terça-feira, 5 de março de 2013

NOVA GERAÇÃO NOS EUA

Para geração com 20 e poucos anos, ambição tem preço

Jovens têm baixo salário, longa jornada e ficam disponíveis 24h por dia para subir na carreira

NYT- Teddy Wayne |
NYT


Cada geração tem seu próprio hino para representar a jornada que vai da ingenuidade juvenil à realidade adulta, seja "Old Man", de Neil Young, "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana, ou, mais recentemente, talvez, a canção "22", de Taylor Swift.
"Hoje é a noite em que esqueceremos os prazos", ela canta. "Parece uma daquelas noites, em que não vamos dormir."
Mas não é tão fácil para os fãs menos afluentes de Swift esquecer os prazos, como é para a cantora e compositora agora um pouco mais experiente aos 23. Noites sem dormir são mais prováveis porque estão trabalhando, e não em alguma casa noturna.
Deidre Schoo/The New York Times
Casey McIntyre, uma editora de livros que aposta em grandes doses de café para aguentar longas jornadas
"Se eu não estou no escritório, eu estou sempre no meu BlackBerry", disse Casey McIntyre, 28, uma editora de livros de Nova York. "Eu nunca sinto que estou totalmente fora do trabalho."
McIntyre é apenas uma jovem da geração agora com 20 e poucos anos - uma população historicamente explorado como mão de obra barata - a descobrir que longas horas e baixos salários vão de mãos dadas na classe criativa. A recessão não facilitou a entrada em posições iniciantes, onde centenas de candidatos disputam por estágios não remunerados em que precisam estar sempre com o iPhone na mão, usando o Twitter e representando sua empresa em todas as horas.
"Precisamos contratar um 22-22-22", explicou um gerente de novas mídias recentemente, significando um jovem de 22 anos de idade, disposto a trabalhar 22 horas por dia por US$ 22.000 ao ano. Talvez o período de trabalho seja um exagero, mas os demais certamente não são. De acordo com um relatório de 2011 do Centro Pew, o valor médio líquido de chefes de família com menos de 35 anos caiu em 68% de 1984 a 2009, chegando a apenas US$3.662. Antes que você pense que é um mero efeito colateral da crise econômica, para aqueles com mais de 65 anos, ele subiu 42%, para US$170,494 (em grande parte por causa de um ganho global nos valores de propriedades). Por isso, 1,2 milhões a mais de jovens de 25 a 34 anos de idade viviam com seus pais em 2011 em relação a quatro anos antes.
Deidre Schoo/The New York Times
Ross Perlin, autor do livro "Nação Estagiária"
Uma vaga publicada recentemente pela Dalkey Archive, uma editora de vanguarda de Champaign, Illinois, em busca de estagiários não remunerados para seu escritório em Londres, denota as exigências bizarras feitas aos jovens funcionários. A descrição dos motivos para "demissão imediata" incluíam "chegar mais tarde ou sair mais cedo, sem autorização prévia", "estar indisponível durante à noite ou nos fins de semana" e "não responder a e-mails em tempo hábil."
"A noção de trabalho de nível iniciante tradicional está desaparecendo", disse Ross Perlin, 29, o autor de "Intern Nation" (Nação Estagiária, em tradução literal). Estágios os substituíram, disse ele, "mas também bolsas e outros títulos que soam nebulosamente prestigiosos e pagam pouco, o que significa que você ganha menos de US$ 15.000 por ano".
Antes um compromisso de curto prazo, no máximo, os estágios se tornaram um rito de passagem obrigatório, que muitas vezes se arrastam por anos.
"Particularmente em algumas profissões mais rock-star - cinema e TV, editoração e mídia - as empresas pressionam para ver o que podem conseguir dos jovens com pouco investimento", disse Perlin. "E as pessoas estão desesperadas o suficiente para aceitar isso."
Isso é o que Katherine Myers, 27, descobriu quando se formou na faculdade em 2008. Após meses de busca, ela conseguiu uma posição como coordenadora de desenvolvimento em um canal a cabo em Nova York.
"Eu estava disposta a aceitar qualquer coisa", disse. "Eu nunca almoçava, chegava mais cedo e trabalhava até tarde."
Ainda assim, sua experiência foi mais agradável do que a de dois de seus amigos que, sucessivamente, trabalharam para uma grande produtora de cinema.
"No ano passado, nós fizemos uma festa de aniversário surpresa para um deles e ele não pode aparecer porque o seu chefe o chamou para acompanhar uma cabine", disse. "Durante um ano nós nunca o vimos. Ele levantava às cinco e ficava no trabalaho até à 1h."
Mas Myers, agora em uma posição hierarquicamente superior no site CollegeHumor, está empenhada em seu campo, assim como Cathy Pitoun, 25. Há dois anos, como assistente de produção em uma empresa de Culver City, na Califórnia, que corta trailers de filmes, Pitoun ganhava US$ 10 por hora sem benefícios, com plantão aos fins de semana. Depois de seis meses, ela foi promovida a uma posição "onde qualquer erro era motivo para demissão", observou ela, e recebeu um aumento para US$ 12 por hora com benefícios. Ela estima que trabalhava pelo menos 60 horas por semana.
"Havia dias em que eu trabalhava até às 4h só para enviar um comercial de tevê para um cliente no Japão e depois tinha de que acordar quatro horas mais tarde para um dia totalmente novo", disse Pitoun, "e dias que eu tinha de estar no trabalho às 5h para fazer gravacões de voz com atores da Europa para compensar a sua mudança de horário e ainda ficava até às 21h."
Seu investimento, como Myers, valeu a pena: ela é agora o assistente do diretor-executivo, embora saiba que o caminho para a produção, seu objetivo a longo prazo, "vai piorar antes de melhorar", explicou.
O trabalho de Pitoun certamente teria sido menos exigente na era pré-Internet e smartphones. Se ela desligava o telefone por algumas horas, seu aparelho ficava inundado com e-mails, mensagens de texto e chamadas não atendidas.
"Eu tinha de estar ao alcance 100% do tempo, mesmo aos sábados e domingos", disse, "então eu costumo usar os fins de semana para fazer as tarefas em torno de meu apartamento e esperar que o telefone toque."
McIntyre, a editora, estima que recebe de 300 a 400 e-mails por dia e tenta responder a pelo menos 80% deles. Como tem energia para essa digitação incessante, sem mencionar as 16 horas por dia viajando em turnê com os autores?
"Eu tomo café antes de sair de casa, há um Dunkin'Donuts convenientemente na estação de metrô onde eu desço e eu recebo um outro café durante o dia", disse ela. "E eles são cafés grandes."
Para complicar as coisas há o fato de que não se sabe ainda como quantificar ou definir o trabalho digital. Muito menos e-mail.
"Twitter é trabalho? Facebook é trabalho?", questiona Perlin.
Ironicamente, os millennials, frequentemente responsáveis por monitorar mídias sociais e e-mails de maneira contínua, podem estar subestimando o valor de tal trabalho. Seus hábitos de consumo de cultura gratuita na Internet, sugeriu ele, "transitaram para o mundo do trabalho, de modo que estão mais dispostos a aceitar a troca ou o pagamento em espécie", como almoços grátis. E o seu pagamento principal é a construção de "capital cultural" em oposição a "capital do capital".
Nestas profissões casuais as empresas também "têm tentado romper com o pesadelo da homogeneização da década de 1950", disse Perlin, substituindo cubículos com mesas de pebolim e outros apetrechos para aliciar trabalhadores a ficarem até mais tarde e a criarem vínculos com os colegas de trabalho.
"Mas nós temos algo mais sinistro agora", disse. "As pessoas estão trabalhando muito mais e estão convencidas a investir-se de corpo e alma. Existe uma tentativa de tentar fazer você esquecer a diferenciação entre o seu local de trabalho e a sua casa - quem são seus colegas de trabalho e quem são seus amigos?"
Filhos de pais mais investidos, que foram sobrecarregados desde a creche, podem achar especialmente difícil definir limites profissionais. Como parte da geração "que tem sido ensinada a se envolver em trabalhos por amor", disse Perlin.
"Você não pode conseguir um emprego, dizendo: 'Eu só quero um emprego'", disse. "Seu coração tem que estar nele e você tem que demonstrar isso ficando até tarde ou respondendo e-mails às 23h".
Nathan Weber/The New York Times
Lucy Schiller, 24, que passou por vários estágios até voltar para a casa dos pais
Este compromisso é o que Lucy Schiller, 24, demonstrou ao longo de dois anos em Denver e São Francisco, mas nada funcionou. Schiller cai na categoria que Perlin define como "estagiário em série". Ela trabalhou como garçonete das 04h45 às 15h quatro dias por semana por um salário mínimo, enquanto fez estágios não remunerados em cinco instituições artísticas e culturais.
Perlin destacou que "alguns estudos mostram que esses jovens trabalham em oito ou nove empregos em um curto período de suas vidas, o que economistas veem como uma coisa boa, mas eles não analisam o estresse pessoal que é necessário."
Os pais de Myers, também, "apreciam e incentivam a filha, mas ficam perplexos com" a sua carreira no mundo do entretenimento, disse.
"Eles não acreditam que eu esteja no caminho para algo", disse ela. "Eles acham que não faz sentido a menos que você ganhe algum dinheiro.
"Essa é uma questão legítima", ela continuou. "Eu vou completar 30 anos nos próximos anos e é difícil ser jovem e ver a diferença entre a minha posição no setor e a de outros que estão tão bem. Para sair da cama todas as manhãs, eu tenho que pensar que eu vou ser uma dessas pessoas. Mas acontece que sou uma pessoa delirantemente positiva".

Por Teddy Wayne

FONTE: IG ECONOMIA

IR 2013: ANTECIPAÇÃO

Imposto de Renda: vale antecipar restituição?
 


É vantajoso antecipar a restituição do IR?

Compare os juros mensais cobrados pelos bancos em 2013 e descubra em que casos é bom negócio optar por esta linha de crédito

Taís Laporta- iG São Paulo |

Getty Images
Restituição antecipada é opção para quitar dívidas com juros mais altos

Quem quiser antecipar o recebimento da restituição do Imposto de Renda em 2013 já pode comparar as taxas oferecidas pelos bancos para obter o empréstimo. Com valores reduzidos em relação a 2012, as linhas de crédito oferecem juros mensais entre 1,59% e 2,99%. No ano passado, a cobrança da taxa chegava a 3,59% ao mês.
Banco do Brasil, HSBC, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander já divulgaram os limites de financiamento e os juros cobrados. A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou que deve anunciar seus valores até a próxima quinta-feira (7).
Todos os bancos aceitam financiar até 100% do valor a ser pago pela Receita Federal. O Bradesco, contudo, só oferece o benefício para clientes com conta salário. Para os demais, o limite do crédito do banco é de 80% da restituição. A dívida é quitada em parcela única no dia do pagamento da restituição ou até uma data estabelecida pelo banco. Os valores financiados têm limite mínimo de R$ 100 e máximo de R$ 30 mil (veja a tabela e compare os valores nos principais bancos *).



COMPARE OS VALORES OFERECIDOS PELOS BANCOS:

BANCORESTITUIÇÃO (%)LIMITE DO EMPRÉSTIMOJUROS MENSAIS
Banco do BrasilAté 100%Até R$ 20 milA partir de 2,13%
SantanderAté 100%A partir de R$ 100A partir de 1,59%
HSBCAté 100%De R$ 300 a R$ 300 mil2,99%
Itaú UnibancoAté 100%A partir de R$ 500A partir de 1,9%
BradescoAté 100% (conta salário); até 80% (demais clientes)
Até R$ 20 milA partir de 1,89%
CaixaA definirA definirA definir
* Valores pesquisados pelo IG


Para ter acesso ao crédito, o cliente deve possuir uma conta corrente no banco escolhido. No Santander e no HSBC, o empréstimo é sujeito a aprovação. Em bancos como Itaú e Bradesco, o crédito é pré-aprovado. Nestes casos, é preciso apresentar documentos pessoais – como CPF e comprovante de residência – e uma cópia da declaração do Imposto de Renda 2013, preenchida com os dados da conta na qual será feita a devolução do imposto.
Apesar da facilidade em obter o crédito, ele só é recomendado para quem tem urgência em quitar dívidas com juros muito altos, segundo Wilson Muller, consultor do Vida Investe e educador financeiro da Fundação Cesp. "Este tipo de empréstimo só é vantajoso para quem paga juros maiores aos da antecipação pelos bancos, como dívidas do cartão de crédito e do cheque especial, que têm taxas em torno de 8%".




BOM NEGÓCIO?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O professor de Mercado Financeiro e de Capitais da Trevisan Escola de Negócios, Helvídio Prisco, concorda. “A antecipação é válida para trocar uma dívida cara por outra mais barata, comparando os juros do antigo e do futuro financiamento", analisa. Se a taxa oferecida for menor, pode ser um bom negócio.
Já quem pretende comprar algum bem com a restituição antecipada, como eletrônicos ou móveis, pode encontrar opções de crédito mais baratas no mercado, aconselha Muller, da Cesp. “O crédito consignado, por exemplo, tem juros bem mais vantajosos (0,75% ao mês para os beneficiários do INSS) que os oferecidos pela antecipação”, diz.
Se a intenção do empréstimo é comprar um carro, Prisco, da Trevisan, lembra que as taxas de financiamento no mercado estão mais baixas, entre 1,07% e 1,53% ao mês. Com juros mensais a partir de 1,59% na linha de crédito da restituição, pode ser mais vantajoso financiar o automóvel pela via tradicional.



MALHA FINA

O maior risco em antecipar a restituição pelos bancos é cair na malha fina e, por consequência, ter o pagamento barrado pela Receita Federal. Neste caso, os bancos vão debitar o valor devido da conta do cliente e cobrar uma nova dívida, a juros mais altos. “Por isso é fundamental preencher a declaração corretamente, a fim de evitar problemas com o Leão e com o banco onde foi obtido o crédito”, completa Prisco.



FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 4 de março de 2013

IR 2013: IMÓVEL FINANCIADO

VISUAL CORPORATIVO

CIDADE DE SP É TOP 20 !!!

FORBES: EIKE BATISTA & SILVIO SANTOS

fonte: MSN

IR 2013: INFORME DE RENDIMENTOS

Veja como obter os informes de rendimentos do IR 2013

Saiba o que fazer se a fonte pagadora deixar de fornecer os comprovantes ou enviar valores incorretos. Multa é de R$ 41,43 por cada informe não fornecido

Taís Laporta- iG São Paulo |





























As fontes pagadoras de rendimentos tributáveis do Imposto de Renda 2013, ano-base 2012, tiveram até quinta-feira (28 de fevereiro) para enviar os informes ao contribuinte. Após a data, quem não recebeu os documentos deve entrar em contato com a empresa responsável e solicitar os comprovantes com urgência.
“Caso o pedido não seja atendido, o contribuinte deve comunicar o fato à secretaria da Receita Federal de sua região, para que sejam tomadas as medidas legais”, orienta a advogada tributária e sócia do Glézio Rocha Advogados, Fabiana de Almeida Chagas.
Se o contribuinte notar nos comprovantes fornecidos algum erro de informação – como salários que não foram pagos ou rendimentos isentos colocados como tributáveis –, deve pedir um novo informe com as devidas correções, explica a tributarista. “Se não houver a possibilidade de a fonte pagadora fornecer um novo informe de rendimentos, o declarante deve utilizar seus próprios comprovantes mensais”.
Neste caso, porém, a Receita pode pedir esclarecimentos ao contribuinte e o resultado pode ser a malha fina – quando a Receita detém a restituição, até resolver a pendência. Já a fonte pagadora que não cumpriu com sua obrigação será multada em R$ 41,43 por cada informe que deixou de entregar, lembra Vanessa Miranda, gerente da consultoria tributária de imposto de renda da Thomson Reuters Fiscosoft.
A Receita Federais também aplica uma multa de 300% sobre o valor que for declarado indevidamente para reduzir o imposto sobre a renda, sem contar as possíveis penalidades administrativas ou criminais.
Em todos os casos em que os rendimentos forem isentos e não houver retenção na fonte – como os informes de contas correntes de bancos, créditos da Nota Fiscal Paulista ou reembolsos de planos de saúde –, fica a cargo do contribuinte pedir todos os comprovantes à empresa ou órgão responsável, lembra Vanessa.
“O banco ou outra instituição é obrigado a disponibilizar os informes por qualquer meio: seja pela página na internet, por email ou correspondência”, completa a especialista. Segundo Vanessa, não importa o meio de divulgação: a informação deve chegar ao contribuinte, por lei, da forma que for.



COMO DECLARAR

No programa de declaração da Receita Federal de 2013, o contribuinte deve informar seus ganhos na ficha “Rendimentos Tributáveis, Deduções e Imposto Retido na Fonte”, sem esquecer dos pagamentos de férias e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – que este ano tem rendimentos isentos de até R$ 6 mil. Os demais pagamentos recebidos em 2012 que não deduzam o IR devem ser preenchidos na ficha “Rendimentos isentos e não tributáveis”.
Com todos os documentos em mãos e valores conferidos, fica mais difícil cair na malha fina. Mas se a declaração estiver fora da conformidade, o Leão pode pedir satisfação, adverte a tributarista Fabiana. “Isto costuma ocorrer com contribuintes que deixam a declaração para a última hora. Quando percebem que falta comprovantes, pode ser tarde demais”.

FONTE: IG ECONOMIA