domingo, 8 de julho de 2012

TELETRABALHO: DEVO ADOTAR OU NÃO? QUAIS SÃO AS VANTAGENS E DESVANTAGENS?


11 MILHÕES DE BRASILEIROS JÁ ADOTA, TELETRABALHO.



Atividades profissionais desenvolvidas sem a necessidade da presença física do trabalhador nas instalações da empresa conquistam cada vez mais adeptos

Trabalhar em casa, em meio ao sossego do lar, com a possibilidade de realizar as tarefas no momento em que achar conveniente tem se tornado uma escolha cada vez mais comum entre os brasileiros. Segundo Ana Manssour, diretora - presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (SOBRATT), o número de pessoas envolvidas neste tipo de atividade profissional chega à casa dos milhões.

“A partir do cruzamento de dados das pesquisas do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) e do Painel IBOPE/NetRatings, é possível estimar que mais de 11 milhões de brasileiros adotam alguma forma de teletrabalho, seja de maneira formal, informal, com ou sem vínculo de emprego, em turno integral, parcial ou eventualmente”, explica Manssour.

O conceito de teletrabalho parte do princípio de que o trabalhador pode desenvolver todo ou parte de seu trabalho a partir de qualquer local, desde que utilize as ferramentas tecnológicas disponíveis atualmente, tais como computador, acesso à Internet de qualidade, hardwares e softwares necessários para o desempenho das suas fun ções.

Em Bauru, profissionais de diversas áreas fazem a opção por trabalhar em seus domicílios. Elaine Bertone é redatora especializada em astrologia, trabalha em casa, mas tem um contrato com uma editora que é renovado a cada seis meses.

“Eu trabalho em casa há cerca de 12 anos ou mais. Acabei fazendo essa opção por perceber que a minha atividade profissional permitia essa alternativa, que naquele momento me pareceu bastante tentadora por duas razões: sempre gostei de muita liberdade, e trabalhar em casa me deixaria mais confortável. Além disso, eu tinha dificuldades para me concentrar no meu trabalho, fazendo parte da equipe de redação da empresa, devido à própria dinâmica que o ambiente de trabalho exige”, explica.

 

 

Extra em casa

José Tadeu de Oliveira Filho, jornalista, tem um emprego fixo que realiza na sede da empresa, mas aproveita o tempo livre para fazer outros serviços. “Tudo começou quando eu e um amigo de faculdade decidimos montar uma empresa virtual. Ele ficava em São Caetano e eu em Bauru.

Fazíamos o serviço por skype e e-mail. Passado um tempo, desmanchamos a empresa e eu continuei com os contatos. Agora faço atualização de sites, revisão de livros, dentre outras coisas. Faz uns três anos que faço trabalhos extras em casa”, conta.

Samara Freitas da Silva é designer gráfica e também utiliza ferramentas tecnológicas para realizar trabalhos em casa. “Não tenho vínculo empregatício, consigo os trabalhos por indicação de amigos que trabalham na área. Funciona de modo simples: as pessoas entram em contato, me explicam o trabalho, eu faço algumas opções e mando por e-mail. Tenho a resposta do cliente, faço mudanças quando é pedido até chegar no resultado final. Dentre esses trabalhos já fiz logotipos, layouts para sites, folders promocionais, cartões de Natal”, diz.

Ana Manssour explica que a situação de informalidade é comum no País. “No Brasil, embora saiba-se que o sistema de teletrabalho é adotado por muitas empresas, na esmagadora maioria delas isso acontece informalmente, ou de maneira não oficial, e nem sempre de maneira planejada e estruturada. Isso ocorre por várias razões, entre elas o desconhecimento da jurisprudência que aprova o teletrabalho e por uma forte resistência cultural, tanto por parte dos gestores quanto dos próprios trabalhadores e da sociedade”, explica.

Segundo a SOBRATT, as áreas nas quais o teletrabalho é mais comum são tecnologia da informação, vendas e os setores de atendimento ao cliente ou tele-marketing. Isto ocorre devido à natureza destas atividades, que têm maior intimidade com a infra-estrutura tecnológica ou que exigem que o funcionário passe bastante tempo fazendo contato com clientes nas ruas.

Vantagens

Com tantos adeptos, é certo que o teletrabalho tem muitos benefícios. Ninguém melhor do que os profissionais que realizam esta atividade para enumerá-los.

Elaine vê como ponto positivo a liberdade na hora de realizar as tarefas. “A vantagem é que você certamente tem mais liberdade de ação, autonomia, e por ter a minha lua em Aquário, essa liberdade é fundamental para a minha criatividade. Nunca gostei de ser cerceada ou de me sentir vigiada, portanto, quem trabalha em casa acaba sendo o chefe de si mesmo”, diz.

José Tadeu atenta para os baixos custos. “Além de poder decidir meus horários, o custo é praticamente zero. Não tenho que me deslocar e o gasto que tenho com energia por causa do computador, eu provavelmente teria se estivesse à toa em casa”, explica.

Samara vê o trabalho que realiza hoje como uma oportunidade de conseguir montar um negócio mais tarde. “As vantagens são a comodidade de estar na sua casa, o horário flexível que você faz e a oportunidade de conseguir clientes fiéis para, um dia, abrir a própria empresa”, expõe.

Segundo Ana Manssour, há benefícios também para as empresas. “A empresa reduz significativamente os custos relativos a aluguel e manutenção de espaço físico, auxílio-transporte, auxílio-combustível e estacionamento. Há experiências e estudos que comprovam um aumento de produtividade dos funcionários de 30% a 60%, o que naturalmente se reflete na agilidade dos serviços prestados pela empresa, melhorando sua imagem no mercado e possibilitando ampliação da carteira de clientes e crescimento real da empresa”, pondera.

 

Desvantagens

Embora pareça irresistível a possibilidade de trabalhar em casa, quem faz este serviço vê algumas desvantagens.

José Tadeu confessa que algumas vezes se atrapalha com as tarefas do dia-a-dia. “Meu escritório é o meu quarto. Por isso, às vezes acabo enrolando para fazer as coisas. Além disso, não é um ambiente apresentável para levar um cliente”, aponta.

Samara, que trabalha de maneira informal, fica insegura com a instabilidade do serviço. “A desvantagem está na instabilidade, não é como num emprego fixo em que você tem garantido seu salário todo mês”, diz.

Elaine alerta para a necessidade de se programar financeiramente e de ter disciplina.

“Não tenho férias, décimo terceiro, nem fundo de garantia. Sou autônoma e como tal devo me programar para tirar férias e me disciplinar para ter uma reserva quando eu quiser sair de férias. Como chefe de si mesmo, você precisa ter muita disciplina para cumprir as suas metas de trabalho. Eu tenho um cronograma e sei que preciso trabalhar de 6 a 8 horas diariamente, porque do contrário não atendo às expectativas da empresa”, explica.

Para Ana Manssour, quando há o vínculo empregatício não há desvantagens, e sim obstáculos a serem enfrentados nesta fase de introdução do teletrabalho no País.

“Os principais obstáculos são comporta mentais, especialmente quando não é realizado um trabalho prévio de sensibilização e capacitação nem acompanhamento dos funcionários no período de adaptação ao novo sistema de trabalho.

É natural que, sem esses cuidados, os trabalhadores tenham dificuldades no que se refere a elaborar e manter uma rotina, a assumirem-se com maior autodisciplina, iniciativa, e estabelecerem limites para si e para a família no dia-a-dia de trabalho”, finaliza.

FONTE: BECA-EWORK

TELETRABALHO - O TRABALHO EM QUALQUER LUGAR E A QUALQUER HORA…

As alterações ambientais são uma realidade e, para sobreviverem neste ambiente turbulento, as organizações estão buscando alternativas viáveis para os seus negócios, estruturas organizacionais e formas de trabalho.


Vive-se num século que está chegando ao fim sem precedentes : duas guerras mundiais, a Glasnost, a Perestroika, a queda do Muro de Berlin, a Globalização e a liberalização dos mercados As alterações ambientais são uma realidade e, para sobreviverem neste ambiente turbulento, as organizações estão buscando alternativas viáveis para os seus negócios, estruturas organizacionais e formas de trabalho.

Vive-se num século que está chegando ao fim sem precedentes : duas guerras mundiais,. Contudo, parte deste mundo conseguiu recuperar-se. A razão principal é que algumas pessoas que dirigem organizações mantiveram o sentido de responsabilidade e continuaram a pensar no futuro, enquanto que em volta delas o „mundo parecia desmoronar-se‟.

Dentro deste ambiente de mutações, existem profissionais que perceberam a relevância das inovações nas organizações, como é o caso do teletrabalho.

A partir desta perspectiva, surge o Processo de Teletrabalho, como uma alternativa moderna de gestão empresarial, sob o enfoque das alternativas de trabalho flexível para tornar as empresas mais competitivas e dinâmicas, diferentes daquelas outras que ainda estão perigosamente acostumadas à estabilidade e à rotina do trabalho tradicional.

Contudo, há alguns princípios essenciais para que o teletrabalho funcione. Nenhum deles é particularmente difícil ou revolucionário; são simplesmente boas práticas gerenciais tais como: seleção cuidadosa do pessoal que trabalha à distância, estruturação de ambientes e tecnologia de trabalho apropriados, além de suporte adequado de telecomunicações, estabelecimento de um conjunto de procedimentos de avaliação que privilegiem o desempenho, treinamento do pessoal que trabalha à distância assim como seus colegas de trabalho e, verificação frequente do andamento do trabalho.

Vale salientar que esta modalidade de trabalho, para muitos funcionários, pode ser um conceito novo, mas não é um estilo de trabalho sem precedentes. Vários funcionários de grandes organizações públicas e privadas já trabalham remotamente em instalações da empresa ou em regionais: gerentes de obras, vendedores, engenheiros de campo que trabalham fora do escritório, com graus variados de contatos com seus supervisores.



O Ambiente Propício Para o Teletrabalho

O que é que AT&T e a American Express têm em comum?
Serviços de classe Mundial?
ISO 9000, ISO 14000?
Uma linha de serviços competitivos?
Excelente atendimento ao cliente?
Tecnologia avançada?

Não necessariamente nenhuma dessas razões, mas sim o fato de serem ambas empresas que implantaram, com sucesso, o Processo de Teletrabalho, utilizando recursos tecnológicos nas áreas das telecomunicações e informática.

Vale salientar que o uso das telecomunicações no teletrabalho não é considerado algo totalmente inovador, pois, segundo Joel Kugelmass*, há indicadores do seu surgimento nos Estados Unidos em 1857, na companhia Estrada de Ferro Penn. Nesta época, a empresa usava o seu sistema privado de telégrafo para gerenciar o pessoal que estava distante do escritório central, ao ser delegado aos funcionários o controle no uso de equipamento e na mão de obra. Em outras palavras, a organização seguia o fio do telégrafo e a empresa acabou por transformar-se num complexo de operações descentralizadas.

Logo, o que realmente é novidade nesta área da organização do trabalho, tanto no setor público quanto no privado, e, independente do tamanho da empresa, são as redes de telecomunicações, de custo razoável e com alta performance organizacional, que se tornaram parceiras constantes e fundamentais na gestão das organizações bem sucedidas.

A partir do sistema de informação e de comunicação ocupando a distância física entre os funcionários de uma mesma organização e entre funcionários e clientes, verifica-se a necessidade de se identificar novas fronteiras do que se entende por local de trabalho.

De fato, a área física onde tradicionalmente se trabalha não é mais uma entidade tangível com fronteiras bem definidas, baseadas em regras e observação visual do processo de trabalho.

Nesta linha de raciocínio temos agora, dentro desta visão ampla e integrada, os processos gerenciais, convivendo com o trabalho remoto, eletronicamente gerenciado.

Consequentemente, a empresa não deve ter mais expectativas neste processo de mudanças gerenciais, ao dispor de funcionários que chegam ao local de trabalho na hora marcada e ocupando suas funções pré-estabelecidas em suas mesas cativas ou salas próprias.

Face a esta inovadora abordagem do teletrabalho, é necessário entender que na moderna empresa, a estrutura organizacional, a estratégia, a cultura, os papéis e os processos estão interligados entre si, exigindo um novo alinhamento, equilíbrio e harmonia organizacional. Portanto, as questões centrais das organizações estão mudando e têm como fatores críticos para o sucesso do teletrabalho, o gerente, o supervisor e o funcionário.

Logo, saber quando e em que função adotar o teletrabalho é tão importante quanto saber onde não adotá-lo, pois já existe uma tecnologia de informação consistente e versátil para apoiar o trabalho fora do escritório, mas ainda não existe a visão administrativa necessária para gerenciá-lo.

Portanto, não devemos nos esquecer que o teletrabalho consubstancia o ato de exercer atividades que podem ser realizadas em um domicílio ou local intermediário, visando a competitividade e flexibilidade nos negócios. Dessa forma, apontam-se como aspectos favoráveis desse processo, além de concentração de esforços (focalização): maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais; estímulo para as organizações analisarem a sua implantação com vistas a melhorar a produtividade e reduzir os custos com espaço e o absenteísmo; alavanca a tecnologia e os investimentos em pessoal, e assim, obtendo uma força de trabalho mais eficiente e confiável. Dentre os setores que nos Estados Unidos estão adotando este sistema, destacam-se as seguintes áreas: telecomunicações, informática, seguros, consultorias de empresas, auditorias, serviços públicos, propaganda, publicidade, universidades, gás natural etc.

No Brasil, sobressaem-se na adoção deste recurso organizacional, empresas tais como: Dupont, IBM, Cisco, Movicarga, Proudfoot Brasil etc.

Vale salientar que a utilização do teletrabalho nas empresas independe do seu tamanho pois, encontramos sua aplicação em organizações com 20 ou com 20.000 funcionários.

Tendo em vista que o propósito do teletrabalho é, em primeiro lugar, oferecer uma melhor resposta às empresas para enfrentar as pressões do mercado e, em segundo, constituir um elemento-chave para o desenvolvimento estratégico das organizações, sua implantação deve levar em conta a seguinte precaução: evitar apenas visar redução de custos, com corte de pessoal. Assim, ao se adotar o teletrabalho dentro dos padrões aconselhados, ele se torna um instrumento que beneficia a empresa, o empregado e a sociedade concomitantemente.

Vale salientar que particularmente na área de Recursos Humanos, como em outras áreas do conhecimento administrativo, o teletrabalho é ainda um conceito de certa forma novo e pouco conhecido no Brasil, já tendo causado confusão terminológica e alguns mal entendidos e, consequentemente, má implantação nas organizações.

Para obter a compreensão correta do termo Telecommuting e para evitar estes ruídos na comunicação no seu entendimento, apresentamos a seguir algumas palavras chave, em inglês, utilizadas no contexto do ensino e na prática do comportamento organizacional no que diz respeito as alternativas para o trabalho.

É fundamental ressaltar que nos principais idiomas europeus (alemão, espanhol, italiano, francês), incluindo o português, não há nenhum termo equivalente para a palavra inglesa “commuting” (ida e volta de casa ao trabalho), de onde se derivou a palavra “telecommuting”. Daí a razão de utilizarmos também a expressão “telecommuting”, no original em inglês, cujo termo correspondente português mais próximo é o teletrabalho.


ALVARO MELLO

fonte: Beca-Ework

Recomendações sobre o teletrabalho - parte 4 (fim)

CONCLUSÕES


O teletrabalho baseado em casa vem se difundindo não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo, principalmente em razão da utilização de inovadores recursos em telecomunicações e tecnologias da informaçãoe da busca da gestão sustentável.Desta forma, profissionais, técnicos e trabalhadores em geral, instalados em suas casas, em escritórios virtuais ou em outros espaços alternativos da própria organização, dispondo de equipamentos que os mantém conectados com a organização ou com uma rede de trabalhadores com os quais cooperam, podem processar informações (tarefas burocráticas e administrativas normalmente feitas nos escritórios da organização), produzir idéias, desenvolver pesquisas e demais atividades rotineiras e intelectuais.
Portanto, não se deve esquecer que o teletrabalho consubstancia o ato de exercer atividades que podem ser realizadas em um domicílio ou algum local intermediário, visando a competitividade e flexibilidade nos negócios. Vive-se num século onde impera a globalização, a liberalização dos mercados e outras alterações ambientais que, para sobreviverem neste ambiente turbulento, exigem das organizações alternativas viáveis para os seus negócios, estruturas organizacionais e formas de trabalho flexíveis. Dentro deste contexto de mutações, existem profissionais que perceberam a relevância das inovações nas organizações, como é o caso do teletrabalho.
Por outro lado,muitas das desvantagens apontadas ao teletrabalho, em geral, se referem, ao teletrabalho feito em casa, realizado por um profissional em período integral, normalmente pouco qualificado, que presta serviço para um empregador exclusivo, em condições contratuais ambíguas ou claramente desfavoráveis para o trabalhador. Ora, essa forma de teletrabalho não representa, na atualidade, nem a única nem a forma mais adequada de teletrabalho. Logo, novos estudos são requeridos para conhecer melhor a realidade que cerca o sistema de teletrabalho, o contexto organizacional virtual em que estão instalados e quem exerce a atividade remota.
Contudo, o grande desafio que se apresenta ao sistema de teletrabalho é a sua gestão dos aspectos comportamentais. De uma forma geral, as empresas proporcionavam uma infraestrutura adequada, até por que sem isso não haveria trabalho. Porém, os teletrabalhadores ressentiam-se de um sentimento de isolamento, falta de convivência pessoal com colegas de trabalho, falta de colaboração de seus pares . A comunicação virtual para quem trabalha em casa, pode requerer outras habilidades ainda a serem mais bem estudadas, para as quais ainda não se têm respostas adequadas.


Álvaro A. A. Mello

fonte: Beca-Ework

Recomendações sobre o teletrabalho - parte 3

O TELETRABALHO NO MUNDO


Trabalhe sem sair de casa. Esta é a oferta tentadora trazida por milhares de notícias nos jornais e dos apelos publicitários com referencias aos congestionamentos no
transito, que invadem ruas e lares, por correio, e-mail ou televisão. A evolução e o barateamento dos serviços online, além do momento em que se encontra o mercado de trabalho e o comércio mundial, estão contribuindo para o maior interesse pelo trabalho à distância.
Nos Estados Unidos, a quantidade de trabalhadores que trocaram as roupas formais e os cartões de ponto para se tornarem teletrabalhadores - profissionais que trabalham em casa, usando computador ou telefone, não necessariamente todos os dias da semana-já chega a 21 milhões e representa 18% da força de trabalho.
No Brasil, gerentes e diretores ainda precisam se habituar a comandar funcionários que não estão presentes fisicamente.
Não é preciso ser autônomo para ser um teletrabalhador. O profissional precisa ter um mínimo de infra-estrutura, como um computador, fax e telefone, além de softwares de controle de tarefas e ferramentas de comunicação, como e-mail e messenger, por exemplo. Algumas empresas oferecem equipamentos e arcam com os custos de internet e telefonia do funcionário virtual.
As empresas tais como, Dell, Xerox e Shell já utilizam o trabalho à distância, e empresas menores já demonstram interesse, principalmente com a redução dos custos. Existem empresas que trabalham 100% virtualmente e outras que podem ter parte do pessoal operando nessa modalidade.
A principal vantagem nesse tipo de estratégia é a redução de custo, pois, elimina-se gastos com transporte, alimentação, aluguel ou compra de uma sala, mesas, cadeiras, computadores, armários, limpeza, taxas, luz, condomínio, telefone, enfim, todos os gastos necessários para manter um escritório. Com essa economia, muitas empresas optam por melhorar a remuneração de seus funcionários, visando obter maior produtividade.
Desta maneira, não somente as empresas têm vantagens, como também os profissionais, já que gastam menos roupas, não vivem o estresse dos engarrafamentos e/ou até assaltos, além de contar com a flexibilidade dos horários e poder ficar mais tempo com a família.
No entanto, não é uma medida simples de ser tomada. O trabalho precisa ser bem distribuído e acompanhado, e, exige investimentos com softwares para administrar todo o processo, além de treinamento diferenciado ministrado aos gerentes, para sensibilizá-los na gestão das pessoas que não vão mais ao escritório todos os dias. Neste particular, é preciso que se tenha em mente que o que interessa são os resultados e a qualidade do trabalho.
A modalidade é vantajosa, mas antes de adotá-la é necessário levar em consideração o perfil das atividades da empresa para avaliar quando e como operar à distância.
Foi pensando em reduzir custos que a Pontnet (www.pontonet.com.br), empresa do
Rio de Janeiro, especializada em consultoria e estratégia para internet, resolveu em
2000 fechar as portas do seu escritório em Copacabana, e começou a trabalhar virtualmente.
A Pontonet faz manutenção de websites para grandes clientes, além de produzir informativos eletrônicos, desenvolver projetos de comunidades virtuais, ministrar treinamentos para melhorar a fluência digital de usuários e prestar consultoria em tecnologia.
Cada membro da equipe trabalha em casa, gerenciado pelo software E-trabalho, desenvolvido pela própria empresa, que permite que todos se relacionem pela internet. Atualmente, conta com uma equipe de cinco pessoas, sendo duas alocadas dentro de um dos clientes, três em casa, entre eles o coordenador.
A empresa preferiu investir os recursos em software e jogar fora pela janela os custos fixos desnecessários", comenta Carlos Nepomuceno, diretor-executivo da Pontonet e jornalista que escreve artigos especializados na área. O bom exemplo rendeu à Pontonet uma doação de R$ 400 mil da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) para finalizar módulos do software ICOX, gerenciador de projetos de inteligência coletiva em comunidades virtuais e disponibilizar a versão gratuita do software.
Porém, não são todas as pessoas que têm perfil para trabalhar à distância. É preciso ter iniciativa, disciplina e forte senso de responsabilidade, onde algumas profissões são mais adaptáveis, como por exemplo, quem trabalha com metas e prazos, e principalmente das áreas de informática, administração, jornalismo, publicidade, marketing, vendas, direito, engenharia e arquitetura.
O problema maior apontado por muitas pessoas que optaram por se tornarem teletrabalhadores é a solidão profissional. Em alguns casos é necessário um mínimo de interação pessoal para não causar um isolamento social, que pode ser resolvido com reuniões semanais na sede da empresa, por exemplo.
Para que o trabalho flua, as empresas usam e-mail para solicitar tarefas para seus funcionários. No caso de projetos com preço fechado, com o desenvolvimento de um software ou de um website, é preciso contratar a equipe por tarefa. Assim é importante vincular a remuneração ao trabalho realizado e estabelecer os pontos de controle e monitorar para saber se estão sendo cumpridos.
Portanto, trabalhar a partir de casa pode ser ótima solução para profissionais autônomos e funcionários de empresas, porque reforça o moral e a satisfação no emprego e reduz o estresse.
Em uma análise de 46 estudos sobre pessoas que trabalham em casa, os pesquisadores constataram que trabalhar longe dos escritórios por meio de computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos pode ser mais positivo do que negativo para as pessoas e as companhias que as empregam. Os resultados demonstram que trabalhar de casa tem um efeito geral benéfico, porque o sistema oferece ao trabalhador mais controle sobre a forma pela qual realiza seu trabalho ( Gajendran, Universidade Estadual da Pensilvânia). Trabalhar de casa parece ter alguns efeitos modestamente positivos sobre o moral do trabalhador, quanto ao equilíbrio entre trabalho e vida familiar e com relação ao estresse. Gajendran e David Harrison, que publicaram o resultado de seu estudo na Journal of Applied Psychology, pesquisaram dados sobre 12.833 pessoas que trabalham fora do escritório de suas empresas.
Trabalhar de casa vem sendo uma tendência em alta nos Estados Unidos desde cerca de 2000. No ano passado, havia cerca de 45 milhões de norte-americanos trabalhando em casa, ante 4 milhões em 2003, de acordo com a revista WORLDATWORK.
Gajendran acredita que o número continuará a crescer à medida que se expande o acesso a serviços de banda larga.
Ao longo dos dois últimos anos, houve uma alta, especialmente no número de pessoas que trabalham em casa regularmente. Por regularmente entende-se as pessoas que o fazem ao menos uma vez por mês. A alta desse indicador foi de quase
60 por cento.
Ainda que algumas empresas e funcionários temam que trabalhar de casa possa prejudicar perspectivas de carreira ou abalar as relações com colegas e chefes, os pesquisadores não encontraram provas que sustentassem essa interpretação.
Trabalhar a partir de casa em termos gerais não tem resultado relacional negativo, ao contrário da crença mais comum (Gajendran)
Na Europa, o número de teletrabalhadores praticamente dobrou nos últimos 3 anos, alcançando a marca de 21 milhões em 2005, que trabalham em casa ao menos um dia ao mês e no Japão, 10 milhões (Revista Vencer). Nos EUA há duas estatísticas: uma realizada pelos US Bureau of Census que considera como teletrabalhadores baseados em casa apenas as pessoas que trabalham pelo menos três dias por semana em suas residências, registrando 3,3% da população, com 4,2 milhões de pessoas. Segundo a Current Population Survey (CPS), no levantamento das pessoas que trabalham em casa pelo menos uma vez por semana, esse volume atingia 20 milhões em 2001.
Nos Estados Unidos, entre os anos de 1999 e 2002, ao redor de metade dos gerentes da empresa AT&T, trabalhava em suas casas uma vez por mês, um quarto trabalhava uma vez por semana e 10% em um escritório virtual “full-time”. Dentre os setores que nos Estados Unidos estão adotando este sistema, destacam-se as seguintes áreas: telecomunicações, informática, seguros, consultorias de empresas, auditorias, serviços públicos, propaganda, publicidade, universidades, gás natural, etc.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2003) registrou que 5% da população trabalhadora brasileira exerce sua atividade exclusivamente a domicílio, um total de quase quatro milhões. Uma pesquisa realizada no município de São Paulo foram identificados
como teletrabalhadores baseados em casa 15% da amostra (SILVA,
2003). Outra pesquisa (Tachizawa e Mello, 2003) revelou que o teletrabalho no Brasil, vem sendo adotado majoritariamente na área de vendas (57,5%). A literatura consultada aponta que muitas empresas eliminaram por completo o escritório para o pessoal de vendas. No entanto, deve-se considerar que 42,5% atuavam fora desta área, sendo 23% em consultoria e 19,5% em outras funções. Pode ser que a área de vendas pelas suas características tem sido a primeira a usufruir o teletrabalho, com possibilidades futuras de ser ampliado para outros processos da empresa. Neste sentido, alguns desafios se colocam na gestão do colaborador virtual. De acordo com os especialistas, este número pode crescer particularmente tendo as casa como sede da empresa, com também o uso do teletrabalho, no exercício das atividades profissionais. Embora dados sobre o crescimento de número de teletrabalhadores no Brasil não estejam disponíveis de forma sistematizada, o grande número de matérias jornalísticas sobre o assunto indica que possa estar surgindo uma demanda por uma nova tipologia residencial.
Outros estudos relacionados ao perfil do teletrabalhador têm sido publicados. Tais estudos mostram que essa modalidade tem sido praticada em diversos níveis de
renda, podendo ser baseado na informação, intelectuais, mas também sob a forma de trabalhos artesanais (LAVINAS, SORJ, LINHARES e JORGE, 1998). Longe de ser considerado como um modismo, o teletrabalho é uma realidade no Brasil onde, de acordo com a SOBRATT-Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades, organizações de diferentes setores econômicos, o praticam, de maneira formalizada ou não, destacando-se empresas sejam nacionais ou estrangeiras, tais como: Semco, Siemens; W/Brasil; AT & T; Dupont; Price Waterhouse Coopers; Kodak; Cisco System
; Anixter ; IBM ; Natura ; Shell ; SSA ; Movicarga ; Bayer; WEG , Ticket , Sun
Microsistems, Dell, Cargill, Nortel, e Google dentre outras.
Na década de 80, o trabalho a distância foi apontado como uma tendência irreversível nas empresas. Imaginava-se que, com a evolução da tecnologia, as companhias teriam fortes razões para permitir que seus funcionários trabalhassem em casa: eles não padeceriam no trânsito e não perderiam tempo jogando conversa fora ao lado do bebedouro. Assim, produziriam mais e melhor. Menos gente nos escritórios também significaria redução nos custos fixos em aluguéis e equipamentos. Nos anos seguintes, porém, o cenário inexorável do teletrabalho não só deixou de se concretizar com o impulso esperado como começou a ser visto como algo temerário para o equilíbrio familiar dos profissionais, e para o desempenho das próprias companhias, que teriam sua coesão cultural ameaçada. Quase duas décadas depois, aos poucos a idéia volta a fazer sucesso no mundo corporativo. Durante muito tempo, o teletrabalho esbarrou no modo descuidado com que as empresas procuravam implementá-lo. Agora as companhias estão descobrindo que ele pode ser uma boa solução, desde que adotado com cautela.
A Ticket, braço de serviços do grupo Accor, é uma das empresas que apostaram recentemente no teletrabalho. O alvo foi a área comercial, pois a empresa precisava aumentar a presença no país e, ao mesmo tempo, reduzir ao máximo os investimentos em estrutura física. Como conseqüência da adoção deste novo modelo de trabalho foram fechadas as filiais de 17 cidades e, do total de 96 vendedores e gerentes de vendas em todo o país, 42 passaram a usar a infra-estrutura tecnológica montada pela empresa em suas casas. Embora gastassem a maior parte do dia na rua visitando clientes, esses profissionais perdiam tempo indo e vindo ao escritório para realizar tarefas burocráticas, como por exemplo, encaminhar relatórios e pedidos. A elaboração e a implantação do projeto custaram à Ticket 400 000 reais.Contudo, a economia com a redução dos custos operacionais chegou a 2 milhões de reais. Mas o principal benefício foi o aumento da produtividade -- desde o início do projeto, as vendas da equipe remota aumentaram 76%, e o volume de contratos fechados, 40%.
Para chegar a esses resultados, a Ticket precisou treinar os funcionários para a mudança, ao orientar os chefes para conversar com as equipes e monitorar aqueles que podiam ser resistentes ao processo. Houve também uma preocupação de que os profissionais tivessem tempo para se acostumar com a nova rotina. Por outro lado, os executivos envolvidos neste projeto também se cercaram de cuidados para evitar que funcionários fossem vítimas de alguns perigos que rondam o teletrabalho, pois segundo os especialistas, esta modalidade de trabalho se mal implantada, pode alienar os profissionais. Neste sentido, o isolamento social é algo com que as empresas têm mesmo de se preocupar. A receita para minimizar este risco é incentivar as equipes a criar rituais para continuarem se encontrando presencialmente,ou seja , que os funcionários possam ter dia e hora certos para discutir problemas, trocar idéias e fofocar, como por exemplo, criando uma rotina de almoço com seus pares às sextas-feiras. Vale salientar que, o contato com os colegas é essencial, muito embora se reconheça que normalmente no escritório ele acaba sendo uma boa fonte de dispersão.
Contudo, os vendedores da Ticket não são os únicos seduzidos pelas vantagens do trabalho a distância. No Serpro, órgão responsável pelo processamento de dados do governo federal, 23 funcionários de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo participaram de um projeto piloto de teletrabalho, considerado pioneiro na administração pública federal. Assim como a Ticket, o Serpro precisou acrescentar um termo aos contratos de trabalho explicitando as mudanças, uma forma de evitar processos na Justiça do Trabalho. Também para se prevenir de problemas trabalhistas, a intranet do órgão é bloqueada se o funcionário exceder as 40 horas semanais permitidas na frente do computador. Iniciativas como as da Ticket e do Serpro ainda parecem acanhadas quando comparadas às de empresas européias e americanas. Na Sun Microsystems, nos Estados Unidos, quase 50% dos funcionários trabalham em casa. Na Agilent, outra empresa de tecnologia, 70%. Os 42 funcionários da Ticket que trabalham em casa representam menos de 5% dos empregados da empresa,porém, essas comparações devem ser feitas com ressalvas, pois o Brasil ainda está neste sistema distante desses países,porém, já no caminho correto.



fonte: Beca-Ework

Recomendações sobre o teletrabalho - parte 2

TELETRABALHO E SUAS TENDÊNCIAS


As facilidades trazidas para o mercado de trabalho a partir dos avanços tecnológicos são, hoje, os principais indicadores de que precisamos com urgência rever o tradicional modelo da CLT, segundo a qual o trabalhador deve ter um local e horário fixos de trabalho e ser empregado de apenas uma empresa. Do outro lado da moeda, uma reunião entre pessoas de cidades e países diferentes já pode ser realizada ao mesmo tempo graças a uma simples videoconferência; conectar-se em tempo real com a economia do mundo j é possível por meio da internet; e trocar informações, independentemente da distância, tornou-se algo natural depois do correio eletrônico. Uma mesma pessoa pode realizar múltiplas tarefas para pessoas diferentes sem sair de casa.
Um bom exemplo das conseqüências dessa revolução tecnológica para o trabalho são os “home-offices”. Traduzindo ao pé da letra, “home-office” é o escritório em casa. Trabalhar em casa e abandonar os escritórios no centro das grandes cidades tem sido uma opção do funcionário comum que se sente atraído por receber acima dos níveis convencionais de emprego, reduzir custos (alimentação, transporte e aluguel, por exemplo), investir em qualidade de vida, definir o próprio horário de trabalho e até contribuir para melhorar o trânsito, diminuindo assim os congestionamentos e a emissão de CO2. Estima-se que hoje, no Brasil, ao redor de 10 milhões de pessoas trabalham em casa (Sobratt Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades).
Uma prova do crescimento dessa nova organização do mercado de trabalho pode ser obtida pela análise dos hábitos do consumidor. Hoje, cerca de 20% das pessoas que procuram um apartamento para comprar querem um “home-office”. A maioria das construtoras está direcionando seus negócios para esse mercado. Por outro lado, nos últimos anos tornou-se cada vez maior o número de pessoas que têm acesso a computadores com internet.
Dadas as características de uma empresa industrial que compra matérias primas, as transforma no processo produtivo, estoca e comercializa junto aos clientes, o teletrabalho baseado em casa ainda pouco se aplica ao pessoal de chão-de-fábrica. Ou seja, o trabalho a distância tem uma aplicabilidade maior junto aos colaboradores das atividades-meio que exercem tarefas de suportes às atividades-fim inerentes à cadeia produtiva da organização.
Por outro lado, têm-se as empresas comerciais, cujo escopo é intermediar a produção das indústrias, colocando seus bens produzidos junto aos clientes finais. É uma atividade essencialmente de comprar produtos, estocar e vende-los. Nesse tipo de organização o corpo de vendedores externos tem alta aplicabilidade do teletrabalho baseado em casa, com atividade, por exemplo, de extrair pedidos e enviá-los on-line pelos notebooks, palmtops ou celulares, evitando deslocamentos físicos até a sede da empresa gerando, com isso, uma alta produtividade em suas atividades comerciais.
Em contrapartida, as empresas prestadoras de serviços, cujo principal ativo (capital humano representado pelos seus colaboradores) entra e sai da organização diariamente, tende a naturalmente ser a atividade mais propícia ao teletrabalho baseado em casa. O fato dos colaboradores deste tipo de organização (empresas de consultoria, engenharia consultiva, agências de publicidade e propaganda e afins) exercerem atividades intelectuais, criativas e demais trabalhos especializadas torna-os candidatos naturais a exercerem atividades profissionais à distância inteiramente livres de supervisão direta de seus superiores hierárquicos.
Contudo, existem diversas formas de teletrabalho que variam principalmente quanto ao local onde é exercido o trabalho:
1) colaborador em seu domicílio (“home-office”). É o trabalho que o indivíduo realiza em seu próprio lar. Nesta modalidade, alguns teletrabalhadores passam todo o tempo em seus domicílios, enquanto outros dividem o seu tempo entre sua residência e o escritório. É a modalidade em que se pensa primeiro, quando se fala em teletrabalho, talvez por ter sido a primeira a ser teorizada e implantada. Esta modalidade admite o teletrabalho:
- em tempo parcial, ou seja, um período em casa e outro na empresa (teletrabalho baseado em casa);
- em tempo integral, para um único empregador;
- autônomo free-lance, para vários clientes ou empregadores;
2) o teletrabalho pendular onde o colaborador trabalha alguns dias em sua residência e outros na sede da empresa;
3) escritório da vizinhança ou centro local. São conjuntos de escritórios onde existem várias empresas e atendem aos empregados que moram nas proximidades de onde estão localizados os centros;
4) trabalho nômade (quando o colaborador exerce as suas funções em trânsito nos próprios clientes). É itinerante, tal como os funcionários da área de vendas. Esta modalidade encontra-se em muitas organizações e apresenta o maior número de características do teletrabalho;
5) escritórios satélites, que pertencem à própria organização e que abrigam atividades específicas fora da organização central. Escritórios satélites parecem muito com um escritório tradicional. Porém, a diferença básica entre ambos escritórios consiste no fato de os que trabalham no escritório satélite moram próximo ao local, independente do seu cargo, área ou setor. Nesta configuração, se a empresa possuir vários escritórios satélites poderá ocorrer de um mesmo departamento estar dividido em diversas unidades;
6) Hoteling. É usado freqüentemente na sede da empresa por profissionais que não precisam de uma mesa no escritório fixo, mas apenas de um local a ser utilizado, talvez, uma vez por semana, onde possa receber correspondência, estar em contato com o banco de dados principal da empresa ou receber um cliente num encontro face a face.

fonte: Beca-Ework

Recomendações para o Teletrabalho Baseado em Casa - PARTE 1

INTRODUÇÃO

O lar é o lugar onde se dorme, come-se, assiste-se televisão, estuda-se , relaxa-se ,e , onde também , cada vez mais se trabalha, ou seja, se exerce o teletrabalho.
Define-se como teletrabalho, a alternativa de trabalho flexível, quanto ao local, onde os empregados passam a realizar suas atividades profissionais, antes exercidas nos escritórios ou em locais diversos tais como residências ou em áreas intermediárias entre a casa e a empresa. Teletrabalho é, portanto, uma forma de trabalho que
oferece benefícios importantes as empresas, e, também ao funcionário ao flexibilizar seu convívio equilibrado da família, responsabilidades no trabalho, além de reduzir o stress e as despesas provenientes das constantes idas e vindas ao escritório tradicional.
As tecnologias da informação e das comunicações incorporam, atualmente, um novo conceito nas práticas de trabalho no cotidiano das organizações. As organizações, até pouco tempo concebidas como entidades geográficas, passarão cada vez mais a serem entendida tal qual um espaço em rede, ou seja, um arranjo organizacional
físico-virtual de trabalho. Isto induzirá, conseqüentemente, a mudanças radicais na organização e cultura empresarial ficando cada vez mais difusa a distinção entre
empregado e auto-empregado, assim como a própria definição de local de trabalho.
Tais mutações nos ambientes empresariais em um contexto maior de globalização e de liberalização de mercados passa a ser o dia-a-dia das organizações. Por isto, para sobreviverem neste ambiente turbulento, as empresas estão procurando cada vez mais, respostas coerentes aos seus negócios, estruturas organizacionais e formas de trabalho.
O teletrabalho baseado em casa, a partir desta perspectiva, surge como uma interessante alternativa de gestão empresarial, sob o enfoque das opções de trabalho flexível para tornar as organizações mais competitivas e dinâmicas, diferentes daquelas outras que ainda estão acostumadas à estabilidade e à rotina do trabalho tradicional.
A idéia do teletrabalho, na realidade não é nova. Ela começou a ser usada em formas primitivas durante anos por vendedores e representantes comerciais, que visitavam seus clientes em locais diferentes do local de trabalho.
Logo, o que realmente é novidade nesta área da organização do trabalho, tanto no setor público quanto no privado, e, independente do tamanho da empresa, são as redes de telecomunicações e das tecnologias da informação, de custo razoável e com alta performance organizacional, que se tornaram parceiras constantes e fundamentais na gestão das organizações bem sucedidas.
A partir das tecnologias da informação e de comunicação ocupando a distância física entre os colaboradores de uma mesma organização e entre seus empregados e clientes, verificou-se a necessidade de se identificar novas fronteiras do que se entende por local de trabalho. De fato, a área física onde tradicionalmente se trabalha
não é mais uma entidade tangível com fronteiras bem definidas, baseadas em regras e observação visual do processo de trabalho.

fonte: BECA E-WORK

Direitos: tendência no Brasil, trabalho a distância poderá ter proteção da CLT


SÃO PAULO – Está em tramitação, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 102/2007, de autoria do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que trata do teletrabalho.
 
Com a aprovação do projeto, o teletrabalho (trabalho a distância) passará a ter proteção da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
 
Atualmente, o artigo 6º da CLT não diferencia o trabalho realizado na empresa e o executado em casa.
O objetivo maior, de acordo com o advogado da Machado Advogados e Consultores Associados, Fábio Henrique de Almeida Cardoso, é tratar da inserção da figura do teletrabalhador, beneficiando quem trabalha em casa, bem como as empresas.



A tendência do teletrabalho

O teletrabalho é uma tendência no mundo que, mais recentemente, chegou ao Brasil.

Muitos profissionais preferem trabalhar em casa para fugir do congestionamento no trânsito, ficar mais com a família e ter mais tempo para atividades de lazer (economizando o tempo que seria perdido no deslocamento da casa à empresa). Ou seja, hoje as pessoas valorizam a qualidade de vida.

As vantagens para as empresas também são inúmeras. Fábio cita algumas delas, como redução nos custos com eletricidade, mobiliário, materiais, água e ar-condicionado, além de aumento da produtividade. Muitas pessoas se concentram melhor quando estão sozinhas, em um lugar calmo.

“A sociedade também alcançará benefícios, na medida em que a frota de automóveis e ônibus trafegando nas ruas irá diminuir, reduzindo a poluição e o congestionamento, contribuindo totalmente para um meio ambiente menos poluído”, analisa o advogado.

Para ele, não há fronteiras no teletrabalho.

“Com a aprovação do projeto, o artigo 6º da CLT será alterado, de maneira que haverá equiparação dos efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados exercidos por meios pessoais e diretos”, conclui.

Por: Karin Sato
06/06/08 – 11h13
InfoMoney


fonte: SOBRATT - Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades - Notícias

Empresa estimula funcionários a trabalhar em casa

 
São Paulo - Há quem tenha encontrado uma forma de fugir dos congestionamentos de São Paulo: simplesmente não os enfrentam mais. Por iniciativa própria ou incentivados pelas empresas, muitos paulistanos têm optado por trabalhar em casa.

Pesquisa realizada neste ano pela ONG Market Analysis, com 345 trabalhadores em nove capitais, incluindo São Paulo, mostra que o serviço virtual já é adotado por 23% dos funcionários do setor privado. As microempresas são as que mais se utilizam do teletrabalho. Já são 10,6 milhões de teletrabalhadores no País - em 2001, eram apenas 500 mil.

E isso também resulta em produtividade. Segundo um estudo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a cidade perde por ano R$ 4,1 bilhões com congestionamentos e o paulistano poderia converter em renda 30% do tempo que perde para se deslocar até o escritório. Pelo menos cinco empresas com sede na capital investem em teletrabalho. Entre elas está a IBM. Há cinco anos, a multinacional passou a estimular os funcionários a trabalhar em casa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: SOBRATT - Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades - Notícias

Governo estuda liberar preço diferente em compras com cartão

O líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), tanto fez que o Ministério da Justiça já admite a possibilidade de permitir ao comércio cobrar um preço diferente em mercadorias pagas com cartões de crédito.

Campos: desconto para pagamento em cash (Foto: Divulgação/Heleno Rezende)

A luta de Campos é antiga e o governo sempre foi contra.

Esta semana, em audiência na Câmara, Campos conseguiu arrancar de Alexandre Henriksen, assessor técnico do Cade, a chance de permitir ao comércio oferecer desconto para o consumidor que paga em dinheiro. A mudança está em debate.

Ao lado do deputado, está a Confederação Nacional do Comércio.

Autor: Jorge Félix

FONTE: IG COLUNISTAS

sábado, 7 de julho de 2012

Engenheiros estão nos cargos estratégicos das empresas

Rachel Sciré
sábado, 7 de julho de 2012
 

Engenheiros estão nos cargos estratégicos das empresasUm levantamento realizado pelo site de carreira vagas.com.br apontou que os engenheiros estão alcançando posições estratégicas nas companhias. Entre os profissionais graduados em Engenharia há cinco anos ou mais, 57% atuam em cargos de gestão, como supervisão, coordenação, gerência ou diretoria. Além disso, 46% dos engenheiros consultados trocaram de emprego nos últimos dois anos.

“A procura por esse tipo de profissional aumentou muito nos últimos anos. O engenheiro hoje ocupa posições estratégicas nas companhias e participa de decisões importantes onde atua. Vemos também uma crescente movimentação desse público em busca de novas oportunidades. Há muitas ofertas para quem trabalha nessa área”, analisa Luís Testa, gerente comercial da Vagas Tecnologia.

Distribuição no mercado – De acordo com o estudo, a maioria dos engenheiros (58%) atua em companhias de grande porte, sendo que 24% trabalham em empresas de médio porte 13% em organizações de pequeno porte. Uma pequena parcela (3%) presta serviços para microempresa e 2%

Da base analisada, 20% revelaram ser fluentes em inglês. Há ainda 5% que indicam fluência em espanhol e 3% em inglês e espanhol.

O levantamento foi feito por meio de uma amostra de 105 179 currículos de profissionais graduados em Engenharia cadastrados no portal vagas.com.br. Do total de currículos analisados, 78% são de homens e 22% de mulheres. A média de idade identificada nos CVs foi de 34 anos e a pretensão salarial média informada foi de R$5,2 mil.

Os engenheiros de produção encabeçam a lista dos profissionais formados em engenharia, com 14 363, de acordo com os dados do VAGAS. Na sequência, vêm os engenheiros elétricos, mecânicos e civis. Confira a lista completa abaixo.

Graduados em Engenharia, por área:
Engenharia de Produção14363
Engenharia Elétrica14136
Engenharia Mecânica14099
Engenharia Civil13943
Engenharia Química7511
Engenharia Ambiental5173
Engenharia Eletrônica4206
Engenharia de Alimentos3617
Engenharia de Telecomunicações3585
Engenharia da Computação3280
Engenharia de Controle e Automação3192
Engenharia Mecatrônica1933
Engenharia Agronômica1618
Engenharia Florestal1592
Engenharia Eletrotécnica1342
Engenharia Industrial1213
Engenharia de Materiais1165
Engenharia Metalúrgica1080
Engenharia de Minas718
Engenharia Agrícola545
Engenharia de Agrimensura357
Engenharia Sanitária178
Engenharia Têxtil154
Engenharia Bioquímica149
Engenharia Aeronáutica139
Engenharia Naval131
Engenharia Cartográfica107
Engenharia de Pesca81
Engenharia Física57
Engenharia Hídrica41
Engenharia Aqüicultura16
Engenharia de Horticultura

2

fonte: Click Carreira - MSN

A EXPERIÊNCIA DE QUEM ADERIU AO TRABALHO EM CASA

A experiência de quem aderiu ao trabalho em casa

Feita da forma correta, a adesão ao trabalho em casa pode representar aumento da produtividade para empresa e maior liberdade para o empregado

Por Flávia Gianini

Confira a entrevista em vídeo:

Para o coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gestão, Trabalho e Tecnologia da Business School São Paulo (BSP), a evolução da tecnologia da informação vai tranformar o home office no modelo oficial de trabalho em um futuro próximo

Em cinco anos, a implantação do trabalho em casa, alguns dias por semana, em toda a área de vendas da Ticket, empresa do setor de refeição e alimentação, gerou uma economia de R$ 3,5 milhões. Segundo a empresa, o ganho em produtividade proporcionou um crescimento de 40% no volume de vendas para novos clientes e incremento de 76% na receita proveniente dessas vendas.

Para se ter uma ideia, no modelo antigo, em média, cada colaborador gastava 30% de seu tempo para resolver questões administrativas e 5% para tornar o cliente mais rentável —oferecendo a ele novos produtos, por exemplo. Hoje, esses números variaram para 15% e 35%, respectivamente.

“O colaborador tem mais mobilidade, consegue planejar melhor suas visitas e dedicar mais energia a cada cliente ao invés de ser tomado pelas atividades administrativas de um escritório, ou de perder tempo no trânsito para se locomover até a empresa, entre outras coisas”, explica Eduardo Távora, superintendente de vendas da Ticket.

Profissionais da HP também recorrem ao home office. Como a natureza do trabalho exige que estejam atentos às demandas da empresa fora do horário de trabalho convencional (participando de reuniões virtuais, por exemplo), esses profissionais podem atuar de casa. Quando precisam, encontram estações móveis no local de trabalho e podem usar salas de reunião sempre que necessário.

A Cisco é outra empresa que adotou o trabalho remoto como parte de uma política mundial da empresa para todos os funcionários. No escritório, inclusive, não há mesas definidas e quem chega se instala em qualquer terminal e pode conectar seu notebook. Da mesma forma, acontece com os telefones. Basta configurar o aparelho com seu ramal.

Segundo a Ticket, para que a adoção do modelo de teletrabalho fosse possível foi necessária a criação de uma célula exclusiva para atendimento aos profissionais que trabalham em casa. Também foi contratada uma consultoria especializada em teletrabalho para apoio à área comercial, reuniões e contato com os familiares.

Cada um dos 104 colaboradores da empresa que trabalha em casa recebeu ainda mesas e cadeiras, celular corporativo, computador e impressora, além de ajuda de custo mensal para despesas com energia elétrica e material de escritório.

Leia mais:
> Quando a casa é local de trabalho
> Dicas para ser produtivo trabalhando em casa


FONTE: ISTO É DINHEIRO

TELETRABALHO AINDA É UMA PROMESSA PARA COMPANHIAS NO PAÍS

Teletrabalho ainda é uma promessa para companhias no país


Por Maurício Oliveira | Para o Valor, de São Paulo

Daniel Wainstein/valor / Daniel Wainstein/valor
 
 
Trabalhando de casa, o gerente de negócios da Ticket, Leandro Guedes, ganhou as horas que gastava por dia no trânsito

Apontado como uma tendência para o mundo corporativo na virada do milênio, o teletrabalho, ou o chamado trabalho remoto, ainda não deslanchou no Brasil como se esperava. Na maioria das grandes empresas, a adesão se restringe a situações específicas e não foram registrados avanços significativos nos últimos anos. "Por mais que a tecnologia já permita a um profissional se manter acessível e produtivo sem comparecer diariamente ao escritório, o mundo corporativo parece não estar totalmente convencido de que esse é um bom caminho", lamenta Alvaro Mello, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho (Sobratt) e professor da Business School São Paulo.

Militante da causa há duas décadas, ele aposta que três fatores mudarão essa realidade nos próximos anos: o encarecimento dos imóveis, as crescentes dificuldades de deslocamento e as aspirações de maior flexibilidade demonstradas pelos jovens profissionais. "A nova geração valoriza muito a possibilidade de não se submeter a uma separação tão rigorosa entre vida pessoal e profissional, como acontecia com seus pais e avós", diz.

Ironicamente, um exemplo de resistência ao trabalho remoto vem justamente do Google, um dos símbolos da evolução tecnológica e empregador dos sonhos para nove entre dez jovens da chamada geração Y. Com cerca de 300 funcionários no Brasil, a empresa não tem iniciativa de teletrabalho e não incentiva a prática. "Consideramos que trabalhar em casa é uma alternativa que só deve ser usada em casos de extrema necessidade e por tempo limitado", avalia a diretora de RH para a América Latina, Mônica Santos.

Na opinião dela, o convívio é muito importante para que as pessoas se mantenham motivadas e vibrantes e isso tem reflexos diretos no resultado do trabalho. A saída encontrada pela empresa foi tornar o escritório mais atraente para os jovens profissionais. Para isso, recorre a estratégias como ter uma mesa de pingue-pongue e promover eventos como o dia da peruca, em que todos podem trabalhar ostentando os mais extravagantes e coloridos adereços sobre a cabeça - sem perder o foco na produtividade, claro.

Na Vale, outra referência atual do universo corporativo brasileiro, há apenas casos pontuais de teletrabalho. Um exemplo é o diretor de arquitetura de tecnologia da informação, o alemão Tobias Frank, que passa a maior parte do tempo em Seattle, nos Estados Unidos, onde reside. Vez ou outra, comparece à unidade mais próxima da Vale, a de Toronto, no Canadá. "São casos muito mais ligados a necessidades específicas de uma empresa com presença global do que parte de uma estratégia formal de promoção do teletrabalho", explica o diretor global de recursos humanos e governança, Luciano Siani.

A Volvo, fabricante de carrocerias de caminhões e ônibus sediada em Curitiba, chegou a ensaiar um programa oficial de escritórios domésticos para algumas funções. Desistiu da ideia, contudo, há três anos, depois que as primeiras tentativas não foram bem-sucedidas. "Algumas pessoas se surpreenderam ao perceber que a experiência não foi tão satisfatória e produtiva quanto elas imaginavam", descreve o diretor de recursos humanos e assuntos corporativos, Carlos Morassutti. Hoje, a empresa abre exceções para casos como funcionárias com filhos pequenos, mas não incentiva a prática.

A dificuldade de adaptação é um dos grandes empecilhos para a disseminação do teletrabalho no país. Muitos profissionais apreciam o ritual de sair de casa e só se sentem verdadeiramente integrados a uma corporação quando compartilham o ambiente com os colegas. Alvaro Mello, da Sobratt, diz que a maior dificuldade ocorre entre os profissionais com mais de 35 anos de idade, que se acostumaram a ser vigiados no ambiente de trabalho e, de certa forma, são movidos a cobranças. Para que a migração funcione, segundo ele, é fundamental ter disciplina. "O profissional e seus familiares têm de entender que ele está ali para continuar produzindo tanto quanto antes ou até mais. É preciso resistir às inúmeras distrações que a casa oferece", avisa.

Outro dos motivos que fazem as empresas resistirem ao teletrabalho no Brasil é o rigor da antiquada legislação - a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 1943, época em que algo semelhante a notebooks, internet e telefones celulares só existia nas páginas mais criativas da ficção científica. O temor, nesse caso, é que a falta de controle dos horários cumpridos abra espaço para cobranças judiciais de horas extras. Para a diretora de vendas Dalva Braga, da Ticket, esse fantasma já não é tão assustador. "Nosso departamento jurídico nos orientou a fazer um aditivo ao contrato de trabalho com a adaptação ao modelo", diz.

O advogado Marcelo Gômara, sócio responsável pela área trabalhista do escritório TozziniFreire Advogados, chama a atenção para a necessidade de a empresa se preocupar também com a estrutura do escritório doméstico. "É preciso fornecer o mobiliário adequado, treinar e conscientizar o empregado sobre a forma correta de usar os equipamentos. O trabalho preventivo é fundamental para evitar passivos futuros", diz.


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Leia mais em:
http://www.valor.com.br/carreira/1053448/teletrabalho-ainda-e-uma-promessa-para-companhias-no-pais#ixzz1zwtAHgj8

FONTE: VALOR ECONOMICO

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Mais de 26 milhões de americanos já aderiram ao teletrabalho

No Brasil, barateamento das tecnologias impulsiona opção; estimativas, contudo, ainda não conseguem traduzir o real número de trabalhores remotos que atuam no país

                                     
Home Office
Estima-se que 10 milhões de brasileiros já trabalhem remotamente
São Paulo – A tradição de levantar cedo e correr para o escritório parece estar com os dias contados, pelo menos, nos Estados Unidos.

Segundo levantamento da consultoria Work Simple, em infográfico divulgado no blog Mashable, 26,2 milhões de americanos já abdicaram dessa rotina e aderiram ao teletrabalho ou home office no ano passado.

No Brasil, a estimativa é de que cerca de 10 milhões de pessoas já exerçam suas profissões remotamente. Mas, de acordo com Alvaro Mello, professor da BSP e presidente da Sobratt (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades), é possível que haja mais profissionais nessas condições. “Muitas empresas não têm isso formalizado em contrato e isso influencia as estatísticas”, afirma.

Mas a tendência, segundo o professor, é que o trabalho remoto se torne mais comum nos próximos anos. “Há uma relação direta entre a diminuição do custo de produtos de tecnologia, como iPads, e de serviços de computação em nuvem e o crescimento do trabalho virtual”, diz o professor.

Nos Estados Unidos, segundo a pesquisa, a redução de custos é o principal fator por traz da popularização dessa nova forma de trabalho. Tanto que 56% dos líderes das maiores empresas dos EUA, segundo a Fortune, esperam aumentar o número de teletrabalhdores em suas companhias.

Desses, 61% acreditam que essa mudança será feita já nos próximos três anos.

FONTE: EXAME.COM
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/mais-de-26-milhoes-de-americanos-ja-aderiram-ao-teletrabalho

Trabalho à distância contribui para a sustentabilidade do planeta

Levantamento inédito traz um panorama da adoção dos modelos de trabalho flexível e quais são as principais vantagens e barreiras da modalidade


As relações de trabalho caminham cada vez mais para modelos que valorizam a sustentabilidade do planeta e a satisfação do funcionário. É o que mostra o estudo da BSP – Business School São Paulo “O trabalho flexível nas empresas” sobre esse processo de transformação, que é impulsionado, principalmente, pelas tecnologias da informação.

O levantamento consultou 236 empresas de diversos segmentos e tamanhos, que mostrou, entre outros, o nível de conhecimento do tema, os modelos adotados e as principais vantagens e barreiras do trabalho flexível. Ao total, foram 150 respondentes, e desse número, 75 são de profissionais que aderem à modalidade. O estudo foi realizado, entre maio e outubro de 2011, pelo Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível (Cetel) da BSP, coordenado pelo Professor Alvaro Mello, também presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt).
De acordo com a pesquisa, dentre os 75 trabalhadores remotos, um total de 77% tem consciência de que o trabalho a distância contribui para a redução da poluição, 61% acredita que ajuda na qualidade de vida das pessoas, além de 46% crer ser uma forma de trabalho sustentável. Em proporção menor foram citadas como possível contribuição do trabalho remoto questões de grande interesse para as empresas como redução de absenteísmo, com 32%; redução da supervisão presencial, 25%; retenção de talentos, 24%; dedicação do profissional, 24%; inclusão social, 24%; e aumento da produtividade (22%).
Dados que poderiam ser considerados como negativos para a adoção do trabalho remoto foram menos citados. Apenas 19% dos respondentes consideram que esse tipo de trabalho dificulta o controle do funcionário ou que limita a vida social (13%) ou ainda marginaliza o colaborador (11%).
Uma em cada três empresas que utiliza o trabalho remoto apresenta indicadores de satisfação, como melhoria na qualidade de vida, ganho de tempo, flexibilidade, melhorias na saúde, diminuição do stress e valorização pela confiança depositada. Para Alvaro Mello é apenas uma questão de tempo e adaptação das empresas aos novos tempos. “Há por parte das companhias uma consciência crescente da necessidade de se criar condições de trabalho que prezem pelo meio ambiente e pela qualidade de vida. Além disso, a prática do trabalho flexível tem se mostrado uma ótima ferramenta para o rendimento e a produtividade do trabalho”, afirma.
Conhecimento e aplicação do trabalho remoto
Para o coordenador do estudo, o tema deve ganhar ainda mais relevância com a alteração do artigo 6º da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT), sancionada no final do ano passado pela presidente Dilma Roussef (Lei n. 12. 551). Pela nova lei, não há distinção para os colaboradores que adotam o trabalho a distância ou o escritório do empregador.
Se considerarmos a base total de respondentes (150), praticamente a metade adotou alguma modalidade de trabalho flexível nos últimos 12 meses. São pessoas que trabalharam regularmente durante parte do expediente longe do seu local de trabalho, com acesso remoto a empresa. Entre as empresas que adotaram, a prática é verificada em maior proporção, com 62%, nas empresas com 20 a 40 funcionários. Já nas organizações com mais de 500 funcionários, que não possuem trabalhadores remotos, representam a maioria, com 59%.
No universo de 75 trabalhadores remotos, as principais funções exercidas foram técnicas (56%), comercial/vendas (47%), administrativas (44%) e atendimento ao cliente (31%). Ao mesmo tempo, algumas dessas atividades foram consideradas como não adequadas para o trabalho remoto como administrativas (40%), atendimento ao cliente (25%) e funções técnicas (19%). Entre as tecnologias adotadas, tanto para o trabalho tradicional como para o remoto, as mais utilizadas são a internet com 81%, para os que atuam fisicamente no escritório e 79% no caso dos teletrabalhadores, seguido do e-mail/ webmail, 67% e 82% respectivamente; VOIP com 69% e 67%; smartphone com 56% e 51% e banco de dados com 46 e 57%.
Cultura Corporativa
O estudo da BSP revela que a preocupação em gerenciar as tarefas, uma das barreiras para a adoção das modalidades flexíveis de trabalho, não se mostrou diferente em relação ao modelo tradicional. As formas de gerenciamento dos funcionários e do processo de avaliação, com 95% e 94% respectivamente, parecem ser os mesmos para quem adota o trabalho a distância, também considerando a base de 75 respondentes.
A questão da segurança da informação também preocupa. Mas o que se verificou é que apenas uma em cada quatro empresas puniu ou desligou funcionários por uso indevido de internet, e uma em cada cinco por uso indevido de informação da empresa.
“Os dados mostram que a adoção de alguma modalidade de trabalho flexível pelas empresas parece apenas ser questão de maior difusão, conhecimento do tema e maior clareza nas questões culturais dos gestores”, explica Mello.
A utilização do trabalho remoto ocorre em função de dois principais fatores: por estratégia da organização e necessidade dos profissionais, ambos com 45%. Foi verificado que pouco mais de um quarto das empresas fornece os recursos necessários (instalações, mobiliário e telefonia) para o trabalho flexível. E metade da amostra dos 75 respondentes declarou que os recursos são tanto da empresa quanto do próprio trabalhador. Assim, quase um terço dos que trabalham remotamente usam recursos próprios.
Quando questionados sobre o conhecimento do tema, o termo teletrabalho foi considerado o menos adequado citado por apenas 9% dos 150 entrevistados. Já o trabalho remoto, com 34%, ou trabalho flexível, com 20%, parecem ser as formas mais adequadas para gerar o conhecimento sobre o tema, ou até mesmo o trabalho a distância.
Futuro
De acordo com o professor da BSP, a tendência de crescimento da modalidade do trabalho remoto nos próximos meses é alta. “Para 52% das empresas que utilizam alguma prática de trabalho flexível a modalidade deve se expandir”, ressalta o coordenador do estudo.
Segundo ele, a adoção ainda sofre com o problema cultural das empresas e dos gestores no que se refere ao controle do trabalho e o despreparo do trabalhador. “Por outro lado, constatamos que a grande maioria das empresas reconhece que a produtividade do trabalhador é igual ou maior no trabalho a distância”, conclui.


FONTE: INCORPORATIVA.COM.BR

Mudança no trabalho remoto ainda não preocupa empresas

Por Rafael Sigollo | De São Paulo

Leonardo Rodrigues/Valor / Leonardo Rodrigues/Valor
 
Para Débora Dado, diretora de desenvolvimento humano da Alelo, deve-se levar em conta a maturidade do colaborador

Ter um melhor controle sobre o trabalho dos funcionários que atuam a distância, um dos pontos principais da lei 12.551 sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, é um problema apenas para cerca de 20% das empresas que implementaram esse modelo.

Essa é uma das conclusões de um estudo inédito do Cetel (Centro de Estudos de Teletrabalho e alternativas de Trabalho Flexível) da BSP (Business School São Paulo), com 75 comandantes, sócios ou profissionais da área de recursos humanos de companhias que adotaram no Brasil o chamado home office.

Mais da metade dessas organizações acompanham a produtividade de seus colaboradores por meio de metas pré-estabelecidas, enquanto mais de 40% realizam reuniões regulares com seus quadros.

Avaliação de desempenho e relatórios de atividades vêm em seguida com 36% e 32%.

Na opinião de Alexandre Castello da Costa, vice-presidente jurídico da CPM Braxis Capgemin i, é importante existir algum mecanismo de controle interno, mas isso não chega a ser uma preocupação. "Os funcionários que tem a possibilidade de trabalhar de casa um ou dois dias por semana são tão gratos que, mesmo sem uma supervisão direta, não cometem abusos ou irregularidades", ressalta.
Álvaro Mello, coordenador do Cetel e responsável pela pesquisa, afirma que, em alguns casos, quem causa algum tipo de conflito é o gerente. "Ele precisa aprender a lidar com os colaboradores remotos. Como não vê seu pessoal, esse gestor pode ficar exigindo relatórios diários das atividades, o que não é adequado", afirma. Segundo ele, que também é presidente da Sobratt (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade), o trabalho flexível é mais comum nas áreas administrativa, técnica, comercial e no atendimento ao cliente.

Com a lei 12.551, no entanto, empresas que deixam seus colaboradores de sobreaviso ou os acionam fora do expediente via celular, e-mail, telefone ou qualquer outro meio de comunicação - situação recorrente entre executivos - estão sujeitas ao pagamento de hora extra.

Embora exista uma ideia disseminada entre os gestores e os que ocupam posições de diretoria de que faz parte das atribuições do cargo estar disponível o tempo todo para a empresa, a advogada Maria Aparecida Pellegrina, do escritório Opice Blum, Bruno, Abrusio & Vainzof, alerta que isso pode servir de prova para futuras cobranças na Justiça. "Se esse executivo atua em uma área crítica e precisa ter com ele um telefone corporativo ligado 24 horas por dia, é preciso haver uma compensação por isso", explica.

Não basta, contudo, as organizações respeitarem os horários de folga dos funcionários. Elas precisam também orientá-los e até proibi-los de trabalhar durante o tempo livre. Isso porque muitos executivos, seja por sobrecarga de tarefas, por ansiedade ou por não conseguirem se desligar do ambiente dos negócios, costumam resolver e adiantar questões profissionais trocando e-mails, mensagens e telefonemas após o expediente e até durante as férias. "Mesmo que ele faça isso por conta própria, é a companhia quem vai responder em uma eventual reclamação trabalhista", ressalta a especialista em direito do trabalho e previdenciário.

Costa, da CPM Braxis Capgemini, afirma que a lei ainda deixa muitas brechas e dá margem a diferentes interpretações, mas acredita que ela deve ser vista de maneira positiva por reconhecer o trabalho remoto e os avanços da tecnologia no mundo corporativo. "A atividade intelectual não precisa ser feita exclusivamente de um local pré-determinado. Ter essa flexibilidade é um diferencial competitivo para as organizações e um grande benefício ao trabalhador", diz.

Dentre as maiores vantagens do trabalho flexível na opinião das empresas, segundo o levantamento, está a melhoria na qualidade de vida dos funcionários, a redução de custos fixos, aumento da produtividade e retenção de talentos.

Para Débora Dado, diretora de desenvolvimento humano e organizacional da Alelo, administradora de vales-benefício e cartões pré-pagos, é necessário que a empresa faça um trabalho de preparo e de conscientização com seus funcionários para que a aplicação do trabalho a distância seja bem-sucedida. "Não basta ter a tecnologia à disposição. Deve-se levar em conta também a natureza da atividade e a maturidade do colaborador. É um processo cuidadoso", afirma.

Desde 2007, toda a área comercial da Alelo - cerca de cem pessoas - passou a atuar remotamente. Além do suporte com equipamento e questões administrativas - como mesa, telefone, computador, banda larga e ajuda de custo -, a companhia também tem a preocupação de avaliar constantemente o grau de satisfação e o engajamento desses trabalhadores. De acordo com a pesquisa, 21% das empresas subsidiam os recursos de forma integral, mas a maioria (49%) divide parte desses custos com os colaboradores.

Débora afirma que, por enquanto, os mecanismos de controle já existentes continuam valendo com a nova lei e as relações de trabalho não deverão ser afetadas. No entanto, ela ressalta que é preciso acompanhar com atenção os futuros desdobramentos na Justiça. "Existe ainda muita discussão em torno do tema e só teremos uma definição melhor quando houver jurisprudência."


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Veja atitudes mais irritantes dos chefes e saiba lidar com elas

Os chefes têm suas chatices; descubra como lidar com elas



Não tomar decisões difíceis; sugerir, em vez de falar abertamente; ou forçar a participação em happy hours e eventos, são algumas das atitudes listadas pelo site Glassdoor.com como as mais irritantes dos chefes.

Baseado neste ranking, o portal InfoMoney ouviu a especialista em soluções de RH (Recursos Humanos) da De Bernt Entschev Human Capital, Aline Lumi Takushi, para saber qual é a melhor maneira de lidar com tais situações

Participação em eventos
De acordo com o Glassdoor.com, o hábito de alguns chefes de insistirem que seus funcionários participem de eventos como happy hours, festas de aniversários, entre outros, é o mais irritante das situações chatas impostas pela liderança, especialmente quando os gestores não deixam claro que esperam a participação e, posteriormente ao evento, ficam chateados com quem não foi.


Na opinião de Aline, eventos da empresa, ou com pessoas da empresa, devem ser encarados como uma oportunidade para interagir com outras pessoas do trabalho, de conhecê-las e deixar que as outras pessoas o conheçam.
"Pega mal declinar, mas se os happy hours ou eventos são constantes, a pessoa pode dizer, vez ou outra, que já tinha um compromisso (...) Para quem vai, o ideal é que fique ao menos uma hora e circule bastante", diz.

Ações de caridade
A pressão para que os funcionários participem de ações de caridade também está na lista das atitudes mais irritantes dos chefes.
Neste caso, explica a especialista, o profissional pode alegar que já ajuda outra instituição; ou mesmo, na hipótese de doações, dizer que a quantia fará falta para o orçamento. Entretanto, ressalta ela, participar deste tipo de ação é sempre simpático e costuma contar pontos na empresa.


Férias
Outra situação irritante listada pelo Glassdoor é o hábito de alguns chefes de procurarem seus funcionários durante as férias.
Para que isso não aconteça, sugere a especialista, vale avisar ao chefe que não terá acesso permanente ao celular ou e-mail, além de deixar todo o trabalho finalizado e sem pendências.


Encontros intermináveis
A participação em encontros ou reuniões intermináveis também está na lista de situações irritantes, sobretudo quando as reuniões são frequentes, poucos proveitosas e realizadas em momentos que o profissional tem outros projetos para terminar.
De acordo com Aline, nestes casos, o profissional deve fazer tudo que está ao seu alcance para otimizar o tempo da reunião.


Decisões difíceis
Não tomar decisões difíceis é a estrategia escolhida por muitos gestores. Entretanto, em alguns casos, a postura pode prejudicar o trabalho de outros colaboradores
Quem encontra pela frente um líder que não gosta de se indispor e, por isso não toma decisões difíceis, deve, na opinião da especialista, tentar se adaptar com a gestão. Se isso não for possível, diz ela, a opção é buscar outras áreas dentro da empresa, ou mesmo uma oportunidade no mercado.
Uma outra alternativa é buscar a ajuda do RH da empresa, mas essa opção só deve ser considerada, se outras pessoas da equipe também compartilham da opinião.


Não delegar
Líderes centralizadores costumam não delegar verdadeiramente as tarefas aos seus colaboradores, o que é considerado irritante pela maior parte dos profissionais. Quando isso acontece, aconselha a especialista, o colaborador precisa ter paciência para ganhar a confiança do chefe.
"São gestores que monopolizam e não confiam. O único caminho é ganhar a confiança deles", ressalta.


Sugerir, em vez de falar claramente
Outra estratégia adotada por muitos líderes é a de sugerir algo, em vez de falar claramente, o que pode gerar confusões.
Uma maneira de lidar com isso é repetir para o gestor que entendeu do que ele disse, assim o profissional se certifica que está fazendo a coisa certa.



fonte: INFO MONEY - MSN

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionais

Ana Luiza Jimenez
quinta-feira, 5 de julho de 2012
 

A Irmandade da Misericórdia, que se instalou na Capitania de São Vicente em 1543, consta como a primeira entidade filantrópica do Brasil. Sem esperar nada em troca, monges doavam roupas, comida e bens materiais para os pobres. Até os anos 80, o perfil do voluntariado não era muito diferente do que se via naquela época. “Se contava muito com a paixão dos voluntários e a atividade social não era estruturada”, explica Camila Asano, coordenadora de política externa e direitos humanos da Conectas, que tem status consultivo junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e trabalha para promover a efetivação dos direitos humanos na África, América Latina e Ásia.

Com o aumento do investimento da iniciativa privada e a profissionalização dessas organizações, o cenário começou a tomar nova forma e as oportunidades de emprego no campo social aumentaram consideravelmente.


A mudança não foi apenas na quantidade de empregos oferecidos. Uma pesquisa feita no começo deste ano pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) revelou que não há grandes disparidades entre o salário base de quem trabalha em organizações do terceiro setor e dos profissionais da iniciativa privada. A principal diferença se encontra nos benefícios e na remuneração variável, fatores que contribuem para elevar a renda total do segundo grupo. “Hoje, o investimento social no Brasil vem se estruturando e, cada vez mais, se mostra como uma opção de carreira possível”, afirma a coordenadora da Conectas.


Salários compatíveis em RI - Camila, de 28 anos, é um exemplo de profissional que se deu bem no terceiro setor. Formada em Relações Internacionais, com mestrado em Ciência Política, ela começou atuando como voluntária quando ainda era universitária. Depois de dois anos na organização, foi contratada e, em 2011, promovida a coordenadora, liderando os projetos na área de relações internacionais e participando de palestras e encontros internacionais. "Além da satisfação muito grande em poder atuar na área em que me formei, trabalho numa organização em que eu acredito nos propósitos e valores", diz Camila, cujo salário mensal na Conectas gira em torno de 5 a 7 mil reais – um rendimento comparável ao que receberia numa grande empresa.


ONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionaisTambém graduada no curso de Relações Internacionais e atual coordenadora de produtos do site de compras coletivas Groupon, Stella Soares, de 28 anos, sempre mirou seu futuro profissional no setor privado, desconsiderando as opções de trabalhar no terceiro setor ou no Estado. “Para a minha carreira, este é o lugar perfeito: tudo é muito rápido, dinâmico, para ontem”, diz ela. Além da pressão por resultados, outro fator que a atrai é o desenvolvimento profissional, impulsionado por treinamentos e possibilidades reais de crescimento.


Diferentemente da maioria das ONGs, o Groupon oferece remuneração variável de acordo com o desempenho do funcionário. “Minha promoção veio assim. Esse é um aspecto que me atrai muito, pois vejo meu trabalho reconhecido rapidamente. Não precisei esperar meu chefe se aposentar para receber uma promoção”, diz Stella. O Groupon não divulga os vencimentos que paga aos seus funcionários, apenas o pacote de benefícios, que inclui vale-transporte, vale-refeição, assistência médica, seguro de vida, celular corporativo e laptop com acesso à Internet. Porém, de acordo com a consultoria Hays, um profissional que ocupa uma posição de coordenação há menos de dois anos em empresas de e-commerce recebe, em média, 6 mil reais por mês.


Oportunidades de crescimento - Um ponto delicado para quem decideONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionais apostar no terceiro setor é a possibilidade de crescimento e desenvolvimento profissional. Camila não enfrenta esse problema na Conectas. Ela já teve a oportunidade de fazer cursos e treinamentos e frequentemente representa a organização em reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA).


No entanto, essa não é a realidade de grande parte das organizações do campo social. Por isso, além da necessidade de trabalhar é preciso estar comprometido com a causa. “As organizações estão passando por um processo de profissionalização que inclui pensar a estrutura de equipes, plano de carreira, condições de trabalho para ser competitivo com empresas. Até porque é uma atividade que exige profissionais extremamente qualificados”, afirma Camila.


Primeiros passos – Há uma leva de jovens universitários que desde as primeiras experiências de trabalho desejam se desenvolver profissionalmente no terceiro setor, desconsiderando opções bastante populares entre a maioria de seus colegas, como atuar em grades multinacionais. Esse é o caso da estudante de Design Gráfico Bruna Menezes, de 21 anos, que hoje ocupa o cargo de Subdiretora de Comunicação no TETO, ONG latino-americana formada por jovens cuja missão é melhorar a qualidade de vida em assentamentos irregulares e favelas a partir da construção de casas de emergência e programas de habilitação social.


Localizada em uma zona residencial no bairro de Pinheiros, em São Paulo, a sede do TETO é o local de trabalho dos diretores e subdiretores e também onde os voluntários se reúnem. O ambiente de trabalho é leve e, como todos ficam em uma mesma sala, a troca de informações e experiências é constante. “O que mais me motiva profissionalmente é saber da mudança que eu posso promover trabalhando na ONG. A partir do meu trabalho, posso ajudar a mudar o mundo”, afirma Bruna. Apesar de ainda estudar, o trabalho que Bruna desenvolve no TETO não é considerado um estágio. Não há vínculo empregatício ou contrato de estágio e ela recebe o que a ONG chama de aporte de aproximadamente R$500, sem nenhum benefício. A organização tem uma política de não divulgar os valores dos salários e aportes de cada colaborador. Ao todo, os doze diretores contratados recebem R$ 20 300 mensais – valor que se fosse dividido igualmente renderia cerca de R$ 1 700 para cada.


Tudo por uma causa - Bruna relata o constante aprendizado que temONGs oferecem empregos e bons salários para jovens profissionais e acredita em oportunidades de crescimento na organização. No TETO, ela teve a chance de experimentar várias áreas da comunicação, criando o design de logos e camisetas e liderando a equipe de comunicação em parceria com a diretora da área. Bruna sabe que poderia ganhar mais quando compara seu salário com o da maioria dos estudantes de sua turma de Design Gráfico. No entanto, sua prioridade é trabalhar por uma causa em que acredita. “Atuar no terceiro setor é um despertar, não consigo me imaginar trabalhando em um lugar que não cause impacto social”, diz ela.


Atuando no setor privado, Fernanda Gama, de 21 anos, está no começo da carreira de designer, mas já sabe que quer se desenvolver na área editorial. Assim como Bruna, ela é estudante do 3° ano de Design Gráfico e estagia em uma editora com foco em revistas customizadas, produzindo a arte das páginas da publicação de uma grande rede de farmácias. A estudante recebe bolsa-auxílio de R$700 e a editora não oferece outros benefícios.


Fernanda conta que a possibilidade de crescimento existe e que poderia ser contratada na editora, mas, como ainda tem mais um ano na faculdade, acredita que o mais interessante é ter mais uma experiência de estágio para conhecer mais possibilidades do mercado. “Minha prioridade na carreira é me desenvolver profissionalmente, mas sempre aliando o trabalho com felicidade. É muito ruim trabalhar em lugares que você não gosta”, diz ela. Os objetivos profissionais de Fernanda são continuar na área editorial do design, além de aproveitar o período de estágio para experimentar outras atividades.


Comparativamente, o salário das duas estudantes é semelhante e não se distancia muito da bolsa-auxílio recebida pela maioria dos universitários brasileiros que, segundo um estudo realizado em 2011 pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), é de R$723, em média. Diante desse contexto, a maior preocupação de quem aspira construir uma carreira do terceiro setor certamente não deve ser o salário, que não raramente é tão atrativo quanto os valores oferecidos por grandes empresas. Mas, apesar do campo social vivenciar uma fase de intensa estruturação no país, as oportunidades de desenvolvimento e crescimento, principalmente para profissionais seniores, ainda não podem ser equiparadas às encontradas no setor privado.

fonte: ClickCarreira - MSN
http://msn.clickcarreira.com.br/querocrescer/2012/7/4/4262/ongs-oferecem-empregos-e-bons-salarios-para-jovens-profissionais.html

EMPRESAS QUE ADOTAM O TELETRABALHO

Quais empresas adotam o Teletrabalho?
São várias as empresas que trabalham no sistema de teletrabalho. Embora nem todas divulguem a adoção dessa forma de trabalho flexível, temos conhecimento das que seguem:

· AT&T
· BT Global Service
· Cisco
· DELL
· Du Pont
· Ernest & Young
· HP
· IBM
· Marry Linch
· Merck
· Natura
· Nortel
· Polycom
· Semco
· Serpro
· Shell
· SonicWall
· Symantec
· Telejob
· Ticket (G. Accor)


 

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