Para 96% dos aplicadores, poupança supera
fundos com Selic a 9%
Caderneta também supera a última projeção do BC para o IPCA
deste ano, de 5,8%
Taís
Laporta– iG São
Paulo|
Com o aumento da taxa Selic para 9% nesta quarta-feira (28), a
caderneta de poupança ainda bate a maior parte dos fundos de renda fixa com taxa
de administração acima de 0,5% ao mês, além de superar a última projeção da
inflação calculada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2013,
de 5,8%.
A nova alta dos juros faz a poupança render conforme a regra
antiga: 6,17% ao ano, mais taxa referencial (TR). Com a Selic até 8,5%, ela
rendia 70% da taxa básica mais TR. Com captação recorde de R$ 37,6 bilhões em
2013, a caderneta só é menos atrativa para quem tem mais de R$ 25 mil aplicados
– apenas 4% dos investidores, segundo o último boletim do Banco Central.
Os outros 96% dos investidores dificilmente conseguiriam taxas atrativas que
superassem o rendimento da poupança – é preciso levar em conta também que, em
grande parte dos fundos, é cobrado Imposto de Renda.
Aplicações atreladas ao CDI
A alta da Selic será mais sentida nas aplicações atreladas ao CDI
(Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha a taxa de juros, na visão
do professor de finanças do Insper, Michel Viriato. Entre elas, estão os CDBs
(Certificados de Depósito Bancário), algumas debêntures, letras hipotecárias e
LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), isentas do Imposto de Renda. “Para saber
se elas renderão mais que a poupança, é preciso descontar as taxas e o IR”,
explica.
Atrelados ao CDI, os fundos DI seriam um dos investimentos mais beneficiados
pela alta dos juros. Mas a taxa de administração acima de 1% cobrada em todas as
aplicações com menos de R$ 25 mil torna a poupança mais vantajosa.
COMPARATIVO
Rendimento bruto das aplicações – sem considerar taxas e impostos – e alta da
inflação acumulados nos seis primeiros meses do ano (em %)
Segundo dados de junho de 2013 da Anbima (Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), os fundos só ficam atrativos
para quem tem mais de R$ 50 mil para desembolsar – pois a taxa cai para 0,88%.
Mas 48% do patrimônio líquido destes fundos é composto por aplicações abaixo
deste valor.
Enquanto isso, o aplicador de baixa renda – aquele que investe até R$ 1 mil –
pagaria uma taxa astronômicapara investir em fundos DI: em torno de 3,27% . Como
mais da metade (52,7%) dos aplicadores da poupança possuem apenas R$ 100
aplicados, a caderneta ainda é a alternativa mais viável para eles.
Redução das taxas
Quando as aplicações perdem da poupança, os bancos tendem a reduzir as taxas
para tentar atrair mais clientes para suas carteiras, explica o diretor
executivo de estudos econômicos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de
Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira
. “Quando as aplicações perdem da poupança, os bancos são obrigados a reduzir
o valor mínimo do investimento e a flexibilizar as cobranças”.
Algumas aplicações passaram a aceitam aporte inicial de R$ 100, quando antes
o valor mínimo era de R$ 5 mil. As taxas de administração, que há alguns anos
atingiram o pico de 6% ao ano, hoje acompanham uma margem média entre 1,5% e 3%,
segundo Oliveira.
Simulação
Pelas regras da poupança antiga – que voltam a vigorar –, uma aplicação de R$
10 mil renderia R$ 668,00 (ou 6,68% ao ano) em 12 meses, segundo uma simulação
da Anefac. Já um fundo de investimento com taxa de administração de 1% ao ano
acumularia R$ 655 (6,55% ao ano) no mesmo período, ou R$ 13 a menos. O
rendimento desse fundo só bateria a poupança se tivesse taxa de administração de
0,5% ao mês. Nesse caso, geraria R$ 693 em 12 meses.
ANS suspende 246 planos de 26 operadoras
após vitória na Justiça
Liminar a favor de gigantes do setor havia levado agência a
cancelar punição; veja lista
Vitor
Sorano- iG| - Atualizada às
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reativará, a partir desta
sexta-feira (30) a proibição de comercialização de 246 planos de saúde de 26
operadoras que foram alvo de um número excessivo de reclamações por parte de
beneficiários. Veja a lista abaixo.
A retomada do bloqueio foi anunciada após a agência conseguir, nesta
quarta-feira (28), uma vitória no processo judicial que, em 20 de agosto,
questionou a proibição
temporária da comercialização e levou a ANS a cancelar essa punição.
"O entendimento que nós temos hoje após essa manifestação de reconsideração
parcial [ por parte da Justiça ] é que temos segurança técnica e
jurídica para proceder à suspensão dos planos", afirmou André Longo, diretor da
ANS, ao iG. "A medida cautelar da agência [ em suspender os
planos ] visa a proteção dos consumidores que estão nesses planos, que são
os mais reclamados e reincidentes."
O bloqueio é válido por três meses, mas pode ser estendido se as reclamações
continuarem. A punição não tem nenhum impacto para os beneficiários desses
planos, e sim para as operadoras, que ficarão impedidas de vendê-los para novos
clientes.
Batalha jurídica
Dos 246 planos, 34 já estavam com as vendas proibidas e terão o bloqueio
renovado por mais três meses. Os outros 212 deveriam estar com vendas bloqueadas
desde 23 de agosto.
Quando, em 20 de agosto, a lista dos 246 planos foi divulgada, a Federação
Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) conseguiu uma liminar (decisão
provisória) a favor de suas associadas que estão na lista – Amil, Amico,
SulAmérica e Excelsior. Juntas, elas respondem por 16% do mercado de saúde
suplementar do país, e são responsáveis por 136 dos 212 planos que seriam
punidos.
A liminar, do desembargador do Tribunal Fegional Federal da 2ª Região Aluísio
Mendes, não impedia as proibições. Apenas obrigava a ANS a refazer os cálculos
que levaram à inclusão desses 136 planos na lista de suspensões.
A agência, porém, recuou e decidiu sustar a proibição temporária como um
todo. Assim, todos os 212 planos deixaram de ter as vendas bloqueadas, e não
apenas os 136,
O diretor da ANS argumenta que a suspensão total era necessária porque as
suspensões são definidas comparativamente.
"A eventual necessidade de recalcular [ o desempenho das 4
operadoras ] poderia ter impacto em todas as operadoras."
A Fenasaúde não se pronunciou.
Consultado antes do anúncio da retomada da proibição, o advogado Guilherme
Valdetaro Mathias, do escritório Sergio Bermudes e representante da Fenasaúde no
caso havia dito que o impacto da decisão seria nulo.
"As operadoras dizem que respondem todas as reclamações dentro do prazo", diz
Mathias ao iG . "A meu ver, a liminar foi mantida em sua
essência, o que não permite que a ANS suspenda os planos de saúde [ das
afiliadas da ANS ]."
Amico AMPHLA COLETIVO BÁSICA GR MUNICÍPIOS EMP QC
CLINIC GR MUNICÍPIOS EMP QC CLINIC GR MUNICÍPIOS EMP QP CONVENCIONAL
REDE PLENA GR MUNICÍPIOS EMP QC Dix 10 RJ SP GR. MUN. QC Dix 10 RJ
SP GR. MUN. QP Dix 100 DF QC PJCA Dix 100 DF QP PJCA Dix 100 DF QP
PJCE Dix 100 GR.EST. QC PJCE Dix 100 GR.EST. QP PJCE Dix 100 RM RJ
QC PJCA Dix 100 RM RJ QP PJCA Dix 100 RM SP QC PJCA Dix 20 RJ SP PR
QC Dix 20 RJ SP PR QP Dix 200 GR.EST. QC PJCE Dix 200 GR.EST. QP
PJCE Dix 200 RM RJ QC PJCA Dix 200 RM RJ QC PJCE Dix 200 RM RJ QP
PJCE Dix 200 RM SP QP PJCE DIX CLASSIC GR MUNICÍPIOS EMP QP Dix
Classic RJ SP GR. MUN. QC DIX DENTAL I GR MUNICÍPIOS EMP DIX R50 REDE
BÁSICA GR MUNICÍPIOS EMP QC QUALIS SEM CO-PARTICIPAÇÃO STANDARD GR
MUNICÍPIOS EMP QC VITA PREMIUM SEM CO-PARTICIPAÇÃO VITA sem
Co-participação
Amil AMESP PROTEÇÃO ESSENCIAL 220/E AMESP PROTEÇÃO
ESSENCIAL 240/E Amil 110 Nacional QP PJCA Amil 120 Nacional Emp QP
Amil 120 Nacional PJ QC Amil 130 Nacional Emp QP Amil 140 Nacional
PJ QP Amil 140 Nacional PJ QP Copart Amil 140 Plus Gr Estados PJ QP
Amil 150 Nacional Emp QP Amil 160 Nacional Emp QP Amil Blue Clássico
Estadual CA QC Amil Blue Gold Nacional PJ QP Amil Blue I Estadual Emp
Sem Obst QC Co- Part Amil Blue I Estadual CA QP Amil Blue I Nacional
PJ QC Amil Blue I Nacional PJ QC Copart Amil Blue II Nacional PJ QC
Amil Blue II Nacional PJ QP Amil Blue III Nacional PJ QP Amil Blue
IV Nacional PJ QP Amil Dental I Nacional CA AMIL DENTAL I Nacional Emp
Amil Dental II Plus Nacional Emp Amil Linha Dental Nac PJCE AMIL
MEDICUS 122 PJ (COM E SEM FRANQUIAS - APTO.OU ENFERM.) AMIL MEDICUS ESP.
122 ENF PJ (COM E SEM FRANQUIAS) Amil ONE Nacional PJ QP AMIL PJ
MEDICUS MA 122 AMIL PJ RC 20.101 AMIL PJ RC 30.101 AMIL PJ RC 40.101
AMIL PJ RE 50 SERIE 100 Blue 200 MG QC PJCA Blue 200 MG QP PJCE
Blue 200 NAC QC PJCE Blue 200 RMC QC PJCA Blue 300 DF QC PJCA
Blue 300 DF QP PJCA Blue 300 NAC QC PJCE Blue 300 NAC QP PJCE
Blue 300 RM PR QP PJCE Blue 300 RM RJ QC PJCA Blue 300 RM RJ QC PJCE
Blue 300 RM RJ QP PJCE Blue 300 SP QC PJCE Blue 400 NAC QC PJCE
BLUE 400 NAC QC PJCE GEQ Blue 400 NAC QP PJCA Blue 400 NAC QP PJCE
Blue 500 NAC QP PJCA Blue 500 NAC QP PJCE Blue 600 NAC QP PJCA
Blue 600 NAC QP PJCE Blue 700 NAC QP PJCE Blue 800 NAC QP PJCE
Blue Life Executivo Gr Estados Emp QP Consult Executivo Gr Estados CA QP
Dental 200 Nac PF Dental 200 Nac PJCA Dental 200 Nac PJCE
ESSENCIAL 350 A ESSENCIAL 350 E H0+L H3+L H4+L Medial
100 RM SP QC PJCA S/COPART Medial 200 RM PR QC PJCA COPRC4 S/Obst Medial
200 RM RJ QC PJCE COPRC4 Medial 200 RMC QC PJCE COPRC4 Medial 200 RMC QP
PJCE COPRC4 Medial 300 DF QC PJCE COPRC5 Medial 300 RM PR QC PJCA COPRC5
Medial 300 RM PR QC PJCE COPRC5 S/Obst Medial 300 RM PR QP PJCA COPRC5
S/Obst Medial 300 SP QC PJCE COPRC5 Medial 400 NAC QC PJCA S/ Copart
Medial 500 NAC QP PJCA S/Copart MEDIAL CONFORTO CLASS 620/E MEDIAL
CONFORTO CLASS 620A MEDIAL CONFORTO PREMIUM 840A Medial INTER I NAC QC
PJCE Medial Odonto Empresarial Medial Odonto P MEDIAL PROTEÇÃO IDEAL
420/A MEDIAL PROTEÇÃO IDEAL 420/E Medial STANDARD I GR.EST. QC PJCE
Medial STANDARD I GR.EST. QP PJCE Medial STANDARD II NAC QC PJCE
Medial STANDARD II NAC QP PJCE REFERENCIAL PME Gr Municipios Emp QC
Co-Part
Associação de Beneficência e Filantropia São Cristovã o
SÃO CRISTÓVÃO 20 A SÃO CRISTÓVÃO 20 E SÃO CRISTÓVÃO EMPRESARIAL 10 A
SC EMPRESARIAL 1A SC EMPRESARIAL 1E
Beneplan
PLENO ESPECIAL GRUPAL I PLENO GRUPAL PRÉ PAGAMENTO PLUS GRUPAL -
EMPRESARIAL TEC SEG ECONÔMICO INDIVIDUAL FAMILIAR TEC SEG PLENO
INDIVIDUAL/FAMILIAR TEC SEG PLUS INDIVIDUAL/FAMILIAR
Centro Trasmontano de São Paulo GOLD 712 Enfermaria
GOLD I 712 Apartamento
Ecole Ecole Básico Ecole Empresarial Básico
Excelsior Med EXPRESS AL ENFERMARIA COM PARTO (já estava
suspenso) EXPRESS AL ENFERMARIA SEM PARTO (já estava suspenso) EXPRESS
ODONT0 - I (já estava suspenso) EXPRESS ODONTO - II (já estava suspenso)
EXPRESS ODONTO - III (já estava suspenso) EXPRESS ODONTO - IV (já estava
suspenso) EXTRA AL APARTAMENTO COM PARTO (já estava suspenso) EXTRA AL
APARTAMENTO SEM PARTO (já estava suspenso) EXTRA ODONTO - IV (já estava
suspenso) EXTRA PB APTO SEM PARTO (já estava suspenso) EXPRESS ODONTO
COMPULSÓRIO - III
Fundação Saúde Itaú BASICO ESPECIAL ESPECIAL I
EXECUTIVO I PLANO DE SAÚDE ITAU UBBAP Especial V UBBAP Executivo
V UBBAT Especial V
G & M Assessoria Médica Empresaria Plano
Ambulatorial Coletivo por Adesão
Geap Fundação de Seguridade Social
GEAPClássico
GEAPEssencial GEAP-Referência GEAPSaúde II PLANO GEAPFAMÍLIA
Green Line Sistema de Saúde S.A CLASSIC (já estava
suspenso) CLASSIC - CE (já estava suspenso) CLASSIC CE COP (já estava
suspenso) Executive Global (já estava suspenso) IDEAL (já estava
suspenso) IDEAL RELATIVA APARTAMENTO (já estava suspenso) MASTER (já
estava suspenso) Plano Referência Special - PME (já estava suspenso)
Plano Referência Standard - PME (já estava suspenso) Special Global (já
estava suspenso) SPECIAL GLOBAL (já estava suspenso) SPECIAL PREMIUM (já
estava suspenso) Standard Global (já estava suspenso) STANDARD GLOBAL
(já estava suspenso) STYLE (já estava suspenso) VIP OURO I PME (já
estava suspenso)
Promédica Co-Participado Especial Co-Participado
Essencial Co-Participado Referencia Promedica Plano Ambulatorial
Plano Especial Standard Plus
Prontomed ProntoMed Saúde PRONTOPLAN - BRONZE
Sáude Medicol S/A BÁSICO (já estava suspenso)
Pleno 420 E
Sindicato dos Assalariados Ativos, Aposentados e Pensionistas nas
Empresas Geradoras, ouTransmissoras, ou Distribuidoras, ou afins de
Energia Plano Global Plano Odontológico Plano Odontológico
"A" Sener Alternativo
Somel UNISIS CE APARTAMENTO UNISIS CE ENFERMARIA
UNISIS I/F APARTAMENTO UNISIS I/F ENFERMARIA
SOSaúde Só Saúde Enfermaria Individual/Familiar sem
Obstetrícia SoSaude Flex Standart SOSAUDE FLEX STANDART EMPRESARIAL
STANDARD ENFERMARIA SEM OBSTETRICIA STANDART SEM OBSTETRICIA
EMPRESARIAL VIP APARTAMENTO SEM OBSTETRICIA
Sul América 505 - Especial 100 QP 505 - Exato QC
505 - Exato QP Básico 10 Empresarial/PME Trad.10 AHO QC Básico 10
Empresarial/PME Trad.10 AHO QP Básico Adesão Tradicional AHO QC Básico
Adesão Tradicional AHO QP COP Básico PME Tradicional AHO QC Beta Adesão
AHO QP Beta Empresarial AHO QP COP Especial Adesão Tradicional AHO QP
Especial PME Tradicional AHO QP Executivo/Máximo Adesão Tradicional AHO
QP
Unimed UNIMED CIDADE BASICO UNIVIDA BÁSICO
EMPRESARIAL UNIVIDA BASICO PLUS 1 UNIVIDA ESPECIAL ADESÃO
PARTICIPATIVO UNIVIDA ESPECIAL PLUS 1
UNIMED das Estâncias Paulistas Vip Regional 3 A - (com
fator moderador) (já estava suspenso) Vip Regional A - (sem parto) (já
estava suspenso) UniAdesão Prata Vip Regional 1 A
Universal CONTRATO COLETIVO EMPRESARIAL - PRATA 275 (já
estava suspenso) Viva
GLOBAL II PREFERENCIAL I SAÚDE GLOBAL 20 SAÚDE GLOBAL 30
SAUDE PE120 QP SAUDE PE21 QC SAÚDE QC - 11
O salário mínimo do ano que vem deve ter o segundo menor reajuste real em 12 anos de gestão do PT no Palácio do Planalto. Isso vai ocorrer por conta da mesma Política de Valorização do Salário Mínimo, que rendeu nos últimos anos polpudos aumentos no salário mínimo.
Por esse instrumento, o salário é reajustado de acordo com a inflação do ano anterior, e tem como aumento real o PIB de dois anos antes. No caso de 2014, portanto, o salário mínimo será reajustado pelo INPC de 2013, e o aumento real será equivalente ao PIB de 2012, que foi de apenas 0,9%. O reajuste só não será menor do que o de 2011 - naquele ano, o aumento real seguiu o PIB de 2009, quando o Brasil sofreu as consequências da crise econômica mundial. O governo concedeu, então, um reajuste real de 0,4%.
Coincidentemente, a gestão Dilma Rousseff terá concentrado os dois piores reajustes do salário mínimo - no primeiro (2011) e no último ano (2014) de sua administração. O governo, no entanto, ainda não definiu como ficará a política de reajustes a partir de 2016. Isso porque a Política de Valorização do Salário Mínimo, transformada em lei há dois anos, tem como prazo de validade o ano de 2015.
A prorrogação da lei vem sendo discutida internamente por técnicos de alguns ministérios, mas o tema não está posto no alto escalão do governo. Até porque a avaliação é a de que há uma regra definida até um ano depois da eleição presidencial e o tema é sensível em demasia, do ponto de vista político, para ser antecipado em debate.
Além do mais, o PIB fraco de 2012 (0,9%) é um ingrediente que dá um pouco mais de tranquilidade ao quadro, não gerando manifestações contrárias dos empregadores e tendo de ser aceito pelos trabalhadores.
Na área técnica, há grupos que avaliam como já terminada a política de valorização do mínimo e argumentam, portanto, que não há motivos para que a regra seja estendida por mais tempo. Há outras áreas, no entanto, favoráveis à existência de uma fórmula específica que dê previsibilidade a esses reajustes e que acabe diluindo as manifestações anuais de sindicatos. Entre críticas e defesas, não há expectativa de mudança de regra no curto prazo e o mais provável é que o assunto siga congelado até a eleição.
Sindicatos. As centrais sindicais temem que o governo já esteja se preparando para abandonar a política. Apesar da data final estabelecida, havia a perspectiva de que o uso da fórmula fosse prorrogada. "Já foi estabelecida mais uma guerra para 2014", previu o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), Sergio Leite, que também é primeiro secretário-geral da Força Sindical, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Segundo Leite, técnicos do governo já deram a entender que esse período de valorização do mínimo está com os dias contados. "Ninguém fala disso claramente, mas, para bom entendedor, não é preciso pingar os 'is'", disse o sindicalista, após participar ontem de reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). O conselho, tripartite, conta com seis representantes do governo, seis de empregadores e seis de trabalhadores.