segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A MENINA QUE CONQUISTOU O VALE DO SILICIO




EMPREENDEDORISMO
 
 
 
 
 



Conheça a história de Bel Pesce,

a menina que conquistou

o Vale do Silício

 

  •  
    Bel Pesce, 24, é brasileira e mora no Vale do Silício (EUA), onde fundou a empresa Lemon Bel Pesce, 24, é brasileira e mora no Vale do Silício (EUA), onde fundou a empresa Lemon
 
 
Uma cabeça cheia de ideias, um coração apaixonado por mudanças e mãos ávidas por iniciativa.
 
Assim é Isabel Pesce Mattos, ou Bel Pesce, a "menina do vale", por tudo o que descreve de sua vida, sua rotina e pelos feitos que realizou até agora.

 

Das ideias da garota que aos 17 anos foi estudar no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) um dia já nasceram bijuterias, games, diversos projetos e hoje nascem uma empresa de tecnologia, a Lemon (aplicativo digital para finanças pessoais), e o livro on-line "A Menina do Vale", que pode ser baixado gratuitamente pela internet, com seus aprendizados.
 
 
O UOL entrevistou a autora, que mora no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), por e-mail para conhecer melhor sua experiência. Confira os principais trechos:
 
 
 
 
A história de como você foi estudar no MIT é bastante inusitada. Como foi?

 Cheguei ao MIT de uma maneira bem inesperada.
 
Durante o colegial ouvi falar sobre o MIT, mas quando fui me informar sobre os detalhes do processo de admissão, já era muito tarde, eu tinha perdido várias etapas: uma prova de múltipla escolha e uma entrevista com um ex-aluno.
 
Praticamente todo mundo me falou que não dava mais tempo e eu devia desistir.
 
Mas aprendi cedo que ter perseverança e dar o melhor de si pode fazer milagres.
 
Se eu não fizesse nada, não seria aceita.
 
Então parti para a missão de tornar o "não" em "sim".
 
Sabia que as chances eram pequenas, mas queria ter a consciência limpa de que tinha tentado o meu melhor.
 
 
 
 
 
 
E como você conseguiu ser aceita nessas circunstâncias?

 Fiz duas coisas um tanto malucas.
 
Primeiro, descobri o endereço de um ex-aluno do MIT em São Paulo e fui bater na sua porta.
 
Como eu não sabia o que era essa tal de entrevista, coloquei tudo que fiz na vida em uma caixinha de papelão, para mostrar que eu trazia meu coração e minha vida e pedi para que me entrevistasse depois do prazo.
 
No final, a entrevista acabou indo super bem.
 
Segundo, apareci nas provas e implorei por um exame, mas infelizmente as provas vinham contadas dos Estados Unidos.
 
Pedi para esperar e ver se alguém faltaria, mas disseram que isso não iria acontecer.
 
Em uma cena dramática, fiquei ali à porta, vendo as pessoas entrarem e sentarem em frente aos seus exames.
 
Mas um assento continuou sempre vago e acabei fazendo esse exame.
 
No dia 18 de março de 2006, eu recebi uma carta dizendo que eu havia sido aceita no MIT.
 
 
 
 
Mas, o que, afinal, tinha dentro daquela caixa? Com 17 anos, você já havia produzido algo de extraordinário, ou a atitude e a ousadia contaram mais?
 Acredito que eles tenham se interessado pelo "pacote completo": sempre fui muito bem em todas as matérias na escola, então minhas notas se destacaram bastante.
 
Mas notas é apenas um parâmetro.
 
  • Eu fazia trabalho voluntário em algumas organizações,
  • eu já havia trabalhado em empresas durante o Ensino Médio,
  • eu era doida por tecnologia, eu montava e desmontava computadores,
  • eu havia escrito alguns livros quando criança,
  • eu gostava de esportes, eu fazia websites,
  • eu vendia bijuterias que eu mesmo construía,
  • eu tinha uma pasta cheia de ideias de games para produzir,
  • eu devorava livros, eu era fascinada por música,
  • eu tinha ido muito bem nos vestibulares brasileiros desde o primeiro ano do colegial,
  • eu adorava passar horas conversando sobre vários assuntos
 
-- essas foram algumas das coisas que eu levei naquela caixinha.
 
Mas, acima de tudo, na entrevista ficou claro que eu queria usar a educação que recebesse no MIT para transformar o mundo em um lugar melhor.
 
 
 
 
 
Na sua opinião, qualquer pessoa pode empreender?

 Há muitas profissões lindas nesse mundo e nem todas as pessoas no mundo precisam abrir companhias.
 
Mas vale ressaltar que, para ser empreendedor, você não precisa abrir uma empresa.
 
Por exemplo, você pode empreender dentro de grandes companhias, criando um novo departamento ou fomentando novas ideias.
 
Você pode empreender na faculdade, começando algum grupo de discussão sobre algo em que tenha interesse.
 
Empreender está muito relacionado a ter iniciativa para começar algo em que você acredita.
 
E, por esse ângulo, todos podem ter um espírito empreendedor.
  • Capa do livro "A Menina do Vale", de Bel Pesce, que pode ser baixado gratuitamente pela internet




 
Sua primeira dica no livro é "não se preocupe com a idade".  A disposição ou a experiência, próprias de cada fase da vida,  não interferem em nada?

 Eu acredito que idade é algo muito psicológico -- você pode ter 90 anos e ser mais "jovem" que muito adolescente.
 
Tudo é uma questão de como você vê a vida e quais iniciativas toma para continuar aprendendo e continuar seguindo em direção às suas metas.
 
Mas, claro, há muitos fatores que podem fazer com que pessoas mudem as prioridades na vida: família, saúde, finanças, etc. 
 
E alguns deles podem estar mais presentes em certas idades.

  

Como mulher, jovem e brasileira empreendendo no Vale do Silício você enfrentou alguma barreira para liderar times num ambiente ultracompetitivo?

 Existem algumas oportunidades desiguais, como é evidenciado pela diferença entre salários e outros fatores.
 
Porém, quando se trata de desempenho e criatividade, não há limitação alguma.
 
Qualquer pessoa pode se empenhar muito em um projeto, ser muito criativo, etc.
 
O problema existe quando alguém acredita que essa diferença é real e daí acredita ser "menos" do que os outros.
 
Quando isso acontece, a limitação é amplificada para uma magnitude que pode chegar a realmente atrapalhar as suas metas.
 
No meu caso, ser mulher, jovem e brasileira nunca me atrapalhou.
 
Aliás, até mesmo ajudou porque, muitas vezes, quando você é minoria e faz um bom trabalho, as pessoas notam ainda mais.


No livro, você ressalta a importância dos relacionamentos e do networking. Que tipos de pessoas ajudam o empreendedor chegar ao sucesso?

 Se olharmos ao nosso redor, vamos perceber que praticamente tudo foi feito com trabalho em equipe.
 
Relacionamentos de confiança e admiração são extremamente importantes.
 
Mas o valor que esses relacionamentos agregam depende da sua atitude em relação aos mentores que escolhe.
 
Se você realmente quiser aprender, fizer perguntas pertinentes, escutar histórias com muita atenção, pensar criticamente sobre o que ouve, etc, ter mentores pode fazer uma diferença gigantesca na sua vida e na sua carreira.


Muita gente teme começar a empreender fazendo parcerias. É possível empreender sozinho?   

 Há pessoas que trabalham muito bem sozinhas.
 
Não é 100% necessário que você tenha um sócio, mas quando se trata de começar uma companhia, você precisa estar muito preparado para altos e baixos.
 
Ter alguém que te complemente profissionalmente pode ser decisivo para que a empresa não colapse.
 
A questão de confiança é muito importante: se possível, encontre alguém em quem você confia de olhos fechados.
 
Isso não acontecerá da noite por dia, então muitas vezes pode levar anos até que essa confiança seja construída.


Você diz que escreveu o livro para responder as perguntas mais frequentes que ouve. Algo mais te inspirou?

 Um outro fator muito importante foi o sentimento de responsabilidade em relação ao Brasil.
 
Eu amo o Brasil e sei que voltarei a morar aí, mas no momento moro fora, e sempre penso como posso continuar extremamente conectada com o meu país.
 
Como muitas das coisas que aprendi mudaram a minha vida, achei que tinha um compromisso em passar essas dicas adiante.
 
O livro surgiu dessa idea de dividir as lições que tenho aprendido.
 
 
 
 
Por que você optou pela distribuição gratuita on-line?

 Há maneiras diferentes de definir um emprendedor de sucesso.
 
Para mim, um empreendedor de sucesso é aquele que toca vidas de uma maneira positiva.
 
Vejo esse livro como um empreendimento social, e minha meta é alcançar o maior número de pessoas interessadas no assunto -- e tocar a vida dessas pessoas da maneira mais positiva possível.
 
A decisão de distribuir o livro gratuitamente on-line foi visando facilitar que qualquer pessoa interessada no tema tivesse acesso ao material.
 
E foi também uma questão de velocidade: eu queria muito colocar esse material nas mãos das pessoas rapidamente, então resolvi eliminar barreiras de distribuição ou de pagamento.
 
 
 
Há a intenção de publicar uma versão impressa?

 A recepção até agora foi muito positiva e o número de interessados foi uma surpresa muito agradável.
 
Na primeira semana, o livro foi baixado mais de 100 000 vezes e os números continuam crescendo muito rapidamente. Eu fiz o projeto com muito carinho e isso encheu meu coração de alegria.
 
Muitas pessoas perguntam se terá versão impressa.
 
Eu estou pensando no assunto.
 
A versão on-line facilita a distruibuição, mas nem todos têm acesso a essa tecnologia.
 
Fazer uma versão impressa pode ser uma boa solução para aumentar ainda mais a distribuição.
 
 
 

Clique para ver 10 dicas de sucesso, por Bel Pesce

Não se preocupe com a sua idade

"Alguns acham que, se você é jovem, é inexperiente e imaturo. E, se você é adulto, então já é muito tarde para se aventurar. Não acredite nessas generalizações. Na sua vida, você encontrará pessoas que tentarão usar vários argumentos para te desencorajar. Você tem que acreditar em si mesmo.
Se você realmente sonha em empreender, a sua idade não importa. O que importa é ser extremamente apaixonado por solucionar problemas e melhorar as vidas das pessoas, e estar disposto a trabalhar arduamente para fazer as coisas acontecerem."

  

Descubra quem te inspira e por quê

"Ao longo da sua vida, ter a quem admirar ajuda a se manter focado nas conquistas que realmente importam. Além disso, pessoas admiráveis em geral mostram horizontesmuito amplos e fazem com que você não limite as suas ambições.
Pessoas que eu admiro me ajudam a ver que posso e devo sonhar alto. Ao entender o que eu admiro nelas, eu acabo conhecendo-me muito melhor e entendendo o que realmente importa para mim."


  

Compartilhe as suas dificuldades

 
"Começar uma empresa é uma experiência emocionante, mas não é fácil. Algo que ajuda nos momentos de agonia é conversar com outras pessoas. Claro que as decisões são essencialmente suas e, dependendo do tópico, você não poderá contar todos os detalhes.
Mas, se você pedir opiniões para as pessoas certas, é bem possível que alguém tenha tido um problema semelhante e possa ajudá-lo a seguir na direção certa."
 
 

Ache pessoas que estavam na sua posição alguns anos atrás

 
"Juntamente com trabalho árduo e paixão, há algo que faz com que você cresça muito mais rapidamente: conselhos pertinentes. É fenomenal como pessoas experientes com histórias semelhantes à sua estão dispostas a ajudar sem pedir nada em troca -- elas só querem ver um jovem empreendedor apaixonado crescer."
 
 

O poder do networking

 
"Através de networking você pode alcançar pessoas que estão a muitos graus de separação e criar oportunidades incríveis. Ser bom em conectar pessoas pode ajudá-lo a encontrar
um parceiro de negócios, um mentor e um advogado. Pode ajudá-lo a levantar capital, divulgar a sua empresa e muito mais."
 
 
 

Seja sempre humilde

 
 
"A humildade é uma das virtudes mais importantes que alguém pode ter. Independentemente de quanto você já conquistou nesta vida, sempre há muito mais a aprender. Além disso, a qualquer momento a vida pode surpreendê-lo e dar muitas voltas. Não faz sentido algum achar que você é superior aos outros.
Ser humilde significa ser honesto consigo mesmo. É ser consciente de que você sempre pode melhorar e tirar o máximo proveito de cada uma de suas experiências. "
 
 
 

Esqueça o glamour

 
"Algumas pessoas pensam que abrir uma empresa é algo glamuroso. Desculpe desapontá-lo: não é. Você geralmente estará dormindo menos do que pensou ser humanamente
possível, comendo miojo para o almoço e jantar e passando mais tempo no escritório do que em qualquer outro lugar.
No entanto, essa também pode ser a melhor época da sua vida, especialmente se você estiver dedicando-se à construção de algo com o que realmente se importa.Os empresários mais bem-sucedidos nunca pensam no sucesso como um trampolim para outros projetos. Sua empresa é sua vida."
 
 
 
 

Equipe, Equipe, Equipe

 
"A importância de ter uma boa equipe é inestimável. As ideias vêm e vão. Você pode encontrar dezenas e dezenas de novas ideias em questão de horas. Contanto que a sua ideia esteja associada com um mercado de bom tamanho, o que faz toda a diferença é ter uma equipe capaz de executar essas ideias.
Você precisa ter a liberdade para expor as suas ideias, mas também ser capaz de chegar a decisões quando há discordâncias."
 
 
 

O verdadeiro valor de um plano de negócios

 
"Quando você está começando uma companhia, você tem a opção de escrever um plano de negócios para explicar melhor as suas ideias e como irá executá-las.  O verdadeiro valor do plano de negócios está no tempo que você gasta pensando sobre a sua ideia.
Para escrever as seções do seu plano de negócios, você precisa pesquisar o mercado, entender os concorrentes, testar algumas das suas hipóteses e avaliar diferentes estratégias para seu negócio. Depois disso, você precisa analisar os seus planos através de um ponto de vista financeiro. Tudo isso o ajuda a compreender melhor o seu negócio."
 
 
 
 
 

Seja acelerado, mas tenha paciência

 
"Ao montar a sua companhia, você precisa mover-se rapidamente. No entanto, a direção para a qual você está movendo-se também é muito importante. Não é bom mover-se constantemente a 1.000 km/h em direção ao fracasso.
Por outro lado, ao montar a sua companhia, você precisa de paciência para validar o seu mercado e produto. As empresas que têm sucesso não são aquelas que criam rapidamente o produto que têm em mente."
 
 
 
André Debs/Reprodução

Acostume-se a aprender com seus erros

 
"Administrar uma startup é difícil. Há uma lista interminável de coisas que podem dar errado. As pessoas mais trabalhadoras e inteligentes ainda cometem vários erros. Aliás, em geral, as únicas pessoas que não cometem erros são aquelas que não estão correndo riscos suficientes. Como empreendedor, você terá que aprender a lidar com alguns fracassos."
 
 
 

Encontre as suas paixões

 
"Se eu tivesse que escolher o que mais me ajudou ao longo da minha vida, seria ter paixão pelas coisas que faço. É difícil explicar em palavras o que é paixão, pois é algo
que você sente no fundo do seu coração. Quando você está apaixonado pelo que faz, de repente tem uma energia infinita para trabalhar dia e noite.
Se você não sabe quais são as suas paixões, passe um tempo tentando encontrá-las. Pode demorar um pouco, mas o processo de descoberta vale totalmente a pena. É uma ótima maneira de aprender mais sobre si mesmo.
"Além de estar atento ao que importa para você, esteja aberto a novas experiências. Você nunca sabe quando descobrirá uma nova paixão."
 
 
 
 

Impressione o mundo com a sua iniciativa

 
"Iniciativa é uma das características mais poderosas que você pode ter. Se pararmos para observar, geralmente há alguém dando trabalho para nós. Sejam nossos professores, sejam nossos pais, sejam nossos patrões, quase sempre há pessoas nos passando tarefas para terminar.
 
É ótimo conseguir tudo o que os outros esperam de você. Mas é sensacional quando você vai completamente além das expectativas. A melhor maneira de surpreender as pessoas é tendo iniciativa.
 
Não tenha medo de pensar de modo diferente ou iniciar seus próprios projetos. Comece agora, não espere até alguém lhe pedir algo.

 

LEIA MAIS
 
Renata Gama
Do UOL, em São Paulo

sábado, 25 de outubro de 2014

SEGREDOS DA SUA RIQUEZA




Milionários revelam os fatores

que levam à riqueza


Não existe caminho fácil para se tornar um milionário.
 
Não por acaso, o item que está no topo do ranking de fatores que levaram os investidores mais ricos dos Estados Unidos a acumular riqueza é trabalhar muito.
 
É essa a conclusão de uma pesquisa realizada neste ano pela Spectrem.
 
A consultoria especializada no mercado financeiro ouviu 132 mil investidores americanos que têm patrimônio acima de 25 milhões de dólares.
 
Trabalhar muito foi o motivo mais apontado para o acúmulo de riqueza, citado por 87% dos entrevistados.


Em seguida, os fatores mais mencionados foram educação, presente em 78% das respostas, e investir de forma inteligente (72%).
 
  • Aceitar riscos (63%),
 
  • ter uma vida simples (59%) e

  • dirigir o próprio negócio (46%)

também aparecem entre os fatores listados pelos milionários.


Notas de dólar: investidores com patrimônio acima de 25 milhões de dólares listam os motivos que os levaram a acumular dinheiro 
                      © Foto: Scott Eells/Bloomberg 
           Notas de dólar: investidores com patrimônio acima de 25 milhões de dólares listam os motivos que os levaram a acumular dinheiro 
             
Estar no lugar certo na hora certa, ter sorte e ou receber heranças foram citados por 56%, 53% e 30% dos entrevistados.
 
Já 35% dos milionários afirmam que ter seguido as indicações de consultores financeiros contribuiu para seu enriquecimento.
Veja na tabela a seguir os resultados da pesquisa.
 
Preferência por guardar dinheiro
Perguntados sobre como lidam com a riqueza, 70% dos milionários apontam que economizar dinheiro lhes dá mais satisfação do que gastar a fortuna.
Entre os entrevistados, 53% estão preocupados com o que seus filhos irão fazer com o dinheiro que irão herdar e 49% atribuem grande parte de sua felicidade à riqueza que conseguiram acumular.
Apenas 23% dos investidores admitem que se preocupam de forma constante com a sua situação financeira.
 
 
 
FONTE:
 

Exame.com
 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LUZ: AUMENTOS PREVISTOS


Conta de luz terá reajuste médio de mais de 17% na tarifa



 
 
 

ESTADÃO


Conta de luz não será reajustada em outubro, afirma presidente do Conselho da CEEE Dani Barcellos/Especial
 
 
A nova rodada de reajustes obrigatórios da conta de luz, autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), elevou a 17,63% o aumento médio da tarifa de energia de 68,7 milhões de unidades consumidoras em todo o País neste ano.


Os chamados grandes consumidores, como indústrias, tiveram suas tarifas reajustadas em 18,20% na média. Nas residências, a conta de luz subiu 17,41% na média deste ano.

 
A alta média ordinária aprovada pela Aneel superou a projeção do Banco Central, que estima aumento de 16,8% nas tarifas de energia neste ano.

O resultado final pode ser ainda maior, já que o cálculo considera os reajustes autorizados pela Aneel para 56 distribuidoras de energia elétrica em todo o País, desde o início do ano.

 
Até dezembro, outras oito distribuidoras ainda terão analisado o processo de reajuste tarifário pela Aneel. A principal delas é a Light, que atende cerca de 4 milhões de unidades consumidoras no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.

 
Também terão suas tarifas reajustadas as distribuidoras Boa Vista Energia, Amazonas Energia, Companhia Energética de Roraima (CERR), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) e Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe).


A Aneel aprovou reajustes para três distribuidoras. As tarifas da CPFL Piratininga terão aumento médio de 22,43%. Para grandes consumidores, o reajuste será de 24,35%. Nas residências, serão 20,98%. A companhia atende 1,6 milhão de unidades consumidoras em Santos, Sorocaba, Jundiaí e outros 24 municípios do litoral e do interior de São Paulo.

 
Com 1,7 milhão de unidades consumidoras, a Bandeirante Energia terá suas tarifas elevadas em 21,93%, em média. Para grandes consumidores, o reajuste será de 23,78% e para residenciais, 20,6%. A empresa atende 28 municípios de São Paulo nas regiões do Alto do Tietê e Vale do Paraíba.

 
Para os 70 mil clientes da DME Distribuição, de Poços de Caldas (MG), o aumento médio de 13,69%. Grandes consumidores terão alta de 15,44%, e residenciais, de 12,28%.

 
Banco Central. No último Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em setembro, o BC projetava elevação de 16,8% nas tarifas de energia elétrica neste ano. Foi a quarta revisão do BC. No fim do ano passado, a autoridade monetária projetava alta de 7,5%. Em abril, a previsão passou a 9,5%. Em seguida, subiu a 11,5% em maio e a 14% em julho.

 
Questionado sobre a projeção, o BC informou que suas previsões estão ancoradas não apenas nos reajustes tarifários, mas também em fatores sazonais, como o clima. Além disso, a autoridade monetária considera a inflação de preços livres e a alta de preços medida pelo Índice Geral de Preços (IGP). Pelo IPCA, índice oficial, a inflação da energia residencial acumula 13,19% até setembro.

 
A equipe econômica tem usado os reajustes concedidos pela Aneel para combater o discurso de que o governo controla a inflação segurando os chamados preços administrados, como gasolina e energia elétrica.

 
O aumento do custo da energia foi a principal causa dos elevados reajustes concedidos para as distribuidoras neste ano. Com a seca, o governo decidiu poupar água dos reservatórios das usinas hidrelétricas e acionar as térmicas, que geram energia mais cara. Praticamente, todo o parque de termelétricas está em funcionamento desde outubro de 2012.

 
Até agora, o maior reajuste autorizado pela Aneel foi o da Elektro. O aumento médio foi de 37,78%. As tarifas dos grandes consumidores subiram 40,79%, e a dos residenciais foram elevadas em 35,97%. A companhia atende 2,4 milhões de unidades consumidoras em 223 cidades de São Paulo e cinco de Mato Grosso do Sul.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ETIOS



TOYOTA ETIOS TERÁ CÂMBIO AUTOMÁTICO ATÉ 2016

 

Transmissão virá com nova geração de motores, que devem ser fabricados em Porto Feliz, no estado de São Paulo

                                                                                                                                   
                                                                                                            
Toyota Etios (Foto: Divulgação)

 
 
 
O Etios, modelo de entrada da Toyota no Brasil, terá câmbio automático até 2016, conforme afirmaram fontes ligadas à marca.
 
A chegada da transmissão depende de uma nova geração de motores, que a  montadora japonesa pretende produzir na fábrica de Porto Feliz (SP), em fase de terraplanagem, com previsão de conclusão para o final de 2015.
 
 
Ainda não é possível determinar a configuração da caixa, justamente pela indefinição dos novos propulsores.
 
Mas uma coisa é certa, a marca manterá os blocos 1.3 e 1.5 da geração atual na próxima linhagem das versões hatch e sedã do modelo japonês.


 A Toyota também pretende nacionalizar a fabricação da caixa automática, sem deixar de lado a possibilidade de importar o item da matriz, no Japão.
 
O mesmo se aplica aos propulsores, caso a fábrica não comece a operar no período planejado. S
 
endo assim, o limite para a estreia do novo câmbio está entre o final de 2015 e início de 2016.

 A mudança caminha em direção aos principais concorrentes do modelo, que já são equipados com câmbios automáticos.
 
Entre eles Chevrolet Onix, que adotou a transmissão de seis marchas neste ano, e Hyundai HB20, que chegou ao mercado em 2012, com a opção de quatro velocidades, mas disponível apenas na configuração com motor 1.6.
 

por GIULIA LANZUOLO, DE TÓQUIO
 
 
18/11/2013 12h39 - atualizado às 15h14 em 18/11/2013 

FONTE: REVISTA UTO ESPORTE

terça-feira, 14 de outubro de 2014

MAIS RICOS NO BRASIL


Brasil terá 107 mil novos ricos até 2019



Por iG São Paulo |




 
               

Número de endinheirados no País crescerá 47% em cinco anos, alcançando 332 mil pessoas, segundo o Credit Suisse

 
 
Em cinco anos, o Brasil terá 47% mais milionários do que hoje, segundo uma previsão do relatório “Global Wealth Report”, divulgado pelo banco Credit Suisse nesta terça-feira (14).
 
A quantidade de ricos no País vai saltar de 225 mil, em 2014, para 332 mil, em 2019.
 
 
 
 
No mundo, esse aumento será um pouco superior – de 53%–, passando dos atuais 34,8 milhões de milionários para 53,1 milhões. Na China, essa evolução deve ser de 94%, enquanto a América do Norte terá um dos crescimentos mais modestos do planeta, de 38%.
 
 
Veja quem são os 10 homens mais ricos do Brasil:
 
1 / 10
Jorge Paulo Lemann, 74 anos: fortuna de R$ 49,85 bilhões. Foto: Divulgação
 
 
 
De acordo com o estudo, 296 mil brasileiros estão entre a parcela 1% mais rica do planeta, de modo que a desigualdade de renda, embora tenha caído substancialmente no País, continua relativamente alta, como mostra o coeficiante de Gini, em 82%.
 
 
Aém da renda, a alta desigualdade no Brasil reflete "o padrão desigual de educação entre a população e a divisão entre os setores formal e informal da economia", diz o relatório do Credit Suisse.
 
 
 
 
Em dólares, a riqueza das famílias brasileiras triplicou entre 2000 e 2014, de US$ 7,9 mil para US$ 23,4 mil por adulto. "A riqueza atual está bem acima do nível alcançado antes da crise global de 2007, mostrando uma média anual de crescimento de 8,4%. Contudo, o crescimento desacelerou nos últimos anos e tem média de apenas 1% na moeda doméstica de 2001 para 2014".
 
Assim como em outros países da América Latina, mais brasileiros ingressaram na faixa de riqueza entre US$ 10 mil a US$ 100 mil em relação ao resto do mundo. Segundo o estudo, isso pode passar a impressão errada de que a desigualdade é menor que a média. 
 
Entre os super ricos, cuja fortuna extrapola US$ 50 milhões, o Brasil tem 1,9 mil pessoas nesta condição, enquanto que, no mundo, 128 mil indivíduos se enquadram nesta categoria.

sábado, 11 de outubro de 2014

NÃO ACREDITO EM EDUCAÇÃO FINANCEIRA



"Não acredito em educação financeira"


Por Bárbara Ladeia - iG São Paulo |
               

Dan Ariely, especialista em economia comportamental e psicologia, explica como tomar melhores decisões e diz que as pessoas não evoluíram na relação com o dinheiro


A dieta sempre fica para segunda-feira, a poupança sempre para o mês que vem e a aposentadoria é sempre uma meta para o próximo ano. Por que simplesmente não conseguimos cumprir nossos objetivos e fazer o necessário para uma vida financeira mais segura?

Divulgação
Dan Ariely, professor de psicologia e economia comportamental da Duke University, dos Estados Unidos
Dan Ariely, professor de psicologia e economia comportamental da Duke University, dos Estados Unidos, explica a razão de adiarmos nossas decisões. O especialista entrou nos estudos e observações do comportamento humano após se recuperar de uma explosão, da qual saiu com 70% do corpo queimado. Enquanto se tratava passou, a notar que frequentemente não tomamos as melhores decisões e nem sempre estamos com objetivos e atitudes alinhadas. Hoje, especializado em economia comportamental, desenvolve projetos em diversos países testando ferramentas para controlar melhor a mente e o bolso.
 
Em entrevista exclusiva ao iG, Ariely ensina como buscar mais coerência entre os nossos desejos e as nossas atitudes. 
 
O especialista também conta porque não acredita em educação financeira. Autor dos dois best sellers “Positivamente Irracional” e “Previsivelmente Irracional” – ambos da editora Campus –, Ariely sinaliza que frequentemente tomamos decisões com altíssimas cargas emocionais, mesmo quando o assunto é dinheiro.


Por que é tão mais difícil lidar com dinheiro?
Somos desenhados para conviver com outras pessoas. Ser social é o que fazemos desde os primórdios da humanidade. Considerando este histórico, nossa relação com o dinheiro ainda é algo tão recente que não conseguimos evoluir satisfatoriamente nesse contexto. Também é difícil porque não temos nenhuma habilidade de prever nossa capacidade de adaptação. Quando nos apaixonamos, achamos que vamos sentir aquela explosão para sempre, mas rapidamente essa sensação passa e dá lugar a outro sentimento. Quando perdemos alguém que amamos, achamos que vamos morrer de tanta dor, mas logo nos acomodamos ao novo formato de vida. Também é assim com dinheiro e consumo: antes de conseguirmos um objetivo, acreditamos que nele reside nossa maior felicidade, mas logo nos adaptamos a esse patamar e queremos um degrau acima.


Como fazer para tomar decisões de longo prazo e nos mantermos focados no objetivo?
Há muitas formas de tomar decisões melhores. Tentar tirar a carga emocional é sempre um bom jeito. Pergunte-se o que você aconselharia para uma pessoa em situação semelhante. Isso realmente dá uma visão externa e menos emocional. Procure mirar no longo prazo e, por exemplo, em vez de decidir fumar “só mais um cigarro” ou comer “só mais um biscoito”, procure se perguntar se você está disposto a se comportar daquela forma por toda a vida.
 









Qual o melhor momento para tomar as decisões relacionadas a dinheiro?
Considerando um dia inteiro, é melhor tomar decisões quando você está fresco e pensativo e descansado. Isso acontece, geralmente, de manhã. Com o passar do dia, vamos nos esgotando e fica mais difícil resistir aos impulsos. Esgotados, tendemos a tomar decisões com olhar de curto prazo. Quando tomamos uma decisão com muita antecedência, pensamos de forma ampla sobre a forma como gostaríamos de viver, com olhar de prazo mais long. Nesta situação, você está mais suscetível a tomar decisões coerentes com os seus objetivos maiores. São essas provocações do ambiente que orientam as nossas decisões. Podemos manipular essas provocações para tornar o ambiente mais propício para escolhermos a coisa certa.
 
 
 
Mas qual é o papel da educação financeira, neste caso?
Eu não acredito muito em educação financeira. Acho que é muito difícil ensinar as pessoas a lidar melhor com o dinheiro e se comportar melhor. É muito mais fácil dar melhores ferramentas para as pessoas. Se você pensar no formato de uma carteira eletrônica, ela pode servir muito bem para fazer as pessoas gastarem mais e perderem o controle. Mas também pode funcionar para as pessoas pouparem mais e pensarem melhor. E este é o ponto. Eu prefiro criar ferramentas. Por exemplo, cartões de crédito fazem as pessoas não pensarem no futuro e gastarem mais. Se usarem dinheiro vivo, as pessoas gastam menos.
Divulgação
Sobrevivente de uma explosão, Ariely teve 70% do corpo queimado





























Você tem desenvolvido ferramentas?
Estamos com um projeto no Quênia, na favela de Kibera. O Quênia tem uma boa infraestrutura financeira em plataformas móveis. Estamos utilizando esse sistema de modo a tornar fácil poupar e mais difícil sacar o dinheiro. Pessoas pobres, quando tem dinheiro, usam com boas aquisições como comida e água. Eles não abusam, mas nos tempos de dificuldade, não têm para onde correr, acabam pegando empréstimos e formando uma bola de neve terrível. Queremos que eles poupem um pouquinho para esses imprevistos. Estamos tentando alguns modelos com mensagem de texto como se fossem dos seus filhos pedindo para que poupem, estamos tentando também um esquema de sorteio no qual a cada depósito damos um valor semelhante em apostas na loteria, para que ele tenha a chance de ganhar um pouco mais. Em outro formato, depositamos um dinheiro na conta do indivíduo e se ele se mantiver poupando, ele fica com aquela quantia e se parar de investir ele vai perdendo esse prêmio inicial. A facilidade de acesso agiliza movimento de deixar um dinheiro de lado, para poupança. São cinco pessoas na pesquisa e cerca de 10 mil pessoas estão poupando.
Estamos nesse projeto há cerca de meio ano. Estamos observando os resultados para ver quanto esses métodos funcionam.


Um projeto como esse funcionaria no Brasil?

Eu acho que isso também funcionaria no Brasil, não conheço a infraestutura de telefonia de vocês, mas tem de ser algo muito fácil e rápido de se fazer, se der trabalho, as pessoas não aderem.