sábado, 27 de agosto de 2011

Ninguém me ouve no trabalho

Suas ideias são sempre as primeiras a serem descartadas? Suas opiniões parecem sem valor? Saiba como mudar essa situação

Danielle Nordi, iG São Paulo | 26/08/2011 06:04

Foto: Getty Images Ampliar
Timidez e insegurança frequentemente dificultam a exposição de ideias


“Costumo dizer que quem não participa, boicota. Não importa se for apenas uma ideia ou um grande projeto”, afirma Marcelo Cuellar, executivo da Michel Page, empresa de recrutamento especializado em gerência e alto executivo. Por isso, afirma Marcelo, a importância do gestor dar oportunidade aos seus funcionários para que participar das reuniões trazendo novas ideias e propostas é enorme. Com isso, a equipe permanece mais focada e unida.

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Por outro lado, o executivo explica que existe diferença entre realmente não ser ouvido e ter a sensação de que ninguém leva suas opiniões em consideração. “Muita gente acha que ser ouvido é ter uma ideia aceita, mas isso não é verdade. A realidade hoje é muito mais competitiva do que há 30 anos. Tudo é mais contestado. As ideias não deixaram de ser ouvidas, apenas não são mais tão facilmente aceitas”, aponta.

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Alguns gestores realmente têm dificuldade para ouvir seus funcionários. Nestes casos, a falha é da empresa que não possui um procedimento que possibilite aos seus colaboradores uma contribuição mais efetiva. “Poder se expressar é muito importante no ambiente corporativo, pois é a base de grandes ideias”, afirma a consultora de Recursos Humanos da Catho Online Rafaela Almeida. Mas e se a empresa estimula o funcionário a participar e a contribuir com novas propostas e mesmo assim alguns não conseguem se impor? Neste cenário, o funcionário precisa entender onde está errando.



Problemas comuns
De acordo com com a diretora da Stanton Chase, empresa de recrutamento de executivos, Selma Morandi, um dos problemas mais comuns é não ter segurança suficiente para defender seu ponto de vista. “O enfrentamento é inevitável. Para poder encarar todos os questionamentos que uma ideia nova provoca é preciso entender muito bem do que está falando.”
Segundo Rafaela, no ambiente corporativo, é preciso ter jogo de cintura e saber o momento adequado de falar. “Além, claro, de ter ótimos argumentos. Para expor suas ideias, utilize dados concretos. Evite dar apenas opiniões.”

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Marcelo diz que muitos funcionários ainda não sabem como contribuir com novas perspectivas da forma correta. “A maneira como algo é mostrado importa muito. Email, por exemplo, não tem tom de voz nem sensação de urgência. Não é a melhor forma de comunicação se você precisa ‘vender’ seu ponto de vista.”
Ousadia também é fundamental, diz Selma. “Pessoas tímidas ou inseguras, que tenham medo de críticas, apresentam mais dificuldade em se expor. Isso não quer dizer que elas não tenham nada para acrescentar, apenas que não sabem como fazê-lo.” Ela afirma que são justamente os mais ousados os primeiros a se sobressaírem. “O marketing pessoal, hoje, vem em primeiro lugar. Um profissional pode ser ótimo, mas se não souber se ‘vender’ terá mais dificuldade em ser notado.”

Marcelo ressalta que procurar outro emprego pode ser uma forma precipitada de resolver o problema. “A pessoa pode ter dificuldade em se expressar. Se mudar de emprego, a inabilidade de se comunicar ainda estará lá. Antes de tomar essa atitude, é preciso identificar se o problema é o funcionário ou a empresa.” Se for a empresa, segundo ele, aí sim a troca de local de trabalho deve ser pensada.

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Discordar do chefe pode?
E se o ponto de vista que o funcionário deseja expor vai de encontro ao do chefe? Nestes casos, civilidade é a palavra-chave. Quando for discordar de alguém hierarquicamente superior, os argumentos precisam estar bem apurados e a maneira de se expressar deve ser cordial.

“O essencial é ouvir o chefe primeiro e entender suas motivações. A gente pode e deve discordar se temos opinião contrária”, diz Marcelo Cuellar. Segundo Selma Morandi, é importante que o profissional não concorde com uma ideia do chefe apenas para agradar. “A divergência de opiniões existe, sempre de forma civilizada. Ter dados para balizar seu ponto de vista também ajuda muito quando se discorda do chefe.”



Dicas de como ser ouvido no trabalho
O iG reuniu as dicas dos especialistas consultados nesta matéria e preparou um guia para você poder aprender a se comunicar e expor suas ideias de maneira mais eficiente no ambiente corporativo.

- Procure dar idéias pessoalmente. Email deve ser usado apenas para oficializar algo que já foi discutido
- Conheça não só o assunto e como também o posicionamento da empresa em situações parecidas
- Utilize argumentos objetivos sempre. Evite opiniões
- Não seja agressivo ao defender uma ideia
- Tenha postura profissional mesmo durante uma discussão acerca de sua opinião
- Seja respeitoso ao se dirigir a um colega ou ao superior
- Não leve a discussão para o lado pessoal
- Seja ousado e não tenha vergonha de se expor diante de todos
- Seja flexível e receptivo às ideias dos colegas
- Seja cortês e humilde. A empatia é muito útil no ambiente de trabalho
- Não deixe conflitos pendentes. Qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para evitar discórdia e fofocas que ofusquem suas opiniões


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SAIBA COMO CUIDAR MELHOR DA SUA CARREIRA

Saiba como cuidar melhor do início da sua carreira.

Veja as dicas da Cia de Talentos para universitários e trainees que têm dúvidas sobre este início de vida profissional


iG São Paulo 26/08/2011 05:35


Mesmo quem está começando sua carreira profissional pode parar para pensar se está no rumo certo. Esse jovem pode descobrir que falta uma estratégia para sua carreira ou ainda que já é hora de uma mudança de planos. É este tipo de orientação que três especialistas com mais de 20 anos de experiência na Cia de Talentos, uma das principais consultorias de seleção para estágio e trainee do país, colocam no livro "". As autoras são Sofia Esteves, presidente do grupo DMRH e suas colegas de Cia de Talentos, Renata Magliocca e Danilca Galdini, que atuou por 13 anos na cia de Talentos e hoje é sócia-diretora da NextView People. Saiba como planejar sua carreira.



Sofia Esteves, Renata Magliocca, Danilca Galdini, autoras do livro de orientação de carreira

Experiência dos recrutamentos - O obra visa orientar o jovem que está no inicio de sua vida profissional e leva em conta a vivência das autoras nos processos de seleção para estágio e trainee e as principais dúvidas dos candidatos sobre a carreira detectadas por elas . Entre os temas abordados estão como identificar suas competências, o conceito de sucesso, networking desde a faculdade, o perfil que as empresas buscam, a diferença de carreira e profissão e se o estágio ajuda ou atrapalha o jovem profissional, entre outros. Saiba construir sua imagem profissional.



Depoimentos – O livro conta com a participação de profissionais de sucesso que dão suas dicas, entre eles: Abílio Diniz (Grupo Pão de Açúcar), Fabio Barbosa (Grupo Santander, agora no Grupo Abril), Gilberto Dimenstein (jornalista), Marcelo Williams (Unilever) e Wagner Brunini (Basf). Veja também os estagiários e trainees que chegaram a presidentes das empresas.



Dicas para a carreira – As autoras antecipam cinco dicas para quem quer fazer essa reflexão profissional:

1. Ter clareza sobre quem você é. Resgate sua historia de vida, destque os principais acontecimentos e entenda como eles impactaram a construção de sua identidade. Isso pode lhe dar pistas sobre, por exemplo, como é seu processo de escolha.

2. Reflita sobre seus valores. O que para você é fundamental? Do que você não abrirá mão?

3. Quais são seus objetivos de vida. O que você quer no futuro? Quais são seus sonhos? Quais são seus desejos?

4. Quais são suas competências? O que é que você faz muito bem? É importante ter clareza sobre seus pontos fortes pois a carreira será baseada naquilo que fazemos bem e não naquilo que temos que desenvolver.

5. Conheça o mercado de trabalho, pesquise sobre os segmentos que tem interesse, sobre a empresa que quer trabalhar, sobre a área que te chama atenção. Veja se este segmento/empresa/área tem os mesmos valores que você e se nesse lugar você tem chance de conquistar seus objetivos.



Uma reflexão sobre a profissão: Carreira, você está cuidando da sua?



Conheça as autoras de "Carreira: Você está cuidando da sua?": Sofia Esteves é fundadora e presidente do Grupo DMRH e Cia de Talentos. Graduada em Psicologia com pós-graduação em gestão de pessoas, professora do MBA de Recursos Humanos na FIA e professora convidada do Insper e da Fundação Dom Cabral. Renata Magliocca é consultora sênior da Cia de Talentos. Graduada em Psicologia pela PUC-SP, pós-graduada em Mediação de Conflitos pela PUC-SP e especialista em Gestalt pelo IGSP. Danilca Galdini é sócia-diretora da NextView People. Graduada em Psicologia pela PUC-SP, atua há 13 anos na área de RH. Atuou por 13 anos no Grupo DMRH, onde foi responsável pelo núcleo de orientação profissional.



Veja a reportagem sobre as competências que as empresas mais vlorizam.




FONTE: IG ESTÁGIO

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SER CHATO NÃO COMPENSA.

Estudo com chimpanzés confirma que chatos tendem a ter menos benefícios sociais. Será que é seu caso? Descubra e saiba o que fazer

Verônica Mambrini, iG São Paulo | 25/08/2011 06:57
Um estudo da Universidade de Emory, em Atlanta, reforçou o que todo mundo já sabia: chatos têm mais dificuldade de fazer amigos. E isso não é verdade apenas entre humanos. A experiência foi feita com chimpanzés, que ao escolher fichas de diferentes cores, determinavam se o cientista deveria dar bananas ao animal na gaiola vizinha. Em até dois terços das oportunidades, os animais decidiram cooperar. Eles tendiam a cooperar menos com vizinhos de jaula que os importunavam muito, cutucando o parceiro ou cuspindo água para chamar a atenção.

E, das muitas coisas que partilhamos com os chimpanzés, está também a má vontade com os chatos.

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Chato assumido, José Monteiro, 31 anos, gerente de sustentabilidade, diz não se preocupar muito com os prejuízos. “Já fui excluído por ser chato, mas não por pessoas que me importassem. Eu implico com muitas coisas, peço explicações. Não irrito as pessoas seriamente, pelo menos não lembro de brigar com ninguém. Irrito com pouca intensidade, mas constantemente. Deve ter um outro jeito de fazer as coisas, mas....”

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Sou insuportável?
Nem todos têm a autocrítica de Monteiro. “Os vínculos sociais são alimentados. Se você tem comportamentos antissociais, recebe isso de volta”, diz a psicóloga clínica Viviane Sampaio. “O isolamento é um sintoma” – ou seja, uma dica de que você pode estar sendo chato.

Se você não sabe se é um chato, a psicóloga Margarida Antunes Chagas dá algumas dicas. “Se os amigos da turma da faculdade ou trabalho sempre se reúnem e você só fica sabendo depois, ou aparece uma oportunidade de trabalho e as pessoas não indicam o seu currículo, ou quando seus encontros amorosos nunca passam do primeiro dia, você pode estar sendo chato”, alerta.

Não ser chato depende de ler o outro. “O chato vê o mundo de uma forma muito preto no branco. Nos relacionamentos sociais, o que vale não é estar certo, é a inteligência social. É isso que te dá poder de comunicação, carisma, popularidade. Ser agradável traz pessoas para perto”, diz Viviane Sampaio.

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Como mudar
Sem desespero: mesmo para quem tem dificuldade, é possível se tornar uma pessoa mais legal e agradável. “Chatice é mutável. É questão de aprender a ler os sinais corporais dos outros, aprender formas de falar mais amistosas, avaliar vantagens e desvantagens em cada situação, decidir se prefere de ter razão ou focar no bem estar do outro”, orienta Viviane.

De acordo com Marina Vasconcellos, quem não consegue ouvir o feedback dos outros pode se beneficiar muito da ajuda profissional. “São pessoas que tendem a não respeitar muito a opinião de amigos e conhecidos. Aí facilita ter alguém isento.”


Mais chato é quem me diz

Dá para ser irritante e feliz? “Sim, mesmo porque todos temos algo de chato. Muitas vezes esta chatice pode ser o seu ponto forte, aquele que todos os amigos e colegas de trabalho se referem para brincar com você. O importante é perceber se esta característica está diminuindo suas qualidades, ou seja, está prejudicando suas relações”, diz Margarida. “Ele será mais facilmente ‘aceito’ se conviver com pessoas que dividem com ele as mesmas ‘verdades.’”

E há quem, como Monteiro, curta pegar no pé dos outros. “Há pessoas que acham que a chatice leva à felicidade. Tem gente que funciona assim, que faz questão, tem prazer em incomodar o outro", admite. "Dependendo do grau dessa reação, é uma patologia. Mas em casos mais extremos”, diz Marina Vasconcellos. Mas se é só seu jeito e não prejudica ninguém, viva a chatice!

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FONTE: IG DELAS - COMPORTAMENTO

Desemprego é o menor para julho em 9 anos, diz IBGE

Taxa de desocupação ficou em 6,0% no mês; rendimento médio de R$ 1.612,90 também é o maior da série histórica


iG São Paulo 25/08/2011 09:03

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,0% em julho, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. O resultado é o menor para o mês desde o início da série histórica, em 2002.


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O desemprego registrou ligeiro recuo em relação a junho, quando a taxa ficou em 6,2%. Em relação a julho de 2010 (6,9%), a queda foi de 0,9 ponto percentual.



Segundo o IBGE, a população desocupada nas seis regiões metropolitanas pesquisadas ficou estável em relação a junho, com 1,4 milhão de pessoas. Na comparação com julho de 2010, houve queda de 12,1% - o que indica "menos 200 mil pessoas a procura de trabalho".



O nível da ocupação – que indica a proporção de pessoas empregadas em relação às em idade ativa – ficou estável frente a junho, em 22,5 milhões. Frente a julho de 2010, observa-se aumento de 2,1%, ou 456 mil pessoas.



No setor privado, o número de trabalhadores com carteira assinada subiu 1,2% frente a junho, para 10,9 milhões de pessoas. Na comparação anual, a alta foi de 7,1%.



Salários



O rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro subiu 2,2% frente a junho e chegou a R$ 1.612,90 em julho, o valor mais alto para o mês desde 2002. Frente a 2010, o avanço é de 4%.



A massa de rendimento real habitual ficou 2,7% acima do valor registrado em junho e subiu para R$ 36,6 bilhões. Frente ao mesmo mês de 2010, houve alta de 6%.



A massa de rendimento real efetivo dos ocupados ficou em R$ 36,2 bilhões, 2,5% maior que em junho e 6,0% no ano.



FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

COMO SOBREVIVER À FUSÃO SOB A ÓTICA DO FUNCIONÁRIO ?

Deve-se mostrar à nova gestão foco e comprometimento com os resultados

Maria Carolina Nomura, iG São Paulo | 24/08/2011 05:58
Está ficando cada vez mais comum dormir com o crachá de uma empresa e acordar usando outro. Não só por conta de grandes fusões, mas também como decorrência da compra de pequenas empresas por outras maiores. Nesse sentido, como sobreviver ao processo de fusão ou venda da companhia, sob o ponto de vista do funcionário da empresa que foi adquirida?

Segundo Elaine Figueiredo, diretora-presidente da Projeto RH, especializada em gestão de pessoas, teoricamente esses profissionais estariam em desvantagem porque passarão a se reportar a um gestor que não conhecem, além de terem de aprender a cultura da empresa compradora.

Foto: Getty Images
“Enfrentamos muitas situações de conflito e de insegurança, que foram deflagradas com as aquisições", diz diretor de Relações Institucionais da SABB Coca-Cola
Mauro Ribeiro, diretor de Relações Institucionais da SABB Coca-Cola, companhia responsável pela gestão de toda a cadeia produtiva da linha nacional de bebidas sem gás, chás e energéticos do portfólio da Coca-Cola, diz que é natural as pessoas se sentirem inseguras quando ocorrem grandes mudanças na organização.
“Enfrentamos muitas situações de conflito e de insegurança, que foram deflagradas com as aquisições da Sucos Mais e, posteriormente, da Sucos Del Valle. Porém, a SABB lançou mão daquilo que possui de melhor: suas pessoas. Elegemos multiplicadores em todos os níveis da organização, pessoas que foram preparadas para conversar com seus pares, equipes para transmitir a mensagem da nova organização no sentido de transformarmos duas empresas, antes concorrentes, em uma única corporação, forte, unida e que respeita as pessoas”, explica Ribeiro.



Angústias

O diretor comenta que a primeira atitude foi ouvir os profissionais antigos e saber de suas angústias. “Fizemos approaches individualizados considerando os perfis de cada grupo de empregados e respeitando suas culturas regionais, pois temos fábricas em diferentes estados, com diferentes culturas.”

O profissional da área financeira D.A., de 37 anos, que não quis ser identificado, estava na Arisco quando a empresa foi comprada pela BestFoods, posteriormente adquirida pela Unilever. Ele diz que como se tratava de uma empresa familiar, a compra da companhia foi um choque para todos. “Tinha gente que chorava porque não sabia o que ia acontecer. Quando entrou a nova gerência, a maioria das pessoas com longo tempo de casa e acostumada com a gestão familiar estranhou. Muita gente pediu para sair”, lembra.



Quem fica

J.R. conta que, apesar das mudanças, ficou na companhia e teve a possibilidade de mostrar o seu trabalho. “Eu fui bastante proativo e me coloquei à disposição para aprender os novos processos.”

Elaine comenta também que apesar do sentimento de “desvantagem” ser comum, pode haver também receio dos colaboradores da companhia compradora quando determinada área da empresa adquirida estiver mais ativa ou avançada tecnologicamente. “Por exemplo, um banco comprado que tem uma área de produtos diferenciada. Os profissionais da empresa que compra é que ficam temerosos por não dominarem as ferramentas.”




Comprometimento

Para sobreviver às mudanças, Elaine aconselha algumas atitudes que podem ajudar o profissional a se adaptar e a sair da berlinda da demissão. “É importante mostrar para o gestor que você é focado em resultados, independentemente de quem administra a empresa. E fazer isso com palavras – dizer efetivamente para o novo chefe que você é uma pessoa comprometida – e mostrar isso objetivamente, apresentando as metas alcançadas”, explica.

Elaine diz também o que não se deve fazer. Entre as atitudes consideradas ruins está a comparação com os procedimentos e cultura da empresa anterior, tanto no bom quanto no mau sentido. “É ruim ficar dizendo que na época passada era assim, e como era bom. E igualmente pega mal desmerecer a equipe antiga, dizendo que agora está tudo muito melhor porque antes era ruim. Isso mostra falta de lealdade. Afinal, se estava tão ruim por que você continuou na empresa?”

O que se pode fazer, afirma a consultora, é usar a experiência passada para resolver problemas novos. Para ela, é muito válido dizer que tal processo era resolvido de determinado modo. E perguntar ao novo gestor se caberia tentar aplicar esse modelo antigo na companhia.

FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 23 de agosto de 2011

EMERGENTES RESISTEM MAIS A PROBLEMAS MUNDIAIS, DIZ BANCO.

Segundo BofA, turbulências globais teriam que durar mais ou serem mais fortes para causar o mesmo estrago de 2008

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 23/08/2011 05:50
Os emergentes estão enfrentando melhor choques econômicos globais. Em relatório, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) diz que esses mercados estão ficando menos sensíveis a problemas mundiais. “Em comparação à crise de 2008, os mercados emergentes estão melhor preparados para lidar com choques globais. Ou, em outras palavras, turbulências mundiais teriam que durar mais ou serem mais fortes para produzir o mesmo estrago em atividade econômica do que o verificado lodo após a crise.”


Foto: Getty Images
Mercados emergentes sofrem menos com crises globais do que há alguns anos


Segundo cálculos do BofA, a reação dos emergentes à liquidez global financeira (medida pelo Vix, o índice de volatilidade, ou nervosismo) caiu pela metade desde o estopim da crise de 2008. Para ilustrar, os analistas dizem que, durante a última crise, as economias dos emergentes tiveram perda de 2 pontos percentuais em seu crescimento, na comparação com o mundo. Hoje, o impacto seria de 1,2 ponto.

Apesar dessa situação fortalecida, isso não significa um descolamento total. “Uma recessão nos Estados Unidos vai machucar os emergentes”, dizem os analistas. “Cada ponto percentual de contração na atividade econômica dos EUA deve levar a 0,4 ponto a menos no crescimento econômico global.”

O BofA chegou à conclusão sobre a resiliência dos mercados emergentes ao analisar os efeitos do comportamento da economia norte-americana nos resultados dos emergentes. “Enquanto o mundo desenvolvido entra em colapso, os mercados emergentes parecem estar desacelerando graciosamente.”
Entre os exemplos de resistência estão o comportamento da economia chinesa e do continente asiático como um todo. “Além disso, os fluxos de capital continuam favorecendo fundos locais, a despeito do aumento da volatilidade dos mercados globais.”

No levantamento anual, no entanto, as captações dos emergentes ainda não retornaram aos níveis de antes da crise. Números do Instituto Internacional de Finanças (IIF) mostram que os fluxos de capital privado para emergentes tiveram um pico de US$ 1,3 trilhão em 2007, despencando para US$ 600 bilhões em 2008 e 2009, e ainda não se recuperaram totalmente. Projeções do IIF mostram que apenas em 2012 a entrada de recursos deve se aproximar de 2007, com US$ 1 trilhão. As previsões para este ano são de US$ 960 bilhões.


A semana no Brasil

Também em relatório de hoje, o Standard Bank traz idéias de aplicação em ações dos emergentes. Segundo o banco, os “dias de cão” continuam, mas é possível encontrar algumas oportunidades. Dos oito papéis recomendados, quatro são do Brasil, sendo três de frigoríficos: JBS, Minerva e Marfrig.

Sobre JBS, o banco diz que osresultados do segundo trimestre tiveram forte impacto de custos. Mas os analistas continuam a acreditar que a empresa está exatamente no momento em que deve reverter essa situação. No caso do Minerva, o foco na redução dos custos com o gado está melhorando margens de lucratividade. Já o Marfrig é visto como uma empresa com boa rede de distribuição, produção diversficada e suporte do BNDESPar.

A quarta empresa citada pelo Standard Bank é a Companhia elétrica do Pará, a Celpa, uma empresa “com muito a ser feito”.

Saiba mais:


FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

VW mostra o up!, o novo carro do povo

Subcompacto é a grande aposta da marca para alcançar a liderança mundial

Thiago Vinholes | 22/8/2011 09:30:00

 
Foto: divulgação
Volkswagen up!

A Volkswagen tem um novo “carro do povo”. O título que um dia pertenceu ao Fusca agora é o principal artifício de vendas do up!, que finalmente teve sua versão definitiva revelada – o primeiro protótipo foi apresentado em 2007. O modelo será o principal destaque da montadora no concorrido Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro, e sua comercialização no mercado europeu começa em dezembro deste ano.

Rotulado pela VW como um “subcompacto”, o Up! tem 3,54 metros de comprimento, 1,64 m de largura e 2,42 m de distância entre-eixos. Já o porta-malas leva 251 litros ou 951 l com os bancos traseiros rebatidos.
Outra novidade do up!, além do carro em si, é o novo motor 1.0 com apenas três cilindros desenvolvido pela Volkswagen. O bloco será oferecido nas opções com 60 cavalos de potência ou 75 cv, ambos com sistema stop/start, que desliga o propulsor em paradas curtas, como em semáforos e situações de trânsito. Com ajuda desse equipamento, a fabricante afirma que o veículo poderá percorrer em média 23,8 km/l por litro de gasolina consumido.


Volkswagen up!
Divulgação
A versão final do up! tem visual fiel ao do conceito apresentado em Frankfurt em 2007


A cabine, apesar do desenho sofisticado, é simples. Os comandos de ar-condicionado e rádio são manuais e a pequena tela de LCD no alto do painel, com funções de GPS e computador de bordo, será um item opcional. Em contrapartida, o veículo já tem freios ABS e airbag duplo frontal, sem falar ainda no sistema City Emergency Braking, incumbido de frear o carro sozinho a velocidades de até 30 km/h a fim de evitar pequenas colisões típicas de trânsito.


Volkswagen up!
Divulgação
O desenho do painel é sofisticado, mas o acabamento é simples. A tela da LCD será opcional


E o up! não será apenas o veículo de entrada da Volkswagen. Ele é um carro global, tanto que será fabricado em diversas partes do mundo e possivelmente no Brasil – cogita-se que fábrica da VW em Taubaté (SP) produzirá o modelo a partir de 2013. Por aqui, aliás, o carrinho é cotado para receber o nome Lupo e deverá substituir de vez o Gol G4. Na Europa o lançamento substituirá o Fox, um dos carros mais baratos da região.

Por esse caráter acessível, a VW espera que o up! (e suas variantes complementares) a ajude a alcançar a liderança do mercado mundial de automóveis até 2018. O plano da empresa para o compacto inclui ainda o lançamento em 2013 de versões com motor movido a gás natural e outra totalmente elétrica.





Volkswagen up!
Divulgação
Subcompacto, o up! mede 3,54 metros e 1,64 m de largura. Já o porta-malas leva 251 litros


Na Europa o up! será oferecido nas séries take up! (de entrada), move up! (intermediária) e high up! (top de linha). Já para o lançamento serão disponibilizadas as configurações up! black e up! white, os dois elaborados sobre a versão top. E não estranhe os nomes com início em letra minúscula. Essa foi a nomenclatura escolhida pela VW.

FONTE: IG CARROS