sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CARRO MAIS ECONOMICO DO MUNDO


Lançamento da Volkswagen

O carro mais econômico do mundo


O carro mais econômico do mundo

Volkswagen lança o automóvel mais econômico do mundo

Híbrido XL1 pode percorrer até 111 km com apenas um litro de combustível

Thiago Vinholes | 21/2/2013 11:50
 
A Volkswagen anunciou nesta quinta-feira (21) o lançamento da versão de produção do XL1, o automóvel mais econômico do mundo. Híbrido com motor diesel e outro elétrico, o veículo pode percorrer 111 km consumindo apenas um litro de combustível. A novidade será apresentada no Salão de Genebra, na Suíça, entre 7 e 17 de março próximo, segundo aponta o website inglês Autocar – a montadora ainda esconde o jogo sobre onde o carro será revelado ao público.
Fruto de um projeto iniciado em 2002, o XL1 terá uma tiragem inicial de apenas 50 unidades. O preço, porém, ainda não foi divulgado pela fabricante alemã.
De aparência um tanto exótica, o carro super eficiente é também o veículo mais aerodinâmico já construído na história da indústria automobilística, segundo a VW. Para melhorar essa capacidade o veículo dispensou até os retrovisores externos, que foram substituídos por câmeras de vídeo.
 
 
 
 
Construído com materiais leves, como alumínio e fibra de carbono, o XL1 pesa apenas 795 kg. A carroceria, por exemplo, pesa apenas 230 kg, enquanto o conjunto mecânico marca meros 150 kg na balança.
 
A propulsão vem da combinação do bloco 0.9 litro turbodiesel de 48 cv associado ao motor elétrico com mais 27 cv, somando 75 cv. A transmissão é semi-automática de 7 velocidades com dupla embreagem, recurso que permite poupar combustível ao realizar trocas de marcha mais rápidas.
O desempenho do XL1 é até modesto. Segundo dados da marca, o veículo vai do 0 aos 100 km/h em 12,7 segundos e a velocidade máxima é limitada em 160 km/h. A VW ainda afirma que o modelo emite apenas 21 gramas de CO2 por quilômetro rodado, um dos menos índices da indústria para veículos com motores a combustão. Já a autonomia impressiona: com um tanque de 10 litros de diesel o carro pode percorrer até 1.110 km.
O veículo também circular utilizando apenas a propulsão do motor elétrica, cuja bateria íon de lítio permite um alcance de até 50 km. Nesse modo, o carro não emite nenhum agente poluente na atmosfera.
Muito compacto, com apenas 3,88 metros de comprimento e 1,15 m de altura, o XL1 é menor que um VW Polo e mais baixo que o Porsche Boxster. No interior há espaço para apenas dois ocupantes, que acessam a cabine por meio de portas no estilo “asa-de-gaivota”, e o porta-malas na traseira comporta 120 litros de volume de bagagem.
A VW ainda não informou como será o programa de comercialização do veículo, tampouco em quais países ele será vendido. Por outro lado, a marca informou que o XL1 será fabricado de forma artesanal em Osnabrück, na Alemanha.

FONTE: IG CARROS

CALCULE OS GASTOS DO SEU FILHO

Como calcular gastos em cada fase do filho

 
 

Vai ter um filho? Veja os gastos da gestação à vida adulta

Aprenda a calcular as despesas essenciais em cada fase da vida de seu filho. Educação pesa por volta de 40% das despesas

Taís Laporta- iG São Paulo |

 
Getty Images
Despesas com filhos podem ser controladas desde a gestação
O casal que espera a chegada de um filho pode não saber que, nos próximos 21 anos, terá de desembolsar entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão, dependendo de sua condição econômica e disposição para investir no futuro herdeiro. O cálculo, feito pelo professor da ESPM e presidente do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), Adriano Maluf Amui, leva em conta gastos básicos com alimentação, educação, saúde e lazer.
Na hora de fazer as contas, é preciso levar em consideração as despesas essenciais, os gastos dispensáveis e, no longo prazo, a necessidade de uma poupança. Para o educador financeiro e presidente da consultoria DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, o ideal é que o custo do filho não ultrapasse 30% da renda média líquida do casal. Do contrário, o padrão de vida pode mudar drasticamente.
Com planejamento, especialistas mostram que é possível fazer um cálculo aproximado das despesas com o filho em cada fase da vida, da gestação à vida adulta. Entram na conta, ainda, os gastos não previstos, como festas de aniversário e passeios. E, se o orçamento apertar, há duas alternativas: fazer dívidas ou rever prioridades com o supérfluo.
 
 
 
 
DA GESTAÇÃO AOS CINCO ANOS DE IDADE
 
Confirmada a gravidez, surgem os primeiros gastos. “O casal começa a pensar na decoração do quarto e na compra de roupas, fraldas e itens de higiene”, enumera Domingos, da DSOP. O chá de bebê é a primeira chance para economizar. Os presentes devem ser calculados conforme a quantidade necessária.
Exames de pré-natal costumam ir além do ultrassom. Mesmo que o casal já pague plano de saúde, os hospitais oferecem serviços adicionais, como coleta de sangue do cordão umbilical e exame de audição do bebê, como aponta Amui, da Invent. “Um DVD para entreter os pais, com o ultrassom em 3D do feto, pode custar até R$ 450”.
Mas é quando a criança nasce que as despesas pode ir além do planejado. “Os pais nunca se lembram da festa de aniversário, que pode ter bufê e palhaço, e das festas de amiguinhos, que demandam a compra de presentes”, lembra o presidente da DSOP. Ele orienta que tais gastos podem ser compensados com uma reserva financeira. Se as despesas imprevistas não couberem no bolso, o melhor é optar por alternativas mais baratas, como fazer a festa em casa.
Para o presidente do Invent, brinquedos não precisam ser caros. “O importante é que sejam estimulantes”. Outra forma de economizar, segundo ele, é com as vacinas, que são encontradas na rede pública com facilidade. Comprar muitas roupas, para o profissional, é desnecessário, porque o bebê cresce rápido e elas são descartáveis. Da mesma forma, há gastos importantes e, quase sempre, esquecidos. “Itens de segurança, como telas de proteção para janela, protetores de tomada e travas de gaveta devem entrar na conta”, completa.
Gastos essenciais: Berço, fraldas, roupas, carrinho, exames pré-natal, obstetra, pediatra, remédios, vacinas, mobília do quarto, itens de segurança na casa.
Gastos opcionais: festa em bufê, decoração, babá eletrônica, coleta de sangue do cordão umbilical, presentes de aniversário, brinquedos.
 
 
 
 
DOS CINCO AOS 10 ANOS DE IDADE
 
Nesta fase, a criança passa a ter desejos materiais mais concretos. “A geração atual é educada digitalmente e conhece os aparelhos eletrônicos. Também gosta de copiar os amigos, como os que viajam à Disney”, comenta Domingos. Para o professor Amui, há uma pressão social entre os pais. “Eles gostam de mostrar o que oferecem aos filhos”. Outro investimento que pesa são os cursos extracurriculares, como de idiomas ou esportes.
Quando as vontades do filho elevam os custos, o educador Domingos lembra que os pais fazem malabarismos, contraem dívidas ou trabalham mais. Na visão dele, em vez de atender aos impulsos de consumo da criança, o pai pode fazer uma “faxina financeira” em casa, derrubando gastos em excesso.
“Com reuniões familiares, ele deve criar na criança um desejo de realização. Se ela quer um videogame, deve saber quanto precisa economizar de água, luz e telefone para comprar o aparelho”. Assim, introduz a ideia de que toda realização exige um sacrifício.
Gastos essenciais: escola, material escolar, uniforme, saúde, alimentação, roupas, transporte escolar.
Gastos opcionais: aparelhos eletrônicos (videogames, celulares, tablets), viagens, cursos livres (idiomas e esportes, por exemplo).
 
 
 
 
DOS 10 AOS 15 ANOS DE IDADE
 
Perto da adolescência, os custos com educação pesam em cerca de 40% dos gastos totais, segundo o professor da ESPM. Ao desembolsar mais com escola, há oportunidade de reduzir outros gastos. “As despesas com telefonia diminuem quando o jovem passa mais tempo nos meios digitais, com sistemas Wi-Fi”. Por outro lado, a forte ligação do adolescente com computadores e celulares exige que os pais contratem serviços de internet, conexão 3G, e façam planos de telefonia móveis, pré ou pós pagos.
Lazer e entretenimento também engordam as despesas nesta faixa etária. Nos casos de gastos supérfluos, os pais podem dar ao filho uma mesada e passar a ele a responsabilidade de custear a diversão, recomenda Amui. Se ele gastar tudo antes do fim do mês, fica sem o lazer. Daí, ele conhece o valor de poupar. “A poupança terá um mecanismo educador e também de segurança para planos futuros”, completa o especialista.
Adriano Amui acrescenta, ainda, que viagens ao exterior podem ser reduzidas para custear o essencial, no caso de aperto financeiro entre as classes A e B. “O plano de um intercâmbio no exterior pode ser postergado por um ou mais anos”.
Gastos essenciais: escola, material escolar, alimentação, transporte escolar, vestuário, internet, aparelhos eletrônicos.
Gastos opcionais: entretenimento (cinema, festas, passeios), viagens de imersão, cursos extra- curriculares, acessórios, mesada, conta de telefonia móvel, festa de debutante.
 
 
 
 
A PARTIR DOS 15 ANOS
 
Com mesada ou até poupança no banco, o adolescente passa a escolher uma carreira. Na opinião do presidente do DSOP, pais que interferem nesta escolha podem pagar caro. “Obrigá-lo a seguir uma profissão porque dá mais dinheiro pode criar frustração”. Há um risco maior de abandonar a faculdade e iniciar outra. Aí, o desembolso também aumenta.
Pais com boa condição financeira devem avaliar a possibilidade de um intercâmbio no exterior, recomenda Domingos. “Este investimento abre muitas portas”. Criar uma poupança com anos de antecedência é uma saída para famílias com este sonho, porém menos abastadas.
Quando o filho completa 18 anos, muitos pais querem presenteá-lo com um carro. Neste caso, é bom planejar a compra com antecedência, em vez de fazer um longo financiamento. O professor Amui dá a dica. “Se você investir R$ 100 por mês desde o nascimento do seu filho, com renda de 10% ao ano, terá poupado R$ 57.670 em 18 anos”.
Durante a faculdade, o jovem tem o estágio como oportunidade de renda e aprendizado. “É essencial nesta fase e pode ser um trampolim profissional”, comenta Domingos. Se o jovem chegar à formatura sem experiência, pode ter dificuldade em conseguir trabalho. Daí, é provável que o pai tenha que custear uma pós-graduação.
Entre as famílias com renda mais baixa, o adolescente costuma perceber a necessidade de trabalhar para ajudar nas despesas de casa. “Para este público, há programas de aprendiz nas escolas públicas para jovens da classes D, que garantem renda e aprendizado precoces”, explica Domingos.
Há ainda o jovem que, mesmo trabalhando, permanece na casa dos pais – alguns até depois dos 30 anos. Para que ele conquiste a independência financeira mais cedo, os pais também pode ajudar. “É possível criar um plano B para o filho desde cedo, um projeto de vida, como economizar para comprar o próprio imóvel”, conclui Domingos, do DSOP.
 
Gastos essenciais: faculdade, pós-graduação, transporte, alimentação, roupas.
Gastos opcionais: intercâmbio no exterior, carro, entretenimento (baladas, cinema, shows).
 
 

Quanto custa um filho

Gastos totais de uma família com renda mensal de R$ 4 mil (valores em R$)
http://economia.ig.com.br/financas/2013-02-22/vai-ter-um-filho-veja-os-gastos-da-gestacao-a-vida-adulta.html
Instituto DSOP de Educação Financeira


FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ADIAMENTO DE APOSENTADORIA

Trabalhador que adiou aposentadoria pode pedir revisão do benefício

Supremo concede direito a aposentado que postergou uso do benefício na década de 70

iG São Paulo |
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (21), por 6 votos a 4, que os aposentados podem pedir revisão de benefícios já concedidos para obter renda melhor. A revisão pode ser solicitada desde que o marco temporal esteja entre a data do direito adquirido à aposentadoria e o efetivo momento que ela foi requerida, ainda que nenhuma nova lei tenha sido editada no período.

Os ministros analisaram o caso de um beneficiário que poderia ter se aposentado em 1976, mas que continuou trabalhando até 1980. Segundo cálculos feitos posteriormente, ele descobriu que seria melhor ter se aposentado em 1979 e, por isso, entrou na Justiça pedindo a revisão do benefício (entre 1979 e 1980 não houve qualquer alteração na lei). O aposentado também pedia que o cálculo do melhor benefício fosse pago retroativamente em relação às últimas décadas.


Leia mais:perdas inflacionárias geram necessidade de revisão da aposentadoria


De acordo com informações do Supremo, a aposentadoria inicial obtida pelo aposentado em 1980 foi de 47.161,00 cruzeiros. Pela revisão requerida, ela subiria para 53.916,00 cruzeiros, em valores daquela época.

Uma vez incorporado o direito à aposentação ao patrimônio do segurado, sua permanência na ativa não pode prejudicá-lo
 
No recurso, o aposentado sustentou que a Constituição Federal estabelece que um direito adquirido não pode ser modificado nem por lei. Ele também alegou que o direito previdenciário faculta ao segurado que já atingiu os requisitos mínimos para requerer a aposentadoria o direito de optar pelo momento mais benéfico.

O julgamento desta quinta começou em 2011 e tem repercussão geral, ou seja, a orientação deverá ser seguida para solucionar processos semelhantes que tramitam na Justiça. Não há dados consolidados sobre o número de ações parecidas, mas são pelo menos 400 que aguardavam uma definição do STF.

"Tenho que, uma vez incorporado o direito à aposentação ao patrimônio do segurado, sua permanência na ativa não pode prejudicá-lo", afirmou a relatora do recurso, ministra Ellen Gracie, na primeira parte do julgamento, ocorrida em 2011.

Autor do pedido de vista que interrompeu o julgamento há dois anos, o ministro Antonio Dias Toffoli nesta quinta-feira votou contra a concessão do pedido do aposentado. Para o ministro, não há qualquer ilegalidade que precise ser sanada e o segurado teve a liberdade de optar pelo melhor momento de se aposentar.

Toffoli foi seguido pelos ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. “Essa decisão joga luz de insegurança sobre o sistema em termos atuariais. Em 2012 estamos discutindo um fenômeno de 1980”, criticou Mendes.

A posição da maioria se firmou na tese de que, uma vez adquirido o direito à aposentadoria, ele pode ser desfrutado no período que seja mais benéfico para o cidadão, regra que já existe na legislação desde 1991. “Não se trata da questão de desaposentação, da pessoa que se aposenta e, em função de fatos supervenientes, novas contribuições, pretende recálculo para incorporar novas contribuições. Aqui a situação é diferente. O que se pretende é exercer um direito que se adquiriu antes de ser exercido”, explicou Teori Zavascki.

"Ele não está sendo punido por ter continuado a trabalhar?", perguntou o presidente do STF, Joaquim Barbosa, que votou a favor do aposentado.


* Com Agência Estado e Agência Brasil

FONTE: IG ECONOMIA

Neymar é apontado como "novo Pelé"


Após polêmica, Neymar é chamado de 'novo Pelé' por revista americana

Atacante do Santos estampa a capa da última edição da "Time", que aponta o craque como o "próximo Pelé"

iG São Paulo* |

Reprodução
Neymar na capa da revista Time

Após ser expulso na última rodada do Campeonato Paulista, na derrota para a Ponte Preta por 3 a 1, e receber duras críticas de Pelé, Neymar ganhou um respaldo nesta semana ao ver o seu rosto estampar a edição latina da revista Time, uma das mais conceituadas no planeta, com o título de "The Next Pelé" ("O próximo Pelé", do inglês).
 
 
 
 
A publicação faz um perfil do santista, tanto fora quanto dentro de campo, e o compara com a boa fase da economia brasileira, que nos anos que seguem deve fazer girar os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo.
 
O faturamento dos quase R$ 4 milhões mensais pelo camisa 11 também foi lembrado pela publicação.
 
 
 
 
Depois de receber o cartão vermelho no jogo contra a Ponte Preta, no último final de semana, Neymar foi ‘punido’ pelo Rei do Futebol, que vê o atacante muito preocupado com a mídia, e pouco com o time.
 
De acordo com a lenda do Santos, o atleta de 20 anos precisa deixar a vaidade de lado.
 
 
* Com Gazeta Esportiva
 

FONTE: OG ESPORTE

FERRARI DA PORCELANA A VENDA


'Ferrari da porcelana'

Fábrica falida luta para encontrar comprador





"Ferrari da porcelana" luta para encontrar comprador

Custos trabalhistas e os impostos elevados da Itália a deixaram a empresa familiar numa desvantagem nítida diante da concorrência de produtos baratos vindos da China

NYT- Elisabetta Povoledo |


NYT


Durante quase 300 anos, a fábrica Richard Ginori, instalada nesta cidade toscana, produziu singulares utensílios para mesa de porcelana, artesanais e decorados com elegância. Suas peças enfeitaram museus e as mesas dos ricos e da aspirante classe média do mundo inteiro. Em março, o Palácio Pitti, em Florença, vai exibir porcelana Ginori da época da ocupação napoleônica da Toscana.

Entretanto, tudo isso pouco consola os mais de 300 empregados da fábrica sujeitos ao desemprego. Após anos de resultados cambaleantes, a fábrica foi declarada falida em janeiro.
 
Numa recente manhã gelada, os funcionários se agruparam na entrada, esperando um novo proprietário que poderia salvar a empresa e preservar o coração desta cidade, confortavelmente grudada em Florença, onde toda família está ligada à fábrica de um jeito ou de outro.
 
"Existem leis para salvar os pandas", afirmou Valentina Puggelli, funcionária do departamento de comunicação da empresa. "Nós queremos salvar algo igualmente raro."


Como uma companhia fundada em 1735 e que suportou revoluções na indústria e nos gostos populares pode falir é tema de um debate considerável por aqui. As respostas dizem tanto a respeito do fim da Richard Ginori quanto das forças maiores que brigam praticamente contra todos os fabricantes italianos pequenos e médios numa época de competição global acentuada e crise econômica doméstica.
 
Os jantares formais estão morrendo paulatinamente e, com eles, o mercado da porcelana feita à mão, que é meticulosamente lenta e cara de produzir. A exemplo de tantas indústrias italianas de tamanho similar, a empresa enfrentou a escolha entre tentar preservar seu status – e mercado – como um produto de nicho sofisticado com a distinção de um "Made in Italy" ou explorar os gostos menos caros e genéricos do mercado global.

A fabricante optou pela segunda opção e passou a produzir artigos do dia a dia – incluindo utensílios de mesa para um brinde promocional de uma cadeia de supermercados –, colocando a empresa em concorrência direta com cerâmicas mais corriqueiras. Contudo, os altos custos trabalhistas e os impostos elevados da Itália a deixaram numa desvantagem nítida. Para muitos empregados, essa decisão leva a culpa pelo declínio da firma.

"A Richard Ginori tem de capitalizar sua alta qualidade", disse Giovanni Nencini, empregado e porta-voz do sindicato Cobas. "Nós somos a Ferrari da porcelana, mas os planos estratégicos dos últimos anos rebaixaram a qualidade da marca."

Por certo, a Richard Ginori não era a única a sofrer pressão. Tem sido uma época difícil para fabricantes de porcelana do mundo inteiro. Muitas marcas célebres – Wedgwood, Spode, Rosenthal – também não foram capazes de sobreviver num mercado inundado por utensílios de mesa funcionais e baratos, geralmente vindos da China, a criadora da cerâmica com corpo de argila branca 1.500 anos atrás.

Agora, os italianos compram cerca de 60 por cento dos utensílios de mesa da China, segundo a Confindustria Ceramica, o lobby comercial que representa 273 ceramistas italianos e seus 37 mil trabalhadores. Nos últimos meses, a associação acusou os chineses de dumping no mercado italiano, oferecendo produtos abaixo do custo de fabricação, levando a Comissão Europeia a cobrar impostos de importação – por ora, temporariamente – de até 59 por cento sobre alguns utensílios de mesa da China.

de alguns proprietários anteriores de recuperar a Richard Ginori e trazer designers de ponta, como Paola Navone, a atual diretora artística, o investimento, segundo críticos, foi insuficiente e o clima empresarial da Itália deixou a empresa capenga.

Agora, os empregados fantasiam que um novo dono trará "a mesma iluminação e coração", disse Letizia Filippini, decoradora.

Carlo Ginori, marquês florentino, abriu a fábrica original nesta cidade em 1735 após explorar a Toscana em busca de caulim, a argila branca que é o ingrediente essencial da porcelana.

O negócio floresceu e permaneceu na família até sua fusão com a Società Ceramica Richard, de Milão, em 1896, quando então se transformou na Richard Ginori. Naquela época, a empresa personalizava tudo, de utensílios de mesa para navios de luxo luxuosos a louça para hotéis de luxo e o Vaticano. Na década de 1930, ela empregava dois mil funcionários, executando as visões de Gio Ponti, um dos designers e arquitetos mais renomados da Itália.

Segundo muitos nesta cidade afirmam, o começo do fim foi 40 anos atrás, quando a fábrica se tornou apenas mais um ativo na carteira de investimentos de uma série de empresas italianas. Por fim, em maio do ano passado, os acionistas resolveram salvar-se a tempo – as dívidas somavam 75 milhões de euros – e votaram pelo fechamento.

Em novembro, liquidantes apontados pela justiça encontraram um comprador: uma joint venture entre a Lenox, empresa norte-americana de utensílios para mesa e artigos para presente, e a Apulum, produtora de cerâmica romena. Juntas, elas prometeram comprar a companhia por 13 milhões de euros, manter 90 por cento da mão de obra e investir na marca.

Como parte do acordo, o governo italiano aceitou provisoriamente renunciar a impostos atrasados em troca da propriedade do Museu Richard Ginori, próximo à fábrica e que abriga muitos milhões de euros em produtos.

Porém, o acordo fracassou depois que um tribunal florentino levantou preocupações concernentes a parte dos aspectos jurídicos. Os liquidantes têm até meados de maio para encontrar um comprador, o qual deve recomeçar a marca, reestruturar as cadeias de produção e reformar a fábrica enquanto protege os trabalhadores. Lenox e Apulum afirmaram estar preparando outra oferta conjunta.

"Continuamos comprometidos em investir na marca e manter a fábrica em Sesto Fiorentino; isso é parte integrante do nosso plano", disse William Robedee, diretor jurídico da Lenox. "A habilidade manual italiana é o DNA do negócio, é o que o torna tão atraente."

A cidade de Sesto Fiorentino pouco pode fazer para determinar o que acontecerá com a fábrica, mas o prefeito, Gianni Gianassi, insiste que ela deve continuar aqui.

"Capital estrangeiro é bem-vindo, mas as cabeças e as mãos da fábrica devem permanecer toscanas."
Enquanto isso, os empregados da fábrica choramingam em frente ao portão principal, onde cartazes pedem solidariedade e uma solução satisfatória para a fábrica. Mauro Poggiali, com 35 anos de casa, estudava um cronograma para atender pedidos em aberto do Japão, encomendados quando a fábrica estava fechada. Segundo ele, sua equipe levaria cerca de cinco dias para fabricar 11 mil peças.

"Nós somos bons. Não somos da Ginori à toa", afirmou.

FONTE: IG ECONOMIA

CORREÇÃO DO ADOBE


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  • Adobe lança correção para falha em PDFs do Reader
     
Usuários de Windows, Mac e Linux foram atingidos

 
Gizmodo
 

Adobe lança correção para falha no Reader e no Acrobat que afetou Windows, Mac e Linux

 
Nova atualização é urgente para usuários de Windows.
 
 
A Adobe lançou hoje uma atualização para uma vulnerabilidade no Reader e no Acrobat que foi descoberta na semana passada e possibilitava que o usuário perdesse o controle do computador ao abrir um arquivo PDF.
A Adobe diz que usuários de Windows têm mais urgência em corrigir as falhas – há relatos de ataques direcionados a quem usa o sistema da Microsoft. Isso não significa que usuários de Mac e Linux estejam seguros. Eles também precisam atualizar o Reader e o Acrobat, mas a Adobe ainda não ficou sabendo de ataques que exploram as falhas nesses sistemas.

Para atualizar o seu Reader ou Acrobat, abra o software, vá na aba Ajuda e depois Procurar atualizações.
 
 
Atualizado: 20/02/2013 | Por Daniel Junqueira-- Gizmodo
 
FONTE: MSN

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Consumidores brasileiros estão mais otimistas em relação às próprias dívidas

Porcentual de famílias que se considera muito endividada recuou para 11,8% em fevereiro


Agência Estado |


Agência Estado

Embora o endividamento das famílias brasileiras tenha aumentado na passagem de janeiro para fevereiro, os consumidores estão mais otimistas em relação às suas dívidas, disse Marianne Hanson, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O porcentual de famílias que se considera muito endividada recuou de 12% em janeiro para 11,8% em fevereiro. Em fevereiro de 2012, esse total era de 13%. Segundo Marianne, o resultado é sinal de que ainda há espaço para que as famílias continuem consumindo.

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Apesar do otimismo, total de famílias endividadas foi de 60,2% em janeiro para 61,5% em fevereiro

"A perspectiva é positiva por conta da inadimplência. O endividamento aumentou mais do que a inadimplência", explicou a economista. "O custo do crédito caiu bastante e a renda está crescendo mais do que a inflação. O próprio crescimento do crédito está mais compatível com o crescimento da renda", acrescentou.


Veja mais:inadimplência menor e investimento maior darão impulso ao país em 2013


O montante de famílias endividadas passou de 60,2% em janeiro para 61,5% em fevereiro. Já o total de inadimplentes saiu de 21,2% para 22,1% no período.

"Nessa época do ano, é normal ter aumento no endividamento por conta do reajuste de tarifas, da incidência de impostos e dos gastos extras com material escolar. As famílias não conseguem fechar as contas e acabam recorrendo ao crédito", contou Marianne.

Em fevereiro, a alta no endividamento foi puxada pelas famílias com faixa de renda mais baixa, de até dez salários mínimos. Nessa faixa de renda, o porcentual que declarou ter dívidas saiu de 61,5% em janeiro para 63,1% em fevereiro.

Por outro lado, houve recuo no número de endividados entre a faixa mais rica, que recebe acima de dez salários mínimos: o total de endividados passou de 54,2% para 54,0%.

FONTE: IG ECONOMIA