sexta-feira, 2 de agosto de 2013

FINANCIAMENTOS EM SAMPA

Pelo menos 87% dos paulistanos planejam evitar financiamentos

O indicador de intenção de crédito apurado pela FecomercioSP subiu de 10,5% em junho para 11,2% em julho

Agência Estado |
 
Agência Estado
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Fecomercio: risco de crédito está em elevação
O indicador de intenção de financiamento dos paulistanos, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), subiu de 10,5% dos entrevistados para 11,2% entre junho e julho, segundo a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), divulgada nesta quinta-feira (1º). Apesar da alta de 0,7 ponto porcentual, a parcela dos paulistanos que não pretendem contrair crédito nos próximos três meses chegou a 87,4% em julho após ter atingido 88,3% em junho.
Segundo a FecomercioSP, "neste momento o risco de crédito está em elevação, principalmente devido ao crescimento do endividamento, concomitantemente à queda de cobertura via poupança". De acordo com a FecomercioSP, a categoria que apresenta maiores riscos é a de endividados sem aplicação, pois não há sequer retenção de recursos para eventualidades.
De acordo com a pesquisa, em julho, 56,9% dos paulistanos disseram estar endividados, 3,6 pontos porcentuais a mais do que o contabilizado em junho. Do total pesquisado, 18% afirmaram ter dívida, mas possuir aplicação e 38,1% disseram ter dívidas, mas não ter recursos aplicados. Há ainda 20,4% que não têm dívidas, mas possuem dinheiro aplicado e 22,3% que não têm nem dívidas, nem aplicação.


Leia mais: Bancos públicos alcançam 50,3% do mercado de crédito

           
Poupança (73,9%) e renda fixa (16,3%) continuam sendo as aplicações preferidas dos paulistanos, somando 90,2% do total. Muito distantes estão as carteiras de previdência privada (4,6%), ações (1,5%) e outras (3,6%).
A FecomercioSP destaca também que a geração de emprego e da massa real de salários pode apresentar uma queda, "indicando diminuição das condições do mercado de crédito por contágio do acirramento do mercado de trabalho e pelo risco do aumento da inflação", diz, em nota. A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento é elaborada por meio de 2.200 entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA

GARANTA O FUTURO DOS SEUS FILHOS

 
 



Garanta o futuro do seu filho aplicando em previdência infantil

Pais podem investir desde o nascimento da criança para colher os frutos e bancar sua faculdade, uma viagem para o exterior ou até a aposentadoria

Taís Laporta - iG São Paulo |
 

Thinkstock/Getty Images
Quanto mais cedo os pais iniciarem o investimento, menor pode ser a quantia aplicada mês a mês
Ter um filho requer gastos por muitos anos. Mas é perto da vida adulta que os sonhos pesam mais no bolso: a faculdade, uma viagem ao exterior, a compra do primeiro carro ou o início de um negócio próprio. De olho no futuro dos rebentos, mais pais aproveitam o nascimento do filho para começar a investir na previdência infantil.
A arrecadação dos fundos para menores de idade no Brasil aumentou 7,3% em 2012 ante o ano anterior, alcançando R$ 1,95 milhão. Em relação a 2010, quando o valor arrecadado foi de R$ 1,44 milhão, o crescimento foi de 31,2%, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma criança que, ao nascer, ganhar dos pais um plano de previdência com investimento mensal de R$ 100 e rentabilidade de 6% ao ano (valor aproximado da poupança), terá acumulado uma reserva de R$ 58,2 mil aos 23 anos. Se mantiver a aplicação até os 50 anos, a reserva será de R$ 359.625,39.
Mas antes de construir o patrimônio dos filhos, é preciso conhecer as diferenças de cada plano no mercado e traçar um objetivo claro no longo prazo. Pode-se iniciar a previdência em qualquer idade, mas quanto antes, melhor. Se o plano começar na fase do berço, a contribuição mensal pode ser bem mais baixa.
“Se o investimento começar do nascimento até em torno dos cinco anos, a rentabilidade da criança será turbinada”, afirma o consultor financeiro da Academia do Dinheiro, Mauro Calil. Já se o plano iniciar na adolescência, o patrimônio acumulado será muito menor, e precisará de aportes maiores.
O ideal é que a aplicação dure no mínimo dez anos, afirma Leonardo Lourenço, superintendente de marketing da Mongeral Aegon, onde o maior índice de contratação dos planos acontece nos seis primeiros meses de vida da criança. As taxas de administração podem variar entre 0,7% e 2%, dependendo do volume aplicado – quanto maior, menor a cobrança – e da empresa escolhida.
Para ser proprietário do plano, o recém-nascido precisa ter um CPF próprio, e o pai ou mãe responde pelo investimento até o filho completar 16 anos. A partir desta idade, o pai é responsável com a anuência do adolescente, e aos 18 anos, ele assume a administração do plano, podendo resgatar o valor quando quiser ou continuar investindo por conta própria.
 
 
 
PGBL ou VGBL?
           
Como todos os outros, os fundos para menores dividem-se nas modalidades PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A principal diferença entre elas é a tributação. O PGBL permite ao pai deduzir até 12% da renda bruta anual de seu Imposto de Renda, recomendado para quem faz a declaração no modelo completo. Assim, o IR da aplicação só será pago no resgate. Já o VGBL tem tributação sobre o ganho de capital, não é retido na fonte e é indicado para quem opta pelo desconto simplificado do IR.
Thinkstock/Getty Images
Planos podem compostos de 100% em renda fixa ou mistos com renda variável
O plano pode ser 100% composto por renda fixa – mais conservador – ou misto, com até 49% de renda variável – como ações de empresas, uma opção mais arriscada, mas com chances de ganhos maiores. Segundo Lourenço, da Mongeral Aegon, a maior parte dos clientes opta por um fundo totalmente em renda fixa.
Para o consultor Calil, os pais podem optar por aplicações mais arrojadas fora destes fundos. “Aconselho que pessoas com filhos pequenos coloquem 100% do capital em renda variável no longo prazo”, orienta.
Os aportes da previdência são livres. Podem ser únicos, mensais ou periódicos. Para ajudar os pais a se disciplinarem na contribuição com regularidade, as seguradoras dos planos enviam boletos com o valor do aporte previsto.



5 REGRAS PARA INVESTIR
           
“Uma grande herança para deixar aos filhos é não depender deles na terceira idade”, afirma o educador financeiro Calil, para quem não adianta pensar no futuro do filho sem pensar no seu antes. Ele recomenda aos pais que sigam cinco princípios ao criar um plano de previdência para o filho, para garantir um patrimônio sólido e alcançar o objetivo no longo prazo:
1 – Contribua com regularidade: não adianta fazer um único aporte para a criança e esquecer de contribuir periodicamente. Uma opção é investir em datas especiais, como o aniversário do filho, Dia das Crianças ou Natal.
2 – Reinvista os juros e dividendos: Todo o rendimento proveniente da aplicação não deve ser gasto até alcançar o objetivo financeiro programado, como pagar a faculdade ou comprar um carro de presente.
3 – Aposte em empresas e setores que crescem: a estratégia é recomendada para pais que optem pelo modelo mais agressivo de investimento, em renda variável. No longo prazo, companhias sólidas costumam resultar em bons ganhos para o investidor.
4 – Diversifique : uma boa estratégia é aplicar parte do capital em um fundo misto de renda fixa e variável e também comprar cotas de imóveis, como os fundos imobiliários.
5 – Mantenha-se atualizado: os pais que investem no futuro do filho devem acompanhar periodicamente o investimento, observar seu desempenho e temor a decisão correta.

SIMULAÇÃO

Compare o patrimônio acumulado de acordo com possíveis rendimentos no plano de previdência de uma criança, com contribuições mensais de R$ 100, de seu nascimento até os 50 anos de idade (em R$ mil):

http://economia.ig.com.br/financas/aposentadoria/2013-08-02/garanta-o-futuro-do-seu-filho-aplicando-em-previdencia-infantil.html
Mongeral Aegon


FONTE: IG ECONOMIA

56o. MAIS PODEROSO

Cid Gomes é o 56º mais poderoso

Ranking do iG

Cid Gomes é o 56º mais poderoso






Cid Gomes
De temperamento forte e equilibrado, o governador do Ceará é considerado um político hábil e cuidadoso

Cid Gomes
56

Cid Gomes

Influência

  • Política
  • Econômica
  • Social
  • Midiática

Cid Gomes

56
O político está em seu segundo mandato como governador. É, até agora, o ponto mais alto de uma carreira política que começou ainda na faculdade, quando presidiu o Centro Acadêmico do curso de engenharia da Universidade Federal do Ceará
Cid Gomes, atual governador do Ceará, pertence a algo mais que uma família. Em Sobral, os Ferreira Gomes são uma dinastia que almoça e janta política há várias gerações. Entre seus antepassados, no século 19, estão os dois primeiros prefeitos da cidade, cargo que Cid também ocupou, a partir de 1997, e antes dele seu pai, José Euclides Ferreira Gomes, entre 1977 e 1983. Por isso mesmo seus desafetos consideram os Gomes uma oligarquia poderosa que, durante a última ditadura, foi aliada de César Cals, governador do Ceará de 1971 a 1975. Cid, o irmão mais velho Ciro e o caçula Ivo reagem irritados à acusação. Mas a família se expande pelo reduto eleitoral e pelo estado nordestino. O pai é nome de ponte, avenida, hospital, escola e do prédio da prefeitura sobralense, o “palácio municipal”. A mãe, de rua e escola. E Ciro Gomes batizou uma vila olímpica na cidade. 

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A presença do clã em cargos públicos é ainda mais significativa. Cid, hoje com 50 anos, está em seu segundo mandato como governador. É, até agora, o ponto mais alto de uma carreira política que começou ainda na faculdade, quando presidiu o Centro Acadêmico do curso de engenharia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi o mais jovem presidente da Assembleia Legislativa do Ceará na história. Depois de um hiato como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em 2005, quando morou nos Estados Unidos, venceu as eleições para governador no primeiro turno. Ciro, por sua vez, foi deputado estadual e federal, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e candidato à presidência da República. E Ivo já é deputado estadual pela segunda vez e o atual secretário de Educação de Fortaleza.  

Além da altura – um metro e oitenta e quatro – e os cabelos cada vez mais escassos, Cid também compartilha com os irmãos o temperamento forte que, em seu caso, é mais equilibrado, apesar de certa exaltação durante uma greve de professores, quando afirmou que “quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”. 

Também não ajudou muito a contratação de Ivete Sangalo para animar a festinha de inauguração de um hospital por R$ 650 mil, dinheiro que muita gente preferia gasto na própria Saúde. A despeito dos tropeços, é considerado um político hábil e cuidadoso e que realizou diversas obras em Sobral durante sua administração, entre 1997 e 2004.  

“Esse momento requer muita reflexão. É próprio, é comum, papel da juventude de manifestar”


Foi na cidade do noroeste cearense que Cid mergulhou de vez na política. Acostumou-se à política nos debates do chamado Becco do Cotovelo, no Centro da cidade, onde se reúne a inteligentsia sobraleinsis. É lá que a população discute desde as últimas medidas macroeconômicas do governo federal até o comprimento da saia da moça mais próxima. De preferência, com um cafezinho ou uma cerveja nos bares do seu Benedito ou de Luiz Torquato. Cid Gomes reformou o local em 1999 e o cobriu com ombrelones para atenuar a canícula sertaneja. Agora as meninas dos olhos do governador são o metrô de superfície por VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e a criação de uma universidade na região, com o apoio da presidente Dilma Roussef, com quem troca sorrisos, confidências e promessas de grandes obras. 

Com um Produto Interno Bruto que cresce sistematicamente mais que o PIB nacional, o Ceará sonha em deixar de ser um estado pobre, onde a população vive historicamente com metade da renda média brasileira. No ano passado, cresceu quatro vezes mais, chegando aos 3,65 %, enquanto o pibinho ficou abaixo de 1%. No ranking geral, continua a ser a 11a economia do país, mas já é o quarto maior investidor. Por isso, a atenção do governador em obras de infra-estrutura. O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável, mais conhecido como São José III, prevê a instalação de sistemas de abastecimento em 30 municípios do bem mais caro que pode existir no interior do Ceará: a água. O investimento total é de US$ 300 milhões, obtidos com o Banco Mundial e, além da distribuição de água, promove a criação de bois, cabras, ovelhas, abelhas e peixes, hortas e plantações de mandioca e de cajueiros. 

A construção da Refinaria Premium II, que será erguida no Complexo Industrial e Portuário de Pecém, promete ser a joia mais brilhante da aliança entre Dilma e seu aliado. Com tecnologia sul-coreana, a nova refinaria deve processar em suas três linhas de produção 300 mil barris diários de petróleo. Serão mais de 11 bilhões de dólares injetados na economia cearense, o que pode ajudar a retirar da pobreza uma legião de miseráveis que ainda ultrapassa um milhão de pessoas naquele estado e que recebem menos de R$ 70 reais por mês. De quebra, os coreanos ainda montam uma siderúrgica de garbo no mesmo porto. “Não teremos um processo industrial sólido sem uma indústria de base”, avalia o governador.  

Ele sabe que sem industrialização não há como chegar ao desenvolvimento. “Nos anos 50, um presidente decidiu implantar uma companhia siderúrgica em Volta Redonda, que está localizada entre Rio de Janeiro e São Paulo. Isso foi fundamental para atrair empresas para aquela região. A partir de hoje o Ceará será avaliado em antes e depois da implantação da Companhia Siderúrugica de Pecém”, discursava há mais de três anos, quando a planta começava a sair do papel. 

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Daí que, se depender de Cid Gomes, o PSB do qual faz parte não deve lançar candidato próprio nas eleições presidenciais de 2014. Com seis governadores no bolso do paletó, entre eles, Eduardo Campos, de Pernambuco, o partido teria força suficiente para lançar um nome à presidência, certamente o próprio Campos. Mas, para Cid Gomes, o relacionamento entre PT e PSB não se desgastou por conta das disputas eleitorais pelas prefeituras e o partido ainda deve se manter ligado ao governo federal. 

Suas ações deixam claro que já está em campanha. Aparece em jogos de futebol e conversa com torcedores, enquanto diz que é bugrino assumido do Guarany de Sobral, rubro-negro que habita a série D do campeonato brasileiro. Mais ainda. visita turistas nos hotéis de luxo de Fortaleza e distribui convites para o réveillon da praia de Iracema. Organiza maratonas de shows pelas praias do estado. E, durante a onda de manifestações que varreu o Brasil em junho de 2013, conversou com representantes de movimentos populares. Nada muito complicado para esse homem que sabe deixar seus interlocutores à vontade com seu jeito mais descontraído. Às vezes deixa a barba meio crescida, o que lhe dá um ar quase desleixado. E costuma apertar firme a mão das pessoas, às vezes até pelo pulso. Sua mulher Maria Célia e os filhos Rodrigo e Matheus ajudam na imagem de bom sujeito, bom pai e bom marido. 

Mas o visual despojado não esconde o político workaholic que passa o dia de olho na tela do Mac e, quando fora do gabinete, no iPhone. Usa o tweeter, o facebook e ainda o claudicante orkut, enquanto busca implantar o projeto Cinturão Digital, com a instalação de uma infra-estrutura própria de fibras ópticas, para prover acesso por banda larga nas principais cidades do interior. Tanto esforço e contemporaneidade também têm seu preço. Outro dia, uma queda na pressão sanguínea fez o governador repensar seus valores. Saúde não é digital.


FONTE: IG POLITICA

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

EMPRÉSTIMO DE JOIAS

Reprodução

Piovani pede joias emprestadas para casório

Brincos, pulseiras, colar e coroa de princesa usados na festa de casamento com Pedro Scooby não são da atriz +
 
 
FONTE: YAHOO 

BBom: VAZAMENTO DE DADOS



Falha da BBom permite vazamento de dados de associados

Boletos de pagamento ficaram disponíveis na web; Telexfree teve o mesmo problema

Vitor Sorano - iG São Paulo |
 


Divulgação
Logotipo da BBom, empresa de marketing multinível suspeita de ser pirâmide financeira
Uma falha permitiu que os boletos de cobrança da BBom com dados de seus associados fossem consultados por terceiros na internet. Foi o mesmo tipo de vazamento ocorrido com informações de divulgadores da Telexfree . Ambas as empresas, que juntas tem aproximadamente 1,3 milhão de integrantes no Brasil segundo seus responsáveis, estão bloqueadas por decisões judiciais, sob suspeita de serem pirâmides financeiras.
 
Procurada, a BBom informou que a falha foi corrigida na manhã da quarta-feira (31). A empresa nega ser uma pirâmide financeira .

O vazamento permitia que qualquer pessoa baixasse, do site da BBom, boletos de cobrança de terceiros, sem a necessidade de colocar alguma senha. Bastava que se fizesse uma busca pela palavra "boleto" restrita à página da empresa.

A falha foi revelada por Manoel Netto, do blog Tecnocracia , que também encontrou o mesmo erro no sistema da Telexfree . "São erros muito mirins, de programador iniciante (e provavelmente é) lidando com dados sensíveis de pessoas", diz Netto, sobre as falhas na Telexfree e na BBom.

Nesta quarta-feira (31), a reportagem conseguiu baixar cinco boletos em nome de cinco pessoas diferentes. O valor cobrado em todos os casos, R$ 3 mil, é equivalente ao preço do pacote ouro, um dos que podiam ser adquiridos pelos interessados em entrar na rede de associados da BBom.

Diferentemente do caso da Telexfree, em que os boletos tinham vencimentos com datas posteriores ao bloqueio judicial, todas as cobranças da BBom são referentes a maio – a empresa só teve as contas congeladas pela Justiça em julho.

Leia também: 31 empresas estão no alvo de força-tarefa antipirâmide



           
Pirâmide x marketing multinível


Braço da Embrasystem, atuante no mercado de rastreamento de veículos e pessoas, a BBom é descrita por seus responsáveis como uma rede de marketing multinível que, em menos de seis meses, atraiu 300 mil associados com promessas de lucros expressivos. Grandes revendedores, por exemplo, foram premiados com carros de luxo.

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) e o Ministério Público do Estado (MP-GO) consideram que o negócio é uma pirâmide financeira. Isso porque, entendem, a BBom depende das taxas de adesão pagas pelos associados para se manter, e não da venda das assinaturas de rastreamento.

Segundo a procuradora da República Mariane Oliveira, a BBom vende mais rastreadores do que consegue entregar . A empresa afirma ter capacidade de atender à demanda.

Em 10 de julho, a juíza Luciana Gheller, da 4ª Vara Federal em Goiás, determinou por liminar (decisão temporária) o bloqueio das contas da Embrasystem , a pedido do MPF-GO e do MP-GO. No dia 17 do mesmo mês, a BBom também foi impedida de fazer novos cadastros .

O recurso da defesa está nas mãos do desembargador Carlos Moreira Alves, do  Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) desde 19 de julho .

Em vídeo divulgado na internet nesta terça-feira (30), o dono da Embrasystem, João Francisco de Paulo, reiterou a legalidade das atividades da empresa e a acusação, já feita em entrevista ao iG , de que adversários da empresa têm plantado informações contrárias à BBom.


FONTE: IG ECONOMIA

DOAÇÃO DE LIVROS

ONGs e empresas facilitam doação de livros

    FONTE: MSN

57o. MAIS PODEROSO DO BRASIL

Gilberto Kassab é 57º mais poderoso

Ranking do iG

Gilberto Kassab é 57º mais poderoso


Gilberto Kassab
Político carismático, Kassab costura arranjos e atua nos bastidores da política com discrição e eficiência
Gilberto Kassab
57

Gilberto Kassab

Influência

  • Política
  • Econômica
  • Social
  • Midiática

Gilberto Kassab

57
Entre suas medidas mais conhecidas e elogiadas, está a “Cidade Limpa”, projeto que proibia anúncios em outdoors dentro da capital paulista, como forma de conter a poluição visual
Na complexa, voraz e assimétrica coligação de partidos políticos para as eleições de 2014, o redivivo PSD (Partido Social Democrata) tem um papel decisivo. A nova filiação, que reutiliza o mesmo nome do partido criado em 1945 à sombra de Getúlio Vargas pelos interventores Benedito Valadares, de São Paulo, e Amaral Peixoto, do Rio de Janeiro, apresentou-se em defesa do direito à propriedade, da liberdade de imprensa e da livre iniciativa. Com o discurso liberal e a adesão de políticos e empresários brasileiros, o partido conquistou, em 2012, 48 cadeiras na Câmara Federal e 494 prefeituras, tornando-se a quarta potência do país, logo atrás do PMDB, PSDB e PT. Nada mal para um “novato” de apenas dois anos de criação. 

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À frente desse jovem partido está um paulistano de 52 anos que fez carreira na política em partidos conservadores. O engenheiro, economista, solteiro e são-paulino Gilberto Kassab começou na vida pública aos 25 anos, no Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo. Com uma carreira que soma cargos políticos a atividades empresariais, este filho de um imigrante libanês ainda estudou Ciência Política na Universidade de Brasília e cursos de especialização em Comércio Exterior e mercado imobiliário. Quatro anos depois já fazia parte da equipe da campanha presidencial de Guilherme Afif Domingos, em 1989, quando este conquistou o sexto lugar pelo Partido Liberal, com 3,2 milhões de votos. “Gilberto era o meu faz-tudo. Organizava a agenda, programava as viagens, cuidava do programa de televisão e fazia a arrecadação dos recursos para a campanha”, chegou a elogiar Afif Domingos.

Em 1992 Kassab foi eleito pelo mesmo PL vereador em São Paulo. Três anos depois migrou para o Partido da Frente Liberal (PFL), onde se tornou vice-presidente da sigla em 1996. Foi ainda deputado estadual, de 1995 a 1999, secretário de Planejamento no governo do prefeito Celso Pitta em São Paulo, a partir de 1997. Dois anos depois foi empossado no primeiro de dois mandatos como deputado federal. Afastou-se da Câmara para concorrer como vice de José Serra à prefeitura paulistana. Com a renúncia de Serra em 2006 para disputar o governo do Estado de São Paulo, Kassab tornou-se prefeito da capital paulista. 

"Quero estar habilitado a disputar a eleição de 2014"


O que era uma herança política multiplicou-se em um novo mandato em 2009, superando a ex-prefeita e candidata petista Marta Suplicy, em uma disputa emocionante. A despeito de sua popularidade depois ter feito águas com as enchentes de 2010, Kassab manteve a boa fama de gestor, com a melhor aprovação de seu governo em 2008, quando pesquisa do Ibope apontou que 61% da população considerava sua administração boa ou ótima. 

Da “Cidade Limpa” ao ovo de gema mole 

Entre suas medidas mais conhecidas e elogiadas, está a “Cidade Limpa”, projeto que proibia anúncios em outdoors dentro da capital paulista, como forma de conter a poluição visual. Kassab realizou ainda leilões públicos de créditos de carbono, através da Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo. Para controlar a obesidade precoce e a melhor qualidade dos alimentos consumidos por estudantes, Kassab também proibiu a venda de frituras e de refrigerantes, salgados ou massas folhadas, biscoitos recheados, balas, pirulitos, gomas de mascar e quaisquer produtos de alto teor calórico nas cantinas de escolas, além de obrigá-las a vender ao menos dois tipos de frutas. 

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Outras, mais polêmicas, pareciam alimentar o anedotário político e o aproximaram, premeditadamente ou não, do ex-presidente Jânio Quadros. Elas incluíam a repressão a doações por motoristas de automóveis aos artistas de rua pela utilização de espaço público para lucro privado, sem autorização. Outras medidas foram tão impopulares quanto inócuas, como proibir a venda de pratos em restaurantes com ovo de gema mole, comidas de rua em geral e o uso de molho vinagrete em bares e lanchonetes da cidade. Algumas leis e portarias ganharam visibilidade pelo ineditismo, como coibir a gritaria de barraqueiros em feiras livres para anunciar seus produtos – mais tarde restrita ao uso de alto-falantes. Finalmente Kassab suspendeu a licença de quatro mil camelôs e ensaiou a proibição de caronas em motocicletas pela cidade, em uma tentativa de diminuir a criminalidade. 

Em 2010, o político sofreu um duro golpe contra sua administração, com a cassação de seu mandato, do vice e de oito vereadores pela Justiça, por doações supostamente ilegais para a campanha eleitoral. No dia seguinte, porém, a cassação foi suspensa. No fim de seu governo, a avaliação da administração patinou nos piores índices desde o governo Celso Pitta. Terminou com uma reprovação de 42% dos paulistanos. 

Seguindo a tradição do velho PSD 

Entretanto a carreira do político, mais seguro e experiente, não apenas teve sobrevida como ganhou dimensões nacionais. Mesmo sem ser um grande orador ou um político carismático, Gilberto Kassab é, em uma palavra, eficiente. Costura arranjos políticos e atua nos bastidores da política com discrição e eficiência. Os tradicionais caciques do antigo PSD mineiro sorririam orgulhosos diante da desenvoltura de Kassab nos bastidores. Realiza maratonas em diversos estados, para apoiar candidatos locais do PSD. E tem se reunido com diversos políticos brasileiros, entre eles, o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos, em conversas cujo teor declarado restringe-se ao protocolar “nada de política”, mas que pode ter acertado os rumos da eleição de governador em Alagoas, em uma disputa pelo passe do deputado federal Alexandre Toledo, daquele estado, e virtual candidato ao Palácio dos Martírios. 

Essa ascendência releva a força de seu partido e o poder de articulação do político paulistano. E mesmo a aproximação do PDS do governo Dilma, com a criação do 34o ministério (Secretaria da Pequena e Média Empresa) para Guilherme Afif Domingos e o apoio do partido a sua reeleição submetem-se ao crivo do ex-prefeito. Desde 2011, o PSD faz coro no Congresso com as decisões do governo. Na Câmara, o apoio ocorre em 79% das votações. No Senado, chega a 94%. 

Bom de cintura e de garfo 

A retórica lubrificante de Kassab tem longa data e, mesmo quando ainda estava na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, nos anos 80, soube aproximar-se com habilidade do então prefeito Paulo Maluf e conseguir melhorias para a faculdade. O jogo de cintura e a inventividade deste ex-aluno do Liceu Pasteur – onde o pai foi diretor –, criado no bairro de classe média de Pinheiros, já era adivinhado por seus colegas de escola, acostumados a sua participação em peças teatrais. E confirmado por seus subalternos na prefeitura, que recebiam ordens estapafúrdias do chefe, que ligava em seguida às gargalhadas para desmenti-las. 

Aluno caprichoso e amigo fiel, mantém em seu staff colegas de escola que conhece há mais de 40 anos. E jamais se distancia da família. Enquanto viveu o pai foi um amigo e conselheiro de todas as horas. E mantém até hoje uma forte relação com os seis irmãos, com quem costuma almoçar com regularidade. Bom de garfo, o agregador Gilberto Kassab também não rejeita uma cervejinha, como as incômodas papadas e barriguinha deixam revelar.
 
 
FONTE: IG POLÍTICA