sábado, 14 de dezembro de 2013

DOLAR NA MEIA, PODE ??

     
 
 

PF surpreende homem com R$ 652 mil escondidos na meia em aeroporto

 
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Apreensão tem relação com ação de maio, quando a PF flagrou dois passageiros com R$ 465 mil

 
 

PF surpreende homem com R$ 652 mil escondidos na meia em aeroporto
"Homem usava meias de futebol, onde o dinheiro estava escondido"



BRASÍLIA – A Polícia Federal deteve no aeroporto de Brasília, na noite de sexta-feira, um homem com US$ 280 mil (R$ 652 mil no câmbio desta sexta-feira, 13) e R$ 13.950.
 
O homem, de 41 anos, usava meias de futebol, onde o dinheiro estava escondido.
 
Ele foi levado para a Superintendência da PF em Brasília, mas se recusou a prestar esclarecimentos.
 
No caminho, ele chegou a dar várias versões para o dinheiro, mas no depoimento preferiu se calar.
 
O homem já foi liberado pelos policiais, mas o dinheiro foi apreendido.
 
Até a tarde de sábado, ninguém havia se apresentado como dono do montante.
 
 
A Polícia Federal montou uma delegacia no aeroporto de Brasília e um dos focos é flagrar pessoas que têm trazido dinheiro para a capital do País oculto no vestuário.
 
Em maio deste ano, dois passageiros foram flagrados no portão de embarque do mesmo aeroporto com R$ 465 mil escondidos em meias e cuecas.
 
O operador de mercado Carlos Eduardo Lemos, conhecido como Dudu e com amigos influentes no meio político, se apresentou dizendo ser o dono do dinheiro.
 
Mais tarde, Lemos foi citado na Operação Miqueias, da Polícia Federal, que desvendou uma quadrilha que desviava dinheiro de fundos de previdência municipais, entre outros crimes.
 
O Estado apurou que a apreensão desta sexta em Brasília está relacionada com a do início do ano.
 
 
No Brasil, para viajar com dólares em voos nacionais é preciso portar documento de comprovação da origem do dinheiro e da instituição em que a moeda foi comprada.
 
Em voos para o exterior, o passageiro pode levar até US$ 10 mil.
 
O homem estava vindo do Rio de Janeiro.
 
Segundo agentes que acompanharam a apreensão, trata-se de uma pessoa conhecida da PF.
 
 
Atualizado: 14/12/2013 13:46 | Por Andreza Matais, estadao.com.br
 
 
FONTE: MSN

As 5 maiores "guerras" do mundo da tecnologia



No mundo virtual o que não faltam são brigas e disputas. Da criação do Facebook à "guerra dos navegadores", conheça as maiores 5 disputas do mundo da tecnologia.

 
 



"Você não consegue 500 milhões de amigos sem conquistar alguns inimigos". O slogan do filme "A Rede Social" (2010), que conta a história da criação do Facebook, resume bem como o mundo dos negócios pode ser cenário ideal para o florescimento de desavenças. O fato é que na história da computação e da internet o que não faltam são histórias sobre disputas judiciais, batalhas de ego e jogos de poder. Da guerra dos "browsers" à criação do Facebook, passando pela eterna rivalidade entre Steve Jobs e Bill Gates conheça 5 das maiores brigas do mundo da tecnologia.

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A guerra dos browsers 

 Houve uma época em que os browsers (programas usados para navegar na internet) faziam parte de uma verdadeira guerra tecnológica. Essa batalha acontecia no mundo virtual e tinha, de um lado, o browser Internet Explorer da Microsoft e, de outro, o Navigator, da Netscape. Antes da entrada do IE no mercado o Netscape Navigator reinava quase absoluto. A disputa durou cerca de 4 anos (entre 1995 e 1999) e acabou vencida pela Microsoft. A tática empregada pela companhia, ao embutir o Internet Explorer 4.0 no Windows 98, foi decisiva para a vitória. A prática foi considerada monopolista pela justiça americana em 2000. O Netscape, por sua vez, foi descontinuado do mercado e hoje parte do seu código é usado no Mozilla Firefox.
 
 
 
Steve Jobs versus Bill Gates



Na história da computação Steve Jobs e Bill Gates sempre foram protagonistas de grandes disputas. Uma das mais famosas envolve o Windows. Durante anos Steve Jobs acusou Bill Gates de ter "roubado" a interface gráfica do System 1.0 do Macintosh para utilizar na criação do Windows. Em 1997 aconteceu um dos capítulos mais improváveis na história das duas empresas e seus respectivos fundadores. A Apple, em apuros financeiros, vendeu 150 milhões de dólares em ações sem direito a votos para a sua concorrente. A aparição de Bill Gates num grande telão na abertura da Macworld naquele ano, para fazer o anúncio do negócio, causou um grande alvoroço. Em sua biografia oficial, Jobs afirmou que errara ao aparecer pequeno diante de Gates naquele dia histórico.



Steve Jobs contra o Android 

 Criado em 2007 pelo Google o sistema operacional Android hoje é amplamente utilizado em aparelhos como celulares (smartphones), tablets e até em videogames. Para Steve Jobs o software não passava de uma cópia do sistema operacional do iPhone lançado também em 2007, 10 meses antes do Android. Em 2010, depois que o Google lançou seu smartphone próprio (o Nexus One) rodando o Android, Jobs prometeu gastar até o último centavo da Apple para destruir o sistema e afirmou que provocaria uma guerra termonuclear se fosse preciso. Para ele, o Android era fruto de um "roubo" e violava várias patentes da Apple. No entanto, o ex-CEO da Apple faleceu em 2011 antes de ver seu desejo realizado.



A guerra das maçãs 

 Em 1981 a então Apple Computer e a Apple Corps (dona da gravadora dos "The Beatles") fizeram um acordo para dar fim a uma disputa jurídica em torno das suas marcas registradas. Basicamente ficou acertado que uma empresa não entraria no mercado da outra. Ou seja, a Apple Computer não entraria no mercado musical e a rival não se arriscaria no mercado de computadores. No entanto,anos depois a Apple Corps acionaria mais uma vez a Apple Computer na justiça acusando-a de violar o acordo de 1981. A gota d'água foi o lançamento da iTunes Music Store em 2003, a loja de músicas do iPod. A disputa só terminaria em 2007. Um novo e milionário acordo permitiu que a então Apple Inc. pudesse continuar usando o logo e a marca "Apple" no iTunes. A briga entre as duas empresas teve um efeito colateral indesejado: durante anos o catálogo dos "Beatles" ficou de fora do iTunes. As canções dos 4 garotos de Liverpool só foram disponibilizadas na loja online da Apple em 2010.




Mark Zuckerberg contra irmãos Winklevoss



A criação da maior rede social do planeta é cercada de polêmicas. Em 2004 os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss acusaram o estudante de Harvard Mark Zuckerberg, de ter copiado a ideia da rede social e de ter usado parte do código fonte do site ConnectU para criar o Facebook. Os irmãos obtiveram um acordo no valor de 65 milhões de dólares e encerraram o caso. Mas, depois, decidiram reabrir o processo ao descobrir que o site faturava muito mais do que imaginavam. Em 2011 a decisão da justiça, porém, não lhes foi favorável. Hoje os irmãos se dedicam a vários projetos na internet como uma rede social dedicada à investidores. Por sua vez, Zuckerberg é um dos mais jovens bilionários da história. E, além dos Winklevoss, o CEO do Facebook foi alvo de outros processos por pessoas afirmando serem os verdadeiros donos da rede social.



Por | Yahoo Contributor Network – seg, 9 de dez de 2013 11:17 BRST


FONTE: YAHOO

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PROVOCAÇÃO: MONTE SEU EMPREENDIMENTO EM 2014



7 provocações para impulsionar seu modelo de negócios em 2014

 
 
 










































quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CONTA DE LUZ MAIS CARA

 

Conta de luz ficará mais cara no horário de pico e divide opiniões do setor

 

Cobrança diferenciada pelo uso de energia elétrica por horários, chamada de tarifa branca, coloca em xeque o real benefício da medida às distribuidoras e ao consumidor

 
Taís Laporta - iG São Paulo |
    A conta de luz do brasileiro vai mudar a partir de janeiro de 2014, quando passa a valer a chamada tarifa branca. Embora o objetivo seja diminuir o valor da fatura no fim do mês – segundo informou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) –, especialistas do setor energético divergem quanto ao verdadeiro benefício da medida ao consumidor. A mudança vai afetar não só residências, como também estabelecimentos comerciais, indústriais e rurais.
     
     
    Thinkstock/Getty Images
    Horário de pico de energia ocorre entre 18h e 21h
     
     
    Quem optar pelo novo modelo de cobrança vai pagar menos se consumir energia elétrica fora do horário de pico (entre 18 horas e 21 horas) – e vai desembolsar bem mais durante esse período. Com isso, espera-se que a sobrecarga das distribuidoras de eletricidade nos momentos de maior demanda diminua com o modelo, semelhante ao já praticado pelo sistema de telefonia fixa.
     
     
     
     
    A redução da tarifa poderá chegar a 45% se a energia for consumida fora dos momentos de pico, segundo o diretor-presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), Alexei Macorin. “A adesão parece bastante vantajosa ao consumidor, contanto que haja uma reeducação dos hábitos para realocar os horários de consumo”, considera.
     
    Já na opinião do professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor em energética, Heitor Scalambrini Costa, a medida vai onerar ainda mais o bolso do consumidor, que não vai ter condições de ter controle sobre o uso do serviço. As empresas de distribuição de energia, acredita o docente, serão as maiores beneficiadas pela tarifa branca.
     
    “O que estão propondo é uma tentativa não só de culpabilizar o consumidor, mas cobrar dele uma gestão que não é de sua responsabilidade, a do sistema elétrico”, afirma. Na visão do professor, o usuário vai pagar mais caro pelo mau gerenciamento das reservas hidráulicas.
     
     
     
    Medidores eletrônicos
     
    A adoção da nova cobrança exigirá a troca dos medidores tradicionais (analógicos) pelos eletrônicos. A Aneel informou ao iG, em nota, que até o próximo ano haverá estrutura necessária para a implantação do sistema.
     
    Segundo o presidente da ABCE, o medidor será bem mais preciso que os atuais, mas o custo do novo aparelho terá de ser arcado pelo consumidor em sua próxima conta de energia. “Tudo indica que o preço será acessível”, acredita Macorin.
    Divulgação
    Helio Scalambrini, professor da UFPE: tarifa branca vai onerar o consumidor
     
     
    O novo medidor exigirá mais atenção do consumidor quanto ao estado da rede elétrica, alerta o professor da UFPE, Scalambrini. “A sensibilidade do aparelho poderá influir drasticamente e negativamente se houver vazamento de energia, muito comum com fiação antiga, descampada ou com pequenos curtos-circuitos na rede”.
     
     
     
     
    Em princípio, o equipamento será instalado nos postes de iluminação das ruas, e não dentro casa do usuário, dificultando o controle do consumidor quanto ao montante que foi consumido, observa o professor. “Minha recomendação é ter prudência ao adotar a nova modalidade tarifária”.
     
    Scalambrini definiu o novo regime de cobrança como mais um incentivo para as distribuidoras de energia viverem um capitalismo sem risco. “É o que chamo de ‘negócio da China’. As mudanças sugeridas caminham para aprofundar o modelo mercantil adotado no setor energético”, diz.
     
     
     
    Como vai funcionar
     
    O novo modelo de cobrança, popularmente chamado de tarifa branca, vai funcionar com três bandeiras tarifárias: verde, amarela e vermelha, como no semáforo de trânsito. A verde indicará que o custo da energia é baixo, a amarela apontará um aumento gradual da cobrança e a vermelha mostrará um custo mais elevado no horário de pico, entre 18h e 21h, de segunda-feira a sexta-feira.
     
    Já os horários com tarifa moderada devem ficar entre 17h e 18h e entre 21h e 22h. Nas horas restantes, será feita a cobrança mais barata. Segundo informou a Aneel, os três patamares serão válidos nos dias úteis. Nos fins de semana e feriados será empregada a tarifa mais barata para todos os horários do dia, de acordo com a agência.
     
     
    FONTE: IG ECONOMIA

    quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

    O PIOR CEO DE 2013



    Eike Batista é eleito pior CEO de 2013

    Professor de liderança da escola de negócios americana de Dartmouth aponta que falhas de gestão do empresário brasileiro superam as de líderes da BlackBerry e Microsoft

    Marília Almeida - iG São Paulo | - Atualizada às



    Em depoimento à revista americana Fortune, Sydney Finkelstein, professor de estratégia e liderança da escola de negócios americana Tuck, localizada em Dartmouth, no Estado de New Hampshire elegeu o empresário brasileiro Eike Batista como o pior CEO de 2013.
     

    Getty Images
    Eike: professor utiliza dados financeiros das empresas e os relaciona à gestão do CEO
    Finkelstein escreveu o livro "Por quê Executivos Espertos Fracassam: E o que você pode aprender com os erros deles" (Why Smart Executives Fail: And What You Can Learn from Their Mistakes).
     
    Eike lidera a lista dos piores executivos, onde figuram ainda Ron Johnson, da rede de departamentos americana J.C. Penney; Thorsten Heins, da Blackberry; Eddie Lampert, da rede de varejo Sears; e Steve Ballmer, Microsoft.

    Finkelstein utiliza diversas métricas financeiras, incluindo preço de ações posição de caixa das empresas e fatia de mercado. Então ele relaciona estes números para verificar se o CEO foi responsável pelo que aconteceu com as empresas.

    Na lista de melhores CEOs do ano, estão Jeff Bezos, da Amazon; Akio Toyoda, da Toyota; Pony Ma, Tencent (China), John Idol, da marca de acessórios Michael Kors; e Reed Hastings, do Netflix.


    FONTE: IG ECONOMIA

    terça-feira, 10 de dezembro de 2013

    "Fator previdenciário não adia aposentadoria precoce"

    "Fator previdenciário não adia aposentadoria precoce"

     
     

    Afirmação é de Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência; além da ineficiência, mecanismo pode gerar um esqueleto de R$ 69 bilhões

     
     
    Vitor Sorano - iG São Paulo | - Atualizada às       
     
    Elza Fiúza/ABr - 25.7.2012
    Rolim: 'o fator não tem adiado a aposentadoria'
     
    O fator previdenciário tem falhado em seu principal objetivo: impedir que as pessoas se aposentem cedo demais. Também não conseguiu inverter a tendência de deficit da Previdência Social. Mas serviu para criar um possível esqueleto de R$ 69 bilhões.
    Desde que o fator previdenciário foi criado, em 1999, para retardar as aposentadorias por tempo de contribuição, idade média dos que pedem esse benefício aumentou cerca de 2 anos e três meses, de 51,7 anos para 54 anos, segundo dados da Previdência.


    LEIA TAMBÉM: Saiba o que é fator previdenciário


    Para se ter uma ideia, nesse período, os aposentados como um todo –  dos setores público e privado, afetados pelo fator ou não – envelheceram praticamente o mesmo tempo: dois anos e pouco mais de três meses, de 64,73 anos para 67,11 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população como um todo ficou três anos e meio mais velha.
    “O instrumento que existe hoje [para atrasar desestimular a aposentadoria precoce] é o fator previdenciário, que não tem adiado a aposentadoria [por tempo de contribuição]”, afirma Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, em entrevista ao iG, comentando apenas sobre os dados da pasta.
    “Olhando apenas os que se aposentam por tempo de contribuição, está mais ou menos estável a idade com que eles se aposentam”, diz Rolim. “É uma média baixíssima. Em nenhum lugar do mundo as pessoas se aposentam tão cedo como no Brasil.”
     
     
    LEIA TAMBÉM: Executivo do BNDES descarta reforma da Previdência em 2015


    Mesmo a comparação entre a aposentadoria por idade e por tempo de contribuição não mostra uma vantagem muito expressiva do fator: entre 2002 e 2012 (a Previdência não forneceu os dados para 1999), a idade média de quem pede esses benefícios avançou, respectivamente, dez e sete meses.
     
     
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    Politicamemte mais fácil' 
    Forçar os trabalhadores a se aposentarem mais tarde foi a estratégia encontrada pelo governo para equilibrar as receitas e despesas da Previdência Social, lembra Marcelo Driemeyer Wilbert, doutor em economia, professor da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador do tema. Mas, em setembro deste ano, o deficit estava em R$ 36,2 bilhões.
     
     
    SAIBA MAIS: Aumento na expectativa de vida do brasileiro preocupa a Previdência


    "No nosso estudo [publicado em 2012], concluímos que o fator previdenciário contribuiu para a redução do deficit, mas não foi capaz de equilibrar receita e despesa", diz Wilbert, que não chega a defender o fim da medida. "O que eu posso dizer é que o Regime Geral de Previdência Social tem de ser revisto. Está se protelando algumas coisas, mas em algum momento vai ser mais difícil protelar."
    Wilbert considera que o fator era a medida "politicamente mais fácil" de se implementar à época, já que outro caminho para evitar o déficit envolveria elevar decisões bastante impopulares como elevar a alíquota de contribuição e ou os requisitos mínimos para se pedir uma aposentadoria.
    Ao menos um desses pontos, entretanto, já voltou a ser debatido. Numa mesa ligada à Secretaria-Geral da Presidência da República criada para discutir mudanças na Previdência, aventou-se, segundo Rolim, mudanças como aumentar o tempo mínimo de contribuição – hoje em 30 anos para os homens e 25 para as mulheres – ou implementar uma fórmula que somasse o tempo de contribuição com a idade, à semelhança do que acontece com a aposentadoria dos servidores públicos.
    “Mas não se chegou a se fechar nenhuma proposta”, diz Rolim, “[Alterações] acredito que só depois das eleições [de 2014].”



    Ganho, em vez de perda

    Para o secretário, o problema das aposentadorias precoces está na falta de cultura previdenciária da população. O benefício é visto como uma renda complementar à do trabalho, afirma. Em 2012, aproximadamente 21% dos aposentados tinha até 59 anos  – ou seja, não era sequer idoso. Em 2002, essa parcela era de 29%.
    “As pessoas que se aposentam com 55 anos, no caso dos homens, perdem em torno de 31% do benefício pelo fator previdenciário. Mas elas não veem uma perda de 30%, veem um ganho de 70%", afirma Rolim. "Vinte por cento das pessoas que se aposentam por tempo de contribuição têm menos de 50 anos. Preenchidos os requisitos para se aposentar, já pedem no mesmo mês.”
    Mas o medo de que as regras mudem e a situação se torne ainda mais prejudicial ao trabalhador também é outro motivo. Desde a década de 1990, o Brasil passou por duas grandes reformas da Previdência. Se o metalúrgico Jaime Gasparin tivesse se aposentado antes de 1998, por exemplo, não teria sido atingido pelo fator previdenciário, que lhe tomou 16% do benefício.
    “Se eu não me aposentasse, podia correr o risco de mudarem de novo as regras e eu ficar no prejuízo”, comenta o ex-metalúrgico de São Bernardo do Campo, que pediu o benefício quando tinha 50 anos, e continua trabalhando como autônomo. “Minha esposa [aposentada aos 48 anos] perdeu 26%.”



    Bomba relógio

    Se foi insuficiente para conter aposentadorias precoces, o fator previdenciário foi eficiente o bastante para criar uma bomba relógio: os processos judiciais em que se pede, após um período extra na ativa, a revisão do benefício – e, assim, diminuir o impacto negativo causado pelo fator previdenciário.
    Conhecida como desaposentação, a tese depende de julgamento no STF, esfera jurídica na qual  o ministro Marco Aurélio Mello já votou favoravelmente aos beneficiários. Há dois processos na Corte – um relatado pelo ministro Dias Toffoli e outro, por Luís Roberto Barroso. Ambos serão julgados juntos.
    O governo estima que, se o STF se puser a favor da desaposentação, o impacto para as contas da Previdência será de R$ 69 bilhões no longo prazo. Há cerca de 500 mil aposentados que voltaram à ativa e contribuem para a Previdência.
    “Não há plano B [para esse cenário]”, diz Rolim. “Estamos aguardando a decisão do STF.”


    FONTE: IG ECONOMIA

    Fator previdenciário pode estar perto da extinção

     

    Mecanismo criado para reduzir o valor das aposentadorias prejudica trabalhadores e até o governo já fala em substituí-lo



    Nelson Rocco, iG São Paulo |
     
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    O fator previdenciário parece estar com os dias contados. Instituído após a Reforma da Previdência de 1998 como forma de reduzir as aposentadorias pagas e, consequentemente, poupar recursos da Previdência, o mecanismo tem sido alvo de críticas desde sua criação. Trabalhadores, centrais sindicais e advogados são unânimes em apontar o fator como injusto e prejudicial aos aposentados. Agora até o governo fala em liquidá-lo.
    Na semana passada, o novo ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse que encomendaria a sua equipe cálculos para avaliar o impacto do fim do fator nas contas da Previdência. A ideia seria substituí-lo pelo critério da idade mínima para a concessão de benefícios. A presidenta Dilma Rousseff também já avisou que quer ver um projeto de Reforma Tributária até o final do primeiro semestre. E quando se fala em reforma na arrecadação, o tema passa pela Previdência, obrigatoriamente.
     
     
    “Ano posterior às Eleições é ano de reformas. E este ano não será diferente”, afirma Jane Lucia Berwanger, presidente em exercício do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP). “Devem vir à tona vários temas para discussão, como o fim do fator, a idade mínima e os critérios para a aposentadoria”, prevê a advogada.

    O governo deve, inclusive, rever alguns dos benefícios pagos pela Previdência. A pensão por morte é um deles. Uma mulher na casa dos 20 anos, por exemplo, que tenha um marido 50 anos mais velho, irá receber a pensão durante toda a sua vida após a morte do cônjuge. “Essa questão, o governo irá trazer para a discussão”, opina Jane.
     
     
     
    Substituição do fator
         
    No Congresso, há diversos projetos que afetam a aposentadoria do setor privado. Vão desde o fim do fator previdenciário até a mudança dos seus cálculos e a limitação do período de aplicação. De acordo com Jane, o governo deve sinalizar com o fim do fator, mas deve cobrar da sociedade – centrais sindicais e congressistas – algum outro critério que o substitua.
    “O fator, do ponto de vista econômico, pode até ter lógica. Mas se olharmos para as pessoas, ele é injusto”, avalia Luiz Benedito, diretor técnico do Sindifisco, o sindicato nacional dos auditores fiscais – hoje a arrecadação da Previdência está vinculada à Receita Federal. “O fator previdenciário prejudica quem começou a trabalhar mais cedo, que geralmente recebe uma remuneração mais baixa e que, quando perde a colocação aos 50 anos, não consegue outra”, justifica.
    Jane, do IBDP, afirma que tanto o fator previdenciário como a limitação da idade mínima para a aposentadoria são “ruins” em uma sociedade com a estrutura social como a brasileira. Ela lembra que, desde a reforma de 1998, não existe mais a idade mínima para a aposentadoria integral, que leva em conta 30 anos de contribuição para mulheres e 35, para homens. “Apenas a proporcional tem o critério da idade mínima de 53 anos”, diz.
    Segundo a presidente em exercício do IBDP, na prática, poucos candidatos à aposentadoria se enquadram no critério da idade mínima. Quando foi instituída, em 1998, passou a exigir um “pedágio” do trabalhador de 40% sobre os anos que faltavam para ele se aposentar. “Se a pessoa tinha 25 anos de contribuição”, exemplifica Jane, “faltavam dez anos para ela se aposentar. Com o pedágio, ela tem que completar mais 40%”, diz. No total, a conta chega a 39 anos, no mínimo, e é difícil quem cumpra esse prazo quando chega aos 53 anos.
     
     
     
    Pontuação
         
    Jane Lucia Berwanger lembra que um dos projetos em tramitação no Congresso, do deputado Pepe Vargas (PT-RS), que institui o critério de pontos 85/95 para a concessão da aposentadoria integral, pode ganhar força nos debates. Pelo projeto, os homens devem comprovar um total de 95 pontos e as mulheres, 85. Isso significa a soma dos anos de contribuição à idade do segurado. Uma mulher com 35 anos de contribuição, que tenha começado a trabalhar aos 15, pode se aposentar aos 50 anos. A advogada afirma que, por esse critério, o tempo de contribuição mínimo tem de ser 35 anos. “Pode ser mais, nunca menos.”
     
     
    FONTE: IG ECONOMIA