sábado, 23 de fevereiro de 2013

METEORITO PODE VALER MUITO DINHEIRO

DESLIGAMENTO

EMPREGO

Criação de postos de trabalho formais em janeiro tem pior desempenho desde 2009

Saldo líquido de empregos gerados no mês foi de 28,9 mil, segundo informações do Caged

Agência Estado |
 

Agência Estado

Apesar da recuperação em relação ao grande volume de demissões tradicionais feitas no mês de dezembro, o mercado de trabalho começou o ano de 2013 enfraquecido.
Agência Brasil
Comércio dispensou 67 mil funcionários a mais do que contratou no primeiro mês do ano
A criação de postos de trabalho com carteira assinada em janeiro representa o pior desempenho para o mês desde 2009, ano em que 101.748 vagas foram fechadas.
O saldo líquido de empregos formais gerados em janeiro foi de 28.900, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O número é resultado de admissões de 1.794.272 empregados com carteira assinada e desligamentos de 1.765.372. O volume de janeiro também ficou abaixo das estimativas de analistas de 13 instituições financeiras consultadas pelo AE Projeções.
As previsões iam de um saldo líquido de empregos com carteira assinada de 30 mil a 102,4 mil. Com base neste intervalo de estimativas, a mediana ficou em 50 mil. Os números não passaram por ajuste.
Em relação a 2012, o volume de empregos gerados em janeiro de 2013 com carteira assinada foi 84% menor. Em janeiro de 2012, foram criados 180.630 postos, levando-se em conta os dados ajustados, ou seja, que já incluem as informações do mercado de trabalho formal enviadas pelas empresas fora do prazo.
 
 
 
 
 
 
 
Já na comparação sem ajuste, que considera o primeiro dado divulgado pelo MTE sem a compilação das informações enviadas com atraso pelas empresas, foi constatada uma queda de 75,69% na geração de empregos com carteira em janeiro deste ano ante janeiro de 2012, quando o saldo foi de 118.895 postos.
 
 
 
Comércio

O comércio dispensou 67.458 funcionários a mais do que contratou no primeiro mês do ano. Na mesma direção, a agricultura fechou 622 postos.
A indústria de transformação, por sua vez, conseguiu sustentar a geração de empregos com carteira assinada no início de 2013, ao contratar 43.370 empregados a mais do que demitiu. A construção civil também criou 33.421 postos em janeiro. Na mesma direção está o setor de serviços, com a criação de 14.746 vagas.
Vale destacar, porém, que essa geração de vagas está bem aquém do volume alcançado no mesmo mês de 2012. Na ocasião, foram criadas 61.463 vagas, sem ajustes, ou 85.613, com ajuste.

FONTE: IG ECONOMIA

Investimentos continuarão em queda em 2013, diz banco

Segundo um levantamento do Barclays, desde dezembro de 2010 o governo decretou 42 medidas, incluindo intervencionismo, estímulos setoriais e medidas cambiais e macroprudenciais.



Marcelo Salomon e Guilherme Loureiro, do Barclays: excesso de ativismo do governo reduz espírito animal dos empresários
Marcelo Salomon e Guilherme Loureiro, do Barclays: excesso de ativismo do governo reduz espírito animal dos empresários

 


 

O nível de investimento na economia brasileira continuará em queda neste ano, estimam os economistas do banco Barclays. Esse componente foi o que mais contribuiu para o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado.
Segundo estimativas do banco, a Formação Bruta de Capital Fixo - aquisição de novas máquinas, equipamentos e instalações - terá queda de 0,9% em 2013.
O número, apesar de fraco, já representa uma aceleração em comparação com 2012. De acordo com o banco, no ano passado, o investimento decresceu em torno de 4,5%.
"Estimamos alta de 0,9% para o PIB em 2012", diz Marcelo Salomon, co-chefe de economia e estratégia para América Latina do Barclays.
Para o economista, parte dessa deterioração é explicada por uma "ressaca" do forte crescimento visto em 2010. Contudo, o excesso de intervencionismo do governo é o principal responsável pela retração do "espírito animal" dos empresários.
"A maior parte do efeito da ressaca já está para trás. Hoje o peso da incerteza é maior", acredita.
Segundo um levantamento do banco, desde dezembro de 2010 o governo decretou 42 medidas, incluindo intervencionismo, estímulos setoriais e medidas cambiais e macroprudenciais.
Algumas das medidas mais recentes, como a renovação antecipada das concessões de eletricidade, são as que mais assustam.
"Isso trouxe uma expectativa de qual será o próximo setor a ser penalizado para diminuir o custo Brasil", diz Salomon.
O Brasil deve ver uma retomada do crescimento neste ano, mas a tendência de longo prazo da economia está mais baixa.
Segundo Guilherme Loureiro, estrategista do banco para mercados emergentes, a economia deve crescer 3% neste ano, acelerando para 3,5% em 2014. Essa estimativa de reaceleração gradual já supõe um menor ativismo governamental, além dos efeitos dos juros mais baixos.
"A recuperação será muito gradual", diz Loureiro.
Para os economistas, a saída para aumentar o potencial de crescimento do país seria o compromisso do governo com uma agenda de longo prazo, e não apenas intervenções pontuais. "O México vem fazendo uma agenda de reformas estruturais. E há outras medidas por vir", compara.



Juros

Após uma recente mudança de tom na comunicação do Banco Central (BC) com o mercado, restam dúvidas se a autoridade monetária estaria realmente disposta e autorizada a apertar as condições monetárias no caso de uma escalada da inflação.
Para Salomon, o BC endureceu o discurso, mas aposta suas fichas no recuo da inflação. "Há hoje um grande ponto de interrogação sobre a política monetária", diz.
A última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) revelou uma preocupação maior com a alta de preços. Além disso, declarações públicas do presidente do BC, Alexandre Tombini, reforçaram esse tom.
"Está em curso um processo de reconstrução da credibilidade do BC", diz.
O cenário central do banco é de que a inflação vai arrefecer nos próximos meses, o que eliminaria a necessidade de uma alta nos juros neste ano. A previsão do Barclays é de que a alta do IPCA em 12 meses fique em torno de 6% até o terceiro trimestre, quando a taxa deve recuar e fechar o ano em 5,5%.
Contudo, tudo dependerá do comportamento dos próximos indicadores. Nesta manhã, foi revelado que o IPCA-15, prévia da inflação oficial, avançou 0,68%, acima das expectativas de mercado, de 0,60%.
O número deve pressionar a autoridade monetária. "Teremos que ficar atentos à comunicação do BC", diz Loureiro.


Felipe Peroni (fperoni@brasileconomico.com.br)
22/02/13 17:25

FONTE: IG - BRASIL ECONOMICO

DINHEIRO SOBRANDO

    estadao.com.br (© Grupo Estado - Copyright 1995-2010 - Todos os direitos reservados.)
     

    USP, Unesp, Unicamp e Fapesp têm juntas sobra de R$ 7 bilhões em caixa

     

    Reserva financeira das universidades estaduais e da agência de fomento à pesquisa irrita Alckmin, que questiona por que dinheiro não é investido


    As três universidades públicas paulistas - USP, Unesp e Unicamp - encerraram o ano fiscal de 2012 com R$ 6 bilhões em caixa. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) também tinha saldo positivo em 31 de dezembro, de R$ 1,02 bilhão. Os números foram apresentados em janeiro ao governador Geraldo Alckmin. Segundo aliados, ele reagiu com irritação, por julgar que as instituições deveriam investir mais em infraestrutura e na ampliação de projetos.
    Os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem) de São Paulo. A principal fonte de recursos das universidades e da Fapesp é o repasse de 10,57% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido pelo governo. Quanto maior a arrecadação, mais dinheiro entra nos cofres das instituições.
    A avaliação de parte do governo é de que os contribuintes estariam pagando um tributo que não estaria sendo utilizado.
    Alckmin teria ficado incomodado com o fato de que dirigentes das instituições costumam brigar por cada centavo de seus orçamentos. O dinheiro, no entanto, fica parado, sob a alegação de que a maior parte está comprometida com despesas já assumidas. A reserva também serviria para cobrir eventuais quedas de receita em decorrência de variação da arrecadação do ICMS (mais informações nesta pág.).
    Por seu tamanho, a USP recebe a maior fatia do repasse do imposto (5,029%). É também a universidade com o maior colchão financeiro: fechou 2012 com R$ 3,4 bilhões em caixa (acumulados ao longo dos anos). É uma sobra que quase se equivale ao orçamento anual da instituição. Para 2013, ele é de R$ 4,3 bilhões, dos quais 93% vão para gastos com pessoal.
    O investimento em outras áreas teve desaceleração e até queda, como uma reportagem do Estado mostrou em janeiro. O orçamento de obras para este ano, por exemplo, caiu 10,7% na comparação com 2012. O alto custo com salários, benefícios e aposentadorias já leva o reitor João Grandino Rodas a cogitar buscar recursos em outras fontes, entre elas a iniciativa privada, caso a universidade "precise de mais do que recebe".
    Poupança. Integrantes do governo paulista dizem que o montante à disposição das quatro instituições se acumulou ao longo dos últimos anos. Sendo que só em 2012, com o rendimento da "caderneta de poupança" de 10% a 12%, foi possível economizar cerca de R$ 650 milhões.
    O secretário estadual da Fazenda, Andrea Calabi, afirma que a economia feita pelas instituições é positiva, pois permite que elas mantenham uma situação confortável em seus caixas. "A parcimônia na gestão de caixa de todas as entidades públicas não é malvista pelo Tesouro. É claro que o objetivo é executar seus programas, mas a parcimônia é bem-vista quando tem caráter de precaução", diz.
    Questionado sobre o desempenho administrativo das instituições, Calabi foi sucinto: "A execução dos programas sempre está aquém do desejado. Sempre buscamos mais realizações."
      Atualizado: 23/02/2013 02:05 | Por BRUNO BOGHOSSIAN, CARLOS LORDELO, estadao.com.br
      FONTE: ESTADÃO - MSN

    PISTAS DE POUSO

    sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

    Profissional 'offline' ainda pode ser encontrado

    Profissional desconectado ainda existe no mundo real

    Motivos são idade avançada, falta de familiaridade, resistência ao novo e tendência à inércia comportamental

    Brasil Econômico- Vanessa Correia |
     

    Brasil Econômico


    Executivos pouco ligados à tecnologia são raridade hoje em dia. Mas é possível encontrá-los. Renata Bernhöeft, sócia-líder de uma consultoria de transição de gerações, só tem celular corporativo, não dorme com o aparelho ligado e adora fazer anotações em blocos de papel. “Não preciso da tecnologia para viver”, diz.

    Renata, de 42 anos, pode ser considerada uma exceção à regra, já que teria o perfil típico de quem se apoia na tecnologia para cumprir seus compromissos profissionais e pessoais. “Podemos dizer que 60% dos profissionais estão sim conectados e procuram cada vez mais a tecnologia para facilitar seu dia a dia de trabalho — principalmente por meio de smartphones e tablets. Entretanto, outros 40% estão se adequando a nova realidade, ainda que muito lentamente. E os motivos são idade avançada, falta de familiaridade com o computador, resistência ao novo e comportamento repetitivo”, afirma Marcela Buttazzi, sócia da MB Coaching.

    Ainda segundo ela, executivos que atuam em empresas ou segmentos de mercado em que a tecnologia é escassa ou influencia muito pouco a rotina do dia a dia podem dispensar o uso de smartphones e tablets em sua profissão, embora acredite que um líder desconectado possa influenciar negativamente sua equipe. “Geralmente o profissional desconectado é mais lento em suas tarefas em comparação ao conectado. Em contrapartida, pode ser mais detalhista que o conectado”, pondera Marcela.

    E é justamente essa característica que atrai Renata. “Nenhuma tecnologia, até hoje, conseguiu substituir o contato pessoal e a possibilidade de ler o que está nas entrelinhas das conversar. Nem mesmo ferramentas de videoconferência”, ressalta a sócia da consultoria höft - bernhoeft & teixeira.
    Contudo, é preciso organização e disciplina caso tenha feito essa opção. Renata, por exemplo, prefere agenda de papel à eletrônica. Mas, para mantê-la atualizada, checa de três e três dias a agenda de compromissos no computador do escritório, atualizada pela sua secretária. Caso queira incluir uma consulta médica ou outro compromisso precisa ligar para sua assistente para que faça a inclusão.

    Outra vantagem apontada por ela em ser desconectada é estar mais próxima de amigos e familiares. Em aniversários e datas comemorativas ela prefere telefonar ao invés de enviar uma mensagem por meio de redes sociais. “Não tenho perfil no Facebook. Se quiser que meus pais vejam as fotos da minha filha enviarei somente para eles ou para um grupo familiar, via e-mail. Também acho que o fato de estar disponível a todos os meus contatos ao mesmo tempo afasta o contato pessoal. Com uma única pessoa”, destaca Renata, que chegou a comprar um tablet, mas não conseguiu usar e acabou dando à filha.



    Desvantagens

    A sócia da MB Coaching não vê vantagens em um profissional ser desconectado. “A não ser que o indivíduo tenha 80 anos ou mais e leve outro ritmo de vida, por opção. Mas todos nós sabemos que a tecnologia também auxilia a terceira idade, inclusive, em possuir um celular sempre à mão, se manter atualizado na internet, novos passatempos no computador, entre outros.”

    Marcelo Cuellar, headhunter da consultoria em recursos humanos Michael Page é menos radical. “Quem não usa e-mail, smartphones ou tablets precisa se organizar de outro jeito. Acredito muito que a maneira que traz mais efetividade à conduta do profissional é a ideal, mesmo que isso signifique ser desconectado”, afirma o especialista.

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    FONTE: IG ECONOMIA