PIB cresce 1,9% no 1º trimestre de 2014
Por - iG São Paulo | -
Atualizada às Comparação é com o mesmo período de 2013; alta cai para 0,2% sobre os últimos três meses do ano passado
O Produto Interno Brasileiro (PIB) cresceu 1,9% no 1º trimestre de 2014 na comparação com o mesmo período de 2013, informou nesta sexta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com os últimos três meses de 2013, a alta foi de 0,2%.
No total, o PIB brasileiro somou R$ 1,204 trilhão.A indústria teve alta de 0,8% na comparação anual (trimestre contra mesmo trimestre do ano anterior). A agropecuária avançou 2,8% e os serviço – que incluem comércio – 2%
O consumo das famílias e o do governo, que tinham desacelerado no fim do ano passado, variaram 2,2% e 2,4% respectivamente. Os investimentos, que tinham mostrado recuperação no fim de 2013, recuaram 2,1%.
Os resultados já incluem uma alteração feita pelo IBGE na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que influencia os resultados do PIB.
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Economista da Gradual Investimentos, André Perfeito avalia que o consumo das famílias, que representa cerca de 60% do PIB, permaneceu num nível adequado, impulsionado por desemprego baixo e crédito em níveis “interessantes”.
“Seria irrealista esperar que o consumo das famílias continuaria na mesma velocidade”, diz o economista. Em 2013, esse segmento teve alta de 8,4%.
Ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Julio Gomes de Almeida avalia que o consumo foi prejudicado pelo crédito – tornado mais caro pela elevação da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, que a 11% ao ano está no maior patamar desde outubro de 2011.
“O crédito está meio travado e o consumidor está um pouco desanimado, embora não tanto como o empresário”, diz economista.
Indústria pesa
“Quando a indústria vai mal, os outros setores também vão mal.”
Sergio Vale, economista da MB Associados, aponta como focos pontos negativos da indústria os segmento automotivo.
“A economia segue fraca desde 2011 por opção de política econômica, que escolheu estimular a economia com politica monetária e fiscal sem refletir sobre as necessidade de melhora na oferta.”
Mercado externo ajudou pouco, mas melhorará
Para André Perfeito, da Gradual Investimentos, a melhora no cenário externo pode ajudar o País no segundo semestre, o que não ocorreu no 1º trimestre: as exportações tiveram XXX%, após seis meses de queda.
“A Europa ainda não iniciou suas políticas monetárias expansivas [para acelerar o crescimento]. Europa subindo, puxa a China, que puxa o Brasil”, diz o economista, que projeta uma alta de 1,9% em 2014.
Julio Almeida, da Unicamp, prevê crescimento de 2% neste ano, e avalia existir pouca margem de manobra para obter um resultado melhor.
“Este ano é difícil. Um governo em ano eleitoral faz expansão fiscal [aumenta gastos], mas não têmos fôlego fiscal para fazer isso”, diz. “E lá fora os mercados estão muito difíceis para colocação de produtos”, diz.
Vale, economista da MB, projeta 1,3% de crescimento em 2014, no máximo.
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FONTE: IG ECONOMIA
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