalhista presente nos países do terceiro mundo, como é o caso brasileiro, ainda está fortemente arraigada em valores semi-escravocratas, quando menos de servidão (e isso vem "de cima para baixo"). Sendo rara a liberdade de ação concedida ao trabalhador, não é fácil criar cultura de maior autonomia no que diz respeito à execução de tarefas. Aliás, nem todas as pessoas se enquadram nesse tipo de relação de trabalho, que exige do empregado capacidade para agir sem a necessidade de supervisão direta do empregador.A indireta permanece porque a ausência total de subordinação caracteriza o trabalho autônomo.

É possível que alguns trabalhadores, mais acostumados com a cultura secular de dependência estrutural do empregador – a econômica é da essência do contrato, embora a doutrina, em geral, considere apenas a jurídica – relaxem na execução das atividades, pois, diretamente, ninguém supervisionará seu trabalho.

Tornar a residência do trabalhador em um local de trabalho exige condições específicas. O acesso à internet, na maioria das vezes, é imprescindível para o envio de planilhas, relatórios e troca de informações com o empregador, afora o relacionamento com clientes. Devem ser observadas condições adequadas para a instalação dos equipamentos de trabalho na residência do empregado, com ênfase ao respeito pelo meio ambiente do trabalho.

O fato de o local de trabalho ser transferido para a residência do trabalhador implica necessariamente que os recursos para execução das atividades sejam custeados pelo empregador? O problema é de difícil solução, pois, se o próprio empregado custear, por exemplo, ferramentas de trabalho, o contrato pode, em princípio, se caracterizar como labor autônomo, já que faltaria à espécie o elemento dependência, que, a teor do artigo 3º da CLT, deve ser econômica e técnica, consubstanciando-se no próprio conceito de subordinação. Mas, o empregador deve custear, por exemplo, energia elétrica, linha telefônica e outras despesas básicas? Não é fácil separar o custo operacional das despesas domésticas do empregado.

Na realidade, se o intento do empregador é de apenas reduzir custos, talvez a mantença de todo o equipamento a ser instalado na residência do empregado seja até mais custosa do que o labor nas dependências da empresa.

São hipóteses que, se não superadas, podem reduzir bastante a viabilidade econômica desse tipo de trabalho no Brasil.

Enfim, vivemos época de grandes transformações na sociedade e não é diferente com as relações de trabalho. O momento é de mudança na postura, seja do patrão, seja do empregado, para que o teletrabalho não se transforme, como já ocorreu com a terceirização – mormente no trabalho por meio de cooperativas – em mera forma de o empregador reduzir encargos contratando verdadeiros empregados como se trabalhadores autônomos fossem.

Consulte também:


Este artigo é de autoria de Marcos Fernandes Gonçalves. Todos os direitos reservados, Consulte nossa licença.

FONTE: JOSLABORAL.NET

Economistas veem poucas vantagens na adesão da Venezuela ao Mercosul

Avaliação não é unânime. Paradefensores da ideia, é preciso enxergar o potencial de ganhos no médio e nolongo prazos

iG São Paulo |
A entrada da Venezuela no Mercosul, esperada para o final deste mês, terá mais efeitos políticos nocivos do que benefícios econômicos efetivos. É a avaliação de economistas da Faculdade de Economia e Administração da USP e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP). Mas há quem enxergue ganhos substanciais para o bloco, em especial no médio e no longo prazo, como Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral (FDC). “O país não pode pensar em termos de governo, tem que pensar em termos de estado”, afirma o acadêmico.


Leia também: Paraguai declara embaixador da Venezuela como 'persona non grata'


O principal motivo de preocupação é justamente a potencial instabilidade política gerada pela entrada de um país comandado por um líder político volátil e orientado por ideologia contrária à livre iniciativa privada, como Hugo Chávez. Com poder de veto no Mercosul, o presidente Venezuelano poderia, por exemplo, ir contra a entrada de países rivais no futuro, como a Colômbia – ainda que hoje os países tenham boas relações comerciais. A estatização de empresas multinacionais é outra questão à prova.

“Ganhos com a entrada da Venezuela, não temos”, diz Celso Grisi, da FEA. “Nós precisamos disso? Claramente, não. Eles não tem praticamente nada a nos exportar”. Mario Gaspar Sacchi, professor do curso de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), concorda: “em termos econômicos, não vai mudar muito”.


Leia mais: Uruguai se opôs à entrada da Venezuela no Mercosul, diz chanceler do país


Hoje, o comércio bilateral é marcado pela importação de derivados de petróleo, pelo Brasil, e de animais vivos, carnes, commodities agrícolas e alguns produtos industrializados, como pneus para ônibus e caminhões e autopeças, pela Venezuela. No ano passado, o Brasil comprou do vizinho do Norte US$ 1,27 bilhão e vendeu US$ 4,6 bilhões, garantindo saldo positivo de US$ 3,2 bilhões – o terceiro maior nos últimos 20 anos.


Ao contrário de Grisi e Sacchi, a concentração de corrente de comércio em bens de baixo valor agregado é justamente um dos pontos que Paulo Vicente, da FDC, vê como mais positivos na adesão da Venezuela ao Mercosul. “Existe uma sinergia econômica muito forte entre os dois países, por causa do petróleo e do mercado de consumo da Venezuela”, diz. O Brasil poderia produzir e importar o petróleo mais fino de lá e vender aos venezuelanos mais alimentos e produtos manufaturados.


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O principal entrave para que isso aconteça no curto prazo, avalia, é a falta de integração logística entre os dois países. Hoje são praticamente duas as opções, cabotagem ou frete aéreo. Mas a diversificação de modais seria uma questão de planejamento, para ser resolvida no longo prazo. “Poderíamos criar uma ferrovia ligando cidades como Belém a Caracas, passando pelas Guianas e pelo Suriname, por exemplo”, afirma.

No curto prazo, Vicente vê ainda como potenciais vantagens da adesão da Venezuela ao Mercosul a possibilidade de empresas brasileiras usarem o país como plataforma logística para exportar para o Caribe e os Estados Unidos. A instalação de centros de distribuição ao Norte facilitaria o processo de venda de mercadorias na região. A entrada da Venezuela no bloco econômico também poderia abrir novas portas para a Petrobras e para empresários do setor agrícola interessados em produzir localmente. E para empresas de áreas como construção pesada e TI, avalia.

Alguns analistas relacionam a pressão brasileira pela entrada da Venezuela no Mercosul como uma forma de garantir mais força ao bloco em negociações comerciais com a China. Algo com o que, do ponto de vista estratégico, e de forma geral, o professor da FDC concorda.

Grisi, da FEA, porém, em contraponto, pondera: “estamos falando de uma abstração chamada Mercosul, que ainda nem se efetivou. Estamos com um discurso profundamente futurista em uma realidade retrógrada – a de misturar assuntos políticos e econômicos em um bloco econômico”, diz.

fonte: IG ECONOMIA

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Trabalho em casa: como ganhar dinheiro e escapar das armadilhas

Trabalhar em casa e ganhar dinheiro na Internet, seja em uma oportunidade de emprego para trabalhar em casa ou tentando uma renda extra, é um desejo comum, mas os anúncios que oferecem trabalho em casa são repletos de armadilhas que você deve evitar.


Muitas pessoas buscam uma forma de trabalhar em casa e complementar sua renda usando o computador, a internet, fazendo revenda de perfumes ou utensílios, atuando em vendas diversas, em marketing de rede ou multinível, ou das mais variadas formas. Alguns sonham alto e pensam que assim vão obter independência financeira ou mesmo ficar ricos, outros são empreendedores e pensam objetivamente em angariar recursos para abrir seu próprio negócio.

Com o que trabalhar em casa

Mas muitos não sabem por onde começar a procurar, e buscam informações sobre este assunto na Internet ou seguindo anúncios nos classificados dos jornais, ou em publicidade contextual na web – incluindo os anúncios que você vê aqui mesmo nesta página, gerenciados por intermediários.
Infelizmente trata-se de uma demanda bastante conhecida, e há décadas ela vem sendo explorada por pessoas cujo único interesse é faturar a partir da credulidade destes curiosos inocentes – a ponto de se esforçar por anunciar inclusive em páginas que advertem sobre eles mesmos, como esta que você está lendo.


Se você está procurando por oportunidades de trabalho em casa que possam gerar uma renda extra, não deixe de continuar lendo e escape das armadilhas que estes “espertos” colocam no seu caminho, e nas quais muitas pessoas em situação igual à sua caem todos os dias.
Estou querendo dizer que todas as ofertas do tipo “trabalhar em casa” ou “ganhar dinheiro em casa” são fraudes? Não, certamente não. Eu mesmo ganho dinheiro em casa por intermédio de programas afiliados, como o do Submarino. Mas, como veremos a seguir, existe grande número de ofertas completamente fantasiosas, que não resistem à mais básica das análises de viabilidade.

Como trabalhar em casa: saiba reconhecer as armadilhas

Não é difícil reconhecer uma proposta furada de trabalho para fazer em casa. A primeira coisa que você deve se perguntar a ler uma oferta dessas é fazer a si mesmo três perguntas:
  1. Que rendimento a pessoa que publicou o anúncio está se comprometendo a me oferecer? – em geral ela não se compromete a lhe pagar nada, apenas afirma que você poderá ganhar algo, sem dizer que será ela quem irá pagar. E se ela não afirma que vai lhe pagar ou lhe contratar, você pode assumir que ela não pretende fazê-lo.
  2. Ele está me cobrando alguma coisa? – se a empresa exige dinheiro para dar a você a oportunidade de trabalhar para ela, alguma coisa está estranha. Em geral os pedidos de pagamento vêm disfarçados – a empresa lhe cobra para mandar um guia com informações, a ficha de cadastramento ou algo assim. Você poderia imaginar que tudo o que a empresa quer é receber este dinheiro, e que ela provavelmente recebe mesmo, de várias pessoas, todos os dias.
  3. Está claro que esta empresa existe mesmo? – freqüentemente os anúncios destes planos mirabolantes são feitos via Internet ou em classificados de jornais, mas eles não são nem mesmo assinados. Há uma caixa postal, um e-mail ou um endereço de uma cidade distante, mas não há qualquer nome de empresa ou da pessoa responsável. Quando há, a empresa não tem website (apesar de publicar anúncios na web), não consta na lista telefônica, não pode ser encontrada de nenhuma outra forma. Pergunte-se por que isso acontece.
Além disso, você pode se perguntar algo muito mais crucial: por que esta empresa me ofereceria a oportunidade de me pagar para fazer este serviço em minha casa? Muitas vezes, a oferta é para uma tarefa incrivelmente fácil (exemplo: trabalho em casa para envelopar malas diretas), e vem acompanhada da possibilidade de ganhos consideráveis, e até mesmo da possibilidade de receber um computador ou um notebook para realizar o trabalho.
Pergunte-se: por que a empresa pagaria tanto por isto? Por que ela daria o computador para alguém de longe? Por que ela não contrataria um aprendiz que faria isso em sua sede, ganhando salário mínimo, usando um computador que pertenceria à própria empresa? As respostas provavelmente serão óbvias!

Trabalho em casa com mala direta

As ofertas de trabalho em casa com malas diretas, catálogos, digitação e envelopes. Às vezes a dica é ainda mais clara: o anúncio pede para que você envie uma carta pedindo mais detalhes, e que coloque 2 ou 3 selos dentro desta carta, para receber a resposta pelo correio. Faz sentido uma empresa estar oferecendo vagas com potencial para receber R$ 1800 e mais um notebook, e exigir que os candidatos enviem selos que custam menos de 50 centavos? Se você fizer a experiência e atender ao pedido, provavelmente receberá como resposta uma belo catálogo contando como é boa a oferta da empresa, e lhe dizendo que se você enviar pelo correio mais R$ 15, receberá todas as informações que permitirão a você também participar desta iniciativa de marketing direto, envelopamento de impressos, malas diretas, ou marketing pelo correio, ou mesmo vendas pelo correio.
E se você enviar, pensando que R$ 15 é tão pouco dinheiro frente aos valores prometidos, e que assim`receberá uma proposta de emprego ou um contrato, receberá na verdade um pequeno guia xerocado, mostrando os modelos dos anúncios e do próprio catálogo que você havia recebido antes, e instruções para que você também passe a enviá-los. É isso mesmo, a pessoa que lhe enviou o catálogo também caiu no golpe um dia, e assim a coisa se perpetua.
Por que eles cobrariam mensalidade? Outra característica comum aos modelos que você deveria evitar são os alinhamentos de iscas. Você ouve falar da oferta através de um site com ilustrações de carros de luxo e outros sinais de riqueza, com uma série de “depoimentos” de pessoas que dizem ter ficado ricas após participar do esquema, mas não há informações claras sobre o que você tem que fazer (exceto de maneira genérica: vender registros de domínios da internet, atuar como consumidor fantasma, coletar números de telefone, escrever artigos…). Muitas vezes a atividade parece se basear em produtos ou serviços que você não conhece ninguém que use, ou mesmo você não compraria.
Se você se interessa, acaba precisando clicar em 3 ou 4 páginas até chegar a algum formulário de registro. Se você preencher, freqüentemente acabará descobrindo que o modelo é em pirâmide (ou multi-níveis), em que você recebe um real para cada venda (ou artigo, etc.) que conseguir, ou que as pessoas que você trouxer para a pirâmide conseguirem. Tudo parece muito fácil, até que você descobre – só no final – que para participar é necessário pagar uma mensalidade, embora baixa (digamos R$ 20), e embora a empresa faça o possível para parecer que a mensalidade não está relacionada diretamente à sua participação no “programa de afiliados”. E aí deveria vir a reflexão: se o negócio fosse lucrativo e a maioria dos participantes conseguisse vender suas cotas mensais, para que eles precisariam cobrar mensalidade? A conclusão poderia ser: “na verdade eles ganham dinheiro é com as mensalidades dos participantes”. Mas talvez não. Tire suas conclusões! Mas note que este não é o caso de todos os esquemas de marketing multinível – alguns são sérios e de fato geram valor para seus clientes e participantes.
Eles não estão dizendo que vão lhe contratar. Muitos dos anúncios usam de artifícios para que você entenda que eles estão lhe oferecendo um contrato ou emprego, mas o que está de fato escrito lá é que você pode ganhar dinheiro em casa. Tudo o que o anunciante deseja é que você lhe envie os R$ 15 que cedo ou tarde ele lhe pedirá, e aí no máximo você irá receber um kit de material e um guia xerocado explicando diversas maneiras de ganhar dinheiro em casa: criando abelhas, costurando para fora, etc. Se ao invés de enviar o dinheiro você enviar uma carta perguntando detalhes sobre a oportunidade, como será o contrato, etc. é provável que você fique sem resposta.

Como evitar as armadilhas nas ofertas para ganhar dinheiro em casa?

São 10 passos, todos eles muito simples:
  1. Conscientizar-se de que não é fácil ganhar dinheiro em casa. Para ganhar dinheiro honesto em casa, você precisa oferecer um produto ou serviço que você domine, e para o qual haja pessoas dispostas a pagar você para fornecê-lo. Na maior parte dos casos, as pessoas que procuram alguém para trabalhar para elas a partir de casa não colocam anúncios públicos (na internet ou classificados), mas sim selecionam diretamente os interessados – afinal, não é difícil encontrar alguém para fazê-los. A não ser que o anúncio seja para realizar alguma atividade muito específica e rara, pergunte-se por que a pessoa teve que colocar o anúncio, e não simplesmente encontrou alguém em sua vizinhança que estivesse disposto a realizar uma atividade tão fácil.
  2. Exigir saber com quem você está lidando. Anúncios sem nome da empresa, com contatos sempre impessoais, tendem a ser fraudulentos. Empresas e pessoas honestas em geral dispõem de nome, telefone, endereço comercial, website, produtos que você possa comprar ou pelo menos consultar os preços, etc. Se não houver informações claras sobre a empresa ou você não conseguir encontrar o produto, desconfie!
  3. Exigir todos os detalhes antes de assumir qualquer compromisso. Não assine nada sem saber claramente o que a empresa está oferecendo lhe pagar. Pergunte quem irá lhe pagar, quando, e o que exatamente será a sua obrigação. Não aceite respostas evasivas.
  4. Não enviar nenhum dinheiro. Muitas destas oportunidades buscam apenas receber R$ 30 do seu suado dinheirinho. Empresas que de fato estejam oferecendo uma oportunidade real não precisariam cobrar nada de você – no máximo descontariam algum valor do seu primeiro pagamento. Não caia nos velhos golpes em que você é obrigado a comprar um kit, um guia ou algum equipamento necessário para iniciar sua atividade.
  5. Procurar referências. Se a empresa está oferecendo em público algo tão desejado (uma oportunidade de ganhar dinheiro em casa), é de se imaginar que ela tenha muitos funcionários ou clientes que possam falar bem dela para você. Se você não encontrar nenhum, pergunte-se a razão.
  6. Perguntar antes por condições para devolução. Na maior parte dos esquemas, você é levado a enviar dinheiro esperando receber uma coisa, e recebe outra. Antes de pagar, pergunte quais as condições para devolução do dinheiro em caso de insatisfação. Provavelmente você não receberá resposta, e isso já servirá como uma conclusão.
  7. Não acreditar em nenhuma oferta relacionada a envio de malas-diretas, e-mails ou material impresso. O que você vai receber, depois de pagar, é um manual ensinando a publicar anúncios como aquele no qual você caiu.
  8. Não acreditar em propostas mirabolantes. Se o anúncio afirma que você vai ficar rico rapidamente, vai garantir sua independência financeira, vai ganhar muito dinheiro trabalhando poucas horas por dia em sua casa, provavelmente ele não vai fazer aquilo que você espera que ele faça. Ignore aqueles anúncios de correntes em que você envia R$ 1, ou R$ 10, para a pessoa que lhe enviou a mensagem, e aí de alguma forma acabará rico em menos de 3 meses. É mentira.
  9. Cuidado com o marketing multi-nível. Existem empresas sérias atuando neste ramo (e você certamente sabe avaliar quais são). Mas fora elas, o que há são muitas propostas em que o produto ou serviço não gera interesse de potenciais compradores, e você precisa de alguma forma gastar mensalmente (mensalidade, compra de kits, de produtos, de guias, etc.) uma quantia mínima de forma obrigatória.
  10. Não acredite em esquemas para ganhar dinheiro pela Internet. É claro que dá para ganhar dinheiro via Internet, mas não acredite em nenhum esquema em que você precisa pagar algo para ganhar dinheiro pela Internet, ou que ofereça esta oportunidade até mesmo a pessoas que não têm conhecimento sobre como criar conteúdo na Internet.

Mas como ganhar dinheiro em casa, de verdade?

A resposta é simples, mas infelizmente não é aquela que a maioria das pessoas está procurando. Para ganhar dinheiro honesto em casa, você precisa oferecer um produto ou serviço que você domine, para o qual haja pessoas dispostas a pagar você para fornecê-lo, e em uma atividade cujo custo para realizar possa ser compensado pelo valor que estas pessoas estejam dispostas a pagar.
Ou seja: é preciso encontrar um mercado para o qual haja demanda, e aí trabalhar duro, investindo o que for preciso e correndo o risco necessário.
Fora isso, desconfie!

fonte: EFETIVIDADE.NET
http://www.efetividade.net/2007/10/24/trabalho-em-casa/

Como você será promovido na próxima década?

Entre os muitos desafios colocados para a organização das empresas para a próxima década, Dutra falou que os organogramas devem ser extintos, assim como estruturas piramidais de empresas.



Recebemos o professor Joel Dutra, entre outros destaques, coordenador do MBA da FIA em Gestão de Pessoas, eleito recentemente um dos “oito gurus” em gestão de pessoas pela revista Você RH em um evento do Monster dedicado aos profissionais de RH.

Isso porque a complexidade trazida pelas novas tecnologias e a competitividade não comportam mais modelos fechados de cargos e salários. Cada vez mais profissionais qualificados devem trabalhar por projetos, interagindo com diversas áreas e equipes, em uma dinâmica muito mais horizontalizada e colaborativa. Por isso mesmo, fixar suas responsabilidades e limites será cada vez mais difícil. E ineficiente.

“Os profissionais e sua remuneração serão avaliados pela sua capacidade de lidar com assuntos complexos, pela sua capacidade de abstração”, argumentou sobre a tendência o renomado acadêmico. Já existem pesquisas para afinar esses indicadores para mensurar o grau de abstração de um profissional para que ele gerencie soluções dentro das empresas.

E aí contou um caso excepcional. Uma pesquisadora americana fazendo um trabalho para uma mineradora sul-africana descobriu nos testes e entrevistas que um mensageiro da empresa possuía um grau altíssimo de abstração. “Mas como, se sua atividade era simples, estava muitos anos na empresa, não havia sido promovido e não tinha alta nível de escolaridade?”, questionou o professor.

Investigaram junto ao mensageiro se ele possuía alguma atividade fora da empresa que lhe tivesse agregado essa capacidade de lidar com complexidades. Não tinha. Depois de algum tempo, descobriram que se tratava de um agiota dentro da mineradora, com vários funcionários trabalhando nas diversas áreas da companhia para ele. Um banqueiro informal.

Nesse sentido, Joel Dutra destacou que um profissional pode aumentar sua capacidade de lidar com essas complexidades sendo estimulado a novos desafios. A cada superação, terá aberto um leque de novas informações, problemas e soluções.

Sobre os aspectos geracionais, o coordenador do MBA da FIA destacou que o diferencial da geração Y é sua forma de aprendizado, “epidérmica”. “Se existe algum problema, esse jovem não percorre todo o caminho do processo, ele desmonta tudo e constrói um novo”, disse. Mas nem por iss0 baby boomers e profissionais da geração X serão descartados. “Caberá a eles fazer o papel de mentoring, de mostrar e preparar a cultura e os valores da empresa, trazer sua experiência para amadurecer esses novos talentos”. E isso também por uma questão demográfica: haverá muito mais geração X no mercado de trabalho do que Y em poucos anos.

Resta-nos agora entender esses futuros indicadores e aceitar novos desafios. Estar preparado para ser avaliado pelo nosso grau de executar tarefas complexas. Bye bye, organogramas, que venham indicadores mais reais e justos para a próxima década!

fonte: MSN