segunda-feira, 22 de abril de 2013

5 opções de investimento para quem perdeu dinheiro na Bolsa

Consultores listam alternativas para o pequeno investidor recuperar o prejuízo no mercado de ações ou proteger seu capital após perdas recentes



Taís Laporta- iG São Paulo |

Thinkstock/Getty Images
Renda fixa, Tesouro Direto e mercado de opções são as apostas para compensar perdas na Bolsa

Quem perdeu dinheiro na Bolsa de Valores pode contar com investimentos alternativos, dentro e fora do mercado de ações, para tentar recuperar o prejuízo ou, pelo menos, proteger seu capital daqui para frente. Segundo especialistas ouvidos pelo iG, as apostas variam de títulos de renda fixa ao mercado de opções, a depender do perfil do pequeno investidor.
Com perda acumulada de 7,55% no primeiro trimestre deste ano, o índice Ibovespa teve o pior resultado do período em 18 anos – que tende a afugentar os mais conservadores. Para os que não suportam riscos, perdas momentâneas de capital podem ser decisivas para sair do mercado de ações.
Antes de tomar uma decisão equivocada, confira as principais alternativas de investimentos apontadas por economistas, de acordo com o perfil do investidor (conservador, moderado ou agressivo) e o tempo em que pretende investir (curto, médio ou longo prazo). Conheça suas vantagens e riscos implicados e avalie se é bom negócio optar por um deles:


1 - TESOURO DIRETO

Se o objetivo for fugir do alto risco e garantir ganhos no curto prazo, ainda que modestos, o investidor pode aproveitar a possível tendência de alta da taxa básica de juros, a Selic, para investir em títulos pós-fixados, que acompanham a variação da taxa de juros, recomenda o economista-chefe da HPN Invest, Edgar de Sá.
Um exemplo são as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), do Tesouro Direto, títulos públicos de dívida do governo. Segundo Sá, para o longo prazo, as Notas do Título Nacional - série B (NTN-B), que pagam juros com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais juros fixos, são os papéis mais recomendados.
“É preciso levar em conta que o Imposto de Renda incide sobre os títulos do Tesouro, regredindo de 22,5% a 15%, com o tempo do investimento”, observa o especialista.



2 - RENDA FIXA

Embora o mercado de renda fixa apresente retornos menores com a queda gradual da Selic, desde 2011, o professor da BBS Business School, Guilherme Campos, acredita que este é o investimento ideal para quem quer proteger seu capital das oscilações do mercado, como a alta da inflação, e manter o patrimônio conquistado. “Se você quer conservar seu dinheiro, vá para a renda fixa”, recomenda.






Segundo o acadêmico, investir em CDBs (Certificados de Depósito Bancário) ou LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), que pagam uma porcentagem do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e não têm taxa de custódia, é boa alternativa para os conservadores. “A vantagem da LCI é que ela é isenta do Imposto de Renda. Mas é preciso pesar o custo total do investimento, para que ele não anule os rendimentos”, adverte Campos.
Para Sá, da HPN Invest, a estratégia de apostar em ganhos com a possível curva ascendente da Selic, no curto prazo, também vale para CDBs e LCIs, contanto que o investidor faça uma análise dos custos totais da aplicação e não leve em conta apenas o rendimento.



3 - IMÓVEIS

Este é um mercado que gerou ganhos excepcionais para investidores nos últimos anos, em razão da forte valorização nos preços imobiliários em todo o Brasil. No entanto, ganhar muito dinheiro com imóveis ficou mais difícil, explica Campos, da BBC Business School.
Enquanto o período de grandes altas chega ao fim, segundo ele, o retorno do aluguel pode não compensar frente aos riscos. “O inquilino pode deixar de pagar, quebrar o contrato antes do vencimento e também deteriorar o imóvel, exigindo um investimento futuro em reforma”, avalia o especialista.



4 - MERCADO DE OPÇÕES

Para o investidor com apetite para ganhos maiores e mais disposto ao risco – agressivo ou arrojado –, uma alternativa é permanecer no mercado de ações, apostando em operações que ajudam a proteger o capital, como o mercado de opções, segundo Sá, da HPN Invest.
O empresário Rodrigo Barros, de Nova Friburgo (RJ), está entre os investidores que aproveitam o momento de baixa nos preços das ações para investir em opções no iBovespa. “Consigo proteger bastante meu capital das perdas e recomendo a estratégia a outros investidores”, diz.
O mercado de opções é um mecanismo de controle de risco, que permite comprar e vender ações numa data futura por um preço pré-acordado, apostando na queda ou valorização dos papéis. Ou seja, é possível ganhar mesmo com uma baixa.
A opção de venda, por exemplo, permite recuperar um valor combinado pelo ativo, mesmo se houver desvalorização. Na compra, também há garantia de um preço fixo dos papéis. Quem vende as opções é obrigado a pagar o valor prometido pela ação, e quem as possui paga um custo adicional pelo direito desta compra.
“A estratégia consiste em utilizar o saldo (prêmio) desta operação e comprar mais ações da empresa na qual se investe, para recuperar o investimento mais rápido”, explica o economista da HPN.



5 - RENDA VARIÁVEL NO LONGO PRAZO

As perdas recentes no mercado de ações não vão tirar o sono do investidor que tiver paciência para segurar seus investimentos por meses ou até anos, na opinião de Campos, da BBS Business School. “Só perderá dinheiro quem fizer o resgate no momento de baixa. Normalmente, os investidores recuperam as perdas no longo prazo”, explica.

FONTE: IG ECONOMIA

IR 2013: COMO FAZER SUA DECLARAÇÃO PASSO A PASSO

Dúvidas sobre o imposto de renda? Envie suas perguntas para impostoderenda@ig.com.br



1. Tela de abertura

Na primeira tela, o contribuinte deve escolher se prefere criar uma nova declaração ou importar dados da declaração ano anterior.

Se escolher a segunda opção, uma nova janela permitirá que busque em seu computador o arquivo do ano anterior. Com isso, dados básicos de cadastro e a relação de bens já serão completados automaticamente. Assim, não será preciso digitar diversas informações novamente. Os dados importados, entretanto, podem ser alterados manualmente caso tenham sofrido alterações de um ano para outro.

Caso não queira importar os dados antigos, basta clicar na primeira opção. Na janela seguinte, o contribuinte deve preencher o CPF e o nome para fazer a declaração anual do imposto de renda, a declaração de espólio (caso o contribuinte tenha morrido) ou a declaração de saída definitiva do País (para quem não vai mais viver no Brasil).



Um aviso automático diz que o contribuinte poderá, a qualquer momento, comparar se vale a pena fazer a declaração completa ou simplificada. O imposto a pagar – ou restituição a receber – aparecerão no canto inferior esquerdo da tela.

Para preencher a declaração do IR 2013, o contribuinte deve passar por todas as fichas, uma a uma, no menu do lado direito da tela do programa. Se preferir, pode selecionar as fichas no menu superior, no item “Fichas”. É possível selecionar qualquer ficha a qualquer momento, mas especialistas aconselham que o preenchimento seja feito na ordem sugerida pela Receita, para facilitar o processo.
próxima

fonte: IG ECONOMIA

domingo, 21 de abril de 2013

IR 2013: Declaração enviada ao BC não dispensa IR

 
 
Declaração enviada ao BC não dispensa IR


Especialista explica a diferença entre Declaração Especial ao BC e ao Imposto de Renda; prazo para enviar a declaração do IR 2013 termina no dia 30 de abril

Leia mais:

  • Tire suas dúvidas sobre o imposto de renda
  • Entenda como declarar imóveis no IR
  • Baixe os programas da Receita para declarar
  •  
    fonte: MSN

    IR 2013: INDENIZAÇÕES

    Imposto de Renda: indenização deve ser informada à Receita

    Apesar da isenção de imposto, consultores afirmam que todo pagamento recebido de compensação por perdas deve ser preenchido na declaração ao Fisco

     
    Taís Laporta- iG São Paulo |

    Thinkstock/Getty Images
    Isenção do Imposto de Renda não desobriga que o contribuinte informe o rendimento ao Fisco

    Embora seja isento de tributos, o dinheiro recebido de indenizações – seja o prêmio de seguros ou de ações judiciais – deve ser informado à Receita na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda.
    A gestora da Árbor Contábil e parceira da Investmania, Meire Poza, discorda de afirmações como a do diretor-presidente da Seguradora Líder DPVAT, administradora desta modalidade de seguro no Brasil, de que o valor recebido, por ser uma verba indenizatória, não precisa ser declarado.
    O pagamento do DPVAT, o seguro do trânsito, é de R$ 13.500 em caso de morte ou invalidez permanente e de R$ 2.700 para cobrir despesas médicas ou hospitalares decorrentes de um acidente.

    Visite a página do iG sobre Imposto de Renda

    “Considerando que a declaração do IR nada mais é do que um demonstrativo do que ganhamos e fizemos com este dinheiro durante o ano, qualquer valor deixado de fora pode dar diferença em algum momento e indicar que o contribuinte faltou com a verdade”, explica a especialista.
    Vagner Jaime Rodrigues , especializado em finanças pela FAAP e mestre pela FECAP, compartilha da opinião e acrescenta que os valores das indenizações devem ser declarados na linha 24 (Outros) da ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, especificando o valor do rendimento recebido e sua origem.

    FONTE: IG ECONOMIA

    sábado, 20 de abril de 2013

    Imposto de Renda 2013: Receita espera receber 50% das declarações até domingo

    Estimativa é que mais de 26 milhões prestem informações; 12,2 milhões já o fizeram


    Agência Brasil |


    Agência Brasil
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
    A dez dias do fim do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda 2013, 12 milhões de contribuintes enviaram seus dados à Receita Federal. A expectativa para este este ano é que o número total supere 26 milhões, um recorde em relação aos anos anteriores.
     
    O supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, estima que, neste domingo (21), 13 milhões de declarações já tenham sido enviadas à Receita. O número representa aproximadamente 50% das declarações esperadas este ano. A expectativa para este este ano é que o número total supere 26 milhões, um recorde em relação aos anos anteriores.
     
    As declarações podem ser enviadas por meio da internet ou entregues em disquetes nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil localizadas no país, no horário de funcionamento das agências. O programa de computador gerador da declaração está disponível na página da Receita Federal desde 25 de fevereiro. Para transmitir a declaração, é preciso instalar também o Receitanet, que pode ser baixado no mesmo endereço.

    Neste ano, pela primeira vez, será possível enviar também as informações por meio tablets e smartphones que tenham os sistemas operacionais Android (Google) e iOS (Apple). Mas não são todos os casos. De acordo com a Receita, não podem usar esses aplicativos, por exemplo, os contribuintes que receberam rendimentos de pessoa física, os que estejam obrigados a declarar dívidas e ônus reais, os que auferiram ganho de capital, os que tenham recebido determinados tipos de rendimentos isentos ou com tributação exclusiva. A relação completa dos casos de impedimentos está na Instrução Normativa 1339.

    Os contribuintes que ainda não fizeram a declaração precisam ficar atentos, pois o prazo termina no dia 30 de abril e a Receita alerta que muitas pessoas podem encontrar dificuldades devido ao acúmulo de acessos ao endereço da Receita na internet, caso deixem o envio para os últimos dias.


    FONTE: IG ECONOMIA
     

    sexta-feira, 19 de abril de 2013

    MOEDA VIRTUAL ANTIFRAUDE VALE MAIS DE US$ 1 bi


    Bolha ou não, moeda virtual mostra valor real

     

    Quando era estudante na faculdade de direito de Yale, Reuben Grinberg escreveu um dos primeiros trabalhos acadêmicos sobre a Bitcoin, inovadora moeda virtual que usa uma sofisticada criptografia para validar e proteger transações que existem apenas online.
     



  • Bolha ou não, moeda virtual mostra valor real
    Quando era estudante na faculdade de direito de Yale, Reuben Grinberg escreveu um dos primeiros trabalhos acadêmicos sobre a Bitcoin, inovadora moeda virtual que usa uma sofisticada criptografia para validar e proteger transações que existem apenas online.
    Quando Grinberg, hoje advogado do grupo de instituições financeiras do escritório Davis Polk & Wardwell, em Nova York, descobriu as bitcoins, elas valiam 10 centavos de dólar. Hoje, após o último aumento de preço que teve início em janeiro, o custo de uma bitcoin numa conversão a dólares gira em torno de US$ 140, e o valor coletivo de todas as bitcoins ultrapassou um bilhão de dólares.
    Esse é um valor alto em qualquer formato, e a marca do bilhão de dólares transformou a moeda online numa sensação da mídia. Se Grinberg tivesse investido apenas US$ 100 naquela época, hoje seu investimento valeria...
    Mas esse pensamento pode ser perigoso.
    'As pessoas estão comprando bitcoins porque o preço está subindo', afirmou ele numa entrevista. 'Esse é o indicador clássico de uma bolha.'
    A questão de se o aumento representa valor real (ou seria apenas evidência de uma bolha) está no âmago do frenesi da mídia. A bitcoin surgiu em janeiro de 2009, um projeto introduzido por um programador ou grupo de programadores que trabalhavam com o nome Satoshi Nakamoto.
    O projeto representava uma revolução no uso de códigos de software para autenticar e proteger transações sem recorrer a um banco centralizado ou tesouro do governo. Dessa forma, a bitcoin tornou-se um sistema ponto a ponto. Isso se torna bastante útil para pessoas que não querem suas transações monitoradas.
    Em conversas sobre o projeto com acadêmicos que o estudam, a palavra que aparece tanto quanto 'bolha' é 'genial'.
    Para começar, embora as bitcoins sejam um código de software, não é possível copiá-las como um arquivo de música. O processo de criar as moedas – fazer sua 'mineração', na alusão do projeto a algo tangível como ouro ou prata – envolve trabalho computacional que, fundamentalmente, verifica transações com bitcoins.
    'Trata-se da moeda digital mais bem sucedida atualmente', declarou Nicolas Christin, diretor associado do Instituto de Redes de Informação da Universidade Carnegie Mellon. 'Mesmo se as bitcoins perderem seu valor, elas tiveram mais sucesso do que qualquer proposta acadêmica para moedas digitais', afirmou ele numa entrevista em Okinawa, no Japão, onde participava de uma conferência sobre criptografia financeira que incluía diversos artigos sobre as bitcoins.
    As pessoas compram as moedas por dinheiro vivo em transações. Concluir essas compras, assim como realizar saques, geralmente envolve reentrar no mundo das transações financeiras tradicionais, com taxas e perda de anonimato.
    Mas os gestores da Bitcoin dizem que a moeda se mostrou tão segura que, apesar do fato de transações e carteiras virtuais (onde as pessoas guardam suas bitcoins) terem sido hackeadas, as moedas em si não foram falsificadas.
    Então, por que a súbita alta no valor? Alguns apontam para a recente crise nos bancos do Chipre, que tornaram mais tentadora uma moeda que está além do controle do governo. E como em altas de qualquer coisa negociável – lâmpadas, ações de ponto-com –, há também a lógica hipnótica que diz que o preço subiu hoje, e isso significa que subirá amanhã.
    Alguns observadores e investidores também sustentam que as bitcoins na verdade estariam subvalorizadas. Seu argumento é o seguinte: o valor total da atividade econômica mundial é enorme. Existem certas transações que são ideais para bitcoins, pois a moeda é relativamente anônima e não precisa ser processada por uma organização financeira ou um governo.
    Se as bitcoins se tornarem a moeda dominante em algum pequeno nicho da economia mundial – ou seja, as pessoas que não querem suas transações monitoradas ou que desejam enviar dinheiro para casa do estrangeiro –, elas se tornarão efetivamente valiosas. Esse resultado foi perfeitamente resumido pelo blogueiro de finanças Felix Salmon como tornando as bitcoins 'uma desconfortável combinação de mercadoria e moeda'.
    O aumento de preço se torna uma questão de oferta e demanda. Diferentemente de outras moedas, que podem ajustar a oferta de dinheiro dependendo das condições econômicas, as bitcoins possuem uma oferta fixa. A quantidade de novas moedas que podem ser cunhadas foi definida desde o início com um número finito de moedas ao final, aproximadamente 21 milhões no próximo século. Hoje, o ritmo é de 25 novas moedas a cada 10 minutos; nos primeiros quatro anos, era o dobro disso, 50.
    A desaceleração na entrada de novas moedas, que foi programada em bitcoins, também pode ajudar a explicar o pico nos preços.
    Até agora, com a exceção de investidores e operadores diários, o principal uso da moeda parece estar em atividades ilícitas. Existem sites de apostas que usam bitcoins. E o mercado online anônimo Silk Road, que só aceita bitcoins, é 'extremamente usado como um mercado de substâncias controladas e narcóticos', segundo um artigo sobre o serviço escrito por Christin, da Carnegie Mellon.
    Ele usou pistas do site, incluindo relatos de feedback de compradores, para calcular o valor e que tipo de negócios estavam sendo realizados. Sua conclusão, em julho de 2012, foi que US$ 1,2 milhão em transações eram realizadas a cada mês – grande parte na compra de pequenas quantidades de narcóticos entregues por correio. 'Percebemos que estava crescendo', disse ele sobre o valor total das vendas. 'Ele praticamente dobrou nos seis meses que acompanhei o site.'
    Excluindo-se os negociadores, completou ele, 'o Silk Road provavelmente representa uma quantidade considerável das transações com bitcoins, mas não mais do que a metade'.
    Defensores da Bitcoin reconhecem essas estatísticas, mas argumentam que o projeto ainda pode dar certo como uma moeda regular.
    'Quando citamos o Silk Road, acho que estamos falando do primeiro mercado adotante – não existe nenhuma outra solução que funcione', explicou Gavin Andresen, cientista da Bitcoin Foundation, organização sem fins lucrativos que administra o projeto. Quando evoluir para algo mais útil e conhecido, disse ele, a moeda deverá ser usada para transações mais corriqueiras.
    Até mesmo a ideia de estar passando por uma bolha – e Andresen afirmou, numa entrevista por telefone de Amherst, Massachusetts, 'Acho que isso é definitivamente um frenesi' – é para o bem. 'Eventualmente a mídia se cansa e parte para a próxima grande novidade', disse ele. 'O que sobra é uma nova onda de pessoas interessadas.' E, segundo ele, um preço muito mais baixo pelas bitcoins.




    Por Noam Cohen- The New York Times News Service/Syndicate
       
      The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.
       
       
      FONTE: MSN
       

    Comércio desacelera no 1º trimestre, segundo Boa Vista Serviços

    Alta nos três primeiros meses deste ano foi de 3,1%; crescimento em 2012 foi acima de 8%


    Agência Estado |
    Agência Estado


    O movimento do comércio, que vinha apresentando crescimento acima de 8% nos primeiros trimestres de 2012 e 2011, mostrou uma desaceleração e fechou os três primeiros meses deste ano com expansão de apenas 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Os números foram divulgados nesta quinta-feira (18) pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), e levam em conta a quantidade de consultas efetuadas à base de dados da Boa Vista.

    Para Flávio Calife, economista do órgão, apesar dessa redução do crescimento o cenário não pode ser considerado negativo. "É um cenário de acomodação, depois de um crescimento acelerado", explica. "Mesmo com crescimento menor, o setor deve ter expansão maior do que vários outros da economia."
    Divulgação
    Para economista, contudo, setor deve ter expansão maior do que outros setores da economia
    Para o ano, a estimativa da Boa Vista é de que o comércio cresça por volta de 5%. Em 2012, o segmento fechou o ano com expansão de 7,3% e, em 2011, com 7,9%. "No ano passado, nesta época do ano, estimávamos expansão de aproximadamente 5,5%. Pode ser que a gente se surpreenda novamente."
    A desaceleração do comércio, segundo o economista, pode ser explicada por fatores como a confiança do consumidor, que vem caindo, ou o desempenho do setor supermercadista, que cresceu 5,3% neste trimestre, metade praticamente da expansão de 10,5% dos três primeiros meses de 2012 ante igual período de 2011. "O setor supermercadista representa quase 50% do movimento do comércio."
    Segundo economista, o setor, apesar de sua importância, não é determinante para apontar um cenário de retração da economia como um todo. "O comércio impacta em 10% ou 12% do PIB", afirmou. Em março, o indicador de movimento do varejo cresceu 0,1% na comparação com fevereiro, retirados os efeitos sazonais. Já na variação dos últimos 12 meses, encerrados em março deste ano, houve avanço de 5,6% em relação aos 12 meses terminados no mesmo mês de 2012.
    Segmentos
    O segmento de móveis e eletrodomésticos foi o único que contribuiu negativamente em março, registrando um declínio de 0,8% sobre o mês imediatamente anterior, com os ajustes sazonais à série. No trimestre, o movimento no segmento teve queda de 0,7% ante os três primeiros meses de 2012.
    O segmento com maior variação positiva foi o de combustíveis e lubrificantes, que se recuperou da queda do mês anterior e subiu 0,5% em relação a fevereiro - expurgados os efeitos sazonais. O crescimento acumulado do indicador nos últimos 12 meses foi de 6,7% em relação ao mesmo período do ano passado.



    Inadimplência e juros

    O registro de inadimplentes caiu 5,6% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2012. Em relação ao trimestre imediatamente anterior a queda foi de 3,4%. Segundo Calife, os números mostram um tendência de queda para o ano. "Trabalhamos hoje com um crescimento menor dos registros, em torno de 1% para o fim de 2013", afirma.

    O economista da Boa Vista afirmou que a recente alta da taxa básica de juros não deve mudar as expectativas em relação ao registro de inadimplentes. Ao comentar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 7,50% ao ano, Calife explicou que essa alteração era esperada e já levada em conta nas projeções.

    "Trabalhamos com esse cenário, acreditamos em pequenos ajustes até o fim do ano", afirmou, ressaltando que trabalha com a estimativa de uma taxa de 7,75% ou até 8% no fim de 2013.

    O diretor de Inovação e Sustentabilidade, Fernando Cosenza, complementou que a ação do Banco Central (BC) veio em boa hora. "Muitas vezes a inflação pode ser pior do que o aumento de juros, principalmente a inflação de serviços, pois ela deteriora o poder de compra das famílias e acaba refletindo mais na inadimplência", explicou.



    FONTE: IG ECONOMIA