SÃO PAULO - Após abrir a sessão desta terça-feira (3) em queda,
o dólar comercial inverteu o sinal no final da manhã e fechou no positivo,
quebrando a sequência de três sessões de queda. A divisa norte-americana
encerrou a sessão em forte alta de 1,59%, aos R$ 2,0189 na venda.
O mercado mudou a tendência após as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, que afirmou em entrevista que a autoridade monetária pode atuar na compra de dólares, o que levou a um aumento das cotações. De acordo com Mendes, a retomada dos leilões de compra de dólar é uma possibilidade que está sempre em aberto, afirmando ainda que um dólar abaixo de R$ 2,00 não é positivo para a indústria.
Referências
internacionais
Nos EUA, o mercado recebeu positivamente o Factory Orders
referente ao mês de maio, mostrando o volume de pedidos da indústria. O
indicador econômico apontou que o volume de encomendas à indústria do país subiu
0,7% em maio, frente a alta esperada de 0,4%. Vale ressaltar que a sessão
norte-americana foi mais curta, fechando nesta terça-feira às 14h, por conta da
véspera do feriado de 4 de julho no país.
Já na China, a atividade do setor de serviços cresceu em junho
a um ritmo mais rápido em três meses, de acordo com o PMI (Purchasing Manager's
Index) medido pela CFLP (Federação de Logísticas e Compra da China). O indicador
subiu para 56,7 em junho, de 55,2 em maio.
Único indicador da Zona do Euro, o PPI (Índice de Preços ao
Produtor) da região ficou em 2,3% em maio em uma base anual, contra 2,6% do mês
passado. Os dados da Eurostat mostram que esta é a menor taxa registrada desde
março de 2010.
Agenda
doméstica
Na agenda doméstica, a produção industrial brasileira registrou
queda de 4,3% na comparação entre maio de 2011 e de 2012, consolidando o nono
resultado negativo consecutivo, além de ter sido seu pior desempenho desde
setembro de 2009, quando ela recuou 7,6% na mesma base comparativa, segundo os
dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, divulgados pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ainda na agenda doméstica, o IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) de São Paulo fechou o mês de junho com variação de 0,23%, segundo a
Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Já a Sondagem do Comércio,
medida pela FGV (Fundação Getulio Vargas), passou de 131,2 para 126,4 pontos
entre o primeiro trimestre de 2011 e de 2012, mostrando queda de 3,7%.
Confira a variação do dólar durante os últimos 30 dias:
Dólar comercial, futuro e
Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,0184 na compra e R$
2,0189 na venda, com alta de 1,59% em relação ao fechamento anterior. Com essa
alta, a valorização acumulada no ano da moeda norte-americana chega a
8,05%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em agosto segue
cotado a R$ 2,026 com alta de 1,43% em relação ao fechamento de R$ 1,9975 da
última segunda-feira. O contrato com vencimento em setembro, por sua vez, opera
em queda de 1,04%, atingindo R$ 2,031 frente à R$ 2,010 do fechamento
anterior.
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na
BM&FBovespa, fechou a R$ 1,9888, com leve queda de 0,03% sobre a cotação de
anterior.
FONTE: INFO MONEY - MSN
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