sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CANSOU DO CHINELO? ENTERRE-O

Concorrente das Havaianas, Amazonas Sandals lança produto biodegradável de olho no mercado externo, que já responde por 35% de suas vendas

Danielle Brant, iG São Paulo | 17/02/2012 05:30

O nome em inglês e a decisão de lançar a marca primeiro no exterior poderiam ser um indício de que a Amazonas Sandals surgiu com foco no exterior. Mas, segundo Ariano Novaes, diretor de marketing da empresa, o objetivo é mesmo crescer no mercado doméstico.

Ariano Novaes posa com os produtos da marca Amazonas Sandals: apelo ambiental para concorrer com a Havaianas

“O nome Amazonas é muito Brasil, e criamos um produto que aposta em estampas com motivos e cores da Floresta Amazônica, aliando design e conforto”, afirma.

Veja: Arezzo estuda o futuro além dos calçados

Mas os números confirmam a intenção de internacionalizar a marca: 35% da produção da Amazonas Sandals têm como destino o mercado externo. Os principais compradores são Itália, França, Austrália, Croácia, Estados Unidos e até Cuba, mas a empresa exporta também para países asiáticos como China, Japão e Coréia do Sul. Em um contexto de crise, pode parecer temerário apostar no mercado europeu, mas Novaes vê oportunidade de crescimento em meio às turbulências internacionais.

“A crise é muito subjetiva. Nós tivemos uma boa recepção quando lançamos o produto, em junho. É a novidade, tem o apelo do design e da sustentabilidade. O cliente se motiva a comprar”, diz o diretor de marketing da marca.


Diferenciada

Já no mercado doméstico, a palavra de ordem é diferenciação. Para isso, a marca criou duas linhas sustentáveis: a eco-rubber, feita com borracha reciclada, e a bio-rubber, com material biodegradável.


Linha bio-rubber: cansou do modelo, é só enterrar
As sobras de borracha utilizadas para produzir a eco-rubber são encontradas em duas fábricas do grupo, localizadas em Franca (SP) – onde nasceu o Grupo Amazonas – e João Pessoa (PB). Como esse tipo é feito de borracha sintética, demora cerca de 500 anos para se decompor.

Já o material biodegradável é produzido em João Pessoa. E é nele que a empresa aposta forte. “Nós produzimos a primeira borracha biodegradável vulcanizada. A fonte principal do solado é o látex natural, proveniente das seringueiras da Amazônia e que se degrada em cinco anos”, explica.

Mas sem alarmes. A sandália não vai se desintegrar enquanto estiver guardada no armário, garante Novaes. “Ela precisa ser descartada em um ambiente com água, gás carbônico e terra para se decompor, tipo um aterro sanitário”, explica. Apesar de toda a preocupação com a sustentabilidade, o diretor de marketing diz que a empresa quer fugir do estigma de “eco-chato”, e, para isso, investe em cores e estampas que remetem à vivacidade da Amazônia.


Concorrência

As comparações com a Havaianas são inevitáveis. Mas, segundo Novaes, bem-vindas. “A Havaianas detém o mercado, sempre vai ser a número um. É um case de sucesso. Nós a temos mais como referência do que como concorrente”, afirma.

O design dos modelos ‘verdes’ lembra muito o da rival, e a empresa ainda produz duas linhas cuja base é a borracha vulcanizada: a Fun, lisa, e a Enjoy, estampada. Ambas são fabricadas em João Pessoa.

Leia: Alpargatas, dona da Havaianas, quer crescer no exterior

Para Marcos Hiller, coordenador do MBA em Gestão de Marcas da Trevisan Escola de Negócios, a empresa tem um desafio e tanto pela frente. “A Havaianas é um case tremendo de posicionamento de marca, porque ela, que era usada por pedreiros, passou a ser considerada uma das marcas mais valiosas do Brasil”, afirma.

Hiller acredita que, para enfrentar a Havaianas, a Amazonas Sandals vai precisar de “um caminhão de dinheiro e de celebridades”. “A causa ambiental é válida, mas vai roubar pouco público da Havaianas”, ressalta o especialista, que afirma que a empresa precisará investir em marketing a longo prazo para consolidar a marca.


Planos futuros

Solado da eco-rubber é feito com borracha reciclada

Com quatro meses no mercado doméstico, as projeções de expansão são infinitas, destaca Novaes. “Não temos histórico, então qualquer crescimento será grande”, ressalta. A produção do grupo inteiro é de 2,2 milhões de pares por mês. Mas a comercialização das quatro linhas ainda engatinha.

A marca, agora, quer fazer com que o produto chegue ao consumidor. Para isso, aposta na venda direta, em lojas como Pontal e Deny, e também na parceria com lojas de e-commerce, como a Netshoes.

O foco está voltado para as classes A e B. “As vendas para as classes C, D e E acabam sendo um reflexo, pois elas replicam aquilo que é consumido nas classes A e B”, ressalta Novaes. E o preço das sandálias com pegada ‘verde’ pode assustar. Os modelos de eco-rubber e bio-rubber podem custar de R$ 24,90 até R$ 58,90.

E para conquistar esse público e aproveitar para se consolidar ainda neste verão, a Amazonas Sandals está investindo em ações de marketing. Uma delas foi na Ilha de Caras, onde surgiu nos pés de celebridades. Agora, no Carnaval, organizou mais duas ações: uma no camarote do SBT e no da Banda Eva, em Salvador; e outra no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no camarote da Brahma.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

MERCADO APOSTA EM NOVAS MUDANÇAS NA CADERNETA DE POUPANÇA

O mercado financeiro e economistas apostam em novas alterações nas regras da caderneta de poupança caso o Banco Central mantenha a política de redução da taxa básica de juros – apesar de a inflação dos últimos 12 meses estar em 6,22%.

Em 2009, o Ministério da Fazenda, depois de negar várias vezes a intenção de promover mudanças na aplicação mais popular do país, acabou anunciando, em maio, a cobrança de imposto de renda crescente para saldos acima de R$ 50 mil, sempre que a taxa básica de juros caísse a 10,25% ao ano. A regra vigora desde janeiro de 2010.

A intenção foi impedir a migração de capital especulativo para a poupança diante da perda de atratividade de outros investimentos. Funcionou. Em 2011, o saldo líquido ficou em R$ 14 bilhões, 63,3% menor que 2010.

Mas agora a meta é de Selic em um dígito e novas medidas precisariam ser adotadas. Um economista com acesso à equipe econômica revelou ao Poder Econômico que o tema está em discussão no governo, mas garante que as regras das atuais contas serão preservadas.

O  governo, segundo ele, estuda um tipo de regra de transição para novos poupadores.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aposentadoria tem prazo de carência, confira

A carência é o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um benefício previdenciário

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo | 15/02/2012 05:43
A carência é o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um benefício previdenciário. Varia de acordo com o benefício solicitado:


BenefícioCarência
Salário-maternidade (*)Sem carência para as empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas; 10 contribuições mensais (contribuintes individual e facultativo);
10 meses de efetivo exercício de atividade rural, mesmo de forma descontínua, para a segurada especial.
 
Auxílio-doença (**)12 contribuições mensais
Aposentadoria por invalidez12 contribuições mensais
Aposentadoria por idade180 contribuições
Especial180 contribuições
Tempo de contribuição180
Auxílio-acidentesem carência
salário-famíliasem carência
pensão por mortesem carência
auxílio-reclusãosem carência

Nota: (*)

- A carência do salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual e facultativa, é de dez contribuições mensais, ainda que os recolhimentos a serem considerados tenham sido vertidos em categorias diferenciadas e desde que não tenha havido perda da qualidade de segurado.
- Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzida em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado;
- Para o salário-maternidade nas categorias que exijam carência, havendo perda da qualidade de segurada, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que a segurada contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, três contribuições, observada a legislação vigente na data do evento.
(**) Independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza e nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de doença ou afecção especificada em lista do Ministério da Saúde e do Ministério da Previdência Social.
 
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ECONOMIA INFORMAL PODE ENSINAR MUITAS LIÇÕES AO MUNDO EM CRISE, DIZ ESPECIALISTA

Para Robert Neuwirth, países deveriam aproveitar o potencial empreendedor dos trabalhadores informais para gerar crescimento

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 14/02/2012 05:40


O contingente de 1,8 bilhão de trabalhadores informais no mundo todo, inclusive no Brasil, representa cerca de dois terços de toda a força de trabalho em idade ativa no planeta e movimenta aproximadamente US$ 10 trilhões anualmente, volume abaixo apenas do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, a maior economia do mundo. Mas segundo o especialista americano Robert Neuwirth, que pesquisa o desenvolvimento da chamada "economia das sombras" e tem diversos livros publicados sobre o tema, apesar do seu gigantismo esse segmento não é olhado com a devida atenção pelos governos e instituições de um mundo que atravessa uma grave crise econômica.

Entenda a crise econômica mundial

Governo espanhol reforçará luta contra fraude fiscal e economia informal

Na opinião de Neuwirth, a economia informal pode ensinar muitas lições ao mundo em crise. Para ele, vários vendedores ambulantes e comerciantes envolvidos na economia informal são verdadeiramente empreendedores que tomam riscos, investem capital, pesquisam e conhecem bem os mercados onde atuam. “Os países que encontrarem uma maneira de aproveitar essa forma espontânea de empreendedorismo estarão melhor posicionados para criar uma democracia econômica e para crescer e prosperar”, afirmou.


O especialista Robert Neuwirth: "O mundo nunca será 100% formalizado"
De acordo com ele, por estar associada muitas vezes a um conceito de atividade ilegal, as estruturas formais da sociedade não conseguem ver esse setor como um grande agente da economia mundial e forte gerador de empregos capaz até de, em alguns casos, atenuar impactos negativos da turbulência financeira e gerar um crescimento mais igualitário e sustentável. “A economia informal não é, na sua maior parte, ilegal. Ela é, como no caso da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, composta por pessoas que vendem produtos legais, mas sem uma licença formal para trabalhar”, disse.

"Margem de 30% no varejo é muito alta"

Em entrevista exclusiva ao iG, Neuwirth cita o exemplo da China que, segundo ele, também foi atingida pelos impactos da crise, mas como maior pólo de fabricação do mundo e principal fornecedor de produtos baratos para o mercado informal, conseguiu uma certa estabilidade na economia mesmo em um período de incertezas no cenário internacional.

“A China produz muita coisa que abastece o comércio informal, mas o país não está dirigindo esse mercado. A demanda do Brasil e de outros países com alta carga tributária, é que está impulsionando esse segmento no mundo”, disse.

Para ele, o crescimento da economia e a crescente geração de postos formais de trabalho em alguns países como o Brfasil, não são suficientes para reduzir o poder de fogo da informalidade. “Apesar do forte crescimento na economia formal no Brasil na última década, o setor informal permanece robusto e próspero”, disse. “O mundo nunca será 100% formalizado. Para as pessoas que nunca tiveram acesso ao ensino superior, o comércio informal de rua ainda oferece uma melhor possibilidade de sobrevivência do que os empregos formais criados recentemente”, acrescentou Neuwirth.

Funileiro, cabeleireira e jardineiro saem da informalidade

Qualidade do trabalho melhora para classes mais baixas

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), divulgada no fim de 2011, mostrou que a “economia subterrânea” caiu de 17,7% do PIB em 2010 para 17,2% no ano passado. Em 2003, a participação do setor informal na economia era equivalente a 21% do PIB. Mas apesar da redução em termos percentuais, esse segmento movimentou R$ 653 bilhões no ano passado, algo como o PIB da Argentina e cerca de duas vezes o PIB do Chile.

De acordo com o especialista, economia informal é muito mais aberta e organizada no Brasil do que nos EUA ou na Europa e isso possibilita a inclusão social de dezenas de pessoas. “Em São Paulo houve um esforço muito grande na organização de cooperativas de catadores, por exemplo”, disse. “Em Nova York, moradores de rua podem recolher materiais recicláveis, mas não existe um sistema de cooperativas que lhes permita ter maior alcance e maior poder sobre suas vidas e o produto de seu trabalho”, acrescentou.

A seguir, os principais trechos da entrevista ao iG:

iG:Como o mundo, vivendo sob os efeitos da crise financeira desde 2008, pode aproveitar a força da economia informal de maneira positiva?

Robert Neuwirth: A economia informal não é, na sua maior parte, ilegal. Ela é, sobretudo, como no caso da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, composta de pessoas que vendem produtos legais, apenas em uma forma não registrada e sem uma licença para trabalhar. Quando a economia formal gira fora de controle, ou quando temos o estouro de uma bolha, muitas pessoas se voltam para esta atividade para sobreviver. A pergunta que os governos devem fazer não é como tirar esses vendedores ambulantes e quiosques da rua, mas, em vez disso, pensar em aproveitar o trabalho dessas pessoas para fazer a economia crescer. Isso seria sustentável, e poderia gerar um crescimento econômico igualitário.

iG: Com seus produtos baratos, a China pode ser considerada o grande motor desse mercado no mundo todo?

Neuwirth: A China é atualmente o centro de produção do mundo. E muitos dos produtos vendidos em mercados de rua foram fabricados lá. Mas a demanda vem de fora. O Brasil, por exemplo, é um país de imposto elevado e é a demanda brasileira que está impulsionando o negócio do contrabando que traz mercadorias da China livres de impostos através da fronteira do Paraguai. E essa demanda não envolve apenas produtos chineses. Muitos dos computadores e periféricos, um negócio estimado em US $ 1 bilhão anualmente, que entram no Brasil são produzidos nos Estados Unidos, no Japão ou em Taiwan. A China produz muita coisa que abastece o comércio informal, mas o país não está dirigindo esse mercado. A demanda do Brasil e de outros países é que está impulsionando esse segmento no mundo.

iG: A economia chinesa tem sentido menos os efeitos da crise, em parte por causa desse possível ganho com a informalidade no mundo todo?

Neuwirth: Sim. Eu diria que o fato de o setor industrial da China estar envolvido na economia informal deu-lhe alguma resistência durante a crise financeira. Milhares de pequenos fabricantes chineses foram obrigados a fechar quando a crise atingiu os EUA e a Europa. Algumas fábricas, entretanto, foram capazes de evitar o fim das suas atividades devido a demanda da economia informal. Então, nesse sentido, estar envolvido na economia informal ajudou a estabilizar a economia chinesa.

iG: O modelo informal será a base para a economia mundial?

Neuwirth: Sim, é possível afirmar isso. A história nos ensina que a economia informal é a economia original. Vendedores ambulantes estavam nas ruas muito tempo antes das lojas existirem no mesmo lugar. E, dado que, no total, a economia informal em todo o mundo vale aproximadamente US$ 10 trilhões, ela continua a ter um peso enorme na economia mundial e com grande participação nos fluxos financeiros globais.

iG: No Brasil, a informalidade vem caindo desde 2003, com a forte geração de postos formais de trabalho. Mas mesmo assim, esse mercado movimentou cerca de US$ 650 bilhões em 2011. Qual sua avaliação desse cenário?

Neuwirth: Se a economia informal do Brasil era de US $ 650 bilhões em 2011 ela segue sendo muito forte. O volume de negócios anual na Rua 25 de Março pode ser maior que o de muitas das maiores empresas do Brasil. Muitas pessoas fazem a sua vida a partir desse mercado e dão suporte a essa informalidade gerando postos de trabalho. Assim, apesar do forte crescimento na economia formal no Brasil na última década, a economia informal permanece robusta e próspera.

iG: A geração de empregos formais não é suficiente para reduzir a força da economia informal?

Neuwirth: Não. Por exemplo, como a economia formal cresce, as pessoas têm mais dinheiro, e assim o nível de demanda por bens de consumo contrabandeados através da fronteira do Paraguai tende a aumentar. E temos de olhar para onde os empregos foram criados no setor formal. Para as pessoas com ensino superior, o quadro econômico formal parece talvez menos desagradável agora. Mas para as pessoas que nunca tiveram acesso ao ensino superior, o comércio informal de rua ainda oferece uma melhor possibilidade de sobrevivência do que os empregos formais que foram criados recentemente.

iG: A economia informal deixará um dia de ser considerada uma atividade ilegal ou um lado menos nobre da economia mundial?

Neuwirth: Acho que isso já está sendo considerado e, no futuro, será algo normal. O mundo nunca será 100% formalizado. Ele sempre terá uma economia informal. A questão é como tentar trabalhar com os comerciantes e empreendedores informais. Não pode-se dizer que seja um lado menos nobre da economia. Quando o proprietário de um quiosque em uma favela vende amaciante, é o mesmo produto que é vendido em lojas formalizadas. Os comerciantes de rua conseguem o produto de distribuidores que compram diretamente da empresa que o fabrica. Na verdade, esse fabricante quer que os seus produtos sejam vendidos também nos quiosques. Então eu não vejo como esse negócio é de alguma forma menos nobre do que qualquer outro. A economia formal está quebrada. Pode produzir crescimento, mas não é igualitária ou sustentável. É por isso que o slogan do movimento Ocupe Wall Street “Somos os 99 %" é como uma poderosa acusação. A economia informal é mais ampla. Ela oferece mais oportunidade para as pessoas, especialmente aos que estão na parte inferior da pirâmide econômica.

iG: Quais as diferenças e semelhanças do modelo brasileiro de economia informal comparado com a economia informal na Europa e nos EUA?


Neuwirth: A economia informal é muito mais aberta e organizada no Brasil do que nos EUA ou na Europa. Você não encontra um mercado de rua em massa no centro de Nova York da mesma forma que no centro de São Paulo. Em São Paulo, todo mu2ndo sabe onde encontrá-lo. Em Nova York, este tipo de comércio é subterrânea. Você pode encontrá-lo em Chinatown, por exemplo, mas autoridades são muito menos tolerantes. Além disso, em São Paulo houve um esforço muito grande na organização de cooperativas de catadores, por exemplo. Em Nova York, moradores de rua podem recolher materiais recicláveis, mas não existe um sistema de cooperativas que lhes permita ter maior alcance e maior poder sobre suas vidas e o produto de seu trabalho.

iG: A economia informal está mais imune a crises financeiras?

Neuwirth: Sim e não. Sim, no sentido de que as pessoas muitas vezes podem sobreviver na economia informal quando a economia formal está em crise. Mas também é verdade que a demanda cai quando há uma crise econômica, e assim o valor total das vendas pode ir para baixo na economia informal também. Assim, a economia informal oferece resistência, mas não imunidade.

iG: A sociedade deveria aproveitar o talento empreendedor de quem ganha a vida na economia informal?

Neuwirth: Sim, eu acredito muito nisso. Muitos dos vendedores ambulantes e comerciantes envolvidos na economia informal são verdadeiramente empreendedores. Eles tomam riscos, investem capital e pesquisam o seu mercado. Os países que encontrarem uma maneira de aproveitar essa forma espontânea de empreendedorismo estarão melhor posicionados para criar uma democracia econômica e para crescer e prosperar no século 21.

iG: A Copa do Mundo e as Olimpíadas são dois grandes eventos que também estão no radar da economia informal. Como o Brasil pode lidar com essa questão da economia informal nos dois maiores eventos esportivos que movimentam milhões em vendas de produtos?


Neuwirth: É uma aposta certa que haverá muitos comerciantes de rua vendendo itens relacionados com a Copa do Mundo e o Jogos Olímpicos. Mas mercadorias pirateadas podem, de uma certa forma, funcionar como publicidade gratuita e termômetro de mercado. Então, eu não acho que o governo brasileiro deve tratar isso como um problema. As pessoas que querem os artigos legítimos saberão que os produtos vendidos na rua são pirateados e podem ser de menor qualidade. Quando eu fui pela primeira vez ao Brasil, em 2001, eu queria comprar uma camisa do Flamengo para meu primo. Mas eu sabia que ele ficaria triste se a camisa desbotasse ou encolhesse na primeira vez que fosse lavada. Então eu fui a uma loja oficial para comprar uma camisa que não fosse pirata. As pessoas vão fazer suas próprias escolhas sobre o que eles compram e onde compram. Grande parte dos itens pirateados acaba sendo comprado por pessoas que não podem pagar os altos preços praticados pelos revendedores oficiais. Eu não vejo por que impedir que as pessoas encontrem uma maneira de participar e se beneficiar economicamente com esses eventos.

FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

TAM tem prejuízo de R$ 335,1 milhões em 2011

Em 2010, companhia tinha registrado lucro de R$ 637,4 milhões; no quatro trimestre, ganho líquido caiu 36,4%

AE | 13/02/2012 09:29
A TAM registrou lucro líquido de R$ 95,5 milhões no quarto trimestre de 2011, o que representa uma queda de 36,4% ante o lucro de R$ 150,1 milhões registrado no mesmo período de 2010. No ano, a empresa acumulou prejuízo de R$ 335,1 milhões, ante lucro em 2010 de R$ 637,4 milhões.

O Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortizações e custos com leasing de aeronaves) atingiu R$ 611,9 milhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 20,7% ante os R$ 506,8 milhões apurados no mesmo período de 2010.

No ano, o Ebitdar somou R$ 2,157 bilhões, praticamente em linha (0,5%) com o ano anterior, em que obteve R$ 2,147 bilhões. A receita líquida da companhia cresceu 11,0% no último trimestre de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010, para R$ 3,579 bilhões e totalizou em 2011 R$ 12,994 bilhões, 14,2% acima de 2010.
 
FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Saiba como evitar prejuízos com os pacotes de Carnaval

Overbooking em voos e hotéis é a principal dificuldade enfrentada por turistas; especialistas recomendam contratos detalhados


João Paulo Nucci, especial para o iG | 10/02/2012 05:45


A paulistana A.D.S. não economizou no Carnaval de 2010. Recém-saída de uma fase complicada na vida pessoal, ela escolheu um resort de primeira linha em Maceió para descansar com o marido e o filho pequeno. A viagem, porém, virou um pesadelo.
Os problemas começaram já no voo, que foi desviado para Campinas sem qualquer explicação. Duas horas depois, o avião partiu enfim rumo ao Nordeste. Chegando à capital alagoana, a família de Laura foi informada de que o resort escolhido estava sem vagas e que eles seriam encaminhados para outro estabelecimento.


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Já era madrugada quando Laura e outras cinco famílias que estavam na mesma situação descobriram que o hotel oferecido como substituto era de nível muito inferior ao adquirido no pacote, cuja diária era de R$ 650. O grupo decidiu não aceitar a proposta e, após negociar durante horas com a gerência do resort e com os agentes de turismo locais, resolveram procurar a polícia para tentar resolver a situação.


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No fim das contas, os turistas de São Paulo conseguiram ser aceitos pelo resort para o qual haviam reservado vagas apenas quando chegaram ao local com escolta policial. Ainda assim, os quartos só foram liberados às 11h da manhã do dia seguinte, após uma noite de muita tensão. A operadora de turismo responsável pelo pacote ofereceu apenas o desconto de uma diária como compensação pelo transtorno.
A história de A.D.S, relatada no site Reclame Aqui, acontece com muita frequência durante os períodos de grande procura por pacotes de viagens, como o Carnaval. Ela foi vítima de uma falha da companhia aérea, que fez uma parada sem avisar com antecedência aos passageiros, e de uma prática muito comum entre hotéis: o overbooking, que consiste na venda antecipada de quartos acima da capacidade do hotel. Com isso, os estabelecimentos tentam evitar prejuízos com as eventuais desistências de última hora, mas criam o risco de não ter como atender a todos os hóspedes.


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Para evitar transtornos desse tipo, é preciso muita atenção na hora de fechar o pacote. Primeiro, é preciso desconfiar de promoções aparentemente muito vantajosas, com preços excepcionalmente baixos. Tente se certificar de que a agência é idônea e de que a oferta é real. Consulte o Procon para saber se a empresa não é alvo frequente de reclamações.
“Guarde sempre as propagandas e os folders sobre o pacote”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Consumidores e Mutuários, Lyncoln Hebert da Silva. “Após fazer o pagamento, exija o recibo dos valores pagos, as passagens com os horários marcados e os comprovantes de reservas nos hotéis.”


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Uma cartilha preparada pela Fundação Procon de São Paulo para o Carnaval de 2012 indica também a necessidade de o consumidor assinar um contrato (ou, no mínimo, uma ficha com o roteiro detalhado) com a agência vendedora. Preste atenção especial nas cláusulas que possam criar situações como as enfrentadas por A.D.S., como as que preveem a mudança no local de hospedagem ou no meio de transporte escolhido.


Leia:
Pacotes para o Carnaval 2012 – Sudeste
Pacotes para o Carnaval 2012 - Sul


O Procon também indica que o turista deve tentar registrar quaisquer problemas que enfrentar durante a viagem, com a produção de fotos e vídeos. Esse material pode ajudar posteriormente, numa eventual ação rescisória.
Se estiver indo para o exterior, não se esqueça de prestar atenção no câmbio e nos gastos com o cartão de crédito (que é suscetível às variações no preço da moeda). Variações bruscas no valor do real podem causar prejuízos aos turistas. Também não deixe de verificar se é preciso tomar alguma vacina, tirar visto ou buscar autorização para entrada no destino escolhido. E bom Carnaval.
 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

OCNHEÇA OS MAIS ECONOMICOS DE 2012.

Veja quais são os veículos mais econômicos de 2012

Ranking de consumo do Inmetro avaliou mais de 50 modelos vendidos no Brasil em diversas versões. Fiat Mille segue como mais econômico

Ricardo Meier | 8/2/2012 12:04

O Inmetro divulgou na semana passada a 4ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular que consiste na medição de consumo de diversos modelos à venda no país e na posterior classificação conforme sua eficiência energética.
A intenção é fornecer ao consumidor a mesma referência encontrada hoje em diversos eletrodomésticos com o uso da etiqueta que dá notas de A a E, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão governamental.
Na mais recente avaliação do Inmetro, o Fiat Mille, modelo mais barato do Brasil, voltou a ser considerado o mais econômico veículo disponível no mercado. O popular faz 8,9 km na cidade e 10,7 km na estrada com um litro de etanol e 12,7 km/l  e 15,6 km/l com gasolina nas mesmas condições, segundo o Inmetro. Quem se aproximou de seu desempenho foi outro Fiat, o novo Uno, mas com motor 1.4.
Entre os modelos médios, o destaque foi o Honda Civic, ainda da geração anterior. O sedã na versão automática teve as médias urbanas de 7,3 e 10,5 km/l (etanol e gasolina) e rodoviárias de 10,5 e 13,4 km/l, pouco à frente dos rivais Corolla com motor 1.8 e Fluence, este 2.0.
Na outra ponta da lista estão o SUV Sorento e o Soul, da Kia, Ranger e EcoSport automático, da Ford, Camry, da Toyota, e Polo hatch e sedã, da Volkswagen. Estes dois últimos tiveram resultados bem aquém do esperado, afinal são compactos que usam motor 1.6 flex.
Marcas fujonas
É importante ressaltar que o Inmetro leva em consideração outros fatores para definir a nota, por essa razão alguns modelos maiores estão bem cotados mesmo com médias inferiores a certos compactos, por exemplo. As notas variam conforme os resultados de todos os modelos de uma categoria e por isso serão mantidas até 2015 onde houver pelo menos 10 veículos participantes. Para as categorias que não atingirem esse mínimo, os critérios mudarão anualmente, como tem ocorrido até hoje.
E também vale lembrar que o programa não é obrigatório. Nesta edição, Fiat, Ford, Honda, Kia, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen enviaram seus modelos para testes. Outras montadoras importantes, no entanto, ainda evitam expor seus veículos como Chevrolet, Citroën, Hyundai, Mitsubishi e Nissan, além das chinesas como JAC e Chery.
MarcaModeloVersões
Motor
Câmbio
Marchas
A/C
Direção
Comb.
Cons. urb. (E)
Cons. urb. (G)
Cons. rod. (E)
Cons. rod. (G)
Classificação
FiatUnoMille Fire Economy
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,9
12,7
10,7
15,6
A
FiatNovo UnoEconomy Evo 2 portas
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,7
12,5
10,4
15,2
A
FiatNovo UnoEconomy Evo 4 portas
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,7
12,5
10,4
15,2
A
FiatSienaFire
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,2
12
9,8
14,1
A
FordFusionHybrid
2.5 litros 16V
CVT
sim
elétrica
gasolina
-
13,8
-
13,1
A
HondaFitDX, LX e LXL
1.4 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
8,1
11,8
9,2
13,3
A
HondaCivicLXS, LXL e EXS
1.8 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
7,3
10,5
10
13,4
A
RenaultSanderoAuthentique e Expression
1.0 litro 16V
manual
5
não
manual
flex
8
12,1
8,8
13
A
RenaultLoganAuthentique e Expression
1.0 litro 16V
manual
5
não
manual
flex
8
12,1
8,8
13
A
RenaultFluenceDynamique
2.0 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
6,8
10,2
9,2
14,1
A
RenaultKangooExpress
1.6 litro16V
manual
5
não
manual
flex
6,1
9
7,4
10,9
A
RenaultDusterDynamique 4x4
2.0 litros 16V
manual
6
sim
hidráulica
flex
6,1
8,9
7,2
10,2
A
ToyotaCorollaGli e XLi
1.8 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7
10,2
9,6
13,5
A
ToyotaCorollaGli e XLi
1.8 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
7,1
10,5
9,1
13,3
A
VWGol Ecomotion2 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,4
12
9,8
14,1
A
VWGol Ecomotion4 Portas
1.0 litro 8V
5
não
manual
flex
8,4
12
9,8
14,1
A
VWPoloBlueMotion
1.6 litro 8V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,4
10,8
10,5
15
A
VWSaveiroCabine simples e estendida
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
8,5
12,3
A
FiatNovo UnoVivace Evo 2 portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,3
12,3
9,4
14,5
B
FiatNovo UnoVivace Evo 4 portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,3
12,3
9,4
14,5
B
FiatPalioFire Economy 2 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8
12,2
10,1
15,4
B
FiatPalioFire Economy 4 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8
12,2
10,1
15,4
B
FiatNovo PalioAttractive
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,8
9,4
13,6
B
FiatNovo PalioAttractive
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,8
9,3
13,5
B
FiatFiorinoFurgão
1.3 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
7,2
10,6
8,1
11,8
B
FiatStradaFire
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
7,3
10,6
8,2
12
B
FiatDobloCargo
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
5,9
8,6
6,4
9,5
B
FiatPalioAdventure Dualogic
1.8 litro 16V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
6,4
9,9
7,3
10,9
B
FordFiesta SedanSE
1.6 litro16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,5
11
9,3
13,9
B
FordFiesta HatchSE HA
1.6 litro16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,5
11
9,3
13,9
B
FordFocus HatchHC
1.6 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,7
8,7
12,9
B
FordFocus SedanFC
1.6 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,7
8,7
12,9
B
HondaCityDX, LX, EX e EXL
1.5 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
7,5
11,2
8,3
14
B
HondaCivicLXS e LXL
1.8 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
6,8
10,2
9
12,2
B
KiaCeratoEX, LX e SX
1.6 litro 16V
manual
6
sim
hidráulica
gasolina
-
9,9
-
12,7
B
KiaCeratoEX, LX e SX
1.6 litro 16V
automático
6
sim
hidráulica
gasolina
-
9,9
-
12,3
B
RenaultDusterDynamique 4x2
2.0 litros 16V
manual
6
sim
hidráulica
flex
6,7
9,9
7,8
11,2
B
VWGol G42 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
7,6
11,1
9
13,2
B
VWGol G44 Portas
1.0 litro 8V
5
não
manual
flex
7,6
11,1
9
13,2
B
VWGol1.0
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,8
9,5
14,1
B
VWGol1.6
1.6 litro 8V
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,4
13,7
B
VWGolI-Motion
1.6 litro 8V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,5
13,6
B
VWVoyage1.0
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,8
9,5
14,1
B
VWVoyage1.6
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,4
13,7
B
VWVoyageI-Motion
1.6 litro 8V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,5
13,6
B
FiatUnoMille Way Economy
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,4
12,1
9,5
13,6
C
FiatSienaEL
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,4
8,8
12,8
C
FiatSienaEL
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,1
10,6
8,8
13,2
C
FiatStradaFire Cabine Estendida
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,1
10,6
7,7
11,5
C
FiatStradaTrekking
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7
10,3
7,6
11,2
C
FiatStradaTrekking Cabine Estendida
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7
10,3
7,6
11,2
C
FiatPalioAdventure
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,3
9,4
7,4
11
C
FiatStradaAdventure
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,3
7,3
10,6
C
FiatStradaAdventure Cabine Dupla
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,3
7,3
10,6
C
FiatStradaAdventure C Dupla Dualogic
1.8 litro 16V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
6,6
9,9
7
10,4
C
FiatDobloEssence
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,7
8,2
6,4
9,4
C
FordKaBase
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,1
11,6
9,2
13,5
C
FordKaPulse e Class
1.0 litro 8V
manual
5
sim
manual
flex
8,1
11,6
9,2
13,5
C
FordCourrierL e LX
1.6 litro 8V
manual
5
sim
manual
flex
7
9,7
8,4
12,1
C
FordEcosport4WD
2.0 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,3
7,9
6,3
9,2
C
FordEcosportXL, XLS, XLT e Freestyle
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,4
9,1
7,5
11,2
C
HondaFitEX e EXL
1.5 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,6
11,3
8,5
12,2
C
HondaCityDX, LX, EX e EXL
1.5 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,6
10,9
8,7
12,5
C
KiaPicantoLX e EX
1.0 litro 12V
manual
5
sim
elétrica
flex
8,3
12
9,1
13,4
C
KiaPicantoLX e EX
1.0 litro 12V
automático
4
sim
elétrica
flex
8,3
11,4
9,4
13,1
C
KiaSportageLX e EX
2.0 litros 16V
automático
6
sim
hidráulica
flex
6
8,9
7,4
11,2
C
Peugeot207 HBXR e XR S
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,8
10,6
8,7
13,7
C
Peugeot207 PassionXR e XR S
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,8
10,6
8,7
13,7
C
Peugeot207 SWXR e XR S
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,8
10,6
8,7
13,7
C
RenaultClioCampus
1.0 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
8,6
11,5
9,2
14,5
C
RenaultSymbolExpression e Privilege
1.6 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,5
10,8
8,4
12,8
C
RenaultMegane Grand TourExpression e Dynamique
1.6 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
6,3
9,7
8,2
12,8
C
ToyotaRAV4-
2.4 litros 16V
automático
4
sim
elétrica
gasolina
-
7,7
-
9,7
C
VWKombi-
1.4 litro 8V
manual
4
não
manual
flex
5,7
8,4
6,1
9
C
FiatNovo UnoAttractive Evo
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,6
9,1
13,3
D
Fiat500Cult
1.4 litro 8V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,2
11
8,4
12,8
D
Fiat500Cult Dualogic
1.4 litro 8V
automatizado
5
sim
elétrica
flex
7,5
11,3
8,5
13
D
FiatIdeaAdventure
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,9
8,8
6,7
9,9
D
FordEcosportXLT e Freestyle
2.0 litros 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,5
8,6
7,2
10,7
D
HondaFitDX, LXL e EX
1.4 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
6,6
11
8,5
12,5
D
HondaFitEX e EXL
1.5 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
6,8
10,5
8,2
12,2
D
KiaSportageLX e EX
2.0 litros 16V
manual
sim
hidráulica
flex
5,8
8,5
6,9
10,3
D
Peugeot3008Allure e Griffe
1.6 litro 16V
automático
6
sim
elétrica
gasolina
-
8,8
-
11,1
D
PeugeotRCZ-
1.6 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
gasolina
-
8,4
-
12
D
Peugeot308-
1.6 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
gasolina
-
8,2
-
12
D
FordRangerCabine Simples
2.3 litros 16V
manual
5
sim
hidráulica
gasolina
-
7,3
-
9
E
FordRangerCabine Dupla
2.3 litros 16V
manual
5
sim
hidráulica
gasolina
-
7,3
-
9
E
FordEcosportXLT e Freestyle
2.0 litros 16V
automático
sim
hidráulica
flex
5,2
8
7
10
E
KiaSoulLX e EX
1.6 litro 16V
manual
6
sim
elétrica
flex
7
10,3
8
11,8
E
KiaSoulLX e EX
1.6 litro 16V
automático
6
sim
elétrica
flex
6,5
9,6
7,6
11,1
E
KiaSorentoLX e EX
2.4 litros 16V
automático
6
sim
hidráulica
gasolina
-
6,9
-
7,9
E
ToyotaCamryXLE
3.5 litro 24V
automático
5
sim
elétrica
gasolina
-
7,5
-
10,2
E
VWPolo1.6
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,2
9,4
8,1
12,1
E
VWPolo SedanComfortline
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,2
9,4
8,1
12,1
E
Valores de consumo: km rodado por litro, (E) - etanol, (G) - gasolina. Fonte: Inmetro e Conpet

FONTE: IG CARROS