terça-feira, 12 de julho de 2016

PESQUISA CNI: GASTOS DO GOVERNO




CNI divulga pesquisa 

Serviços públicos, 

tributação e 

gasto do governo




Resultado de imagem para CNI LOGO



Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará, amanhã (12 de julho), às 10h00, a íntegra da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Serviços públicos, tributação e gasto do governo. 

A pesquisa mostra a avaliação dos brasileiros sobre os serviços públicos oferecidos no país, os impostos pagos e sobre os gastos do governo.

O levantamento completo apresenta a avaliação de 13 serviços públicos:
- saúde, 
- educação, 
- transporte público, 
- segurança, etc

A avaliação do uso de recursos públicos federais e mostra a rejeição dos brasileiros ao aumento de impostos, como a CPMF. 

É apresentada ainda as opções mais recomendadas pela população para equilibrar as contas públicas.

Os dados são segmentados por:
- região, 
- escolaridade, 
- sexo, 
- idade, 
- entre outras informações. 

A pesquisa foi levantada em parceria com o Ibope, que ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre 17 e 20 de março.

FONTE:

CORREIO BRAZILIENSE



VAQUINHA ARRECADA PARA DILMA...




'Vaquinha' da Dilma 
alcança R$ 725 mil




A campanha de financiamento coletivo 
criada para bancar as viagens pelo País 
da presidente da República afastada, 
Dilma Rousseff atingiu a marca de
 R$ 725 mil, ou 145% do previsto.

 A equipe da petista aguarda dobrar a meta inicial de R$ 500 mil para encerrar a campanha e retirar o dinheiro para financiar as viagens pelo País.
Além disso, eles terão de deixar 13% do total para a administração do Catarse, dona da plataforma digital, e pagar 4% em impostos.
As criadoras da plataforma no site Catarse são duas antigas amigas da presidente afastada. Guiomar Lopes e Celeste Martins lutaram na ditadura militar ao lado de Dilma.

No vídeo de apresentação da iniciativa, elas afirmam que a ferramenta é uma forma de viabilizar a continuidade da luta pela democracia. 

"Achamos importante abrir uma conta onde as pessoas pudessem fazer doações e haver disponibilidade de recursos que a presidenta pudesse usar para as suas viagens," disse Guiomar.
No início de junho, quando Dilma já havia sido afastada pelo Senado, ela sofreu restrições de uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar pelo Brasil. 
Desde então, Dilma só pode recorrer às aeronaves oficiais para viajar entre Brasília e Porto Alegre, onde mora sua família.

FONTE:




segunda-feira, 11 de julho de 2016

DILMA & PLEBISCITO




As (poucas) cartas de Dilma: negociar um plebiscito e forçar julgamento durante Jogos


Dilma em entrevista no dia 29 de junho.
© Roberto Stuckert Filho/PR Dilma em entrevista no dia 29 de junho.

Enquanto o processo de impeachment de Dilma Roussef  avança no Senado rumo à votação final, a presidenta afastada tem poucas cartas na manga para tentar um último sprint para detê-lo. Rousseff poderia ela mesma comparecer na última quarta-feira na comissão especial do Senado que a investiga, mas mesmo fortalecida por uma perícia da Casa que diluiu ainda mais as acusações de que ela cometeu crime fiscal, ela decidiu não comparecer.
Seu advogado, José Eduardo Cardozo, lerá seu documento de defesa tendo como pano de fundo as intensas negociações de seus apoiadores para conseguir votos para salvá-la em troca do compromisso de que ela lutaria para abrir caminho a novas eleições caso reassuma. 
A estratégia para angariar apoio também inclui tentar encurtar prazos para que o julgamento final pelos senadores aconteça durante os Jogos Olímpicos, atraindo o máximo de escrutínio internacional.

Em linhas gerais, a defesa dirá que a presidenta não cometeu crimes de responsabilidade e que o processo não foi promovido para punir qualquer situação ilícita. 
“Foi feito para afastar a presidenta eleita por razões políticas, e algumas bastante sinistras”, diz Cardozo insistentemente. Cardozo ostentará como trunfo o resultado da perícia feita por técnicos do Senado de que a presidenta não foi a responsável por manobras fiscais para maquiar rombos nas contas públicas e apresentará a tese de que os decretos que estouravam o orçamento não foram irregulares cometidas diretamente por ela.

Inicialmente, Rousseff era esperada para fazer sua própria defesa, mas o cálculo da defesa mudou. 
“Essa comissão é de cartas marcadas. A presidenta vir aqui seria um desgaste desnecessário. Não vamos reverter o jogo na comissão, a nossa principal luta é no plenário”, disse um dos membros da tropa de choque da petista, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). 
A comissão especial do impeachment escuta há semanas defesa e acusação para só então ter um relatório final que será levado ao conjunto dos senadores que decidirão se ela deve perder definitivamente o mandato do qual está afastada desde 12 de maio. Para se salvar do impeachment, a petista precisa dos votos de 28 dos 81 senadores.
Enquanto seu advogado Cardozo preparava a peça que será apresentada à comissão, um grupo de senadores aliados da petista tenta convencer ao menos seis colegas a votarem contra o impeachment no processo que ocorrerá, pelo cronograma atual, na segunda quinzena de agosto. Uma das estratégias é a própria presidenta afastada declarar oficialmente que, caso retome o cargo, encamparia a ideia de que o país precisa de uma nova eleição e eleger um presidente-tampão até 2018. 
A reportagem apurou que os alvos preferenciais do assédio dilmista nesse momento são os seguintes parlamentares: Cristóvam Buarque (PPS-DF), José Reguffe (Sem partido-DF), Dario Berger (PMDB-SC), Acir Gurgacz (PDT-RO), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Ivo Casol (PP-RO).
“A população não quer a Dilma, mas também não quer o presidente interino [Michel] Temer. Basta ver as pesquisas para saber isso. Se ela se comprometer com uma nova eleição, cresce nossas chances de conseguirmos apoio dos senadores”, disse o senador Telmário Mota (PDT-RR), um dos 22 senadores que já declararam apoio à continuidade do mandato de Rousseff.
O caminho não é fácil, já que novas eleições só estão previstas legalmente em caso de renúncia ou queda dupla, tanto de Rousseff quanto do presidente interino Michel Temer. 
A ideia mais forte é que, uma vez de volta à Presidência, Dilma convoque uma consulta sobre novas eleições e, animada por um eventual triunfo popular da proposta, envie à mudança ao mesmo Congresso hostil que a afastou.

Mesmo entre seus apoiadores há dúvidas. 

Alguns dos movimentos sociais discutem se encampam ou não essa proposta. 
A principal tríade de apoio à petista, formada pela Centra Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) discute internamente essa questão. 
A resistência ocorre porque algumas dessas lideranças sociais entendem que a mobilização em torno da presidenta afastada poderia diminuir, caso ela concordasse em convocar novas eleições. 
“Como iríamos mobilizar nossa gente para, primeiro defender a Dilma e, quando ela assume o Governo de novo, defender uma nova eleição. A situação é estranha”, 
disse uma dessas lideranças sob a condição de não ter seu nome divulgado. Lindbergh Farias, por outro lado, diz que essa proposta ainda não está fechada. “Não é tão simples quanto parece”, ponderou o petista.

Uma outra estratégia dos aliados de Rousseff será a de tentar antecipar o julgamento dela em uma semana. 
Previsto para ocorrer após o dia 22 de agosto, os dilmistas querem antecipá-lo para o dia 15. 
O motivo é que gostariam de aproveitar uma repercussão internacional que o tema teria pois entre os dias 3 e 21 de agosto cerca de 25.000 jornalistas do mundo inteiro estarão no Brasil para a cobertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 
“Eles [os adversários] querem deixar para depois das Olimpíadas para que não haja uma denúncia internacional, se anteciparmos, podemos ter esse destaque fora do país ampliada”, analisou Lindbergh.

Vaquinha e entrevistas

Muitos senadores evitam declarar voto e a batalha da presidenta afastada não pode ser dada como perdida, mas, nas últimas duas semanas, seu inimigo no Planalto, Michel Temer, conseguiu algo de oxigênio. 
Não houve novos desdobramentos do escândalos de corrupção diretamente ligados a sua equipe - ele perdeu três ministros em dois meses - e Temer costurou acordos políticos importantes, como com os governadores. 
Mesmo com a mão aberta para gastos públicos, segue até agora com a simpatia do mercado financeiro.
É contra essa brisa frágil de estabilidade e normalidade que Rousseff luta como pode para manter viva a esperança de que pode voltar ao poder. 
Incomum para uma política outsidere bastante fechada fora de campanhas eleitorais: ela tem concedido várias entrevistas e viajado por todo o país para encontros com seus apoiadores. 
Nos 54 dias em que está afastada, ela já deu ao menos 17 entrevistas (foram desde rádios locais, como a Panorâmica da Paraíba, até a jornais e emissoras internacionais, como este EL PAÍS e a Al Jazeera), e esteve em ao menos 12 cidades para participar de atos em defesa de seu mandato. 
Na próxima sexta-feira, participará de atos no Estado de São Paulo.

Ameaça às viagens
As viagens chegaram a ficar ameaçadas com a decisão do Governo Temer de passar a cobrar para que ela usasse a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). 
Duas amigas da presidenta, que ficaram presas com ela durante a ditadura militar, iniciaram uma campanha de arrecadação de recursos na internet, uma espécie de vaquinha virtual, para pagar essas viagens. 
A expectativa inicial era de arrecadar 500.000 reais em 20 dias. O valor foi superado em menos de três. Até as 20h30 desta terça-feira, o sexto dia campanha, foram doados 663.104 reais por 10.082 apoiadores da presidenta.

As viagens de Rousseff e de parte de sua equipe de segurança a assessores ocorre em táxis-aéreos particulares. 
Até o julgamento do impeachment, a expectativa dela é que outras dezenas de deslocamentos e entrevistas ocorram. 
Um deles pode ser para o Rio, no dia 5 de agosto, quando ocorrerá a abertura das Olimpíadas. 
A decisão ainda não foi tomada, mas, se acontecer, haverá o constrangimento público, já que Temer também deverá estar na solenidade.


FONTE:

EL PAÍS




domingo, 10 de julho de 2016

SEPARAÇÃO MILIONÁRIA




Separação de Luiza Brunet e 

Lírio Parisotto pode custar 

até R$ 100 milhões




Ex-casal manteve união estável por cerca de 5 anos (AgNews)


término do relacionamento de 5 anos entre Luiza Brunet, 54, e Lírio Parisotto, 63, pode envolver uma verdadeira fortuna, algo estimado em aproximadamente R$ 100 milhões.

De acordo com colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo”, da última quarta-feira (6), a atriz da TV Globo mantinha uma união estável com o ex-companheiro, que é considerado um dos 30 empresários mais ricos do Brasil e dono de cerca deUS$ 1,6 bilhão. 



Recentemente, Lírio Parisotto afirmou que também já foi agredido pela ex-modelo.

Segundo ele, a briga aconteceu em um barco e ele chegou a levar 10 pontos. 

A declaração veio à tona alguns dias após Luiza Brunet revelar que foi vítima de violência por parte dele. 

Ela confirmou que apanhou do empresário há alguns meses depois de uma briga que aconteceu e Nova York, nos Estados Unidos.



FONTE:



Yahoo Entretenimento7 de julho de 2016

sábado, 9 de julho de 2016

MUDANÇA NA JORNADA DE TRABALHO




Indústria cogita aumentar jornada de trabalho para 80 horas semanais



Após mais de duas horas de reunião com o presidente interino Michel Temer e com cerca de 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse hoje (8) que, para o governo melhorar a situação do déficit fiscal, serão necessárias “mudanças duras” tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas. 
Temer deixou o evento sem falar com a imprensa.

Ver as imagens
Foto: Flickr/Senado Federal

O presidente da CNI citou como exemplo a França, onde as leis trabalhistas estão sendo discutidas.

“Vimos agora o governo francês, sem enviar ao Congresso Nacional, tomar decisões com relação às questões trabalhistas. No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36 passou, para a possibilidade de até 80 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho (na verdade, são 60 horas semanais). A razão disso é muito simples. A França perdeu a competitividade de sua indústria com relação aos demais países da Europa. Agora, está revertendo e revendo suas medidas, para criar competitividade. O mundo é assim e temos de estar aberto para fazer essas mudanças. Ficamos ansiosos para que essas mudanças sejam apresentadas no menor tempo possível”, argumentou o empresário.

“Um déficit de R$ 139 bilhões [para 2017]. Acho que foi uma demonstração de responsabilidade do governo apresentar as dificuldades que têm e o esforço que será feito para contornar essas dificuldades”, afirmou o presidente da CNI.

Segundo ele, ao considerar que, em 2016, o déficit será R$ 170 bilhões, a conclusão é que haverá, em algumas áreas, crescimento de despesas governamentais. 

“É claro que a iniciativa privada está ansiosa para ver medidas duras, difíceis de serem apresentadas. Por exemplo, a questão da Previdência Social. Tem de haver mudanças na Previdência Social. Caso contrário, não teremos no Brasil um futuro promissor”, acrescentou.

Robson Andrade defendeu também a implementação de reformas trabalhistas. Para ele, o empresariado está “ansioso” para que essas mudanças sejam apresentadas “no menor tempo possível”.

Robson Braga de Andrade reiterou a posição da CNI, contrária ao aumento de impostos.

“Somos totalmente contra qualquer aumento de imposto. O Brasil tem muito espaço para reduzir custos e ganhar eficiência para melhorar a máquina pública antes de pensar em qualquer aumento de carga tributária. Acho que seria ineficaz e resultaria, neste momento, na redução das receitas, uma vez que as empresas estão em uma situação muito difícil”, disse ele.

Também presente no evento, a presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, informou que o banco investiu R$ 6 bilhões em inovação nos últimos dois anos.

Maria Silvia defendeu o diálogo cada vez maior com o setor privado. 

“Inovação é uma das prioridades do banco. Produtividade e competitividade são fundamentais para a retomada do crescimento sustentável”, disse a presidente do BNDES.

Também participando do encontro, Ricardo Felizzola, presidente do Grupo Parit – holding de investimentos que controla as empresas Altus Sistemas de Automação S/A, Teikon Tecnologia Industrial S.A e HT Micron Semicondutores Ltda – disse que o Brasil precisa aumentar o apoio e financiamento em inovação tecnológica para aumentar a competitividade.

A MEI, com quem Temer se reuniu, agrega mais de 100 líderes empresariais das maiores empresas do país. 
Com o objetivo de formular propostas de políticas públicas e estimular e construir nas empresas um ambiente em que a inovação ocupe um papel central de forma a gerar empregos e inserir de forma mais efetiva a indústria brasileira nas cadeias globais de valor.

Para 2016, a MEI tem como agenda prioritária:
- a atualização do marco regulatório da inovação, 
- o aperfeiçoamento do marco institucional da inovação,
- aprimoramento dos mecanismos de financiamento à inovação, 
- estruturação da inserção global de empresas brasileiras via inovação, modernização do currículo das engenharias e 
- o fortalecimento da atuação de pequenas e médias empresas inovadoras.


FONTE:
Pedro Peduzzi e Ana Cristina Campos, da Agência Brasil

Yahoo Notícias8 de julho de 2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

SURPREENDENTE: DEFICIT PREVIDENCIÁRIO NÃO EXISTE !!




Estudo mostra que 

não existe déficit 

na Previdência Social




A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) produziram um estudo que apresenta a “inexistência de déficit da Previdência Social e que não há motivos para a realização de uma reforma na Previdência”, garantem as entidades.


Este estudo será lançado no Seminário de Seguridade e Previdência Social, no dia 7 de julho, e é resultado de debates de um grupo de trabalho composto por várias entidades e organizações, entre elas:
- a própria Contag, 
- o Dieese, 
- o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), 
- o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 
- as centrais sindicais e 
- outras.


O Seminário tem como objetivos analisar e debater:

- a sustentabilidade do Sistema de Seguridade Social, 
- os impactos socioeconômicos da Previdência Rural, 
- definir encaminhamentos e ações em face das ameaças de restrições de direitos com a reforma da Previdência Social.


O Seminário de Seguridade e Previdência Social será no dia 7 de julho, no Centro de Estudo Sindical Rural da Contag, com a presença de lideranças sindicais, assessores jurídicos, especialistas e demais convidados. Endereço: SMPW, quadra 01, conjunto 2, lote 2, Núcleo Bandeirante, Brasília/DF.


FONTE:

CORREIO BRAZILIENSE

terça-feira, 5 de julho de 2016

TEMER E SEUS REMÉDIOS IMPOPULARES




Temer diz que 'em determinado momento' vai tomar medidas impopulares

Presidente em exercício discursou no Global Agribusiness Forum 2016, em São Paulo, e disse que objetivo é 'colocar o Brasil nos trilhos em dois anos e meio' caso seja ratificado no cargo.

© Foto: Nacho Doce/Reuters Presidente em exercício discursou no Global Agribusiness Forum 2016, em São Paulo, e disse que objetivo é 'colocar o Brasil nos trilhos em dois anos e meio' caso seja ratificado no cargo.
O presidente interino Michel Temer disse na manhã desta segunda-feira, 4, que "em determinado momento" o governo irá tomar medidas impopulares e que não teme fazer isso porque não tem pretensão eleitoral e se contenta em "colocar o país nos trilhos."
“A partir de um certo momento, começaremos com medidas, digamos assim, impopulares", disse ele em seu discurso na abertura do principal encontro de agronegócio do país, o Global Agrobusiness Fórum, realizado em São Paulo. "E as pessoas me perguntam: mas você não teme propor medidas impopulares? Disse, não, meu objetivo não é eleitoral (...) Se eu ficar os dois anos e meio e conseguir colocar o Brasil nos trilhos para mim o quanto basta, eu não quero mais nada da vida pública", disse.
O evento se transformou em um ato de apoio ao governo interino de Temer. Em sua primeira agenda pública no Estado de São Paulo desde que assumiu provisoriamente o governo, o presidente em exercício recebeu um manifesto de apoio assinado por 45 entidades, entre elas a CNA (Confederação Nacional da Agricultura.
No manifesto, lido em voz alta e entregue em mãos ao peemedebista, as entidades afirmam que a gestão Temer tem “legitimidade constitucional e conta com o comprometimento de uma equipe econômica competente”. “Confiamos que a liderança do presidente Michel Temer será capaz de pacificar e unificar todos os brasileiros para que seja possível construirmos um novo amanhã para o nosso país”.
Ao receber o texto impresso, Temer citou a frase em latim "Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem) que abria a carta enviada por ele à então presidente Dilma Rousseff em dezembro do ano passado, que marcou o afastamento entre ele e a petista. “Volto a citar a expressão que usei antes. "Verba volant, scripta manent", As palavras voam, os escritos permanecem”, disse ele, afirmando que iria enquadrar e pregar o manifesto na parede.
Em seu discurso, Temer agradeceu o apoio afirmando que contava com o setor da agricultura para “colocar o país nos trilhos”. Segundo ele, a presença de correspondentes estrangeiros no evento contribuiria para que chegasse ao exterior a notícia de que o País “estava se pacificando". "Quando os senhores trazem estrangeiros para cá, fazem esse discurso, fazem este apoio, certa e seguramente eles voltarão para os seus países e, olha, o País está se tranquilizando", disse. A chegada do presidente interino à presidência após o afastamento da titular teve repercussão negativa nos veículos internacionais de imprensa.
Temer ainda fez um afago ao setor creditando sua chegada à Presidência interina à Agricultura. Ele iniciou sua fala afirmando que sua família, quando chegou ao Brasil, se instalou em uma propriedade rural em Tietê, onde o trabalho possibilitou que ele e seus irmãos pudessem estudar em um curso superior. “Por isso digo que devo minha posição hoje de presidente em exercício à agricultura brasileira”, disse.
Em 22 minutos de fala, Temer disse que “apanhou” o Brasil “em um momento muito difícil” e que em pouco tempo já tomou muitas medidas. “Em pouquíssimo tempo, conseguimos aprovar matérias que dormitavam há mais de 10 meses”, disse. Segundo ele, seu objetivo é “colocar o Brasil nos trilhos em dois anos e meio”, caso seja ratificado no cargo após a votação final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, marcada para agosto.
“Se conseguir isso, já basta”, disse Temer. “Após agosto pretendo viajar a vários países para incentivar o investimento no Brasil. Para recuperar emprego é preciso confiança, que gera investimentos”, comentou. Para ele, o investidor externo está aguardando a definição política para voltar a investir no País.
O presidente em exercício aproveitou a ocasião para frisar que tem “maioria extraordinária na Câmara (dos Deputados)”, lembrando a aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Gastos Públicos, “elaborada com lideranças do Congresso”.

Gastos públicos. 
Ainda a respeito dos gastos públicos, Temer comentou que seu governo “deu respiro fundamental para os Estados”. “Estados estão em dificuldades e nós conseguimos fazer reprogramação do acordo da dívida”, disse, acrescentando que pede, “em contrapartida”, que os Estados também limitem seus gastos.
Temer aproveitou o evento para falar sobre o aumento dos gastos para o funcionalismo público, o qual, segundo ele, já estava contemplado no orçamento deste ano, que prevê déficit de R$ 170,5 bilhões. “O aumento do funcionalismo já estava negociado e é abaixo da inflação. Se não déssemos ajuste já negociado, movimentos políticos cobrariam. Seria desastroso”, disse, frisando que o governo ainda está em “contenção forte” de gastos.
Para finalizar, Temer afirmou que manterá os programas sociais. “Enquanto houver pobreza, precisamos do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida. O primeiro dos direitos sociais é o emprego.” Além disso, Temer fez um afago ao agronegócio nacional, dizendo que o Brasil “é o grande celeiro do mundo” em termos de produção de alimentos.
O evento contou com a presença do ministro da Agricultura, Blairo Maggi e dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Pedro Taques (Mato Grosso), além de deputados federais, entre eles Marcos Montes (MG), presidente da Frente Parlamentar pela Agricultura.
Ao discursar, Alckmin manteve o tom do evento e manifestou publicamente apoio ao governo interino de Michel Temer. “O destino colocou sobre suas mãos o grande desafio de retomar a primavera da democracia, do desenvolvimento e da paz. Conte conosco”, disse.


FONTE: