sábado, 14 de abril de 2012

Após corte de juros, BB tem alta no volume de empréstimo

Liberação de recursos para o financiamento de veículos, por exemplo, cresceu 33% na quinta-feira

AE | 13/04/2012 17:30


A redução de juros em linhas de crédito do Banco do Brasil já provocou aumento no volume de empréstimos do banco. A liberação de recursos para o financiamento de veículos, por exemplo, cresceu 33% na quinta-feira, primeiro dia de vigência das novas taxas, na comparação com o período antes do anúncio. O BB liberou R$ 16 milhões nesta linha na quinta-feira, ante uma média diária de R$ 12 milhões antes do corte, segundo informou o BB à Agência Estado.


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Bancos têm margens para reduzir juros, dizem economistas


Nas linhas de crédito para aposentados e pensionistas do INSS, os desembolsos subiram de uma média de R$ 3,1 milhões diários antes do corte para R$ 9,5 milhões na quinta-feira. Outra linha que registrou aumento no volume liberado de recursos foi o BB crediário, que tinha média diária de R$ 350 mil e na quinta-feira chegou a R$ 805 mil. O corte de juros do BB foi anunciado no dia 4.

O banco cortou juros em segmentos como financiamento de veículos, crédito consignado e crédito direto ao consumidor (CDC). Para a compra de carro, a taxa mínima caiu para 0,99% ao mês. A Caixa Econômica Federal baixou os juros no último dia 9 e as novas taxas passaram a valer no mesmo dia. O banco deve divulgar o primeiro balanço nos próximos dias.

Por enquanto, a assessoria de imprensa informa que houve aumento de 9,6% em novas contas correntes e emissão de 1,7 mil cartões Caixa Azul, que foi lançado no mesmo dia do corte de juros e tem taxa diferenciada de 2,85% ao mês no financiamento da fatura (crédito rotativo) para clientes que recebem salário no banco público. Ao reduzir os juros dos bancos públicos, o governo quer estimular os privados a também reduzir. Na quinta-feira, o HSBC foi a primeira instituição financeira privada a anunciar redução de juros em algumas linhas para pessoa física.

Fonte: IG ECONOMIA

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Compare as taxas das maiores instituições do país e saiba como os cortes anunciados pelo BB e pela Caixa podem beneficiá-lo mesmo se for correntista de outro banco

Danielle Brant e Olívia Alonso, iG São Paulo | 12/04/2012 14:53

Foto: Getty ImagesAmpliar
Com juros menor, consumidor tem acesso a crédito mais barato para compras

A redução das taxas de juros pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal não beneficiam apenas os clientes destes dois bancos, que passam a pagar menos pelo dinheiro que tomam emprestado. Quem possui contas nos bancos privados pode transferir suas dívidas à instituição bancária de sua preferência e, assim, pagar juros menores.

Isso é possível graças à portabilidade de crédito, que foi criada em 2006 e voltou a ficar em voga nos últimos dias, com os anúncios de cortes de taxas dos bancos públicos. De um lado, os bancos privados tentam conter a migração de clientes em busca de melhores condições de financiamento. Do outro, os bancos públicos buscam compensar a redução de suas margens com a expansão da base de correntistas. Para especialistas, esse movimento é saudável e quem sai ganhando é o próprio cliente.




“Se o cliente do banco percebe que está pagando uma taxa mais cara que a do mercado, pode transferir o crédito para o banco público em uma taxa menor”, diz Samy Dana, professor de Economia da FGV. A decisão dos bancos públicos de reduzir suas taxas está forçando outras instituições financeiras a fazer o mesmo, comenta Dana. No entanto, até o momento apenas o Banrisul seguiu o exemplo do BB e da Caixa.


Santander, Itaú Unibanco e Bradesco afirmaram ao iG que ainda estão avaliando a possibilidade de reduzir suas taxas. Quem não quiser esperar, pode ter vantagem trocando de instituição financeira.
Para saber se vale a pena avaliar a possibilidade de migrar de um banco a outro, confira na tabela abaixo os juros cobrados pelas cinco maiores instituições bancárias do país para empréstimos pessoais, cartão de crédito e cheque especial.
BancosCheque EspecialEmpréstimo PessoalCartão de Crédito
Caixa Econômica Federal 7,97%*4,27% (nova taxa) 4,90%**9,47%
Banco do Brasil 8,66%*8,31% (nova taxa) 5,20%** 3,0%
Santander 10,31%* 5,99**Não informa
Bradesco 8,78%* 6,31%** 13,8%***
Itaú 8,87%* 6,76%** Não informa
Fontes: * Dados do Banco Central até 28 de março/ **Procon-SP/***Site do Bradesco
Os números são do Banco Central, do Procon-SP, que fez o levantamento diretamente com os bancos, e das próprias instituições, nos casos das novas taxas anunciadas nos últimos dias.




Como fazer a portabilidade

Para levar o empréstimo a outro banco, basta exigir da instituição original as informações referentes à dívida. Com os dados em mãos, incluindo o valor dos juros, o saldo devedor, o número de parcelas, as garantias e o contrato, o cliente pode se dirigir ao banco com taxas mais baixas e pedir um novo empréstimo. Depois deve voltar ao banco anterior e quitar suas dívidas.

“Pode até dar um certo trabalho ir e vir de um banco para outro, mas o correntista não pode perder a oportunidade de fazer as coisas acontecerem no mundo das taxas estratosféricas,” comenta o consultor financeiro Humberto Veiga.




Uma outra opção sugerida pelo especialista é tentar pedir ao banco atual para cobrar o mesmo valor da instituição que oferece taxas menores. “Depois de ir ao BB ou à Caixa, por exemplo, para fazer os cálculos com o juro mais baixo, o cliente pode voltar ao seu banco original e verificar se eles cobrem a oferta,” diz Veiga.

Quem ainda não tem dívidas, mas pretende tomar um empréstimo, deve ficar atento às novas taxas do Banco do Brasil e da Caixa, anunciadas recentemente, pois são mais vantajosas do que as dos demais grandes bancos de varejo no Brasil.

Veiga chama a atenção dos correntistas para não mudar as condições do empréstimo ou aumentar os prazos na hora da portabilidade. “Se você levar a operação tal qual ela está no banco original (mesmo saldo devedor e mesmo número de parcelas) não há o custo do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras],” alerta.

 

Evite tomar dinheiro emprestado

Quem não tem dívidas não deve pensar em tomar empréstimos para consumir apenas pelo fato de as taxas do BB e da Caixa estarem mais baixas. “Tomar dinheiro para consumo é uma péssima ideia,” diz Veiga. “Para quem ainda não está devendo, antes de mais nada, oriento que não tomem dinheiro emprestado, porque não é o melhor caminho. A menos que você esteja fazendo isso para ganhar, isto é, empreender,” afirma o especialista.

fonte: IG ECONOMIA

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Veja quais são os aventureiros leves do mercado nacional

Com visual chamativo e alguns recursos off-road, modelos são porta de entrada para o mundo dos utilitários esportivos


Jair Oliveira | 11/4/2012 11:10
  • Tudo começou quando a Fiat pensou em aplicar o visual Jeep em um de seus carro de passeio. Naquela época, os carros da respeitada marca norte-americana eram cobiçados pelos consumidores brasileiros, mas a dúvida pairava quanto ao caminho que a fabricante italiana ia seguir. Treze anos depois, cerca de 25 modelos nacionais – alguns já saíram de linha – seguiram os passos da precursora Palio Weekend Adventure, fora outros que levaram esse conceito para países como Alemanha, Itália, China, Japão e até Estados Unidos.

Volkswagen CrossFox
Divulgação
Volkswagen CrossFox
Hoje, no Brasil, temos pouco mais de 20 automóveis com apelo off-road, que vão desde hatches com suspensão elevada, como o Uno Way, até crossovers com porte de SUV, como o EcoSport. iG Carros listou os principais modelos desse nicho e destaca as qualidades, defeitos e o preço de cada um.

Até R$ 45 mil: Os aventureiros de entrada

Parece estranho, mas existe sim um grupo de carros com apelo off-road e preço de carro de entrada. O primeiro deles é o Fiat Uno Way (o novo), que oferece duas opções de carroceria – duas e quatro portas – e motor (1.0 Evo e 1.4 Evo).
O modelo está dentro da proposta com para-choques, moldura dos para-lamas e borrachões das portas em plástico puro. Além disso, a marca italiana também aumentou levemente sua altura em relação ao solo, mas não tente colocar seus pneus na lama, pois você corre o risco de ficar por ali mesmo. Seus preços partem de R$ 27.990 e seu principal concorrente é o Gol Rallye.
Falando nele, o compacto da Volkswagen também prova que consegue apelar na maquiagem. O conjunto já é conhecido: para-choques, borrachões, rodas e ajuste da suspensão da Saveiro Cross, assim como o já "cansado" motor 1.6 8V que desenvolve 104 cv com álcool e 101 cv com gasolina. Aqui o "embelezamento" custa R$ 43.950.
Além desses dois, existe também o Renault Sandero Stepway. Ele usa do mesmo mecanismo que seus concorrentes para atrair olhares. Mas tem alguns diferenciais neste modelo: além de oferecer um amplo espaço interno – principalmente para os passageiros do banco de trás – a Renault disponibiliza uma versão com câmbio automático e o motor 1.6 16V é mais potente que o da Volks (são 107 cv com gasolina e 112 cv com etanol). Os preços começam em R$ 43.990 para o manual e R$ 47.990 para o automático.


De R$ 45 a R$ 55 mil: Classe emergente

Nessa faixa de preço, o consumidor tem boas opções, mas que podem deixá-lo confuso na hora da compra. É possível levar para casa desde um hatch até um "quase" SUV, passando por perua com vocação para encarar trilhas leves e até multivan com protetor de faróis. Este último é um carro que quase ninguém vê nas ruas, já saiu de linha no Brasil e voltou, mas até agora não sabe o que veio fazer em nosso mercado - trata-se do Peugeot Partner Escapade.
Na teoria o modelo concorre com o Fiat Doblò Adventure, mas na prática custa quase R$ 20 mil a menos que o carro italiano. Ele possui protetores nos faróis, borrachões nos para-lamas e para-choque diferenciado, mas em contra-partida está uma geração defasado em relação ao europeu. O motor que equipa essa versão é o 1.6 16V que rende 113 cv e a marca francesa pede R$ 45.700 por ele.
Ainda falando em Peugeot, existe o 207 Escapade. A perua aventureira, que está agonizando em vendas, se diferencia da versão civil pelas alterações na suspensão, uso de máscara negra nos faróis, lanternas translúcidas e plásticos pela carroceria. O conjunto mecânico é o mesmo da multivan da marca e seu preço começa em R$ 46.690.
Por dois mil reais a mais você pode levar o EcoSport. Não é bem um SUV, mas aqui você pode levar algo além de blush, rímel e batom, isso porque o crossover da Ford possui formas que remetem a utilitários esportivos da década de 90. Além disso, o modelo tem duas opções de motor (1.6 e 2.0), câmbio (manual de cinco e automático de quatro marchas) e ainda oferece a opção de tração 4WD. Os preços começam em R$ 48.490, mas vale lembrar que o carro muda nos próximos meses, então fique esperto no desconto.
Seguindo o mesmo conceito do crossover norte-americano tem um francês que vira e mexe ameaça o seu trono. Estamos falando do Renault Duster, o primeiro concorrerente direto do Eco. O carro possui o mesmo conjunto mecânico do Sandero Stepway, também tem opção de câmbio automático, além da tração 4WD e seu preço inicial é de R$ 51.800.
Peugeot 207 Escapade
Divulgação
Peugeot 207 Escapade
Saindo dos crossovers compactos e indo para os familiares metidos a valentes, temos opções interessantes, começando pelo Citroën Aircross. O modelo tem um jeito “quadradão”, mas que não chega a ser feio. O interior é moderno, o motor é o já conhecido 1.6 16V do C3 e, além disso, a minivan ainda pode receber câmbio automático de quatro marchas. Seu preço começa em R$ 54.350.
Diferente do modelo francês, a Fiat Idea Adventure é o modelo que mais se atreve de fato a entrar na lama, isso se o carro estiver equipado com o sistema Locker (bloqueio de diferencial). Além disso, ele é todo “plastificado” e tem um pneu (nada prático, é verdade) pendurado na tampa do porta-malas, o que ressalta sua imagem off-road. O veículo conta com suspensão elevada, bússola e inclinômetros e, além disso, é o único dessa listagem que possui teto solar panorâmico (opcional). O preço parte de R$ 54.890.
Permanecendo na linha Adventure, vamos falar agora da gênesis desse nicho, o Fiat Palio Adventure. Lançado em 1999 e com três plásticas no histórico, o modelo italiano tem fãs fieis. O veículo também pode ser equipado com o sistema Locker e tem à sua disposição a transmissão automatizada Dualogic. A Fiat pede R$ 54.580 pela Weekend maquiada, mas esse preço pode subir para quase R$ 65 mil completa.
Ainda nessa faixa de preço tem o CrossFox, que é um bom exemplo de como se deve fazer a parte estética de um carro comum se parecer um fora de estrada. O modelo, que foi reestilizado em 2009, teve como fonte de inspiração, além da nova geração do Polo, a linha “Cross” vendida na Europa. A receita não foi alterada em relação ao modelo lançado em 2005: suspensão elevada, estepe dificultando a abertura do porta-malas, borrachões nos para-lamas, parte do para-choque dianteiro em plastico preto e o traseiro com apliques que imitam aço escovado. O preço cobrado pelo modelo é de R$ 50.530.


Acima de R$ 55 mil: concorrentes do Tucson

No meio termo entre minivan e perua off-road está a Volkswagen SpaceCross. Ela usou da receita do CrossFox - conjunto mecânico, apetrechos visuais (menos estepe na tampa do porta-malas) e a sacada de suspensão elevada - para tentar vender alguma coisa. Tentou, mas até agora não mostrou o que a marca queria ver. Ela até vem bem equipada, mas o preço cobrado por ela não ajuda muito - R$ 58.735.
Fiat Doblò Adventure
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Fiat Doblò Adventure
Concorre com o carro alemão o Nissan Livina X-Gear que custa R$ 55.990. Por esse valor, o modelo já traz diversos itens de série, como ar-condicionado digital, bancos em couro e vidros, travas e retrovisores elétricos. Ele é equipado com o motor 1.8 16V que desenvolve até 126 cv com etanol, mas tem um detalhe: esse modelo só pode ser adquirido com câmbio automático.
Fechando a listinha, apresentamos o aventureiro mais caro de todos. Partindo de R$ 65.260, o Fiat Doblò Adventure é de longe o carro mais versátil deste guia de compra. O carro possui porta-malas de mais 600 litros, junto com o Idea, oferece o motor mais potente do nicho, o E-torQ 1.8 16V de 132 cv com etanol e 130 com gasolina, além de poder ser equipado com o sistema Locker. De série traz trio elétricos, airbag, ABS com EBD e sexto assento suplementar. Com todos os opcionais o valor do utilitário pode chegar a quase R$ 73 mil, preço pedido por um Mitsubishi Pajero TR4, por exemplo.


Lá fora...


A moda começou no Brasil, mas se espalhou pelo mundo. Se você fizer uma breve pesquisa na internet encontrará modelos com apelo off-road sendo comercializados na Europa, Japão e China, por exemplo. Entre eles estão Volkswagen CrossPolo e CrossGolf, Fiat Panda Cross e Sedici e os chineses Brilliance FRV Cross e Geely LC GX2 (conhecido por lá como Panda).

Fonte: IG Carros

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Bancos têm margens para reduzir juros, dizem economistas

Instituições bancárias privadas poderiam seguir exemplo do BB e da Caixa sem prejudicar seus resultados e sem precisar exigir contrapartidas, comentam os especialistas

Danielle Brant e Olívia Alonso, iG São Paulo | 11/04/2012 05:55


Foto: Getty ImagesAmpliar
Para especialistas, bancos privados têm margens para diminuir spread

Após os anúncios de cortes de juros da Caixa Econômica Federal e do Banco Brasil, os bancos privados afirmam estar avaliando a possibilidade de seguir o exemplo e cortar suas taxas. Na opinião de economistas, as instituições bancárias têm, atualmente, condições de reduzir seus spreads (a diferença entre os juros pagos como rendimento aos correntistas e o cobrado para emprestar o dinheiro de seus clientes) e cobrar juros menores dos clientes.

Veja também: Bancos privados pedem redução de impostos para baixar juros

Antes de anunciar qualquer corte, entretanto, os bancos levaram um pacote de pedidos ao governo, na última terça-feira, como uma contrapartida para reduzirem seus spreads. Os pedidos incluem a solicitação de redução de tributos e o pedido de permissão para exigir mais garantia dos clientes. “Os bancos podem estar aproveitando a situação para andar com o pires na mão,” diz o economista Ivo Barbiero, presidente da empresa de análise de crédito proScore. Na opinião dele, os bancos teriam a possibilidade de reduzir suas taxas e, ainda assim, manter suas operações rentáveis. "Os lucros que eles vêm registrando mostra isso," diz.

O analista de bancos Luís Miguel Santacreu, da Austin Ratings, concorda que as instituições têm margem para cortar os juros. Na opinião dele, os bancos não querem abrir mão de seu spread, mas estão pressionados a cortar suas taxas. A decisão dos bancos públicos de reduzir seus juros força os privados a diminuir o spread, na medida em que o consumidor vai preferir tomar crédito nas instituições que oferecerem as melhores condições, acrescenta o professor de Economia Samy Dana, da FGV.

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, reforçou a opinão dos economistas ao destacar, na última segunda-feira, que a Caixa tem margem líquida para reduzir taxas para pessoa física e micro, pequenas e médias empresas. “A Caixa pode fazer isso porque desde 2003 tem crescido de maneira consistente”, ressalta o executivo. “Estamos usando essa margem para estreitar o relacionamento com o cliente”, afirmou após anunciar os cortes de juros do banco.

Além de considerar que os spreads dos bancos poderiam ser comprimidos, os economistas afirmam que juros menores não elevam o risco de inadimplência, o que contraria argumentos das instituições bancárias. Um dos pedidos dos bancos ao Ministério da Fazenda - o pacote de requisições foi apresentado por Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) - foi a permissão de usar reservas de previdência de clientes como garantia para empréstimos, como uma forma de segurança contra os maus pagadores. Economistas dizem, entretanto, que não há relação entre redução de juros e aumento de inadimplência.

Leia mais: Caixa corta juros de cheque especial e cartão de crédito
Banco do Brasil coloca mais R$ 43 bi em linhas de crédito

“O juro menor eleva os volumes de crédito, mas não existe correlação entre inadimplência e volumes. Os atrasos de pagamentos estão mais relacionados com a taxa de juro alta,” afirma Alberto Borges Matias, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto. Samy Dana acrescenta que quanto maior o risco de calote, mais juros o banco tem que cobrar para ter lucro. “Por isso, conforme a dívida fica mais barata, mais chance o cliente tem de pagá-la”, diz.

Essa equação só fica desequilibrada caso os bancos públicos flexibilizem seus critérios para concessão de crédito. “Se for menos criterioso para conceder o crédito, você pode aumentar a inadimplência”, destaca Dana. O analista da Austin Ratings concorda: “é preciso preservar os critérios de risco. Se o banco mantiver a política de crédito, a inadimplência não aumenta”, afirma.

Veja mais: Ações de bancos sofrem com pacotes do BB e da Caixa

Fonte: IG Economia

terça-feira, 10 de abril de 2012

Vendas de imóveis novos em SP sobem 12,8% em fevereiro ante 2011

Em relação a janeiro deste ano, as vendas quase dobraram, com alta de 97,5%

Reuters | 09/04/2012 09:34


    As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo cresceram 12,8% em fevereiro na comparação com o mesmo mês em 2011, somando 2.109 unidades, informou nesta segunda-feira o sindicato da habitação na capital paulista (Secovi-SP).


Já em relação a janeiro deste ano, as vendas quase dobraram, com alta de 97,5%.

No primeiro bimestre, as vendas acumularam expansão de 17,7% sobre o mesmo período de 2011, totalizando 3.177 imóveis. Em Valor Geral de Vendas (VGV), os dois primeiros meses movimentaram R$ 1,4 bilhão, volume 13,1% superior ante igual intervalo do ano passado.
A entidade estima crescimento de 3,5% a 5% em 2012 em VGV em relação ao ano passado.

Os imóveis de dois e três dormitórios responderam por 57% e 30,7% do total vendido em fevereiro, respectivamente.

A velocidade de vendas -medida pela relação de venda sobre oferta- foi de 10,3% no segundo mês do ano, enquanto nos 12 meses até fevereiro ficou em 59,6%.

Já os lançamentos em fevereiro caíram 52,3% sobre o mesmo mês do ano passado, porém mais que dobraram em relação a janeiro, para 1.383 unidades.

Segundo o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, os dados confirmam as previsões de ajuste do mercado às novas condições, "depois de período de crescimento proporcionado por um cenário econômico exuberante nos últimos anos".

FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sony pretende cortar 10 mil empregos globais até dezembro

Metade dos cortes será nos segmentos de produtos químicos e de operações de LCD

AE | 09/04/2012 05:12

A Sony planeja cortar um total de 10 mil empregos em todo o mundo, ou cerca de 6% de sua força de trabalho, possivelmente até o final deste ano, informou hoje o jornal "Nikkei", citando fontes próximas ao assunto. Metade desses cortes será a partir da consolidação do segmento de produtos químicos da empresa e das pequenas e médias operações de LCD.

A companhia japonesa sofreu seu quarto prejuízo líquido trimestral seguido no ano fiscal encerrado em março, em grande parte devido à queda em seus negócios no núcleo de televisores. O presidente Howard Stringer e seis outros executivos que atuaram como diretores no ano fiscal de 2011 devem abrir mão de seus bônus para assumir a responsabilidade.

No final de março de 2011, a Sony tinha 168,2 mil empregados no grupo. Para os próximos cortes, ainda não está claro quantos vão acontecer no Japão e quantos serão feitos nas unidades do exterior. Espera-se, contudo, que eles abranjam vários departamentos na matriz e nas subsidiárias, incluindo aqueles envolvidos no desenvolvimento, produção, vendas e administração. As informações são da Dow Jones.

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 8 de abril de 2012

Aproveite o feriado para fazer sua declaração do Imposto de Renda

Prazo para entregar o IR termina no dia 30; segundo a Receita, mais de 18 milhões de contribuintes ainda têm que prestar contas com o Leão

iG São Paulo | 06/04/2012 05:22
Foto: Getty ImagesAmpliar
Aproveite o feriado da Páscoa para preencher a declaração do Imposto de Renda


Falta menos de um mês para terminar o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011. Este ano, a Receita calcula que 25 milhões de contribuintes precisarão preencher o formulário, mas, segundo os dados mais recentes do Fisco, somente 6,5 milhões já se livraram dessa pendência. Então se você é um dos 18 milhões de brasileiros que ainda precisam enviar seu IR, aproveite o feriado da Páscoa para acertar suas contas com o Leão.

Em primeiro lugar, organize-se para não errar o preenchimento do formulário. Reúna todos os documentos e comprovantes necessários para realizar a declaração. Isso é fundamental para não haver qualquer informação incorreta que possa levar o contribuinte a ficar preso na malha fina.


Se você ainda tem dúvidas em relação ao IR, confira o guia que o iG preparou com o passo a passo de como preencher cada campo do formulário.

Fique atento também aos prazos para declarar o IR. Quem atrasar a entrega do formulário estará sujeito ao pagamento de multa que pode variar de R$ 165,74 a 20% do imposto devido. E vale lembrar que quanto antes você fizer a declaração, mais cedo receberá a restituição.

Este ano, é obrigado a prestar contas ao Fisco o contribuinte que teve rendimentos tributáveis maiores que R$ 23.499,15 em 2011. Aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil, também devem prestar contas ao Fisco. O contribuinte precisa enviar a declaração pela internet, utilizando o programa disponível no site da Receita ou por meio de disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.

Caso você tenha alguma dúvida sobre como declarar ações e outros investimentos, aluguel, despesas com saúde ou empregada doméstica, acesse a página especial do iG. Caso tenha perguntas, envie para o e-mail imposto_renda@ig.com.br. Os consultores da IOB Folhamatic tirarão as dúvidas, e as respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito, e não serão enviadas por e-mail.

Se, após preencher a declaração, você quiser corrigir alguma informação, faça a retificação pela internet, por meio do programa Receitanet ou pelo aplicativo "Retificação online", disponível no site da Receita Federal, em disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal localizadas no País, caso pretenda fazer as correções até 30 de abril.

FONTE: IG ECONOMIA

BC quer criar ranking para consumidor comparar spread

Governo aumenta pressão sobre bancos privados para reduzir o custo dos empréstimos

AE | 08/04/2012 09:43

O governo resolveu aumentar a pressão sobre os bancos privados para reduzir o custo dos empréstimos oferecidos aos clientes. Depois de a presidente Dilma Rousseff ter reclamado que o nível das margens cobradas nessas operações, o spread bancário, é "tecnicamente de difícil explicação no Brasil", agora é a vez de o Banco Central entrar na briga.

- LEIA TAMBÉM: Bancos privados são avaros no crédito, diz Pimentel

- E MAIS: Apesar da queda da Selic, juro ao consumidor segue alto

A instituição estuda criar um ranking para revelar a margem cobrada por banco e, assim, mostrar quem ganha mais com os financiamentos. Em meio ao aperto, banqueiros se reúnem novamente com o governo nesta semana e apresentarão propostas iniciais para reduzir o juro.

Após cobrança aos presidentes dos cinco maiores bancos no Brasil - Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander - em reunião no fim de março, banqueiros voltam ao Ministério da Fazenda nos próximos dias para apresentar ideias do que pode ser feito para reduzir o spread, especialmente para as pessoas físicas.

O segundo encontro entre banqueiros e governo ocorre sob pressão crescente. Além da posição explícita da Fazenda em cobrar solução para o problema, o Banco Central decidiu ser mais "proativo" na discussão. A criação do ranking de spreads, nos mesmos moldes do sistema que compara o juro nas operações de crédito, é um dos exemplos dessa mudança de comportamento.
O instrumento revelaria as diferentes margens dos bancos nos empréstimos e poderia ser uma arma para consumidores pressionarem instituições a cortar o juro. O tema é acompanhado de perto pela presidente Dilma Rousseff.

No início de 2009, o governo chegou a estudar a criação do ranking. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva era simpático à ideia, assim como integrantes do Ministério da Fazenda. O BC, porém, resistiu, e a proposta acabou não prosperando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: IG ECONOMIA

sábado, 7 de abril de 2012

Banco público corta juros, mas tem cliente de mais risco

Dados do BC mostram que BB e Caixa têm operações para pessoas físicas com classificação de risco pior que nos concorrentes privados


AE | 07/04/2012 09:11



Nem bem a corrida pelo aumento do crédito e redução dos juros começou e os bancos públicos já estão em desvantagem. Pelo menos quanto à classificação dos empréstimos concedidos aos clientes. Dados do Banco Central mostram que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm operações para pessoas físicas com classificação de risco pior que nos concorrentes privados.

Quando um financiamento é realizado, bancos avaliam a transação e atribuem uma nota individual. É parecido com o que as agências de classificação de risco fazem com os países. Pelos critérios do Banco Central, as avaliações vão de "AA" até "H", a pior entre as nove possíveis.


Leia: Banco do Brasil coloca mais R$ 43 bi em linhas de crédito


Nas duas primeiras notas - "AA" e "A" - estão as melhores operações e que têm o menor risco de calote. A partir de "B", ficam os financiamentos com atraso de 15 dias no pagamento ou risco equivalente. No "H" estão os clientes que não pagam há mais de seis meses.

Por esse critério, bancos particulares têm boa parte dos clientes na melhor faixa, entre o "AA" e "A": 75,9% dos empréstimos para pessoas físicas recebem essa classificação. Nos públicos, a situação é oposta: a maioria está no grupo entre "B" e "H", faixa que concentra 55% dos financiamentos. Portanto, a fatia dos melhores clientes fica com 45% das operações.


Mais: Caixa lançará pacote de redução de juros do crédito

O BB e a Caixa vão reduzir a partir desta semana os juros de várias linhas de crédito. O objetivo é tirar parte da clientela dos bancos privados. Além disso, o governo acredita que o movimento pode incentivar a concorrência e provocar a redução dos juros em todo o mercado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Conheça os 12 solteirões bilionários mais cobiçados

Brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, é destaque em ranking mundial de bilionários solteiros

iG São Paulo | 06/04/2012 05:40


O site da revista americana Forbes divulgou uma lista com os 12 bilionários solteiros mais cobiçados do mundo.

Entre os membros desse seleto grupo a publicação destaca o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, que atualmente vive em Cingapura.




Fonte: IG ECONOMIA

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Alugar ou financiar? Veja o que é melhor para o seu caso

Moradores e especialistas dão dicas e avaliam as melhores opções para realizar o sonho da casa própria

Olivia Alonso e Danielle Brant, iG São Paulo | 05/04/2012 05:30

Comprar a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Mas nem todos têm condições financeiras de iniciar o financiamento do imóvel, ou a estabilidade necessária para dar esse passo tão importante. Por isso, o aluguel pode surgir como a opção mais vantajosa em alguns casos, como no de jovens em início de carreira ou casais que não precisem de um apartamento tão amplo, afirmam especialistas.
Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Rafael decidiu morar de aluguel e investir parte da renda para comprar a casa própria

O analista de sistemas Rafael Oliveira, de 28 anos, se encaixa em uma dessas situações. Morador do Rio de Janeiro, ele conta que optou pelo aluguel porque queria ficar mais próximo do local onde trabalha, no Centro da cidade. “Como não dispunha de capital suficiente para adquirir um imóvel na região desejada, achei mais interessante recorrer ao aluguel do que a um financiamento imobiliário”, afirma o jovem, que mora no Flamengo.




Para ele, longe de jogar dinheiro fora, o aluguel é a melhor forma de economizar para comprar um imóvel próprio no futuro. “Dizem que, ao final do financiamento, pelo menos teremos uma casa em nosso nome. Mas o que as pessoas ignoram é o fato de que, com os exorbitantes juros brasileiros, ao final de um financiamento de 30 anos teremos jogado mais dinheiro fora com o pagamento de juros do que com o pagamento de aluguel durante o mesmo período”, afirma.
Todos os meses, Oliveira investe 10% da renda para adquirir o imóvel. Pelas suas contas, ele deve conseguir comprar a casa própria, à vista, dentro de cinco anos. Mas o jovem admite que é difícil ter a disciplina necessária para aplicar parte do salário. “Nem sempre é fácil abrir mão de outros sonhos de consumo em troca de um objetivo que só será alcançado após alguns anos de economia”, diz.




Para o professor Jurandir Macedo, do Instituto de Educação Financeira, a escolha do analista de sistemas, de combinar o pagamento do aluguel ao investimento de parte da renda, foi acertada. “Comprar imóvel representa um risco. Os preços subiram muito, e os imóveis sofrem muita depreciação. Quanto mais caro o imóvel, maior o custo do dinheiro e menos vantajoso é comprar, pois o aluguel é mais barato”, explica.

 

Aluguel e financiamento

Outra opção é a combinação do pagamento do aluguel e das parcelas do financiamento do novo imóvel. Essa é a situação da bancária e analista de projetos Karina Mendes Barbosa, de 21 anos. Ela e o marido decidiram morar de aluguel em um bairro de Santo André (SP) enquanto não encontravam o imóvel de seus sonhos. “Esse ano encontramos a casa que queríamos, na Vila Prudente (bairro de São Paulo). Porém, ela está terminando de ser construída. Então, até ficar pronta, continuamos com o aluguel”, explica.




A situação é parecida com a de Oliveira. A diferença é que ele investe uma parte dos ganhos para comprar o imóvel à vista no futuro (ou reduzir a parcela a ser financiada). Karina, por sua vez, se comprometeu com a dívida do financiamento. Para adequar o orçamento aos dois pagamentos, ela e o marido pararam de viajar e reduziram a ida para bares, mas sem cortar totalmente o lazer. “É importante você ter uma vida ‘social’, pois senão acaba tendo a sensação de que você é ‘escravo’ do seu trabalho e de suas dívidas”, afirma.



Financiamento

Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Depois de morar de aluguel, Thiago decidiu juntar dinheiro e comprar seu apartamento


Mas, para algumas pessoas, o sonho de se mudar logo para a casa própria é forte demais para ser ignorado. Apesar de imóveis prontos para morar, em geral, serem mais caros do que os vendidos na planta – como é o caso de Karina – essa opção tem a vantagem de eliminar o pagamento do aluguel. O securitário Thiago Guedes Rocha, de 30 anos, é um exemplo desta situação.
Funcionário do Bradesco, ele foi transferido do Rio de Janeiro para Manaus. No início, pagava um aluguel de R$ 1 mil por um apartamento de dois quartos em um bairro valorizado. No entanto, na renovação o valor subiu um pouco, e ele e a esposa decidiram financiar a casa própria.




Depois de pesar as duas possibilidades, Rocha decidiu comprar o apartamento. “Hoje pago a mesma coisa que pagava no aluguel”, diz o securitário, que só precisou dar 20% de entrada no apartamento de R$ 170 mil.
Antes de tomar a decisão, ele chegou a cogitar comprar um apartamento no Rio de Janeiro, alugar e aplicar o dinheiro. No entanto, preferiu adquirir casa própria. “É o sonho de todo brasileiro. Pelo menos estou pagando por uma coisa que é nossa”, afirma. O securitário decidiu parcelar a compra em 30 anos, mas calcula que em seis já conseguirá quitá-lo.

 

A decisão

Antes de decidir pelo financiamento ou pelo aluguel (que pode ser casado ao financiamento do imóvel na planta ou acompanhado do investimento de uma parte da renda), o ideal é que os compradores pensem em seu plano de vida, afirmam especialistas.
A família deve avaliar bem qual seu principal objetivo e quais esforços pretende fazer para alcança-lo, diz Ricardo Almeida, professor de finanças do Ínsper. “Cada caso é um caso, e antes de fazer uma escolha entre financiamento ou investimentos, é preciso avaliar alguns aspectos.”




Entre os principais aspectos a serem discutidos em família, a professora Ana Castelo, coordenadora dos estudos de construção civil na PUC-SP, destaca as condições do aluguel. Se o contrato for antigo, e a renovação for interessante, pode ser vantagem continuar morando como inquilino mais um tempo, afirma. Durante esse período, o valor poupado ajuda a reduzir a parcela a ser financiada posteriormente.
Ao mesmo tempo, é preciso também avaliar a perspectiva de aumento do valor do aluguel, diz Almeida. Quem pretende seguir o exemplo de Oliveira, que mora de aluguel e investe uma parte da renda, precisa estar atento a isso, destaca do professor. “Se o imóvel valorizar muito, fica mais difícil para o inquilino conseguir manter o aluguel no mesmo valor,” diz.




Para o especialista do Ínsper, caso a família goste muito do novo apartamento, pode ser melhor entrar no financiamento. Ele afirma que a taxa de financiamento imobiliária brasileira, de cerca de 10% mais a taxa referencial (TR) ao ano, não é alta para a pessoa física. “É um juro bom e o comprador terá um ativo que pode se valorizar muito nos próximos anos”, afirma.
Para conseguir se dar bem com a estratégia de combinar o aluguel com o investimento é preciso conhecer muito bem o mercado financeiro para saber como funcionam as aplicações e conseguir boas condições, diz o professor. Para negociar uma boa taxa com produtos bancários, por exemplo, muitas vezes é preciso já ter muito dinheiro.
“Quem optou por investir o dinheiro nos últimos cinco anos, desde 2006, ao invés de fazer o financiamento, se deu mal,” afirma. De lá para cá, os imóveis encareceram bastante em diversas regiões do país e poucos investimentos acessíveis à população de renda mais baixa superaram essa valorização.




Pior ainda do que a desvantagem financeira, diz Almeida, é a sensação de frustração de juntar dinheiro por anos e não conseguir chegar ao valor do apartamento desejado. “Muitas vezes a frustração é enorme, a perda é terrível e a tensão para guardar o dinheiro é enorme.”
Outro aspecto a ser avaliado pelo comprador do imóvel são as perspectivas para os preços. Na opinião de Almeida, não é possível prever que os preços dos imóveis não vão continuar subindo no Brasil. “Os investimentos no Brasil vão continuar crescendo e a classe C vai continuar pressionando os preços dos imóveis para cima,” diz.
Ana Castelo também não acredita na queda dos preços no mercado imobiliário brasileiro.” A demanda das famílias está sendo sustentada pelo crédito e pelo crescimento da renda. Não há a perspectiva no curto prazo de isso mudar,” diz.




Ainda assim, quem preferir continuar no imóvel alugado, enquanto aplica uma parte da renda, pode investir em títulos públicos, poupança, fundos de DI, CDB ou até mesmo ações, para o caso de um investidor com gosto maior pelo risco, sugere Jurandir.

 

 

Fazendo as contas

Uma conta que pode ajudar a tomar a decisão entre o aluguel e a casa própria é a projeção de quanto dinheiro é possível acumular pagando o aluguel e, ao mesmo tempo, aplicando uma parte da renda. O professor de finanças da FGV, Samy Dana, avalia um exemplo:
Uma pessoa paga R$ 1.500 de aluguel e pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil, mas tem apenas R$ 180 mil. Ela tem duas opções:
1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões.
2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu.
"Caso este imóvel valorize para mais de R$ 2 milhões, a segunda opção foi um melhor negócio. Do contrário, a primeira opção teria sido mais vantajosa," diz Dana. Na opinião dele, a primeira opção provavelmente é melhor, pois ele acredita que um imóvel de 30 anos de uso tende a depreciar.
Para fazer as contas, ele levou em conta o rendimento líquido da aplicação do dinheiro e a taxa de financiamento imobiliário.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Medidas de estímulo à indústria 'ajudam', mas não atacam 'raiz do problema'

Para economistas, o benefício deveria ser mais amplo, abrangendo também outros setores

BBC Brasil | 03/04/2012 16:14

As novas medidas do plano de estímulo à economia, anunciadas pelo governo nesta terça-feira, ajudam, mas não resolvem os problemas de competitividade da indústria brasileira. A opinião é a dos economistas ouvidos pela BBC Brasil.

Entre as principais medidas divulgadas pelo governo, está a desoneração da folha de pagamento com o fim da contribuição patronal de 20% para 15 setores industriais, que será substituída por uma nova taxa de 1% a 2,5% sobre o faturamento das empresas.


Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Ampliar
Nesta terça-feira, o Ministro Mantega anunciou as novas medidas de incentivo à indústria, parte do plano Brasil Maior
"As medidas vêm em boa hora, mas ainda falta muito por fazer", diz Samy Dana, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo."O Brasil ainda tem uma elevada carga tributária (em torno de 36% do PIB), além de gravíssimos gargalos logísticos, como uma infra-estrutura deficiente, o que diminui a competitividade da nossa indústria", afirma.

Os setores beneficiados foram o têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, auto-peças, ônibus, setor naval, setor aéreo, bens de capital mecânicos, hotéis, tecnologia da informação, call centers e design house.

Para os economistas, entretanto, o benefício deveria ser mais amplo, abrangendo também outros setores. "O Brasil tem um mau hábito de eleger campeões em determinados setores. Isso não é bom, pois cria um ambiente de competitividade artificial", argumenta Ari Francisco de Araújo Júnior, professor de economia do Ibmec/MG.

Dos 15 setores afetados pela medida, quatro (confecções, couro e calçados,tecnologia da informação e call center) já pagam contribuição previdenciária de 1,5% ou 2,5% sobre o faturamento desde o início do ano. Com esse alívio na folha de pagamento, a renúncia fiscal será de 7,72 bilhões reais por ano, sendo 4,9 bilhões somente em 2012, já que as medidas só entram em vigor em julho.


 

Objetivo



A estratégia do governo é reverter a desaceleração da atividade industrial, que, embora tenha aumentado 1,3% em fevereiro na comparação com janeiro desse ano, ainda acumula queda de 3,4% nos dois primeiros meses desse ano em relação ao primeiro bimestre de 2011, segundo dados divulgados também nesta terça-feira pelo IBGE.

No acumulado dos últimos doze meses - de março de 2011 a fevereiro de 2012, a produção já acumula recuo de 1%. Na comparação com fevereiro de 2011, no entanto, a indústria registrou queda de 3,9%, a sexta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação, com o mesmo período do ano anterior.

 

Riscos


Desde que lançou o plano Brasil Maior, em agosto do ano passado, o governo brasileiro vem tomando várias medidas para estimular a economia, focadas, principalmente, em impedir o desaquecimento da indústria.

Para isso, tem atacado em duas frentes: de um lado, tenta conter a valorização do real, taxando a entrada de recursos financeiros de curto prazo e, mais recentemente, operações de derivativos cambiais, a partir do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); por outro, tenta frear as importações, através da revisão do acordo automotivo com o México ou da elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.

O problema, segundo os especialistas, é que essas investidas do governo, sob a alegação de proteger o mercado interno, acabam tendo um "viés protecionista".Assim, em um cenário de demanda em alta com menos oferta de produtos disponível, os preços tendem a subir, impactando a inflação, que, no ano passado, registrou alta de 6,5%, o teto da meta estabelecida pelo governo.

Leia também: Mantega diz que serão tomadas novas medidas para conter 'tsunami cambial'
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 3 de abril de 2012

SAIBA POR QUE OS CURSOS PROFISSIONALIZANTES TEM BAIXA ADESÃO

Estudo da FGV aponta que problema não é a falta de cursos, mas a baixa adesão devido ao desinteresse da população pelos programas

Mayara Teixeira, iG São Paulo | 03/04/2012 05:40

Pode parecer surpreendente, mas 69% dos brasileiros com mais de 10 anos e sem educação profissional não quer incrementar o currículo. A falta de interesse é o motivo número um para a evasão escolar. Especialistas no tema apontam que falta atratividade e não oferta de cursos. Mas será que isso significa que o brasileiro não quer estudar?

Segundo Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas e coordenador da pesquisa que revelou esse índice (As Razões da Educação Profissional: Olhar da Demanda), “os brasileiros estão interessados”. Sua pesquisa aponta para uma coincidência entre três cenários: crescimento da nova classe média, aumento de trabalhadores com carteira assinada e maior número de alunos no ensino profissionalizante. Ou seja, as pessoas estão trabalhando e estudando ao mesmo tempo. “O brasileiro está passando por uma transformação”, afirma Neri.

Foto: Mayara TeixeiraAmpliar
Mariana Cosmo: "Na minha cabeça se eu batalhasse bastante, não ia precisar de curso ou faculdade"


A vendedora, Mariana Cosmo, 22 anos, trabalha em uma loja de roupas infantis no Brás e é prova dessa mudança. “Muitas pessoas saem da escola e vão direto para um curso técnico, ou para uma faculdade... eu não fiz nada disso. Pulei tudo para trabalhar.” Ela completou o ensino médio, mas a escola não conseguiu manter seu interesse. Mariana já trabalhava desde os 11 anos e “o dinheiro falou mais alto”. Agora, ela pensa em fazer um curso profissionalizante.
Para Neri, é preciso ganhar o coração de jovens como Mariana. “Cerca de 6 milhões de pessoas fazem nível superior técnico, mas e os que não aderiram? É aí que temos que atacar”. Entre os desafios estão a falta de renda, a ausência de cursos em algumas localidades, a qualidade do ensino brasileiro, mas principalmente, a baixa adesão e a evasão escolar.


Além disso, “o curso profissionalizante ainda é visto como alternativo, de segunda categoria”, afirma o professor. Talvez estes empecilhos expliquem porque 69% daqueles sem educação profissional não têm interesse nos cursos oferecidos. “É preciso educar sobre o valor da educação”, completa.
“Eu consigo ganhar mais se não estou estudando. Eu ganho mais de R$ 1 mil por mês quando a loja está movimentada”, conta Mariana. O que a maioria dos jovens não sabe é que o retorno da educação profissional é bastante alto. Quem concluiu um curso profissionalizante chega a ganhar 14% mais do que outros trabalhadores sem essa formação, são cerca de 4 anos de melhoria salarial.
Mariana descobriu isso quando entrou no mercado de trabalho. “Eu senti que precisava fazer alguma coisa. Antes, eu só queria trabalhar. Na minha cabeça se eu batalhasse bastante não ia precisar de curso ou faculdade. Mas, na hora que entrei no mercado, percebi que sem um curso você não é nada”, diz. “Eu vi que no ensino técnico você já sai encaminhado para alguma coisa. Muitas empresas ficam de olho, e já dá para começar com um bom salário”, completa.


Para Neri, o mercado está dizendo que falta gente especializada, e os jovens não sabem disso. “Cerca de 70% dos que concluíram seus cursos trabalham na área de formação. Se não atuam na área do curso escolhido é porque surgiu outra oportunidade”, diz. Além disso, o professor explica que apenas 8% das pessoas que aderem a um curso desistem no meio do caminho. “Esse número é relativamente pequeno. É por isso que para a formulação de políticas públicas, é preciso debruçar-se sobre a questão das adesões.”

 FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nota Fiscal Paulista libera valor recorde de R$ 921,7 milhões em créditos

Usuários podem optar por transferir o dinheiro para conta corrente ou poupança ou reservar créditos para abater IPVA

iG São Paulo | 02/04/2012 07:47

A Nota Fiscal Paulista, programa para estimular os consumidores de São Paulo a exigirem a nota fiscal, libera nesta segunda-feira o valor recorde de R$ 921,7 milhões em créditos das compras feitas no segundo semestre de 2011. A quantia supera em 21% os R$ 762,9 milhões do lote de outubro do ano passado.

Consulta: Clique para acessar o site da Nota Fiscal Paulista (link externo)

Os valores ficam à disposição dos consumidores por cinco anos e podem ser utilizados a qualquer momento dentro desse período. Os usuários podem optar por transferir o dinheiro para conta corrente ou poupança de sua titularidade ou reservar os créditos para abater do IPVA (opção disponível no sistema apenas no mês de outubro).

Imposto de Renda: Ganhos com nota fiscal paulista devem ser declarados

Entidades de assistência social e da área da saúde, sem fins lucrativos e os condomínios residenciais cadastrados no programa terão à disposição R$ 41,5 milhões em créditos, valor 39% maior que os R$ 29,9 milhões da última liberação, em outubro do ano passado. O programa mantém atualmente 3.870 instituições cadastradas e aptas a receber créditos e participar dos sorteios utilizando notas fiscais sem CPF ou CNPJ doadas diretamente pelos consumidores ou referentes às compras próprias da instituição.

O governo do Estado orienta os consumidores que decidirem transferir os créditos nesta semana que não há necessidade de efetuar a operação nos primeiros dias após a liberação. De acordo com as regras do sistema, todas as solicitações de resgate efetuadas no decorrer da semana sempre são creditadas na conta bancária ou de poupança dos solicitantes na semana seguinte. Portanto, o usuário poderá fazer seu pedido de resgate com tranquilidade.

Entenda: Saiba como participar da Nota Fiscal Paulista

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 1 de abril de 2012

Dívida das famílias pode frear crescimento do PIB em 2012

Inadimplência do conjunto dos empréstimos à pessoa física subiu de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,6% em fevereiro

AE | 01/04/2012 10:35

O aumento da inadimplência e da proporção da renda das famílias comprometida com o pagamento de juros e amortizações deve limitar a expansão do crédito em 2012. Para alguns analistas, esse pode ser um freio no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, assim como os problemas da indústria e o aumento das importações.




Em fevereiro, o crédito à pessoa física cresceu 0,7%, para R$ 958,9 bilhões - a segunda menor expansão mensal desde o início de 2005. Já o crédito total, incluindo empresas, caiu 0,13% em janeiro, a primeira queda desde pelo menos 2005, e cresceu apenas 0,4% em fevereiro, para R$ 2,034 trilhões.

Em janeiro e fevereiro, o crédito total cresceu num ritmo semelhante ao de 2009, ano de menor expansão recente (15%), em plena crise global. "A desaceleração é geral, e abrange o crédito direcionado e para pessoas jurídicas e físicas", diz Carlos Kawall, economista-chefe do Banco J. Safra.
Foto: AE/Sérgio CastroAmpliar
Crédito para a aquisição de veículos tem sido o segmento mais afetado

Em termos de novas concessões de crédito (indicador que exclui a acumulação de juros) para pessoas físicas, o crescimento em fevereiro, de 15,5% ante o mesmo mês do ano anterior, é o mais lento em cinco anos. Em 2008, antes da crise global, esse indicador chegou a crescer 34%.

Um setor em que a freada no crescimento do crédito foi particularmente intensa é o de aquisição de veículos, que foi visado pelo governo nas medidas macroprudenciais do fim de 2010 - quando o objetivo era esfriar o consumo por causa das pressões inflacionárias.

Com um saldo de R$ 176,5 bilhões, o crédito para compra de veículos representa um terço dos empréstimos à pessoa física (excluindo cooperativas e leasing). Para o crescimento do PIB, é um segmento estratégico, dado o impacto do setor automobilístico e de suas cadeias produtivas na economia.

 

Recorde


Com as medidas macroprudenciais, a média diária de concessões de crédito para a aquisição de veículos despencou de R$ 541 milhões em novembro de 2010 para R$ 382 milhões em janeiro de 2011. A partir daí, a média oscilou, mas em fevereiro de 2012 caiu para R$ 380,8 milhões, abaixo do nível subsequente às medidas macroprudenciais.

"O movimento das concessões casa muito bem com o da venda de veículos, porque 60% é com crédito", comenta Kawall. Ele nota que o BC relaxou um pouco, em meados do segundo semestre de 2011, o aperto introduzido no fim de 2010.

No crédito para a aquisição de veículos, a taxa de inadimplência de 5,4% em fevereiro é recorde dos últimos anos, superando o máximo atingido durante o auge da crise global, de 5,5% em junho de 2009. A inadimplência nessa carteira cresceu em todos os meses desde dezembro de 2010, quando estava em 2,5%.

A inadimplência do conjunto dos empréstimos à pessoa física subiu de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,6% em fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA