domingo, 26 de agosto de 2012

Seis negócios para você montar em casa (PARTE 1 DE 4)

Para evitar despesas na largada, você pode trabalhar na sala, no quarto ou na garagem


Por Wagner Roque
  
Foto: Shutterstock
Muita gente que decide montar o próprio negócio prefere fazê-lo em casa, ao menos no começo, para diminuir os riscos da empreitada. Entre outras vantagens, trabalhar por conta própria em casa permite um certo conforto e economia de tempo e de dinheiro. Mas atenção: você precisará ter muita disciplina para que isso não comprometa a sua produtividade. É fundamental delimitar o espaço físico entre a casa e o trabalho e tomar cuidado para que não haja interferência da família no dia-a-dia do negócio. Procure respeitar os horários. Nada de parar no meio do expediente para um cochilo ou para asssitir à TV. Você também não deve estar 24 horas por dia à disposição dos clientes. Lembre-se de que suas horas de descanso e de dedicação à família também devem ser sagradas tanto quanto possível.

Até pouco tempo atrás, trabalhar em casa era algo restrito a atividades como costura, produção de comida congelada e artesanato. Com o tempo, a lista foi crescendo e hoje inclui também atividades descoladas, como promoção de eventos, aluguel de som e luz para festas, agência de turismo, escritório de design para sites, criação de jogos para celulares e produção de incensos, velas e aromas. Se você se interessou por alguma dessas atividades, confira a seguir algumas dicas de empresários que atuam nesses ramos para você se dar bem.

Perfumes terapêuticos
A aromaterapia pode ser uma oportunidade para novos negócios dentro do setor de bem-estar. O mercado ligado ao bem-estar segue em alta no país. Um número cada vez maior de pessoas busca alternativas para equilibrar o corpo e a mente e para reduzir o estresse do dia-a-dia. Muitas atividades exigem investimentos relativamente altos, como a montagem de um spa urbano ou de uma clínica de terapias orientais. Mas se você tem afinidades com o ramo e não dispõe de muito capital, pode iniciar um negócio de produção de incensos, velas, sabonetes, sachês e outros aromatizantes, em sua própria casa, sem fazer grandes investimentos.

SAIBA MAIS
O empresário João Pedro Hessel Filho, de São Paulo, que atua no ramo, diz que o ideal é você começar fazendo um ou outro item apenas e ir aumentando a gama de produtos à medida que for se firmando no mercado. Além de vender os produtos diretamente para o consumidor final e para as lojas, você pode formar parcerias com outras empresas do ramo, como as clínicas de terapias orientais.

Há espaço também para quem quer oferecer serviços de aromatização de ambientes para empresas, como faz a aromaterapeuta e psicóloga Sâmia Maluf, da By Sâmia, de São Paulo. O trabalho consiste em estudar e mapear os problemas existentes no ambiente antes de definir que tipo de aroma será utilizado. Um consultório dentário, por exemplo, pode optar por óleos cujos aromas tranquilizem os pacientes. Para uma loja de doces, um cheirinho que estimule o apetite nos clientes pode ser uma boa ideia. Há também substâncias que instigam o aumento da produtividade. Mas é preciso se precaver com possíveis casos de pessoas alérgicas.

É importante também tomar alguns cuidados com a segurança. Como a parafina e a glicerina, duas matérias-primas muito utilizadas na área, são inflamáveis, procure instalar o negócio num cômodo livre, bem ventilado e que não seja frequentado por crianças, nem por animais de estimação. Mesmo assim, convém manter um extintor de incêndio sempre por perto. É fundamental também conhecer bem as diferentes substâncias utilizadas na produção e seus efeitos. Algumas podem causar alergia em pessoas que têm problemas respiratórios.

FONTE: PEGN

TENDÊNCIAS DE MERCADO A EXPLORAR (PARTE 2 DE 2)

50 tendências para explorar


 

Confira as pesquisas que antecipam os movimentos dos consumidores e fature alto com as novas demandas

Por Bruna Martins Fontes



MOBILIDADE
27 TELINHA QUENTE Já chega a 19 milhões o número de brasileiros com smartphones, segundo estudo realizado pela agência W/McCann e pelo grupo Ponto Mobi. De acordo com a pesquisa, 83% desses usuários acessam a internet pelo aparelho. Apesar da boa penetração, só 16% deles fizeram compras pelo celular — nos EUA, o número chega a 29%, segundo o Google. Mais uma prova de que não adianta investir só no site da empresa: é hora de transformar a telinha em plataforma para compra on-line e vitrine para aplicativos. Vale a pena também ficar de olho no conteúdo para tablets — 450 mil foram vendidos no Brasil em 2011, segundo o IDC.

28 GEOLOCALIZAÇÃO O crescente uso de smartphones no Brasil abre outro mercado promissor: o da geolocalização. Com esse recurso, é possível saber quais são as empresas e as ofertas disponíveis perto de onde o consumidor está, o que favorece a compra por impulso. Segundo pesquisa da Think Insights/Google, uma em cada três buscas feitas no celular está relacionada à localização; 59% dos usuários visitam lojas locais após fazer busca na web móvel e 30% das buscas por restaurantes são feitas pelo mobile. Para a Copa, vale fazer seu anúncio em outros idiomas para entrar no radar dos turistas.

29 LOJA CONECTADA No Brasil, já é comum ter acesso à internet por Wi-Fi em cafeterias e restaurantes. Mas esse tipo de conexão ainda não chegou às lojas. O comércio deve se preparar, pois nos EUA e na Europa os consumidores estão adorando a mania de usar o smartphone durante as compras, para fazer consultas na hora e saber mais sobre seus objetos de desejo. Usando ferramentas como aplicativos, realidade aumentada e códigos QR, eles conseguem ter acesso a informações mais aprofundadas sobre o produto, como histórias de quem já o utilizou, comparações de preço e avaliações de especialistas.

NOVAS DEMOGRAFIAS
30 TERCEIRA IDADE Engana-se quem pensa que os mais velhos se preocupam apenas com a saúde. Esse grupo adora comprar presentes para filhos e netos — e não mede gastos. Mas, para ganhar esses clientes, é preciso oferecer um serviço diferenciado. No Japão, a loja de departamentos Keio facilita a experiência de compra com prateleiras mais baixas, letras maiores e cadeiras para descanso. Já na Finlândia, os idosos aprovaram o caixa do supermercado K Citymarket. Além de bater um papo com o funcionário e ganhar ajuda para empacotar as compras, eles esperam, literalmente, sentados, já que existem poltronas à disposição.

31 SEM SAIR DE CASA Fazer da sua residência um ambiente seguro e confortável para se proteger do mundo — e não ter mais que sair de lá — é uma tendência de comportamento que se fortalece a cada ano no Brasil e em muitos países. Com isso, aumenta a demanda por sistemas de automação e mobiliário que deixem o lar mais prático e aconchegante, seja no ambiente de home office ou na cozinha gourmet. Esse enclausuramento também abre um bom mercado para serviços de conveniência, especialmente os de entrega de produtos de alto valor agregado, como alimentos orgânicos, vinhos finos e cervejas artesanais.

32 FOCO NA CLASSE C A classe que reúne famílias com renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854 já representa mais de metade da população brasileira (55%). Foi o único estrato que cresceu no ano passado: ganhou 3,6 milhões de integrantes entre maio de 2010 e o mesmo mês de 2011, segundo estudo da FGV com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses consumidores priorizam qualidade e não preço, pesquisam na internet antes de comprar e concentram sua atenção na educação — para 66% deles, essa é a prioridade do orçamento, segundo o instituto de pesquisas Data Popular.

33 BELEZA ACESSÍVEL As brasileiras querem ficar bonitas, especialmente as que estão chegando agora ao mercado de trabalho. Entre as mulheres da classe C, 69% investem na aparência para crescer na carreira, segundo dados do Data Popular. De 2003 a 2010, a venda de esmaltes para essa fatia do mercado passou de 40% para 53% do total. Salões de beleza também estão faturando, mas com famílias da classe B (renda de R$ 4.854 a R$ 6.329), as que mais gastam com esse serviço — R$ 281 milhões mensais, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

34 PORÇÃO PARA UM O número de pessoas que moram sozinhas subiu de 8,6% da população do país, em 2000, para 12,1%, em 2009, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, Porto Alegre é a capital dos solitários, que representam 21,6% da população. Vale a pena investir nsse público de solteiros, idosos e divorciados, que procura serviços domésticos especializados, como os de reparo e limpeza, e produtos feitos para consumo unitário, especialmente os alimentícios.

35 EDUCAÇÃO ON-LINE Aulas complementares e cursos técnicos e profissionalizantes são os dois segmentos mais promissores do ensino a distância. Esse é outro segmento que tende a crescer ancorado na base da pirâmide de renda — 19% dos jovens das classes C, D e E que usam lan houses fazem cursos on-line para se qualificar, aponta a consultoria Plano CDE. “O uso de vídeos deve decolar”, diz William Halal, fundador da consultoria de tendências Tech Cast. “A ideia é deixar a educação mais eficiente e mais barata.”

36 CIDADES MÉDIAS As cidades de médio porte, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, já concentram 25% da população brasileira. São as que mais crescem, de acordo com dados do IBGE. O aquecimento econômico dessas regiões aumenta o poder de compra de um público que anseia por produtos e serviços mais sofisticados. “É uma boa oportunidade para comércio eletrônico em segmentos como o de bebês, vinhos, pet e moda”, diz Anibal Messa, investidor em startups ligadas a tecnologia e internet, como o BuscaPé.

NICHOS EM ALTA
Editora Globo
37 MICROARTESANATO Quem faz ou vende acessórios deve ficar atento a uma nova tendência do artesanato: joias, presentes e acessórios com miniaturas divertidas, com aparência de que foram feitas em casa. O público-alvo aqui são os adultos, mas quem quiser cativar também os adolescentes pode extrapolar a tendência para pingentes de corrente e de celular, broches e chaveiros com motivos como frutas, docinhos, flores e animais fofinhos.

38 ESTÁDIO ACESSÍVEL A legislação brasileira prevê que 2% dos assentos de um estádio sejam destinados a quem usa cadeira de rodas; outros 2% devem atender a deficientes visuais, pessoas obesas e com pouca mobilidade. A Fifa usa como referência um guia que recomenda separar ao menos 266 cadeiras para essa parcela do público. Mesmo com os lugares reservados, esses consumidores não têm todas as suas necessidades atendidas: faltam por todo o país serviços em áreas como transporte, alimentação e segurança.

39 MODA PARA POUCOS
No universo da moda, uma boa tática para escapar da concorrência com megalojas de departamentos é apostar em roupas para nichos muito pouco explorados no Brasil — pessoas que estão acima do peso, que usam sapatos com numeração diferente da convencional, ou ainda o público da terceira idade. Quem decidiu explorar um segmento bem restrito foram os americanos da Downs Designs, pioneiros em fabricar roupas sob medida para quem tem Síndrome de Down, levando em conta sua estrutura óssea e o formato de seu corpo.

40 EXCLUSIVIDADE Para o público classe A, a nova faceta do luxo é consumir em menor quantidade, mas com maior exigência de exclusividade. O excesso de sacolas sai de cena para dar lugar a peças únicas, artesanais e de altíssimo valor agregado. “O cliente tem consciência de que o item é caro devido ao longo tempo de produção, e isso vale tanto para um vinho envelhecido como para uma bolsa incrível, com materiais únicos”, afirma Andrea Bisker, fundadora da consultoria de tendências Mindset e diretora da WGSN na América Latina.

41 CUSTOMIZAÇÃO O consumidor não quer ser tratado como mais um na multidão. Por isso, está trocando as marcas genéricas por produtos e alimentos customizados, mais adequados ao seu estilo de vida. A indústria já desenvolve tecnologias que permitem fazer essa personalização com baixo custo. Em 2010, a Nike aumentou seu faturamento em 25% após colocar em seu site um aplicativo que permite aos consumidores montar seu próprio tênis. A customização em massa deve ser responsável por 30% das vendas no varejo em 2017, prevê a consultoria Tech Cast.

42 DEGUSTAÇÃO DE CERVEJA O brasileiro está tomando gosto por experimentar cervejas diferentes — o que inclui tanto as artesanais quanto as importadas. O câmbio favorável à importação contribuiu para aquecer esse mercado: nos últimos três anos, a venda de cervejas premium cresceu mais do que a das tradicionais. Sua participação de mercado, atualmente na casa dos 5%, pode alcançar 20% até 2020. Bares, lojas e serviços especializados podem aproveitar essa mudança no nicho da bebida, que movimenta R$ 300 milhões anuais no país.

43 NECESSIDADES ESPECIAIS
Cerca de 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física ou intelectual. São 45,6 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atendê-las é uma das prioridades do governo federal: até 2014, R$ 7,6 bilhões devem ser investidos no programa Viver Sem Limite, que inclui projetos relacionados a educação, saúde e acessibilidade. O governo vai ainda abastecer a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com R$ 150 milhões para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas. Mais uma razão para prestar atenção nesse mercado.

NEGÓCIOS GLOBAIS
Editora Globo
44 SERVIÇO POLIGLOTA Como a tendência é que os cenários econômicos dos Estados Unidos e Europa permaneçam complicados em 2012, muitos estrangeiros já começam a procurar emprego no Brasil. E estão conseguindo — o número de autorizações do Ministério do Trabalho e Emprego para que eles possam atuar aqui cresceu 19,4% no primeiro semestre de 2011, em relação ao mesmo período de 2010. Quem quiser cativar esse público deve pensar em outras línguas. Assim, também poderá tirar proveito do fluxo de turistas que visitarão as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

45 PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS Conforme aumenta o número de estrangeiros que vêm trabalhar em empresas brasileiras ou em multinacionais com filiais no país, ensinar português a eles está se revelando uma atividade promissora. Um indício importante do interesse por aprender e dominar nosso idioma é que o número de candidatos inscritos para fazer o Celpe-Bras (exame de proficiência em português reconhecido pelo Ministério da Educação e bastante valorizado pelas empresas) quintuplicou em uma década: saltou de 1.155 em 2001 para 6.139 no ano passado.

46 LOCAL E UNIVERSAL A crescente globalização do consumo não implica em oferecer os mesmos produtos e serviços para todo mundo. Muito pelo contrário: são cada vez mais valorizados os itens de origem, que mostram suas raízes e, ao mesmo tempo, são capazes de transcender suas fronteiras, aponta a consultoria Future Concept Lab. Por conta dessa tendência, o novo lema do varejo é “pense no local, aja no global”, uma paráfrase do antigo mantra “pense de forma global e atue no local”, que se popularizou no início do processo de globalização. Para a nova receita dar certo é preciso contar com sensibilidade para captar o espírito de uma região, saber utilizar a internet como aliada para ampliar o alcance da publicidade e ter estrutura para atuar em escala global. A empresa precisa estar preparada para atender públicos novos, com necessidades e exigências distintas.

QUALIDADE DE VIDA
Editora Globo
47 SAÚDE NO CELULAR A preocupação crescente com a saúde tem ampliado o mercado para aplicativos e aparelhos que permitam monitorar desde as características de uma pinta no rosto até a evolução de uma dieta. O mercado ligado a esse tipo de ferramenta deve movimentar US$ 4 bilhões no mundo até 2014, segundo a consultoria Technavio. Uma startup que se deu muito bem em 2011 foi a americana HealthTap, que recebeu aporte de US$ 11,5 milhões para turbinar sua operação: qualquer usuário pode fazer perguntas a uma rede de 6 mil médicos, usando um computador ou celular.

48 MOMENTO ZEN A crescente correria diária em grandes centros urbanos faz com que as pessoas valorizem cada vez mais os momentos de pausa e reflexão. Algumas aprendem a praticar meditação, outras fazem retiros em lugares onde não é permitido falar, e há quem decida comparecer a cursos ou palestras para desenvolver a sua espiritualidade. São muitas as possibilidades de negócios para atender esse público: lojas, editoras, livrarias, espaços para meditação e palestras, produtoras de vídeos etc.

49 NUTRIMÉTICOS A palavra é o resultado da mistura entre nutrição e cosméticos. Nessa tendência de mercado, vitaminas, colágeno e outros ingredientes relacionados à indústria da beleza ganham corpo em bebidas, suplementos nutricionais, petiscos e balas. O termo já se popularizou na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Por aqui, uma das pioneiras no ramo é a empresária Cristiana Arcangeli, que lançou a marca beauty’in, com barras de cereais, balas e bebidas que misturam ativos de frutas orgânicas com proteínas e minerais.

50 FUNCIONAIS E ENERGÉTICAS O consumo desses dois tipos de bebida está começando a decolar no Brasil. Tanto que grandes fabricantes de energéticos estão fugindo dos já saturados mercados nos Estados Unidos, na Austrália e na Europa ocidental para apostar na expansão na América Latina — essa região registrou um crescimento de 22% do segmento em 2010. Outro ramo relacionado à qualidade de vida, o de bebidas funcionais, que trazem benefício à saúde, segue aquecido: faturou US$ 24 bilhões no mundo em 2010 e tem crescido acima da média do mercado de alimentação.

FONTE: PEGN

TENDÊNCIAS DE MERCADO A EXPLORAR (PARTE 1 DE 2)

50 tendências para explorar


 

Confira as pesquisas que antecipam os movimentos dos consumidores e fature alto com as novas demandas

Por Bruna Martins Fontes
AMBIENTE Editora Globo
1 B2B SUSTENTÁVEL As grandes companhias estão começando a reduzir o impacto de seus processos produtivos no ambiente — e esta é uma oportunidade para pequenas e médias desenvolverem tecnologias e serviços para ajudá-las nessa tarefa, aponta o Sebrae-SP. É um mercado que deve movimentar US$ 10 trilhões no mundo em 2020, de acordo com a consultoria americana Tech Cast. Algumas possibilidades de atuação estão no planejamento de ações para neutralizar a emissão de gases de efeito nocivo, a oferta de fontes alternativas de energia e o desenvolvimento de materiais menos poluentes.

2 LOGÍSTICA REVERSA Alguns setores da indústria (pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos) terão de se responsabilizar pelo descarte final de seus produtos. A partir de 2014, os fabricantes vão gerenciar a retirada dos itens que o consumidor descartar e dar a esses produtos o destino correto, em parceria com governos e com o varejo. É aí que entram transportadoras e empresas de reciclagem e de destruição certificada. Segundo o Conselho de Logística Reversa do Brasil, o setor movimenta R$ 18 bilhões anuais e deve crescer até 2015, data limite para os fabricantes se enquadrarem.
COLABORAÇÃO
3 CLIENTE FALANTE As redes sociais deram ao consumidor um potente canal de comunicação com as empresas — geralmente usado para reclamar. Muitas já reforçaram seu SAC 2.0 no Facebook e no Twitter, mas é possível fazer mais: em vez de esperar o cliente falar, convidá-lo a testar um produto antes do lançamento. Essa é a premissa do sampling: apresentar o produto ao público-alvo, para colher opiniões. A agência Tryoop!, de Campinas (SP), já ouviu 15 mil usuários para avaliar produtos de 15 clientes. “Eles fazem críticas que ajudam a melhorar os produtos. A maioria dos comentários é positiva”, diz a sócia Milena Escabeche.

4 SOCIAL COMMERCE Transformar as redes sociais na versão digital da divulgação boca a boca é a principal tendência do comércio eletrônico em 2012, já vislumbrada em 2011. As empresas começam a abrir lojas no Facebook para que seus seguidores compartilhem com os conhecidos o que está na vitrine. Mas, para estimular as vendas por meio da recomendação social, é preciso engajar o público. O Magazine Luiza, por exemplo, permite que alguns seguidores no Facebook e no Orkut montem uma vitrine com os seus produtos e façam sugestões de compras a seus amigos, em troca de uma comissão de até 4,5% do valor vendido.

COMPORTAMENTO
Editora Globo
5 FESTA PARA CASAMENTO GAY A união formal de pessoas do mesmo sexo ganhou impulso no Brasil no ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal autorizou o primeiro matrimônio gay do país. Os casais começam a planejar festas, mas faltam organizadores especializados. Em Nova York (EUA), empresas envolvidas na produção de casamentos gays vão faturar US$ 100 milhões ao ano, aponta um relatório produzido por senadores. Banqueteiros, floristas, joalheiros, fabricantes de lembrancinhas e organizadores já comemoram o aumento das vendas, diz reportagem da revista americana Business Week.

6 BELEZA MASCULINA O Brasil já é o segundo maior mercado de cosméticos para homens — só perde para os EUA. Em 2011, esse segmento especializado faturou US$ 3,73 bilhões no Brasil, um crescimento de 14% sobre 2010, aponta estudo da consultoria Euromonitor. Apostando no interesse deles pela estética, a fabricante de cosméticos Fiorucci investiu R$ 2 milhões em 2011 para desenvolver novos produtos, como xampus com silicone e com ingredientes fortalecedores. A paranaense Feito Brasil lançou no ano passado a linha Homem Urbano, que tem desde hidratante até sabonete “com pegada refrescante”.

7 MATURIDADE SEM IDADE Há quem diga que os 60 são os novos 40. A geração dos baby boomers, nascida entre 1946 e 1964, passa longe do sofá: com boa saúde e dinheiro guardado, eles querem mais é consumir, viajar e se divertir. Mas faltam serviços e produtos para atender bem esse consumidor, sem tratá-lo como avô. Alguns segmentos pouco explorados são turismo, alimentos para manter a boa saúde e roupas. “Há poucas marcas com boas coleções para quem tem mais de 60 anos. É um mercado promissor, inclusive na nova classe C”, diz Andrea Bisker, diretora da consultoria WGSN na América Latina.

8 BAIXINHOS CONSUMISTAS Homens e mulheres que trabalham e passam pouco tempo com os filhos procuram cada vez mais agradá-los com experiências enriquecedoras em centros de lazer, cursos e bons livros e brinquedos. Outros fazem um reembolso afetivo por meio do consumo, diz Sabina Deweik, diretora da consultoria Future Concept Lab no Brasil. Na prática, os pequenos ditam as compras dos pais. “Essa é a ponte para a criança crescer de forma mais rápida. Antes da adolescência, elas já estão ansiosas para entrar no universo adulto e das celebridades, e isso define seu padrão de escolhas.”

9 ESPÍRITO RETRÔ Em busca de um tempo em que não tinham preocupações, adultos buscam conforto em produtos queridos da infância. É a deixa para a volta ao passado e à valorização de seus ícones — até os jovens curtem a nostalgia de um período que não vivenciaram, apontam as consultorias WGSN e Brain Reserve. No mundo da moda, o vintage está em alta. Neste ano, as referências aos anos 1960 e 1970 vão aparecer no estilo, nas cores e nas propagandas de roupas e de acessórios. Até as curvas, como as das pin-ups, serão valorizadas.

10 CAPRICHO ANIMAL Por devoção ou diversão, donos de cães e gatos investem cada vez mais em mimos para eles. Tanto que roupas, acessórios e produtos de beleza para esses pets já respondem por 75% do valor de vendas de produtos para animais no Brasil, de acordo com a consultoria Euromonitor. As projeções para o setor são de um crescimento médio de 8% ao ano até 2016. E é um bom nicho para pequenas e médias empresas, aponta o Sebrae, já que as multinacionais do setor estão concentradas em cuidados com a saúde.

11 PET SITTER Nada de jaulinhas no pet shop ou hotéis veterinários. Quando viajam, os donos de cães e gatos querem que os bichinhos se sintam em casa — e fiquem por lá mesmo, com todos os cuidados necessários. Assim, cresce o interesse pelo serviço de pet sitter, um profissional que visita os animais todos os dias para dar comida, limpar os sanitários e brincar com eles. E, claro, mandar notícias para os donos, que estão longe. Nos EUA, já existe até um aplicativo de geolocalização, o Stayhound, para encontrar um pet sitter que esteja por perto e checar as opiniões de quem já utilizou os seus serviços.

12 CONSUMO INDULGENTE Para aliviar as pressões do dia a dia, as pessoas tentam se recompensar de alguma forma. A mais comum é se presentear com um pequeno mimo, não muito caro — como uma xícara de café especial ou um chocolate importado. Mas há quem radicalize e decida se libertar da tensão se deliciando com prazeres como jantar uma bela picanha durante a semana sem nem ligar para o colesterol. A chave para servir bem a esse consumidor de maior poder aquisitivo é oferecer uma experiência libertadora — um produto ou serviço cuja fruição dê a sensação de quebrar a rotina.

13 JOGO DA VIDA A internet é um poderoso instrumento de interação em rede, e os brasileiros têm se divertido com jogos on-line sociais, disputados entre vários participantes e a distância. A popularização desse tipo de entretenimento sinaliza um bom mercado para desenvolvedores, especialmente porque as empresas também resolveram entrar na onda. Elas começam a usar jogos e desafios em seus sites ou redes sociais para envolver seus consumidores, de forma lúdica, no conteúdo que querem divulgar, e assim provocar engajamento com a marca.

14 MESA COMPLETA A mistura de preocupação com a saúde e busca de atividades que deem prazer favorece os cuidados com a alimentação. Isso significa que as pessoas não só estão examinando cardápios em busca de ingredientes orgânicos e nutritivos, mas também se aventurando mais na cozinha. Com isso, abre-se um leque de oportunidades no mercado gourmet, como nas áreas de utensílios sofisticados para a cozinha, ingredientes premium e fornecimento ou catering especializado — em culinária vegetariana, por exemplo.

15 SENSAÇÃO DE SEGURANÇA Nas grandes cidades, o medo de ser assaltado ou chegar em casa e ter uma surpresa desagradável leva as pessoas a reforçar seus gastos com segurança pessoal. Mas isso não significa apenas blindar o carro ou equipar a casa toda com câmeras e sistema de monitoramento remoto. Ainda há uma grande carência de serviços de “leva e traz”, para minimizar deslocamentos como o de levar o carro à oficina, aponta o Sebrae-SP.

CONSUMO ESPERTO
Editora Globo
16 PAIS QUE COMPARTILHAM A velha prática de doar roupas, berços e brinquedos que os filhos não usam mais foi repaginada. Formando uma rede que vai além de amigos e parentes, alguns sites permitem vender itens ou alugá-los temporariamente, para não desperdiçar dinheiro com artigos que serão usados por pouco tempo. Pioneiro na área, o reCrib, dos EUA, entrou no ar em 2011, comprando e vendendo berços e acessórios de marcas desejadas. Na sequência, o StorkBrokers também virou referência para revenda de itens infantis. Por aqui, o Clube do Brinquedo oferece planos para locação de brinquedos — dependendo da assinatura, os pais alugam de dois a sete produtos por mês. Existe a opção de trocá-los ou renovar a locação.

17 COMÉRCIO JUSTO A premissa é distribuir lucro de maneira equilibrada, gerando mais renda para produtores de alimentos e de artesanato. Os consumidores valorizam o esforço: 79% acham que as empresas têm papel importante na redução da pobreza e 85% se preocupam com a remuneração justa de fazendeiros e trabalhadores, segundo pesquisa mundial da consultoria GlobeScan. Por aqui, Walmart, Tok&Stok e Lojas Renner são algumas das empresas que têm em suas prateleiras itens que seguem esses princípios.

18 PECHINCHA CHIQUE A febre das compras coletivas causou uma avalanche de ofertas de descontos em 2011. Resultado: os consumidores aderiram à prática de caçar o melhor preço, não só para economizar, mas também pela satisfação de ter feito uma compra esperta. Hoje, a pechincha compartilhada com amigos nas redes sociais é motivo de orgulho, e não de embaraço, diz a consultoria internacional trendwatching.com. Com uma mãozinha da tecnologia, fica mais fácil compartilhar ofertas, recomendá-las aos amigos e consultar avaliações para se certificar de que está fazendo um bom negócio. Uma pesquisa do Google & Ipsos em 2011 mostrou que 48% dos americanos que têm um smartphone usam o aparelho para procurar descontos; 77% deles recorrem ao mobile quando estão dentro de uma loja.

19 ÉTICA E ESTÉTICA Tanto no Brasil quanto no exterior, a preocupação socioambiental influencia cada vez mais a decisão de compra. Assim, aumenta a preferência por produtos de empresas que adotam iniciativas de responsabilidade social, compra de créditos de carbono ou comércio justo. “É o processo, e não apenas o item em si, que importa. A comunicação das ações realizadas deve ser lúdica e suave, não em tom de patrulha”, diz Sabina Deweik, diretora do Future Concept Lab no Brasil. Mas não basta ser bonzinho: os produtos devem ser esteticamente atraentes e de boa qualidade, pois a generosidade do consumidor tem limite.

20 TROCA COM DESCONTO A mania de querer sempre o último modelo tem inspirado algumas lojas a darem descontos para quem apresentar um produto usado na hora da compra. Nos EUA, grandes lojas de eletrônicos (como a Best Buy e a Radio Shack) e operadoras de telefonia celular (como a AT&T e a Verizon) implantaram programas para que os clientes possam trocar seus artigos usados por outros novos. A sensação do momento é o site Gazelle, que compra eletrônicos usados para revender com desconto. A empresa já arrematou itens de mais de 175 mil clientes e fez parcerias com grandes redes, como o Walmart. Depois de faturar US$ 21 milhões em 2010, recebeu aporte de US$ 22 milhões em 2011 para expandir suas atividades.

21 ECONOMIA COMPARTILHADA
Em vez de gastar dinheiro com pequenos e grandes luxos, os consumidores começam a valorizar a experiência de compartilhar produtos variados — de um par de sapatos assinados até um passeio de helicóptero. Usar é mais interessante do que ter — além de ser mais barato, existe a conveniência de não precisar fazer a manutenção. A Rent the Runway faz sucesso nos EUA alugando vestidos assinados para um número de usuárias que já chegou aos 20 mil — elas pagam de US$ 50 a US$ 200 por quatro dias de uso. Na loja, as peças podem custar até US$ 7 mil. Por aqui, a Zazcar aposta no público que precisa de um carro apenas por algumas horas — o veículo pode ser retirado em diversos pontos de São Paulo, que ficam abertos 24 horas.

EXPERIÊNCIAS À VENDA
Editora Globo
22 VIAGEM-SURPRESA Agências de viagem nos EUA lançaram a moda: você compra um pacote sem saber muito sobre o destino, o hotel e as atrações locais. A ideia é conquistar o turista com a promessa de mistério e diversão. A Luxury Link faz sucesso com leilões de viagens-surpresa em que os descontos chegam a 50%. A American Express cria pacotes de acordo com as preferências do cliente e usa o celular para avisá-lo sobre cada etapa do passeio. O público-alvo são adultos na faixa de 20 a 34 anos — games e redes sociais são boas iscas para atraí-los.

23 CONVENIÊNCIA E QUALIDADE A crescente valorização da experiência de consumo, aliada à falta de tempo, faz com que haja uma demanda cada vez maior por produtos e serviços que sejam convenientes e práticos, mas sem perder a qualidade. Entre os exemplos de sucesso no mundo está uma vending machine de água Perrier. Para fidelizar o consumidor, a dica é pensar em produtos simples e eficazes, ou então em lojas que ultrapassem a mera relação de compra e venda, oferecendo aos seus clientes aromas, sons ou ainda orientação para fazer a melhor compra sem perder tempo.

24 TESTE AO VIVO O raciocínio é simples: já que comprar pela internet é tão rápido e prático, é preciso criar um diferencial para fazer o cliente ir até a sua loja. O grande trunfo das vendas físicas é permitir que os clientes testem e aprendam a usar o produto na hora. Para isso, é importante ter vendedores que gostem do que estão oferecendo e sejam prestativos, dispostos a sanar as dúvidas do consumidor. Depois, é necessário proporcionar uma experiência real com o produto. No Japão, a Shiseido tem simuladores que permitem testar o efeito da maquiagem sem passá-la no rosto.

25 CANAIS INTEGRADOS Se não quiser perder público para o comércio eletrônico, ofereça ao cliente o que ele mais valoriza no mundo on-line: conveniência, comparação de preços e acesso à opinião de quem já comprou. A rede de supermercados Walmart (EUA) lançou em 2011 um serviço para que o cliente compre on-line, quando está em trânsito, e retire os produtos na loja. A Canon coloca tags nos equipamentos de fotografia que produz para que os clientes acessem as avaliações de quem já comprou.

26 CASA ELETRÔNICA Seja para descansar ou trabalhar, as pessoas ficam cada vez mais tempo em casa. Por isso, passaram a consumir mais sistemas e serviços que facilitam o funcionamento dos aparelhos domésticos — como automação de luz, comandos e sistemas sem fio para home theater e rede interna. Só que ninguém tem paciência para ficar horas configurando os eletrônicos — esse público valoriza os equipamentos que funcionam intuitivamente, do tipo “plugue e use”.

FONTE: PEGN

Teixeira da Costa: “Não vejo nenhuma medida para baixar custo da energia”

O discurso de Dilma Rousseff em defesa de um custo mais baixo de energia para o setor produtivo está em dissonância com a prática do governo. Um dos exemplos mais recentes desse descasamento é a portaria 455 publicada no dia 3 de agosto pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que muda as regras dos contratos de compra e venda de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre – hoje 25% do consumo do país. Em resumo, a decisão do MME proíbe a comercialização de energia excedente. Isso quer dizer que o consumidor adquire uma quantidade maior de energia daquela que ele realmente usou no processo de produção e quando decide vender é obrigado a aceitar um valor menor que o preço de mercado. “O consumidor é livre para comprar, mas não é livre para vender!”, diz Roberto Teixeira da Costa, sócio da Brix, Brazilian Intercontinental Exchange, uma bolsa eletrônica formada há um ano por ele e mais quatro sócios: Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, Marcelo Parodi, CEO da Compass Energia, a operadora global ICE e de Eike Batista, da EBX. Nesta entrevista ao Poder Econômico, na sede da Brix, em São Paulo, Roberto Teixeira da Costa fala de energia e de como é ser sócio do Gulliver brasileiro.


Poder EconômicoO governo está realmente trabalhando para reduzir o custo de energia ao setor industrial?
Roberto Teixeira da Costa – A Dilma vive falando que precisa baixar o custo de energia. Tem mesmo. Mas não vejo nenhuma medida nesse sentido. Pelo contrário, a portaria 455 do Ministério de Minas e Energia vai no sentido contrário. Como o consumidor do mercado livre é obrigado a vender o excedente adquirido na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, cria-se uma distorção que encarece a produção. Ou seja, quando o consumidor livre precisa comprar mais energia, ele paga o preço de mercado. Mas quando há sobra do insumo, ele recebe um valor menor. Essa situação surrealista é decorrente da enorme distorção regulatória atual, que proíbe a comercialização de excedentes. A portaria 455 ignorou isso. É um exemplo.


Poder Econômico - O que o governo deve fazer, além de questões como essa, regulatórias, para reduzir o custo da energia?
Roberto Teixeira da Costa – O problema é tributário. É a alta taxação. Se reduzisse, teria um impacto muito positivo no custo de energia. Mas nesses últimos anos, a economia foi bem. Quando vai bem, a tendência é jogar os problemas para de baixo do tapete. Só que os investidores estrangeiros levantam o tapete. A arma que o governo tem para reduzir o custo de energia é a tributação. Por que não usa? É uma questão de fonte e receita.


Poder EconômicoNegócios como a Brix podem ajudar a reduzir o custo da energia?
Roberto Teixeira da Costa – Sem dúvida. Já comercializamos um volume equivalente ao consumo do Rio de Janeiro. Em um ano e quatro meses, temos 250 agentes do mercado livre [de 1.700 que negociam na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica]. Criamos índices de preços que trouxeram transparência ao mercado. Até dezembro, teremos 170 empresas do porte de uma Votorantim. Temos concorrência, que é bom. Mas estamos criando um ambiente de negócios favorável á redução de custos e aos investimentos.


Poder Econômico – No caminho de reduzir custos da energia, o ideal seria o governo renovar ou fazer nova licitação das concessões do setor que irão vencer até 2015?
Roberto Teixeira da Costa – Creio que pragmaticamente o governo deveria renovar as concessões. Abrir licitações como estava previsto vai demandar desgaste e muito tempo. No entanto, o governo deveria exigir algo como moeda de troca. Esse algo deveria estar ligado a uma redução do custo de energia, em beneficio de todos os consumidores.


Poder EconômicoComo fundador da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, e um dos pioneiros em instituições reguladoras no Brasil, como vê a atuação desses órgãos hoje?
Roberto Teixeira da Costa – Na origem desses órgãos que surgiram no governo FHC tinha a lógica de serem instituições de Estado e não de governo. Seus dirigentes têm, inclusive, mandatos, sem coincidência com os de chefes de governo, etc. O que aconteceu na realidade é que o governo do PT teve muita dificuldade de lidar com isso. O partido não quer perder o poder do ministério, onde pode influenciar, mandar e nomear. Não querem perder essa moeda política. Não se conforma com isso. Houve, sem dúvida, o enfraquecimento dessas instituições. A CVM é uma exceção. A gestão da Maria Helena Santana [que terminou seu mandato] foi excelente. A indicação do Leonardo Pereira para substituí-la também é um sinal bom. Vamos ver. Creio que a Dilma tem uma percepção que esses órgãos precisam ser fortalecidos.


Poder EconômicoComo é ser sócio de Eike Batista?
Roberto Teixeira da Costa – Conheço o pai dele há muitos anos. Sempre tive boa relação com o Eliezer [Batista]. E foi assim que tudo se deu. Nós encontramos o Eike uma vez no restaurante dele, no Rio, o Mr. Lam. Ele tinha chegado de Nova Iorque, desceu do helicóptero e teve a solenidade de fundação da Brix. Depois disso, o vi no fim do ano passado e nos convidou para o lançamento do livro dele. E o X da Brix já existiria. O nome anterior seria Benx, que foi descartado. Mas o importante é que de toda a chamada família X, a Brix é a única empresa do Eike na qual ele é sócio como pessoa física. As outras são participações jurídicas.

fonte: IG COLUNISTAS

sábado, 25 de agosto de 2012

BÚFALOS GERAODRES DE DINHEIRO

Depois de criar e vender produtos digitais para mais de 60 países, empreendedor ensina a seus alunos como começar seus primeiros negócios (extremamente) lucrativos na internet.






 
 
Conheça os segredos, recursos e a matemática
de como ganhar dinheiro na internet.
Aprenda em 15 minutos a partir de agora...

 
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Padrão de vida: por que é tão difícil mantê-lo?

O que é ser rico para você? Para mim, ser rico é viver com qualidade de vida e acumular paulatinamente um patrimônio que gere rendimentos cada vez maiores para que eu dependa cada vez menos da renda obtida através do meu trabalho.
 
Padrão de vida: por que é tão difícil mantê-lo?


Fazendo isso e tentando manter o padrão de vida atual, atingirei meu objetivo de “ficar rico” em pouco tempo.

Certamente cada leitor terá uma definição diferente de “ser rico”. Entretanto não queria discutir neste artigo quem está certo ou errado. Até porque alguns podem achar que ser rico nada tem a ver com ter dinheiro. E outros podem achar que apenas ter muito dinheiro já significa ser rico.



Qualidade de vida, independência financeira, padrão de vida aceitável…


Apesar de existirem infinitas definições para riqueza (e muitas delas seguramente serem aceitáveis), duvido que alguma descarte a qualidade de vida.
De nada adianta ter muito dinheiro se não for possível viver com qualidade. Comprar carrões ou casas enormes certamente trará uma sensação de satisfação. Mas essa satisfação é efêmera. Não dura muito tempo…
A grande recompensa é poder passar ótimos momentos com as pessoas que amamos e vivenciar experiências enriquecedoras.
Comprar roupas de marca é legal. Comprar um carro novo também. Quem não gosta?
Mas investir num negócio próprio ou fazer uma grande viagem é muito melhor! :)
Sou meio suspeito para falar de viagens, até porque já deixei claro por aqui que viajar é minha despesa favorita.
Outro fator muito importante para alcance (e manutenção) da riqueza é a independência financeira. Ter muito dinheiro agora não significa que terei muito dinheiro no futuro.
Se não colocarmos nosso dinheiro para render, uma dia ele acabará. Independente de quanto ganhamos. Basta fazer uma rápida pesquisa e você descobrirá casos de pessoas que ganharam milhões na loteria (e até em reality shows) e perderam tudo!
Por isso que é tão importante adquirir educação financeira para aprender a economizar, poupar e investir nosso dinheiro. E para saber que essas três palavras não são a mesma coisa :)
Por último, é fundamental encontrar um padrão de vida aceitável, que seria possível levá-lo para o resto da vida.
De nada adianta receber um aumento salarial se as despesas crescerem na mesma proporção. À medida que precisamos de mais dinheiro para manter o padrão de vida, ficamos cada vez mais distantes de alcançar a independência financeira.
Existem pessoas que ganham muito dinheiro, mas vivem de maneira simples. Carros que não chamam a atenção, apartamentos sem muito luxo e que não andam por aí apenas com roupas de grife.
Conheço algumas poucas pessoas assim. E admiro cada uma delas.
O problema é a dificuldade em se controlar para não gastar mais quando temos mais dinheiro. Para muitos (infelizmente), o simples fato de aumentar a receita automaticamente significa ter mais dinheiro para gastar. E isso é errado!


Sensação de liberdade ou de prisão: o que você prefere?


Quando eu percebo um aumento nas minhas receitas (salários, dividendos, renda extra), me sinto mais próximo da liberdade. E minha liberdade é investir para alcançar a independência financeira.
Comprar um carro ou um imóvel, na maioria das vezes, significa que contratei um financiamento. Por longos anos. E ter uma dívida me aprisiona. Quem está (ou já esteve) num financiamento longo sabe o que estou falando…
Estar preso é o oposto de estar livre. E eu prefiro infinitas vez mais a liberdade, a independência. Por isso sempre faço essa reflexão antes de tomar qualquer decisão financeira.
Pergunto a mim mesmo: “Essa decisão que estou prestes a tomar está me aproximando ou me afastando dos meus objetivos financeiros?“.
Nada impede que alguns objetivos financeiros sejam voltados para o consumo, afinal todos temos desejos e anseios. Mas a maioria deve focar o crescimento do patrimônio. E a independência financeira também deve estar entre nossas prioridades.
Você está se aproximando ou se afastando dos seus objetivos? Deixe um comentário e compartilhe conosco sua experiência.


Publicado em 04.07.2012 por Rafael Seabra em Educação Financeira

fonte: Quero ficar rico - educação financeira

Vale a pena pagar a dívida do cartão de crédito com empréstimo

O cartão de crédito facilitou muito a vida de todo mundo. Com ele, deixamos de andar por aí com grandes quantias de dinheiro no bolso, já que podemos comprar sem fazer desembolsos no momento da compra.
 
Vale a pena pagar a dívida do cartão de crédito com empréstimo


Outra facilidade é a possibilidade de parcelarmos as compras, o que trouxe ainda mais pessoas para as compras a crédito, pois a burocracia é muito pequena nas compras feitas com o dinheiro de plástico.

Essa possibilidade de parcelar as compras, juntamente com o fato de não se gastar dinheiro no ato da compra, leva muitas pessoas a comprar mais do que deviam, contraindo dívidas junto às operadoras dos cartões. Elas acabam por viverem alavancadas, ou seja, acima do limite de consumo em que deveriam estar.


O endividamento pode virar uma “bola de neve”


Com o passar do tempo, esse processo de endividamento pode se agravar caso a pessoa tenha muitos cartões, fato que não é difícil de acontecer, visto que a oferta deste produto financeiro é grande. E é sempre de um caso assim que sai a famigerada frase de que “tudo virou uma bola de neve”.
A cada nova dívida contraída, mais difícil vai ficando de se sair do processo. Assim, a bola de neve vai aumentando cada vez mais.
Mas para aqueles que ainda não estão superalavancados com o uso dos cartões de crédito, a porta de saída para a saúde financeira pode estar onde menos se espera: nos empréstimos pessoais.


Taxas de juros dos cartões de crédito e empréstimo pessoal


Eu estava lendo o relatório da Pesquisa de Juros do mês de junho, elaborado pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) e notei que as taxas de juros dos cartões de crédito se mantiveram estáveis em relação ao mês de maio.
A taxa média cobrada pelas administradoras de cartões foi de 10,69% ao mês, a maior porcentagem desde junho de 2010, perfazendo uma taxa de 238,30% ao ano.
Por outro lado, a pesquisa revela que, mesmo tendo uma elevação de 1,11% em relação a maio, as taxas de juros anuais dos empréstimos pessoais, em junho, apresentaram uma diferença de 184,9 pontos percentuais em relação à taxa cobrada pelos cartões.
No mês de junho, as taxas de juros dos empréstimos pessoais junto aos bancos comerciais ficaram em 3,63% ao mês (ou 53,40% ao ano). No caso dos empréstimos pessoais junto às financeiras, a taxa de juros se elevou em 0,75%, saltando para 8,04% (ou 152,94% ao ano).


Por que vale a pena trocar?


Isso mostra que a troca de financiador, saindo das dívidas dos cartões de crédito para as de um banco, pode ser muito vantajosa, pois o endividado deixará de pagar quase 185 pontos percentuais de juros ao ano.
Conseguindo um empréstimo pessoal em um banco, o usuário poderá quitar sua dívida com a administradora do cartão de crédito, saindo de uma taxa altíssima, na casa dos 10,69% ao mês, para uma bem menor, de cerca de 3,63% ao mês.
Essa troca se reflete no orçamento pessoal, pois a dívida se acomodará melhor, deixando espaço para mais dinheiro no fim do mês, o que pode ser usado antecipar parcelas do empréstimo ou em compras à vista, visando não contrair mais dívidas no cartão, o que faz com que a temida “bola de neve” fique bem mais longe.


Publicado em 18.07.2012 por Vinícius Novais em Educação Financeira

FONTE: Quero ficar rico - educação financeira