terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SEU CPF REGULAR

Contribuintes podem regularizar CPF de graça pela internet

Receita lançou ferramenta que permite a regularização cadastral gratuita no site do órgão

Agência Brasil |
 

Agência Brasil


A partir desta terça-feira, os contribuintes com problemas no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) podem resolver as pendências pela internet. A Receita Federal lançou uma ferramenta que permite a regularização cadastral no site do órgão. De acordo com a Receita, o novo serviço ficará disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive nos feriados.

Até agora, a pessoa física com problemas com o CPF só tinha a alternativa de regularizar a situação se fosse a uma das unidades da rede conveniada, nas agências dos Correios, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. De acordo com a Receita, a regularização será gratuita apenas na internet. Os contribuintes continuarão a pagar R$ 5,70 nos postos conveniados.

O formulário eletrônico para o pedido de regularização é de fácil preenchimento. O contribuinte precisa informar o número do CPF, nome, data de nascimento, nome da mãe, naturalidade e número do título de eleitor.

FONTE: IG ECONOMIA

Como gerar mais investimento produtivo?

Estava lendo um material interessante do economista David Mericle, da Goldman Sachs nos EUA, sobre quais fatores influenciam o crescimento do investimento de capital produtivo de um país.
Já abordei o tema investimento inúmeras vezes, como pode ser visto no link abaixo:

http://colunistas.ig.com.br/ricardogallo/2012/12/07/sem-investimento-nao-ha-crescimento/

Bem, o Sr. Mericle não acredita em “miracles” sobre o tema…

Ele aponta que há basicamente 3 modelos econômicos que determinam as causas ou os motivadores principais do investimento privado na economia:

a. O modelo do acelerador de Keynes, que diz que o investimento reage ao crescimento econômico. Ou seja, de acordo com este modelo os empresários reagem ao aumento da produção corrente em decorrência de um aumento da demanda por seus produtos. Com o aumento do produto corrente, os empresários são levados a aumentar o estoque de capital para atender ao novo nível de produção;

b. O Modelo de Tobin’s Q, que diz que quanto maior o valor de mercado dos ativos de uma empresa ( que pode ser aproximado como sendo o valor de mercado das Ações de uma empresa mais o valor de suas obrigações) em relação a seus custo de reposição ( custo de adquirir os mesmos ativos no mercado de bens ), maior a tendência do empresário em investir em bens de capital. A ideia é simples: como o valor de mercado de um ativo é determinado pela expectativa de lucros futuros, faz sentido para um empresário investir para expandir a capacidade quando o custo de fazê-lo é menor do que os ganhos que são esperados. Ou seja, a expectativa de lucros futuros seria o principal fator determinante para se fazer novos investimentos. No mundo real: se você pretende montar uma loja gastando X e seu amigo te oferece uma loja idêntica por metade do custo que você teria para montar uma loja do zero, você simplesmente abandona a ideia de investir em novos móveis, equipamentos, ponto e de contratar mais gente, e simplesmente compra a loja de seu amigo. Ou seja, quando é mais barato comprar um ativo existente de alguém do que montar algo do zero, o investimento na economia cai. Logo, para aumentar o valor dos ativos existentes e estimular assim mais investimentos, é preciso que os empresários vejam lucros crescentes.

c. Há também um outro modelo defendido pelo Bernanke que diz que o volume de investimentos depende fundamentalmente da capacidade das empresas tomarem recursos emprestados no mercado. Ou seja, quanto mais fácil for tomar recursos para financiar projetos mais investimentos são feitos.

O economista do GS mostra que o modelo (a) e o modelo (c) combinados explicariam melhor o comportamento dos investimentos nos EUA, porém o modelo (b) também funciona, mas com menor precisão.

O ponto é que, sejam quais forem as medidas tomadas pelo governo para estimular o investimento produtivo em nossa economia, elas precisam endereçar os 3 pontos acima, senão elas serão inócuas, pelo menos na opinião dos economistas que estudam o assunto.
No Brasil eu não saberia dizer qual dos 3 funcionaria melhor (deixo isto para os econometristas de plantão), porém vale a pena comentar cada um destes modelos a luz da realidade brasileira deste momento:

a. Bom, se dependermos da atividade corrente para puxar os investimentos futuros, podemos começar a rezar. A economia vem desacelerando e está patinando na retomada. Logo, deste mato parece que não sai coelho. Nossa esperança é de que nos próximos 6 meses os efeitos dos diversos estímulos dados a economia se manifestem. Porém, se em 6 meses a coisa não pegar, DIO MIO! ( meu pitaco: economia melhora no começo do ano que vem…porém não sei se tal melhora dura muito),

b. Com relação ao Tobin Q, podemos estimar a valorização dos ativos através da cotação do IBOVESPA, que está parada desde 2008 ao redor dos 60 mil pontos, sendo que a inflação do período foi de 30%… ou seja, em termos reais, a relação entre o valor de mercado dos ativos e seu custo caiu em termos reais 24% pelo menos. Parece que deste mato não sai coelho tampouco.

c. Com relação a disponibilidade de financiamento, temos alguns sinais positivos:
  • Os bancos públicos aumentaram a oferta de crédito visando forçar uma redução dos spreads cobrados por seus competidores;
  • O BNDES tem expandindo suas linhas e reduzido seu custo;
  • O governo tem reduzido às restrições à entrada de capital estrangeiro, que, com o dólar mais alto, ficou mais atraente para os tomadores brasileiros. Finalmente o governo percebeu o efeito negativo do controle na entrada de capitais estrangeiros sobre o investimento doméstico. Ou seja, para termos um dólar mais caro precisaríamos impedir a entrada de dólares reduzindo a oferta de crédito que vem de fora, o que sufocaria investimentos;
  • Os bancos privados reduziram seus spreads, embora também tenham apertado os critérios de concessão de crédito e reduzido a oferta de novos empréstimos, pois a inadimplência ainda está elevada.
Logo, podemos dizer que há hoje um ambiente de financiamento favorável em virtude da ação dos bancos públicos.

Eu suspeito que estamos experimentando uma crise de crescimento pela exaustão da disponibilidade que tínhamos nos fatores de Produção, Capital e Trabalho, exaustão esta que não está sendo compensada pela ampliação da produtividade. Simples: falta capital humano e físico em alguns setores críticos para expandir a produção, como na infra. Além disto, a produtividade, na margem, cresce pouco. Ou seja, assumindo que tenhamos de fato uma limitação para o aumento do capital humano empregado na produção, dependemos de investimentos e produtividade para aumentar a renda (salário + lucros). Agora, assumindo que o investimento só sobe depois do aumento da produção ( Keynes…) , dependemos, num primeiro momento, de um aumento da produtividade para aumentar a produção, o que geraria mais produto e renda, que por sua vez levaria a mais investimento. Porém tal produtividade não está aparecendo.

A aposta do governo e de alguns economistas é que os estímulos à produção e ao consumo dados pelo governo aumentarão a demanda nos próximos trimestres. E como geramos nos últimos meses uma certa capacidade ociosa em alguns setores da economia, além da forte redução dos estoques que os últimos números do PIB mostraram, isto tudo deve dar um certo espaço para acomodar um reaquecimento temporário da economia sem elevar a inflação no curto prazo. Se isto será suficiente para atrair novos investimentos e colocar a roda para girar, eu não sei. O próprio Tombini tem demonstrado preocupação.

Se a demanda se acelerar como o governo deseja, mas não for acompanhada de uma aceleração do investimento, teremos uma inflação mais elevada no final de 2013. Este é outro ponto que preocupa, pois estamos com o PIB andando a 2% a.a. há 2 anos mas temos o desemprego na mínima histórica e a inflação bem acima do centro da meta. Pensa assim: pretendíamos ir daqui a Campinas em uma hora, a 100 km / h e usando 10 litros de gasolina, ou seja, a 10km / litro de consumo. Bem, depois de meia hora, andamos 25 km a 50 km /h, e só temos 5 litros no tanque de combustível…. Ou seja, para atingirmos nossa meta devemos andar a 150 km/h pelos próximos 75 km com um consumo de 15 km / litro. Acho que devemos trocar nosso Opalão veio por um carro elétrico ou vamos levar várias multas da Polícia Rodoviária do Banco Central.

por Ricardo Gallo

fonte: IG COLUNISTAS

MP DE REDUÇÃO DA ENERGIA É APROVADA

 

MP 579 é aprovada e segue para sanção presidencial

Pela medida, as concessões de geração e transmissão que vencem entre 2015 e 2017 foram prorrogadas por mais 30 anos, com redução de tarifas e receitas

Agência Estado |
 

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O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória 579, que prorroga as concessões do setor elétrico e reduz a conta de luz a partir do início de 2013. A proposta, que foi transformada no Projeto de Lei de Conversão 30/2012, já havia sido aprovada pelos deputados e, como não foi alterada pelos senadores, não terá de voltar à Câmara. A votação foi simbólica e, agora, o texto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Por meio da MP 579, as concessões de geração e transmissão que vencem entre 2015 e 2017 foram prorrogadas por mais 30 anos, com redução de tarifas e receitas. A MP 579 também reduz os encargos setoriais que incidem sobre a energia elétrica. A partir de 2013, a diminuição média para todos os consumidores será de 20%.

A aprovação da MP 579 representa uma vitória para o governo. Apesar de toda a polêmica, o governo conseguiu aprovar o pacote praticamente sem alterações na Câmara e no Senado.

Sem sucesso, a oposição tentou aprovar uma emenda que mudava o regime de incidência do PIS/Cofins da energia, o que poderia baratear ainda mais a conta de luz. Por ser uma contribuição federal, se aprovada, a emenda poderia diminuir a arrecadação da União, mas a base aliada votou contra a proposta e ela foi derrotada por 48 votos a 15.

No início da discussão, a oposição criticou o fato de que não teria havido um acordo de líderes para que a matéria fosse apreciada pelo Senado logo após ter sido votada na Câmara. "Cinco minutos depois de a matéria ser aprovada na Câmara, ela foi lida no Senado. É a velocidade da luz. É mais rápido do que Ayrton Senna nos bons tempos. Se essa eficiência fosse a regra, o Brasil estaria bem", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), líder do PSDB.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse que estava apenas cumprindo o que foi acordado pelos líderes da Casa. "Não violei, em nenhum momento, a vontade das lideranças", afirmou.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou da presidente Dilma Rousseff que zerasse as alíquotas de PIS/Cofins cobrados na energia elétrica para reduzir ainda mais as tarifas de energia. Para o tucano, Dilma não deveria fazer populismo às custas da desorganização do setor.

O relator da MP 579, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ser favorável a qualquer redução de impostos, mas ponderou que a proposta enviada pelo governo não previa essa questão e não poderia ser incluída pelo Congresso. "É importante que esta Casa não falte com esse grande anseio nacional", afirmou, referindo-se à redução do custo da energia.

O presidente do DEM e líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou que o cidadão brasileiro é quem "vai pagar o pato" do sistema de energia elétrico brasileiro, uma vez que, mesmo com a tarifa reduzida, haverá quedas constantes no fornecimento de energia. "É o barato que sai caro", criticou.

A oposição tentou, durante toda a discussão, adiar ao máximo a votação da MP 579. Senadores oposicionistas se revezaram em discursos contra a matéria da tribuna do Senado. Mas uma reação dos líderes da base aliada abreviou as manifestações. Os senadores aprovaram um requerimento em que, após quatro manifestações contrárias à medida e três a favor, as discussões fossem suspensas e o projeto fosse à votação.

"Vamos aproveitar esses cinco minutos, já que uma maioria esmagadora vai impor uma derrota à oposição. Não queiram transferir ao PSDB o conceito de um partido que deseja impedir um benefício à população", protestou Dias.


FONTE: IG ECONOMIA

CHEQUES SEM FUNDOS

Cheques sem fundos têm primeira queda anual em quase dois anos, aponta Serasa

Percentual de devolução registrado em novembro foi de 1,96%; para economistas da Serasa Experian resultado sinaliza tendência de normalização gradual dos níveis de inadimplência

Agência Estado |
 

Agência Estado


Do total dos cheques compensados pelos bancos no mês de novembro, 1,96% foi devolvido por falta de fundos. O porcentual representa 1,456 milhão de 74,197 milhões de cheques compensados.

Segundo o Indicador de Cheques Sem Fundos, divulgado nesta terça-feira pela Serasa Experian, em novembro de 2011 o porcentual de cheques devolvidos foi de 2,19%. Com isso, registrou-se a primeira queda na variação anual em 21 meses, já que o último recuo nessa base de comparação havia sido em fevereiro do ano passado, quando 1,83% do total de cheques apresentados aos bancos foi devolvido ante 1,85% verificado em fevereiro de 2010.

O porcentual de devolução registrado em novembro (de 1,96%) foi o segundo menor para esse mês nos últimos cinco anos, atrás apenas de novembro de 2010 (1,68%). Em 2008, 2009 e 2011, os porcentuais foram de 2,16%, 2,04% e 2,19%, respectivamente.

No acumulado de janeiro a novembro deste ano, o levantamento registrou 2,01% de devolução de cheques, na comparação com 1,95% no mesmo período de 2011. Já na comparação de novembro com outubro de 2012, houve ligeira alta na devolução de cheques, já que, em outubro, foi devolvido 1,94% dos cheques compensados.

Em nota distribuída à imprensa, os economistas da Serasa Experian disseram que "o resultado de novembro, marcando a primeira queda interanual em 21 meses, sinaliza uma tendência de normalização gradual dos níveis de inadimplência com cheques no País, a ser verificada ao longo de 2013".

De janeiro a novembro de 2012, Roraima aparece na liderança dos Estados com o maior porcentual de cheques devolvidos: 11,73%. Na outra ponta, o Estado de São Paulo é o que registra o menor porcentual de devolução de cheques no período: 1,47%. A região Norte tem o maior porcentual de devolução de cheques de janeiro a novembro (4,43%), enquanto a região Sudeste tem o menor (1,58%).

FONTE: IG ECONOMIA

CRÉDITO x COMPRAS

Crédito “a perder de vista” ajuda a vender mais no Natal

Lojas prorrogam para 100 dias o primeiro pagamento de cartões próprios e bancos estimulam crediário

Brasil Econômico- Ana Paula Ribeiro |
Brasil Econômico


O final de ano, com os inúmeros encontros e celebrações, é uma época farta não só de comida, como também de oportunidades para o varejo vender ainda mais. E para melhorar o desempenho nessa época do ano, uma das estratégias das lojas é oferecer melhores condições de crédito aos clientes. Aumento na quantidade de parcelas sem incidência de juros, carência de até cem dias para começar a pagar são algumas das opções disponíveis.

Além dos parcelamentos sem juros, os emissores de cartões estão estimulando o uso de uma nova função, que é o crediário no próprio plástico.

O diretor de empréstimos e financiamentos do BB, Marcelo Labuto, lembra que essa função de crediário já existia no banco, mas que foi o programa “Bom pra Todos”, lançado em abril, que contribuiu para o seu crescimento, uma vez que os juros foram reduzidos. Antes do programa, o banco fazia R$ 11 milhões ao mês nessa modalidade, com um juro médio de 3,36%. Atualmente, o desembolso está em R$ 51,3 milhões, com taxa média de 1,95%. O Bradesco também tem esse produto na prateleira. Em ambos os casos, há uma parceria com a Cielo.

De acordo com o presidente da empresa credenciadora, Rômulo Dias, o volume financeiro do crediário na máquina até 7 de dezembro foi de R$ 303 milhões. O executivo explica que o ganho para a Cielo é o mesmo de quando a pessoa compra no parcelado lojista (em que não há cobrança de juros) e que é uma alternativa para complementar a oferta de produtos ao lojista. “O lojista paga a mesma taxa, mas ele recebe o dinheiro em D+1, então não precisa pagar a taxa de antecipação de recebíveis nem bancar a operação de capital de giro”, disse, sobre os benefícios dessa opção.



Empurrão extra

Na avaliação do presidente da Partner Consultoria, Álvaro Musa, esses procedimentos são válidos porque de fato ajudam no incremento das vendas. “Em datas comemorativas, é natural que ocorra um aumento do prazo para o pagamento ou do número de parcelas sem juros”, afirmou.

No Carrefour, que decidiu dar melhores condições a quem paga com o cartão da rede, os plásticos são emitidos pelo banco Carrefour, no qual o Itaú tem 49% de participação.

Os clientes da rede de supermercados francesa podem optar por um maior número de prestações nas compras feitas em determinados departamentos (bazar, têxtil e eletroeletrônicos), sendo que a primeira prestação pode ser paga em até cem dias. Mesmo a compra de bens imediatos, como alimentos, também está com condições mais favoráveis.

Nas lojas de departamento, a tendência é a mesma. As Lojas Renner reeditaram a promoção “60 dias para começar a pagar”. Em geral, o cliente que usa o cartão da loja faz o primeiro pagamento em 30 dias. A promoção terminou no domingo, e foi uma forma encontrada pela varejista para antecipar o aumento de vendas. Opção similar fez a C&A, que oferece cem dias de carência a seus clientes que usam o plástico como meio de pagamento.


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FONTE: IG ECONOMIA

MEGAPROJETO IMOBILIÁRIO NO RIO DE JANEIRO

Donald Trump anuncia megaprojeto imobiliário no Rio de Janeiro

Trump Towers, chamada de "maior centro empresarial do País", terá cinco torres na região portuária da capital fluminense

Pedro Carvalho- iG São Paulo | - Atualizada às

Reprodução
Imagem retirada de vídeo de apresentação das Trump Towers: parceria com Even e MRP

O empresário e apresentador americano Donald Trump anunciou na manhã desta terça-feira (18) a construção de seu primeiro projeto no Brasil, a Trump Towers. O empreendimento ficará na zona portuária do Rio de Janeiro e será, de acordo com os responsáveis, o maior centro empresarial do Brasil. Os cinco prédios do complexo serão erguidos pelos parceiros locais de Trump, as construtoras Even e MRP International.

A cerimônia de anúncio, feita na capital fluminense, contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, além de Alberto Silva, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, e Donald Trump Jr, filho do empresário.

"Estarei na cidade para ver os Jogos Olímpicos e outros eventos, mas, principalmente, eu irei para ver a Trump Towers, que será um incrível sucesso e um bonito trabalho", disse, através de vídeo, Donald Trump, que apresenta o programa "O Aprendiz", na rede NBC.

Os cinco prédios terão uma área construída total de 300 mil m2 na região do Porto Maravilha, projeto que revitaliza um espaço historicamente degradado da cidade. Alinhados lado a lado, com os topos inclinados e situados a frente das águas da região portuária (veja na foto acima), eles lembram o Parque da Cidade, empreendimento que é construído pela Odebrecht em São Paulo.


Os construtores afirmam que o total investido não pode ser revelado, nem a participação da Caixa, uma das parceiras no projeto, por confidencialidade do contrato. Mas, segundo os responsáveis, um cálculo conservador apontaria que o empreendimento tem potencial para gerar R$ 3 bilhões, naquilo que o mercado imobiliário chama de "valor global de vendas".

Getty Images
Trump, por vídeo: "Irei ao Rio para as Olimpíadas, mas principalmente para ver a Trump Towers"
As primeiras duas torres devem começar a ser construídas no segundo semestre de 2013 e as outras três serão erguidas conforme a demanda. As duas torres iniciais só começarão a ser vendidas após todas as licenças serem obtidas para a construção.
 
"Temos a visão de que o Porto Maravilha fará nascer o novo centro empresarial do Rio", disse Stefan Ivanov, presidente-executivo da MRP. "Não há espaço para escritórios no centro do Rio. Há espaço na Barra, que fica a 25km, e aqui no Porto, que é do lado do Centro", afirmou.
 
 
 
 
"O Porto Maravilha é uma transformação que acontece no Rio, como vimos áreas serem transformada em Londres, Bilbao e Buenos Aires", disse Carlos Terepins, presidente da Even, construtora que tem grande presença em São Paulo e agora expande a marca para o Rio.
 
Para a Caixa, que faz investimentos e financia melhorias estruturais da região, o projeto será uma "âncora" para a nova zona portuária. "Nós realmente acreditamos no projeto e ficamos felizes em fechar o ano com mais essa parceria", disse Flávio Arakaki, superintendente nacional de fundos da Caixa.
 
O prefeito do Rio de Janeiro agradeceu Donald Trump por "acreditar na cidade do Rio" e destacou o tamanho do investimento. "Significa que essa marca fortíssima está apostando na cidade, não apenas até os Jogos Olímpicos, mas por um longo tempo", afirmou. "Esse é provavelmente o maior investimento imobiliário da história da cidade, excluíndo a Barra da Tijuca", disse o prefeito.
 
 
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"Sentimos que a marca tem um longo caminho aqui. Estamos muito empolgados com o mercado brasileiro e com as parcerias que fizemos", disse Donald Trump Jr, filho do empresário, que representa o grupo no projeto e esteve na apresentação no Rio.

FONTE: IG ECONOMIA

Juros não sobem no governo Dilma, afirma economista

Para Nicola Tingas, da Acrefi, governo poderia criar ambiente para ter taxa Selic próxima da inflação corrente, e não acima


Danielle Brant- iG São Paulo |

Divulgação
Para Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi, economia só decola mesmo em 2014

O governo brasileiro deve pensar em criar um ambiente para ter juros de 5% a 6%, ou seja, uma Selic próxima da inflação corrente, e não acima. A afirmação é do economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, que acredita que a primeira condição para isso é o estabelecimento de um mercado de capitais de longo prazo, assim como o uso de instrumentos macroprudenciais, como restrição de crédito, para impedir uma escalada dos preços.
“Isso é uma premissa teórica, uma especulação minha, mas acho que estaria dentro da linha de pensamento do governo. Eu acredito que até o fim do governo Dilma os juros não sobem”, afirma Tingas. Esse ambiente de juros baixos, na opinião do economista, não teria impacto sobre o PIB potencial, pois, embora os empresários possam se beneficiar das taxas menores para comprar equipamentos com prazos mais alongados, a decisão de investir dependeria mais da conjuntura econômica do que dos juros.


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Também não afetaria a inflação, pois o Banco Central já mostrou disposição para atuar por meio da restrição da oferta de crédito, da redução dos custos e desoneração de folha de pagamentos, em vez de usar os juros para regular o consumo. “Se a gente olhar nos últimos anos, um aumento de taxa de juros praticamente teve um efeito muito baixo com relação à oferta de mais de crédito”, ressaltou. Por isso, para ele, não seria eficiente usar os juros para promover uma retomada econômica. “Você pode deprimir a atividade ainda mais em um momento em que você quer uma recuperação”, comenta.
Diante desse contexto, Tingas vê o Banco Central mantendo a Selic estável durante todo o ano de 2013, enquanto a retomada do crescimento brasileiro exigiria esforços no sentido de diminuir o chamado Custo Brasil, como tem acontecido recentemente com as atuações sobre as tarifas de energia. “O que tem marcado a conjuntura é a falta do dinamismo da recuperação econômica, associada à questão do investimento e também à tentativa de criar um acréscimo de crescimento através do consumo pura e simplesmente. Precisamos de investimentos, precisamos de aumento de produtividade, redução de custos”, analisa.


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“O Brasil está devendo alguma coisa. O crescimento brasileiro é um dos piores da América Latina toda e entre os emergentes, segundo algumas análises. Como diriam os americanos ou os ingleses, o que está faltando?”, questiona. “As questões estruturais do Brasil permanecem atrasadas, sem solução satisfatória ou encaminhamento satisfatório. Muita coisa está sendo encaminhada, mas ainda aquém da velocidade nem intensidade necessária. Esse é o grande dilema brasileiro”, ressalta o economista.
Tingas avalia que parte do problema seria amenizada com um processo regulatório mais claro, enquanto as ações pontuais de curto prazo – como a queda-de-braço pela redução das tarifas de energia e o spread bancário – são “bem-vindas” num cenário de reversão anticíclica, mas “não podem ser só essas”. “Não adianta só crescer no curto prazo. Precisamos construir uma economia que é capaz de crescer para valer no médio e longo prazo, melhorar o PIB potencial, com qualidade”, diz. “O que falta é a sinalização de um contexto mais dinâmico de médio e longo prazo, e criar condições para isso. Nesse momento a gente deveria estar acreditando em um PIB (Produto Interno Bruto) de 4%, 4,5%, e não estar discutindo se ele vem ou não”, afirma.


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Apesar de essas condições ainda não estarem dadas, a economia deve apresentar no próximo ano resultados melhores do que neste, na opinião de Tingas. “É um contexto onde você tem um ano de 2013 de melhora, mas ainda de incerteza sobre com que velocidade vem essa melhora. Eu acho então que o foco maior é olhar mais adiante, até 2014, porque parece que 2013, por melhor que seja, vai ser mais um ano de transição”, complementa.



Crise

O crescimento brasileiro também estará sujeito aos humores externos, principalmente pelo impasse em torno do “abismo fiscal” dos Estados Unidos e pela crise da dívida soberana europeia. Em relação ao primeiro ponto, Tingas acredita em uma solução até o final do ano para a disputa gerada em torno da série de aumentos tributários e cortes orçamentários prevista para entrar em vigor em janeiro e que opõe democratas e republicanos.
De acordo com o economista, as crises Europeia e americana devem ser encaradas como uma crise do capitalismo financeiro, criada por uma alavancagem excessiva do sistema. “Nós só vamos começar a adequar isso à medida que a gente reduzir a alavancagem financeira e tratar de todo o estoque de ativos que estão recessivos ou inviáveis de serem materializados no curto prazo”, afirma. Isso passa pelo reconhecimento das perdas por parte dos bancos europeus, por exemplo.


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“O Fed (Banco Central americano) reconheceu mais de US$ 5 trilhões de dívidas podres até hoje para salvar o sistema financeiro americano. Já a Europa enfrenta o problema de evitar a quebra sistêmica de bancos e a queda de governos”, explica. Por isso, em vez de sanear o sistema bancário europeu, as ações do Banco Central Europeu (BCE) têm se pautado por resgatar as instituições financeiras e tentar arbitrar uma recapitalização negociada. A intenção, afirma, é manter o valor dos ativos, que não valem mais o que valiam. “Quer dizer, o que está se fazendo é evitar que alguns tomem prejuízo, mas uma grande maioria, que é a população, está tomando”, afirma.
A solução seria montar um arranjo institucional entre a Alemanha e todas as nações interessadas na construção do euro, que financiaram esse ambiente de moeda única e incluíram em um mesmo grupo países com condições financeiras desiguais, como Portugal e Grécia. “A Alemanha deveria bancar parte desse prejuízo, mas ela não quer bancar. Já que quer atuar num bloco desigual, ela (Alemanha) que arbitre as diferenças e banque esse lastro”, analisa.



Impacto no mercado de capitais

Um dos primeiros a sentir o impacto dessas turbulências externas é o mercado de capitais. E esse ambiente nublado “não autoriza grandes voos da Bolsa”. “É natural que a Bolsa tenha uma manifestação mais presente disso (dos reflexos da crise), porque a Bolsa reage muito no curto prazo e ela pode até antecipar um ciclo de recuperação longo, mas os sinais ainda são tênues”, diz. Segundo ele, com a questão da discussão microeconômica sobre regulação, fica uma dúvida sobre qual papel é melhor para compor a carteira dos investidores. “Mesmo os papéis de consumo, preferidos nos últimos anos, não são necessariamente a vedete.”


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Com relação ao câmbio, tudo aponta para uma faixa ascensional da moeda, que alguns empresários acreditam que pode chegar até R$ 2,40. “A questão é que o governo não pode nem deixar o câmbio valorizar demais nem desvalorizar demais. Se valorizar demais prejudica toda a conjuntura, a cadeia produtiva, a exportação, e se desvalorizar demais pega na inflação”, diz.

fonte: IG ECONOMIA