domingo, 9 de janeiro de 2011

China vai incentivar abertura de capital de estatais

Medida faz parte de plano de desenvolvimento econômico que se estenderá até 2015



Reuters 08/01/2011 10:51


A China vai incentivar mais empresas estatais a ter ações no mercado a partir de 2011. O objetivo é aumentar a percentagem de ativos do Estado negociados em bolsa, segundo comentários de um oficial sênior publicados neste sábado.


Wang Yong, chefe da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos (CSAA), disse em uma reunião que a agência vai "fazer avançar a reestruturação das empresas estatais e melhorar a eficiência da alocação de ativos do Estado", segundo um comunicado divulgado em jornais financeiros oficiais.


"A China continuará a impulsionar algumas empresas estatais qualificadas em 2011", disse Wang, segundo o Jornal de Valores Mobiliários. Ele acrescentou que o órgão tentará diversificar a propriedade de empresas estatais durante o período de "plano quinquenal" para o desenvolvimento econômico, que vai de 2011-2015.



A promessa de mais ofertas públicas iniciais de empresas estatais poderia continuar a fazer da China um mercado de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) superior nos próximos anos. A China foi a líder do mercado mundial de IPO em 2010, com empresas que movimentando mais de 400 bilhões de yuans (US$ 60 bilhões) em Xangai e Shenzhen.



O fluxo constante de novas ofertas também pode continuar a colocar pressão sobre o mercado de ações do país. O Índice Composto de Shanghai caiu 14% no ano passado, em parte por causa da correria do mercado por ações novas. O órgão chefiado por Wang controla atualmente 1.038 empresas que estão listadas nas bolsas da China e no exterior, acrescentou o jornal.



Pequim tem mudado a forma de administrar empresas estatais, com vistas a trazer maior benefício para os cofres públicos. O Ministério das Finanças disse no mês passado que iria aumentar os dividendos pagos pelas empresas estatais para até 15%, proporcionando mais recursos para os gastos do governo, desde a educação até despesas militares.




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FONTE: IG ECONOMIA - MERCADOS

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