terça-feira, 16 de junho de 2015

BANCOS: LUCROS RECORDES











Com demissões, juros altos e mais taxas,

bancos têm lucros recordes em ano de crise



       

     


BANCOS LOGOS

















Os ajustes fiscais, cortes de investimentos, inflação alta e contração da economia nacional aparentam ser mera "marolinha" aos principais bancos do País, que apesar da queda do consumo e da restrição de crédito, têm obtido lucros recordes desde o ano passado.




Só em dezembro de 2014, os cinco maiores bancos do País (Santander, Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) obtiveram um lucro líquido (já livre de impostos e descontos) de, aproximadamente, R$ 60,3 bilhões -- crescimento de 18,5% na comparação com o ano anterior, de acordo com um estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em parceria com a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT).




O maior lucro líquido foi do Itaú Unibanco, de R$ 20,6 bilhões. O montante é 30,2% acima do registrado em 2013 além de o maior percentual de crescimento entre os bancos pesquisados pelo Dieese. O Bradesco foi o segundo banco mais rentável, com lucro líquido de R$ 15,4 bilhões. O valor representa um crescimento de 25,9% em 12 meses e um recorde para a instituição.


O Banco do Brasil aparece em terceiro lugar, com lucro de R$ 11,3 bi e alta de 9,6% comparado a 2013; a Caixa, na quarta posição, atingiu R$ 7,1 bi e aumento de 5,5% e o Santander, na quinta posição, cresceu 1,8%, totalizando R$ 5,9 bilhões em 2014, ante 2013.




Tais resultados, somados aos de bancos menores, corretoras e de outras instituições financeiras, fizeram que o setor se tornasse um dos mais rentáveis da economia nacional e mundial
“Com exceção da Caixa, que apresentou queda na rentabilidade, os demais bancos mantiveram as margens e obtiveram ligeiro crescimento. A queda na rentabilidade da Caixa deveu-se, especialmente, ao forte crescimento do patrimônio líquido decorrente do aporte de capital já mencionado.”
Ou seja, neste ano, tempo de ajustes fiscais e taxa de juros alta, os bancos se mantiveram (bem) lucrativos. De acordo com a consultoria especializada no mercado de capitais Economática, o setor bancário foi o que mais lucrou no primeiro trimestre de 2015.


De janeiro a março, os 24 bancos de capital aberto somaram um lucro líquido de R$ 17,76 bilhões -- crescimento de 42,8%, ou acréscimo de R$ 5 bilhões, ante o primeiro trimestre de 2014.
Ainda segundo o estudo da Economática, o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco foram as empresas de capital aberto mais lucrativas no período, seguidas pela Petrobras e pelo Bradesco. O Santander é a 12ª empresa que mais lucrou nos primeiros meses do ano.

Close

Bancos que mais lucraram no 1º trimestre






Banco do Brasil
O banco foi a empresa de capital aberto que mais lucrou nos primeiros três meses de 2015 no País, de acordo com estudo da Economática.

Lucro líquido no 1º trimestre: R$ 5,81 bilhões












Itaú Unibanco
Posição: 2º

Lucro: R$ 5,73 bilhões






Bradesco
Posição: 4º

Lucro: R$ 4,24 bilhões






BTG Pactual
Posição: 10º

Lucro: R$ 937,27 milhões








Santander
Posição: 12º

Lucro: R$ 518,39 milhões


















Mas, de onde vem tanto lucro?
De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, foi-se o tempo em que os bancos lucravam quase que exclusivamente com operações de crédito. Apesar de o crédito ainda ser a maior fonte de ganhos, os bancos têm encontrado outras maneiras de aumentar suas receitas.
Tais estratégias adotadas nos últimos tempos para obter lucros astronômicos estão baseadas em três pilares: títulos do tesouro direto, redução de custos com pessoal e aumento dos preços de tarifas.















Títulos da Dívida Pública
Segundo o Dieese, as receitas com títulos e valores imobiliários (TVM) representaram a segunda maior fonte de ganhos dos bancos. Com sucessivas elevações da taxa básica de juros (Selic), as receitas com o TVM dos cinco bancos subiram, em média, 45,9% em relação a 2013.
O economista e conselheiro federal do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Fábio Silva, explica que, a cada alta da Selic, estes papéis se tornam mais vantajosos, já que sua remuneração está atrelada à taxa e o risco do investimento é baixíssimo.
“Vemos hoje uma transferência de investimentos em benefício do lucro. Conforme os juros sobem, a inadimplência cresce e os títulos se tornam mais atraentes.”
Segundo ele, os bancos preferem aumentar suas receitas com títulos, que não representam risco, a concederem crédito a pessoas físicas e pequenos empresários, que podem não honrar com os pagamentos por razões como desemprego, inflação alta, orçamento curto e renda mais baixa -- que se agravam em tempos de crise como a de agora.
Outra fonte de renda dos bancos atrelada à taxa Selic são os depósitos compulsórios, que são recolhimentos obrigatórios junto ao Banco Central para controlar a liquidez das economias dos bancos e para assegurar que as instituições não vão movimentar todo o dinheiro de clientes, por exemplo, de poupadores.
Parte dos depósitos compulsórios é remunerada pela Selic, e devido ao crescimento da taxa, as receitas com estas operações subiram 32,6% entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014.












Corte de despesas com pessoal


O corte de despesas com funcionários, por fechamento de vagas e rotatividade daqueles que ganham salários maiores, também ajudou no orçamento dos bancos. Segundo Osten, o Contraf conseguiu, ao longo de 11 anos, um aumento real dos salários de 20,7%, mas pouquíssimos bancários ganharam esse aumento no período. Ele explica:
“O que acontece é o seguinte: conseguimos ganhos reais no salário todos os anos mas, no mesmo período, os bancos demitiram funcionários que estão há mais tempo na empresa, e por reajustes, ganham acima do piso da categoria. A rotatividade aumenta justamente entre estes bancários e as instituições contratam novos, pagando o mínimo que a lei permite.”
Nos primeiros quatro meses deste ano, os principais bancos brasileiros admitiram 10.410 pessoas e demitiram 12.545, o que significa um saldo negativo de 2.135 postos de trabalho. Neste meio tempo, o salário médio dos demitidos foi de R$ 5.845,74, enquanto o de admitidos foi de R$ 3.501,69 -- queda de 40,10%.


A saída do HSBC no varejo brasileiro deve impactar ainda mais o mercado de trabalho. O banco anunciou no começo desta semana o fim das operações no Brasil, que aconteceria até 31 de dezembro do ano que vem. Por aqui, o banco mantém 853 agências, com 21.479 funcionários. Em reunião com a Contraf, no entanto, os representantes do HSBC disseram que o anúncio foi mal compreendido e que não haverá demissão em massa de bancários no Brasil.


"O HSBC precisa dos funcionários para entregar o banco em boas condições. Não vejo preocupação em reduzir quadros no Brasil, pois temos preocupação em apresentar o grau de maturidade e eficiência da equipe", disse o diretor de RH, Juliano Marcílio.


Outra forma de reduzir o pessoal, segundo o presidente da Contraf, está justamente nas "facilidades" que os bancos oferecem aos clientes, como pagamento de boletos, contas e depósitos feitos em caixa eletrônico, internet baking ou até no aplicativo do seu celular. Além disso, hoje há 450 mil estabelecimentos, como supermercados, lotéricas e agências dos Correios, onde é possível pagar contas.
“O pagamento presencial [feito na agência bancária] não chega a 20%. Os bancos não pagam salários para você pagar suas contas sozinho -- e ainda lhe cobra por isso.”














Aumento das tarifas bancárias


Os preços das tarifas e pacotes de serviços bancários têm passado por um “boom” nos últimos anos. Segundo o Idec (Instituto Brasilero de Defesa do Consumidor), em apenas um ano, os preços dos serviços avulsos chegaram a aumentar 136% e, os de pacotes, aumentaram 75,2% -- quase dez vezes acima da inflação do período, que foi de 7,7%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).


O Idec explica que, mesmo considerados abusivos, os aumentos das tarifas não são controlados pelo Banco Central, que por sua vez, limita-se a dizer que "cada instituição estabelece seu reajuste em função da sua estratégia operacional e mercadológica."


De fato, as instituições têm incrementado ganhos operacionais mediante o crescimento das receitas com prestação de serviços bancários e tarifas bancárias, ainda mais depois dos ajustes exigidos para atender ao Acordo de Basileia III.


Segundo o Dieese, as receitas médias do Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander com esses serviços e tarifas aumentaram 10,9% entre 2013 e 2014 e somaram mais de R$ 104 bilhões. A maior variação foi do Itaú, de 15,3%.














Crédito: quando mais precisamos, cadê ele?


Em um ano de desaceleração econômica, bancos reduziram o ritmo de oferta de crédito em relação aos anos anteriores. De acordo com o Banco Central, o saldo das operações de crédito no País chegou a R$ 3,06 trilhões em abril, crescimento de 0,1% ante mês anterior e 10,5% em 12 meses. Segundo o BC, a perda de fôlego do crédito está ligada ao aumento da Selic e à menor oferta de crédito dos bancos.


“Com o risco de inadimplência, os bancos ficam mais receosos e dificultam financiamentos imobiliários e de veículos, assim como restringem oferta de crédito para pequenos empresários e pessoas físicas”, conta o economista da Cofecon, Fábio Silva .


“Justamente quando a sociedade precisa de crédito, para a economia continuar girando, os bancos diminuem o volume de empréstimos e aumentam os juros”, reitera Roberto, da Contraf.
“Numa situação ideal, os bancos deveriam ajudar a desenvolver a economia local, já que eles são uma concessão pública e, como tal, deveriam retribuir de alguma forma para a sociedade. Mas o que vemos é que os bancos objetivam lucros e apenas isso.”












Outro lado


Procurados pelo Brasil Post no dia 8 de junho, o Santander, Itaú, Bradesco, Caixa e Banco do Brasil não quiseram comentar sobre a reportagem. O Banco do Brasil também foi questionado sobre as altas tarifas praticadas pelos bancos, mas também não comentou até o fechamento desta matéria.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) também não quis se pronunciar sobre o tema.
O HSBC se limitou a mandar um link com informações públicas sobre o banco











FONTE:


BRASIL POST


Publicado: Atualizado:

segunda-feira, 15 de junho de 2015

PERDA: INFLAÇÃO x POUPANÇA



Com inflação alta,

ganho da poupança é

o pior desde

outubro de 2003




Por iG São Paulo | - Atualizada às



O ganho real (descontada a inflação) da poupança em maio registrou queda pelo sexto mês consecutivo. No governo Dilma, a poupança só supera ganho em relação à bolsa



Com inflação alta, ganho da poupança é o pior desde outubro de 2003
Marcos Santos/USP Imagens
Com inflação alta, ganho da poupança é o pior desde outubro de 2003
O ganho real da poupança (descontado o impacto da inflação) no mês de maio foi de - 0,12%, no sexto mês consecutivo de perdas registradas pelo investidor que escolhe esse investimento tradicional, sem desconto de impostos e no qual há liquidez. 

Segundo levantamento da consultoria Economatica, divulgado nesta segunda-feira (15), nos 50 meses do governo Dilma (até maio de 2015) a poupança teve perda de poder aquisitivo em 23 meses.




Leia mais:


 Metade dos brasileiros já sofreu assédio no trabalho, aponta pesquisa
Calcule seus gastos após a PEC das Domésticas




Em 12 meses a poupança só ganha da aplicação em bolsa de valores. A perda de poder aquisitivo da Bovespa é de -5,07% ante -1,06% da poupança. O melhor investimento em 12 meses é o Dólar Ptax venda, com ganho real de 30,88%.


O poder aquisitivo do poupador (descontada a inflação oficial, medida pelo IPCA/IBGE) na análise dos últimos 12 meses terminados em maio é de -1,06% – é a maior perda aquisitiva anualizada desde outubro de 2003, quando a rentabilidade anualizada foi de -1,9%. Pelo quarto mês consecutivo o poupador tem queda de poder aquisitivo anualizado.


No ano de 2015, o poder aquisitivo da poupança perde para as principais aplicações com queda de -2,15%. O melhor desempenho neste ano, descontanda a inflação, é o ouro, com ganho real de 14,12%.


No governo Dilma a poupança tem ganho de poder aquisitivo de 0,5% acima do IPCA, a pior aplicação fica por conta da Bovespa com queda de -43,11 %. A melhor aplicação no governo Dilma descontado IPCA é do dólar Ptax venda com 42,57%.

domingo, 14 de junho de 2015

EUROPA: DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA







Confira os documentos antes

 de embarcar para a Europa


Para não ser barrado em alguns países da Comunidade Europeia é preciso estar atento a exigências pouco conhecidas

Camila Sayuri, iG São Paulo 


Veja lista de documentos exigidos

Verifique a obrigatoriedade de apresentar alguns documentos antes de ir à Europa








Apesar do visto de turista não ser exigido na Europa em caso de permanência de menos de 90 dias, as autoridades da Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Suécia podem exigir alguns documentos na imigração.



Confira quais são estas exigências:
            
1. Passaporte válido por no mínimo seis meses contados a partir da data de chegada.
2. Passagens para todo o percurso da viagem, até o retorno com data marcada para o Brasil.
3. Comprovante de reserva de hospedagem paga. Se for ficar na casa de amigos é preciso de carta-convite dos anfitriões preenchida em formulário próprio que varia de país para país
4. Comprovante de meios financeiro para se manter no país durante toda a estadia. O valor mínimo difere de acordo com o destino, mas é de aproximadamente 60 euros diários por pessoa e 600 euros por qualquer período, em dinheiro, cheques de viagem, cartões de crédito internacionais. Os cartões de crédito devem estar acompanhados de carta do banco especificando o limite.
5. Profissionais ou estudantes viajando para participar de congresso, seminários, concursos, conferências e outros eventos devem levar carta-convite da instituição organizadora, comprovante de inscrição, cartão de acesso ou outro documento que comprove sua validade.
6. O seguro médico internacional é exigido por alguns países, no valor mínimo de 30 mil euros.
Mas a conselheira da Embaixada da Espanha em Brasília Carmen Batres garante que a falta de um ou outro documento não é motivo para ser deportado. “Uma coisa sozinha não é um problema. A questão é se a pessoa não consegue comprovar o motivo da viagem”, afirma.                 


sábado, 13 de junho de 2015

VEJA: IMOVEL COMO BASE DE EMPRESTIMO






Como obter empréstimos de

 milhões de reais

usando seu imóvel


 
Com a taxa básica de juros (Selic) em alta e a redução na captação de recursos dos bancos via depósitos e investimentos, as condições ficaram mais difíceis para quem busca empréstimo.

Com menos dinheiro entrando em uma ponta, instituições financeiras têm restringido a concessão de crédito na outra. Assim, quem busca um empréstimo pode precisar garimpar mais do que antes para conseguir o que precisa.

Nesse contexto, uma linha que aparece como uma solução atrativa é o crédito que oferece o imóvel como garantia, também chamado de refinanciamento de imóvel ou de home equity.

Nessa linha de crédito, os valores emprestados passam da casa dos milhões de reais, os juros são alguns dos mais baixos do mercado e os prazos podem chegar a até 20 anos.

Mas, como não existe almoço grátis, o crédito com imóvel como garantia tem algumas (boas) desvantagens que devem ser seriamente levadas em consideração: o risco de perda do imóvel e os custos envolvidos na operação, que se assemelham aos custos de compra do imóvel.



Condições gerais

Na maioria dos bancos que oferece o home equity, o crédito é limitado a 60% do valor do imóvel. Os prazos chegam a 20 anos e normalmente é exigida uma renda mínima mensal para a concessão do crédito.

Para obter o empréstimo, o tomador deve ser proprietário do imóvel, que deve estar 100% quitado e livre de ônus. Algumas instituições, no entanto, permitem que propriedades de terceiros sejam dadas como garantia.

Uma vantagem da operação é que o crédito não precisa ser destinado a um fim específico. Assim, o tomador pode usar o dinheiro como desejar.

João Carlos Gomes da Silva, diretor da área de empréstimos do Bradesco, afirma que muitos clientes utilizam o Credfácil Imóvel Pessoa Física, como é chamada a linha de home equity do banco, para investir em novos negócios. “O Credfácil é muito usado por clientes para comprar o segundo imóvel, abrir um negócio ou comprar uma franquia. Como o valor obtido é alto e o prazo é longo, é uma linha que permite aproveitar oportunidades de compras e de negócios”, afirma.

O Banco do Brasil afirma que a linha BB Crédito Imóvel Próprio tem sido usada por clientes para realizar reformas, comprar um segundo imóvel, pagar os estudos dos filhos, viagens e outras despesas pessoais ou profissionais. “Além de ser uma oportunidade para o cliente centralizar suas dívidas em um único empréstimo com prazos mais extensos e taxas de juros menores”, diz o banco por meio de nota.



Os custos que pesam

Os juros no home equity são baixos, variam entre 1,5% e 2% ao mês. A título de comparação, a taxa de juro média dos principais empréstimos do mercado brasileiro para pessoa física foi de 6,77% ao mês em abril de 2015 (último dado disponível), segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Ao observar apenas os juros, o empréstimo parece maravilhoso, mas aí é que entra a grande armadilha da operação. Como no home equity é realizada a alienação fiduciária, na qual o imóvel fica no nome do banco até a quitação da dívida, é preciso registrar a operação em cartório, como em um financiamento. Aí os custos pesam pra valer.

Segundo a Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-BR), é difícil estimar um custo médio de registro de imóvel porque é o Poder Judiciário de cada estado que regulamenta os serviços notariais e registrais, o que gera diferenças nos valores. No site do Santander, no entanto, o banco afirma que o custo do registro corresponde em média a 0,6% do valor do imóvel.

As tabelas com os custos dos registros de imóveis podem ser consultadas nas páginas das Anoregs estaduais. Apenas para dar um exemplo, em São Paulo, para um imóvel de 500 mil reais, o registro custa 2.091,12 reais. 

Outro custo pesado envolvido na alienação é o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), tributo municipal que incide sobre as transmissões de imóveis a título oneroso (quando envolve retorno financeiro). Como o ITBI varia de acordo com a cidade, ele deve ser consultado caso a caso, mas costuma variar entre 2% e 5% do valor do imóvel, em média.

Na cidade de São Paulo, o ITBI equivale a cerca de 3% do valor do imóvel, mas a alíquota pode variar de acordo com o valor imóvel e sistema de financiamento (SFI e SFH). Para um imóvel de 500 mil reais, por exemplo, o ITBI é de 13.168,58 reais.

Além dos custos cartorários e o ITBI, as operações contam com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é de 0,0082% ao dia (cerca de 3% ao ano) e incide em qualquer operação de crédito.

Por fim, podem ser cobradas tarifas de avaliação do imóvel e de análise jurídica, que variam entre 500 reais e 2.500 reais nas instituições pesquisadas por EXAME.com.

A operação também pode contar, opcionalmente, com o seguro para Morte e Invalidez Permanente (MIP), que quita o saldo devedor da dívida em caso de falecimento do tomador ou em caso de invalidez; e o seguro de Danos Físicos do Imóvel (DFI), que cobre prejuízos causados ao imóvel. Esses são os mesmos seguros que são contratados obrigatoriamente nos financiamentos.

Como os custos envolvidos no home equity variam muito de acordo com o valor do imóvel dado como garantia, a região e o perfil do cliente é difícil estimar um custo médio desse tipo de operação. No entanto, é importante ter em mente que os custos vão muito além das taxas de juros, que por serem baixas são bastante divulgadas, enquanto os outros encargos ficam, digamos, menos aparentes.




Custos podem ser diluídos

Ainda que os custos de registro e o ITBI sejam altos, as instituições permitem que eles sejam diluídos nas prestações. Assim, mesmo que os custos superem - e muito - os juros de 1,5 a 2% ao ano, eles ainda costumam ser mais baixos do que os custos de linhas de crédito como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, que têm juros médios de 9,74% e de 12,14% ao mês, respectivamente, segundo a Anefac.

De qualquer forma, a operação é mais cara do que um crédito consignado que tem juro médio de 2% a 3% nos principais bancos do mercado, segundo informações do Banco Central e também do que o crédito pessoal concedido por bancos, que segundo a Anefac tem taxa média de 4%.

Assim, o crédito com garantia do imóvel seria mais indicado caso o tomador precise de um valor maior de recursos e um prazo mais longo para pagar a dívida, o que pode ser mais difícil em outras linhas de crédito. Se o objetivo for apenas tomar um empréstimo para contornar pequenos gastos, as outras linhas são mais indicadas.

Dinheiro: Crédito com imóvel como garantia é atrativo, mas desvantagens devem ser seriamente consideradas © Thinkstock/fergregory
Dinheiro: Crédito com imóvel como garantia é atrativo, mas desvantagens devem ser seriamente consideradas 

 
“É sempre necessário comparar os custos de diferentes operações e observar a disso finalidade do empréstimo”, afirma Beto Veiga, doutor em economia pela Universidade de Brasília.

A melhor maneira de comparar os custos é observar o Custo Efetivo Total (CET) da operação, que mostra não só os juros envolvidos como outros encargos.



Risco de perda do imóvel

Além dos custos altos em decorrência da alienação fiduciária, outra grande desvantagem do home equity é o risco de perda do imóvel na falta de pagamento da dívida.

Ao atrasar duas parcelas, a instituição já pode notificar o tomador sobre o atraso e assim deixar registrado que tentou solucionar a dívida antes de retomar o imóvel. Mas, passados 90 dias da notificação, o banco já tem o direito de retomar o imóvel.

Conforme explica Beto Veiga, em tese, se um imóvel é um bem de família, ele não poderia ser tomado. Porém, existe uma exceção, que se encaixa exatamente no caso da alienação fiduciária: “Quando a dívida que deu origem ao bem de família é aquela que não está sendo paga, ele pode ser retomado, mesmo que a família esteja morando na casa”, diz Beto Veiga.

Com a possibilidade de perda do imóvel, a contratação do home equity deve ser feita apenas se o tomador estiver certo de que as parcelas da dívida caberão no seu orçamento, sobretudo se o imóvel dado como garantia for o único da família.

“O endividamento deve ser a última alternativa, mas se a pessoa está precisando muito, diante de uma situação de emergência, só ela saberá se vale a pena correr o risco de perder o imóvel ou se ela prefere uma outra operação de crédito que não envolve esse risco, mas é mais cara”, diz Veiga, que acrescenta que uma alternativa menos arriscada para obter recursos poderia ser a troca do imóvel por outro mais barato.

Veja a seguir as principais condições do crédito com garantia do imóvel praticadas em algumas das principais instituições do mercado.




Companhias hipotecárias

Roberto Sampaio, diretor da Empírica Investimentos - gestora que monta fundos de investimento em direitos creditórios a partir da compra de contratos de home equity-, afirma que os juros do crédito com imóvel como garantia giram em torno de 1,54% ao mês em companhias hipotecárias.

Essa é a taxa média cobrada nas três instituições que captam os contratos de home equity com clientes e repassam posteriormente à Empírica: a Domus Companhia Hipotecária, do Rio de Janeiro; a Companhia Hipotecária Piratininga, de Porto Alegre; e o Grupo Província, da cidade de Santos (SP).

Os prazos nessas companhias, segundo Sampaio, são de até 15 anos e o crédito é limitado a 60% do valor do imóvel, ou a 1 milhão de reais.


Bradesco
No Bradesco, a taxa média do Credfácil Imóvel Pessoa Física é de 1,9% ao mês. O prazo é de até dez anos e a quantia emprestada pode ser de até 60% do valor do imóvel. Segundo Silva, diretor da área de empréstimos do Bradesco, também é cobrada uma taxa de avaliação do imóvel, que parte de 500 reais, mas varia de acordo com a localização e tipo de propriedade (urbana ou rural, por exemplo).
“No Credfácil, o cliente pode adequar o fluxo de pagamento às suas necessidades e pode pagar o empréstimo mensalmente, ou a cada bimestre, trimestre ou até semestre”, diz o diretor. 


Banco do Brasil
No Banco do Brasil, os prazos são de até 15 anos e o limite do empréstimo é de 60% do valor do imóvel dado como garantia, que deve ter valor mínimo de 100 mil reais e máximo de 10 milhões de reais. O cliente também deve ter renda mínima mensal de 4 mil reais.
As taxas de juros partem de 1,57% ao mês, mas variam de acordo com a análise de crédito do cliente e é cobrada uma taxa de avaliação do imóvel de 2.500 reais.


Itaú
O Itaú não revela as taxas de juros médias da linha Crédito com Garantia de Imóvel, mas afirma que são algumas das menores dentre todas suas linhas de crédito. O valor mínimo de contratação é de 80 mil reais e o máximo é de 3 milhões de reais, mas o banco restringe a operação a clientes de alta renda (os chamados clientes Personnalité). O prazo é de até dez anos.


Santander
Consultado, o Santander não respondeu as perguntas da reportagem sobre as condições da linha Crédito com Garantia do Imóvel.
No site do banco, no entanto, é possível fazer uma simulação da linha de crédito. Para um casal de 30 anos, com renda mensal de 20 mil reais, que oferece um imóvel de 500 mil reais como garantia, os juros aplicados são de 1,79% ao mês, caso sejam concedidos 200 mil reais de empréstimo. Além disso, é cobrada a tarifa de avaliação do imóvel, de 990 reais.
O cliente deve ter uma renda bruta mínima de mil reais, o prazo é de até 15 anos e o valor do crédito varia entre 30 mil a 500 mil reais, limitados a 60% do valor do imóvel.


Caixa
A Caixa também não respondeu as perguntas de EXAME.com, mas informa por meio de seu site que o prazo da linha Crédito Imóvel Próprio chega a 20 anos e os valores concedidos partem de 20 mil reais e se limitam a 60% do valor do imóvel.
Em uma simulação feita no site, para um empréstimo de 200 mil reais, a clientes com renda familiar de 20 mil reais e 30 anos de idade, a taxa praticada é de 1,66% ao mês se for dado como garantia um imóvel de 500 mil reais.



Nomes confusos

Ainda que as operações de crédito que utilizam o imóvel como garantia também sejam chamadas de home equity ou de refinanciamento de imóvel, essas duas nomenclaturas podem ser equivocadas, do ponto de vista conceitual.

Segundo Beto Veiga, a expressão home equity foi importada dos Estados Unidos, mas a operação de home equity americana é bem diferente da realizada aqui. “Lá, o home equity acontece quando um alguém utiliza um imóvel que não está quitado como garantia do empréstimo. O tomador vai pagando o imóvel e ampliando seu equity, ou seja, ele vai garantindo uma participação maior no imóvel. Essa fatia da qual ele é dono é então usada como garantia para uma nova operação de crédito.”

Como no Brasil a maioria dos financiamentos é feita por alienação fiduciária, operação na qual o banco é o dono do imóvel até que ele seja 100% pago, aqui os compradores não são donos da parcela do imóvel que já foi paga e, portanto, não possuem uma participação na propriedade, o chamado equity. Por essa razão, o termo equity não seria o mais correto.

Já o termo refinanciamento de imóvel seria equivocado por pressupor que o tomador do crédito está financiando seu imóvel pela segunda vez. Caso o imóvel tenha sido comprado à vista, por exemplo, o tomador não estaria refinanciando o imóvel.



FONTE:


REVISTA EXAME

SONHO DA CASA PROPRIA






Momento é oportuno para

compra de imóveis de

até R$ 400 mil








O pacote de incentivo ao setor imobiliário, anunciado pelo governo no fim de maio, reabriu uma oportunidade para quem deseja financiar imóveis de até 400 mil reais, mesmo em um momento no qual o crédito ficou mais caro e escasso.



Uma das medidas anunciadas pelo governo foi a liberação de mais de 4,2 bilhões de reais para a linha de financiamento imobiliário Pró-Cotista FGTS.

Além de cobrar taxas de juros mais acessíveis do que as praticadas no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a linha permite financiar até 90% do valor do imóvel no Banco do Brasil e até 80% na Caixa, seja ele novo ou usado, mas desde que o valor da unidade seja limitado a 400 mil reais. 

A Pró-Cotista, que é restrita a trabalhadores que têm conta vinculada ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) há mais de três anos, ficou suspensa no Banco do Brasil entre junho do ano passado até fevereiro deste ano, segundo fontes do mercado. Pouco antes da suspensão, consumidores chegaram a dar entrada para obter o crédito, mas não conseguiram concluir o processo.
Procurado, o banco confirma, em nota, que “deixou de operar (a linha de financiamento) momentaneamente em alguns meses de 2014, quando foi atingido o limite disponibilizado para a linha pelo fundo gestor”.

O BB afirma que, desde o início do ano, “a linha sempre esteve aberta”, e agora, com o anúncio de recursos adicionais, “espera continuar operando (a linha)”.

Já a Caixa diz, em nota, que o programa está ativo, com operações regulares, após a liberação dos recursos do fundo para 2015. O banco não diz se a linha chegou a ser suspensa no ano passado.
Para Marcelo Prata, diretor do Canal do Crédito, site que compara financiamentos imobiliários, a medida amplia o acesso à Pró-Cotista tanto na Caixa como no Banco do Brasil, os dois grandes bancos que oferecem a linha atualmente.


"A Caixa irá focar mais na linha para compensar a falta de recursos para financiar imóveis no SFH, enquanto o Banco do Brasil também deve passar a conceder mais empréstimos na linha com o objetivo de ganhar mercado em relação â Caixa", diz Prata.

No entanto, ao mesmo tempo em que o conselho curador do FGTS ampliou o orçamento da linha, como parte do pacote imobiliário, ele baixou a régua do valor do imóvel que pode ser financiado na linha para 400 mil reais.

Antes, a Pró-Cotista admitia imóveis de até 750 mil reais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, e de até 650 mil reais nos demais estados, os mesmos limites de enquadramento dos financiamentos pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Segundo o conselho do FGTS, a maior liberação de recursos, combinada à restrição no valor dos imóveis aceitos pela Pró-Cotista, tem o objetivo de direcionar o crédito a uma das camadas da sociedade na qual o déficit habitacional é maior, a classe média. 



Principais atrativos

A linha Pró-Cotista FGTS cobra taxas de juros menores por conta de um subsídio oferecido aos cotistas do FGTS, que geralmente são trabalhadores formais, com carteira assinada e que realizam obrigatoriamente contribuições mensais ao fundo, equivalentes a 8% do valor do salário.

São enquadrados ainda trabalhadores rurais, temporários e atletas profissionais, que também fazem contribuições ao fundo. Para empregados domésticos, a contribuição ao FGTS é opcional.

Na Caixa, a taxa de juros cobrada na linha para quem não tem relacionamento com o banco, a chamada taxa balcão, é de 8,85% ao ano e, no Banco do Brasil, de 9% ao ano. Em financiamentos no SFH, a taxa balcão cobrada pelos bancos sobe para 9,45% ao ano na Caixa e 9,90% ao ano no BB.
Caso o comprador tenha relacionamento com a Caixa, por exemplo, os juros cobrados na linha Pró-Cotista podem ser menores e chegar a 7,85% ao ano. Essas taxas já eram oferecidas pelos bancos no ano passado, antes dos aumentos da taxa Selic registrados neste ano.

Além de juros mais baixos, o grande atrativo da linha é o porcentual do valor do imóvel que pode ser financiado - tanto para imóveis novos, como usados - que chega a 90% no BB e 80% na Caixa.
Recentemente, a Caixa passou a emprestar no máximo 50% do valor da unidade para aquisição de imóveis usados que estejam enquadrados no SFH. Ou seja, além do programa Minha Casa Minha Vida (que financia imóveis de até 190 mil reais) a linha Pró-Cotista é a única alternativa para quem pretende comprar imóveis usados na Caixa, mas não tem capacidade de arcar com as entradas de 50% do valor do imóvel.

O prazo máximo de financiamento oferecido na linha em ambos os bancos públicos é de até 360 meses.




Requisitos

Para ter acesso à linha de crédito Pró-Cotista FGTS, é necessário ter contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos ou não, na mesma empresa ou em empresas diferentes.


Executivo pula em direção à nuvem em formato de casa: Pacote do governo cria oportunidade para a compra de imóveis de até 400 mil reais © ThinkStock/BsWei
Executivo pula em direção à nuvem em formato de casa: Pacote do governo cria oportunidade para a compra de imóveis de até 400 mil reais 

 
Caso se enquadre nessa exigência, a conta vinculada ao fundo deve estar ativa, ou seja, o trabalhador deve estar empregado e realizar atualmente contribuições mensais ao FGTS; ou ter conta inativa, mas com saldo equivalente a 10% do valor do imóvel, caso esteja desempregado ou não contribua atualmente para o FGTS por estar trabalhando sob outro regime de trabalho, por exemplo.

Não há restrição com relação à renda familiar dos compradores, desde que o imóvel financiado não tenha valor maior do que 400 mil reais.

Mas o comprador não pode ter outro financiamento de imóvel e nem ser proprietário de outra unidade residencial urbana, concluída ou em construção, na mesma cidade, em municípios limítrofes ou na região metropolitana da cidade onde vive. Preenchidos os requisitos, o uso do saldo do FGTS no financiamento é opcional.




Oportunidade limitada

Mesmo com recursos adicionais, a possibilidade de financiar imóveis na linha Pró-Cotista FGTS deve ter prazo limitado, de acordo com Marcelo Prata, diretor do Canal do Crédito.

Ele afirma que o aumento do desemprego no país pode elevar o saque de recursos do FGTS. “O aumento dos saques pode fazer com que os recursos do FGTS destinados ao financiamento imobiliário voltem a secar”, diz Prata.

Para quem se enquadra nas condições da linha Pró-Cotista, Prata recomenda aproveitar a oportunidade. “É o dinheiro mais barato que esse comprador consegue acessar atualmente. No entanto, os recursos são limitados”.

Como as restrições de crédito em outras linhas reduzem a demanda por casas e apartamentos, o momento pode ser favorável para a compra, pois amplia a possibilidade de negociação de descontos nos preços das unidades, diz Prata.

Por outro lado, financiar o imóvel agora não é indicado caso o comprador esteja inseguro em relação à manutenção do seu emprego nos próximos meses.

Nesse caso, quem não tem reservas financeiras para suportar o pagamento das prestações da dívida diante de um eventual desemprego, pode ser melhor adiar a compra e juntar um valor maior para dar como entrada e reduzir o débito.



FONTE:



REVISTA EXAME

quinta-feira, 11 de junho de 2015

VEJA: COMO ELES VIRARAM BILIONÁRIOS !!!






EMPREENDEDORISMO


 
       


Eles saíram do nada para se tornar bilionários

Por iG São Paulo |



Figuras como o espanhol Amâncio Ortega, dono da maior rede de varejo de roupas do mundo, conquistaram sucesso nos negócios enxergando oportunidades que a maioria não vê

Há poucos dias, a Bloomberg divulgou a lista dos homens mais ricos do mundo. Entre os integrantes do ranking da agência de notícias, muitos têm em comum o fato de ter começado a sua trajetória do nada, com muito pouco ou nenhum capital. Mesmo tendo pouco dinheiro no bolso, eles conseguiram alcançar sucesso por conta de sua visão de futuro e o talento para enxergar oportunidades e negócios onde a maioria não consegue. 

Segundo lugar na lista da Bloomberg e com uma fortuna estimada em US$ 71,5 bilhões, o espanhol Amancio Ortega é uma dessas pessoas. Ele modificou para sempre o mundo da moda, criando a Zara, a maior rede varejo de roupas do mundo.

A famosa marca criada Ortega sacudiu o mercado ao colocar rapidamente nas araras de sua loja as últimas tendências do mercado da moda, a preços muito mais acessíveis do que o das cadeias de luxo. As lojas da Zara pelo mundo são abastecidas pelo menos duas vezes por semana com itens novos, algo impensável  no mercado antes do surgimento dela. 



Dono de lojas como a Zara, que formam a maior rede varejo de roupas do mundo, Amancio Ortega, filho de um ferroviário de classe média baixa, hoje tem uma fortuna de US$ 71,5 bilhões.
Foto: Getty Images

close

Ortega nasceu numa família de classe média baixa no noroeste da Espanha. O pai dele era um ferroviário. O seu primeiro encontro com o mundo da moda foi aos 14 anos, quando ele começou a trabalhar numa camisaria. Era o primeiro passo do surgimento de um império do têxtil. 

O empreendedorismo de começar do zero aparece inclusive em quem nasceu numa família com boa condição econômica,  como aconteceu com o bilionário mexicano Carlos Slim, quarto na lista  da Bloomberg e dono de uma fortuna de US$ 66,9 bilhões. 

Slim começou a trabalhar aos 8 anos, ajudando no comércio do pai. Aos 12, ele fazia questão de registrar seus ganhos no próprio caderno de contabilidade. Três anos depois, o mexicano já tinha uma boa quantidade de ações do Banco Nacional Mexicano. 














Durante toda a sua trajetória, Slim seguiu um valoroso conselho do pai comerciante: "tenha sempre uma reserva para aproveitar boas oportunidades de negócios".  Assim, ele ficou famoso por comprar negócios decadentes e transformá-los em empresas lucrativas.

Atualmente, Slim é dono de império de telecomunicações, a América Móvil, o maior grupo da América Latina em telefonia celular. No Brasil, o mexicano controla as operadoras Claro e Embratel e a NET, maior empresa de TV a cabo do País. 

Um estudo recente da PricewaterhouseCooper apontou traços de figuras como Slim e Ortega, que se fizeram bilionários do nada. Segundo o levantamento, figuras como eles obtêm sucesso partindo do zero porque conseguem prosperar em meio a grandes mudanças e turbulências no cenário dos negócios. 

Cauteloso na hora de investir, este tipo de empresário têm perseverança e paciência para esperar a hora certa de investir num negócio que pode faturar bilhões. Se colocando na pele do consumidor médio, os futuros bilionários são altamente criativos e encontram soluções inovadoras ao meter a mão na massa, de acordo com o levantamento da PricewaterhouseCooper. 


Veja mais histórias de bilionários na galeria acima.