sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Empresas de energia podem perder 70% da receita

As 81 usinas que poderão renovar seus contratos de concessão vão perder aproximadamente 70% das receitas, apontam cálculos preliminares do setor privado


Agência Estado |



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As 81 usinas que poderão renovar seus contratos de concessão vão perder aproximadamente 70% das receitas, apontam cálculos preliminares do setor privado. O governo divulgou na noite de quinta-feira as novas tarifas para essas usinas e a conclusão é que se trata de uma "devastação", segundo o presidente da Associação Brasileira de Investidores em Auto Produção de Energia (Abiape), Mário Menel.

A estimativa das perdas de receita foi dificultada pelo fato de o governo ter apresentado as novas tarifas de cada usina por quilowatt/ano (kW/ano) em vez do tradicional megawatt/hora (mW/h). Considerando um fator de 0.55 correspondente à produtividade média de todas as usinas do setor interligado brasileiro, o executivo chegou a um resultado médio de R$ 23,46 por mW/h para o grupo das unidades em processo de renovação. O valor é 72,4% menor que a média de R$ 85 por mW/h praticada no País atualmente.

"Não temos um parâmetro de referência totalmente esclarecido ainda, mas já dá para perceber que o impacto foi enorme. Cada companhia terá que fazer suas próprias contas", avaliou Menel.
Pelos cálculos do executivo, mesmo a maior tarifa dessas usinas ainda estará abaixo da média atual brasileira. A usina de Forquilha, da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT), teve valor fixado em R$ 324,4 por kW/ano, que, segundo a fórmula de Menel, corresponderia a cerca de R$ 67,34 por mW/h. A energia mais barata, do complexo Ilha Solteira da Cesp, custaria apenas R$ 5,94 por mW/h (R$ 28,6 por kW/ano, na tabela do governo).

Menel também destacou que o volume das indenizações divulgadas ontem pelo Ministério de Minas de Energia (MME) - que ficaram em torno R$ 20 bilhões para 15 usinas e nove transmissoras - não passou nem perto das expectativas do setor que, por valores contábeis, chegavam a R$ 47 bilhões.

Somente a Eletrobras esperava receber R$ 30 bilhões e terá que se contentar com menos da metade, cerca de R$ 14 bilhões. A Cesp, que pedia R$ 9 bilhões, ficou com pouco menos de R$ 1 bilhão. "Com certeza o governo só divulgou as tabelas no início da noite para não tumultuar muito o mercado, mas ainda haverá muita repercussão na Bolsa de Valores a partir de segunda-feira. E não há nem como contestar os cálculos do governo, porque as contas não foram divulgadas, só os resultados", acrescentou Menel.

Ele ponderou, no entanto, que ainda assim as principais companhias do setor sairão do processo bem capitalizadas por esse volume de ressarcimento. O saque das indenizações poderá ser feito à vista. As empresas terão até o dia 4 de dezembro para revisarem seus cálculos e decidirem se querem ou não renovar os contratos sob as novas condições impostas pelo governo. Mas para o presidente da Abiape, as audiências públicas marcadas para a próxima semana na Comissão Especial da Medida Provisória nº 579 - que trouxe as regras para a renovação das concessões - já prometem "pegar fogo". "A bola agora está com o Congresso. O parlamento será a caixa de ressonância da insatisfação dos concessionários", concluiu Menel.

FONTE: IG ECONOMIA

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DETERIORIAÇÃO DO CRÉDITO EMPRESARIAL

PMEs esperam mais deterioração do crédito, diz BCE

Pequenas e médias empresas dão sinais de que os efeitos da crise ainda seguirão por, pelo menos, mais seis meses; elas respondem por 80% do emprego na zona do euro

Agência Estado |
 

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As pequenas e médias empresas (PMEs) da zona do euro esperam mais deterioração no acesso ao crédito bancário nos próximos seis meses, afirmou o Banco Central Europeu (BCE), em um sinal de que os principais criadores de emprego da região ainda estão enfrentando os efeitos da crise da dívida da zona do euro.

"Para o próximo período de seis meses, (as pequenas e médias empresas) esperam, no geral, um agravamento adicional do seu acesso aos empréstimos bancários", mostrou um relatório do BCE divulgado nesta sexta-feira.

Os resultados da pesquisa do BCE, que englobou 7.514 pequenas e médias empresas da zona do euro, mostrou que 15% dos entrevistados disseram que esperam menos acesso para os empréstimos bancários entre outubro e março, ante 7% no primeiro semestre de 2012, disse o BCE. O presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, citou as pequenas e médias empresas como responsáveis por 80% do emprego da zona do euro.

As pequenas e médias empresas dependem muito dos bancos para se financiarem, mas os bancos estão enfrentando falta de liquidez em meio à crise da dívida soberana e do setor bancário. As informações são da Dow Jones.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO

Buscapé dá partida às compras de Natal, devolvendo dinheiro ao consumidor

Comparador de preço vai gastar até R$ 25 milhões para reembolsar, em dinheiro, 5% do valor gasto nas compras feitas por celular até 25 de dezembro

Mayara Teixeira, iG São Paulo | - Atualizada às

Greg Salibian/iG
"Não é milha, não é ponto, é grana”, diz Romero Rodrigues, CEO da Buscapé Company

Nessa terça-feira à noite, o CEO da Buscapé Company, Romero Rodrigues, anunciou o lançamento de uma nova versão do aplicativo do comparador de preços para telefonia móvel. A partir de agora, será possível comprar por meio do próprio aparelho celular, uma opção que não existe nem no site convencional da companhia, já que no site da Buscapé o consumidor é enviado para as lojas. Porém, a grande novidade é que até dia 25 de dezembro, a cada compra realizada pelo aplicativo, o consumidor receberá 5% do valor do produto de volta.

“Estimamos gastar entre R$20 milhões e R$25 milhões nos próximos 55 dias”, diz Romero. Por enquanto, as devoluções vão sair do caixa da própria Buscapé. A cada compra feita no aplicativo, o consumidor vai receber os 5% por meio da ferramenta B!cash, criada pela própria empresa. A companhia ataca pesado para tentar liquidar a concorrência, pelo menos até o Natal.

A B!cash é um meio de pagamento digital que oferece serviços financeiros para compradores e vendedores. Basicamente, quando um produto é comprado, o consumidor paga para o grupo Buscapé que 14 dias depois repassa o valor para os varejistas. Com o novo sistema, o consumidor tem mais opções de parcelamento e caso haja algum problema na entrega do produto, pode reaver seu dinheiro com mais facilidade. Até agora, era uma ferramenta opcional.

Porém, com o lançamento do aplicativo móvel, para toda compra realizada diretamente no comparador de preços é criada automaticamente uma conta B!cash. O consumidor receberá 5% de ressarcimento e poderá, inclusive, sacar o valor de sua conta corrente. “Não é milha, não é ponto, é grana”, diz Romero.


Leia também:Serasa vai à caça de fraudes com cartões em compras na internet


Em todas suas plataformas, a Buscapé totaliza cerca de 60 milhões de acessos por mês, o que a torna a líder em comércio eletrônico na América Latina. “Estimamos que 25% de tudo que é transacionado por e-commerce no mundo passe pela Buscapé”, diz ele. Ao todo são mais de 15 mil lojas e 10 mil produtos diferentes disponíveis para comparação, consulta e, agora, finalização da compra.

O aplicativo para celular estará disponível para iPhone e android, mas não no site da empresa acessados por meio de computadores. “Não pretendemos realizar compras pelo site até o final desse ano”, diz Romero. Para receber para comprar, os usuários da Buscapé terão que utilizar seus telefones móveis. A empresa espera que as compras por celular cheguem a 60% de sua receita nos próximos cinco anos. “A mobilidade é fortíssima para o nosso negócio”, diz Romero.

Além dos R$25 milhões que vão sair do bolso da companhia para o dos consumidores, a Buscapé também gastou cerca de R$ 20 milhões em uma campanha publicitária para promover o aplicativo. Os garotos propaganda são o nadador César Cielo, o chef Eduardo Guedes, a modelo Mariana Weickert e o apresentador Carlos Takeshi.



Concorrência
Com apelo popular e oferecendo dinheiro aos consumidores, a Buscapé aposta em uma estratégia agressiva para tirar de jogo seus principais concorrentes: Shopping UOL, Bondfaro, Zura, JáCotei e Google Shopping. Contra o último, inclusive, a companhia move um processo antitruste no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.
Em dezembro do ano passado, a Buscapé entrou com representação contra a gigante americana na extinta Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. A partir da reformulação da Lei Antitruste, em maio, as denúncias passaram a ser analisadas pelo Cade.
A Buscapé acusa o Google de favorecer seu próprio comparador de preços nos resultados de busca. A companhia americana já apresentou sua defesa ao órgão e a Buscapé já enviou réplica ao documento. Até agora, o Cade não julgou o caso. “Não posso falar muito sobre isso, mas defendemos um ambiente competitivo e justo”, diz Romero.

FONTE: IG ECONOMIA