segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sony pretende cortar 10 mil empregos globais até dezembro

Metade dos cortes será nos segmentos de produtos químicos e de operações de LCD

AE | 09/04/2012 05:12

A Sony planeja cortar um total de 10 mil empregos em todo o mundo, ou cerca de 6% de sua força de trabalho, possivelmente até o final deste ano, informou hoje o jornal "Nikkei", citando fontes próximas ao assunto. Metade desses cortes será a partir da consolidação do segmento de produtos químicos da empresa e das pequenas e médias operações de LCD.

A companhia japonesa sofreu seu quarto prejuízo líquido trimestral seguido no ano fiscal encerrado em março, em grande parte devido à queda em seus negócios no núcleo de televisores. O presidente Howard Stringer e seis outros executivos que atuaram como diretores no ano fiscal de 2011 devem abrir mão de seus bônus para assumir a responsabilidade.

No final de março de 2011, a Sony tinha 168,2 mil empregados no grupo. Para os próximos cortes, ainda não está claro quantos vão acontecer no Japão e quantos serão feitos nas unidades do exterior. Espera-se, contudo, que eles abranjam vários departamentos na matriz e nas subsidiárias, incluindo aqueles envolvidos no desenvolvimento, produção, vendas e administração. As informações são da Dow Jones.

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 8 de abril de 2012

Aproveite o feriado para fazer sua declaração do Imposto de Renda

Prazo para entregar o IR termina no dia 30; segundo a Receita, mais de 18 milhões de contribuintes ainda têm que prestar contas com o Leão

iG São Paulo | 06/04/2012 05:22
Foto: Getty ImagesAmpliar
Aproveite o feriado da Páscoa para preencher a declaração do Imposto de Renda


Falta menos de um mês para terminar o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011. Este ano, a Receita calcula que 25 milhões de contribuintes precisarão preencher o formulário, mas, segundo os dados mais recentes do Fisco, somente 6,5 milhões já se livraram dessa pendência. Então se você é um dos 18 milhões de brasileiros que ainda precisam enviar seu IR, aproveite o feriado da Páscoa para acertar suas contas com o Leão.

Em primeiro lugar, organize-se para não errar o preenchimento do formulário. Reúna todos os documentos e comprovantes necessários para realizar a declaração. Isso é fundamental para não haver qualquer informação incorreta que possa levar o contribuinte a ficar preso na malha fina.


Se você ainda tem dúvidas em relação ao IR, confira o guia que o iG preparou com o passo a passo de como preencher cada campo do formulário.

Fique atento também aos prazos para declarar o IR. Quem atrasar a entrega do formulário estará sujeito ao pagamento de multa que pode variar de R$ 165,74 a 20% do imposto devido. E vale lembrar que quanto antes você fizer a declaração, mais cedo receberá a restituição.

Este ano, é obrigado a prestar contas ao Fisco o contribuinte que teve rendimentos tributáveis maiores que R$ 23.499,15 em 2011. Aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil, também devem prestar contas ao Fisco. O contribuinte precisa enviar a declaração pela internet, utilizando o programa disponível no site da Receita ou por meio de disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.

Caso você tenha alguma dúvida sobre como declarar ações e outros investimentos, aluguel, despesas com saúde ou empregada doméstica, acesse a página especial do iG. Caso tenha perguntas, envie para o e-mail imposto_renda@ig.com.br. Os consultores da IOB Folhamatic tirarão as dúvidas, e as respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito, e não serão enviadas por e-mail.

Se, após preencher a declaração, você quiser corrigir alguma informação, faça a retificação pela internet, por meio do programa Receitanet ou pelo aplicativo "Retificação online", disponível no site da Receita Federal, em disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal localizadas no País, caso pretenda fazer as correções até 30 de abril.

FONTE: IG ECONOMIA

BC quer criar ranking para consumidor comparar spread

Governo aumenta pressão sobre bancos privados para reduzir o custo dos empréstimos

AE | 08/04/2012 09:43

O governo resolveu aumentar a pressão sobre os bancos privados para reduzir o custo dos empréstimos oferecidos aos clientes. Depois de a presidente Dilma Rousseff ter reclamado que o nível das margens cobradas nessas operações, o spread bancário, é "tecnicamente de difícil explicação no Brasil", agora é a vez de o Banco Central entrar na briga.

- LEIA TAMBÉM: Bancos privados são avaros no crédito, diz Pimentel

- E MAIS: Apesar da queda da Selic, juro ao consumidor segue alto

A instituição estuda criar um ranking para revelar a margem cobrada por banco e, assim, mostrar quem ganha mais com os financiamentos. Em meio ao aperto, banqueiros se reúnem novamente com o governo nesta semana e apresentarão propostas iniciais para reduzir o juro.

Após cobrança aos presidentes dos cinco maiores bancos no Brasil - Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander - em reunião no fim de março, banqueiros voltam ao Ministério da Fazenda nos próximos dias para apresentar ideias do que pode ser feito para reduzir o spread, especialmente para as pessoas físicas.

O segundo encontro entre banqueiros e governo ocorre sob pressão crescente. Além da posição explícita da Fazenda em cobrar solução para o problema, o Banco Central decidiu ser mais "proativo" na discussão. A criação do ranking de spreads, nos mesmos moldes do sistema que compara o juro nas operações de crédito, é um dos exemplos dessa mudança de comportamento.
O instrumento revelaria as diferentes margens dos bancos nos empréstimos e poderia ser uma arma para consumidores pressionarem instituições a cortar o juro. O tema é acompanhado de perto pela presidente Dilma Rousseff.

No início de 2009, o governo chegou a estudar a criação do ranking. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva era simpático à ideia, assim como integrantes do Ministério da Fazenda. O BC, porém, resistiu, e a proposta acabou não prosperando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: IG ECONOMIA

sábado, 7 de abril de 2012

Banco público corta juros, mas tem cliente de mais risco

Dados do BC mostram que BB e Caixa têm operações para pessoas físicas com classificação de risco pior que nos concorrentes privados


AE | 07/04/2012 09:11



Nem bem a corrida pelo aumento do crédito e redução dos juros começou e os bancos públicos já estão em desvantagem. Pelo menos quanto à classificação dos empréstimos concedidos aos clientes. Dados do Banco Central mostram que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm operações para pessoas físicas com classificação de risco pior que nos concorrentes privados.

Quando um financiamento é realizado, bancos avaliam a transação e atribuem uma nota individual. É parecido com o que as agências de classificação de risco fazem com os países. Pelos critérios do Banco Central, as avaliações vão de "AA" até "H", a pior entre as nove possíveis.


Leia: Banco do Brasil coloca mais R$ 43 bi em linhas de crédito


Nas duas primeiras notas - "AA" e "A" - estão as melhores operações e que têm o menor risco de calote. A partir de "B", ficam os financiamentos com atraso de 15 dias no pagamento ou risco equivalente. No "H" estão os clientes que não pagam há mais de seis meses.

Por esse critério, bancos particulares têm boa parte dos clientes na melhor faixa, entre o "AA" e "A": 75,9% dos empréstimos para pessoas físicas recebem essa classificação. Nos públicos, a situação é oposta: a maioria está no grupo entre "B" e "H", faixa que concentra 55% dos financiamentos. Portanto, a fatia dos melhores clientes fica com 45% das operações.


Mais: Caixa lançará pacote de redução de juros do crédito

O BB e a Caixa vão reduzir a partir desta semana os juros de várias linhas de crédito. O objetivo é tirar parte da clientela dos bancos privados. Além disso, o governo acredita que o movimento pode incentivar a concorrência e provocar a redução dos juros em todo o mercado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Conheça os 12 solteirões bilionários mais cobiçados

Brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, é destaque em ranking mundial de bilionários solteiros

iG São Paulo | 06/04/2012 05:40


O site da revista americana Forbes divulgou uma lista com os 12 bilionários solteiros mais cobiçados do mundo.

Entre os membros desse seleto grupo a publicação destaca o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, que atualmente vive em Cingapura.




Fonte: IG ECONOMIA

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Alugar ou financiar? Veja o que é melhor para o seu caso

Moradores e especialistas dão dicas e avaliam as melhores opções para realizar o sonho da casa própria

Olivia Alonso e Danielle Brant, iG São Paulo | 05/04/2012 05:30

Comprar a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Mas nem todos têm condições financeiras de iniciar o financiamento do imóvel, ou a estabilidade necessária para dar esse passo tão importante. Por isso, o aluguel pode surgir como a opção mais vantajosa em alguns casos, como no de jovens em início de carreira ou casais que não precisem de um apartamento tão amplo, afirmam especialistas.
Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Rafael decidiu morar de aluguel e investir parte da renda para comprar a casa própria

O analista de sistemas Rafael Oliveira, de 28 anos, se encaixa em uma dessas situações. Morador do Rio de Janeiro, ele conta que optou pelo aluguel porque queria ficar mais próximo do local onde trabalha, no Centro da cidade. “Como não dispunha de capital suficiente para adquirir um imóvel na região desejada, achei mais interessante recorrer ao aluguel do que a um financiamento imobiliário”, afirma o jovem, que mora no Flamengo.




Para ele, longe de jogar dinheiro fora, o aluguel é a melhor forma de economizar para comprar um imóvel próprio no futuro. “Dizem que, ao final do financiamento, pelo menos teremos uma casa em nosso nome. Mas o que as pessoas ignoram é o fato de que, com os exorbitantes juros brasileiros, ao final de um financiamento de 30 anos teremos jogado mais dinheiro fora com o pagamento de juros do que com o pagamento de aluguel durante o mesmo período”, afirma.
Todos os meses, Oliveira investe 10% da renda para adquirir o imóvel. Pelas suas contas, ele deve conseguir comprar a casa própria, à vista, dentro de cinco anos. Mas o jovem admite que é difícil ter a disciplina necessária para aplicar parte do salário. “Nem sempre é fácil abrir mão de outros sonhos de consumo em troca de um objetivo que só será alcançado após alguns anos de economia”, diz.




Para o professor Jurandir Macedo, do Instituto de Educação Financeira, a escolha do analista de sistemas, de combinar o pagamento do aluguel ao investimento de parte da renda, foi acertada. “Comprar imóvel representa um risco. Os preços subiram muito, e os imóveis sofrem muita depreciação. Quanto mais caro o imóvel, maior o custo do dinheiro e menos vantajoso é comprar, pois o aluguel é mais barato”, explica.

 

Aluguel e financiamento

Outra opção é a combinação do pagamento do aluguel e das parcelas do financiamento do novo imóvel. Essa é a situação da bancária e analista de projetos Karina Mendes Barbosa, de 21 anos. Ela e o marido decidiram morar de aluguel em um bairro de Santo André (SP) enquanto não encontravam o imóvel de seus sonhos. “Esse ano encontramos a casa que queríamos, na Vila Prudente (bairro de São Paulo). Porém, ela está terminando de ser construída. Então, até ficar pronta, continuamos com o aluguel”, explica.




A situação é parecida com a de Oliveira. A diferença é que ele investe uma parte dos ganhos para comprar o imóvel à vista no futuro (ou reduzir a parcela a ser financiada). Karina, por sua vez, se comprometeu com a dívida do financiamento. Para adequar o orçamento aos dois pagamentos, ela e o marido pararam de viajar e reduziram a ida para bares, mas sem cortar totalmente o lazer. “É importante você ter uma vida ‘social’, pois senão acaba tendo a sensação de que você é ‘escravo’ do seu trabalho e de suas dívidas”, afirma.



Financiamento

Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Depois de morar de aluguel, Thiago decidiu juntar dinheiro e comprar seu apartamento


Mas, para algumas pessoas, o sonho de se mudar logo para a casa própria é forte demais para ser ignorado. Apesar de imóveis prontos para morar, em geral, serem mais caros do que os vendidos na planta – como é o caso de Karina – essa opção tem a vantagem de eliminar o pagamento do aluguel. O securitário Thiago Guedes Rocha, de 30 anos, é um exemplo desta situação.
Funcionário do Bradesco, ele foi transferido do Rio de Janeiro para Manaus. No início, pagava um aluguel de R$ 1 mil por um apartamento de dois quartos em um bairro valorizado. No entanto, na renovação o valor subiu um pouco, e ele e a esposa decidiram financiar a casa própria.




Depois de pesar as duas possibilidades, Rocha decidiu comprar o apartamento. “Hoje pago a mesma coisa que pagava no aluguel”, diz o securitário, que só precisou dar 20% de entrada no apartamento de R$ 170 mil.
Antes de tomar a decisão, ele chegou a cogitar comprar um apartamento no Rio de Janeiro, alugar e aplicar o dinheiro. No entanto, preferiu adquirir casa própria. “É o sonho de todo brasileiro. Pelo menos estou pagando por uma coisa que é nossa”, afirma. O securitário decidiu parcelar a compra em 30 anos, mas calcula que em seis já conseguirá quitá-lo.

 

A decisão

Antes de decidir pelo financiamento ou pelo aluguel (que pode ser casado ao financiamento do imóvel na planta ou acompanhado do investimento de uma parte da renda), o ideal é que os compradores pensem em seu plano de vida, afirmam especialistas.
A família deve avaliar bem qual seu principal objetivo e quais esforços pretende fazer para alcança-lo, diz Ricardo Almeida, professor de finanças do Ínsper. “Cada caso é um caso, e antes de fazer uma escolha entre financiamento ou investimentos, é preciso avaliar alguns aspectos.”




Entre os principais aspectos a serem discutidos em família, a professora Ana Castelo, coordenadora dos estudos de construção civil na PUC-SP, destaca as condições do aluguel. Se o contrato for antigo, e a renovação for interessante, pode ser vantagem continuar morando como inquilino mais um tempo, afirma. Durante esse período, o valor poupado ajuda a reduzir a parcela a ser financiada posteriormente.
Ao mesmo tempo, é preciso também avaliar a perspectiva de aumento do valor do aluguel, diz Almeida. Quem pretende seguir o exemplo de Oliveira, que mora de aluguel e investe uma parte da renda, precisa estar atento a isso, destaca do professor. “Se o imóvel valorizar muito, fica mais difícil para o inquilino conseguir manter o aluguel no mesmo valor,” diz.




Para o especialista do Ínsper, caso a família goste muito do novo apartamento, pode ser melhor entrar no financiamento. Ele afirma que a taxa de financiamento imobiliária brasileira, de cerca de 10% mais a taxa referencial (TR) ao ano, não é alta para a pessoa física. “É um juro bom e o comprador terá um ativo que pode se valorizar muito nos próximos anos”, afirma.
Para conseguir se dar bem com a estratégia de combinar o aluguel com o investimento é preciso conhecer muito bem o mercado financeiro para saber como funcionam as aplicações e conseguir boas condições, diz o professor. Para negociar uma boa taxa com produtos bancários, por exemplo, muitas vezes é preciso já ter muito dinheiro.
“Quem optou por investir o dinheiro nos últimos cinco anos, desde 2006, ao invés de fazer o financiamento, se deu mal,” afirma. De lá para cá, os imóveis encareceram bastante em diversas regiões do país e poucos investimentos acessíveis à população de renda mais baixa superaram essa valorização.




Pior ainda do que a desvantagem financeira, diz Almeida, é a sensação de frustração de juntar dinheiro por anos e não conseguir chegar ao valor do apartamento desejado. “Muitas vezes a frustração é enorme, a perda é terrível e a tensão para guardar o dinheiro é enorme.”
Outro aspecto a ser avaliado pelo comprador do imóvel são as perspectivas para os preços. Na opinião de Almeida, não é possível prever que os preços dos imóveis não vão continuar subindo no Brasil. “Os investimentos no Brasil vão continuar crescendo e a classe C vai continuar pressionando os preços dos imóveis para cima,” diz.
Ana Castelo também não acredita na queda dos preços no mercado imobiliário brasileiro.” A demanda das famílias está sendo sustentada pelo crédito e pelo crescimento da renda. Não há a perspectiva no curto prazo de isso mudar,” diz.




Ainda assim, quem preferir continuar no imóvel alugado, enquanto aplica uma parte da renda, pode investir em títulos públicos, poupança, fundos de DI, CDB ou até mesmo ações, para o caso de um investidor com gosto maior pelo risco, sugere Jurandir.

 

 

Fazendo as contas

Uma conta que pode ajudar a tomar a decisão entre o aluguel e a casa própria é a projeção de quanto dinheiro é possível acumular pagando o aluguel e, ao mesmo tempo, aplicando uma parte da renda. O professor de finanças da FGV, Samy Dana, avalia um exemplo:
Uma pessoa paga R$ 1.500 de aluguel e pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil, mas tem apenas R$ 180 mil. Ela tem duas opções:
1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões.
2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu.
"Caso este imóvel valorize para mais de R$ 2 milhões, a segunda opção foi um melhor negócio. Do contrário, a primeira opção teria sido mais vantajosa," diz Dana. Na opinião dele, a primeira opção provavelmente é melhor, pois ele acredita que um imóvel de 30 anos de uso tende a depreciar.
Para fazer as contas, ele levou em conta o rendimento líquido da aplicação do dinheiro e a taxa de financiamento imobiliário.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Medidas de estímulo à indústria 'ajudam', mas não atacam 'raiz do problema'

Para economistas, o benefício deveria ser mais amplo, abrangendo também outros setores

BBC Brasil | 03/04/2012 16:14

As novas medidas do plano de estímulo à economia, anunciadas pelo governo nesta terça-feira, ajudam, mas não resolvem os problemas de competitividade da indústria brasileira. A opinião é a dos economistas ouvidos pela BBC Brasil.

Entre as principais medidas divulgadas pelo governo, está a desoneração da folha de pagamento com o fim da contribuição patronal de 20% para 15 setores industriais, que será substituída por uma nova taxa de 1% a 2,5% sobre o faturamento das empresas.


Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Ampliar
Nesta terça-feira, o Ministro Mantega anunciou as novas medidas de incentivo à indústria, parte do plano Brasil Maior
"As medidas vêm em boa hora, mas ainda falta muito por fazer", diz Samy Dana, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo."O Brasil ainda tem uma elevada carga tributária (em torno de 36% do PIB), além de gravíssimos gargalos logísticos, como uma infra-estrutura deficiente, o que diminui a competitividade da nossa indústria", afirma.

Os setores beneficiados foram o têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, auto-peças, ônibus, setor naval, setor aéreo, bens de capital mecânicos, hotéis, tecnologia da informação, call centers e design house.

Para os economistas, entretanto, o benefício deveria ser mais amplo, abrangendo também outros setores. "O Brasil tem um mau hábito de eleger campeões em determinados setores. Isso não é bom, pois cria um ambiente de competitividade artificial", argumenta Ari Francisco de Araújo Júnior, professor de economia do Ibmec/MG.

Dos 15 setores afetados pela medida, quatro (confecções, couro e calçados,tecnologia da informação e call center) já pagam contribuição previdenciária de 1,5% ou 2,5% sobre o faturamento desde o início do ano. Com esse alívio na folha de pagamento, a renúncia fiscal será de 7,72 bilhões reais por ano, sendo 4,9 bilhões somente em 2012, já que as medidas só entram em vigor em julho.


 

Objetivo



A estratégia do governo é reverter a desaceleração da atividade industrial, que, embora tenha aumentado 1,3% em fevereiro na comparação com janeiro desse ano, ainda acumula queda de 3,4% nos dois primeiros meses desse ano em relação ao primeiro bimestre de 2011, segundo dados divulgados também nesta terça-feira pelo IBGE.

No acumulado dos últimos doze meses - de março de 2011 a fevereiro de 2012, a produção já acumula recuo de 1%. Na comparação com fevereiro de 2011, no entanto, a indústria registrou queda de 3,9%, a sexta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação, com o mesmo período do ano anterior.

 

Riscos


Desde que lançou o plano Brasil Maior, em agosto do ano passado, o governo brasileiro vem tomando várias medidas para estimular a economia, focadas, principalmente, em impedir o desaquecimento da indústria.

Para isso, tem atacado em duas frentes: de um lado, tenta conter a valorização do real, taxando a entrada de recursos financeiros de curto prazo e, mais recentemente, operações de derivativos cambiais, a partir do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); por outro, tenta frear as importações, através da revisão do acordo automotivo com o México ou da elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.

O problema, segundo os especialistas, é que essas investidas do governo, sob a alegação de proteger o mercado interno, acabam tendo um "viés protecionista".Assim, em um cenário de demanda em alta com menos oferta de produtos disponível, os preços tendem a subir, impactando a inflação, que, no ano passado, registrou alta de 6,5%, o teto da meta estabelecida pelo governo.

Leia também: Mantega diz que serão tomadas novas medidas para conter 'tsunami cambial'
FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 3 de abril de 2012

SAIBA POR QUE OS CURSOS PROFISSIONALIZANTES TEM BAIXA ADESÃO

Estudo da FGV aponta que problema não é a falta de cursos, mas a baixa adesão devido ao desinteresse da população pelos programas

Mayara Teixeira, iG São Paulo | 03/04/2012 05:40

Pode parecer surpreendente, mas 69% dos brasileiros com mais de 10 anos e sem educação profissional não quer incrementar o currículo. A falta de interesse é o motivo número um para a evasão escolar. Especialistas no tema apontam que falta atratividade e não oferta de cursos. Mas será que isso significa que o brasileiro não quer estudar?

Segundo Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas e coordenador da pesquisa que revelou esse índice (As Razões da Educação Profissional: Olhar da Demanda), “os brasileiros estão interessados”. Sua pesquisa aponta para uma coincidência entre três cenários: crescimento da nova classe média, aumento de trabalhadores com carteira assinada e maior número de alunos no ensino profissionalizante. Ou seja, as pessoas estão trabalhando e estudando ao mesmo tempo. “O brasileiro está passando por uma transformação”, afirma Neri.

Foto: Mayara TeixeiraAmpliar
Mariana Cosmo: "Na minha cabeça se eu batalhasse bastante, não ia precisar de curso ou faculdade"


A vendedora, Mariana Cosmo, 22 anos, trabalha em uma loja de roupas infantis no Brás e é prova dessa mudança. “Muitas pessoas saem da escola e vão direto para um curso técnico, ou para uma faculdade... eu não fiz nada disso. Pulei tudo para trabalhar.” Ela completou o ensino médio, mas a escola não conseguiu manter seu interesse. Mariana já trabalhava desde os 11 anos e “o dinheiro falou mais alto”. Agora, ela pensa em fazer um curso profissionalizante.
Para Neri, é preciso ganhar o coração de jovens como Mariana. “Cerca de 6 milhões de pessoas fazem nível superior técnico, mas e os que não aderiram? É aí que temos que atacar”. Entre os desafios estão a falta de renda, a ausência de cursos em algumas localidades, a qualidade do ensino brasileiro, mas principalmente, a baixa adesão e a evasão escolar.


Além disso, “o curso profissionalizante ainda é visto como alternativo, de segunda categoria”, afirma o professor. Talvez estes empecilhos expliquem porque 69% daqueles sem educação profissional não têm interesse nos cursos oferecidos. “É preciso educar sobre o valor da educação”, completa.
“Eu consigo ganhar mais se não estou estudando. Eu ganho mais de R$ 1 mil por mês quando a loja está movimentada”, conta Mariana. O que a maioria dos jovens não sabe é que o retorno da educação profissional é bastante alto. Quem concluiu um curso profissionalizante chega a ganhar 14% mais do que outros trabalhadores sem essa formação, são cerca de 4 anos de melhoria salarial.
Mariana descobriu isso quando entrou no mercado de trabalho. “Eu senti que precisava fazer alguma coisa. Antes, eu só queria trabalhar. Na minha cabeça se eu batalhasse bastante não ia precisar de curso ou faculdade. Mas, na hora que entrei no mercado, percebi que sem um curso você não é nada”, diz. “Eu vi que no ensino técnico você já sai encaminhado para alguma coisa. Muitas empresas ficam de olho, e já dá para começar com um bom salário”, completa.


Para Neri, o mercado está dizendo que falta gente especializada, e os jovens não sabem disso. “Cerca de 70% dos que concluíram seus cursos trabalham na área de formação. Se não atuam na área do curso escolhido é porque surgiu outra oportunidade”, diz. Além disso, o professor explica que apenas 8% das pessoas que aderem a um curso desistem no meio do caminho. “Esse número é relativamente pequeno. É por isso que para a formulação de políticas públicas, é preciso debruçar-se sobre a questão das adesões.”

 FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nota Fiscal Paulista libera valor recorde de R$ 921,7 milhões em créditos

Usuários podem optar por transferir o dinheiro para conta corrente ou poupança ou reservar créditos para abater IPVA

iG São Paulo | 02/04/2012 07:47

A Nota Fiscal Paulista, programa para estimular os consumidores de São Paulo a exigirem a nota fiscal, libera nesta segunda-feira o valor recorde de R$ 921,7 milhões em créditos das compras feitas no segundo semestre de 2011. A quantia supera em 21% os R$ 762,9 milhões do lote de outubro do ano passado.

Consulta: Clique para acessar o site da Nota Fiscal Paulista (link externo)

Os valores ficam à disposição dos consumidores por cinco anos e podem ser utilizados a qualquer momento dentro desse período. Os usuários podem optar por transferir o dinheiro para conta corrente ou poupança de sua titularidade ou reservar os créditos para abater do IPVA (opção disponível no sistema apenas no mês de outubro).

Imposto de Renda: Ganhos com nota fiscal paulista devem ser declarados

Entidades de assistência social e da área da saúde, sem fins lucrativos e os condomínios residenciais cadastrados no programa terão à disposição R$ 41,5 milhões em créditos, valor 39% maior que os R$ 29,9 milhões da última liberação, em outubro do ano passado. O programa mantém atualmente 3.870 instituições cadastradas e aptas a receber créditos e participar dos sorteios utilizando notas fiscais sem CPF ou CNPJ doadas diretamente pelos consumidores ou referentes às compras próprias da instituição.

O governo do Estado orienta os consumidores que decidirem transferir os créditos nesta semana que não há necessidade de efetuar a operação nos primeiros dias após a liberação. De acordo com as regras do sistema, todas as solicitações de resgate efetuadas no decorrer da semana sempre são creditadas na conta bancária ou de poupança dos solicitantes na semana seguinte. Portanto, o usuário poderá fazer seu pedido de resgate com tranquilidade.

Entenda: Saiba como participar da Nota Fiscal Paulista

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 1 de abril de 2012

Dívida das famílias pode frear crescimento do PIB em 2012

Inadimplência do conjunto dos empréstimos à pessoa física subiu de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,6% em fevereiro

AE | 01/04/2012 10:35

O aumento da inadimplência e da proporção da renda das famílias comprometida com o pagamento de juros e amortizações deve limitar a expansão do crédito em 2012. Para alguns analistas, esse pode ser um freio no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, assim como os problemas da indústria e o aumento das importações.




Em fevereiro, o crédito à pessoa física cresceu 0,7%, para R$ 958,9 bilhões - a segunda menor expansão mensal desde o início de 2005. Já o crédito total, incluindo empresas, caiu 0,13% em janeiro, a primeira queda desde pelo menos 2005, e cresceu apenas 0,4% em fevereiro, para R$ 2,034 trilhões.

Em janeiro e fevereiro, o crédito total cresceu num ritmo semelhante ao de 2009, ano de menor expansão recente (15%), em plena crise global. "A desaceleração é geral, e abrange o crédito direcionado e para pessoas jurídicas e físicas", diz Carlos Kawall, economista-chefe do Banco J. Safra.
Foto: AE/Sérgio CastroAmpliar
Crédito para a aquisição de veículos tem sido o segmento mais afetado

Em termos de novas concessões de crédito (indicador que exclui a acumulação de juros) para pessoas físicas, o crescimento em fevereiro, de 15,5% ante o mesmo mês do ano anterior, é o mais lento em cinco anos. Em 2008, antes da crise global, esse indicador chegou a crescer 34%.

Um setor em que a freada no crescimento do crédito foi particularmente intensa é o de aquisição de veículos, que foi visado pelo governo nas medidas macroprudenciais do fim de 2010 - quando o objetivo era esfriar o consumo por causa das pressões inflacionárias.

Com um saldo de R$ 176,5 bilhões, o crédito para compra de veículos representa um terço dos empréstimos à pessoa física (excluindo cooperativas e leasing). Para o crescimento do PIB, é um segmento estratégico, dado o impacto do setor automobilístico e de suas cadeias produtivas na economia.

 

Recorde


Com as medidas macroprudenciais, a média diária de concessões de crédito para a aquisição de veículos despencou de R$ 541 milhões em novembro de 2010 para R$ 382 milhões em janeiro de 2011. A partir daí, a média oscilou, mas em fevereiro de 2012 caiu para R$ 380,8 milhões, abaixo do nível subsequente às medidas macroprudenciais.

"O movimento das concessões casa muito bem com o da venda de veículos, porque 60% é com crédito", comenta Kawall. Ele nota que o BC relaxou um pouco, em meados do segundo semestre de 2011, o aperto introduzido no fim de 2010.

No crédito para a aquisição de veículos, a taxa de inadimplência de 5,4% em fevereiro é recorde dos últimos anos, superando o máximo atingido durante o auge da crise global, de 5,5% em junho de 2009. A inadimplência nessa carteira cresceu em todos os meses desde dezembro de 2010, quando estava em 2,5%.

A inadimplência do conjunto dos empréstimos à pessoa física subiu de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,6% em fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA

sábado, 17 de março de 2012

INTERNET SE TRANSFORMA EM ALIADA NA COMPRA DA CASA PRÓPRIA

Construtoras e imobiliárias oferecem ferramentas para facilitar escolha de imóvel; veja os riscos e conheça seus direitos


Soraia Duarte, especial para o iG | 31/08/2011 05:24


Já pensou em comprar uma casa ou apartamento pela televisão? Esse é o novo hábito que a Tecnisa, construtora e incorporadora sediada em São Paulo, espera estimular a partir de setembro, quando algumas “smart TVs” – aquelas que contam com dispositivos que permitem acessar conteúdos na web – passarão a ser vendidas com aplicativos para navegar por seu website. “Será mais um canal de relacionamento com os clientes”, resume Romeo Busarello, diretor de E-business e Relacionamento com Clientes da Tecnisa.

A novidade visa atrair o público para o site da Tecnisa, que já oferece diversos aplicativos compatíveis com tablets e smartphones e está presente nas principais redes sociais. O investimento em novas tecnologias vai ao encontro dos resultados já obtidos pela empresa. A cada 100 pessoas que compraram apartamentos da Tecnisa no ano passado, 97 chegaram ao imóvel pela web. “A internet é o principal canal de vendas e de construção da nossa marca”, afirma Busarello.

O esforço de fortalecer a presença na internet não é uma exclusividade da Tecnisa. Há dois anos, a MRV, construtora sediada em Belo Horizonte, investiu na criação de uma equipe de corretores que permanece online 24 horas por dia. “Notamos que 20% dos clientes acessavam nosso site fora do horário comercial”, justifica Rodrigo Resende, diretor de marketing da MRV. E a construtora tem apostado nesse tipo de atendimento. Afinal, 30% das vendas do ano passado – que totalizaram 36 mil imóveis – foram iniciadas com essa interação virtual. Nesse ano, Resende diz que espera elevar essa parcela para 35% das vendas.


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Já a Lopes, empresa paulista de comercialização de imóveis, tem ampliado a oferta de aplicativos. Neste mês passou a oferecer a ferramenta para iPhone, após ter lançado, em junho, a versão mobile de seu portal. No dia do lançamento do aplicativo, de acordo com Adriana Sanches, gerente de marketing da Lopes, foram contabilizados mais de 300 downloads. “Todas as iniciativas relacionadas à internet são bem recebidas pelos clientes”, acredita. “Uma empresa do mercado imobiliário não pode deixar de dar atenção a isso”, enfatiza.

Essa concorrência virtual entre as empresas, na avaliação de Luciano de Souza Godoy, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito Fundação Getulio Vargas (FGV), é bastante positiva para quem quer comprar um imóvel. “A grande vantagem da internet é o acesso à informação”, afirma. “É um benefício pesquisar preços, condições de pagamento, qualidade e localização sem despender um dia de trabalho ou o fim de semana”.


Luciano de Souza Godoy, da FGV: "a grande vantagem da internet é o acesso à informação"


Internet substituiu classificados

A opinião é compartilhada por Gerson Rolim, consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. A internet, afirma, é de grande ajuda para a pesquisa de imóveis prontos, substituindo os antigos classificados de jornais. Mas as muitas ferramentas que hoje são disponibilizadas pelos sites das construtoras são especialmente úteis para imóveis na planta. “Permitem a experimentação do imóvel sem que ele exista”, diz.

As facilidades não param aí. A expansão do crédito para os imóveis, nos últimos anos, aliada ao aumento de oferta de casas e apartamentos, refletiu-se em um processo de compra menos burocrático e mais acessível. Godoy comenta que as exigências de documentos, por parte das construtoras, são menores que tempos atrás. Para alguns empreendimentos, basta apresentar CPF, RG e certidão de casamento, quando for o caso, com o único intuito de checar o regime de comunhão. Comprovante de renda, obrigatório em qualquer compra em um passado não muito distante, nem sempre é pedido, principalmente em empreendimentos voltados à classe C.

“Muitos não têm como comprovar a renda, o que inviabilizaria a transação”, diz Godoy. Para levantar informações sobre os compradores, as construtoras acabam recorrendo a bancos de dados, como os da Serasa e do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito). “Com tanta concorrência, quem é mais burocrático, perde o negócio”.

A adesão aos sites das corretoras tem sido crescente. Porém, comenta Godoy, são poucos os que sabem que os sites das construtoras são uma espécie de pré-contrato, sob a ótica jurídica. “O site da construtora ou incorporadora é uma proposta”, explica Godoy. Por isso, ao concordar os termos, o comprador deve assinar um documento pessoalmente, saindo do contato virtual com a construtora, etapa que também é viabilizada sem maiores complicações. Muitas construtoras ou incorporadoras levam o documento até o comprador, para colher a assinatura.


Direitos dos clientes

Comprar um imóvel pela internet – ou apenas iniciar os contatos para essa negociação - envolve cuidados e direitos similares às transações do mundo real. É preciso verificar a existência, solidez ou idoneidade da construtora ou imobiliária. Essa prática, no caso de imóveis na planta, deve ser acrescida ao acompanhamento e supervisão da obra.

Já em relação aos direitos, o cliente tem assegurado o cumprimento da proposta. No caso de atraso da entrega do imóvel, o comprador tem direito a ser ressarcido com a multa que recai sobre a construtora. Mas quem compra pela internet, ainda que tenha apenas iniciado os contatos pelos portais dos imóveis, tem um direito adicional, que é o de se arrepender. Previsto no Código de Defesa do Consumidor, permite que o comprador desista da compra até sete dias corridos após a assinatura do contrato, sem ter de justificar as razões e com a segurança de ter a devolução dos valores pagos. “Comprar um imóvel em casa, pela internet, deixa o comprador em uma condição vulnerável”, justifica Godoy. “Por isso, a lei prevê que ele pode se arrepender”.

Por um lado, o comprador encontra uma burocracia mais branda na compra de imóveis. Mas as construtoras e incorporadoras também estão mais seguras, pois houve uma melhora das garantias para que retomem os imóveis dos inadimplentes. Godoy explica que, caso o comprador acumule três prestações em atraso, poderá ser cobrado e correrá o risco de ter de desocupar o imóvel em até seis meses. “Apesar das facilidades, as pessoas precisam ter consciência do nível de endividamento”, alerta. Depois de devolver o imóvel à construtora, ele será encaminhado a leilão. Nessa etapa, já será tarde para se arrepender.


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FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 16 de março de 2012

CARTÕES DE CRÉDITO CRESCEM 550% EM UMA DÉCADA E ATRAEM NOVATOS

Ex-executivo da Visa cria bandeira que promete parcelar eletrodomésticos em até 200 vezes no cartão


Danielle Brant, iG São Paulo | 15/03/2012 21:26


Poucos setores cresceram tanto no Brasil na última década quanto o segmento de cartões de crédito. Impulsionados por uma expansão inédita nos empréstimos à classe média e integração de milhões de brasileiros à sociedade de consumo, as empresas desse setor viram seu faturamento crescer mais de 550% nos últimos 10 anos. Com raras exceções, o crescimento anual nunca ficou abaixo de 20%, cinco vezes mais que a expansão média do PIB nos oito anos do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. E mesmo com todo esse vigor, a expectativa é de que o dinheiro de plástico mantenha o ritmo nos próximos anos.

Diante de um cenário tão positivo em tempos de incerteza no cada vez mais instável mundo financeiro, o setor observa não só investimentos agressivos das duas líderes do mercado – Visa e Mastercard -, mas também apostas ousadas de pequenos investidores que também querem surfar na onda dos cartões de crédito.

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O mais novo deles é o ex-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Waldemar Petty, um ex-funcionário da Visa. Com apenas R$ 5,8 milhões, Petty está criando uma bandeira para chamar de sua e concorrer com as duas gigantes do setor, que juntas, dominam 90% desse mercado.

Sua estratégia nessa briga é oferecer o que nenhum outro cartão oferece hoje: prazo. Petty quer dar o consumidor a opção de comprar uma simples geladeira com um número de prestações semelhante ao de quem compra uma casa. De acordo com o comunicado que sua empresa divulgou, será possível parcelar as compras em até 200 vezes.

O foco de Petty está na leva de mais de 30 milhões de brasileiros que ascenderam das classes D e E para a Classe C. De acordo com ele, até julho desse ano espera vender 600 mil cartões e outros 2 milhões até o segundo ano de operação.

Para oferecer essas vantagens, o ex-presidente da Abecs montou um plano agressivo. “Vamos reduzir o preço que o lojista paga para manter a maquininha. Atualmente, eles pagam até R$ 188 de aluguel. Queremos cobrar R$ 30, pois nosso objetivo não é ter receita com a máquina”, explica. Além disso, Petty quer eliminar a taxa de intercâmbio, aquela cobrada pela operadora, que é de 4,5%, em média.

Outro foco da Shopcards será a fidelização de clientes por meio de um banco de dados cujo objetivo será fazer a ponte entre lojistas e compradores. “Temos sempre que deixar esse banco atualizado. Podemos oferecer descontos para os clientes que atualizarem os dados”, conta Petty.

Fora o alongamento das parcelas, a operadora também vai disponibilizar diferentes maneiras de pagamento. “As parcelas podem variar conforme a necessidade do cliente. Se ele não puder efetuar o pagamento mínimo de 15%, podemos reduzir para 5%. Ele pode pagar duas prestações por mês, se quiser”, ressalta. “Não se faz varejo sem mercadologia. Vamos unir tecnologia, crédito e maior conhecimento do cliente”, afirma.

Para conquistar seu público-alvo, a empresa vai colocar pontos de venda dentro de shoppings ou próximo a lojistas. “Montamos um estande no shopping Center D&D, de São Paulo. Também temos pontos em shoppings em Recife e no Mato Grosso”, diz.



As gigantes se movem

A tarefa de Waldemar Petty se torna ainda mais complicada diante da mobilização da Mastercard e da Visa em busca de novas tecnologias para facilitar o dia a dia do consumidor. A Mastercard, por exemplo, investe forte na plataforma inControl,. A ferramenta permite determinar onde, quando e como os cartões são utilizados. Para descobrir isso, se baseia no valor da compra, tipo de estabelecimento, local da compra e horário.

A plataforma também alerta toda vez que é realizada uma operação com o cartão, conforme os parâmetros estabelecidos pelo cliente. A tecnologia ainda está em implantação no Brasil, mas sem previsão de lançamento.

A Visa, por sua vez, aposta na tecnologia contactless, explica Marcelo Sarralha, diretor de Produtos da Visa do Brasil. “Ele foi desenvolvido para pagamento de pequenos valores, até R$ 50. Ele pode comprar um café, por exemplo, e pagar aproximando o cartão de uma leitora compatível com a tecnologia. Não precisa usar senha”, explica. Quando o “saldo” terminar, é só o cliente fazer uma compra pelas vias normais, com a senha, que o valor será “recarregado” e ele poderá voltar a pagar com o contactless.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 15 de março de 2012

ESPECIAL => IMPOSTO DE RENDA, SOFTWARE PASSO A PASSO

Um aviso automático diz que o contribuinte poderá, a qualquer momento, comparar se vale a pena fazer a declaração completa ou simplificada. O imposto a pagar – ou restituição a receber – aparecerão no canto inferior esquerdo da tela. 


Para preencher a declaração do IR 2012, o contribuinte deve passar por todas as fichas, uma a uma, no menu do lado direito da tela do programa. Se preferir, pode selecionar as fichas no menu superior, no item “Fichas”. É possível selecionar qualquer ficha a qualquer momento, mas especialistas aconselham que o preenchimento seja feito na ordem sugerida pela Receita, para facilitar o processo.
próxima
 
FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 14 de março de 2012

CONSUMO PELA INTERNET DEVE CRESCER 25% E MOVIMENTAR R$ 23,4 BI EM 2012

Compras por meio de smartphones e tablets, que hoje são só 1%, devem crescer acentuadamente nos próximos anos


Claudia Facchini, iG São Paulo | 13/03/2012 14:14


Consumo por meio de smartphones e tablets deve crescer acentuadamente nos próximos anos

As vendas pela internet deverão movimentar R$ 23,4 bilhões em 2012, cifra 25% maior que em 2011, quando o comércio eletrônico cresceu 26% e movimentou R$ 18,7 bilhões.

As estimativas são da empresa de consultoria e-bit, do grupo Buscapé, e consideram apenas a aquisição de bens. Os números não incluem a comercialização de passagens áreas, veículos e serviços, como a venda de ingressos.

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TVs de altíssima resolução são a nova tendência

Agora, a nova fronteira do varejo online são os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, além das ferramentas de marketing comportamental, que tentam decifrar como os consumidores se comportam, avalia o diretor do e-bit, Pedro Guasti.

A consultoria ainda fará um estudo sobre o consumo por meio de aparelhos móveis. Estima-se que apenas 1% do que é vendido online seja comprado em smartphones e tablets, mas a previsão é de que esse mercado cresça de forma acelerada nos próximos anos. Isso deve fazer com que as empresas busquem novas formas para alcançar os consumidores.



Classe C e Copa do Mundo

Com a entrada de mais consumidores da classe C e a maior diversidade de produtos comprados nas lojas virtuais, o valor médio desembolsado pelos internautas por compra (tíquete médio) deve continuar caindo no País. O valor deve recuar de R$ 350 em 2011 para R$ 340 em 2012, prevê o e-bit, depois de já ter caído 6,5% no ano passado. Nos Estados Unidos, onde o comércio eletrônico é mais maduro, o tíquete é de US$ 120.

Mas em 2010, ano de Copa do Mundo, o tíquete médio no comércio eletrônico foi recorde no Brasil, alcançando R$ 373, devido à aquisição de televisores e equipamentos mais sofisticados pelos consumidores.

O número de pessoas que consomem pela internet continua apresentando forte crescimento no Brasil, totalizando 31,9 milhões em 2011. No ano passado, 9 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez em lojas online. Desde 2007, quando apenas 9,5 milhões fizeram aquisições pela internet, o número de usuários mais do que triplicou no País.



Serviços melhoraram no Natal

Muitas empresas conseguiram melhorar o serviço de entregas durante o Natal, após darem vexame em 2010, quando muitos clientes não receberam suas encomendas a tempo para as festas. O índice de atrasos por entrega caiu 17% durante a temporada de Natal em 2010 para 13% em 2011. O nível de satisfação dos clientes cresceu de 85% para 86%.



Compras coletivas

Os brasileiros gastaram no ano passado R$ 1,6 bilhão em sites de compras coletivas, como o Groupon e Peixe Urbano, de acordo com o e-bit. Mas o valor desembolsado por quem busca pechinchas na internet foi de R$ 78, bem inferior ao total gasto pelos consumidores que fazem compras nos sites tradicionais de comércio eletrônico, nos quais o valor médio gasto pelos consumidores foi de R$ 350.

O número de pessoas que fizeram compras em sites de compras coletivas aproximou-se de 10 milhões em 2011, enquanto o número de consumidores que fizeram compras em lojas online aproximou-se de 32 milhões no País. 



FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 13 de março de 2012

COMO DECLARAR IMÓVEIS NO IMPOSTO DE RENDA???


Confira dicas de como preencher o formulário do IR com a compra ou venda da propriedade, e envie suas dúvidas para nós

iG São Paulo | 13/03/2012 05:38
Comprou ou vendeu algum imóvel no ano passado? Quer saber se é possível ou não atualizar o valor do apartamento pelo preço do mercado? Tire essas e outras dúvidas aqui nesse espaço e confira dicas para declarar casas e apartamentos no Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.


Baixe aqui no iG o programa para declarar o Imposto de Renda


Envie sua pergunta para imposto_renda@ig.com.br. Consultores da IOB Folhamatic vão responder às perguntas enviadas pelos leitores. As respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito e não serão enviadas por e-mail.


Não deixe de conferir a página especial do iG sobre o IR


- Comprei um imóvel em 95 por R$ 100 mil, lancei benfeitorias nos anos de R$ 40 mil, vendi em dezembro 2011 por R$ 200 mil. Como o valor é baixo terei que pagar imposto sobre esta diferença?
Resposta: Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440 mil, do único bem imóvel que o titular possua está isenta de tributação desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel. Nesse caso, o lucro apurado na venda será informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” linha 4. Não sendo único imóvel, apure o imposto sobre o ganho de capital, mediante o preenchimento do programa GCAP/2011 e importe as informações para o Demonstrativo de Ganho de Capital da declaração de ajuste anual.


- Nas minhas declarações anteriores eu sempre declarei um imóvel no valor de R$ 40 mil que estava em meu nome, só que em novembro de 2011 eu transferi o mesmo para o nome dos meus filhos (maiores de idade). Como faço hoje para declarar a transferência do mesmo nessa declaração atual?
Resposta: Informe na ficha “Bens e Direitos”, campo “discriminação do imóvel o nome e CPF dos beneficiários da doação (seus filhos) e o valor constante do instrumento de doação. Deixe em branco o campo “Situação 31/12/2011”.
Na ficha “Pagamentos e Doações Efetuados”, informe a doação efetuada a seus filhos, com o código 81. Perante o imposto de renda a transferência pode ser efetuada pelo valor constante da declaração do doador ou a valor de mercado, sendo que neste último caso a operação fica sujeita a apuração do imposto de renda sobre o ganho de capital.


- Vendi minha casa ano passado por R$ 150 mil, mas como ainda estava financiada a própria Caixa abateu a divida, nos repassando apenas R$ 93 mil. Essa casa eu tinha comprado por R$ 73 mil. Devo declarar ganho de capital? Li no site da receita que ganho de capital é somente para imóveis acima de R$ 440 mil, está correto?
Resposta: Alienação de imóvel, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, está isenta de tributação, desde esse seja o único imóvel que o titular possua e que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel. O lucro isento será informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” linha 4.


- Como fazer para atualizar o valor de imóvel? Há 20 anos ele tem o mesmo valor na declaração, mas o preço de mercado variou muito.
Resposta: Não há previsão legal para atualização do custo de aquisição de imóvel a preço de mercado. O custo de aquisição do imóvel somente poderá ser alterado caso sejam efetuadas despesas com construção, ampliação ou reforma no referido imóvel.


- Divorciei-me ano passado e o único bem do casal foi vendido no final de 2010, tendo o dinheiro ficado sob a guarda de minha ex esposa até a divisão, em maio. Originalmente também o imóvel somente estava na declaração de minha ex esposa. Ou seja, o apartamento foi vendido em 2010, mas não consta esta entrada de dinheiro na minha declaração. Como lançar a entrada de 50% do valor do imóvel na minha declaração deste ano?
Resposta: Na sua declaração de ajuste anual 2012, ano calendário 2011, informe o valor recebido pela meação em “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, linha 10.


FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 9 de março de 2012

IR 2012: SAIBA O QUE DEDUZIR DE GASTOS COM EMPREGADA DOMÉSTICA

Veja qual o valor máximo que pode ser abatido no Imposto de Renda; tire essa e outras dúvidas nesse espaço

iG São Paulo | 09/03/2012 05:36

Contribuições à Previdência Social das empregadas domésticas podem ser deduzidas no IR
Você sabia que pode deduzir no Imposto de Renda a contribuição paga à Previdência Social referente ao empregado doméstico? Essa e outras dúvidas você pode tirar a partir de agora neste espaço, dedicado ao tema. Envie suas perguntas para o e-mail Imposto_renda@ig.com.br.

As respostas serão publicadas aqui no portal, e não serão enviadas por e-mail. E não deixe de conferir nossa página especial com todas as dúvidas sobre o Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.

Baixe aqui o programa do Imposto de Renda 2012

Veja as principais dúvidas sobre o tema:

- Cônjuge dependente do marido figura como empregadora de empregada doméstica. Como deduzir tais despesas na declaração do marido, inclusive porque ele é quem paga o salário da doméstica? É possível?

Resposta: Pode ser deduzido do imposto apurado a contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico, ainda que na declaração em conjunto. Informe em “Pagamentos e Doações Efetuadas” código 50.

- Qual o valor máximo que pode ser declarado no caso de empregada doméstica.? Qual é a base de fundamentação desse valor?

Resposta: No caso de contribuição patronal recolhida pelo empregador doméstico, o valor máximo que pode ser deduzido do imposto de renda devido é de R$ 866,60.

- Em 2011 deixei de recolher o INSS de alguns meses da Empregada Doméstica. Se eu pagar esse ano eu ainda posso incluir como sendo despesa de 2011?

Resposta: Na hipótese de recolhimentos das contribuições em atraso, se os pagamentos ocorrerem em exercícios seguintes às das respectivas competências, as contribuições pagas não podem ser aproveitadas para fins de incentivo do imposto sobre a renda.

- Quem paga um salário mínimo para empregada doméstica pode deduzir no imposto de renda?

Resposta: O que pode ser deduzido do imposto devido é a parcela paga pelo empregador relativo à contribuição patronal recolhida no ano-calendário a que se referir à declaração, até o valor máximo de R$ 866,60.

- Tenho e pago a previdência social de dois empregados domésticos. Desejo saber se posso abater, de que maneira e até quanto, se for o caso, desconto no IR pessoa física.

Resposta: A dedução do imposto relativo à contribuição patronal de empregada domestica está limitada a um empregado por declaração, até o valor de R$ 866,60.

FONTE: IG ECONOMIA