Petrobras está envolvida em
denúncia de suborno
Ex-funcionário de holandesa diz que valores
chegam a US$ 139,2 milhões
Sindicato reclama. Plataforma P-62, inaugurada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro (foto), teria saído do staleiro inacabada
Rio de Janeiro e Genebra, Suíça.
Uma denúncia de um ex-funcionário da SBM Offshore, empresa holandesa que aluga navios-plataforma (FPSOs) para petroleiras, sugere que funcionários da Petrobras receberam propina para fechar negócios. Segundo o Ministério Público da Holanda, as informações do depoimento fazem parte de investigação no país. E reportagem do jornal “Valor Econômico” da última quinta-feira garante que há investigações também nos Estados Unidos e na Inglaterra. O relatório de denúncia, assinado apenas por FE (ex-funcionário, na sigla em inglês), acusa a SBM de pagar US$ 250 milhões em propinas a autoridades de governos e de empresas estatais de diversos países, incluindo o Brasil, para acelerar o fechamento de contratos.
O esquema brasileiro ficaria com a maior parte, envolvendo US$ 139,2 milhões, destinados a funcionários e intermediários. Segundo o denunciante, que se autointitula diretor de vendas e marketing, o pagamento de propinas estaria claro em uma troca de e-mails entre executivos da SBM, em abril de 2011.
Atas confidenciais de reuniões da Petrobras teriam sido incluídas, com a constatação de que a obtenção desses documentos foi garantida depois de pagamentos a funcionários da estatal brasileira. As mensagens citariam uma reunião futura com o então “engenheiro-chefe” da Petrobras, citado apenas como Figueiredo. São citadas também duas FPSOs ainda a ser entregues à estatal, batizadas de Saquarema e Maricá, encomendadas em julho de 2013 por US$ 3,5 bilhões. Segundo o denunciante, o negócio não foi devidamente divulgado.
Julio Faerman, representante comercial da SBM no Brasil, seria o principal agente repassador das propinas, sempre de acordo com a denúncia, cuja veracidade ainda é investigada. Ele serviria de ponto de contato para o pagamento de propinas a partir de 1999. Segundo documento de 27 de março de 2012 incluído na apuração, uma comissão de 3% em propinas era dividida em 1% para Faerman e 2% para funcionários da Petrobras.
Além do Brasil, o esquema abrangeria Itália, Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Casaquistão e Iraque, implicando negócios firmados entre 2005 e 2012.
José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal em parte do período em questão nas denúncias, disse “nunca ter ouvido falar” de intermediário de um suposto esquema de suborno, e que a Petrobras é quem deve comentar.
Petrobras vai apurar.
O esquema brasileiro ficaria com a maior parte, envolvendo US$ 139,2 milhões, destinados a funcionários e intermediários. Segundo o denunciante, que se autointitula diretor de vendas e marketing, o pagamento de propinas estaria claro em uma troca de e-mails entre executivos da SBM, em abril de 2011.
Atas confidenciais de reuniões da Petrobras teriam sido incluídas, com a constatação de que a obtenção desses documentos foi garantida depois de pagamentos a funcionários da estatal brasileira. As mensagens citariam uma reunião futura com o então “engenheiro-chefe” da Petrobras, citado apenas como Figueiredo. São citadas também duas FPSOs ainda a ser entregues à estatal, batizadas de Saquarema e Maricá, encomendadas em julho de 2013 por US$ 3,5 bilhões. Segundo o denunciante, o negócio não foi devidamente divulgado.
Julio Faerman, representante comercial da SBM no Brasil, seria o principal agente repassador das propinas, sempre de acordo com a denúncia, cuja veracidade ainda é investigada. Ele serviria de ponto de contato para o pagamento de propinas a partir de 1999. Segundo documento de 27 de março de 2012 incluído na apuração, uma comissão de 3% em propinas era dividida em 1% para Faerman e 2% para funcionários da Petrobras.
Além do Brasil, o esquema abrangeria Itália, Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Casaquistão e Iraque, implicando negócios firmados entre 2005 e 2012.
José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal em parte do período em questão nas denúncias, disse “nunca ter ouvido falar” de intermediário de um suposto esquema de suborno, e que a Petrobras é quem deve comentar.
Petrobras vai apurar.
A Petrobras divulgou ontem uma nota afirmando que não foi notificada pela Justiça da “Holanda, Inglaterra e Estados Unidos” ou por “órgão de controle no Brasil sobre denúncias que se referem à SBM”. Informou, ainda, ter tido conhecimento do caso pela reportagem do “Valor Econômico”. A empresa disse que vai “averiguar a veracidade dos fatos”relacionados à denúncia de suborno, mas não deu detalhes de como se dará a apuração. Apenas informou que “tomará providências internas cabíveis”.
A SBM confirmou que voluntariamente havia informado à Justiça ter detectado em investigações internas, em 2012, pagamentos “significativos” a autoridades e funcionários de empresas com quem mantém negócios, em “práticas comerciais impróprias”.Disse também ter sofrido tentativa de extorsão do ex-funcionário, que publicou seu relatório na Wikipedia depois de a empresa ter recusado a pagar a quantia exigida, de 3 milhões (quase R$ 10 milhões).
A SBM confirmou que voluntariamente havia informado à Justiça ter detectado em investigações internas, em 2012, pagamentos “significativos” a autoridades e funcionários de empresas com quem mantém negócios, em “práticas comerciais impróprias”.Disse também ter sofrido tentativa de extorsão do ex-funcionário, que publicou seu relatório na Wikipedia depois de a empresa ter recusado a pagar a quantia exigida, de 3 milhões (quase R$ 10 milhões).
PUBLICADO EM 15/02/14 - 04h00
FONTE: IG
FONTE: IG
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