quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

EUA & CUBA JUNTOS: O RESULTADO PARA O BRASIL



O que o Brasil ganha com a reaproximação Cuba-EUA?


Por BBC - Luis Guilherme Barrucho e Ruth Costas |

 

Especialistas veem ganho político mas divergem quanto a benefícios econômicos - sobretudo quanto ao principal investimento privado na ilha, o porto de Mariel, financiado pelo BNDES


BBC

 A reaproximação entre Cuba e Estados Unidos representa um ganho diplomático para o governo brasileiro, na opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil, mas seus frutos econômicos gozam de menos consenso.

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Estudiosos em comércio e relações internacionais afirmam que o início do diálogo entre os dois inimigos históricos é uma "vitória política" para Brasília, que sempre pressionou por uma reaproximação.
Agência Brasil
Dilma Rousseff e Raúl Castro na inauguração das obras do porto de Mariel, em Cuba
Por outro lado, os analistas divergem sobre como um eventual, porém ainda distante, fim do embargo à ilha comunista (que só pode ser decretado pelo Congresso americano) poderia beneficiar o governo brasileiro, fiador do maior investimento privado já feito naquele país – o porto de Mariel.
 
Para Geraldo Zahran, professor da PUC-SP e autor de Tradição Liberal e Política Externa nos Estados Unidos, o governo brasileiro sempre militou por uma distensão das relações entre Washington e Havana e deve apresentar a retomada de relações como uma vitória política.

"Em certa medida esses avanços também ajudam a criar condições para uma reaproximação do Brasil com os EUA", afirma Zahran, lembrando que o vice-presidente Joe Biden deve fazer uma visita ao Brasil na semana que vem.

Na avaliação de Rubens Barbosa, embaixador do Brasil em Washington entre 1999 e 2004, o reestabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países foi um "ganho político para todos".

"Havia uma ansiedade política para que Cuba voltasse a integrar a comunidade latino-americana. Tanto é que vários países, incluindo o Brasil, já vinham pressionando para que a ilha participasse da próxima Cúpula das Américas em maio no Panamá, a despeito, até então, da oposição da Casa Branca", diz Barbosa.

Oliver Stuenkel, professor-adjunto de Relações Internacionais da FGV-SP, observa que "o embargo marcou de maneira profunda não só a relação bilateral entre os dois países, como influenciou as tentativas de se estabelecer alianças regionais no continente".

"O reestabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos é uma mudança histórica e de grande importância para as dinâmicas políticas nas Américas."

Já Christopher Garman, diretor de Mercados Emergentes e América Latina do Eurasia Group, é cético sobre o impacto da distensão com Cuba nas relações dos Estados Unidos com o resto da América Latina. "Acho que esse tema sempre foi superdimensionado", diz.



Aposta estratégica

Se os ganhos políticos, para o Brasil, da reaproximação entre Estados Unidos e Cuba são evidentes, os frutos econômicos ainda continuam sendo uma espécie de aposta, indicaram os analistas.

Nos últimos anos, Brasil e Cuba estreitaram laços fortalecidos por uma natural sintonia ideológica entre os governos. Como resultado, o intercâmbio comercial entre os dois países cresceu quase sete vezes, passando de US$ 92 milhões em 2003 para US$ 625 milhões em 2013. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial de Cuba, após a China e a Venezuela.

O ápice das relações entre os dois países veio com a construção do porto de Mariel, obra tocada em grande parte pela brasileira Odebrecht a um custo de US$ 975 bilhões e financiada com dinheiro do BNDES.

O terminal ocupa uma área de 400 quilômetros quadrados que abriga a "zona de desenvolvimento especial" de Cuba, uma zona franca e industrial para a qual o governo pretende atrair indústrias estrangeiras por meio de incentivos.

Ali vigora um sistema diferente do resto da ilha, onde empresas têm poucas restrições para contratar, contam com isenção de impostos e não são obrigadas a se associar a companhias estatais.

Por causa da origem dos recursos de financiamento, o terminal portuário foi alvo de críticas de opositores da presidente Dilma Rousseff, que criticaram a realização da obra em Cuba, segundo eles, motivada pelo alinhamento ideológico entre os dois países.

O governo argumenta que o investimento gerou emprego e renda no Brasil, beneficiando mais de 400 empresas fornecedoras de equipamentos.

Inaugurado em janeiro deste ano, o porto de Mariel é operado por uma empresa de Cingapura. A Odebrecht agora "trabalha na ampliação do aeroporto Jose Martí, em Havana, e desenvolve um programa de melhorias e incremento da produção agrícola e industrial no setor sucroalcooleiro", informou a empresa em nota enviada à BBC Brasil.

De grande profundidade, o terminal pode receber navios gigantes, capacidade que poucos portos da região têm, inclusive na costa americana. Além disso, vem sendo modernizado no mesmo momento em que são realizadas obras de ampliação do canal do Panamá, que passará a receber navios que transportam até o triplo da carga dos navios atuais.

"A região é estratégica, já que boa parte do comércio da Ásia para a costa leste dos EUA passa pelo canal do Panamá", disse à BBC Brasil Luis Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais da Unesp.

"Do ponto de vista estratégico, o investimento foi feito de olho no potencial da região. A ideia é que empresas brasileiras possam se estabelecer na zona de livre comércio ao redor do porto e de lá exportem diretamente aos Estados Unidos e a outros países da América Central", afirmou.
"Cuba criou muitas facilidades para a instalação de empresas nesse local. O Brasil chegou primeiro e pode se beneficiar disso", completou.



Que benefício?

Porém, diferentemente das nações vizinhas, Cuba não pode aproveitar as oportunidades comerciais devido à proibição de Washington, que já dura mais de cinco décadas.

Na opinião de Ayerbe, o Brasil considerou o investimento no porto como uma aposta na suspensão do embargo.

Para Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores no governo Fernando Henrique e vice-presidente emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) o Brasil não colhe "nenhuma vantagem em financiar o porto de Mariel".

"O porto não vai servir para nada. Nosso comércio para os Estados Unidos nunca precisou passar por ali e o local não é um entreposto comercial", afirmou.

Lampreia lembra que o mercado interno cubano ainda é pouco atrativo para empresas brasileiras.
"O poder aquisitivo do cubano ainda é muito baixo e nada indica que isso vai mudar rapidamente. Além disso, o tamanho desse mercado é irrisório se comparado ao de outros países", acrescenta.
Para Roberto Abdenur, embaixador do Brasil em Washington entre 2004 e 2006, as empresas brasileiras instaladas na zona franca cubana poderiam se beneficiar da "mão de obra barata e capacitada" do país.

Ele pondera, no entanto, que, "com um eventual fim do embargo", o terminal portuário "vai ser muito mais útil para os Estados Unidos do que para o Brasil".

"Em curto prazo, não vejo benefício para o Brasil. Cuba tem o potencial para se tornar o que os ex-países do bloco soviético se tornaram. Nesse contexto, por que privilegiar o Brasil em detrimento dos investimentos de outros países?", questiona Abdenur.

Para Zahran, da PUC-SP, no entanto, a distensão pode ajudar a impulsionar a economia cubana, o que beneficiaria o Brasil e em especial as empresas brasileiras que nos últimos anos começaram a fincar o pé na ilha.

Garman, da Eurasia Group, concorda: "É claro que no caso de um eventual fim do embargo poderia haver uma diminuição da posição do Brasil como parceiro comercial de Cuba, mas seria pouca coisa. Por outro lado o bolo da economia cubana também iria crescer – então seria de se esperar uma fatia maior para os brasileiros que já estão apostando na ilha".

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

DOLAR DISPARA




Dólar fecha no maior nível em mais de 9 anos, com aversão global a risco 


ThinkStock
 
 
 
 
(Foto: AFP)(Foto: AFP)
 
 
O dólar voltou a subir de forma acentuada ante o real e fechou nesta terça-feira, 16, no maior nível em mais de nove anos, impulsionado pela aversão ao risco que se espalhou nos mercados financeiros, depois que a continuidade da queda dos preços do petróleo favoreceu um ataque especulativo contra a moeda da Rússia.

No fim do dia, o dólar fechou com alta de 2,01%, aos R$ 2,7410, marcando o maior patamar de encerramento desde 23 de março de 2005 (R$ 2,7500). Nas últimas cinco sessões, o dólar acumulou alta de 5,63%. O volume de negócios totalizava US$ 1,235 bilhão perto das 16h30, sendo US$ 1,055 em D+2. No mercado futuro, o dólar para janeiro subia 1,46%, aos R$ 2,7465.


O Banco Central russo tentou conter a queda livre do rublo com uma medida drástica: elevou a taxa de juros do país de 10,50% para 17%. No entanto, o esforço foi em vão, já que a moeda chegou a perder 30% de seu valor em relação ao dólar mais cedo, intensificando preocupações com uma possível crise financeira no país. O efeito nulo da medida levou o governo russo a dizer que adotará outras medidas para tentar manter a estabilidade financeira no país.

Apesar das declarações, os investidores se mantiveram céticos sobre a capacidade da Rússia em administrar a crise e se refugiaram em ativos considerado seguros, como iene e os bônus dos EUA. Indicadores econômicos fracos na China e na Alemanha também contribuíram para o sentimento negativos dos investidores mais cedo. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China caiu para 49,5 em dezembro, o menor nível em sete meses, de 50,0 em novembro, de acordo com o banco HSBC. O PMI composto alemão recuou em dezembro para 51,4, marcando o menor nível em 18 meses.

No mercado de câmbio doméstico, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tentou acalmar os investidores, durante uma audiência no Senado, ao indicar que os leilões diários de swap continuarão em 2015. As declarações levaram o dólar a reduzir pontualmente a alta, mas a pressão do exterior acabou prevalecendo sobre os negócios e a moeda retomou a trajetória ascendente ante o real. O dólar acelerou os ganhos no início da tarde, chegando a atingir a máxima de R$ 2,7570 (+2,61%).



Leia também:Rússia se move para apoiar moeda em colapso e aumenta taxa de juros
Crise na Rússia leva risco a países emergentes
 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

COMO NÃO INVESTIR MAIS NA CADERNETA DE POUPANÇA ??




Como Investir Mensalmente no Tesouro Direto

Como Investir Mensalmente no Tesouro Direto
 
Dentre todas as perguntas que recebo sobre o Tesouro Direto, certamente esta é a mais recorrente:
É possível investir mensalmente no Tesouro Direto, como na caderneta de poupança?
De antemão, já trago a boa notícia: sim!
 
E, neste artigo, vou explicar como você pode investir em títulos públicos por meio de aportes mensais.
 
 

O que é o Tesouro Direto?

Se você ainda não conhece o Tesouro Direto, recomendo que leia tudo sobre este assunto nesta página.
 
Lá eu explico tudo que você precisa saber, desde o que é o Tesouro Direto, como investir em títulos públicos, quais os títulos disponíveis para compra, entre muitas outras informações importantes.
 
 
 

Como investir mensalmente no Tesouro Direto

Ao consultar os títulos disponíveis para compra no site do Tesouro Direto, encontrei estas opções:
 
 
Títulos disponíveis para compra no Tesouro Direto
 
 
Como você já deve saber (caso tenha lido tudo aqui), você precisa escolher pelo menos um título para investir e definir também quanto pretende investir neste título.
 
É sempre importante lembrar que o valor mínimo para investir em títulos públicos corresponde a 0,1 (ou 10%) do preço do título.
Dessa forma, se você pretende investir na LTN 010118, o valor mínimo seria R$ 69,79 (0,1 * R$ 697,92).
 
Já se você optar por investir na LFT 070317, o valor mínimo seria R$ 650,59 (0,1 * R$ 6.505,94).
 
Importante: esses valores estavam disponíveis em 12/12/2014 e variam diariamente. É possível que, no momento em que você estiver lendo este artigo, esses valores sejam diferentes.
 
Chegamos então à pergunta deste artigo:
 
como investir mensalmente no Tesouro Direto, como na caderneta de poupança?
 
É bem simples.
 
 
Para investir de uma forma similar à caderneta de poupança (onde os valores se acumulam num mesmo ativo), basta você comprar o mesmo título todos os meses, enquanto ele estiver disponível para compra.
 
Se no primeiro mês você comprar 0,1 LTN 010118 e no mês seguinte você comprar mais 0,2 LTN 010118, você terá então 0,3 LTN 010118.
 
Você não precisa comprar um “valor fechado” para não ficar fracionado. Você pode ter 0,3 ou 2,7 LTN sem problema algum.
Observe, contudo, que para se comportar da mesma forma que a poupança, você precisa comprar exatamente o mesmo título.
 
 
Caso no mês seguinte você optasse por comprar 0,1 LTN 010117, você teria então:
  • 0,3 LTN 010118
  • 0,1 LTN 010117

Entenda que os títulos só acumulam se você comprar sempre o mesmo título.


E fiz a ressalva sobre a disponibilidade porque o Tesouro Direto impede a compra de títulos quando estes estão próximos a expirar.


Em outras palavras, quando falta menos de dois anos para o vencimento do título, o Tesouro não oferece mais este título para venda.


De certa forma, isto é bom, pois em prazos inferiores a 24 meses, o imposto de renda é maior que 15%.


Então eu tenho que comprar sempre o mesmo título?

Não!

Você pode e deve comprar títulos diferentes, até para diversificar sua carteira e adequá-la aos seus objetivos financeiros.

Apenas expliquei que, para simular o comportamento da caderneta de poupança, você teria que comprar o mesmo título, mês a mês.


Para entender como diversificar seus investimentos em títulos públicos, recomendo a leitura deste artigo: Onde Investir Seu Dinheiro.



Conclusão

Agora você já sabe que é possível investir mensalmente em títulos públicos, bastando comprar o mesmo título todos os meses.

Isso não quer dizer que você deve fazer isso. Significa apenas que você pode fazer isso.

Até recomendo que você não faça, pois cada título tem sua particularidade e uma diversificação pode ser bem rentável para sua carteira de investimentos.

Caso você queira aprender a investir melhor seu dinheiro, recomendo o Como Investir Dinheiro, livro digital oficial do blog Quero Ficar Rico.


Agora tenho uma pergunta para você…

Você ficou com alguma dúvida sobre como investir mensalmente no Tesouro Direto?

Então deixe seu comentário logo abaixo.

Farei o possível para tentar responder todos os comentários, e garanto que todos serão lidos com bastante atenção.

Até a próxima!

Rafael Seabra
editor do Quero Ficar Rico.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

INCERTEZA IMPULSIONA SUBIDA DO DOLAR



Com forte incerteza, dólar sobe a R$2,65 e renova máxima em quase 10 anos

 
Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões (Getty Images) 
Reuters



 
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta, a 2,65 reais, mas longe das máximas da sessão, impulsionado por diversos fatores econômicos e até políticos, como apreensão dos investidores diante da queda dos preços do petróleo e o futuro do programa de intervenções do Banco Central no câmbio.
 
 
A moeda norte-americana avançou 0,14 por cento, a 2,6512 reais, após alcançar 2,6785 reais na máxima da sessão. Trata-se do maior nível de fechamento desde 1º de abril de 2005 (2,660 reais). Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2 bilhões de dólares.
 
 
Na semana, a divisa acumulou alta de 2,23 por cento.
 
 
"Você tem muitas interrogações no mundo e muitas interrogações no Brasil. Isso tudo preocupa o investidor e o deixa com pé atrás para investir aqui", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
 
 
No cenário externo, a derrocada dos preços do petróleo às mínimas em mais de cinco anos tem alimentado a aversão ao risco, diante do cenário de menor atividade global.
 
 
Soma-se a isso a expectativa de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevará sua taxa básica de juros no ano que vem, o que deve atrair para a maior economia do mundo capitais aplicados em outros mercados, como o brasileiro.
 
 
Internamente, crescia a tensão em relação à possibilidade de o BC brasileiro diminuir sua atuação no câmbio no ano que vem. Atualmente, ela é feita por ofertas diárias de até 4 mil swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, e está marcada para durar até o fim deste ano. O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, tem dito que o atual estoque de swaps já dá conta da demanda por proteção cambial.
 
 
"O programa do BC é o principal foco do mercado no curto prazo. O mercado está colocando cada vez mais no preço o término do programa, para se proteger enquanto o BC não se pronuncia", disse o operador de um importante banco internacional.
 
 
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pela ração diária, com volume equivalente a 197,9 milhões de dólares. Foram vendidos 1,8 mil contratos para 1º de junho e 2,2 mil para 1º de setembro de 2015.
 
 
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 9,827 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de metade do lote total.
 
Na noite passada, o BC anunciou para esta sessão dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra de até 2 bilhões de dólares. O primeiro leilão saiu com taxa de recompra em 2 de abril de 2015 de 2,735623 reais, enquanto o segundo teve taxa de recompra em 5 de maio de 2015 de 2,757900.
 
Segundo analistas, embora a oferta temporária de liquidez traga algum alívio ao mercado, eram ofuscadas pelas dúvidas sobre o futuro da intervenção geral. A incerteza sobre quais ações a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff adotará para enfrentar o contexto de inflação alta e crescimento baixo também pesava.
 
 
"Enquanto o governo não der as caras, o dólar vai seguir pressionado", disse o gerente de derivativos da CGD Investimentos, Jayro Rezende.
 
 
Também não ajudaram o humor dos mercados domésticos as denúncias em torno do suposto esquema de corrupção na Petrobras. Na véspera, executivos de seis das maiores empreiteiras do Brasil foram denunciados à Justiça, com o Ministério Público Federal (MPF) pedindo que as empresas façam o ressarcimento de 1,186 bilhão de reais.
 
"Você consegue medir risco de crédito, risco de contraparte, mas risco de imagem (do país) é difícil. Essa questão da Petrobras deixa o mercado realmente desanimado", disse Rodrigues, do Banco Paulista.
 
Por Bruno Federowski
 


PLANEJAMENTO x IR 2015




Como se planejar desde já para

não sofrer com o IR em 2015

 
 

Exame.com

A Receita Federal acabou de liberar a consulta ao pultimo lote de restituição do Imposto de Renda (IR) de 2014, mas os contribuintes mais precavidos já podem começar a se planejar para preencher a declaração do Imposto de Renda de 2015.
 
Apesar de a entrega da declaração começar apenas março, para Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) quem começar a se organizar agora já está atrasado.
 
“A delcaração do imposto deve ser planejada durante todo o ano para evitar dores de cabeça na hora da entrega”, afirma Santos.
 
Quanto mais cedo o contribuinte enviar a declaração à Receita, menos tempo levará para receber a restituição do imposto. Os lotes começam a ser liberados no dia 15 de junho e serão pagos até o dia 5 de dezembro de 2015.
 
Verificar informações com antecedência também pode evitar que o contribuinte cometa erros e acabe caindo na malha fina da Receita, o que atrasa o pagamento da restituição e pode gerar multas.
Se o contribuinte deixar tudo para a última hora e não conseguir entregar a declaração até o final de abril também pode ser multado.

 
Documentação

 
Informes de rendimentos de empresas das quais o contribuinte recebeu salários em 2014, além de extratos de aplicações financeiras devem ser entregues pelas empresas e bancos até o dia 28 de fevereiro. 
 
O contribuinte deve reunir os documentos relacionados a aquisições e venda de bens com valor acima de cinco mil reais, como carros, imóveis e terrenos.
 
Caso o contribuinte tenha obtido rendimentos com aluguéis deve buscar os comprovantes que indiquem o recebimento dos valores.
 
Os documentos que comprovem as despesas devem incluir razão social da empresa ou o nome do profissional,  CNPJ ou CPF, o endereço do estabelecimento, o serviço realizado, o nome completo do paciente e o valor do serviço.
 
Despesas com ensino técnico, fundamental, médio, superior, pós-graduação, mestrado e doutorado também podem ser deduzidas e os comprovantes já podem ser coletados pelo contribuinte. Esses documentos devem incluir CNPJ e nome da instituição da escola.
 
Vale lembrar que, gastos com materiais escolares e atividades extracurriculares, como escolas de línguas ou cursinhos preparatórios, não podem ser deduzidos.
 
 
 
Leão: Contribuinte deve começar a se planejar para evitar erros e multas 
                      © Foto: Iva Villi/Stock.xchng 
Leão: Contribuinte deve começar a se planejar para evitar erros e multas
 
 
 
 
Quem tem empregado doméstico com carteira assinada também deve buscar carnês pagos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2014 para que seja possível deduzir essas contribuições do imposto de renda do ano que vem.
 
 
Rascunho disponibilizado pela Receita ajuda na organização
Neste ano, pela primeira vez, as informações sobre a documentação já podem ser incluídas em um rascunho da declaração, disponível no site da Receita e por meio de aplicativos para aparelhos móveis .
O contribuinte poderá importar os dados para o programa do IR 2015, que será disponibilizado pela Receita a partir de 1º de março do ano que vem, quando começa o prazo de entrega da declaração.
É possível incluir no rascunho informações sobre dependentes; pagamentos efetuados pelo contribuinte e dependentes; patrimônio e bens adquiridos ou vendidos no ano; além de rendimentos recebidos pelo contribuinte ou dependentes durante o ano-calendário. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ECONOMIA PATINOU EM 2014


 

 



Brasil enfrentou ano de incertezas na economia, com crescimento baixo e preços subindo                                          
 
Houve até período de 'recessão técnica' » 
 
 

Retração da economia trouxe receio

País chegou a viver período de “recessão técnica” e mercado temeu fim do período de crescimento

 
 
Após um período de crescimento constante da economia, o Brasil viveu momentos de tensão constante no cenário econômico .
 
A desaceleração registrada em 2014 foi o suficiente para gerar receio entre o mercado e serviu também para pautar o debate político, já que o país viveu intensa campanha eleitoral.
 
 
Os principais pontos do debate foram a queda no PIB no primeiro trimestre (0,2%).
 
Nos três meses seguintes houve nova redução, de (0,6%).
 
A repetição dos dados colocaram o país na chamada “recessão técnica”.
 
Para complicar, a inflação superou os 6% e, segundo economistas, não deve retroceder nos próximos anos.
 
 
 
 
O câmbio também foi foco de preocupação.
 
 
 
A partir de então, o mercado passou a se comportar com desconfiança em relação ao governo federal.


Os pronunciamentos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, passaram a não ter o mesmo efeito de antes.
 
Como consequência, os índices da Bolsa de Valores passaram a oscilar de acordo com o desempenho de Dilma Rousseff, candidata à reeleição, nas pesquisas de intenção de voto.
 
À medida em que ela apresentava vantagem sobre os adversários, a Bovespa apresentou queda.
 
Não à toa, ainda durante a campanha, Dilma já anunciou que trocaria o ministro após a eleição.
 
 
 
Esse quadro se acentuou em outubro, quando Aécio foi para o segundo turno e passou a ter chances de vitória. As bolsas passaram a reagir, mas com o triunfo de Dilma, voltaram a “desconfiar” da economia.
 
 
Para resolver a situação, Dilma anunciou que o futuro ministro da Fazenda seria alguém com o pensamento alinhado com o mercado. Mesmo sem anunciar quem seria o ministro, a estratégia deu certo e, enfim, a Bovespa passou a apresentar índices positivos.
 
 
Para compensar a recessão técnica no primeiro semestre, o PIB apresentou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre.
 
Esse crescimento tímido animou a nova equipe econômica e o mercado. "Seguimos com inflação alta; os juros do trimestre foram os maiores em um ano, e o crédito, que vinha crescendo a altas taxas, começou a se desacelerar", afirmou a economista Rebeca Palis, responsável pelo estudo e coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
 
        
 
Leia mais:
 
 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

SALÁRIO MÍNIMO EM 2015




Salário mínimo de 2015 será arredondado
 para R$ 790, diz relator do Orçamento
 


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Estadão

 
 
O relator do Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quarta-feira, 10, que o valor do salário mínimo previsto para vigorar no ano que vem será arredondado para R$ 790.
 
O estabelecido na proposta orçamentária encaminhada pelo Executivo era de R$ 788,06.
 
Esse incremento, disse Jucá, terá impacto de cerca de R$ 1,2 bilhão.
 
 
"É exatamente para facilitar a vida dos trabalhadores, das empresas e para garantir um ganho real no reajuste", afirmou Jucá.
 
O número exato do salário mínimo de 2015 só será conhecido, no entanto, com um decreto editado pela presidente Dilma Rousseff no final do ano. 
 
 
O mínimo é calculado a partir de uma forma que leva em conta a inflação do ano anterior e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. 
 
 
"Se houver alguma mudança na questão da inflação ou do crescimento, o salário mínimo é o resultado dessa equação. Se houver um número surpresa, o salário (mínimo) poderá ser ajustado até o fim da votação (do Orçamento)", concluiu.
 
 
 
FONTE: