terça-feira, 3 de julho de 2012

Vale, Ambev, CCR e Cemig são as ações mais recomendadas para julho

Corretoras montam carteiras defensivas para enfrentar volatilidade da bolsa e incertezas derivadas da crise da zona do euro

Danielle Brant- iG São Paulo |

  • Futura Press
    Ações da CCR estão entre as mais recomendadas pelas corretoras para o mês de julho

    Julho será mais um mês marcado pela volatilidade nas bolsas de valores mundiais devido à crise que atinge as principais economias desenvolvidas. Por conta desse contexto, as corretoras apostam em um portfólio encabeçado por ações defensivas, ou seja, aquelas que têm maior previsibilidade de fluxo de caixa e expectativa de maior crescimento estrutural. Vale, Ambev, CCR e Cemig despontam como os papéis mais recomendados pelas dez corretoras consultadas pelo iG.


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    A Vale liderou as recomendações das casas, com oito indicações. “Nós esperamos que os ganhos da Vale aumentem ao longo do ano, ajudados pelos maiores volumes e preços melhores do minério de ferro, que devem continuar nos altos níveis pelo menos até o final do ano”, indica o relatório do banco BTG Pactual. Os analistas apostam em um potencial de valorização de quase 81% para os papéis preferenciais da mineradora em 12 meses, em torno de R$ 68,00.

    Por outro lado, Ambev, CCR e Cemig são ações defensivas e ajudam a proteger as carteiras das corretoras em caso de piora do mercado. A expectativa também é de que as empresas mantenham bons resultados no segundo trimestre. “Nós decidimos reduzir o risco de nosso portfólio em julho. Estamos focando em ações de companhias que vendam predominantemente no mercado doméstico e que combinem operações de alta qualidade, fundamentos sólidos de negócios, uma posição competitiva sólida e vendas recorrentes”, afirma o BTG.


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    Os mercados ainda devem repercutir a cúpula da União Europeia, realizada no final do mês passado. No encontro, os líderes decidiram recapitalizar os bancos europeus com problemas por meio do mecanismo de estabilidade europeia e da compra de títulos espanhóis e italianos, entre outras coisas. No entanto, o alcance das medidas ainda é questionado pelas corretoras.

    “Em nossa opinião, ainda que estas medidas tragam alívio no curto prazo para os mercados, a real situação do bloco europeu ainda é muito delicada, e os ajustes fiscais necessários para conter os déficits dos países em pior situação terão que ser feitos de maneira muito cuidadosa, para evitar uma retração muito grande destas economias, o que tornaria a situação ainda pior”, indica o relatório da Um Investimentos.


    Crise

    Os analistas também demonstram preocupação com o sistema bancário da zona do euro. “Nossa expectativa para o mês de julho é ainda de um cenário internacional mostrando a fragilidade do sistema financeiro europeu, com o peso do rebaixamento de bancos na região”, afirma a Planner. Os Estados Unidos também não devem trazer notícias positivas aos mercados. “A recuperação econômica dos EUA vai se dando de maneira mais lenta do que se espera, com dados divergentes, mostrando que esta recuperação está longe de ser sólida”, apontam os analistas da Um Investimento.


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    Já na China as incertezas permanecem, tanto no mercado internacional quanto no doméstico, segundo o HSBC. “Nosso time de economistas espera uma política de estímulo mais agressiva, utilizando-se de flexibilização monetária e incentivos fiscais, a serem implementados nos próximos meses, para garantir um pouso suave da atividade”, afirma o relatório do banco.


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    No Brasil, as preocupações passam pela desaceleração da atividade em alguns setores, com aumento da inadimplência e a busca da compensação por parte do governo com o pacote de incentivos recentemente anunciado. “Mesmo assim, acreditamos que o Ibovespa deverá ter um melhor comportamento em julho, considerando que na segunda quinzena inicia-se a safra de divulgação de resultados das empresas, que deverá trazer números melhores em relação ao primeiro trimestre deste ano”, afirma Planner.

    fonte: IG ECONOMIA

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